Mecânica e Ondas fascículo 3

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1 Mecânica e Ondas fascículo 3 Copyright c 2013 Mario J. Pinheiro All rights reserved, V.3 February 21, 2013 Contents 4 Vectores Representação geral de vectores; Notação; Deslocamento Adição de vectores Negativo de um vector Subtracção de vectores Multiplicação de um escalar por um vector Regra do Paralelograma Componentes de um vector Vectores unitários Representação de um vector arbitrário Multiplicação de vectores Produto externo (ou vectorial) Estática 80 Mario J. Pinheiro Departamento de Física Instituto Superior Técnico mpinheiro@ist.utl.pt 53

2 What use is knowledge if there is no understanding? - Joannes Stobaeus, natural de Stobi, Norte da Macedónia. 4 Vectores Os vectores surgiram nas primeiras duas décadas do Séc. XIX com a representação geométrica dos números complexos. Caspar Wessel ( ), Jean Robert Argand ( ), Carl Friedrich Gauss ( ), estão entre os que mais contribuiram ao conceberem os números complexos como pontos num plano a 2 dimensões, isto é, como vectores bidimensionais. Em 1827, August Ferdinand Möbius publicou um livro intitulado The Barycentric Calculus no qual introduziu segmentos rectos orientados que designou por letras do alfabeto, que eram em todos os aspectos os actuais vectores usados na matemática, ciência e engenharia. Caspar Wessel desenvolveu uma técnica algébrica para lidar com segmentos de recta orientados. Ele introduziu uma unidade j (o número imaginário puro) para expressar qualquer segmento de recta orientado na forma a + bj, sendo a e b números reais. No desenvolvimento da sua técnica, Wessel obteve uma interpretação dos números complexos 1. A invenção dos vectores, representados hoje na forma a i + b j, onde i e j são vectores unitários, foi apenas mais um passo audacioso dos matemáticos com pensamento criativo. Vectores são entidades matemáticas úteis para representar grandezas físicas que têm magnitude (módulo), direcção e sentido. Estudaremos neste capítulo as operações fundamentais de adição, subtracção e multiplicação vectorial. Em particular, estudaremos dois tipos de multiplicação de natureza diferente (o produto interno e o produto externo). Abordaremos esta matéria fazendo dois tipos de aproximações: geométrica e algébrica. A vantagem adquirida no uso dos vectores reside em podermos descrever o movimento de uma partícula ideal em qualquer sistema de coordenadas de modo completamente geral. As leis da natureza devem ser invariantes relativamente a qualquer sistema de referência inercial (isto é, não acelerado). 4.1 Representação geral de vectores; Notação; Deslocamento Quando o movimento se processa no espaço a 3-dim, o deslocamento tem uma direcção, sentido e módulo. A grandeza (ou objecto matemático) que tem direcção, sentido e módulo e que dá a distância rectilínea entre dois pontos do 1 Na verdade só mais tarde desenvolvida de forma explícita pelo matemático francês D Argand, que sugeriu colocar o termo em j num eixo vertical. 54

3 espaço é um segmento de recta ao qual se chama vector deslocamento. É representado graficamente por uma seta orientada que vai da origem do movimento ao seu término, e cujo comprimento é proporcional ao seu módulo. Usualmente representam-se os vectores por meio de letras com uma seta em cima, N. Mas é apenas uma questão de convenção. Por exemplo, Feynman sugere a notação IN. Deslocamento, velocidade, aceleração, força, torque e momento são exemplos de vectores. Grandezas físicas ou magnitudes que não têm direcção nem sentido são escalares. Massa, densidade, trabalho, energia e tempo são escalares. Em resumo, vectores são representados por linhas orientadas ou setas. O comprimento da linha orientada representa a sua magnitude, enquanto que a sua direcção coincide com a do vector Vectores iguais Vectores iguais: Dois vectores são iguais se têm o mesmo comprimento e direcção. O valor de um vector não se altera se o movermos de um ponto para outro do espaço, desde que o seu módulo e direcção não mudem. 4.2 Adição de vectores Considere dois deslocamentos sucessivos, tal como o mostra a Fig. 1. Começámos primeiro no ponto A e dirigimo-nos depois para o ponto B. O segmento recto orientado que vai de A para B é designado por vector deslocamento, como já referimos. A seta indica o sentido do movimento 2 A linha ondulada representa a trajectória real, efectivamente seguida pelo móvel. Em seguida, este desloca-se de B para C. AC representa o resultado de ambos os dois deslocamentos. Chama-se a resultante ou soma. Esta é a regra básica da adição de vectores, e este facto escreve-se na seguinte equação vectorial: AB + BC = AC. (4.1) Verifica-se que A = B, (4.2) somente se A = B têm o mesmo módulo, mesma direcção e sentido; a localização e o ponto de aplicação não são relevantes (vectores equipolentes). As unidades físicas têm que ser necessariamente as mesmas. 2 Atenção: na literatura anglo-saxónica fala-se só de direcção, com o significado simultâneo de direcção e sentido. 55

4 N E B BC AB C A AC Figure 1: Adição de vectores. 56

5 B A A B C=A+B C=B+A A B C=A+B=B+A Figure 2: Propriedade comutativa da adição de vectores Ordem da adição A ordem da adição não afecta o resultado. a ordem da adição é irrelevante; a adição só faz sentido para alguns tipos de vectores Soma de três ou mais vectores Quando se tem mais de dois vectores a soma processa-se tal como está ilustrado na Fig

6 R B+C C A+B B A Figure 3: Soma de três ou mais vectores. Usa-se a propriedade distributiva da soma vectorial: R = ( A + B ) + C R = A + ( B + C ) (4.3) Forças podem ser representadas por linhas rectas: Para definir uma força é necessário especificar: i) o seu ponto de aplicação; (ii) a sua direcção; (iii) a sua magnitude. Assim, AB representa uma força actuando de A para B. 4.3 Negativo de um vector Um vector A multiplicado por um escalar 1 resulta num vector antiparalelo, com o mesmo módulo mas sentido contrário, A: A + ( A ) = 0 (4.4) 58

7 (a) A B C=A-B -B A (b) A 3A -3A Figure 4: a) - Subtração de vectores; b) - Multiplicação de um escalar por um vector. 4.4 Subtracção de vectores A subtracção de dois vectores A e B é definido como a soma de A com B ( 4-(a)): C = A B = A + ( B ). (4.5) 4.5 Multiplicação de um escalar por um vector Um vector A multiplicado por um escalar λ é o vector λ A que tem o módulo λ A e é paralelo a A se λ é positivo e é antiparalelo a A se λ é negativo ( 4-(b)). 59

8 Por exemplo: F = m a, F e a têm a mesma direcção e sentido, apesar de a massa m ter unidade própria (kg, no SI). 4.6 Regra do Paralelograma A Regra do Paralelograma constitui o fundamento teórico da composição e resolução das forças. Definição de força: Força é a causa que induz a variação da velocidade de um corpo com massa. Pode-se entender por força um puxão ou empurrão. Os resultados das últimas secções dão-nos dois métodos para adicionar vectores graficamente. Método do triângulo: Mova um dos vectores sem mudar a sua direcção até que a sua origem coincida com o terminus do outro vector. Complete o triângulo traçando um vector com a origem coincidindo com o primeiro vector. O novo vector é a resultante dos dois vectores dados. Método do Paralelograma: Desloque um dos vectores até que a sua origem coincida sobre o outro vector, complete o paralelograma, e depois trace um vector com uma origem comum aos outros dois vectores dados e que forma uma diagonal do paralelograma. O novo vector é a resultante dos dois vectores dados. Proposição 1. Quaisquer duas forças que actuam sobre uma partícula são equivalentes a uma única força representada pela diagonal do paralelograma cujos lados são essas duas forças; e reciprocamente, se uma única força fôr representada por uma linha recta, se desenharmos um paralelograma tendo por diagonal esta recta, esta força pode ser substituída por duas forças representadas pelos dois lados do paralelograma. Veja a Fig. 5 para ilustração da ideia. Proposição 2. A expressão da resultante de dois vectores a e b inclinados em relação um ao outro de um ângulo φ, consiste num vector resultante c, tal que: R = OC = a 2 + b 2 + 2a b. (4.6) Resolvendo o triângulo formado pelos dois vectores da Fig. 5 obtém-se: c 2 = a 2 + b 2 + 2ab cos φ(a) tan θ = b sin φ a+b cos φ (b), (4.7) onde a, b e c são as magnitudes de a, b e c, respectivamente, enquanto que φ e θ são os ângulos que b e c fazem com a. A Eq. 4.7-(a) determina a magnitude e a Eq. 4.7-(b) a direcção de c. 60

9 C c b O θ a B φ Figure 5: O paralelograma das forças. 61

10 Lei dos senos: A lei dos senos estabelece que para um triângulo arbitrário com lados a, b e c e ângulos opostos a esses lados α, β e γ: a sin α = b sin β = c sin γ. (4.8) Exemplo 1: Uma partícula desloca-se 10 cm N 30 o E, depois 10 cm E. Determine o deslocamento final. Representando os deslocamentos e a sua resultante pelos vectores a, b e c, obtemos: c 2 = a 2 + b 2 + 2ab cos φ = (10) 2 + (10) cos(60 o ) = 300cm 2 c = 10 3cm = 17.3cm (4.9) tan θ = b sin φ = a+b cos φ 10cm. sin(60 o ) 10cm+10cm. cos(60 o ) = 3 3 θ = 30 o. O deslocamento resultante tem módulo 17.3 cm e está orientado ao longo da direcção N 60 o E. 4.7 Componentes de um vector A projecção de um vector sobre uma linha é chamada de componente do vector ao longo da linha. Um vector fica completamente definido pelas suas componentes. Embora o vector não dependa do sistema de coordenadas, as suas componentes dependem dessa escolha (cf. Fig. 7). As componentes de um vector são muito úteis na álgebra 3 vectorial. O procedimento consiste em: escolher um sistema de coordenadas; escolher uma origem no pé do vector; P (x, y, z) é um ponto arbitrário com coordenadas (x, y, z); r é o vector posição orientado da origem para o ponto de coordenadas (x, y, z). 3 A palavra álgebra é á a variante latina da palavra Árabe al-jabr. Esta palavra foi usada pelo grande matemático árabe Mohammed ibn-musa al-khowarizmi cerca de 825 no seu livro escrito em Bagdad e intitulado Hidab al-jabr wal-muqubala. 62

11 Y φ b a 30 ο θ c O X Figure 6: Representação vetorial do Exemplo 1. 63

12 Y a y a a x O X Figure 7: Componentes de um vector em coordenadas cartesianas. 64

13 Se a tiver componentes ao longo dos três eixos num sistema rectangular (ou cartesiano), as seguintes equações expressam o vector em termos das suas componentes: a = a x + a y + a z a x = a cos α 1 a y = a cos α 2 (4.10) a z = a cos α 3 a = a 2 x + a 2 y + a 2 z e onde α 1, α 2 e α 3 são os ângulos que a faz com os eixos coordenados Resultante de um número arbitrário de vectores A resultante de um número de vectores a, b, c, etc., pode ser obtida seja por um método gráfico que leva ao traçado de um polígono, ou por um método analítico que passamos a descrever. Escrevemos os vectores dados e as suas componentes: a = a x + a y + a z, b = b x + b y + b z,... r = r x + r y + r z. (4.11) A resultante é o somatório dos vectores: r = a + b + c +... (4.12) Juntando os termos, obtemos r x + r y + r z = ( a x + b x +...) + ( a y + b y +...) + ( a z + b z +...) (4.13) Dado a independência dos eixos, podemos ainda escrever r x = a x + b x + c x +..., r y = a y + b y + a y +..., r z = a z + b z + c z +... (4.14) Podemos agora escrever as Eqs. vectoriais 4.14 na forma algébrica (porquê?): r x = a x + b x + c x +..., r y = a y + b y + c y +..., r z = a z + b z + c z +... (4.15) A resultante é de imediato obtida usando o método analítico exposto anteriormente: r = rx 2 + ry 2 + rz, 2 cos α 1 = rx r, cos α 2 = ry r, cos α 3 = rz r, (4.16) onde α 1, α 2 e α 3 são os ângulos que r faz com os eixos (Fig. 8). 65

14 Figure 8: Adição de um número arbitrário de vectores. 66

15 Figure 9: Problema. Exemplo 2: Um homem caminha 3 km N 30 o E, depois 1 km E, depois 3 km S 45 o E, depois 4 km S, depois 1 km N 30 o W. Determine a sua posição final. Representando graficamente os vectores deslocamento sucessivos obtemos a Fig. 9, com r a resultante. Para determinar r analiticamente iremos primeiro determinar os seus compo- 67

16 nentes. Temos sucessivamente: r x = [3 cos 60 o + cos0 o + 2 cos( 45 o ) + 4 cos( 90 o ) + cos(120 o )]km = (2 + 2)km, = 3.41km r y = [3 sin(60 o ) + sin(0 o ) + 2 sin( 45 o ) + 4 sin( 90 o ) + sin(120 o )]km = ( )km = 1.95km r = rx 2 + ry 2 = 3.93km (4.17) A direcção é dada pela seguinte relação: tan θ = ry r x = θ = 37.1 o. (4.18) A posição final do homem é a 3.93 km S 52.9 o E do seu ponto de partida. 4.8 Vectores unitários i, j, e k são três vectores de módulo igual a 1 unidade (sem dimensão) apontando ao longo dos eixos das coordenadas. Podem-se construir outros vectores a partir destes mais elementares. Exemplo 3: Componentes do vector posição r a 2 dimensões. Escreve-se o vector na forma: r = rx i + ry j, (4.19) onde r x e r y são as componentes cartesianas do vector r. Há quem escreva na forma r = rx + r y, (4.20) ou r = x i + y j. (4.21) O módulo do vector é r = x 2 + y 2, sendo que x = r cos θ e y = r sin θ, e tan θ = y/x. O ângulo θ é o ângulo que o vector r faz com o eixo Ox. Qual é o significado da expressão: x i + y j + z k =? (4.22) Significa que se deslocar de x unidades ao longo do eixo Ox, de y unidade ao longo de Oy, e de z unidades ao longo de Oz, acabamos por traçar o vector r : r = x i + y j + z k. (4.23) 68

17 4.9 Representação de um vector arbitrário Escolha um sistema de coordenadas no pé do vector A. Projecte perpendiculares da ponta final do vector nos eixos das coordenadas. Ficam determinados assim as componentes do vector, digamos A x, A y e A z. Podemos então escrever: A = Ax i + Ay j + Az k. (4.24) QuadroNegro 1 - Representação de um vector arbitrário em coordenadas cartesianas. Exemplo 4: 2-dim Sejam as componentes de um vector: A x = A cos θ A y = A sin θ. (4.25) O vector escreve-se na forma A = Ax i + Ay j (4.26) e o módulo de A é dado por: A = A cos θ i + A sin θ j. (4.27) A = A = A 2 x + A 2 y. (4.28) Exemplo 5: Considere dois vectores A (dirigido no sentido positivo do eixo Ox) e B (fazendo um ângulo de 60 0 com o eixo Ox). Calcule a sua soma A + B. 69

18 Comece por escolher o sistema de coordenadas mais conveniente, por exemplo, escolha um dos eixos orientado ao longo de um dos vectores. QuadroNegro 2 - Soma de dois dados vectores A + B. Exemplo 6: Vectores a 3-dim QuadroNegro 3 A x = A y = A z = A cos α A cos β A cos γ (4.29) 70

19 α, β e γ são os ângulos dos cosenos directores da recta OA. Verifica-se cos 2 α + cos 2 β + cos 2 γ = 1. (4.30) Os ângulos α, β e γ não são todos independentes. QuadroNegro 4 Sejam A = Ax i + Ay j + Az k (4.31) B = Bx i + By j + Bz k A adição é dada pela operação: A + B = (Ax + B x ) i + (A y + B y ) j + (A z + B z ) k (4.32) e a operação da subtracção é feita da seguinte forma: A B = (Ax B x ) i + (A y B y ) j + (A z B z ) k (4.33) Pode-se generalizar estas operações a um número arbitrário de vectores efectuandoas par a par. 71

20 Y O X B θ B B Y B θ Figure 10: Vector num plano inclinado. 72

21 4.9.1 Plano inclinado Considere a figura 10 abaixo desenhada de um plano inclinado. Decomponha o vector B : B : paralelo a x; B : perpendicular a x e dirigido ao longo de -Oy. Isto é: B = B i + B j, (4.34) sendo onde θ = B = B cos θ B = B sin θ. (4.35) 4.10 Multiplicação de vectores Produto interno (ou escalar) Considere os vectores A e B. O produto interno é dado por A B = AB cos φ, (4.36) onde o ângulo φ O resultado é um escalar, um número. - Propriedade comutativa A B = B A. (4.37) A A = AA cos 0 0 = A 2 (4.38) Os vectores são paralelos. A ( A) = A 2. (4.39) Os vectores são antiparalelos. QuadroNegro 5 - Componentes da A ao longo de B; e vice-versa. 73

22 0 o < φ < 90 0 ( A B ) > < φ < ( A B ) < 0 φ = 90 0 ( A B ) = 0 (4.40) No último caso A e B são perpendiculares um ao outro. O produto interno de dois vectores constitui um excelente teste de verificação da sua perpendicularidade. Quando os vectores unitários são paralelos, verifica-se: i i = 1 j j = 1 k k = 1 (4.41) Quando pelo contrário, os vectores unitários são perpendiculares, verifica-se: i j = j i = 0 i k = k i = 0 j k = k j = 0. (4.42) - Propriedade distributiva ( C + D) E = C E + D E. (4.43) Exemplo 7: Calcule o produto interno (ou escalar) A B. Temos A B = (Ax i + Ay j + Az k ) (Bx i + By j + Bz k ) (4.44) Continuando a operação... QuadroNegro 6 74

23 Obtemos finalmente A B = Ax B x + A y B y + A z B z. (4.45) - Qual é o significado do produto interno j A? j A = j [Ax i + Ay j + Az k ] = Ay (4.46) Portanto, o produto interno j A representa a componente do vector A no eixo Oy. O produto interno será muito utilizado no cálculo do trabalho efectuado por uma força F sobre um corpo deslocado da distância d : W = F d. (4.47) Exemplo 8: Sejam os dois vectores A = 3 i + 7 k e B = i + 2 j + k. - Calcule o produto interno A B e o ângulo θ que fazem os dois vectores. QuadroNegro 7 75

24 4.11 Produto externo (ou vectorial) C = [ A B ]. (4.48) C = AB sin φ (4.49) QuadroNegro 8 - (a) A sin φ é a componente de A perpendicular a B ; (b) AB sin φ é a área do paralelograma. Como mostra a Fig. 11 o vector C está orientado perpendicularmente ao plano formado por A e B. C é perpendicular a A e B. A B = B A. (4.50) No caso dos vectores serem paralelos, então A A = AA sin 0 0 n = 0, (4.51) sendo n o vector unitário perpendicular ao plano de A e B. Concluímos que o produto externo constitui um teste útil para verificar se dois vectores são paralelos. 76

25 Figure 11: Regra da mão direita. Os vectores unitários verificam as seguintes relações: i i = 0 j j = 0 k k = 0. (4.52) i j = j i = k k i = i k = j j k = k j = i (4.53) A B = (Ax i + Ay j + Az k ) (Bx i + By j + Bz k ) (4.54) A B = (Ay B z A z B y ) i + (A z B x A x B z ) j + (A x B y A y B x ) k. (4.55) Podemos representar o produto externo em notação matricial: i j k A B = A x A y A z (4.56) B x B y B z Exemplo 9: Calcule os determinantes: a) Ordem 2 77

26 [ ] a1 a 2 = a b 1 b 1 b 2 a 2 b 1 (4.57) 2 [ ] = 3(5) 4( 2) = 23 (4.58) b) Ordem 3 a 1 a 2 a 3 b 1 b 2 b 3 c 1 c 2 c 3 = a 1 [ b2 b 3 c 2 c 3 ] a 2 [ b1 b 3 c 1 c 3 ] [ ] b1 b + a 2 3 c 1 c 2 (4.59) Exemplo 10: = 3 [ ] [ ] [ ( 1) 2 7 ] = (4.60) 3[3(1) 7(3)] 2[4(1) ( 2)(3)] + ( 1)[4(7) ( 2)(3)] = = 108 (4.61) Exemplo 11: Outros exemplos de aplicação serão dados mais tarde, entre os quais se incluem o momento angular L = [ r p ], o momento da força τ = [ r F ]. Exemplo 12: Sejam e A = 3 i + 7 j k (4.62) B = i j. (4.63) Calcule C = [ A B ]. C = [ A B ] = i j k = (4.64) C = i [7(0) ( 1)( 1)] j [3(0) (1)( 1)]+ k [3( 1) (1)(7)] = i j 10 k (4.65) C A = ( i j 10 k ) (3 i + 7 j k ) = = 0, (4.66) 78

27 C B = ( i j 10 k ) ( i j ) = = 0. (4.67) C é perpendicular a A e B. Em módulo: ou seja C = AB sin θ (4.68) sin θ = C AB = ( 1)2 + ( 1) 2 + ( 10) ( 1) ( 1) = = , (4.69) donde resulta θ = arcsin = (4.70) Exemplo 13: Lei dos cosenos Trace um triângulo com os vectores. Tem-se C = A B (4.71) donde C C = ( A B ) ( A B ) = A A 2 A B + B B, (4.72) ou seja C 2 = A 2 2AB cos θ + B 2. (4.73) Exemplo 14: Lei dos senos A lei dos senos 4 estabelece uma relação entre os lados e os ângulos de qualquer triângulo (Fig. 12): a sin A = b sin B = c sin C = 2R. (4.74) 4 O gigantesco tratato de Astronomia intitulado Almagesto de Claudius Ptolemaeus (circa D.C.) foi a primeira obra sobre trigonometria que chegou à Europa. No primeiro livro (num compêndio de 13) Ptolomeu constrói uma tábua de cordas na qual o comprimento da corda num círculo é dado como uma função do ângulo central que a subtende, isto é, c = 2R sin(c/2). Na obra Āryabhatīya, escrita por Āryabhata I (c D.C.) este autor usou a palavra ardha-jya para meia corda. Depois reduziu a expressão para jya ou jyba e, mais tarde, os Árabes traduziram esta grande obra clássica da matemática da India, sem explicar qual o seu sentido. Na subsequente tradução para o Latim, jyba foi traduzida como sinus, palavra latina que significa baía, curva. A abreviatura sin foi introduzida em 1624 por Edmund Gunter. 79

28 A b c C a R B Figure 12: Lei dos senos. 5 Estática É útil começarmos por expor os princípios básicos do funcionamento das máquinas, antes de começarmos a exposição da Mecânica Newtoniana. O veleiro, o moinho de vento e a roda de água eram de facto máquinas inventadas para tornar o esforço humano mais conveniente. Contudo, nesse tempo, a máquina não era algo que trabalhava em lugar do homem, tal como acontece hoje com a máquina eléctrica. O que se procurava era um dispositivo que proporcionasse vantagem mecânica, uma máquina que poupasse tempo ao homem. Os princípios sobre os quais se funda a ciência da estática foram estabelecidos por Arquimedes e Stevenius. O primeiro princípio deve-se a Arquimedes ( A.C.) 5 Todos nós sabemos por experiência própria que uma pequena força aplicada num extremo de uma alavanca, longe do ponto de apoio (ou fulcro) pode ultrapassar em magnitude uma força muito maior aplicada perto do fulcro. O tratado de Arquimedes no qual trata desta matéria mostra que Arquimedes fala de pesos (e não forças) e o seu raciocínio trabalha com Axiomas, Redução 5 Nascido em Siracusa, completou os estudos na cidade de Alexandria sob a orientação de Conon na Escola Real dos Ptolomeus (uma dinastia de faraós que governou o Egipto desde a morte de Alexandre O Grande, até ao ano 30 a.c.) Euclides estudou aqui meio século antes. São conhecidas as histórias da coroa do rei Hiero, os espelhos ustórios (que pegam fogo) com os quais destruiu as embarcações romanas, e o seu assassinato no final do cerco a Siracusa, e apesar das ordens estritas do general Marcellus para que a sua vida fosse poupada. 80

29 ao absurdo e a teoria geométrica das proporções. Princípio da alavanca: Seja AB uma barra suportada em C, e sejam P e Q dois pesos suspensos nos pontos A e B. No equilíbrio verifica-se: P AC = Q BC. (5.75) Se P for um peso e Q for um peso que se contrapõe, então chama-se a P de força resistente e a Q força potente, enquanto que AC é o braço resistente e BC o braço potente. A vantagem mecânica da alavanca é P eso Potência = comprimento-do-braço-potente comprimento-do-braço-resistente. (5.76) Exemplo 14: Alavanca simples: A maior parte dos membros do corpo são desta classe. O ante-braço move-se em torno do cotovelo sendo este o fulcro. A potência é aplicada pelos músculos bíceps (Vd. Fig. 13-(a)). A vantagem mecânica é muito pequena e os músculos devem ser muito fortes. Exemplo 15: A alavanca simples funciona com base num fulcro fixo e só pode elevar um peso até à altura acima do flucro e igual ao comprimento do braço menor. Esta restrição é ultrapassada com o segundo dos poderes mecânicos, a roda e o eixo (Vd. Fig. 13-(b)). Em qualquer instante o diâmetro ACB pode ser visto como uma alavanca com o flucro em A. Logo, P AB = W AC. A força potente é aplicada na roda maior. A condição de equilíbrio é a da alavanca, Eq Exemplo 16: Determine em que ponto de uma barra, de peso desprezável, deve colocar um corpo de modo que o peso suportado por uma criança numa das suas extremidades seja a terça parte daquele que suporta um homem na outra extremidade. Seja W o peso suportado pela criança e 3W o peso suportado pelo homem. Sejam x 1 e x 2 respectivamente o braço potente e o braço resistente. Estando a barra em equilíbrio a soma dos momentos deve ser nula, ou por outra via, aplicando o princípio da alavanca, W x 1 = 3W x 2, isto é, x 1 = 3x 2 e o peso deve ser colocado a uma distância mínima de 3/4 do comprimento da barra. Exemplo 17: A polia é uma roda com uma corda enrolada e suportada numa extremidade. A força potente é aplicada na outra extremidade. O peso é pendurado no eixo da polia, como mostra a Fig. 13-(c). Em qualquer instante o diâmetro ACB pode ser visto como uma alavanca com fulcro em A. Donde P AB = W AC P W = AC AB = 1 2. (5.77) Se tivermos em conta o peso da polia w, devemos antes escrever P = W + w 2 81 (5.78)

30 (a) (b) (c) Figure 13: (a) - Alavanca simples na máquina do corpo humano; (b) - cabrestante, aparelho muito usado em navios (náutica); (c) - Polia. 82

31 (a) (b) Figure 14: (a) - sistema de Arquimedes; (b) - Polipasto com n roldanas. Claramente os sistemas anteriores so nos permite duplicar a força. Vamos ver em seuida como podemos amplificar forças. Exemplo 18: Sistema de Arquimedes (Fig. 14) combinando várias polias permite-nos aumentar a vantagem mecânica até ao limite que desejarmos. Como a tensão de cada corda é dupla do valor da corda colocada acima, o peso é o dobro da tensão da última corda. Se houver n polias móveis, tem-se Desprezámos aqui o peso das polias. W = 2 n P P W = 1 (5.79) 2 n Exemplo 19: Polipasto Há dois blocos, cada um dos quais com várias polias no mesmo eixo. A corda está amarrada a um dos blocos e enrolada em torno da todas as polias como mostra a Fig. 14-(b). A tensão da corda é a mesma em 83

32 todo o lado e o peso é suportado por todas as tensões de modo que P W = 1 n. (5.80) Em todos estes casos ignorámos o efeito do atrito que é com frequência consideravel. Sem atrito, o trabalho que a força aplicada P deve efectuar para elevar o peso R na distância s deve ser igual ao trabalho efectuado por P ao deslocar o seu ponto de aplicação da distância s. Teremos: P s = R s. (5.81) Estes aparelhos são muito usados em construção e náutica. Exemplo 20: No manual de voo de uma aeronave vem o diagrama apresentado na Fig. 15. Coloca-se o avião na horizontal e debaixo de cada roda coloca-se uma balança. Mede-se o peso L e R na roda direita e esquerda traseira e N é o peso medido na roda dianteira. O peso total do avião tem o ponto de aplicação em C.G. As distâncias em relação ao ponto de referência arbitrariamente escolhido estão apresentados na figura. Determine a posição X CG. Se estabelecermos que o momento angular total em torno de um ponto no eixo de referência é nulo, obtemos W X CG = (2 + b)(l + R) + N(2 + b a) X CG = 2 + b Na W (5.82) Acresce referir que as unidade de comprimento no caso da figura vêm em m e o peso em kg Stevinus de Bruges Simon Stevin de Bruges ( ), cerca de dois milénios depois de Arquimedes estabeleceu o princípio do plano inclinado. A sua contribuição é considerada como uma das mais importantes para o desenvolvimento da Mecânica. A sua imaginação fértil e talento para questões práticas levou-o a construir máquinas para elevação das embarcações dos pescadores holandeses; a arte das fortificações; e a melhor forma de gestão de uma estrebaria...a pedido do Príncipe de Orange, Maurice de Nassau. O problema estudado por Stevinus foi o seguinte: imagine um corpo em repouso num plano horizontal; ele não requer nenhuma força para se manter assim. Em seguida, prenda-se o corpo a uma corda e inclinemos o plano até que ele fique na vertical. A tensão do fio iguala o peso do corpo. Em qualquer posição intermediária a tensão da corda terá um valor que fica entre o peso do corpo e zero. A questão que se colocou Stevinus foi: qual a relação entre a tensão e o peso para qualquer inclinação do plano? A Fig. 16 mostra a solução avançada por Stevinus. Seja um triângulo com o plano perpendicular ao horizonte e com a sua base paralelo a ele. De cada lado 84

33 Figure 15: Procedimento de pesagem de uma aeronave. 85

34 Figure 16: A solução de Stevinus. 86

35 Figure 17: Cubo de lado a actuado pela força P. do triângulo coloque-se uma série de esferas de igual massa, constituindo uma cadeia infinita. Stevinus mostrou que a força necessária P aplicada sobre um dos lados do triângulo para suportar o corpo em repouso sobre o lado oposto do plano inclinado deve estar na seguinte proporção: P W = altura do plano comprimento do plano. (5.83) Nesta expressão hoje sabemos que está implícita a conservação da energia mecânica, na forma W = U. Ele chegou a este resultado pela experimentação e pelo conhecimento instintivo. Sabemos de antemão que a cadeia de esferas não se pode mover, nunca vimos nada semelhante na nossa experiência de vida, podemos dizê-lo até por instinto. Foi por esta via do conhecimento instintivo que Stevinus começou as suas investigações e construiu as bases da mecânica. Exemplo 21: Um cubo de lado a é actuado por uma força P, tal como mostra a Fig. 17. Determine o momento de F : 87

36 a) em torno de A, M A ; b) em torno do lado AB, M AB ; c) em torno da diagonal AG do cubo, M AG. QuadroNegro 9 - Solução do Problema. a) b) c) A partir do momento que temos o momento de P relativo ao ponto A, o momento de P relativo à diagonal AG é obtido projectando M A sobre AG. Temos então primeiro que obter o vector unitário que vai de A para G. Ora, pela Fig. 17, concluímos que λ = AG AG. (5.84) AG = a i a j a k. (5.85) 88

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