EDUCAÇÃO COGNITIVA, POR QUE E PARA QUÊ? COGNIÇÃO, NEUROPSICOLOGIA E APRENDIZAGEM Vitor da Fonseca - Todo estudante tem o direito de desenvolver ao máximo o seu potencial cognitivo - Aprender a refletir, a raciocinar, a utilizar estratégias de resolução de problemas para adaptarmos as novas gerações para aprenderem mais, melhor e de forma diferente e flexível, é uma necessidade fundamental da educação e, provavelmente, a tarefa mais relevante da escola. - Educação cognitiva: - Parte duma perspectiva sistemática da inteligência, por isso está baseada nos contributos recentes da psicologia cognitiva, da neuropsicologia, do processamento de informação e das abordagens contextuais de desenvolvimento cognitivo. Neste parâmetro, a inteligência é considerada bioantropológica na sua origem, mas psicossocial no seu desenvolvimento, respeitando a heterogeneidade e a diferença cultural.
Características importantes da EDUCAÇÃO COGNITIVA 1. Como perspectiva de mudança, a educação cognitiva leva em consideração os conhecimentos prévios do educando ou formando e tem como pressuposto fundamental o respeito pelo seu perfil cognitivo. 2. Defende a perspectiva dinâmica, prospectiva e prescritiva do diagnóstico do potencial de aprendizagem; visa, então, aproximar-se da zona de desenvolvimento proximal do indivíduo. 3. A educação cognitiva transforma o professor num mediatizador, num investigador em ação, algo que pretende mudar seu estatuto socioprofissional. 4. A educação cognitiva não pretende apenas enfocar a assimilação do conhecimento, mas desenvolver competências de resolução de problemas, o que pressupõe o treino de processos e subprocessos cognitivos (funções, habilidades e aptidões de captação, integração, planificação e comunicação de informação). 5. A educação cognitiva parte de uma concepção dinâmica do potencial de aprendizagem. 6. O ato de avaliar é compreendido como um ato de cooperação entre um ser experiente (observador) e um ser inexperiente (observado). 7. O diagnóstico psicológico deve anteceder a intervenção cognitiva
Nibac Nível básico de aptidão cognitiva A prescrição da intervenção individualizada deve ser desenhada com o objetivo de enriquecer, potencializar, otimizar e maximizar a capacidade de processar informação. Pici Plano de intervenção cognitiva individualizado Tem a preocupação de ampliar e reforçar as suas áreas fortes, desenvolvendo nelas estruturas mais complexas e diversificadas, ao mesmo tempo que consolidam seus alicerces motivacionais. A educação cognitiva torna-se crucial para a escola regular, a sua sobrevivência como sistema de formação de recursos humanos em qualquer grau ou nível requer um currículo cognitivo enfocado para o desenvolvimento de funções que estão na origem de processos de aprendizagem simbólicos e superiores, pois ele não só melhora a cognição, como melhora a motivação para aprender a aprender. (FONSECA, 1998).
Aprender a aprender envolve essencialmente 1) Focar a atenção para captar o máximo de informação a partir do conjunto de estímulos em presença. Resolver problemas envolve essencialmente 1) Receber e interpretar dados e produzir procedimentos para lidar com o problema (fase de input). 2) Formular estratégias exequíveis para lidar com a tarefa. 2) Criar operações e processos relacionados com as tarefas inerentes ao problema (fase de integração e de planificação). 3) Estabelecer e planificar estratégias. 3) Aquisição de competências para solucionar o problema (fase de output). 4) Monitorizar a performance cognitiva até atingir o objetivo. 5) Examinar toda informação disponível. 6) Aplicar procedimentos sistemáticos para resolver o problema em causa e verificar a sua adequabilidade.