Gestão Financeira. Trabalho Realizador Por: Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja. Tiago Conceição Nº 11903. Tiago Marques Nº 11904



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Transcrição:

Escola Superior de Tecnologia e de Beja Trabalho Realizador Por: Tiago Conceição Nº 11903 Tiago Marques Nº 11904 Paulo Martins Nº 11918 Ruben Estrela Nº 11905 Leonel Fontes Nº 11908 Miguel Baia Nº 11915

Índice Introdução...2 Conceito e significado do balanço de gestão...3 Conteúdo do balanço de gestão...5 Importância do balanço de gestão...6 Métodos e técnicas de análise financeira...7 Demonstração da origem e da aplicação de fundos...7 Origem e aplicação de fundos...8 Demonstração da origem e da aplicação de fundos...8 Demonstração das variações dos fundos circulantes...8 Estrutura financeira e solvabilidade...9 Estrutura financeira...9 Solvabilidade... 10 Outros indicadores da liquidez... 11 Estrutura financeira e solvabilidade (Análise dinâmica)... 11 Conclusão... 12 Bibliografia... 13 Anexos... 14 Índice de ilustrações Ilustração 1...3 Ilustração 2...4 Ilustração 3...5 Projecto e Instalação de Redes Locais de Computadores Página 1

Introdução Este trabalho foi-nos proposto pela professora Elsa Barbosa, na disciplina de, com o objectivo de abordar o tema, Financeira. A gestão financeira refere-se à avaliação ou estudo da viabilidade, estabilidade e lucratividade de um negócio ou projecto. Engloba um conjunto de instrumentos e métodos que permitem realizar estudos sobre a situação financeira de uma empresa, assim como prognósticos sobre o seu desempenho e futuro. Como complemento aos conteúdos abordados, vamos efetuar uma análise financeira de uma empresa, assim como uma breve abordagem à sua situação. Projecto e Instalação de Redes Locais de Computadores Página 2

Conceito e significado do balanço de gestão O balanço, é um documento em que figura por um lado o valor dos bens e direitos pertencentes à empresa (Activo), por outro o montante das dívidas pelas quais deve responder (Passivo) e por fim a diferença entre ambos os valores (Capital próprio). Balanço (em euros) Activo Capital Próprio Imobilizações... 750 Capital, reservas e resul. transitados... 200 Existências... 120 Resultado líquido do exercício... 300 Créditos e curto prazo... 80 Passivo Disponibilidades... 80 Débitos a médio e longo prazo... 100 Débitos a curto prazo... 400 1000 1000 Podemos, no entanto, observar o balanço segundo outra óptica. Assim, no 1º membro englobam-se todas as rubricas em que a empresa investiu os fundos postos à sua disposição (aplicações) e no 2º membro incluem-se todas as rubricas que representam as origens ou fontes de onde procederam esses fundos. Isto é: Activo Capital próprio Passivo 1º Membro 2º Membro Ilustração 1 Projecto e Instalação de Redes Locais de Computadores Página 3

Ou ainda: Aplicações Origens Investimentos Fontes de financiamento 1º Membro 2º Membro Ilustração 2 Assim, observando o primeiro balanço podemos concluir que a empresa financiou a sua actividade quer através de meios financeiros de proveniência alheia (Passivo) quer através de meios financeiros próprios (Capital próprio). Projecto e Instalação de Redes Locais de Computadores Página 4

Conteúdo do balanço de gestão As aplicações de fundos no balanço estão ordenadas segundo o grau crescente de liquidez e as origens segundo o grau crescente de exigibilidade (crescente de formação de capitais). De acordo com os critérios indicados, o 1º membro do balanço pode classificar-se em: Activo fixo: conjunto de valores destinados a permanecer de modo duradouro na empresa (Imobilizações). Activo circulante: conjunto de valores sujeitos a uma renovação constante devido à actividade normal da empresa (Existências + Créditos a curto prazo + Disponibilidades). O 2º membro pode classificar-se em: Capitais permanentes: conjunto de fundos utilizados pela empresa durante um período de tempo superior a um ano (Capital próprio + Débitos a médio e longo prazo). Exigível a curto prazo: conjunto de meios de financiamento cujo prazo de vencimento não é superior a um ano (Débitos a curto prazo). Representação esquemática: Aplicações Origens (em euros) Activo fixo 750 Capitais permanentes 600 Activo circulante 250 Exigível a curto prazo 400 Ilustração 3 Projecto e Instalação de Redes Locais de Computadores Página 5

Importância do balanço de gestão Como representado anteriormente, no 1º membro do balanço discriminam-se os investimentos da empresa e no 2º membro a forma como se financiaram esses investimentos. É fácil compreender que o balanço é uma importante fonte de informação acerca da situação financeira e económica da empresa. A análise da situação da empresa interessa não só aos gestores (responsáveis pela gestão) mas também a terceiros (credores, financiadores, etc.). A empresa pode ser analisada com base num só balanço em determinado momento análise estática ou comparando entre si balanços de diferentes períodos análise dinâmica. Projecto e Instalação de Redes Locais de Computadores Página 6

Métodos e técnicas de análise financeira A análise financeira tem por objectivo determinar até que ponto os meios financeiros utilizados permitem salvaguardar a sua estabilidade e fazer face aos compromissos que se forem vencendo. Dentro dos métodos e técnicas de análise destacam-se os seguintes: Comparação de balanços sucessivos (origem e aplicação de fundos) Gráficos e percentagens Método dos indicadores ou rácios Demonstração da origem e da aplicação de fundos Este mapa é constituído por duas partes: Origens de fundos Aplicações de fundos As origens de fundos são originadas por: Aumentos do capital próprio Aumentos do passivo Diminuições do activo As aplicações de fundos resultam de: Diminuições do capital próprio Diminuições do passivo Aumentos do activo A demonstração da origem e da aplicação de fundos deverá ser analisada simultaneamente com a demonstração das variações dos elementos dos fundos circulantes, obtida a partir das seguintes rubricas: Existências, Créditos a curto prazo, Débitos a curto prazo e Disponibilidades. Projecto e Instalação de Redes Locais de Computadores Página 7

Origem e aplicação de fundos Demonstração da origem e da aplicação de fundos Origem dos fundos Aplicação dos fundos Internas: Distribuições: Resultado líquido do exercício... + x Por aplicação de resultados... x Amortizações... x Por aplicação de reservas (a)... x x Variação de provisões... + x + x Diminuições dos capitais próprios: Externas: Diminuições de capital e de prestações suplementares... Aumento dos capitais próprios: Aumentos de capital e de prestações Movimentos dos capitais próprios: suplementares... x Aumentos de prémios de emissão e de reservas especiais... x Aumentos de investimentos financeiros (a)... x Cobertura de prejuízos... Diminuições das dívidas a terceiros a x x médio e longo prazo (a)... x Aumento s das dívidas de terceiros a médio e longo prazo (a)... x Movimentos financeiros a médio e longo prazo: Diminuições de investimentos financeiros Aumentos de imobilizações Diminuições das dívidas de terceiros a médio e longo prazo (a)... Trabalhos da empresa para ela própria (a)... x Aumentos das dívidas a terceiros a médio e Aquisição de imobilizações (a)... x longo prazo (a)... x Diminuições de imobilizações Cessão de imobilizações (pelo valor contabilístico líquido) (a)... x Diminuição dos fundos circulantes... x Aumento dos fundos circulantes... x x x (a) A desenvolver segundo as rubricas do balanço Demonstração das variações dos fundos circulantes 1 Aumentos das existências... x 1 Diminuições das existências (a)... x 2 Aumentos das dívidas de terceiros a curto prazo (a)... x 2 Diminuições das dividas de terceiros a curto prazo (a)... x 3 Diminuições das dívidas a terceiros a curto prazo (a)... x 3 Aumentos das dívidas a terceiros a curto prazo (a)... x 4 Aumentos das disponibilidades (a)... x 4- Diminuições das disponibilidades (a)... x 5 Diminuição dos fundis circulantes... x 5 Aumento dos fundos circulantes... x x x (a) A desenvolver segundo as rubricas do balanço Retirado do POC Projecto e Instalação de Redes Locais de Computadores Página 8

Estrutura financeira e solvabilidade Dentro da análise financeira consideremos dois aspectos: Estrutura financeira Solvabilidade Se compararmos as massas de bens que a empresa dispõe com os vários meios que empregou para financiar cada uma delas estamos a analisar a sua estrutura financeira. Se analisarmos a capacidade da empresa para fazer face aos seus compromissos estamos a estudar a sua solvabilidade. Estrutura financeira Para que a empresa tenha uma estrutura financeira equilibrada é necessário que exista uma correspondência entre os graus de liquidez das aplicações de fundos e os graus de exigibilidade das fontes de financiamento. Para se conseguir esse equilíbrio terão que verificar-se duas condições: 1. A empresa deve apresentar uma certa independência em relação a capitais alheios, pelo que, no financiamento dos seus investimentos, deve recorrer essenci almente a capitais próprios. Grau de autonomia financeira = Se o valor do rácio for: Inferior a 1: os capitais permanentes são insuficientes para cobrir o valor do activo fixo. Superior a 1: a empresa apresenta um grau de autonomia satisfatório, isto é, os capitais próprios cobrem todas as dívidas a médio e longo prazo. 2. O activo fixo deve ser integralmente financiado com capitais permanentes. Grau de cobertura do imobilizado: = Se o valor do rácio for: Inferior a 1: os capitais permanentes são insuficientes para cobrir o valor do activo fixo. Superior a 1: os capitais permanentes financiaram todo o activo fixo e ainda parte do activo circulante. Projecto e Instalação de Redes Locais de Computadores Página 9

Solvabilidade Para que uma empresa tenha solvabilidade é preciso que seja capaz de fazer face aos seus compromissos. Em princípio, a empresa será capaz de solver os seus compromissos desde que o seu capital próprio seja igual ou superior ao seu passivo. Solvabilidade total = Se o valor do rácio for: Superior a 1: o capital próprio da empresa é superior ao passivo, isto é, o valor do seu património é suficiente para cobrir as suas dívidas. Inferior a 1: a empresa fica impossibilitada de satisfazer as suas obrigações com os meios próprios de que dispõe (capital próprio). O facto de os bens de uma empresa (valor do património) excederem as dívidas (capital próprio > passivo total) não garante que a empresa seja capaz de as pagar no momento preciso. A aptidão para pagar as dívidas a curto prazo depende da relação entre o activo circulante e o exigível a curto prazo (liquidez geral). Liquidez geral = Se o valor deste rácio for: Superior a 1: a liquidez da empresa (solvabilidade a curto prazo) é razoável, isto é, para pagar as dívidas de curto prazo a empresa dispõe de valores circulantes suficientes. Inferior a 1: a liquidez é desfavorável, isto é, o activo circulante é insuficiente para pagar as dívidas de curto prazo. O activo circulante compõe-se de massas de valores pouco homogéneas (Existências, Créditos a curto prazo e Disponibilidades). Em certas actividades as existências representam uma significativa fatia no total dos investimentos, daí que seja muito importante conhecer a sua influência na liquidez (liquidez reduzida). Liquidez reduzida = Por outro lado, se pretendermos conhecer a aptidão imediata da empresa para satisfazer os seus compromissos, bastará relacionar as disponibilidades com o exigível a curto prazo (liquidez imediata) Projecto e Instalação de Redes Locais de Computadores Página 10

Liquidez imediata = Este indicador, isoladamente, é de pouca utilidade, pois uma situação desfavorável por ele evidenciada pode resultar de circunstâncias ocasionais. Outros indicadores da liquidez A liquidez é a capacidade que a empresa tem para pagar as suas dívidas a curto prazo. A análise do comportamento dos clientes no que respeita às suas dívidas para com a empresa das responsabilidades da empresa para com os fornecedores são elementos relevantes para o estudo da liquidez. Em regra, os indicadores são os seguintes: Prazo médio de recebimentos = Prazo médio de pagamentos = Duração média das existências = Estes indicadores são conhecidos por rácios de funcionamento. Estrutura financeira e solvabilidade (Análise dinâmica) Na análise da situação de uma empresa não nos devemos limitar ao exame da situação num só momento. É muito importante investigar o que aconteceu anteriormente, para melhor diagnosticar a situação da empresa. Projecto e Instalação de Redes Locais de Computadores Página 11

Conclusão A gestão financeira refere-se à avaliação ou estudo da viabilidade, estabilidade e lucratividade de um negócio ou projecto. Engloba um conjunto de instrumentos e métodos que permitem realizar estudos sobre a situação financeira de uma empresa, assim como prognósticos sobre o seu desempenho e futuro. Para que o gestor possa verificar a situação económico-financeira de uma empresa, torna-se fundamental o recurso a alguns indicadores, sendo que os mais utilizados são aqueles que assumem a forma de rácios. Estes apresentam uma vantagem, não só de tornar mais precisa a informação, como também de facilitar comparações, quer para a mesma empresa, ao longo de um certo período de tempo, quer entre empresas distintas, num mesmo referencial de tempo. Contudo, convém salientar que os rácios apenas constituem um instrumento de análise, que deve ser complementado por outros tantos. Com efeito, a análise de indicadores, fornece apenas alguns indícios que o gestor deverá procurar confirmar através do recurso a outras técnicas. A gestão financeira é assim a capacidade de avaliar a rentabilidade empresarial, tendo em vista, em função das condições actuais e futuras, verificar se os capitais investidos são remunerados e reembolsados de modo a que as receitas superem as despesas de investimento e de funcionamento. De forma a alcançar a sobrevivência e desenvolvimento pretendido pela empresa, a avaliação e interpretação da situação económico-financeira de uma empresa centra-se nas seguintes questões fundamentais: Equilíbrio financeiro Rentabilidade dos capitais Crescimento Risco Valor criado pela gestão O recurso à análise financeira é extremamente importante para as diversas partes interessadas numa boa gestão empresarial, sendo que essas partes interessadas são gestores, credores, trabalhadores e as respectivas organizações, Estado, investidores e clientes. Projecto e Instalação de Redes Locais de Computadores Página 12

Bibliografia Plano oficial de contabilidade (POC) - http://www.cnc.minfinancas.pt/poc/pocontabilidade.pdf Contabilidade e gestão, Hélder Viegas da Silva e Maria Adelaide Matos, Texto Editora Projecto e Instalação de Redes Locais de Computadores Página 13

Anexos Analise_PT.xls Análise financeira da empresa PT Telecom. Projecto e Instalação de Redes Locais de Computadores Página 14