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Transcrição:

REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃ DOS PLANOS DIRETORES PARTICIPATIVOS Coordenação Nacional Prof. Dr. Orlando dos Santos Júnior Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional Observatório das Metrópoles redepdp@googlegroups.com orlandoju17@hotmail.com Coordenação Regional Estado de Goiás Avaliação dos Planos Diretores Participativos dos Municipais do Estado de Goiás Nome do pesquisador responsável (Coordenador) Prof. Dr. Aristides Moysés Pontifica Universidade Católica de Goiás arymoyses@uol.com.br Avaliação dos Planos Diretores Participativos dos Municipais do Estado de Goiás Avaliação do Plano Diretor Participativo do Município de Jaraguá Pesquisador Educador Social José Vanin Martins Observatório das Metrópoles 1

Setembro de 2008 REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DOS PLANOS DIRETORES PARTICIPATIVOS Avaliação do Plano Diretor Democrático e Participativo de JARAGUÁ - GO IDENTIFICAÇÃO: Nome do pesquisador: JOSÉ VANIN MARTINS Síntese curricular: 1999 2001 Filosofia. Seminário Coração Eucarístico de Jesus de Belo Horizonte 2002 2005 Teologia. Seminário Imaculada Conceição Ipiranga São Paulo E-mail e telefone de contato: vanin19@gmail.com FONE: (62) 3095 1675 Município: JARAGUÁ Número da lei: LEI COMPLEMENTAR Nº. 001/15 de fevereiro/2007 Data da aprovação do Plano Diretor: 15 DE FEVEREIRO DE 2007 Estado: GOIÁS Pesquisador: José Vanin Martins vanin19@gmail.com Fone 3095 1675 JARAGUÁ GO LEI COMPLEMENTAR 997 2

04 DE DEZEMBRO DE 2.007 GOIÁS A) INFORMAÇÕES GERAIS DO MUNICÍPIO 1. Caracterização sócio demográfica e econômica do município. a) POPULAÇÃO URBANA E RURAL (Contagem 2.007 IBGE) e sua evolução. POPULAÇÃO RESIDENTE POR SITUAÇÃO DE DOMICILIO TAXA DE CRESCIMENTO GEOMÉTRICO ANUAL 2..000 A 2..007 ANO TOTAL CIDADE RURAL TOTAL CIDADE RURAL 1.980 36.559 14.712 21.847 0,2 2,9 4,2 2.000 33.284 2.004 35.901 2.007 38.968 32.116 6.852 *** Os dados precisam de averiguação: (teria havido um decrescimento entre 1.980 e 2.004 e retomado depois o crescimento? Podemos perceber que o município teve um pequeno crescimento populacional de apenas 6.589%. Na parte urbana, porém o crescimento populacional foi de 118.297%. muito mais, fruto do êxodo rural, que teve uma perda de 68,636%. Segundo a classificação do Ministério das Cidades, Jaraguá está colocada no Grupo G Centros urbanos em espaços rurais consolidadados, com algum grau de dinamismo. O dinamismo, podemos atribuir por ter se tornado um pólo da indústria de confecções de Goiás, sendo a maioria pequenas confecções artesanais, privilegia se de não ter problemas com mão de obra. Examinando o nível salarial, pode se perceber, a exploração da mão de obra. SALARIOS JARAGUA TOTAL 9.773 ATÉ 1/8 89 MAIS DE 1/8 A 1/4 504 MAIS DE 1/4 A 1/2 1.726 MAIS DE 1/2 A 3/4 1.574 MAIS E 3/4 A 1 1.689 MAIS DE 1 A 1.1/4 890 5.582 3

MAIS DE 1/1.4 A 1.2 591 MAIS DE 1.2 A 2 840 MAIS DE 2 A 3 654 2.975 MAIS DE 3 A 5 498 MAIS DE 5 A 10 322 MAIS DE 10 102 922 SEM RENDIMENTO 295 Um fato a destacar, que em relação a outros municípios, classificados no mesmo Grupo G, Jaraguá apresenta um menor índice de pessoas sem rendimento e também o menor índice de pessoas ganhando mais de 10 salários mínimos. Estaria a industrialização ajudando na distribuição de renda? Todos encontram trabalho. No Plano Diretor, quando trata das ações estratégicas de desenvolvimento econômico, no Art.14 XI propõe: implantação do Centro Tecnológico da Moda, para pesquisa de novos materiais, laboratório de tendências e qualificação da mão de obra. Seria o suficiente para a melhoria do rendimento do trabalhador? O PLANO DIRETOR era inexistente e só por exigência da Lei é que foi criado. Um município que se industrializa na área da confecção trazendo consigo o progresso de novos loteamentos e construções, dá a seus governantes o bônus das concessões, o que não garante o ônus da responsabilidade pelo crescimento para que não seja exploratório humano, ambiental e social. Jaraguá está de parabéns. Tem um Plano Diretor que responde às aspirações legais. Agora falta ao povo de Jaraguá, que não é exceção, a consciência cidadã de como cobrar seus direitos de uma cidade, ecologicamente correta, socialmente mais justa oferecendo a todos os cidadãos a certeza que vive num município onde pode participar e desfrutar de todos os bens sociais que a cidade comporta, especialmente, moradia, saúde, educação e lazer, já que o trabalho lhe está sendo assegurado. A linguagem usada é compreensível à nível da escolaridade brasileira, embora não tenha tido o cuidado de explicar os termos técnicos, supondo como se fosse do conhecimento de todos; exemplos: zona de proteção integral; zona de uso sustentável; zona de amortecimento Na elaboração do PLANO DIRETOR a única relação com o ORÇAMENTO MUNICIPAL diz ser uma das funções do SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO: controlar a aplicação dos instrumentos da política urbana previstos no Plano Diretor; (Art. 82 III) que é algo bastante vago. Sem vontade e decisão política nada acontece. 4

2. Localização do município Jaraguá, situada, no Vale São Patrício, na Micro região de Anápolis a 139 km de Goiânia, é considerada hoje a capital das confecções. Com 35.901 habitantes (senso de 2.004) é uma cidade de médio porte. Está bem servida de rodovias asfaltas: BR153: Belém Brasília; BR070: Brasília a Itaberai; GO427: Jaraguá à Itaguaru e GO080: Jaraguá à GO237 (Niquelândia). 3. Apresentação do Plano Diretor No cumprimento da Constituição Federal, a Prefeitura de Jaraguá elaborou seu PLANO DIRETOR. Para esta elaboração criou o Grupo de Trabalho Comunitário GTC (capacitado pela Secretaria das Cidades), formado por diversos representantes da comunidade. O município foi dividido em dezoito micro regiões, sendo nove urbanas e nove rurais, onde realizamos oficinas de capacitação de agentes comunitários; realizamos trabalhos nas escolas municipais, com grupos de empresários e validados os produtos em audências públicas com participação popular significante. Tendo boa assessoria, nota se que não foi difícil criar um PLANO que responda às exigências da Lei. O PLANO DIRETOR DE JARAGUÁ foi criado pela LEI COMPLEMENTAR Nº 001 DE 15 de fevereiro de 2.007 para entrar em vigor 180 (cento e oitenta) dias após sua publicações. Portanto, só agora em 15 de agosto de 2.008 entrará em vigor. 4. Avaliação do Plano Diretor Por não estar ainda em vigor e na própria lei estabelecer que muitas ações e decisões dependeriam de outros decretos, regulamentações, leis e estatutos posteriores torna se difícil uma avaliação qualitativa do plano. O ideário do plano diretor de Jaraguá foi espelhado na Lei 10.257, chamada de ESTATUTO DA CIDADE. (i) a estratégia econômica/sócio territoria para o desenvolvimento do município Foi eleger os 10 temas prioritários, estabelecendo diretrizes e estratégias para concretizá los: (1. Ordenamento territorial; 2. ambiental e de saneamento; 3. mobilidade urbana; 4. desenvolvimento econômico; 5. serviço social; 6. moradia; 7. cultura e turismo; 8 tributário; 9. institucional, de planejamento e de gestão e 10. desenvolvimento da área rural). (ii) O acesso democrático ao Plano Diretor 5

Este acesso parece ficar num desejo infinitivo: assegurar a participação popular na formuilação, acompanhamento e fiscalização do PlanoDiretor e das diretrizes da política urbana (Art. 80, IV) e bastante reduzido ao se resumir na criação de um Conselho Municipal de Desenvolvimento e de Política Urbana com uma composição e estruturação bastante frágil (Art. 83 a 87). (iii) A relação do Plano Diretor com o Orçamento Municipal. Esta relação está também num desejo infinitivo, sob a responsabilidade do Sistema de Planejamento e Gestão: integrar a política urbana visando assegurar a compatibilidade entre a programação orçamentária, expressa no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e no Orçamento Anual, e as diretrizes constantes no Plano Diretor (Art. 80, III). Esta relação depende de atos do Poder Executivo que tem um prazo de 6 (seis) meses a 1 (hum) ano a partir da vigência desta lei. (iv) A relação entre o Plano Diretor e grandes investimentos. Nada previsto. B) ACESSO À TERRA URBANIZADA 1. A Função Social da Propriedade no Plano Diretor. Fica bem expressa esta função social no Art. 2. 2. Controle do Uso e Ocupação do Solo. Reafirma no Art. 7 a função social e propõe as diretrizes: I a correção de distorções e orientação controlada da expansão urbana; II a promoção do redisciplinamento do uso do solo, adequando o às condições físicas e bióticas do meio; III a macro estruturação do território, em respeito aos condicionantes ambientais, sócio econômicos, físicos e institucionais; IV a promoção da sustentabilidade sócio espacial no agenciamento do solo urbano pelas classes de renda; V o planejamento, articulação e democratização do acesso do solo urbano e rural; VI a otimização dos investimentos públicos, priorizando os que promovam justiça social. Para que estas diretrizes se concretizem propõe no Art. 8 as seguintes ações esratégicas I expansão urbana prioritária a norte e sul do território; 6

II intensificação planejada da ocupação do solo urbano, com um melhor aproveitamento dos investimentos públicos; III priorização das densidades nas áreas regularmente parceladas e infra estruturas; IV subdivisão do território municipal em macrozonas; V redução do atual perímetro urbano do município; VI ocupação prioritária dos vazios urbanos na malha urbana consolidada e em ação posterior a produção de moradias nas áreas destinadas à ZEIS; VII compatibilização do uso do solo x estrutura viária; VIII adoção do modelo de densificação de atividades econômicas ao longo da rede viária principal; IX concentração de atividades econômicas de maior porte ao longo da rede viária principal; X condicionamento do parcelamento do solo à dotação de infra estrutura, exceção às iniciativas públicas; XI garantia nos novos parcelamentos da disponibilização de áreas para equipamentos públicos e comunitários, a hierarquização e articulação do sistema viário. 3. Perímetro Urbano e Parcelamento do Solo No Art. 27 define o perímetro urbano do município, compreendendo a Área Urbana e de Expansão Urbana com seus respectivos limites e estabelece no Art. 64 que na revisão da lei de parcelamento do solo existente observará às seguintes diretrizes: I instituir novos parâmetros para a definição do percentual mínimo de áreas públicas na aprovação de novos parcelamentos, considerando a densidade de ocupação e o interesse público na criação de um banco de lotes; II estabelecer que as áreas públicas serão divididas em áreas institucionais, destinadas à saúde, educação, creche, lazer, cultura, segurança pública, dentre outras; as áreas verdes, destinadas às praças, parques, áreas verdes contemplativas, áreas esportivas e as áreas destinadas à política habitacional de baixa renda; 7

III prever a obrigatoriedade de incluir no projeto a designação do uso de cada uma das áreas públicas previstas, de acordo com as novas diretrizes municipais, com clara especificação das áreas públicas municipais, discriminadas na planta urbanística e memorial descritivo; IV prever a exigência de áreas institucionais acima do dimensionamento padrão, em função da análise da demanda habitacional; V prever a definição pelo poder público da localização das áreas públicas, por ocasião do fornecimento de diretrizes para os loteamentos; VI prever a doação mínima de 20% (vinte por cento) do total da gleba a ser parcelada ao poder público municipal, sendo 10% (dez por cento) destinados a equipamentos públicos e áreas verdes e 10% (dez por cento) na forma de gleba, estes podendo ser localizados internamente ou externamente ao parcelamento e para onde será desenvolvido projeto de loteamento pela Prefeitura, destinado ao banco de lotes, com o mínimo de infra estrutura, qual seja: rua aberta, lote demarcado e água tratada, implantados às expensas do loteador; VII prever a articulação viária com os parcelamentos do entorno; VIII regulamentar as categorias viárias, suas funções e caixas mínimas; IX vincular a aprovação de novos loteamentos à prévia atualização cadastral, em meio digital, de toda área objeto de parcelamento do solo, a ser fornecida pelo interessado; X condicionar a aprovação de novos loteamentos, inclusive chácaras, ao prévio licenciamento ambiental junto ao órgão municipal competente, ao abastecimento de água potável e ao tratamento do seu esgoto e às demais infra estruturas, como: asfalto, meio fio, rede de drenagem e rede de energia elétrica; XI prever a figura de loteamentos fechados e condomínios horizontais e instituir regras urbanas específicas. 4. Coeficientes e Macrozonas a. Zonas/ macrozonas definidas no Plano. Dentro do território urbano o Plano cria 11 (onze) macrozonas (Art.34) estabelecendo seus respectivos limites, demonstráveis nos mapas anexos. 8

b. Coeficientes de aproveitamento básico e Maximo definidos no Plano O plano não cita estes coeficientes. c. Zoneamento específico para áreas de proteção ambiental. Ambiental: O plano estabelece as seguintes áreas como composição da Macrozona de Proteção Compõem a Macrozona de Proteção Ambiental a área total do Parque Estadual da Serra de Jaraguá e as faixas de no mínimo 30,00 metros de ambos os lados dos córregos e de 50,00 metros de ambos os lados do Rio das Almas, Rio Pari, Rio do Peixe, Rio Sucuri, Rio dos Patos e Rio Saraiva; os raios de 50,00 metros das nascentes, inclusive do Rio Vermelho; e, especificamente no perímetro urbano, o raio de 30,00 metros da nascente do Córrego da Chapada, e as faixas mínimas de 30,00 metros de ambos os lados do Córrego da Chapada, no Setor Jardim Ana Edith; as matas do Residencial Quinta do Riantes, mata localizada no Setor Aeroporto III, mata localizada nas proximidades do Setor Morada Nova (Mata do Guilherme), assim como as áreas de amortecimento contíguas àquelas aqui descritas, exceção feita às áreas ocupadas e/ou consolidadas. (Art. 35) A Macrozona de Proteção Ambiental será composta pelas seguintes zonas: I Zona de Proteção Integral; 2. Zona de Uso Sustentável; 3. Zona de Amortecimento. Para cada uma destas zonas serão utilizados, prioritariamente, os instrumentos: direito de preempção, transferência do direito de construir e/ou termo de compromisso ambiental. ambiental: Estabelece igualmente como área para a composição da Macrozona de Recuperação o leito e nascente do Córrego Monjolinho, leito do Córrego da Chapada, Leito do Rio da Prata, Leito do Rio Vermelho, do Córrego do Galvão e Acuri e a área verde entre o Setor Morada Nova III e BR 153. (Art. 36) 5. Zonas especiais de interesso social (Zeis). 9

Cria a Zona Especial de Interesse Social ZEIS, (Art. 34 IX) identificada no Mapa 10, do Anexo 3, desta lei, compreendendo as áreas já parceladas e ocupadas, sem a necessária dotação com equipamentos e infra estrutura públicos, privilegiando se ações destinadas a regularização fundiária e de dotação de infra estrutura urbana e de equipamentos públicos nos assentamentos urbanos precários, a serem enquadrados como macrozona primária para Investimento Público. 6. Avaliação geral do zoneamento a O zoneamento e o acesso à terra urbanizada. Por usa localização, na periferia da cidade, já se percebe a exclusão social. b. Características quantitativas e qualitativas do zoneamento. construídas. No plano não se refere ao déficit habitacional e nem à qualidade de residências a serem 7. Instrumentos de Política Fundiária No Art. 74 diz: O Chefe do Executivo deverá reconhecer os assentamentos precários, posse urbana e loteamentos irregulares, visando sua regularização urbanística e fundiária, mediante a utilização de instrumentos urbanísticos próprios: I as Zonas Especiais de Interesse Social, criadas nesta lei e que serão regulamentadas por ato próprio do Chefe do Poder Executivo; II a concessão de uso especial para fins de moradia; III o usucapião especial de imóvel urbano; IV o direito de preempção; V a assistência técnica urbanística, jurídica e social, gratuita. Só que esta regularização urbanística e fundiária no município dar se á na forma da legislação específica. (Art. 75). 8. Avaliação dos Instrumento de Política Fundiária. 10

Os instrumentos são todos os previstos no Estatuto da Cidade e Constituição Federal, mas dependem de uma legislação municipal aplicável. 11

C ACESSO AOS EQUIPAMENTOS URBANOS COMÊNFASE À HABITAÇÃO, AO SANEMAENTO AMBIENTAL, AO TRANSPORTE E MOBILIDADE. II O Plano Diretor de a Política da Habitação Diagnóstico da situação habitacional. Desconhecido Diretrizes para a política de habitação, objetivos e metas Constituem diretrizes estratégicas de moradia (Art. 17) as que visam o atendimento prioritário da demanda habitacional e à oferta de moradia digna à parcela deficitária da população, proporcionando a posse ou o domínio dessa moradia digna, como condição básica para o exercício da cidadania: I garantia de moradia digna à população que não tem acesso ao mercado urbano de terras; II inversão da lógica sócio espacial de agenciamento do solo urbano pelas classes de renda; III regularização urbanística e fundiária das ocupações ilegais; IV priorização dos investimentos públicos direcionados às áreas ocupadas por população de baixa renda; V articulação com as demais esferas de governo na busca de recursos orçamentários e financeiros para a execução da política habitacional de baixa renda; VI criação do Conselho e do Fundo Municipal de Habitação. Tudo, porém desacompanhado de metas. 3. Estratégia de aumento da oferta de moradia As diretrizes estratégicas de Moradia serão implementadas mediante a orientação das ações públicas e privadas e segundo as seguintes ações programadas (Art. 18).. I instituição da Zona Especial de Interesse Social ZEIS, integrada ao tecido urbano consolidado; II promoção de um cadastro das famílias que compõem o déficit por habitação; 12

III promoção da regularização urbanística e fundiária dos setores: Conjunto Cesário da Mata; Vila Goiás Rural, São Sebastião e das posses urbanas na Vila São José; IV promoção de um programa de dotação de serviços públicos e de infra estrutura urbana preferencialmente nas áreas instituídas como ZEIS; V dotação de infra estrutura e benfeitorias nas regiões menos estruturadas da cidade; VI intensificação do programa de assistência técnica à autoconstrução, associado ao programa de treinamento e qualificação de mão de obra; VII fornecimento de planta popular gratuita à população carente, com área de até 70m² (setenta metros quadrados); VIII articulação com o meio acadêmico para acompanhamento dos programas federais de difusão de tecnologia para habitação de baixo custo; IX admissão do modelo de ocupação com fins habitacionais com fechamento; X instituição de um banco de lotes municipal destinado à população de baixa renda, visando minimizar o déficit habitacional. 4. Programas específicos Não cita. 5. Os instrumentos da política habitacional. Não cita quais. 6. O plano municipal de habitação. Ainda será elaborado. 7. Ação articulada com os níveis do governo estadual e federal. Está citada esta articulação no Art. 17 em vista do financiamento.. 8. O financiamento da Política de Habitação. Articulação com as demais esferas de governo na busca de recursos orçamentarios e financeiros (Art. 17 V) 9. Políticas afirmativas. Não há. 13

10. Os mecanismos de realização da política habitacional. São os que foram citados no item 3 (estratégia de aumento da oferta de moradias). 11. Controle social e política de habitação Será a criação do Conselho e do Fundo Municipal de Habitação sem data prevista. 12. Avaliação geral da política de habitação. Como tudo ainda está para ser feito, não dá para ser avaliado. III O Plano Diretor e a Política de Saneamento Ambiental. 1 Diagnóstico da situação do município na área do saneamento ambiental. Será elaborado um diagnóstico ambiental detalhado do município...sem data prevista (Art. 10 VI) 2iretrizes para a política de saneamento ambiental, objetivos e metas. Foram elaboradas as seguintes diretrizes (Art; 9º): I promoção do planejamento e gestão ambiental permanentes; III promoção da proteção e recuperação ambiental; IV incentivo ao desenvolvimento de uma consciência ambiental plena; Instrumentos da política de saneamento ambiental Foram criados os seguintes instrumentos: Prévio licenciamento municipal, para localização, construção, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais considerados potencialmente poluidores ou atividades capazes, sob qualquer forma, de causar significativa degradação ambiental. (Art. 71) Fica instituído o Termo de Compromisso Ambiental TCA, nos casos de autorização prévia para supressão de espécies arbóreas (Art. 72) 3. Os instrumentos previstos no Estatuto da Cidade como o Termo de Compromisso Ambiental TCA, Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta Ambiental TAC, o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental, Plano de Gestão Ambiental, o Licenciamento ambiental, a Avaliação dos impactos ambientais, a Certificação Ambiental, o Relatório de Qualidade do Meio Ambiente serão determinantes para a implantação de atividades consideradas como fonte potencial poluidora, visando compatibilizá los com os padrões ambientais e reduzir seus impactos 14

negativos no ambiente para obter licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento dessas atividades. O Plano municipal de saneamento ambiental Tudo estava para ser elaborado. A ação articulada com os níveis de governo estadual e federal Cita o desenvolvimento de parcerias público privada e entre organismos governamentais (Art. 9º V).. O financiamento da política de saneamento ambiental Não faz citação. Os mecanismos de realização da política de saneamento ambiental Garantia do desenvolvimento urbano em bases sustentáveis (Art. 9º II)...mas não cita como. A extensão da rede de serviços de saneamento ambiental e a expansão urbana. Está para ser planejado Políticas afirmativas Controle social e política de saneamento ambiental Não há nada específico sobre este controle. Avaliação geral da política de saneamento ambiental. A ser planejado sobressaem: a. O plano de recuperação de nascentes e fundos de vale dos Córregos Chapada, Galvão, Rio Vermelho, Rio Prata, Monjolinho e Acuri; b. Elaboração da Agenda 21 c. Incentivo a relocação das lavanderias instaladas em áreas de fragilidade ambiental e a reutilização da água servida para uso das lavanderias; d. Exploração turística, articulado com Estado e União do Parque Estadual da Serra de Jaraguá, instituído pela LeiEstadual nº13.247/98 IV O Plano Diretor e a Política de Mobilidade e Transporte 1 O diagnóstico da situação do município na área da mobilidade e transporte Não cita qualquer diagnóstico. 15

2 Diretrizes para a política de mobilidade e transporte, objetivos e metas. As diretrizes (Art. 11) são: I promoção da acessibilidade universal; II promoção da mobilidade urbana sustentável, entendida como a capacidade de atendimento das demandas de deslocamento das pessoas, bens e serviços; III priorização do transporte coletivo sobre o individual; IV estímulo aos meios de transporte não motorizados, valorizando se a bicicleta; V consolidação dos deslocamentos a pé, respeitando se os diferentes graus de mobilidade do ser humano; VI instituição de uma malha viária articulada; VII promoção da educação para o trânsito. 3 Instrumentos da política de mobilidade e transporte Não. 4 O Plano municipal de mobilidade e/ou de plano viário da cidade Só existe as ações estratégicas de mobilidade urbana. 5 A ação articulada com os níveis de governo estadual e federal Cita no Art 12, III, visando a melhoria da qualidade da rede viária inter regional de escoamento da produção de acesso de matéria prima e produtos; 6 O financiamento da política de mobilidade e transporte Não cita 7 Os mecanismos de realização da política de mobilidade e transporte Desconhecidos. 8 A extensão da rede de serviços de transporte público e a expansão urbana. Nada se refere 9 Políticas afirmativas Não existe 16

10 Controle social e política de transporte e mobilidade Não existe. 11 Avaliação geral da política de Mobilidade e Transporte. O que há de novo é: a Instituição de uma malha de ciclovias, a ser implantada nos parques públicos, áreas verdes, assim como ao longo de parte da rede viária principal, articulada e integrada aos corredores de transporte coletivo e com acesso aos principais pontos de interesse urbano; b Criação de pontos estratégicos para bicicletários públicos e privados; V O Plano Diretor e a Política do Meio Ambiente 1 O diagnóstico da situação do município na área da meio ambiente Não cita qualquer diagnóstico. 2 Diretrizes para a política de meio ambiente e metas concretas. A única diretriz é a do Art. 71 que diz que A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais considerados potencialmente poluidores, bem como empreendimentos e atividades capazes, sob qualquer forma, de causar significativa degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão municipal competente, nos termos desta Lei. 3 Os Instrumentos da política de Meio Ambiente Os instrumentos da política de Meio Ambiente estão nos Art. 72 e 73: Fica instituído o Termo de Compromisso Ambiental TCA, documento a ser firmado entre o Poder Público e pessoas físicas ou jurídicas, resultante da negociação de contrapartidas nos casos de autorização prévia para supressão de espécies arbóreas (Art. 72). Os instrumentos previstos no Estatuto da Cidade como o Termo de Compromisso Ambiental TCA, Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta Ambiental TAC, o Estudo de Impacto 17

Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental, Plano de Gestão Ambiental, o Licenciamento ambiental, a Avaliação dos impactos ambientais, a Certificação Ambiental, o Relatório de Qualidade do Meio Ambiente serão determinantes para a implantação de atividades consideradas como fonte potencial poluidora, visando compatibilizá los com os padrões ambientais e reduzir seus impactos negativos no ambiente para obter licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento dessas atividades (Art.73).. 4 Compatibilização do planejamento territorial com o diagnóstico ambiental. Nada fala.. 5 O Plano municipal de Meio Ambiente Além das ações Estratégicas Ambientas e de Saneamento, nada mais cita. 6 A ação articulada com os níveis de governo estaduais e federal Não cita 7 O financiamento da política de Meio Ambiente Desconhecidos. 8 Os mecanismos de realização da política de Meio Ambiente Nada se refere 9 Políticas afirmativas Não existe 10 Controle social e política de Meio Ambiente Não existe. 11 Avaliação geral da política de Meio Ambiente. Saber que os instrumentos previstos no Estatuto da Cidade serão determinantes para a implantação de atiovidades consideradas como fonte potencial poluidora já é um grande avanço, desde que sejam aplicados. D SISTEMA DE GESTÃO E PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA 1. Garantias de participação social no planejamento e gestão da cidade. 18

Logo no Art. 1º VI afirma que A Política Urbana do Município é orientada pelo processo de planejamento participativo, o que é reafirmado: a manutenção permanente do processo de planejamento municipal, mediante a articulação e a integração institucional e setorial; a garantia de participação da sociedade nos processos de planejamento e gestão urbana e territorial no Art 2º VIII e IX). 2. A Prefeitura: estrutura da gestão, condições de planejamento e monitoramento. A Prefeitura no Art. 23 constitui diretrizes estratégicas que visam o acompanhamento e monitoramento constante da execução da política urbana no município, onde a associação de esforços coletivos deve ser a força motriz para assegurar seu desenvolvimento na perspectiva da sustentabilidade universal: I instauração do processo de planejamento de forma contínua e participativa; II promoção da articulação político institucional com a União, Estado e os Municípios vizinhos, na busca de soluções e ações conjuntas de interesse comum; III promoção da articulação técnica e acadêmica com os municípios vizinhos e entidades de ensino superior, visando a conjugação de esforços, assistência técnica, desenvolvimento da ciência e tecnologia e o intercâmbio de informações na consecução de objetivos comuns para o desenvolvimento do município; IV articulação entre todos os órgãos e entidades promotoras do desenvolvimento do município; V compatibilização entre as diretrizes do Plano Diretor com os demais instrumentos que compõem o planejamento governamental, a saber: o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Orçamento Anual, a política tributária municipal e os planos setoriais; VI complementação e atualização da legislação urbanística do município, compatibilizadas às diretrizes estabelecidas pelo Plano Diretor; VII busca do aperfeiçoamento dos serviços e da modernização administrativa da Prefeitura, com vistas a sua maior eficácia na execução da política urbana; VIII instituição de parcerias público/privadas na promoção do desenvolvimento do município. 19

Ainda institui o ASISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO que ao lado dos demais conselhos:conselho MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO E POLÍTICA URBANA, Conselho da Cultura, Conselho da Habitação, Conselho Municipal de Defesa Civail, Conselho de Desenvolvimento Econômico e Conselho Municipal de Educação, terão a responsabilidade de implementar as diretrizes estratégicas Inastitucionais de Planejamento e de Gestão (Art.24). 3. A participação democrática e o processo orçamentário Fica definido no Art. 79 ao instituir o SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO URBANA DO MUNICÍPIO com o objetivo de: I definir os instrumentos de gestão democrática, assegurando a participação popular na formulação, acompanhamento e fiscalização do Plano Diretor e legislação complementar; II garantir maior eficácia e eficiência às ações do Município, no que se refere a execução e controle dos planos, programas e projetos; III promover um intercâmbio entre a administração municipal, estadual e federal referente as questões urbanas. 1. Entende se por Sistema de Planejamento e Gestão o conjunto de órgãos, normas, recursos humanos e técnicos, visando a coordenação das ações dos setores público e privado e da sociedade em geral, a integração entre os diversos programas setoriais, a dinamização e a modernização da ação governamental. 2º O Sistema de Planejamento e Gestão deverá funcionar de modo permanente, viabilizando e garantindo a todos o acesso às informações e a participação dos cidadãos e de entidades representativas. 4. Avaliação geral do Sistema de Gestão de Participação Democrática. Com todos os mecanismos criados, o Sistema de Planejamento e da gestão democrática e participativa, ainda continua sob o controle direto do Poder Executivo que nomeia os participantes e dá as ordens que precisam serem executadas. 20