Fórum Agenda Bahia 2014 Relação entre Plano Nacional e Planos Municipais de Saneamento Básico e as estratégias adotadas para celebração dos Contratos de Programa entre EMBASA e municípios Bartira Mônaco Rondon Superintendente de Assuntos Regulatórios PA 18/11/2014
1. Importância da Constituição Federal 1988 para o Saneamento Básico 2. Marco Legal do Planejamento na Área do Saneamento Básico 3. Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) 4. Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) 5. Embasa e as estratégias adotadas para celebração dos Contratos de Programa com os municípios 6. Conclusão SUMÁRIO
1. Importância da Constituição Federal 1988 para o Saneamento Básico
1. Importância da Constituição Federal 1988 para o Saneamento Básico Art. 21. Compete à União: IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; XX instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
1. Importância da Constituição Federal 1988 para o Saneamento Básico Art. 25. 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.
2. Marco Legal do Planejamento na Área do Saneamento Básico
2. Marco Legal do Planejamento na Área do Saneamento Básico Lei 11.445/2007 - Titulares e União Art. 9º O titular dos serviços formulará a respectiva política pública de saneamento básico, devendo, para tanto: I - elaborar os planos de saneamento básico, nos termos desta Lei; II - prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços e definir o ente responsável pela sua regulação e fiscalização, bem como os procedimentos de sua atuação; Art. 52. A União elaborará, sob a coordenação do Ministério das Cidades: I - o Plano Nacional de Saneamento Básico (PNSB - PLANSAB);
2. Marco Legal do Planejamento na Área do Saneamento Básico Constituição do Estado da Bahia 1989 Art. 229 - Fica criado o Conselho Estadual de Saneamento Básico, órgão deliberativo e tripartite, com representação do Poder Público, associações comunitárias e associações e entidades profissionais ligadas ao setor de saneamento básico, que, dentre outras competências estabelecidas em lei, deverá formular a política e o Plano Estadual de Saneamento Básico. Lei 11.172/2008 Política Estadual de Saneamento Básico Art. 12 - O planejamento dos serviços públicos de saneamento básico no âmbito da Política Estadual de Saneamento Básico dar-se-á mediante: I - o Plano Estadual de Saneamento Básico previsto no art. 229 da Constituição do Estado da Bahia;
3. Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB)
3. PLANSAB: metas de AA e ES e indicadores - BR, NE e BA INDICADOR ANO BR NE BA 2010 90 79 81 A1. % de domicílios urbanos e rurais 2018 93 85 88 abastecidos por rede de distribuição e por 2023 95 89 93 poço ou nascente com canalização interna 2033 99 97 100 A2. % de domicílios urbanos abastecidos por rede de distribuição e por poço ou nascente com canalização interna E1. % de domicílios urbanos e rurais servidos por rede coletora ou fossa séptica para os excretas ou esgotos sanitários E2. % de domicílios urbanos servidos por rede coletora ou fossa séptica para os excretas ou esgotos sanitários 2010 95 91 ND 2018 99 98 ND 2023 100 100 ND 2033 100 100 ND 2010 67 45 52 2018 76 59 63 2023 81 68 70 2033 92 85 84 2010 75 57 ND 2018 82 66 ND 2023 85 73 ND 2033 93 86 ND Fonte: Plansab / Ministério das Cidades. OBS: dos 13 indicadores de AA e ES, apenas 3 atingirão meta de 100% para o Brasil em 2033. ND = Não Disponível
3. PLANSAB: programas e ações PROGRAMA CONCEPÇÃO PÚBLICO-ALVO AÇÕES Possíveis ações em: Programa 1: Saneamento básico integrado Investimento em ações estruturais abrangendo, preferencialmente, mais de um componente do saneamento básico Titulares ou prestadores dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário Municípios e estados no caso de manejo de resíduos sólidos e de intervenções de drenagem urbana e manejo de águas pluviais Áreas metropolitanas; municípios de médio ou pequeno porte Favelas e ocupações espontâneas; áreas de risco e sujeitas a inundações; áreas indutoras do desenvolvimento turístico; bacias hidrográficas críticas Programa 2: Saneamento rural Atendimento da população rural, povos indígenas e comunidades tradicionais, no conjunto das necessidades dos componentes do saneamento básico, integrados com o Programa Territórios da Cidadania e com o Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável, entre outros Administrações municipais Consórcios ou prestadores de serviços públicos Instâncias de gestão para o saneamento rural como cooperativas e associações comunitárias Possíveis ações para: População rural Povos indígenas Quilombolas Reservas extrativistas Programa 3: Saneamento estruturante Apoio à gestão dos serviços com vistas à sustentabilidade para o adequado atendimento populacional e com o olhar para o território municipal e para a integralidade das ações de saneamento básico Titulares, consórcios e outras modalidades de gestão Prestadores públicos Gestores Entidades de ensino e pesquisa Ações estruturantes de apoio à gestão Ações estruturantes de apoio à prestação de serviços Ações estruturantes de capacitação e assistência técnica Desenvolvimento científico e tecnológico
3. PLANSAB: investimentos necessários para universalizar os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário no Brasil (em milhões de reais, base dezembro/2012) Fonte: Plansab / Ministério das Cidades.
3. PLANSAB: influência no planejamento dos Estados e Municípios Proposição de metas aderentes ao PLANSAB; Adequação ao marco legal para obtenção de recursos federais: plano, órgão regulador, contratos; Busca de recursos OGU, onerosos e próprios para implementação de medidas estruturantes e estruturais.
4. Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB)
4. Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) Conteúdo mínimo do PMSB (Art. 19 da Lei 11.445/2007) Diagnóstico; Objetivos e metas; Programas, projetos e ações (incluindo ações emergenciais e contingenciais); Avaliação das ações programadas.
4. Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) Elaboração e revisão do PMSB com participação e controle social (acesso a recursos federais após 31/12/2014 condicionados a instituição de órgão colegiado). Planejamento do titular para a universalização do acesso ao serviço público de AA e ES possibilita exigência de atendimento pelo prestador planos de investimentos do contrato de programa / concessão compatível com PMSB.
5. Embasa e as estratégias adotadas para celebração dos Contratos de Programa com os municípios
5. Embasa e as estratégias adotadas para celebração dos Contratos de Programa com os municípios Missão: garantir o acesso aos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, em cooperação com os municípios, buscando a universalização de modo sustentável, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento do Estado. Empresa de economia mista, pessoa jurídica de direito privado, tendo como acionista majoritário o Governo do Estado da Bahia. Prestador regionalizado de AA e ES: único prestador para vários municípios (contíguos ou não); compatibilidade no planejamento; uniformidade na regulação e fiscalização.
5. Embasa: área de atuação Empresa estadual de abastecimento de água e esgotamento sanitário, presente em 364 dos 417 municípios baianos. SERVIÇOS PÚBLICOS LOCALIDADES ATENDIDAS SISTEMAS OPERADOS Abastecimento de Água (AA) Esgotamento Sanitário (ES) Rural 933 Urbana 545 TOTAL 1.478 Rural 7 Urbana 120 TOTAL 127 417 118
5. Embasa: Programa Água para Todos Objetivo Estratégico Proporcionar o atendimento ao direito humano fundamental de acesso à água, em qualidade e quantidade, prioritariamente para consumo humano, numa perspectiva de segurança alimentar e de melhoria da qualidade de vida em ambiente salubre no campo e nas cidades.
5. Embasa: Programa Água para Todos Investimentos 2007-2014 Situação Ação Investimentos (R$) Recursos assegurados / aplicados Abastecimento de Água 3.013.548.287 Esgotamento Sanitário 4.052.287.433 Desenvolvimento Institucional 152.382.466 Perspectivas de novos investimentos Total 7.218.218.186 Abastecimento de Água 250.112.679 Esgotamento Sanitário 677.641.479 Desenvolvimento Institucional 108.200.000 Total 1.035.954.157 Total Geral >>>>>>>>> 8.254.172.343
5. Embasa: ações de enfrentamento aos efeitos da seca na Bahia 266 municípios em estado de emergência RECURSOS ENVOLVIDOS Embasa R$ 377 milhões Ministérios das Cidades, Integração e Funasa R$ 866 milhões Total R$ 1,243 bilhão
5. Embasa: quadro geral de investimentos em Salvador (2007-2014) Natureza População atendida (hab.) Investimentos (R$) Financiados Embasa/GE Total Abastecimento de Água Esgotamento Sanitário 3.293.338 150.528.029 181.109.982 366.905.597 2.861.819 666.120.731 156.414.175 822.534.906 Total Geral 816.648.761 337.524.158 1.189.440.505
5. Embasa São atendidas com abastecimento de água cerca de 3,59 milhões de residências, um crescimento de 40% no período de dez/2006 a set/2014.
5. Embasa: evolução das ligações de água no período Ligações de Água de 2007 à set/2014 O número de ligações de água evoluiu de 2.304.972 para 3.234.746 Mais de 929 mil novas ligações no período, um acréscimo de 40,34%. 55% dessas ligações foram executadas no semiárido. Na zona rural foram atendidas no período mais de 1.300 pequenas localidades.
5. Embasa São atendidas com esgotamento sanitário 1,34 milhão de residências, um crescimento de 81% no período de dez/2006 a set/2014.
5. Embasa: evolução das ligações de esgoto no período de 2007 à set/2014 Ligações de Esgoto O número de ligações de esgoto evoluiu de 494.973 para 974.582. Mais de 479 mil novas ligações no período, um acréscimo de 96,9%. Estima-se que até dezembro/2014 esse percentual vai ultrapassar 100%. Ou seja: ao longo dos 43 anos de existência da Embasa, nos últimos 8 anos foram e/ou serão executadas mais ligações de esgoto do que todos os 35 anos anteriores.
5. Embasa: contratos novos Art. 11 (Lei11.445/2007) define condições de validade dos contratos: I - existência de plano de saneamento básico (condição para acessar recursos federais após 31/dez/2015); II - existência de estudo comprovando a viabilidade técnica e econômicofinanceira da prestação universal e integral dos serviços, nos termos do respectivo plano de saneamento básico; III - existência de normas de regulação que prevejam os meios para o cumprimento das diretrizes desta Lei, incluindo a designação da entidade de regulação e de fiscalização; IV - realização prévia de audiência e de consulta públicas sobre edital de licitação, no caso de concessão, e sobre a minuta do contrato.
5. Embasa: estratégia para contratualização Convênio de Cooperação Entre Entes Federados Plano Municipal de Saneamento Básico Contrato de Programa Plano Quadrienal de Metas e Investimentos (PQMI) Lei Disciplinadora Comissão de Acompanhamento Estudo de Viabilidade Econômico-Financeiro Comissão Especial
Convênio de Cooperação entre Entes Federados Estado Município Delegação da prestação/ regulação/ fiscalização dos serviços AA e ES Lei do PAC - Decreto 11.578/2007 (art 7A) Cumprimento de Cronograma: celebração de Contrato de Programa firmado até 31/Dez/2016 Intervenientes: Embasa e Agersa
5. Embasa: a gestão do saneamento básico na Região Metropolitana de Salvador Considerando que decisão do STF na ADI 1842-RJ impacta na RMS, foi criada Entidade Metropolitana da RMS (Lei Complementar nº 41/2014). Art. 2º 1º define que objetivo da Entidade é exercer as competências relativas à integração da organização, planejamento e execução de funções públicas de interesse comum aos Municípios da RMS. Art. 2º 2º explicita as funções públicas de interesse comum a serem exercidas: mobilidade urbana, transporte público, saneamento básico... Art. 8º estabelece as atribuições do Colegiado Metropolitano: I - instituir diretrizes sobre planejamento, organização e execução de funções públicas de interesse comum IV - aprovar Plano de Desenvolvimento Metropolitano, os planos setoriais metropolitanos e, quando couber, os planos locais (necessidade de elaborar plano metropolitano de saneamento básico).
. Embasa: responsabilidades dos entes envolvidos na gestão dos serviços de AA e ES Município: elaborar e revisar o PMSB; instituir controle social; estabelecer sistema de informação; acompanhar a execução do contrato com prestador. Estado: cooperar com municípios, apoiando o planejamento, ofertando meios técnicos e administrativos para a regulação, executando obras e ações (por meio da Embasa, CERB, CAR e outros órgãos). órgão regulador (Agersa): regular e fiscalizar os serviços; fiscalizar o contrato de programa; garantir cumprimento das condições e metas estabelecidas no PMSB; prestador de serviço (Embasa): fornecer informações para PMSB (elaboração e revisões); participar das Comissões para PMSB; prestar com qualidade o serviço delegado.
6. Conclusão
6. Conclusão Para a universalização do acesso aos serviços públicos de AA e ES previsto no planejamento do titulares, é necessário a instituição, por meio de Lei Complementar, de fundos de universalização do saneamento básico como instrumentos de cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios na promoção da melhoria das condições de saneamento básico.
Obrigada! Bartira Mônaco Rondon Superintendente de Assuntos Regulatórios PA e Gerente da Unidade de Planejamento e Gestão - PPG Contato: 71 3372-4847 bartira.monaco@embasa.ba.gov.br