ESTUDO DO EQUILÍBRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO APLICADO À SEPARAÇÃO BIODIESEL/ GLICEROL PELO MÉTODO UNIFAC



Documentos relacionados
CORRELAÇÃO DO EQUILÍBRIO DE FASES DO SISTEMA MULTICOMPONENTE ÉSTERES ETÍLICOS DO ÓLEO DE MURUMURU/DIÓXIDO DE CARBONO COM A EQUAÇÃO SRK

PLANILHAS EXCEL/VBA PARA PROBLEMAS ENVOLVENDO EQUILÍBRIO LÍQUIDO-VAPOR EM SISTEMAS BINÁRIOS

NOTA II TABELAS E GRÁFICOS

TEORIA DE ERROS * ERRO é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e o valor real ou correto da mesma.

DENSIDADE DE BIODIESEL EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA: EXPERIMENTAL X PREDIÇÃO

CQ110 : Princípios de FQ

EQUILÍBRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO DE SISTEMAS CONTENDO FENOL- ÁGUA-SOLVENTE: OBTENÇÃO E MODELAGEM TERMODINÂMICA.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Seminário do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química. 04 a 07 de outubro de 2011

7. Resolução Numérica de Equações Diferenciais Ordinárias

8 Soluções Não Ideais

PREDIÇÃO DO FENÔMENO DE VAPORIZAÇÃO RETRÓGRADA DUPLA EM MISTURAS DE HIDROCARBONETOS

Distribuição de Massa Molar

CAPÍTULO VI Introdução ao Método de Elementos Finitos (MEF)

Introdução à Análise de Dados nas medidas de grandezas físicas

Variabilidade Espacial do Teor de Água de um Argissolo sob Plantio Convencional de Feijão Irrigado

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica

(1) A uma parede totalmente catalítica quanto para uma parede com equilíbrio catalítico. No caso de uma parede com equilíbrio catalítico, tem-se:

MODELAGEM MATEMÁTICA DO PROCESSO DE EVAPORAÇÃO MULTI-EFEITO NA INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE

Influência dos Procedimentos de Ensaios e Tratamento de Dados em Análise Probabilística de Estrutura de Contenção

Regressão e Correlação Linear

EXTENSÃO DO MODELO F-SAC PARA GASES LEVES VIA UMA REGRA DE MISTURA E EQUAÇAO CÚBICA DE ESTADO

Estimativa da Incerteza de Medição da Viscosidade Cinemática pelo Método Manual em Biodiesel

Despacho Econômico de. Sistemas Termoelétricos e. Hidrotérmicos

Controlo Metrológico de Contadores de Gás

CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E PÓS-GRADUAÇÃO - I CICPG SUL BRASIL Florianópolis 2010

CÁLCULO DE VISCOSIDADE DE LÍQUIDOS COM A EDE CUBIC- PLUS-ASSOCIATION INCORPORADA AO MODELO EYRING

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA - Centro de Ciências Sociais e Aplicadas Curso de Economia

Modelagem de Equilíbrio de Fases Fluidas usando EDE Cúbicas

Sistemas de Filas: Aula 5. Amedeo R. Odoni 22 de outubro de 2001

CQ110 : Princípios de FQ

PROPRIEDADES FÍSICAS DE BIODIESEL DE PINHÃO MANSO: AVALIAÇÃO DE MÉTODOS PREDITIVOS PARA CÁLCULOS DE VISCOSIDADE E DENSIDADE.

Probabilidade e Estatística. Correlação e Regressão Linear

Nº 143. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química. Recife/PE Agosto/2010

VISCOSIDADES DE MISTURAS FORMADAS POR TRIACILGLICERÓIS, ÁCIDOS GRAXOS E ALCOÓIS.

Covariância e Correlação Linear

Problemas Propostos. Frações mássicas, volúmicas ou molares. Estequiometria.

EQUILÍBRIO DE FASES E MODELAGEM TERMODINÂMICA PARA UMA MISTURA CONTENDO CO2, DICLOROMETANO E EUGENOL

Características das Águas Residuárias

Aula 7: Circuitos. Curso de Física Geral III F-328 1º semestre, 2014

Determinação experimental da viscosidade e condutividade térmica de óleos vegetais

UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE TAGUCHI NA REDUÇÃO DOS CUSTOS DE PROJETOS. Uma equação simplificada para se determinar o lucro de uma empresa é:

APLICAÇÃO DA TERMODINÂMICA CONTÍNUA NA MODELAGEM DA PRESSÃO DE VAPOR DA GASOLINA AUTOMOTIVA

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UnilesteMG

MODELAGEM E SIMULAÇÃO DE COLUNAS DE DESTILAÇÃO REATIVA (METÁTESE DO 2-PENTENO)

Coeficiente de Partição

CONSISTÊNCIA TERMODINÂMICA DE DADOS EXPERIMENTAIS DE EQUILÍBRIO DE FASES EM SISTEMAS BINÁRIOS

Sistemas Robóticos. Sumário. Introdução. Introdução. Navegação. Introdução Onde estou? Para onde vou? Como vou lá chegar?

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PAOLA DOS SANTOS GASCHI

Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Cálculo do Conceito Preliminar de Cursos de Graduação

INFERÊNCIAS EM COLUNA DE DESTILAÇÃO MULTICOMPONENTE

Objetivos da aula. Essa aula objetiva fornecer algumas ferramentas descritivas úteis para

Construção de novo ebuliômetro Othmer e Desenvolvimento de módulo supervisório

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIANIA, GO, BRASIL.

Cálculo do Conceito ENADE

Estudo de Solubilidade por Método Monte Carlo Para a Molécula do Fulereno

INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS OPERACIONAIS NA REMOÇÃO DE ETANOL DE VINHO DELEVEDURADO POR CO 2

PARTE Apresente as equações que descrevem o comportamento do preço de venda dos imóveis.

do Semi-Árido - UFERSA

XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NOVO MODELO PARA O CÁLCULO DE CARREGAMENTO DINÂMICO DE TRANSFORMADORES

Introdução e Organização de Dados Estatísticos

Estimativa da fração da vegetação a partir de dados AVHRR/NOAA

PLANEJAMENTO DE EXPERIMENTOS E OTIMIZAÇÃO DE SISTEMAS MISTOS

PLANILHA ELETRÔNICA PARA ESTIMATIVAS DE FUGACIDADES PARCIAIS USANDO EQUAÇÃO DO VIRIAL/HAYDEN O CONNELL

2 o CONGRESSO BRASILEIRO DE P&D EM PETRÓLEO & GÁS

8. Estudo da não-idealidade da fase líquida

Variação ao acaso. É toda variação devida a fatores não controláveis, denominadas erro.

MAPEAMENTO DA VARIABILIDADE ESPACIAL

Eletroquímica 2017/3. Professores: Renato Camargo Matos Hélio Ferreira dos Santos.

Prof. Antônio Carlos Fontes dos Santos. Aula 1: Divisores de tensão e Resistência interna de uma fonte de tensão

AVALIAÇÃO DO EFEITO DO MÉTODO DE BUSCA UTILIZADO NA ESTIMAÇÃO DE PARÂMETROS SOBRE A CAPACIDADE PREDITIVA DO MODELO DE OCUPAÇÃO DE MÚLTIPLOS SÍTIOS


7 Tratamento dos Dados

ANÁLISE DAS TENSÕES TÉRMICAS EM MATERIAIS CERÂMICOS. Palavras-chave: Tensões térmicas, Propriedades variáveis, Condução de calor, GITT

MODELO RECEPTOR MODELO RECEPTOR MODELO RECEPTOR. Princípio do modelo:

SIMULAÇÃO DINÂMICA DO PROCESSO DE DESTILAÇÃO DE BIOETANOL EM SIMULADOR BASEADO EM EQUAÇÕES (EMSO) José Izaquiel Santos da Silva

Ajuste de um modelo linear aos dados:

CAPÍTULO 1 Exercícios Propostos

É o grau de associação entre duas ou mais variáveis. Pode ser: correlacional ou experimental.

O Uso do Software Matlab Aplicado à Previsão de Índices da Bolsa de Valores: Um Estudo de Caso no Curso de Engenharia de Produção

FUNÇÃO NO R PARA OBTENÇÃO DO DESENHO D-ÓTIMO EM MODELOS DE MISTURAS COM RESTRIÇÕES

Professor Mauricio Lutz CORRELAÇÃO

5.1 Seleção dos melhores regressores univariados (modelo de Índice de Difusão univariado)

REGRESSÃO NÃO LINEAR 27/06/2017

Expressão da Incerteza de Medição para a Grandeza Energia Elétrica

Critério de Equilíbrio

RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

COMBUSTÃO. A termodinâmica permite um estudo elementar de combustão através da termoquímica.

PLANEJAMENTO DE GRÁFICOS DE CONTROLE DE REGRESSÃO VIA SIMULAÇÃO

2 Metodologia de Medição de Riscos para Projetos

Fast Multiresolution Image Querying

3 Algoritmos propostos

Análise de Regressão. Profa Alcione Miranda dos Santos Departamento de Saúde Pública UFMA

Rastreando Algoritmos

Estabilidade de Lyapunov e Propriedades Globais para Modelo de Dinâmica Viral

Lista de Exercícios de Recuperação do 2 Bimestre. Lista de exercícios de Recuperação de Matemática 3º E.M.

Avaliação da Tendência de Precipitação Pluviométrica Anual no Estado de Sergipe. Evaluation of the Annual Rainfall Trend in the State of Sergipe

ANEXO II METODOLOGIA E CÁLCULO DO FATOR X

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PETÓLEO

Figura 8.1: Distribuição uniforme de pontos em uma malha uni-dimensional. A notação empregada neste capítulo para avaliação da derivada de uma

Y X Baixo Alto Total Baixo 1 (0,025) 7 (0,175) 8 (0,20) Alto 19 (0,475) 13 (0,325) 32 (0,80) Total 20 (0,50) 20 (0,50) 40 (1,00)

Transcrição:

ESTUDO DO EQULÍBRO LÍQUDO-LÍQUDO APLCADO À SEPARAÇÃO BODESEL/ GLCEROL PELO MÉTODO UFAC ury Sousa e Slva, 2 Ana Carolna de Sousa Maa, 2 Jonathan da Cunha Texera, 3 Luz Stragevtch Bolssta de ncação Centífca PBC/CPQ/UFPE, dscente do curso de Engenhara Químca 2 Pós-Graduando em Engenhara Químca da UFPE 3 Professor do Departamento de Engenhara Químca da UFPE,2,3 Unversdade Federal de Pernambuco, Centro de Tecnologa e Geocêncas, Laboratóro de Combustíves, Departamento de Engenhara Químca. Av. Artur de Sá, s/n, Cdade Unverstára, 50740-52 - Recfe, PE - Brasl e-mal: luz@ufpe.br RESUMO - o presente trabalho fo predto o equlíbro líqudo-líqudo de sstemas do tpo bodesel/glcerol/álcool, utlzando ésteres representatvos do bodesel de algodão e de mamona. Para o bodesel de algodão foram estudados os sstemas lnoleato de metla ()/glcerol (2)/metanol (3) e lnoleato de etla ()/glcerol (2)/etanol (3), assm como a mstura dos ésteres lnoleato de metla ()/palmtato de metla (2)/ glcerol (3)/metanol (4) e lnoleato de etla ()/palmtato de etla (2)/ glcerol (3)/etanol (4). Para o bodesel de mamona foram estudados os sstemas rcnoleato de metla ()/glcerol (2)/metanol (3), rcnoleato de etla ()/glcerol (2)/etanol (3) e rcnoleato de etla ()/glcerol (2)/etanol (3)/água (4). A smulação fo feta utlzando o cálculo flash líqudo-líqudo sotérmco, a 333 K, e os coefcentes de atvdade foram predtos pelo método de contrbução de grupos UFAC. As equações não-lneares de equlíbro líqudo-líqudo e do flash líqudo-líqudo foram resolvdas por subrotnas utlzando o software Matlab. Os resultados mostram a nfluênca do tpo de éster e do tpo de álcool nas composções de equlíbro, onde a presença do etanol contrbu para um maor teor de álcool na fase rca em éster. A adção da água ao bodesel de mamona se mostrou efcente, favorecendo uma maor separação das fases. Palavras-Chave: bodesel, equlíbro líqudo-líqudo, UFAC TRODUÇÃO O bodesel está sendo consderado um substtuto em potencal para o óleo desel. O bodesel é defndo como sendo uma mstura de ésteres de ácdos graxos (ASTM D675, 2007) que são produzdos prncpalmente a partr da alcoólse de óleos vegetas e gorduras anmas (Gerpen, 2005; Ma and Hanna, 999). Durante a alcoólse na pressão atmosférca e pelo processo catalítco convenconal, as duas fases ncas (álcool/traclglcerol), reagem orgnando um sstema parcalmente mscível (álcool/glcerol/éster de ácdo graxo) com duas fases separadas no fnal da reação. A fase mas densa é rca em glcerol e a menos densa rca em ésteres de ácdo graxo que é usada como o bodesel após a etapa de purfcação (Andreatta et al., 2008), com resíduos de álcool usado em excesso em ambas as fases. Conhecer a condções de equlíbro desse sstema é essencal não só para um melhor entendmento do processo de produção de bodesel, como também para melhorar a taxa de reação, a seletvdade do produto desejado, e promover a separação da mstura (eg et al., 2006), além de ser necessáro para a smulação e otmzação do reator para a sua produção e do extrator após a reação (Andreatta et al., 2008); a determnação dos dados do equlíbro lqudolqudo (ELL) é de fundamental mportânca uma vez que a etapa de separação dos produtos formados é uma das etapas de maor mpacto na qualdade do produto que será comercalzado. Modelos termodnâmcos capazes de predzer dados do ELL são ndspensáves na síntese e no projeto de plantas e de processos químcos. este sentdo, o modelo termodnâmco UFAC (Unversal Quas Chemcal Functonal- Group Actvty Coeffcent) para o cálculo do coefcente de atvdade da msturas é capaz de predzer dados do equlíbro, pos estão relaconados com as nterações entre os grupos estruturas do sstema, ou seja, é um método de contrbução de grupos onde uma mstura pode ser consderada uma solução de undades estruturas (grupos fundamentas) (Prausntz et al., 200). O emprego do método UFAC na predção de dados de equlíbro termodnâmco é nteressante, pos, apesar dos mlhares de compostos exstentes, o número de grupos fundamentas consttuntes por composto dmnu sgnfcatvamente, sendo aplcado em dversos tpos de sstemas de equlíbro. (Santos, 2005). o presente trabalho fo predto o ELL de sstemas do tpo bodesel/glcerol/álcool utlzando ésteres representatvos do bodesel de algodão e de mamona. Para o bodesel de algodão foram V Congresso Braslero de Engenhara Químca em ncação Centífca 27 a 30 de julho de 2009 Uberlânda, Mnas Geras, Brasl

estudados os sstemas lnoleato de metla ()/glcerol (2)/metanol (3) e lnoleato de etla ()/glcerol (2)/etanol (3), assm como a mstura dos ésteres lnoleato de metla + palmtato de metla ()/ glcerol (2)/metanol (3) e lnoleato de etla + palmtato de etla ()/ glcerol (2)/etanol (3). Para o bodesel de mamona foram estudados os sstemas rcnoleato de metla ()/glcerol (2)/metanol (3), rcnoleato de etla ()/glcerol (2)/etanol (3) e rcnoleato de etla ()/glcerol (2)/etanol (3)/água (4). A smulação fo feta utlzando o cálculo flash líqudo-líqudo (FLL) sotérmco, a 333 K, e os coefcentes de atvdade foram predtos pelo método de contrbução de grupos UFAC. As equações não-lneares de ELL e do FLL foram resolvdas por sub-rotnas utlzando o software Matlab. METODOLOGA A reação de alcoólse para a produção de bodesel está lustrada esquematcamente na Fgura. O traclglcerol orundo de um óleo vegetal ou gordura anmal reage com um álcool de cadea curta em geral metanol ou etanol (Ma and Hanna, 999). Como produto da reação, temse uma mstura de ésteres (metílcos ou etílcos dependo do álcool utlzado) de ácdo graxo e glcerol; como o bodesel e o glcerol são parcalmente mscíves, após a etapa reaconal, o prmero estágo de separação do bodesel é a decantação onde dados de ELL são necessáros. O R O O R O HO Catalsador O R + 3R OH O + O R 3 O R 3 O O R 2 O R O R R 2 Traclglcerol Álcool Bodesel Glcerol Fgura Alcoólse na produção de bodesel Como na lteratura dados de ELL para sstemas do tpo álcool/glcerol/éster de ácdo graxo anda são escassos, a predção do ELL pelo cálculo FLL junto com modelos de coefcentes de atvdades poderão ser empregados. Flash Líqudo-Líqudo A predção do ELL é dada pelo cálculo FLL. Dado uma mstura de componentes, de composção global conhecda (composção de almentação), z, a temperatura T e uma pressão P, e um modelo de coefcentes de atvdade, o cálculo FLL consste em resolver smultaneamente as equações de ELL e de balanço materal da mstura. As equações de ELL são conhecdas como equações de soatvdades; supondo a exstênca OH OH de duas fases líqudas, fase e fase, para uma mstura contendo componentes, as equações de ELL têm a forma x γ x,,2,..., γ () onde x e x são as frações molares do componente nas fases e, respectvamente, e podem ser calculados usando qualquer modelo de coefcentes de atvdade adequado ao ELL. Para resolver as equações (), e determnar se há a presença de duas fases, assume-se uma almentação de composção z,,2,...,, que se separa em duas fases líqudas de composções x e x. Assm, pelo balanço de matéra, tem-se Lz L L Lx + L + L x (2) onde L é o número de moles almentados, L e L são as quantdades que se separaram em cada uma das fases. a prátca, as quantdades absolutas almentadas e separadas são rrelevantes pos as equações (2) são usadas de uma forma mas convenente dada por θ (3) z ( ) x + ( θ ) x,,2,..., Assm, fo-se ntroduzda a fração de separação θl /L, ou seja, a fração de almentação que se separou na fase ; pelo balanço materal, L /L θ, e 0 θ. Defnndo o coefcente de dstrbução do componente, K : γ K (4) γ Assm as equações () são escrtas na forma: x Kx (5) Como a temperatura T e as frações molares z da almentação são especfcadas, restam 2+ varáves para serem calculadas, ou seja, x e x,,2,...,, e θ. Assm, nas equações (3) e nas equações (5), as frações molares calculadas devem satsfazer: x (6)

Quando a equação (6) for satsfeta, o balanço materal (3) garante que: x (7) Assm, têm-se como varáves fxas: T, z,,2,...,, com a restrção z, com (2+) equações; e varáves calculadas (2+): θ, x, x,,2,... : x z K ( x ) x x,,2,... + ( θ ) x,,2,..., θ (8) O sstema de equações (8) é altamente não-lnear, pos, os coefcentes de dstrbução K são fortes funções de composção. Uma técnca bastante comum de resolução deste sstema é assumr uma estmatva ncal para as composções de entrada e para a fração de separação e usar um processo teratvo. Modelo de Coefcentes de Atvdade Os modelos de coefcentes de atvdade comumente usados em cálculos de engenhara foram desenvolvdos baseados em modelos moleculares smplfcados, como, por exemplo, a equação de Wlson (Wlson, 964) e o modelo UQUAC (Abrams e Prausntz, 975), de modo que mutas são as defcêncas apresentadas. Os métodos de predção por contrbução de grupos mas usuas, como o ASOG (Derr e Deal, 969) e o UFAC (Fredenslund et al., 975) foram baseados, respectvamente, nos modelos de Wlson e UQUAC. Portanto, sofrem das mesmas defcêncas. Para contornar sso, correções empírcas têm sdo propostas, sobretudo no método U- FAC, como por exemplo, nos trabalhos de Wedlch e Gmehlng (987) e Larsen et al. (987). Essas modfcações consstem essencalmente na ntrodução de coefcentes empírcos no termo combnatoral e no parâmetro de nteração, permtndo que este vare com a temperatura, e a estmatva dos parâmetros estruturas dos grupos com os dados da mstura. sso melhora a correlação dos dados expermentas devdo ao número maor de parâmetros ajustáves agora presentes. Porém, os coefcentes empírcos adconados não têm sgnfcado físco e não podem ser generalzados, fazendo com que o método de predção passe a ser uma correlação apenas. Método de contrbução de grupos UFAC O método de contrbução de grupos U- FAC consdera que o coefcente de atvdade do componente na mstura é dado pela contrbução de um termo combnatoral (C) e outro resdual (R): ln γ ln γ C + ln γ R (9) Para o termo combnatoral é usado dretamente o parte combnatoral do modelo U- QUAC (Abrams e Prausntz, 975), C r ln γ ln r + Z 2 q ln q r + l r qr r x l (0) onde Z 2 x r ( r q ) ( r ) l () r (2) q (3) x q as equações acma se consdera para o número de coordenação Z 0, x é a fração molar do componente, e os parâmetros r e q são, respectvamente, meddas do volume e da área superfcal de van der Waals da molécula. Os parâmetros de van Der Waals r e q, são calculados, respectvamente, pela soma dos parâmetros de volume e área superfcal dos grupos, R e Q, na qual, ν é o número de grupos do tpo na molécula : r ν R (4) q ν Q (5) Os parâmetros de grupos R e Q são obtdos do volume e área das superfíces de van der Waals, V w e A w, dados por Bond (968): Vw R 5.7 (6) Aw Q 9 2.5 0 (7) a defnção do termo resdual do método UFAC fo consderado o termo resdual do modelo UQUAC na forma de contrbução de grupos, consderando os crtéros de solução de grupos (Wlson e Deal, 962; Fredenslund et al., 975). A contrbução dos grupos para as nterações ntermoleculares é dada por:

G ln γ R () ν ( lnγ lnγ ) (8) onde a soma é efetuada sobre os G dferentes grupos na mstura, e lnγ e lnγ () são calculados pelo modelo UQUAC, sendo lnγ () o coefcente de atvdade do grupo em uma mstura de grupos apenas da molécula do tpo. O coefcente de atvdade do grupo é dado por: ΘmΨm ln Γ Q ln ΘmΨ (9) m m m ΘΨ n nm n onde Θ m é a fração de área superfcal do grupo m XmQm Θ m (20) X Q n n n e X m é fração molar do grupo m X m n xν m xν n (2) O parâmetro de nteração de grupos Ψ mn é dado por: A mn mn exp T Ψ (22) Onde T é a temperatura absoluta e A mn é um parâmetro de nteração entre os grupos m e n (Fredenslund et al., 975). A equação (9) é também usada para lnγ (). Como o sstema de equlíbro em estudo é o bodesel/glcerol/álcool, a representação do glcerol pode ser feta com dos dferentes grupos UFAC prncpas: OH e o DOH (Magnussen et. al, 98); o OH do álcool e o DOH do etlenoglcol. Assm, o glcerol, Fgura 2, fo representado, esquematcamente, por subgrupos defndos na Tabela : Fgura 2 Estrutura do glcerol Tabela Representação do glcerol com dos grupos prncpas dstntos Subgrupos Grupo OH Grupo DOH CH 2 2 0 CH 0 OH 3 0 DOH 0 ½ (CHOH) 2 0 Assm, com dados expermentas do ELL do sstema oleato de metla/glcerol/metanol obtdos por Andreatta et al. (2008), fo possível predzer o ELL pelo programa desenvolvdo utlzando o software Matlab para a resolução do sstema de equações não-lneares do ELL e do FLL, consegundo assm calcular o desvo da predção, com as duas dferentes representações do glcerol com os dados expermentas. A representação que apresentou menor desvo fo empregada na smulação do ELL. Assm, foram smulados no programa desenvolvdo sete sstemas do tpo éster de ácdo graxo/glcerol/álcool de bodesel de orgem do óleo de algodão e do óleo da mamona: lnoleato de metla ()/glcerol (2)/metanol (3), lnoleato de etla ()/glcerol (2)/etanol (3), lnoleato de metla + palmtato de metla ()/glcerol (2)/metanol (3), lnoleato de etla + palmtato de etla ()/ glcerol (2)/etanol (3), rcnoleato de metla ()/glcerol (2)/metanol (3), rcnoleato de etla ()/glcerol (2)/etanol (3) e rcnoleato de etla ()/glcerol (2)/etanol (3)/água (4). A Fgura 3 lustra o algortmo do programa desenvolvdo para a predção dos dados de ELL, utlzando o método de contrbução de grupos UFAC. Fgura 3 Algortmo do programa de smulação. desenvolvdo Valdando qual a melhor representação do glcerol, se com o grupamento prncpal OH ou se com o DOH ((CH 2 OH) 2 ). O glcerol fo representado de duas formas que pode ser observado da Tabela. Para a

representação do glcerol pelo grupamento etleno-glcol, teve-se que adequar as moléculas ncas de CH 2 para as de CH (para a representação do glcerol como (CHOH) 2 ), como a adequação da metade da molécula (CHOH) 2, consegundo assm obter um novo subgrupo ½(CHOH) 2. Essas modfcações foram fetas, na smulação do ELL pelo FLL, nos valores dos parâmetros de volume e área superfcal dos grupos, R e Q, onde os valores foram obtdos (Tabela 2) pelo volume e área das superfíces de Van der Waals, V w e A w,encontrados nas equações (6) e (7). Assm, foram smulados, com os dados expermentas do sstema Oleato de metla/ Glcerol/ Metanol obtdos por Andreatta et al (2008), o FLL do sstema, obtendo os valores teórcos do ELL. Tabela 2 Valores do novo subgrupo para representação do Glcerol no método UFAC Grupo Prncpal DOH ovo Subgrupo ½ (CHOH) 2 R 0.9769 Q 0.82 Para se comparar os valores expermentas com os calculados pelo FLL, utlzou-se a equação (23), representada pela percentagem méda do desvo padrão: x 00 T [( x n, ex n x, calc n ) 2 2T + ( x, ex n x, calc n (23) Onde T é o número total de te-lnes e o número total de componentes do sstema. A fração molar é representada por x, os subscrtos n e são os componentes e as te-lnes, respectvamente, e os sobrescrtos e são as fases; ex e calc são os dados expermentas e os dados calculados. Assm, após as smulações, pelo método UFAC ELL de contrbução de grupos (Magnussen et al., 98) com as duas dferentes representações do glcerol, foram obtdos os dados calculados com os valores expermentas usados como estmatva ncal no programa de cálculo FLL. Fo também mplementado o método de contrbução de grupos UFAC-Dortmund (Unfac Modfcado), proposto por Gmehlng et al. (993), que em comparação com o UFAC ELL, apenas as propredades de van der Walls foram modfcadas, além de, serem adconados mas parâmetros dependentes da temperatura, assm, no Unfac-Dortmund o Ψ mn (parâmetro de nteração de grupos) fo modfcado para melhor ) 2 ] descrever o comportamento real dos coefcentes de atvdade: Ψ mn 2 amn + bnmt + cnmt exp (24) T Da mesma forma que no UFAC ELL, foram comparados duas representações do glcerol, no UFAC-Dortmund, com novos valores de R e Q : observados na tabela 4. RESULTADOS E DSCUSSÃO Representação do Glcerol A Tabela 4 apresenta o desvo médo para as duas representações de grupos prncpas do glcerol, calculada pela equação (23) pelos dos dferentes métodos UFAC e UFAC-Dortmund: Tabela 3 Valores do novo subgrupo para representação do Glcerol no método UFAC- Dortmund Grupo Prncpal DOH ovo Subgrupo ½ (CHOH) 2 R.044 Q 0.8473 Tabela 4- Desvo médo com representações do glcerol pelo método UFAC Grupo OH Grupo DOH UFAC 7,3 4,9 UFAC- DORTMUD 6,7 5,8 Smlarmente, utlzou-se o cálculo FLL para se comparar os valores expermentas e os valores teórcos, utlzando a equação (23) para o cálculo da percentagem do desvo padrão médo: Assm, podemos comprovar que a melhor representação para o glcerol, tanto para o UFAC quanto para o UFAC-Dortmund é feta por subgrupo (CH 2 OH) 2 e subgrupo ½ (CHOH) 2. Smulação ELL Bodesel/Glcerol/Álcool Como o UFAC é um método de contrbução de grupos, todos componentes do sstema devem ser dvddos em grupos prncpas e subgrupos. A Tabela 5 mostra a dvsão em subgrupos dos componentes utlzada no trabalho e a quantdade de cada subgrupo nos componentes. Desta manera, com todos os parâmetros defndos e com o sstema de equações determnados, a smulação fo feta segundo o dagrama de blocos representado na Fgura 3. Tabela 5 Dstrbução dos grupos para os componentes utlzados no trabalho pelo método UFAC

CH 3 CH 2 CH CHC OH CH 2 COO DOH ½ (CHOH) 2 H 2 O H Lnoleato de Metla 2 0 2 0 0 0 0 Lnoleato de Etla 2 2 0 2 0 0 0 0 Palmtato de Metla 2 3 0 0 0 0 0 0 Palmtato de Etla 2 4 0 0 0 0 0 0 Rcnoleato de Metla 2 2 0 0 0 Rcnoleato de Etla 2 3 0 0 0 Metanol 0 0 0 0 0 0 0 Etanol 0 0 0 0 0 0 Glcerol 0 0 0 0 0 0 0 Água 0 0 0 0 0 0 0 0 Bodesel de algodão: A representação do bodesel de algodão fo baseada na composção de ácdos graxos em sua oleagnosa dada por Rezende et al. (2006), o óleo de algodão possu 5,4% de ácdo lnoléco (que após a reação de transesterfcação se converte em lnoleato de metla/etla) e 25,8% de ácdo palmítco (que após reação de produção do bodesel se converte a palmtato de metla/etla). Assm, para a smulação do bodesel de algodão, fo predto o sstema lnoleato de metla ()/ glcerol (2)/ metanol (3) bem como a mstura de ésteres lnoleato de metla + palmtato de metla ()/ glcerol (2)/metanol (3), sendo desta forma o álcool utlzado metanol, como os sstemas lnoleato de etla ()/glcerol (2)/etanol e a mstura de ésteres lnoleato de etla + palmtato de etla ()/ glcerol (2)/etanol (3). Bodesel de mamona: A representação do bodesel de mamona também fo baseada na composção em ácdos graxos dada por Rezende et al. (2006), o óleo de mamona possu 84,% de ácdo rcnoléco (que após a reação de transesterfcação se converte em rcnoleato de metla/etla). Assm, para a smulação do bodesel de mamona, fo predto o sstema rcnoleato de metla ()/ glcerol (2)/metanol (3), utlzando o metanol como álcool, bem como os sstemas rcnoleato de etla ()/glcerol (2)/etanol (3) e rcnoleato de etla ()/glcerol (2)/etanol (3)/água (4), utlzando o etanol como álcool. A presença da água no sstema, consttuído pelo rcnoleato de etla fo consderada por ser potencalmente uma promotora da separação das fases. Foram consderados teores de água de 5 e 0%. da água fo mantda constante durante a smulação, sendo somado, sua fração molar, ao componente etanol (2). A funconaldade da água no sstema é de ant-solvente, pos, é usada para promover uma melhor separação entre as fases bodesel e glcerol. As Fguras 4, 5 e 6 apresentam os sstemas bodesel/glcerol/álcool onde pode ser observada a nfluênca do tpo de éster e do tpo de álcool nas composções de equlíbro, e que a presença do etanol contrbu para um maor teor de álcool na fase rca em éster. (a) (b) Dagramas Ternáros A forma de representação do ELL de um sstema é dada pelos dagramas ternáros; as telnes (ou lnhas de amarração) são obtdas no cálculo FLL. a smulação feta, foram obtdas as lnhas de amarração para os sstemas propostos. Para os sstemas que possuem quatro componentes, como na mstura de ésteres, o sstema fo consderado um pseudo-ternáro, com as frações molares de lnoleato e palmtato de metla/etla somados como um só componente na fase bodesel. Para o sstema rcnoleato de etla ()/glcerol (2)/etanol (3)/água (4), a fração molar Fgura 4 Te-lnes (----) do sstema (a) lnoleato de metla/metanol/glcerol (b) lnoleato de etla/etanol/glcerol

(a) Fgura 6 Te-lnes (----) do sstema (a) rcnoleato de metla /metanol /glcerol (b) rcnoleato de etla /etanol /glcerol A adção da água ao bodesel de mamona se mostrou efcente, favorecendo uma maor separação das fases em relação ao sstema rcnoleato de etla sem a adção da mesma. Observa-se um aumento da regão que abrange a regão heterogênea da mstura. ota-se também um aumento da separação das fases quando se aumenta o percentual de água na mstura: (b) (a) Fgura 5 Te-lnes (----) do sstema (a) lnoleato de metla + palmtato de metla /metanol /glcerol (b) lnoleato de etla + palmtato de etla /etanol/glcerol (b) (a) (b) Fgura 7 Te-lnes (----) do sstema (a) rcnoleato de metla /metanol /glcerol/ 5% água (b) rcnoleato de metla /metanol /glcerol /0% água COCLUSÕES Foram predtos dados de ELL dos sstemas lnoleato de metla/glcerol/metanol, lnoleato de etla/glcerol/etanol, rcnoleato de metla/glcerol/metanol, rcnoleato de etla/glcerol/etanol, assm como a mstura dos ésteres lnoleato de metla + palmtato de metla/ glcerol/metanol e lnoleato de etla + palmtato de etla/glcerol/etanol, como o rcnoleato de etla/glcerol/etanol/água. Fo possível observar o efeto do tpo de éster e do tpo de álcool nas

composções de equlíbro, bem como a nfluênca da adção da água na separação de fases. OMECLATURA DOH (CH 2 OH) 2 ELL equlíbro líqudo-líqudo FLL flash líqudo-líqudo K coefcente de dstrbução Q - parâmetro de área superfcal do grupo R parâmetro de volume do grupo UFAC Unversal Quas Chemcal Functonal- Group Actvty Coeffcent x - fração molar líquda do componente x - desvo padrão médo θ - fração de almentação REFERÊCAS BBLOGRÁFCAS ASTM Standard D 675, 2007. Standard specfcaton for bodesel fuel blend stoc (B00) for mddle dstllate fuels, ASTM nternatonal, West Conshohocen, PA, www.astm.org. ABRAMS, D.S., and PRAUSTZ, J.M., 975. Statstcal Thermodynamcs of Lqud Mxtures: A ew Expresson for the Excess Gbbs Energy of Partly or Completely Mscble Systems. AChE J., 2, 6-28. ADREATTA, A.E., CASAS, L. M., HEGEL, P., BOTT, S. B., BRGOLE, E.A.. Phase Equlbra n Ternary mxture of Methyl Oleate, Glycerol and methanol, nd. Eng. Chem. Res., 2008, 47, 557-564. BOD, A., 964, "van der Waals volumes and rad", The Journal of Physcal Chemstry, v. 68, n. 3, pp. 44-45. DERR, E.L., DEAL, C.H., 969. Analytcal Soluton of Groups: Correlaton of Actvty Coeffcents Through Structural Group Parameters, nd. Eng. Chem., Symp. Ser., 32, 40-5. GERPE, J.V., 2005. Bodesel processng and producton. Fuel Processng Technology 86, 097-07. FREDESLUD, Aa., JOES, R.L., Prausntz, J.M., 975. Group-Contrbuton Estmaton of Actvty Coeffcents n ondeal Lqud Mxtures, AChE J., 2, 086-099. LARSE, B.L., RASMUSSE, P., FREDE- SLUD, A., 987. A Modfed UFAC Group-Contrbuton Model for Predcton of Phase Equlbra and Heats of Mxng, nd. Eng. Chem. Res., 26, 372-38. MA, F., HAA, M.A., 999. Bodesel producton: a revew. Boresource Technology 70(),-5. MAGUSSE T., RASMUSSE P., FREDE- SLUD Aa., "UFAC Parameter Table for Predcton of Lqud-Lqud Equlbra", nd.eng.chem. Process Des.Dev., 20, 33-339, 98 EG, D.S., SOBOTKA, F., KMMEL, T., et al., 2006, "Lqud-lqud phase equlbrum n glycerol-methanol-methyl oleate and glycerolmonoolen-methyl oleate ternary sstems", ndustral & Engneerng Chemstry Research, v. 45, n. 0, pp. 3693-3696 PRAUSTZ, J. M.; POLG, B. E.; O COELL, J. P. The Propertes of Gases and Lquds. 5ª Edção. McGRAW-HLL. 200. REZEDE, D. R. de; SOUZA, L. F; UES, D. E. B. M. R.; ZUPPA, T. O.; ATOOS, F.. R. Característca de ácdos graxos e traclglcerídeos de óleos vegetas com potencal de produção de bodesel na Regão Centro- Oeste. Congresso da Rede Braslera de Tecnologa de Bodesel. (2006) SATOS, G.R., 2005. Unfac-Campnas: Um novo modelo para a predção do equlíbro líqudolíqudo.ppgeq/ Faculdade de Engenhara Químca, UCAMP, Campnas SP (Tese de Doutorado), 76p. WEDLCH, U., GMEHLG, J., 987. A Modfed UFAC Model.. Predcton of VLE, he, and γ. nd. Eng. Chem. Res., 26, 372-38. WLSO, G.M., 964, Journal Amercan Chemcal Socety.,86,27 ZHOU, H., LU, H., LAG, B., 2006, "Solublty of Multcomponent Systems n the Bodesel Producton by Transesterfcaton of Jatropha curcas L. Ol wth Methanol", Journal of Chemcal & Engneerng Data, v. 5, n. 3, pp. 30-35. AGRADECMETOS Os autores agradecem o suporte fnancero da FEP e da PETROBRAS..S.S. também agradecem ao PBC/CPQ/UFPE pela concessão de uma bolsa de ncação Centífca.