ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. Aula 7- Unidade II Análise tradicional das demonstrações contábeis. Prof.: Marcelo Valverde
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1 ANÁLIE DA DEMONTRAÇÕE FINANCEIRA Aula 7- Unidade II Análise tradicional das demonstrações contábeis Prof.: Marcelo Valverde
2 Unidade II. Análise tradicional das demonstrações contábeis; 2.1. Análise vertical e Horizontal 2.2. Análise de estrutura de capitais;
3 ANÁLIE HORIZONTAL Análise Horizontal ENCADEADA X ANUAL A análise horizontal ENCADEADA é realizada em relação a um ano base. X1 X2 X3 X4 Estoque Percentual 100 % 150% 80% 200% Considerações: Nesta forma de análise as variações calculadas em X2, X3 e X4 são analisadas em relação a X1. Isto permite ao analista observar a real variação ocorrida em cada exercício em relação a um parâmetro fixo.
4 ANÁLIE HORIZONTAL Análise Horizontal ENCADEADA X ANUAL A análise horizontal ANUAL é realizada em relação ao ano anterior. X1 X2 X3 X4 Estoque Percentual 100 % +50,0% - 46,66% +150% Considerações: Nesta forma de análise as variações são calculadas em relação ao exercício anterior, isto pode induzir ao analista acreditar que as variações encontradas são maiores ou menores que realmente são. Este é o caso verificado em X4 onde a variação encontrada é de 150% se comparada ao exercício anterior, quando efetivamente o aumento verificado em relação ao ano X1 o incremento foi de 100%.
5 ANÁLIE HORIZONTAL Análise Horizontal situações especiais (base negativa) Anos X3 X4 X5 X6 Lucro ou prejuízo Cálculo - ( /2600) *100 = Número índice (base: ano anterior) (-2.080/-1.300) *100 = - 150% + 60% - 186% (3.880 / ) * 100 = Considerações: Em situações onde a análise envolve números negativos, há de se ter atenção quando da interpretação dos índices, como podemos verificar nos anos de X5 e X6. Em X5 o prejuízo aumentou e o índice apresentou sinal positivo. E em X6 o lucro aumentou e o índice apresentou saldo negativo. A inversão do sinal verificada nestas situações pode induzir ao analista a uma interpretação equivocada. Desta forma, para a interpretação correta o analista deverá julgar da seguinte forma: se o resultado aumentou o sinal será + e se o resultado diminuiu o sinal será, independentemente do sinal apresentado.
6 ANÁLIE DE ETRUTURA DE CAPITAL FONTE DE FINANCIAMENTO Os financiamentos necessários às empresas podem ser de origem própria (PL) ou decorrentes de créditos obtidos junto a terceiros. O departamento financeiro de uma organização deve estar sempre atento ao montante requerido, observando o benefício gerado por conta de um empréstimo e qual o endividamento da empresa no encerramento de suas atividades. PAIVO Passivo Circulante Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido ORIGEM Capital de Terceiros (endividamento) Capital Próprio
7 Toda empresa necessita de financiamentos para manter suas atividades, sejam estes de curto ou de longo prazo. Os financiamentos de curto prazo, passivo circulante, devem, preferencialmente, estar relacionados a ativos de curto prazo, assim como os de longo prazo devem financiar ativos de longo prazo. Esta relação permite que a empresa controle seus recebimentos com prazos de pagamentos. A P L I C A Ç Ã O ATIVO AC Ativo Circulante (até 12 meses) AÑC Ativo não circulante (mais de 1 ano) PAIVO PC Passivo de Curto Prazo (até 12 meses) PÑC Passivo não Circulante (mais de 1 ano) TOTAL TOTAL Exemplo: A aquisição de mercadorias (AC) deve ser financiada por fornecedores (PC); A aquisição de Máquinas (AÑC) deve ser financiada por empréstimos de longo prazo (PÑC); O R I G E M
8 Índices de endividamento Quantidade da dívida (ALTO, RAZOÁVEL, BAIXO); Qualidade da Dívida (BOA ou RUIM); Passivo Exigível Curto Prazo Longo Prazo Características QUALITATIVA Alto custo Desfavorável (RUIM) Baixo Custo Favorável (BOA) Características QUANTITATIVA PE é Maior do que o PL (ALTO) PE é igual ou próximo ao PL (RAZOÁVEL) PE é menor do que o PL (BAIXO)
9 INDICADORE DE ENDIVIDAMENTO Exemplo: Considere o BP apresentado a seguir e responda: ATIVO R$ PAIVO R$ AC 4.200,00 PC 3.100,00 AÑC 5.800,00 ELP 2.900,00 PL 4.000,00 TOTAL ,00 TOTAL ,00 1) Participação de Capital de Terceiros sobre recursos totais = PE / PAIVO TOTAL ou (PC+ELP)/(PC+ ELP+PL) >>> (Quantidade da dívida); 2) Garantia de capital próprio ao capital de terceiros = PL /PC + ELP 3) Composição do endividamento = PC / PE ou PC/PC + ELP >>>(Qualidade da Dívida)
10 Resposta: ATIVO R$ PAIVO R$ AC 4.200,00 PC 3.100,00 AÑC 5.800,00 ELP 2.900,00 PL 4.000,00 TOTAL ,00 TOTAL ,00 1) Participação de Capital de Terceiros sobre recursos totais = PE / PAIVO TOTAL ou (PC+ELP)/(PC+ ELP+PL) >>> (Quantidade da dívida); Resposta: Quantidade da dívida = PE / PAIVO TOTAL = 6.000/ = 60% (ALTO) >> O capital de terceiros é maior do que o capital próprio 2) Garantia de capital próprio ao capital de terceiros = PL /PC + ELP Resposta: / = 66,67% >> Para cada real de dívida há uma garantia de R$ 0,66 de capital próprio. 3) Composição do endividamento = PC / PE ou PC/PC + ELP Resposta: (Qualidade da Dívida) = / = 51,66% (BOA) >> Quase a metade da dívida tem vencimento de longo prazo.
11 Empresa Prosperidade Empresa Conservadora ATIVO R$ PAIVO R$ AC PC AÑC ELP PL TOTAL TOTAL ATIVO R$ PAIVO R$ AC PC AÑC PL TOTAL TOTAL Pede-se: Considere os balanços patrimoniais apresentados acima e analise as afirmativas apresentadas abaixo e assinale as VERDADEIRA com V e as FALA com F. ( ) A qualidade da dívida da empresa da empresa Prosperidade é BOA; ( ) A quantidade da dívida da empresa Conservadora é ALTO; ( ) A quantidade da dívida da empresa Prosperidade é BAIXO; ( ) A qualidade da dívida da empresa Conservadora é RUÍM;
12 Empresa Prosperidade Empresa Conservadora ATIVO R$ PAIVO R$ AC PC AÑC ELP PL TOTAL TOTAL ATIVO R$ PAIVO R$ AC PC AÑC PL TOTAL TOTAL Pede-se: Considere os balanços patrimoniais apresentados acima e analise as afirmativas apresentadas abaixo e assinale as VERDADEIRA com V e as FALA com F. ( V ) A qualidade da dívida da empresa da empresa Prosperidade é BOA; ( F ) A quantidade da dívida da empresa Conservadora é ALTO; ( F ) A quantidade da dívida da empresa Prosperidade é BAIXO; ( V ) A qualidade da dívida da empresa Conservadora é RUÍM;
13 A P L I C A Ç Õ E R E C U R O A T I V O C O N U M O P E R M A N E N T E Circulante ATIVO (Bens que se converterão em disponíveis em até 1 ano) Não Circulante Imobilizado (Bens de natureza permanente que são utilizados na atividade operacional) Investimento (Bens de natureza permanente não utilizados na atividade operacional) Circulante PAIVO (Obrigações que serão exigidas em até 1 ano) Não Circulante Exigível a Longo Prazo (Obrigações que serão exigidas após 1 ano) Patrimônio Líquido Recursos próprios da empresa pertencente aos sócios. T E R C E I R O Ó C I O O R I G E N R E C U R O
14 Para manter o equilíbrio financeiro, preferencialmente: > Os ativos circulantes devem ser financiados por passivos circulantes. Mercadorias devem ser financiados por fornecedores; Recursos para pagar suprir eventuais insuficiências de caixa devem ser supridos por obrigações de curto prazo; > Os ativos não circulantes devem ser financiados por obrigações de longo prazo (empréstimo e capital próprio). Construção de uma fábrica; Modernização do parque fabril; Compra de máquinas; Nota: 1 - A empresa deve ter sempre como meta o alongamento de suas dívidas, visando aliviar a pressão no caixa em honrar compromissos de curto prazo. Nota: 2 - O aumento do capital de terceiros em relação ao capital próprio, torna a empresa mais vulnerável a qualquer imprevisto.
15 ENDIVIDAMENTO Na estrutura de capitais disponíveis da empresa é preciso que se conheça a proporcionalidade entre recursos próprios e de terceiros, a dependência da empresa no curto prazo e como se compõe sua exigibilidade. O primeiro índice relativo ao endividamento a ser analisado mede, em percentual, a participação do capital de terceiros, financiando o ativo da empresa. % Capital de Terceiros = Passivo Exigível / Ativo Total Nota: Passivo Exigível = PC + ELP Este índice indica a percentagem que o endividamento (passivo exigível) representa sobre o total das origens de recursos, ou a percentagem do ativo financiados com recursos de terceiros.
16 ENDIVIDAMENTO Outro índice referente ao montante de capitas que circulam na empresa é o chamando Grau de Endividamento. Grau de endividamento = Passivo Exigível / Patrimônio Líquido Nota: Passivo Exigível = PC + ELP Este índice indica a percentagem do capital de terceiros sobre os recursos próprios. Nota: Índices altos de capital de terceiros (maiores do que 1) sobre o capital próprio precisam de atenção e pode indicar futuros problemas de liquidez.
17 Composição do Endividamento = Passivo Circulante / Passivo Exigível No índice chamado Composição do Endividamento, faz-se a análise do montante das dívidas em curto prazo com relação ao endividamento total. Este índice varia de 0 a 1, e quanto mais próximo de 1 significa maior comprometimento da empresa com dívidas de curto prazo.
18 Exercício de Fixação: ATIVO R$ PAIVO R$ AC PC AÑC PÑC RLP ELP IMOB PL INVET TOTAL TOTAL a) Determine o % do capital de terceiro aplicado na empresa. Fórmula: % Capital de Terceiros = Exigível Total / Ativo total b) Determine a composição do endividamento. Fórmula: PC / Exigível Total c) Determine o Grau de endividamento. Fórmula: Exigível Total / Patrimônio Líquido
19 a) Determine o % do capital de terceiro aplicado na empresa. % Capital de Terceiros = Passivo Exigível / Ativo Total % Capital de Terceiros = / = 50% Interpretação: metade do ativo total é financiado por recursos de terceiros. b) Determine a composição do endividamento. Composição do Endividamento = Passivo Circulante / Passivo Exigível Composição do Endividamento = / = 0,8 ou 80% Interpretação: As dívidas de curto prazo representam 80% das obrigações exigíveis. Este índice varia de 0 a 1, e quanto mais próximo de 1 significa maior comprometimento da empresa com dívidas de curto prazo. c) Determine o Grau de endividamento. Grau de endividamento = Passivo Exigível / Patrimônio Líquido Grau de endividamento = / = 1 Interpretação: Para cada real investido com capital próprio há um real investido com capital de terceiros.
20 ATÉ A PRÓXIMA AULA! OBRIGADO.
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