Acreditação de Unidades de Saúde nos CSP. A experiência de Valongo
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- Gustavo Martinho Guterres
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1 Acreditação de Unidades de Saúde nos CSP A experiência de Valongo Direcção-Geral da Saúde Ministério da Saúde Filipa Homem Christo Departamento da Qualidade em Saúde Direcção Geral da Saúde
2 Da Auto-avaliação à Acreditação 10 anos de avaliação da Qualidade Organizacional nos Cuidados de Saúde Primários em Portugal 1998 iniciou-se a auto-avaliação pelo modelo MoniQuor que evoluiu ele próprio para a avaliação cruzada entre Centros de Saúde e esteve na base das primeiras grelhas de avaliação das USF, hoje DiQuOr
3 Da Auto-avaliação à Acreditação Em 2006, com a criação das USF (modelo B) criou-se a obrigação legal de estas unidades virem a estar acreditadas em três anos e iniciou-se a busca de um modelo completamente adaptado à realidade portuguesa e já validado Chegou-se assim ao modelo de acreditação da Agencia de Calidad Sanitária de Andalucia Modelo ACSA
4 Da Auto-avaliação à Acreditação Em 31 de Agosto de 2009 (despacho 69/2009 da senhora Ministra da Saúde) foi adoptado o Modelo de Acreditação ACSA (Andaluzia) como modelo oficial e nacional de acreditação das instituições de saúde portuguesas 24 de Setembro de 2009 assinada a candidatura de quatro USF 24 de Setembro de 2010 entregue o primeiro certificado de acreditação à USF de Valongo
5 Em que se baseia o modelo de acreditação ACSA? Gestão de Processos todos Gestão de Competências competências acreditadas Gestão Clínica processos assistenciais integrados
6 O que supõe a acreditação de uma unidade de saúde? Que essa organização conhece, adere, e pratica o respeito pelos direitos dos cidadãos e dos seus utentes e cria mecanismos que lhes facilitem o exercício desses direitos Que essa organização identifica, conhece, implementa, pratica boas práticas clínicas baseadas na melhor evidência científica e/ou validadas por entidades de referência do sector e as avalia Que as competências instaladas são as necessárias, adequadas e suficientes para o bom desempenho em todos os processos, e que se encontram em permanente desenvolvimento.
7 O que supõe a acreditação de uma unidade de saúde? Que essa organização demonstre que a sua direcção/gestão se rege por princípios de ética e transparência, de partilha de conhecimentos, de envolvimento dos profissionais, de trabalho em equipa efectivo, de gestão por objectivos e de benefícios partilhados. Que essa organização demonstre que tem todos os requisitos básicos, estruturais, de instalações, de equipamentos, de segurança para o fim para que serve, e que os gere de forma eficaz e segura Que a organização demonstre que os sistemas de informação e comunicação entre profissionais e com as partes interessadas são eficazes e permitem a acessibilidade e continuidade de cuidados.
8 Abordagem por Processos Com quê? Quem faz? Onde? Com que resultados? O quê? Quando? Como? 15/ 10/ 2010
9 O que supõe a acreditação de uma unidade de saúde? Que a organização demonstre que gere os seus processos de forma eficaz e eficiente, baseados nos princípios básicos da qualidade, da gestão da segurança, do respeito ambiental e dos preceitos legais Que a organização demonstre que gere os seus recursos de forma efectiva de modo a garantir que os resultados que está a obter são os esperados e contratualizados, assegurando a sua sustentabilidade e os outcomes de saúde desejados Que o mapa de indicadores de qualidade e de gestão demonstram uma tendência positiva numa base de três anos consecutivos
10 Estrutura do Manual de Acreditação I - O Cidadão, como centro do Sistema de Saúde 1. Utentes: satisfação, participação e direitos ( 17 ) 2. Acessibilidade e continuidade na prestação de cuidados (13) 3. Documentação clínica ( 6 ) II - Organização da actividade centrada no utente 4. Gestão dos processos assistenciais ( 5) 5. Actividades de promoção e programas de saúde (7) 6. Direcção (1 1 ) III Profissionais 7. Profissionais, formação e desenvolvimento ( 14) IV - Áreas de Suporte 8. Estrutura, equipamentos e fornecedores ( 11) 9. Sistemas e tecnologias de informação, comunicação (9) 10. Sistemas da qualidade ( 12 ) V- Resultados 11. Resultados chave da organização (7)
11 A experiência de Valongo Margarida Abreu Aguiar Coordenadora da USF Valongo: O grupo da USF Valongo, constituída por 22 elementos: 8 médicos, 8 enfermeiras e 6 secretárias clínicas acreditou, desde o 1º dia, nas potencialidades de seu trabalho de grupo para abraçar um Projecto inovador quando estava a ser implementada a Reforma dos CSP iniciada em Assim fez a candidatura no 1º dia de abertura das mesmas em Março de Em 4 de Setembro de 2006 foi pioneira no início de funcionamento em conjunto com mais 3 USF, iniciando no terreno esta reforma. Em 1 de Maio de 2008 passou a Modelo B, também no 1º dia de início deste tipo de Modelo de USF. Em Março de 2009 candidatou-se ao processo de Acreditação com o modelo da Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucia. Volvidos 6 Meses iniciou o processo de Acreditação com a primeira reunião na DGS com elementos da ACSA e da DGS com a definição dos Modelos de Acreditação, os Requisitos a cumprir e com a entrega de manuais.
12 A experiência de Valongo O Grupo começou imediatamente o trabalho Interno da Equipa com a autoavaliação, interiorização, aprendizagem e detecção de necessidades de melhoria sendo criada uma Equipa da Qualidade da USF com atribuição de tarefas conforme a autoavaliação para tomada de Medidas de melhoria e Correctivas. Este processo de Acreditação abrange diversos pontos-chave: Procedimentos uniformes, visão de integralidade, Modificação da atitude dos profissionais e a Modificação da organização Gestão de Recursos Clínicos com a finalidade de obtenção de ganhos em saúde, abrangendo não só a eficiência como também a efectividade. O conhecimento, desenvolvimento e adopção de orientações clínicas, diagnósticas, cuidado nos registos e orientações terapêuticas com gestão eficiente dos gastos sempre com o objectivo do melhor para os utentes e alinhados com a Estratégia e os Programas Nacionais.
13 A experiência de Valongo Abrange também a definição das Competências de cada posto de trabalho em termos de conhecimento, habilidade e atitude. Esta definição é importante para elaborar planos de formação para que cada profissional esteja capaz e seguro de desempenho. A melhoria da Qualidade Clínica, Organizacional, Ambiental, a Informação ao cidadão nas suas diversas vertentes, a Segurança em todos os procedimentos e o olhar o Cidadão como Centro de Sistema são as pedras basilares deste processo de Acreditação, tendo sempre em mente que a SEGURANÇA DO DOENTE É O ELEMENTO MAIS IMPORTANTE DA QUALIDADE
14 A experiência de Valongo O 1º Nível de Acreditação é a Acreditação Avançada (Bom). Para a obtenção deste nível era necessário que 70% dos critérios de Grupo I estivessem cumpridos com a totalidade dos 35 obrigatórios. A curiosidade do Grupo perante este processo de autoavaliação levou a que no início a Equipa avaliasse os 112 requisitos o que realmente fez durante a 1ª fase de autoavaliação. O aperceber da exigência dos requisitos fez com que na 2ª fase se debruçasse apenas nos de Grupo I até Maio de Na avaliação a USFV superou os 70% dos requisitos necessários a cumprir tendo obtido 83,3%, com 100% dos obrigatórios. Obteve ainda 17,9% dos de grupo II e 11,1% dos de grupo III.
15 A experiência de Valongo Esta avaliação constitui um estímulo para a permanente melhoria da Qualidade que a USFV se propõe. Este processo de Acreditação é muito importante para a credibilidade da reforma e das USF e deve constituir um estímulo para que todas as USF se candidatem. Segundo o DL 298/2007 todas as USF devem evoluir para Acreditação em 3 anos. Os profissionais da USF Valongo congratulam-se pelo reconhecimento público e expresso realizado por uma Entidade Externa e Independente, Internacionalmente reconhecida e Acreditada e totalmente vocacionada para a Saúde. A equipa da USF Valongo trabalhou muito mas foi demonstrando ter as qualidades inerentes e as competências profissionais que um programa de acreditação exige. Mas a população inscrita na USFValongo está também de parabéns. Ganhou em qualidade, em segurança, em comunicação e nos compromissos publicamente assumidos pelos profissionais de saúde da USF Valongo.
16 A experiência de Valongo Em nome da Equipa da USF Valongo agradeço o contributo de todos quantos nos estimularam e nos acompanharam, ao longo de doze meses, nesta caminhada difícil mas com Sucesso para a obtenção deste reconhecimento. Foi um trajecto árduo, trabalhoso, persistente, mas muito estimulante que contribuiu para reforço do sentimento do trabalho de equipa multi-profissional e desenvolvimento de estratégias com a finalidade de melhoria da qualidade olhando o cidadão como Centro do Sistema. Exactamente um ano depois do inicio do processo de acreditação chegamos a esta etapa: 24 de Setembro de 2009 a 24 de Setembro de 2010
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