PROJETO CONSCIÊNCIA PATRIMONIAL

Transcrição

1 Coordenadora: Profª. Drª Fátima Martins Lopes. Supervisora: Profª. Antônia Geiza Costa Bezerra. Bolsistas: Dhierclay de Souza Alcântara Nara Lidiana Silva Dias PROJETO CONSCIÊNCIA PATRIMONIAL (Aspectos e características da religiosidade popular no Rio Grande do Norte). I Objetivo Geral: Despertar o interesse dos alunos pelo patrimônio cultural e regional, em especial o patrimônio religioso, com o intuito de que esse conhecimento seja transferido para as pessoas do seu convívio diário. II Objetivos específicos: Despertar nos alunos o respeito pelo credo do outro; Fazer com que os alunos percebam o sincretismo presente nos credos trabalhos neste projeto; Ao término desse projeto, os alunos devem ter a consciência do quanto é importante a preservação do patrimônio cultural local, inclusive o religioso. O desenvolvimento de habilidades, tais como: ler, produção textual em forma de jornal, entrevistas, trabalhos em equipe. III - Justificativa:

2 Várias são as características de identidade na formação cultural de um povo. Dentre elas, a religiosidade sempre aparece como uma das principais. Ao se tratar a religiosidade no Brasil devemos sempre tomar consciência da sua formação histórica, dando ênfase aos vários grupos étnicos que aqui contribuíram para a formação da religiosidade, suas crenças, seus valores espirituais e morais, como também o processo de sincretismo existente nas diversas religiões e crenças presentes na nossa história. Devido a este caráter multi-religioso presente no Brasil, optamos por trabalhar esta temática buscando justificar por que a religião (seja ela qual for) é considerada um patrimônio que deve ser preservado, como também estimular o respeito às crenças que diferem das nossas. Nesta perspectiva, trabalharemos os quatro principais grupos religiosos presentes na cultura potiguar: catolicismo, protestantismo evangélico, umbanda e jurema. IV - Metodologia: O nosso projeto será realizado em quatro etapas. De início, ministraremos aos alunos uma aula preparatória, trabalhando com os mesmos a ideia de patrimônio como cultura material e imaterial, abordando conceitos chaves fundamentais para a compreensão do que venha a ser patrimônio. Logo após, na segunda etapa, visitaremos, com os alunos, o Museu de Cultura Popular, onde estes, orientados por um roteiro, deverão observar os aspectos da religiosidade potiguar (temática do nosso projeto) nas salas dos quatro principais grupos religiosos da cultura popular potiguar: catolicismo, protestantismo evangélico, umbanda e jurema. Posteriormente à visita, daremos início à terceira etapa do nosso projeto. Esta etapa será realizada em duas fases. Primeiramente, faremos uma discussão sobre a visita ao Museu de Cultura Popular, debatendo com os alunos acerca das suas impressões após o contato com as salas dos quatro grupos religiosos. Ministraremos, ainda, uma aula sobre a formação destes grupos religiosos no Brasil, trabalhando o surgimento do catolicismo popular, da umbanda, da jurema e a inserção do protestantismo evangélico na cultura brasileira. Haverá também uma aula sobre os Mártires de Cunhaú e Uruaçu, já que estaremos próximos a este feriado estadual. Nesta aula haverá a separação dos

3 grupos para darmos início às atividades referentes à produção para a exposição da amostra cultural. Dividiremos a turma em quatro equipes, as quais irão trabalhar os aspectos da religiosidade na cultura popular potiguar através da produção de jornais de quatro tipos: jornal televisivo, jornal mural, jornal eletrônico e jornal impresso formato tabloide. A segunda fase será realizada com uma visita ao Museu de Arte Sacra, onde os alunos devem, guiados por um roteiro de perguntas, associar o que já fora trabalhado, com o que eles puderem observar no Museu. A quarta e última etapa será composta pelas entrevistas dos grupos já separados anteriormente e pela produção dos jornais. Cada equipe ficará responsável por um dos grupos religiosos trabalhados nas três etapas anteriores e os jornais serão apresentados na Semana de Cultura da Escola Estadual Desembargador Régulo Tinoco, encerrando assim o nosso projeto. Esta etapa também irá conter um conjunto de aulas norteadoras sobre o tema e auxílio na produção do material a ser exposto. V Etapas: 1ª parte: Discussão dos conceitos: Cronograma: Procedimentos: Dia: 15 de agosto de Iniciar a aula pedindo para que os alunos definam o que é patrimônio ou identifiquem algum patrimônio local questionando o porquê dessas escolhas, se existe alguma identificação desse aluno com o item escolhido; Apresentação de slides com imagens diversas e definição sobre Patrimônio (cultural, material e/ou imaterial) e memória; Discussão sobre o que é o museu, qual a sua função (preservar o patrimônio) e sobre o que é tombamento; Falar sobre a visita ao museu e o que deverá ser observado.

4 2ª Parte: visita ao museu Dia: 16 de agosto de Visita ao Museu da Cultura popular Entrega do roteiro aos alunos para observação e registro dos aspectos descritos no mesmo. 3ª Parte: construção do projeto aulas Conteúdo: Cronograma: Procedimentos: Dia: 13 de setembro de Iniciar a aula falando sobre a visita ao museu ( o que acharam, o que mais gostaram, e etc.). Logo depois perguntando aos alunos o que é profano e o que é sagrado para eles, qual a diferença entre esses dois conceitos; Expor as religiões que se encontravam na colônia (catolicismo, xamanismo e animismo); Análise da imagem a Festa do Divino e das fotos da festa do Divino Espírito Santo; Falar sobre as festas civis, o candomblé e o aparecimento das novas religiões; Fazer uma breve explicação sobre a umbanda e sobre a jurema, mostrando seus principais elementos, práticas e características; Terminar abrindo um espaço para questionamentos, comentários e/ou posicionamentos dos alunos acerca da

5 umbanda e da jurema, relacionando com a visita ao museu. Dia: 27 de setembro de Retomar a aula anterior, na qual foram discutidos os diversos colonizadores que estiveram na América Colonial, principalmente, na América Portuguesa, inclusive as que estiveram presentes na Capitania do Rio Grande; Abordar as ordens religiosas no Nordeste brasileiro, priorizando os jesuítas; Dominação e expulsão holandesa do Nordeste colonial; Conversa acerca do feriado estadual dos mártires de Cunhaú e de Uruaçu. Divisão dos grupos que ficaram responsáveis por cada credo religioso e qual tipo de jornal cada um deles irá produzir. Dia: 04 de outubro de Avaliação Aplicação da avaliação do terceiro bimestre Dia: 11 de outubro de Houve a entrega e a correção da prova em sala de aula Foi entregue as questões elaboradas a serem utilizadas na entrevista para a construção dos jornais. Dia: 17 de outubro de Visita ao Museu de Arte Sacra Visita ao Museu de arte Sacra com o intuito de fornecer mais conhecimento aos alunos acerca dos credos estudados no projeto. Dia: 18 de outubro de (duas aulas de 30 min.) Aula sobre iluminismo Dia: 25 de outubro de Aula da supervisora Aula sobre Revolução industrial. Dia: 01 de novembro de Aula sobre Revolução Industrial. Retomar a aula anterior sobre os meios de produção.

6 Abordar aspectos sobre a exploração nas relações trabalhistas, urbanismo, tecnologia e etc. Acompanhamento de como está indo a construção dos jornais e as entrevistas. Tirar eventuais dúvidas a cerca das entrevistas e da produção dos textos. Dia: 08 de novembro de Nesta aula foram feitos os últimos ajustes acerca dos trabalhos de cada grupo, tirando as dúvidas sobre a elaboração dos jornais, auxiliando na construção dos textos a serem incorporados nos mesmos. Últimos ajustes com a professora supervisora acerca da Mostra Cultural da escola. 4ª Parte: Apresentação dos resultados do projeto Cronograma: Procedimentos: Dia: 13 e 14 de novembro de Mostra Cultural Dia: 22 de novembro de Organização das salas para a exposição dos trabalhos. Exposição do material produzido durante o projeto. Apresentação dos alunos acerca dos seus trabalhos. Avaliação dos alunos acerca da produção e apresentação dos trabalhos produzidos. Fechamento do projeto. Aplicação de exercício de sondagem. Aula sobre Revolução Francesa. VII Recursos :

7 Data-show; Apostilas; Computador; Cartolina; Cortiça Papel A4 TNT Quadro, pincel e apagador; Câmera filmadora; Internet (para o jornal eletrônico). VIII Avaliação: A avaliação será contínua. Todas as etapas do projeto serão avaliativas, desde as atividades norteadoras à entrevista até a construção e apresentação dos jornais. IX Referências: FONSECA, Maria Cecília Londres. O patrimônio em processo: trajetória da política federal de preservação no Brasil. Rio de Janeiro, UFRJ/IPHAN: LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 14 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.