Inventário de Emissão de Metano pela Pecuária (Fermentação Entérica e Sistemas de Manejo de Dejetos Animais) do Estado de São Paulo, 1990 a 2008

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1 Relatório de Referência do Estado de São Paulo de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa, Período de a 00 Inventário de Emissão de Metano pela Pecuária (Fermentação Entérica e Sistemas de Manejo de Dejetos Animais) do Estado de São Paulo, a 00 Governo do Estado de São Paulo, Secretaria do Meio Ambiente São Paulo 0

2 Governo do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin Secretaria de Estado do Meio Ambiente Bruno Covas CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo Fernando Rei VERSÃO PARAA CONSULTA PÚBLICA Fevereiro/0

3 Fernando Rei Diretor Presidente Diretoria de Licenciamento e Gestão Ambiental Marcelo de Souza Minelli Diretor Diretoria de Tecnologia, Qualidade e Avaliação Ambiental Ana Cristina Pasini da Costa Diretora Diretoria de Gestão Corporativa Edson Tomaz de Lima Filho Diretor

4 CETESB COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Presidente Fernando Rei Diretoria de Tecnologia, Qualidade e Avaliação Ambiental T Ana Cristina Pasini da Costa Departamento de Desenvolvimento Tecnológico e Sustentabilidade TD Carlos Ibsen Vianna Lacava Divisão de Sustentabilidade e Questões Globais TDS Flávio de Miranda Ribeiro Setor de Clima e Energia TDSC Josilene Ticianelli Vannuzini Ferrer PROCLIMA Programa de Mudanças Climáticas do Estado de São Paulo Coordenador do Programa e Assessor da Presidência João Wagner Silva Alves Secretária Executiva do Programa Josilene Ticianelli Vannuzini Ferrer FICHA TÉCNICA Coordenação Técnica Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EMBRAPA Magda Aparecida de Lima Elaboração: Magda Aparecida de Lima Bruno José Rodrigues Alves Elton César de Carvalho Revisão Técnica Gabriela Pacheco Rotondaro João Wagner Silva Alves Projeto CETESB (PSF LGHG CCE 01) Apoio à Política Climática do Estado de São Paulo, Inventário de Gases de Efeito Estufa do ESP, 00, Coordenação Técnica João Wagner Silva Alves Coordenação Executiva Josilene Ticianelli Vannuzini Ferrer, Eliane A. M. de Q. Lopes da Cruz apoio

5 Coordenação Institucional Departamento de Cooperação Internacional Fátima Aparecida Carrara, Luciana Morini apoio Editoração Eduardo Shimabokuro Wilson Issao Shiguemoto Colaboradores Bruna Patrícia de Oliveira Calvin Stefam Iost Camila Bernardo de Faria Carlos Alberto Sequeira Paiva Daniel Soler Huet Denise Soletto Eduardo Shimabokuro Eliane Aparecida Milani de Queiróz Lopes da Cruz Francisco do Espírito Santo Filho Gabriela Pacheco Rotondaro Gisele dos Anjos Passareli Ligia Prangutti Orlandi Mariana Pedrosa Gonzalez Matheus Fernando Kelson Batinga de Mendonça Neuza Maria Maciel Omar de Almeida Cardoso Renata Monteiro Siqueira Wilson Issao Shiguemoto

6 Publicação Para obter outras informações: Programa de Mudanças Climáticas do Estado de São Paulo PROCLIMA Avenida Frederico Hermann Júnior,, CEP 0-00, São Paulo -SP Telefone: () 1 1, () 1, Fax: () tdsc@cetesbnet.sp.gov.br A realização deste trabalho só foi possível com o apoio da Embaixada Britânica no Brasil Esse Relatório de Referência é produto de Convênio celebrado entre a CETESB, a EMBRAPA e a Fundação Arthur Bernardes - FUNARBE em 00, com recursos do contrato entre a Embaixada Britânica e a CETESB, para apoiar o Projeto "Apoio à Política Climática do Estado de São Paulo. VERSÃO PARAA CONSULTA PÚBLICA Fevereiro/0

7 Agradecimentos Nossos sinceros agradecimentos a: Fernando Rei, Presidente da CETESB pelo apoio ao convênio com a Embaixada Britânica e ao acompanhamento deste projeto durante todo o percurso de trabalho Alan Charlton, Embaixador do Reino Unido no Brasil, parceiro imprescindível e importante nesses três anos de projeto; à Fátima Aparecida Carrara que coordenou o relacionamento institucional da CETESB com a Embaixada Britânica e durante três anos foi uma parceira estratégica, contando com o apoio presente e incansável de Luciana Morini, Denise Soletto e equipe da PI. Ao José Domingos Gonzales Miguez, Newton Paciornick do MCT e Thelma Krug do INPE pela confiança, longa parceria e apoio na implementação deste 1 Inventário de GEE no Estado de São Paulo. Para Ana Lúcia Segamarchi nossa gratidão pelo início das conversações com o Governo Britânico. Para Oswaldo Lucon, Assessor do Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, nosso reconhecimento pela participação no processo de articulação da parceria com a Embaixada Britânica, por ter participado a redação da proposta inicial e pelo apoio e contribuições inestimáveis. Expressamos nosso especial reconhecimento à equipe da Embaixada Britânica, que nos apoiou durante os três anos do desenvolvimento deste Projeto, em especial para Ana Nassar, Daniel Grabois, Larissa Araújo, Márcia Sumirê, Raissa Ferreira; aos gerentes da CETESB Flávio de Miranda Ribeiro e Carlos Ibsen Vianna Lacava pelo apoio ao desenvolvimento dos trabalhos deste relatório de referência. Para Gisele dos Santos Passareli e Omar de Almeida Cardoso da equipe do PROCLIMA, pela efetiva participação na revisão desde documento. Para a equipe da EMBRAPA e a Fundação Arthur Bernardes FUNARBE, em especial da Magda Lima que tanto se empenhou para a finalização deste documento.

8 Inventário de Emissão de Metano pela Pecuária (Fermentação Entérica e Sistemas de Manejo de Dejetos Animais) do Estado de São Paulo, a 00 Realização: Companhiaa Ambiental do Estado de São Paulo CETESB Programa de Mudanças Climáticas do Estado de São Paulo PROCLIMA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA Apoio: Embaixada Britânica VERSÃO PARAA CONSULTA PÚBLICA Fevereiro/0

9 Sumário Sumário... Resumo... 1 Introdução... 1 A pecuária no Estado de São Paulo... 1 Bovinos... 1 Gado Leiteiro... 0 Gado de Corte... 1 Bubalinos... Ovinos e caprinos... Equinos... Asininos e Muares... Suínos... Aves... Método... Fermentação entérica... Manejo de esterco... 1 Dados... Dados censitários da população animal... Dados de sistemas de manejo de dejetos animais... Classificação climática... Parâmetros e fatores de emissão utilizados para as estimativas... Bovinos... Suínos... Outros animais... Fatores de emissão... Fermentação entérica... Manejo de dejetos... 1 Resultados... Referências...

10 Lista de Tabelas Tabela 1 Estimativa de emissões de metano proveniente da pecuária paulista por fermentação entérica e manejo de dejetos para o Estado de São Paulo, para os anos de e Tabela Populações animais no Estado de São Paulo no período de a Tabela Efetivo de bovinos de leite, de corte e total, e percentagens para cada idade (< 1 ano, 1- anos e > anos) dentro dos efetivos de cada finalidade, para os anos de, 1, 000, 00 e Tabela Sistemas de manejo de dejetos identificados junto a produtores (IBGE, 00b), categorias do rebanho associadas, e denominação e descrição dos sistemas similares existentes na guia do IPCC (GPG-IPCC, 000)... Tabela Percentagens dos dejetos produzidos por diferentes componentes do rebanho do Estado de São Paulo por sistema de manejo... Tabela Dados do rebanho leiteiro utilizados nas estimativas relativas ao período a 1, 1 a 001 e 00 a Tabela Dados da pecuária de corte utilizados nas estimativas de emissão de metano... Tabela Fatores de emissão de metano para fermentação entérica de gado de corte, machos e jovens no período de a 00 (Tier )... Tabela Fatores de emissão de metano para fermentação entérica de gado de corte - fêmeas, no período de a 00 (Tier )... Tabela Fatores de emissão de metano para fermentação entérica de vacas leiteiras no período de a 00 (Tier )... 0 Tabela Fatores de emissão de metano por fermentação entérica por outras categorias animais (Tier 1), a serem aplicados para o período de a Tabela 1 Fatores de emissão de CH para manejo de esterco de bovinos leiteiros (Tier )... 1 Tabela 1 Fatores de emissão de CH para manejo de esterco de bovinos de corte - machos (Tier ) 1 Tabela 1 Fatores de emissão de CH para manejo de esterco de bovinos de corte - fêmeas (Tier ) 1 Tabela 1 Fatores de emissão de CH para manejo de esterco de bovinos de corte - jovens (Tier ). 1 Tabela 1 Fatores de emissão de metano para manejo de esterco de suínos (Tier )... 1 Tabela 1 Fatores de emissão de metano associados a sistemas de manejo de dejetos de outras categorias animais (Tier 1)... Tabela 1 Estimativa de emissões de metano por fermentação entérica da pecuária paulista, no período de a Tabela 1 Estimativa de emissões de metano derivadas de sistemas de manejo de dejetos da pecuária paulista, no período de a Tabela 0 Emissões totais de metano provenientes da pecuária (fermentação entérica + dejetos animais), por categoria animal, no Estado de São Paulo, no período de a Tabela 1 Emissões de metano provenientes da fermentação entérica da pecuária no Estado de São Paulo, por categoria animal, no período de a Tabela Emissões de metano proveniente da pecuária de sistemas de manejo de dejetos animais no Estado de São Paulo, por categoria animal, no período de a 00...

11 Lista de Figuras Figura 1 Participação das emissões de fermentação entérica por classe de animais no Estado de São Paulo nos anos de e Figura Participação das emissões atribuídas a sistemas de manejo de dejetos animais por classe de animais no Estado de São Paulo nos anos de e Figura Evolução das emissões de metano provenientes da pecuária paulista no período de a Figura Proporções das populações animais no Estado de São Paulo nos anos de, 000 e 00, com base em dados da PPM/IBGE... 1 Figura Evolução das populações animais no estado de São Paulo, no período de a Figura Distribuição do rebanho bovino leiteiro no Estado de São Paulo em 00/ Figura Distribuição do rebanho de bovinos de corte no Estado de São Paulo em 00/00... Figura Distribuição do rebanho de bovinos mistos no Estado de São Paulo em 00/00... Figura Distribuição do rebanho bubalino no Estado de São Paulo em 00/00... Figura Distribuição do rebanho de ovinos no Estado de São Paulo em 00/00... Figura Distribuição do rebanho caprino no Estado de São Paulo em 00/00... Figura 1 Distribuição do rebanho eqüino no Estado de São Paulo em 00/00... Figura 1 Distribuição do rebanho suinícola no Estado de São Paulo em 00/00... Figura 1 Distribuição de populações de aves de corte no Estado de São Paulo em 00/00... Figura 1 Distribuição de populações de aves poedeiras no Estado de São Paulo em 00/00... Figura 1 Distribuição municipal das emissões de metano pela pecuária no Estado de São Paulo em Figura 1 Distribuição municipal das emissões de metano pela pecuária no Estado de São Paulo em Figura 1 Evolução das emissões de metano pela fermentação entérica da pecuária no período de a 00 no Estado de São Paulo... Figura 1 Evolução das emissões de metano associados a sistemas de manejo de dejetos da pecuária no período de a 00 no Estado de São Paulo... 0

12 Resumo Este relatório apresenta o quarto produto previsto no acordo celebrado entre a CETESB, FUNARBE e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa. O mesmo trata das estimativas de emissão de metano (CH ) proveniente da fermentação entérica e do manejo de dejetos animais no país. As emissões de CH geradas pela pecuária no estado foram estimadas para o período de a 00 com base no Manual de Referência do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática IPCC de 1 Revisado (IPCC, 1) e no Guia de Boas Práticas e Tratamento de Incertezas de Inventários Nacionais de Gases de Efeito Estufa, publicado pelo IPCC em 000 (GPG-IPCC, 000). As populações animais no Estado de São Paulo, segundo o IBGE, foram estimadas para o ano de 00 em 1.. cabeças, não incluídas as aves (pintos, frangos, galinhas poedeiras, etc). Essas populações representaram nesse ano % do total nacional (.. cabeças, não incluídas as aves). As emissões totais de metano pela pecuária paulista foram estimadas em, gigagrama (Gg = g) no ano de 00, sendo,% atribuídos ao processo de fermentação entérica e,% aos sistemas de manejo de dejetos animais ano de 00. Este valor representa uma redução de,% em relação ao ano (1,1 Gg de CH ), em função da redução do número de cabeças de animais. Em 00, as categorias de gado bovino (leite e corte) contribuíram com,% das emissões de metano por fermentação entérica, enquanto as demais classes animais contribuíram com,% das emissões. Na Tabela 1 apresentam-se as estimativas de emissão de metano na pecuária no período a 00. Tabela 1 Estimativa de emissões de metano proveniente da pecuária paulista por fermentação entérica e manejo de dejetos para o Estado de São Paulo, para os anos de e Fonte Gg CH Fermentação Entérica,0 1,1 Manejo de Esterco,1,0 Emissões totais 1,1, 0 As Figura 1 efigura apresentam a participação das emissões de fermentação entérica e manejo de dejetos, respectivamente, por classe de animais em e 00, e a Figura, a evolução das emissões de metano no período de a 00 atribuídas ao total da pecuária. 1 1

13 Figura 1 Participação das emissões de fermentação entérica por classe de animais no Estado de São Paulo nos anos de e 00 Eqüinos 1,0% Outros 1,% Gado de leite 0,% Gado de corte,% 00 Eqüinos 1,% Outros 1,1% Gado de leite 1,% Gado de corte 1,% 1

14 Figura Participação das emissões atribuídas a sistemas de manejo de dejetos animais por classe de animais no Estado de São Paulo nos anos de e 00 Gado de Leite,% Aves,% Outros,% Suínos 1,% Gado de Corte,% 00 Gado de Leite,% Aves 0,0% Gado de Corte,% Outros 1,% Suínos,% 1

15 Figura Evolução das emissões de metano provenientes da pecuária paulista no período de a Gg CH 00 0 ano 1

16 Introdução Neste relatório são apresentadas estimativas de emissões de metano provenientes da pecuária no Estado de São Paulo, para o período de a 00. A pecuária contribui com emissões de metano por meio da fermentação entérica e do manejo de dejetos animais. A produção de metano é parte do processo digestivo normal dos herbívoros ruminantes e ocorre em parte do seu estômago compartimentado (rúmen e retículo). A fermentação do material vegetal ingerido no rúmen é um processo anaeróbio efetuado pela população microbiana ruminal, em que os carboidratos celulósicos são convertidos em ácidos graxos de cadeia curta (ácido acético, ácido propiônico e butírico, principalmente) os quais são utilizados pelo animal como fonte de energia. Bactérias metanogênicas, presentes no rúmen, obtêm energia para seu crescimento utilizando H para reduzir CO e formar metano (CH ), o qual é eructado ou exalado para a atmosfera (BRASIL. MCT, 00). No caso de herbívoros não ruminantes (cavalos, mulas e asnos), o metano também é produzido durante a decomposição digestiva dos compostos ingeridos no ceco, mas a ausência de rúmen nestas espécies previne a geração de altas quantidades desse gás como ocorre nos ruminantes. A contribuição de animais monogástricos às emissões globais de metano é considerada negligenciável, representando apenas cerca de % das emissões totais de metano por animais domésticos e silvestres (JENSEN, 1) (BRASIL. MCT, 0). Quando o material orgânico dos dejetos animais é decomposto sob condições anaeróbias, quantidades consideráveis de metano podem ser produzidas por meio da ação das metanogênicas. Essas condições são favorecidas quando os dejetos são estocados na forma líquida (em lagoas, charcos e tanques). As estimativas globais de emissão de metano proveniente de resíduos animais apontam para Tg, aproximadamente (IPCC, 1), variando entre 0 a 0 Tg. Devido às características de pecuária conduzida a pasto no Estado de São Paulo, as lagoas de tratamento anaeróbio constituem uma fração pequena em termos de sistema de manejo de dejetos animais. Os resíduos animais depositados na pastagem secam e decompõem-se no campo, de modo que são esperadas quantidades mínimas de emissão de CH a partir dessa fonte. A pecuária no Estado de São Paulo De acordo com a base de dados da Produção Pecuária Municipal (PPM) do IBGE, em, não consideradas as populações de aves,,% da pecuária no Estado de São Paulo era representada por bovinos, seguidos de suínos (1,0%) e eqüinos (,%). Em 00, estas proporções foram de 0,% de bovinos, 1,% de suinos e,% de ovinos e,% de equinos. Apenas 0,% eram representados por bubalinos, 0, e 0,0% por muares e asininos, respectivamente, e 0,% por caprinos. Na Tabela 1 são apresentados os números de cabeças por ano e por animal e na Figura apresentam- 1

17 se as proporções destes rebanhos. A evolução dos números de rebanhos no estado é apresentada na Figura. Tabela Populações animais no Estado de São Paulo no período de a 00 Ano Bovinos Equinos Bubalinos Asininos Muares Suínos Caprinos Ovinos Fonte: IBGE PPM (0) De a 00 observa-se aumento nos efetivos de aves e ovinos. O número de bovinos, que vinha crescendo até 00, sofreu uma redução de mais de milhões de cabeças em 00 desde então. Os efetivos de suínos, caprinos, muares e eqüinos mostram uma queda quase que contínua de até 00. 1

18 Figura Proporções das populações animais no Estado de São Paulo nos anos de, 000 e 00, com base em dados da PPM/IBGE A sininos, 0% Bubalinos, 0% Suínos, 1% M uares, 1% Caprinos, 1% Ovinos, % Equinos, % Bovinos, % 000 Asininos, 0% Bubalinos, 0% M uares, 1% Suínos, 1% Caprinos, 0% Ovinos, 1% Equinos, % Bovinos, % 00 Suínos, 1% M uares, 0% Caprinos, 0% Asininos, 0% Ovinos, % Bubalinos, 0% Equinos, % Bovinos, % 1

19 Figura Evolução das populações animais no estado de São Paulo, no período de a C abeças / Ano Bovinos Equinos Bubalinos Asininos M uares Suínos Caprinos Ovinos Galos Galinhas Fonte: IBGE, Em a área de pastagens no Estado de São Paulo foi estimada por São Paulo, IEA (0) em..,00 hectares, dos quais,% correspondiam a pastagens naturais e,% a pastagens cultivadas. Em 000, a área estimada de pastagens foi de.1.,00 hectares, dos quais 1,1% correspondiam a pastagens naturais e,% a pastagens cultivadas, sendo o restante reservado a capim para semente (1%). Finalmente, em 00, verificou-se uma significativa redução da área de pastagens para.1., ha, dos quais 1% correspondiam a pastagens naturais e,% a pastagens cultivadas, sendo o restante reservado a capim para semente (0,%). Do total da área de pastagem (..01,0 hectares), o Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo - LUPA de 1/1 (SÃO PAULO. IEA, 0b) estimou em.0.1,0 hectares a área plantada com braquiária, representando,0% das pastagens. O capim colonião representava,% do total de área destinada à pastagem, o capim napier 1,1% e capim jaraguá 0,%. Confrontando os dados de 1/1 com os de 00/00 (.0. hectares), verificou-se uma redução de 1,% na área de pastagens. Do total de área de pastagem, a área plantada com braquiária de.0.1,0 hectares correspondeu a,1%, enquanto o capim colonião correspondeu a,% da área de pastagem, com., hectares, além de espécies de gramas com,% e outras gramíneas com,1% da área. Bovinos As estimativas do número e proporções por idade de bovinos, para leite e corte, são mostradas na Tabela para os anos de, 1, 000, 00 e 00. 1

20 Tabela Efetivo de bovinos de leite, de corte e total, e percentagens para cada idade (< 1 ano, 1- anos e > anos) dentro dos efetivos de cada finalidade, para os anos de, 1, 000, 00 e 00 Categoria do rebanho Número de animais (x 00) Bovinos de Leite.0,.1,.,.1,.1, % do total de bovinos Menos de 1 ano,,,,, 1 a anos,,,,, Mais de anos 1, 1, 1, 1, 1, Número de animais (x 00) Bovinos de Corte.,.1,0.,1.0,., % do total de bovinos Menos de 1 ano 1, 1, 1,1 1, 1, 1 a anos,,,,, Mais de anos,,1,,, Total (n o. animais x 00) 1., 1., 1.01, 1.0,.1, Gado Leiteiro No Estado de São Paulo o número de vacas ordenhadas em, segundo a PPM/IBGE era composto de.1. cabeças, diminuindo para 1..0 cabeças em 00. Neste ano (00), a produção de leite foi estimada em 1.. mil litros, correspondendo a uma produtividade de,0 litros/vaca/dia, aproximadamente 1% inferior à média brasileira, estimada em,0 litros/vaca/dia, para um rebanho total de 1, milhões de cabeças. Na Figura apresenta-se a distribuição do rebanho bovino leiteiro no Estado de São Paulo (SÃO PAULO. CATI, 0). Historicamente, de acordo com Drugowich et al. (0), a pecuária leiteira no Estado de São Paulo concentrou-se nas regiões de Franca, Ribeirão Preto, Campinas e Vale do Paraíba. Na última década, segundo esses autores, observa-se uma tendência de concentração de um rebanho mais especializado em produção leiteira, empregando forragens mais exigentes e adaptadas às condições edafoclimáticas e, por conseguinte, mais produtivas, além da adoção da prática da divisão de pastagens, através de piquetes pequenos, onde se pode manejar o rebanho por curtos espaços de tempo em alta lotação. 0 0

21 Figura Distribuição do rebanho bovino leiteiro no Estado de São Paulo em 00/ Fonte: SÃO PAULO/CATI, 0 No Estado, as maiores regiões produtoras em ordem de importância, considerando a produção de 00, foram: São José do Rio Preto (1.0 mil litros/dia), Vale do Paraíba ( mil litros/dia), Ribeirão Preto (1 mil litros/dia) e Campinas (0 mil litros/dia). O maior número de produtores está localizado na região de Presidente Prudente, seguindo-se a de São José do Rio Preto, a do Vale do Paraíba, Itapetininga e Araçatuba (DRUGOWICH et al., 0). Características do gado leiteiro O rebanho leiteiro estadual é representado pelo gado mestiço, obtido do cruzamento das raças zebuínas com a raça Holandesa. As raças girolanda e gir Leiteiro são as mais importantes dentro deste contexto, além dos sistemas com confinamento parcial ou total com a raça Holandesa pura. Em São Paulo, a raça Girolando predomina em,% das propriedades sendo que nas,% restantes prevalecem animais de raças européias. Segundo Rosolen (00), os produtores de leite que utilizam inseminação artificial somam,% do total. Quanto à alimentação do rebanho, são expressivas as propriedades que fornecem concentrados (,%), forrageiras (,%) e pasto (0,%). O uso de sal mineral atingiu 1,% e de sal comum,0% (Rosolen, 00). Gado de Corte Com base nas estimativas da Produção de Pecuária Municipal do Brasil (BRASIL. IBGE, 0) o país possuía em 000 um total de.0.0 cabeças, descontadas as vacas leiteiras. 1

22 Nas Figura efigura apresenta-se a distribuição do rebanho bovino de corte e misto, respectivamente, no Estado de São Paulo em 00/00 (SÃO PAULO. CATI, 0). Figura Distribuição do rebanho de bovinos de corte no Estado de São Paulo em 00/00 Fonte: SÃO PAULO/CATI, 0 Figura Distribuição do rebanho de bovinos mistos no Estado de São Paulo em 00/00 Fonte: SÃO PAULO/CATI, 0

23 Características gerais da bovinocultura de corte São Paulo é o maior produtor de carne bovina do Brasil. Em 000 o estado produziu.00 toneladas equivalente-carcaça, seguido de Mato Grosso do Sul (. t eq.- carcaça), Minas Gerais (0.0 t.eq.-carcaça), Goiás (.1 t eq.-carcaça), Mato Grosso (1.1 t eq.-carcaça) e Rio Grande do Sul (. t eq.-carcaça) (FNP, 00). O rebanho bovino é composto predominante por raças zebuínas (Bos indicus). O gado zebuíno, de origem indiana, destaca-se por sua rusticidade, podendo ser diferenciado do gado taurino pela presença do cupim na região da cernelha. A principal raça utilizada no país é a Nelore, constituindo cerca de 0% dos animais de origem indiana. Há dez anos, a taxa de desfrute no estado era de 1-1%. Atualmente, esta taxa encontra-se em %, com abate de animais mais jovens e, por consequência, apresentando uma melhor qualidade do produto. Uma das ações empreendidas para este aumento foi a expansão da raça brahman, para o enriquecimento genético da raça nelore, cujo cruzamento permite diminuir em até dois anos o abate, com ganho de duas arrobas por animal (Silveira, 00). Segundo este autor, o Estado responde por 0% das exportações de carne bovina, sendo que 0% do gado engordado provêm de outros estados. Sistemas de produção Os sistemas de produção de bovinos de corte são classificados por Cezar et al. (00) em: extensivos, semi-intensivos e intensivos. Os sistemas extensivos de pastagem são caracterizados pela utilização de pastagens nativas e cultivados como únicas fontes de alimentos energéticos e protéicos. Essas pastagens são normalmente deficientes em fósforo, zinco, sódio, cobre, cobalto e iodo, incluindo-se também enxofre e selênio, todos fornecidos via suplementos minerais (CEZAR et al., 00). As forrageiras mais comumente utilizadas são: capim-braquiária, capim-colonião, capim-tanzânia, capim-tobiatã, capim-mombaça, capim-coastcross, capim-estrela e capim-tifton. Pode-se assumir uma taxa de digestibilidade na faixa de 0 a % para as pastagens nativas e de a 0% para as pastagens plantadas. Nos pastejos rotativos essa taxa pode superar 0%, chegando a %. Para gado confinado, a taxa de digestibilidade tende a ser superior a % (BRASIL. MCT, 00). Considerando uma média de coeficiente de digestibilidade de,% para pastagens nativas e uma média de,% para pastagens cultivadas, estimou-se, para fins deste inventário, um valor médio de % de taxa de digestibilidade para o gado de corte a pasto no Estado de São Paulo (BRASIL. MCT, 0).

24 Gado em condição de confinamento O estado de São Paulo possui o maior rebanho bovino confinado do país, com cabeças até 00, segundo a FNP (001, 00), seguido de Goiás (.000 cabeças), Mato Grosso do Sul (.000 cabeças), Mato Grosso (.000 cabeças) e Minas Gerais (1.000 cabeças). A terminação de bovinos para corte é predominantemente realizada em pastagens, sendo que Lanna & Almeida (00) estimam que 0% dos nutrientes consumidos pelos bovinos provêm do pastejo. Bubalinos Os búfalos (Bubalus bubalis) pertencem à sub-família Bubalina (compreendendo os búfalos asiáticos) da família Bovidae (COCKRILL, 1). Atualmente, a produção de leite de búfala e derivados tem sua maior concentração no Estado de São Paulo, devido à maior concentração do mercado consumidor (GONÇALVES, 00). Na Figura apresenta-se a distribuição do rebanho bubalino no Estado de São Paulo (SÃO PAULO. CATI, 0). Figura Distribuição do rebanho bubalino no Estado de São Paulo em 00/ Fonte: SÃO PAULO/CATI, 0 Ovinos e caprinos Dados da PPM/IBGE (00) indicam que em 000 existiam. cabeças de ovinos no estado de São Paulo, aumentando para.1 cabeças em 00, cerca de,% das populações de animais no estado. O rebanho apresenta baixo nível de produção, com criações em sistema extensivo e quase nenhuma aplicação de tecnologia. Na Figura apresenta-se a distribuição do rebanho ovino no Estado de São Paulo (SÃO PAULO. CATI, 0).

25 Figura Distribuição do rebanho de ovinos no Estado de São Paulo em 00/00 Fonte: SÃO PAULO/CATI, 0 O rebanho caprino no Estado é pequeno, sendo estimado pela PPM/IBGE em apenas. cabeças (0,% das populações animais) em, caindo para.1 cabeças em 00 (0,% das populações animais). Na Figura apresenta-se a distribuição do rebanho caprino no Estado de São Paulo em 00/00 (SÃO PAULO. CATI, 0). Figura Distribuição do rebanho caprino no Estado de São Paulo em 00/00 Fonte: SÃO PAULO/CATI, 0

26 Equinos Dados da PPM-IBGE (BRASIL. IBGE, 0) estimam. cabeças de eqüinos em, o que representava,% das populações animais no Estado, reduzindo para. cabeças em 00 (,% das populações animais). A distribuição do rebanho eqüino em 00/00 é apresentada na Figura 1. Em 00, o rebanho paulista correspondeu a,% do rebanho eqüino nacional. Figura 1 Distribuição do rebanho eqüino no Estado de São Paulo em 00/ Fonte: SÃO PAULO/CATI, 0 Asininos e Muares O rebanho asinino foi estimado em. cabeças em, representando a 0,0% das populações animais no estado. O rebanho foi ainda mais reduzido em 00, com.1 cabeças. A raça predominante é a do jumento paulista, originada no Estado de São Paulo. As pelagens mais comuns são a avermelhada, tordilha e baia. Há uma semelhança com o Pêga, no que diz respeito ao porte físico e altura e à sua aptidão para o trabalho, sendo utilizado tanto para montaria, carga ou tração. Em 00 a produção de muares atingiu cabeças, representando um aumento de,% em relação à produção nacional. O rebanho de muares foi estimado em 0.0 cabeças em, reduzindo para. cabeças em 00, passando o rebanho a representar, respectivamente, de 1,% a 0,% das populações animais no estado.

27 Suínos Na Figura 1 apresenta-se a distribuição da criação de suínos no Estado de São Paulo em 00/00. Figura 1 Distribuição do rebanho suinícola no Estado de São Paulo em 00/ Fonte: SÃO PAULO/CATI, 0 Em o rebanho de suínos foi estimado pela PPM/IBGE (0) em.0.00 cabeças, representando 1% das populações animais no estado, reduzindo-se para. cabeças em 00, o que equivale a 1,% das populações animais. Em 00, o rebanho estadual representava,% do rebanho nacional. A média do efetivo suinícola apresenta-se com nível tecnológico de partos/porca/ano, 1 leitões terminados/porca/ano. O peso médio das carcaças foi estimado em kg em 00 (MIELE & MACHADO, 00). Aves Quando considerado o conjunto de galos, frangos, frangas, pintos, galinhas e codornas observa-se por dados da PPM/IBGE que o Estado de São Paulo apresentava um total de.1. aves em, sendo.. galos, frangos, frangas e pintos (equivalendo a,%), e.0.00 galinhas (,%). Em 00, o rebanho passou a um total de 1.. aves, sendo 1.0. galos, frangos, frangas e pintos (grupo equivalente a 1,%) e.0.1 galinhas (1,%). Nas Figura 1 e Figura 1 apresenta-se a distribuição da criação de aves para corte e postura, respectivamente, no Estado de São Paulo em 00/00.

28 Figura 1 Distribuição de populações de aves de corte no Estado de São Paulo em 00/00 Fonte: SÃO PAULO/CATI, 0 Figura 1 Distribuição de populações de aves poedeiras no Estado de São Paulo em 00/00 Fonte: SÃO PAULO/CATI, 0 Método As emissões de CH geradas pela pecuária no estado foram estimadas para o período de a 00 com base no Manual de Referência do Painel Intergovernamental

29 sobre Mudança Climática IPCC para Inventários de Emissão de Gases de Efeito Estufa de 1 revisado (IPCC, 1) e no Guia de Boas Práticas e Tratamento de Incertezas de Inventários Nacionais de Gases de Efeito Estufa, publicado pelo IPCC em 000 (GPG-IPCC, 000). As árvores de decisão para orientação do uso da metodologia se encontram nos Anexos I e II. Fermentação entérica De acordo com o Manual de Referência para a elaboração de inventários de emissão de gases de efeito estufa do IPCC de 1 revisado (IPCC, 1), as estimativas de metano derivado da fermentação entérica, na abordagem Tier 1, são baseadas na seguinte equação: E i = Σ k (EF ik P ik ) / onde: E i é a emissão de metano por fermentação entérica, por animal do tipo i (Gg CH /ano); EF ik é o fator de emissão, por animal do tipo i, por região de clima k (kg CH /cabeça /ano); P ik é a população total de animais do tipo i, por região de clima k; A metodologia Tier 1 foi utilizada para os seguintes tipos de pecuária: bubalinos, ovinos, caprinos, equinos, muares, asininos e suínos. Para o gado bovino, devido à importância das emissões, a população foi dividida em gado de leite e gado de corte, este ainda em machos adultos, fêmeas adultas e jovens, sendo utilizada a metodologia Tier para calcular os fatores de emissão EF i, como descrita a seguir. EF i = GE i Y m dias/ano/, MJ/kg CH (kg CH /cabeça/ano) onde: GE i é a ingestão de energia bruta (MJ/cabeça/dia); Y m é a taxa de conversão de metano (0,0). 0 1 A ingestão de energia bruta GE pode ser avaliada pela seguinte equação: GE = [ ( NE m + NE f + NE l + NE d + NE p ) / RND + NE g / RND g ] 0/DE onde: NE m é a energia líquida necessária para a manutenção (MJ/cabeça/dia);

30 NE f é a energia líquida necessária para a alimentação (MJ/cabeça/dia); NE l é a energia líquida necessária para a lactação (MJ/cabeça/dia); NE d é a energia líquida necessária para o trabalho (MJ/cabeça/dia); NE p é a energia líquida necessária para a gestação (MJ/cabeça/dia); NE g é a energia líquida necessária para o crescimento (MJ/cabeça/dia); RND é a razão da energia líquida, consumida para manutenção, lactação, trabalho e gestação, para a energia digerível consumida; RND g é a razão entre a energia líquida consumida para o crescimento e a correspondente energia digerível consumida e DE é a digestibilidade (%) A energia líquida requerida para manutenção NE m é avaliada pelas seguintes equações: NE m = 0, ( W ) 0, (para o gado de leite) (MJ/cabeça/dia) NE m = 0, ( W ) 0, (para os demais bovinos) (MJ/cabeça/dia) onde: W é o peso do animal A energia líquida necessária para a alimentação NE f é avaliada como uma fração da energia requerida para a manutenção: NE f = 0,1 NE m (para o gado de leite) (MJ/cabeça/dia) NE f = 0, NE m (para os demais bovinos) (MJ/cabeça/dia) A energia líquida necessária para a lactação NE l é avaliada apenas para fêmeas pela seguinte equação: NE l = MP (1, + 0,0 MF) (MJ/cabeça/dia) onde: MP é a produção de leite (kg/cabeça/dia) e MF é o conteúdo de gordura do leite (%). 0

31 A energia líquida empregada na gestação NE p é avaliada apenas para fêmeas, e é dada pela equação: NE p = 0,0 NE m PR / 0 onde: PR é a taxa de prenhes (%). A energia líquida empregada em trabalho (tração animal) é dada pela equação: NE d = 0, (NE m H) (MJ/cabeça/dia) onde: H é o número de horas trabalhadas por dia. No Brasil o valor para H foi estimado em zero A energia líquida necessária para o crescimento NE g é avaliada apenas para os bovinos jovens, pela seguinte equação: NE g =,1 [ ( 0,0 ( W ) 0, ( WG ) 1, ) + WG ] onde: WG é o ganho de peso do animal jovem (kg/cabeça/dia) Conforme os Guidelines 1, os valores de RND e RND g podem ser obtidos pelas seguintes equações: RND = 0, + ( 0,00 DE ) RND g = -0,0 + (0,00 DE ) Manejo de esterco De acordo com IPCC (1), as estimativas de metano por manejo de dejetos, na abordagem Tier 1, são baseadas na seguinte equação: E i = Σ k (EF ik P ik ) / onde: E i é a emissão de metano por manejo de dejetos, por animal do tipo i (Gg CH /ano); 1

32 EF ik é o fator de emissão, por animal do tipo i, por região de clima k (kg CH /cabeça/ano); P ik é a população total de animais do tipo i, por região de clima k; A metodologia Tier 1 foi utilizada para os seguintes tipos de pecuária: bubalinos, ovinos, caprinos, equinos, muares e asininos. Para as categorias bovino e suíno, devido à importância das emissões, foi utilizada a metodologia Tier por meio da qual são calculados os fatores de emissão EF ik, sendo que a população de gado bovino foi dividida em gado de leite e gado de corte, este ainda em machos adultos, fêmeas adultas e jovens. A metodologia é baseada na seguinte equação: EF ik = VS i B oi Σ j (MCF jk MS ijk / ) dias/ano 0, kg CH /m CH onde: VS i é a excreção diária média de sólidos voláteis, por animal do tipo i (kg/cabeça/dia) B oi é a capacidade máxima de produção de metano para os dejetos produzidos por animal do tipo i (m³ CH /kg); MCF jk é o fator de conversão de metano para o sistema de manejo de dejetos j na região de clima k (%); e MS ijk é a fração de animais do tipo i relacionada ao sistema de manejo de dejetos j na região de clima k (%). 1 A excreção diária média de sólidos voláteis (VS i ), em kg matéria seca/dia, é obtida pela seguinte equação: VS i = GE i (1 kg-ms/1,mj) (1-DE i /0) (1-ASH i /0) onde: GE i é a ingestão diária média de alimento (MJ/cabeça/dia) do animal do tipo i; DE i é a taxa de digestibilidade do animal do tipo i (%); e ASH i é a fração do conteúdo de cinzas nos dejetos produzidos pelo animal do tipo i (%). 0

33 Dados Dados censitários da população animal As categorias de animais que constituem a base das atividades de pecuária geradoras de metano por fermentação entérica ou por manejo de dejetos incluem: Vacas leiteiras Bovinos de corte Bubalinos Ovinos Caprinos Equinos Muares Asininos Suínos Aves (apenas para dejetos) O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga anualmente os efetivos da pecuária paulista na Pesquisa Pecuária Municipal (PPM). São relatados os números de cabeças de bovinos, suínos, bubalinos, caprinos, ovinos, eqüinos, asininos, muares e aves. O número de cabeças de vacas ordenhadas também é reportado. Para este estudo, foram utilizados os números de efetivos para o período de a 00, sendo que para os anos de 000 e 00 os números de efetivos foram detalhados por município segundo a base de dados da Produção Pecuária Municipal (BRASIL. IBGE, 0) com vistas à representação gráfica. Conforme orientação do Manual de Referência para a Elaboração de Inventários de GEEs do IPCC (1), um nível de detalhamento maior é desejável para os cálculos de emissões de metano de fontes-chaves, que, no caso do Estado de São Paulo, são os rebanhos de gado de leite, de corte e suíno. Os dados de população de cada uma dessas categorias de animais foram obtidos da Produção da Pecuária Municipal (PPM) ((b)-00(b)). O gado de corte foi subdividido em machos (%), fêmeo (%) e jovem (%), conforme consulta a especialistas. Dados de sistemas de manejo de dejetos animais O manejo de dejetos é definido pela forma como as fezes e urina dos animais são coletadas e armazenadas até sua utilização em lavouras e pastagens. Poucas informações sobre manejo de dejetos são disponíveis na literatura estadual e quase nada existe em termos de bases de dados estatísticos para permitir uma caracterização dos sistemas de manejo existentes. No entanto, o Censo Agropecuário de 00 do IBGE (BRASIL. IBGE, 0) buscou levantar informações entre os produtores sobre como manejavam os dejetos. Os resultados foram associados aos sistemas de manejo descritos no GPG-IPCC (000), que lista diferentes sistemas e respectivos fatores de emissão de metano. Na Tabela são apresentados os principais sistemas de manejo mencionados na pesquisa do censo de 00 para as diferentes

34 espécies/categorias do rebanho, e os recíprocos mais próximos listados pelo GPG- IPCC (000), com definições. Tabela Sistemas de manejo de dejetos identificados junto a produtores (IBGE, 00b), categorias do rebanho associadas, e denominação e descrição dos sistemas similares existentes na guia do IPCC (GPG-IPCC, 000) Principais sistemas de manejos informados Sem manejo Esterqueira > 0 dias < 0 dias Aviário, com cama Aviário, sem cama Lagoas anaeróbicas Biodigestores Categorias consideradas para os sistemas Todas, exceto suínos Suínos, galos, frangos, frangas e pintos, e galinhas Galos, frangos, frangas e pintos Galinhas (poedeiras) Todas as categorias; especialmente suínos Todas as categorias; especialmente suínos Similar descrito no GPG-IPCC Pasture/range/ paddock Open pit Poultry manure with bedding Poultry manure without bedding Anaerobic lagoon Anaerobic digester Outros Todas as categorias Others Outros sistemas Descrição (tradução aproximada do existente na GPG-IPCC, 000) Fezes e urina são depositadas diretamente em pastagens, ou seja, não existe manejo dos dejetos. Armazenamento combinado de fezes e urina sob confinamentos de animais. Os dejetos são excretados sobre uma cama, onde os animais podem caminhar Os dejetos são excretados no chão, sem a cama, mas os animais não podem caminhar no local. São caracterizados por sistemas que utilizam água para remover as excretas produzidas, com posterior deposição em lagoas, aí permanecendo por longo período. Fezes e urina são digeridas anaerobicamente para produzir gás CH para fins energéticos No caso dos criadores de suínos, conseguiu-se informação para uma classificação do rebanho em grandes e pequenos produtores, estabelecida em função do tamanho da propriedade com base em dados do IBGE (0). Em São Paulo, % dos produtores enquadram-se em pequenos produtores. Na Tabela apresenta-se a participação percentual de cada sistema de manejo de dejetos, para o período de a 00. No entanto, variações nessas percentagens não puderam ser estimadas para alguns sistemas ao longo deste período. Como exemplo disto, a partir de 00 foi incluída a categoria biodigestor como um dos sistemas de manejo de dejetos animais adotados no Estado de São Paulo, consequentemente, alterando a porcentagem de outros sistemas de manejo existentes, como esterqueiras e lagoas anaeróbias. Para a maioria das espécies/categorias do rebanho a deposição de dejetos diretamente em pastagens predomina (bovinos, eqüinos, asininos e muares, ovinos, caprinos, bubalinos). Segundo as respostas obtidas com a avaliação do IBGE, muitos produtores não identificaram seus sistemas de manejo com as alternativas do censo, percentual definido como outros sistemas de manejo. Para bovinos, à categoria outros sistemas foram somados os valores correspondentes aos sistemas de manejo de esterqueiras, uma vez que para esta classe o GPG-IPCC não apresentava valores de fatores de emissão de metano.

35 Sistemas de manejo de dejetos Tabela Percentagens dos dejetos produzidos por diferentes componentes do rebanho do Estado de São Paulo por sistema de manejo Espécies/categorias do rebanho paulista Eqüinos Asininos Búfalos Muares Suínos Caprinos Ovinos % Galos, pintos, frangos Galinhas Bovinos corte Bovinos leite Pastagens,1,1, 0, 0,00,,, 1, 1,, Lagoa anaeróbica Esterqueira (< 0 dias) Esterqueira (> 0 dias) -00 0,0 0, 0, 0, 1, 0,1 0,0 0, 0, 0, 0, 0,00 0,00 0,00 0,00 0,0 0,00 0,00,, 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1, 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0, ,00 0,00 0,00 0,00 1, 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0, ,00 0,00 0,00 0,00 1, 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0, ,00 0,00 0,00 0,00 1,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Aviário, com cama Aviário, sem cama Biodigestor -00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0, ,01 0,00 0,0 0,01 1,0 0,01 0,0 0, 0,0 0,0 0,0 00 0,0 0,00 0,0 0,0,1 0,0 0,0 0,1 0,1 0,0 0,0 00 0,0 0,00 0,0 0,0,1 0,0 0,0 0,1 0,0 0, 0,0 Outros -00,1,1 1,,,0 1, 1,01 1,,,,1 00,0,1 1,,,1 1, 1, 1,,,, 00,,1 1,,, 1, 1, 1,,,,0 00,,1 1,, 0, 1, 1, 1,,,1,0 Fonte: MCT, Classificação climática Dados de normais climatológicas (BRASIL. INMET, 1) foram utilizados para a definição dos tipos climáticos do Estado de São Paulo, resultando na faixa entre 1 C e C, que corresponde a clima temperado. Parâmetros e fatores de emissão utilizados para as estimativas Bovinos O nível de detalhamento Tier foi empregado para as estimativas de emissão de metano de bovinos de corte e de leite. De acordo com os dados disponíveis e opinião de especialistas e disponibilidade de informações estatísticas, foram considerados quatro períodos para os sistemas de manejo de dejetos: a 00; 00; 00; e 00 a 00. Foram utilizados dados de produção de leite da Produção de Pecuária Municipal do IBGE (0) para cada ano no período de a 00, para ambos os rebanhos leiteiros e de corte. Não se

36 1 dispõe de estatísticas que informem dados de produção de leite distintamente para as categorias de bovinos. Os demais dados zootécnicos do gado bovino foram divididos em três períodos: a 1; 1 a 001; e 00 a 00. Rebanho bovino leiteiro Para o cálculo das emissões de metano provenientes de gado leiteiro foram utilizados, em parte, dados default indicados pelo IPCC, bem como informações de consultas a especialistas e literatura. Seguem dados zootécnicos aproximados da pecuária leiteira no Brasil. Na Tabela apresentam-se os dados utilizados para o período de a 1, 1 a 001 e 00 a 00. Tabela Dados do rebanho leiteiro utilizados nas estimativas relativas ao período a 1, 1 a 001 e 00 a 00 Raças predominantes Peso vivo* Digestibilidade** Taxa de prenhez** Consumo alimento* médio kg % % kg % Teor de gordura* -1 00,, Mestiças (Gir+ Hol.) 00,,, ,, * Indicado pelo IPCC para a América Latina. ** Consulta a literatura e especialistas Colaboradores: Pedro F. Barbosa Embrapa Pecuária do Sudeste Rebanho bovino de corte Para o cálculo das emissões de metano provenientes de gado leiteiro, foram utilizados, em parte, dados default indicados pelo Manual de Referência do IPCC-1 revisado (IPCC, 1), bem como informações obtidas em consultas a especialistas e literatura. Seguem dados zootécnicos aproximados da pecuária de corte adotados para o Estado de São Paulo. Na Tabela são apresentados os valores de parâmetros utilizados nas estimativas para os períodos de a 1, de 1 a 001 e de 00 a 00.

37 Tabela Dados da pecuária de corte utilizados nas estimativas de emissão de metano Gordura do leite (%) Kg % kg % Peso vivo Digestibilidade Taxa de prenhez Consumo de alimento Fêmeas Machos Jovens Fêmeas Machos Jovens * 0* 0* ** ** * **,*, 00* 0* 0*,** ** * **,*, * 0*,** **,**,**,**, * Indicado pelo IPCC para a América Latina. ** Dados de literatura e consultas a especialistas. 1 Pedro F. Barbosa Embrapa Pecuária do Sudeste Período de prenhez: 1 dias (IPCC, 1). Taxa de digestibilidade: No Brasil, estudo realizado no cerrado (LIMA, 1), em que se estimou o consumo de matéria orgânica da pastagem (grama batatais, capim gordura, capim Jaraguá e leguminosas) em 1, kg/0kg de peso vivo, foi verificado uma digestibilidade média in vitro de 1,1%, variando de, e,%, dependendo da época do ano. Roston e Andrade (1) encontraram apenas % das leguminosas e 1% das gramíneas com coeficiente de digestibilidade de matéria orgânica superior a %. A grande maioria situou-se na faixa de 0 a % (BRASIL. MCT, 0). Consumo de alimento: A Embrapa Gado de Corte indica valores de consumo de alimento de,0 kg de matéria seca (ms) de alimento/cabeça/dia para fêmeas adultas,,0 kg ms/cabeça/dia para machos adultos e, kg ms/cabeça/dia para animais jovens. Na literatura nacional cita-se consumo de,0 a, kg diários de capim elefante picado, uma forrageira muito empregada em pastagens cultivadas no país, por novilhos mestiços (AROEIRA, 1). Para vacas em lactação foram observadas ingestões na faixa de, a,0 kg de matéria seca/dia, correspondendo a aproximadamente % do peso vivo (BRASIL. MCT, 0). Teor de gordura no leite: Em experimentos conduzidos por Silva et al. (1), foi encontrado um valor médio de teor de gordura de,% em vacas Nelore em dias de lactação. Restle et al. (00) encontraram valores médios de teores de gordura do leite de,% para raças Nelore e,% para Charolês em 1 dias de lactação. Adotou-se o valor de,% para o Estado de São Paulo (BRASIL. MCT, 0). Sistema de manejo de dejetos animais: As estimativas de uso dos sistemas de tratamento do rebanho foram feitas levando-se em consideração o Manual de Referência para a Elaboração de Inventários de GEEs do IPCC-1 revisado (IPCC, 1) para a América Latina, e dados obtidos do Censo Agropecuário do IBGE (00), o qual tem como referência a situação pecuária em dezembro de 00, e as informações de especialistas.

38 No Estado de São Paulo, o LUPA (Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária) de 1/1 (SÃO PAULO. IEA, 0), realizado pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral CATI, da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, apontou a existência de um total de biodigestores para um total de UPAs (Unidade de Produção Agropecuária), com uma média 1,1 biodigestores para cada UPA. Em 00/00 o levantamento registrou um total de 1 biodigestores no estado para um total de 1 UPAs, com uma média de 1,% biodigestores por UPA (obs. manter a porcentagem). Entretanto, esta proporção não dá indicação do montante de rebanho cujos dejetos são tratados por biodigestores e lagoas anaeróbias. As bases de dados consolidadas de 1/1 e de 00/00 do LUPA fornecem informações municipais com a quantidade de UPA s que possuem biodigestores, mas ainda assim, este dado tem ainda um valor parcial se não for associado com o número de animais confinados. O cruzamento destas informações foi solicitado à CATI-CIAGRO, mas não foi possível o atendimento desta demanda pela equipe desta instituição. Segundo o LUPA (00/00) (SÃO PAULO. IEA, 0), o número de Unidades de Produção Agropecuária com confinamento para bovinos no Estado de São Paulo foi de., o que representa 1,% de um total de.1 UPA s. Nesse período, 1,% do total de UPA s fez uso de pastagem intensiva. Em 00/00 o número de UPA s que faziam confinamento de bovinos foi de., correspondendo a 1,% do total de.01 UPA s, enquanto 1,% das UPA s fez uso de pastagem intensiva. Entretanto, novamente, esta proporção não dá indicação do rebanho cujos dejetos são tratados por biodigestores. Fator B o para a capacidade máxima de produção de metano para os dejetos produzidos pelo gado de corte foi utilizado o valor default do Manual de Referência do IPCC-1 revisado (IPCC, 1) para países em desenvolvimento (0, m³ CH /kg). Cinzas (ash) para a fração do conteúdo de cinzas nos dejetos produzidos pelo gado de corte foi utilizado o valor default do IPCC (IPCC, 1), de %. Suínos O nível de detalhamento Tier foi empregado para as estimativas de emissão de metano de suínos no Estado de São Paulo. Para o cálculo das emissões de metano provenientes do rebanho suinícola, foram utilizados, em parte, dados default indicados pelo IPCC, bem como informações de consultas a especialistas e literatura. A digestibilidade foi estimada em %, o peso vivo do rebanho em kg, e o consumo de ração em,1kg /dia. O Censo Agropecuário de 00 (IBGE, 0b) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentam informações sobre o uso de sistemas de tratamento de dejetos para o ano de 00. Com a colaboração da equipe técnica do IBGE (Luiz Scherer, Antonio Carlos Florido), foram obtidos dados necessários às estimativas de

39 emissão de metano por dejetos animais, a partir de cruzamentos das variáveis efetivos de animais por sistema de manejo de dejetos. Fator B o para a capacidade máxima de produção de metano para os dejetos produzidos pelos suínos, foram utilizados os valores default do Manual de Referência do IPCC-1 revisado (IPCC, 1), da seguinte forma: o valor para países desenvolvidos (0, m³ CH /kg) foi usado para o estado de São Paulo. Cinzas (ash) para a fração do conteúdo de cinzas nos dejetos produzidos pelos suínos foram utilizados os valores default do Manual de Referência do IPCC-1 revisado (IPCC, 1), sendo adotado % para o estado de São Paulo. Cerca de % do rebanho suíno paulista concentra-se em pequenas e médias propriedades. A maioria do rebanho se concentra em propriedades maiores. Outros animais Foram utilizados fatores de emissão de metano indicados como default (Tier 1) pelo de Referência do IPCC-1 revisado (IPCC, 1) para as outras categorias de animais: búfalos, ovinos, caprinos, equinos, muares, asininos e aves, de acordo com as faixas climáticas. Fatores de emissão A seguir apresentam-se os fatores de emissão para fermentação entérica e manejo de esterco. Fermentação entérica Como resultados dos dados apresentados foram estimados fatores de emissão de metano para fermentação entérica da pecuária, conforme indicam as Tabela, Tabela, Tabela e Tabela. Tabela Fatores de emissão de metano para fermentação entérica de gado de corte, machos e jovens no período de a 00 (Tier ) kg CH/cab/ano Gado de corte machos Gado de corte jovens Tabela Fatores de emissão de metano para fermentação entérica de gado de corte - fêmeas, no período de a 00 (Tier ) Fator de emissão de metano gado de corte - fêmeas kg CH/cab/ano

40 (continuação) Fator de emissão de metano - gado de corte fêmeas kg CH/cab/ano 1 Nota: fatores variam de acordo com a produtividade de leite Tabela Fatores de emissão de metano para fermentação entérica de vacas leiteiras no período de a 00 (Tier ) Fator de emissão de metano - Vacas leiteiras kg CH/cab/ano (continuação) Fator de emissão de metano - Vacas leiteiras kg CH/cab/ano Nota: fatores variam de acordo com a produtividade de leite Tabela Fatores de emissão de metano por fermentação entérica por outras categorias animais (Tier 1), a serem aplicados para o período de a 00 Categoria Fator de emissão default para fermentação entérica kg CH / cabeça /ano Suínos 1 Asininos Muares Bubalinos Caprinos Eqüinos 1 Ovinos 0

41 Manejo de dejetos Foram estimados os fatores de emissão de metano para manejo de esterco da pecuária, conforme indicam as Tabela a Tabela 1. Tabela 1 Fatores de emissão de CH para manejo de esterco de bovinos leiteiros (Tier ) Gado leiteiro Estado kg CH/cab/ano São Paulo,1 Tabela 1 Fatores de emissão de CH para manejo de esterco de bovinos de corte - machos (Tier ) Gado de corte machos Estado kg CH/cab/ano São Paulo 1, 1, 1, 1, 1, 1, Tabela 1 Fatores de emissão de CH para manejo de esterco de bovinos de corte - fêmeas (Tier ) Gado de corte fêmeas Estado kg CH/cab/ano São Paulo 1, 1, 1, 1, 1, 1, Tabela 1 Fatores de emissão de CH para manejo de esterco de bovinos de corte - jovens (Tier ) Gado de corte jovens Estado kg CH/cab/ano São Paulo 1 1 0, 0, 0, 0, 1 Tabela 1 Fatores de emissão de metano para manejo de esterco de suínos (Tier ) Suínos Estado kg CH/cab/ano SP-pequenas e médias propriedades (%) SP-grandes propriedades (1%),,,,,,,,,,, 1 1 1

42 Tabela 1 Fatores de emissão de metano associados a sistemas de manejo de dejetos de outras categorias animais (Tier 1) Outros animais Estado Asininos Muares Bubalinos Caprinos Eqüinos Ovinos Aves kg CH/cab/ano São Paulo 0, 0, 1 0,1 1, 0,1 0, Resultados Nas Tabela 1 e Tabela 1 são apresentadas estimativas das emissões totais de metano proveniente de fermentação entérica e de sistemas de manejo de dejetos animais da pecuária paulista, respectivamente, no período de a 00. Na Tabela 1 apresenta-se a somatória de emissões de metano proveniente da fermentação entérica (FE) e de sistemas de manejo de dejetos (SMD) estimadas para o período de a 00 por classe animal. A distribuição municipal das emissões totais de metano pela pecuária nos anos de e de 00 é apresentada nas Figura 1 efigura 1. Nas Tabela 0 e Tabela 1 apresentam-se estimativas das emissões de metano por FE e SMD, respectivamente, por classe animal, no período de a 00, e nas Figura 1 efigura 1 apresenta-se a representação gráfica desses totais para FE e SMD, respectivamente. Tabela 1 Estimativa de emissões de metano por fermentação entérica da pecuária paulista, no período de a 00 Emissões de metano por fermentação entérica Gg CH ,0,,,0 1, 0,0 1,0,,, 1,1 1 1 Continuação Emissões de metano por fermentação entérica Gg CH ,,,,0,,1, 1,1 0 1

43 Tabela 1 Estimativa de emissões de metano derivadas de sistemas de manejo de dejetos da pecuária paulista, no período de a 00 Emissões de metano por manejo de dejetos Gg CH ,1,,,,1,,,,0,0, Continuação Emissões de metano por manejo de dejetos Gg CH ,1, 0, 0,1 1, 1,,0,0

44 Tabela 0 Emissões totais de metano provenientes da pecuária (fermentação entérica + dejetos animais), por categoria animal, no Estado de São Paulo, no período de a 00 Ano Gado Leite Macho Adulto Fêmea Adulta Jovem Equinos Búfalos Asininos Muares Suínos Caprinos Ovinos Galos Galinhas Total (Gg/ano) 1,0,,,,,1 0,0,1,1 0, 1,,,1 1,1 1,,,,,, 0,0,1, 0, 1,,1, 1,0 1 1,0,,, 1,,1 0,0,1,1 0, 1,1,,, 1 1, 1,1 1, 0, 1,0, 0,1 1,,0 0, 1,1,,,1 1 1,0 1,,0 1, 1,1, 0,0 1,, 0, 1,0,01,,0 1, 1,, 1,1 1,0,1 0,1 1,, 0, 1,1,,, 1 1,1 1,1, 1,,,1 0,0 1,01, 0, 1,,, 1, 1 1, 1, 0, 1,0,0, 0,0 1,1, 0, 1, 1,, 0, 1,1 1,, 1,0,, 0,0 1,0, 0, 1,1 1,0, 0, 1 1, 1,,1 0,,,1 0,0 0,,1 0, 1, 1,,, 000 1, 1,0,,,,1 0,0 0,, 0, 1,1 1,,, 001, 1, 1,,,, 0,0 0,, 0, 1, 1,,,0 00, 1,,,,,1 0,0 0,,1 0, 1, 1,,, 00, 1,1 0,,,, 0,0 0,, 0, 1, 1,,,0 00,1 1,,,,0, 0,0 0,, 0, 1, 1,, 0, 00, 1,,0,,,0 0,0 0,, 0, 1, 1,, 0, 00, 1,,1,,, 0,0 0,1, 0, 1, 1,, 1, 00,,,1,1,, 0,0 0,, 0,,1 1,, 0,1 00 1,,, 1,0,, 0,0 0,,1 0,,,0,01, Em 00 as emissões totais de metano pela pecuária paulista foram estimadas em, gigagrama (Gg = g), sendo,% atribuídos ao processo de fermentação entérica e,% aos sistemas de manejo de dejetos animais ano de 00. Este valor representa uma redução de,% em relação ao ano de (1,1 Gg de CH ), em função da redução do número de cabeças de animais. Em 00, as categorias de gado bovino (leite e corte) contribuíram com,% das emissões de metano por fermentação entérica, enquanto as demais classes animais contribuíram com,% das emissões.

45 Figura 1 Distribuição municipal das emissões de metano pela pecuária no Estado de São Paulo em 000 Figura 1 Distribuição municipal das emissões de metano pela pecuária no Estado de São Paulo em 00.

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