Aula 7 Invariância de Gauge
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- João Guilherme Guterres Mendonça
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1 Física de Partículas Aula 7 Invariância de Gauge Jorge C. Romão Instituto Superior Técnico, Departamento de Física & CFTP A. Rovisco Pais 1, Lisboa, Portugal 14 Novembro 2013 Jorge C. Romão FP
2 da Aula Lagrangeanos em mecânica clássica Lagrangeanos em teoria de campo Invariância de gauge. O eletromagnetismo como paradigma para a teoria de gauge pura Jorge C. Romão FP
3 Lagrangeanos em mecânica clássica Em mecânica clássica a equação fundamental é a lei de Newton, F = m a = m d v dt Se um sistema for conservativo então a força pode ser obtida duma função potencial, U( r), através da relação F = U e portanto as equações do movimento escrevem-se m d v dt = U. A mesma dinâmica pode ser obtida num formalismo alternativo, designado por formalismo lagrangeano. Aí começa-se por definir o lagrangeano (ou função de Lagrange) através da relação L = T U onde T é a energia cinética, T = 1 2 mv2 e U a energia potencial Jorge C. Romão FP
4 Lagrangeanos em mecânica clássica As equações da dinâmica resultam de exigir que a ação definida por S = tf dtl t i seja estacionária (δs = 0) para a trajetória da partícula. Este requisito conduz às chamadas equações de Euler-Lagrange, d dt L q i L q i = 0 para um sistema com n coordenadas q i, i = 1,2,...n e onde se definiu q i = q i t. Aplicando a um problema a três dimensões obtemos L ẋ i = mv i, L x i = i U o que conduz às mesmas equações de movimento Jorge C. Romão FP
5 Lagrangeanos em mecânica clássica A este nível parece uma complicação desnecessária. No entanto, os lagrangeanos são muito úteis por duas razões. Primeiro porque alguns problemas são mesmo mais fáceis de resolver usando este formalismo (por exemplo pêndulos acoplados) Em segundo lugar porque as simetrias conduzem naturalmente a leis de conservação. De facto já discutimos no capítulo de simetrias esta relação. Por exemplo, se L não depender das coordenadas, as equações de Euler-Lagrange imediatamente nos dizem que o momento linear é conservado. Jorge C. Romão FP
6 Lagrangeanos em teoria de campo Os lagrangeanos em teoria de campo relativista têm uma importância fundamental. Isto deve-se fundamentalmente à importância que as simetrias têm na descrição das interações fundamentais da Natureza e essa simetrias são implementadas duma maneira muito mais simples nos lagrangeanos. Em mecânica clássica as variáveis dependem do tempo, x i (t), enquanto que em teoria de campo lidamos com campos que dependem do ponto do espaço tempo x µ = (t, x), por exemplo para um campo escalar, φ(x). Não vamos aqui fazer uma dedução da situação em teoria do campo. Vamos só dar o resultado sobre a forma de dicionário Sistemas Finitos Teoria do Campo graus liberdade t x µ q φ(x) q µ φ(x) S = dtl(q, q) S = d 4 xl(φ, µ φ) d dt L q L q = 0 L µ ( µ φ) L φ = 0 Jorge C. Romão FP
7 Lagrangeanos em teoria de campo É fácil de verificar que para o campo real de Klein-Gordon a seguinte densidade Lagrangeana L = 1 2 µφ µ φ 1 2 m2 φ 2 reproduz a equação de Klein-Gordon, ( +m 2 )φ = 0. Para o campo de Dirac temos que tratar o spinor e o seu adjunto como graus de liberdade independentes (tal como acontece no campo escalar complexo, ver Problemas). Assim é fácil de ver que a seguinte densidade Lagrangeana L = iψγ µ µ ψ mψψ conduz à equação de Dirac. De facto As equações de Euler-Lagrange são, para o caso do campo de Dirac, µ L ( µ ψ) L ψ = 0, µ L ( µ ψ ) L ψ = 0 Jorge C. Romão FP
8 Lagrangeanos em teoria de campo Do lagrangeano de Dirac obtemos e portanto L ( µ ψ ) = 0, L ψ = iγµ µ ψ mψ (iγ µ µ m)ψ = 0, como queríamos mostrar. A densidade Lagrangeana de Dirac tem uma propriedade notável. É invariante para as transformações ψ (x) = e iα ψ(x) ; ψ (x) = ψ e iα com α constante. Isto corresponde a redefinir a fase da função de onda, que certamente é arbitrária. Veremos na secção seguinte as implicações que esta observação terá. Antes de terminar consideremos mais dois exemplos, o caso dum campo de spin 1 com massa e o caso do fotão, spin 1 sem massa. Jorge C. Romão FP
9 Lagrangeanos em teoria de campo Considere o lagrangeano de Proca para uma partícula de spin 1 com massa, L = 1 4 F µνf µν m2 A µ A µ onde, como habitualmente F µν = µ A ν ν A µ Vamos deduzir as equações de Euler-Lagrange. Obtemos L ( µ A ν ) = Fµν L A ν = m 2 A ν e portanto as equações de movimento são µ F µν +m 2 A ν = 0 que foi a equação de movimento que usámos no capítulo anterior quando discutimos o bosão vetorial intermédio. Jorge C. Romão FP
10 Lagrangeanos em teoria de campo Consideremos o lagrangeano de Maxwell com interação com uma corrente exterior, L = 1 4 F µνf µν J µ A u Obtemos facilmente L ( µ A ν ) = Fµν L A ν = J ν Obtemos portanto as equações de Maxwell, µ F µν = J ν. Jorge C. Romão FP
11 Invariância de gauge. O eletromagnetismo Nas transformações consideradas na secção anterior o parâmetro α era constante. A invariância global queria então dizer que a escolha das fases era arbitrária e que se escolhêssemos as fases doutra maneira ao mesmo tempo em todos os pontos do espaço-tempo a teoria seria idêntica. Dissemos no capitulo de Simetrias que a existência destas invariâncias implicava que houvesse quantidades conservadas no tempo. Posta a questão nestes termos, a pergunta que surge naturalmente é saber se há teorias em que a escolha das convenções das fases pode ser feita localmente, isto é, diferente para cada ponto do espaço-tempo. Em princípio, estas teorias se puderem ser formuladas, deverão ser mais relevantes para a Física pois parece-nos lógico que dois experimentadores em laboratórios diferentes possam fazer escolhas diferentes das convenções e obter os mesmos resultados físicos. Queremos portanto teorias em que o lagrangeano seja invariante debaixo de transformações de simetria interna mas que dependem do ponto do espaço tempo. Jorge C. Romão FP
12 Invariância de gauge. O eletromagnetismo Estas teorias existem e são as denominadas teorias com invariância padrão ou teorias de gauge na designação inglesa. Usaremos esta última designação por ser a mais corrente entre os físicos. Pedir que uma teoria possua invariância local é uma condição muito restritiva. De facto se tivermos uma teoria que tenha uma dada invariância global, normalmente não será possível torná-la localmente invariante sem adicionar mais qualquer coisa. Consideremos como exemplo o caso do campo de Dirac. O lagrangeano é L = ψ(iγ µ µ m)ψ Esta teoria é invariante quando efetuamos transformações de fase constantes. Vamos ver o que se passa quando as transformações são locais, isto é, a escolha de fase é independente em cada ponto do espaço-tempo, e para simplificar vamos considerar transformações infinitesimais, δψ = iα(x)ψ ; δψ = iα(x)ψ Jorge C. Romão FP
13 Invariância de gauge. O eletromagnetismo Temos então δl = iα(x)ψ(i / m)ψ +iα(x)ψ(i / m)ψ ψγ µ ψ µ α(x) = ψγ µ ψ µ α(x) Portanto o lagrangeano deixa de ser invariante. É fácil de ver que o problema está ligado ao facto de µ ψ não se transformar como ψ. Assim introduzimos o conceito de derivada covariante D µ tal que numa transformação de gauge, se transforme como os campos, isto é δ(d µ ψ) = iα(x)d µ ψ Definimos a derivada covariante pela relação D µ µ +iea µ e vamos ver que transformações deve ter o campo vetorial A µ. Obtemos δ(d µ ψ) =δ(iea µ )ψ +D µ (δψ) =ieδa µ ψ + µ (iα(x)ψ)+iea µ (iα(x)ψ) =iα(x)d µ ψ +ieδa µ ψ +i µ α(x)ψ Jorge C. Romão FP
14 Invariância de gauge. O eletromagnetismo Agora comparando as expressões anteriores obtemos a lei de transformação do campo vetorial A µ δa µ = 1 e µα(x) Esta lei de transformação é exatamente uma transformação de gauge do eletromagnetismo se A µ for interpretado como o campo do fotão. Assim vemos que o campo vetorial A µ representa a força de que tínhamos falado anteriormente que assegura que podemos escolher a fase de maneira diferente em diferentes pontos do espaço tempo. A introdução do campo A µ força a introdução de novos termos no lagrangeano, em particular os termos de energia cinética para esse campo. A única combinação quadrática nas primeiras derivadas do campo A µ que é invariante para as transformações de gauge é o tensor de Maxwell, F µν = µ A ν ν A µ De facto obtemos trivialmente δf µν = 1 e ( µ ν α(x) ν µ α(x)) = 0 Jorge C. Romão FP
15 Invariância de gauge. O eletromagnetismo Por outro lado termos de massa da forma A µ A µ não são invariantes exigindo que o fotão não tenha massa. Portanto o lagrangeano L QED = 1 4 F µνf µν +ψ(id/ m)ψ L livre +L interacção onde L livre = 1 4 F µνf µν +ψ(iγ µ µ m)ψ e L interacção = eψγ µ ψa µ é invariante para as transformações de fase locais Diz-se que é uma teoria com invariância de gauge. O lagrangeano acima descreve a interação dos eletrões com os fotões. É chamada eletrodinâmica quântica (QED). Jorge C. Romão FP
16 Invariância de gauge. O eletromagnetismo Para aplicação posterior recordemos aqui os passos que nos levaram até ela. i) Tínhamos uma teoria que era invariante para transformações globais. Neste caso o grupo de transformações era abeliano, multiplicação por uma fase, U(1). ii) O requisito que a invariância se mantivesse quando as transformações fossem locais levou-nos à introdução dum novo campo, o fotão A µ, com transformações univocamente dadas por essa condição. Fisicamente é o fotão que assegura que as diversas escolhas de fase são consistentes. iii) Foi necessário introduzir um novo termo no lagrangeano para nos dar a propagação dos fotões livres. Este termo deve possuir invariância de gauge. Jorge C. Romão FP
17 Transformações Derivada Covariante SU(2) U(1) Os mesmos passos que nos levaram a QED podem ser dados quando o grupo de transformações das fases é não abeliano. Neste caso dizemos que temos uma teoria não abeliana com invariância de gauge ou teoria de Yang-Mills, embora este nome se devesse só aplicar ao caso em que o grupo é SU(2). Como alguns conceitos têm que ser generalizados vamos ver os passos em detalhe. Comecemos pelo lagrangeano para campos fermiónicos generalizando QED. Seja L = Ψ(iγ µ µ m)ψ onde Ψ é um vetor coluna ψ 1 ψ 2 Ψ =.. ψ n num espaço vetorial de dimensão n Jorge C. Romão FP
18 Transformações Derivada Covariante SU(2) U(1) Neste espaço atua uma representação do grupo não abeliano G δψ = iε a (x)ω a Ψ, a = 1,2,...m Ω a são m matrizes hermíticas n n que obedecem às relações de comutação de G, [ Ω a,ω b] = if abc Ω c sendo f abc as constantes de estrutura de G. Desta relação resulta que m é a dimensão da representação adjunta de G, pois esse é também o número de geradores do grupo que obedecem à mesma álgebra O lagrangeano não é invariante sob a ação das transformações locais. Para o tornar invariante introduzimos a derivada covariante µ D µ Ψ = ( µ +iga a µω a )Ψ onde A a µ são m campos vetoriais, que vão desempenhar um papel análogo ao do fotão no eletromagnetismo, e que são designados por campos de gauge. Jorge C. Romão FP
19 Transformações Derivada Covariante SU(2) U(1) As matrizes Ω a são as apropriadas para a representação de Ψ de dimensão n. A lei de transformação de A a µ é obtida pelo requisito de que D µ Ψ se transforme como Ψ. Para a calcular introduzimos a notação compacta ε ε a Ω a, A µ A a µω a onde ε e A µ são matrizes n n e funções de ( x,t). Então δψ = i ε Ψ Calculemos então a variação de D µ Ψ. Obtemos δ(d µ Ψ) = µ (δψ)+ig (δa µ ) Ψ =i ε µ Ψ+i( µ εψ) g A µ ε Ψ+ig(δA µ ) Ψ Nós queremos que δ(d µ Ψ) = i ε D µ Ψ = i ε µ Ψ g ε A µ Ψ Jorge C. Romão FP
20 Transformações Derivada Covariante SU(2) U(1) Comparando as equações anteriores obtemos δa µ = i [ ε,a µ ] 1 g µε que é a transformação dos campos de gauge escrita numa forma matricial. Em termos das componentes A µ a equação anterior escreve-se δa a µ = f bca ε b A c µ 1 g µε a Notar que no caso do grupo ser abeliano as expressões acima se reduzem ao caso abeliano do eletromagnetismo pois f abc = 0. Nesse caso m = 1. Jorge C. Romão FP
21 A derivada covariante tem algumas propriedades importantes para o seguimento e que vamos aqui indicar. 1. A derivada covariante pode ser escrita na forma Transformações Derivada Covariante SU(2) U(1) D µ Φ = µ Φ+g A a µ δφ δε a para um campo arbitrário Φ, fermiónico ou bosónico. Esta expressão permite-nos escrever a derivada covariante de qualquer campo, ou funções de campos, desde que se saibamos as suas propriedades de transformação. 2. A derivada dum produto pode ser facilmente calculada a partir de δ(φψ) = (δφ)ψ +φδψ Então obtemos D µ (φψ) = (D µ φ) ψ +φ D µ ψ Jorge C. Romão FP
22 Transformações Derivada Covariante SU(2) U(1) 3. O comutador de duas derivadas covariantes pode ser facilmente calculado. De facto não é zero, nem mesmo para um grupo abeliano. Obtemos (D µ D ν D ν D µ )Ψ =( µ +ig A µ )( ν +ig A ν ) Ψ (µ ν) =ig ( µ A ν ν A µ +ig [ ] A µ,a ν ) Ψ Portanto [D µ,d ν ] Ψ = ig F µν Ψ onde F µν F a µν Ω a é definido por F µν µ A ν ν A µ +ig [ A µ,a ν ] Vemos assim que F µν é a generalização para o caso não abeliano do tensor de Maxwell. Jorge C. Romão FP
23 Transformações Derivada Covariante SU(2) U(1) Podemos verificar que F µν se transforma duma forma covariante (não é invariante) para as transformações dos campos de gauge, δ(f µν ) = µ (i[ε,a ν ] 1 ( g νε ) ν i [ ) ] 1 ε,a µ g µε g [[ ε,a µ ],Aν ] i[ µ ε,a ν ] g [ A µ,[ε,a ν ] ] i [ A µ, ν ε ] =i [ ε,f µν ] Contrariamente ao caso abeliano, F µν não é invariante. De facto transforma-se como um vetor num espaço de dimensão m (a dimensão do grupo), isto é onde δf a µν = f bca ε b F c µν F a µν µ A a ν ν A a µ g f bca A b µa c ν Jorge C. Romão FP
24 Transformações Derivada Covariante SU(2) U(1) A lei de transformação dos campos de gauge, permite mostrar que a generalização do lagrangeano de Maxwell L YM = 1 4 Fa µνf aµν é invariante para as transformações de gauge Juntando todas as peças, concluímos que a generalização do lagrangeano que possui invariância de gauge local é L = Ψ(iD/ m)ψ 1 4 Fa µνf aµν. Antes de acabarmos esta secção vamos fazer alguns comentários sobre o que acabámos de ver e as suas aplicações. Jorge C. Romão FP
25 Transformações Derivada Covariante SU(2) U(1) Primeiro que tudo o lagrangeano anterior descreve uma teoria física para uma das interações fundamentais da Natureza, quando o grupo G é SU(3). É a chamada Cromodinâmica Quântica (QCD) que descreve as interações fortes. Nessa teoria os campos de matéria são os quarks que se encontram na representação fundamental do grupo (tripletos de SU(3)) e os campos de gauge são os gluões que se encontram na representação adjunta de SU(3) que é aquela que tem a mesma dimensão que o grupo (8 para SU(3)). Outra observação tem que ver com a massa para os campos de gauge. Um termo de massa para os campos de gauge teria a forma Lmassa = 1 2 m2 A a µa aµ e é fácil de ver que as transformações de gauge não deixam o lagrangeano invariante. Assim o fotão e os gluões aparecem como partículas sem massa. Contudo para as interações fracas este facto levanta problemas pois nós sabemos que devido ao seu curto alcance, os portadores da força fraca devem ter massa. Este problema que persistiu na física de partículas durante várias décadas só foi resolvido com a quebra espontânea da simetria e o mecanismo de Higgs que veremos no capítulo seguinte. Jorge C. Romão FP
26 Transformações Derivada Covariante SU(2) U(1) Finalmente um comentário sobre o caso do grupo G não ser simples, por exemplo G = SU(2) U(1) Neste caso a generalização obtém-se do modo seguinte. Para os campos de matéria o lagrangeano tem a mesma forma mas a derivada covariante é agora uma soma sobre todos os campos de gauge com uma constante de acoplamento por cada grupo fator. O lagrangeano para os campos de gauge é simplesmente a soma de lagrangeanos para cada grupo fator. Para dar um exemplo concreto vamos considerar o grupo G = SU(2) U(1) que como veremos mais à frente vai ser precisamente o caso do modelo standard das interações eletrofracas. Neste caso o lagrangeano será, L = f Ψ f (id/ m)ψ f 1 4 Wa µνw aµν 1 4 B µνb µν onde a soma é sobre todos os fermiões da teoria. Jorge C. Romão FP
27 Os campos de gauge introduzidos são convencionalmente designados por W a µ para SU(2) e B µ para U(1), com os tensores do campo dados por Transformações Derivada Covariante SU(2) U(1) W a µν µ W a ν ν W a µ g f bca W b µw c ν B µν µ B ν ν B µ A derivada covariante tem agora uma contribuição de cada campo de gauge com uma constante de acoplamento diferente. Assim temos, D µ Ψ = ( µ +igw a µ σ a 2 +ig YB µ )Ψ onde Ω a = σa 2 para SU(2) e Y, designada por hipercarga, uma matriz proporcional à matriz identidade para o grupo U(1). Voltaremos a este assunto mais à frente Jorge C. Romão FP
28 para a teoria de gauge Propagadores Vértices Vamos dar aqui as regras de Feynman para uma teoria não abeliana Propagadores Comecemos pelos propagadores. Aqui não há nada de novo, para além do facto que agora temos m campos de gauge. A estrutura dos termos quadráticos é a mesma que a teoria de Dirac e de Maxwell e portanto obtemos (na gauge de Feynman) µ,a ν,b iδ ab g µν k 2 p i(p/+m f ) p 2 m 2 f Jorge C. Romão FP
29 Propagadores Vértices Vértices Os vértices vêm dos termos com três ou mais campos no lagrangeano. Obtemos L int = gf abc µ A a νa µb A νc 1 4 g2 f abc f ade A b µa c νa µd A νe gψ i γ µ ψ j Ω a ija a µ o que conduz a interações com três e quatro campos de gauge, que não existiam em QED, para além da generalização da interação entre fermiões e campos de gauge. Interações triplas de campos de gauge ρ,c µ,a p 3 p 1 p 2 ν,b gf abc [ g µν (p 1 p 2 ) ρ +g νρ (p 2 p 3 ) µ +g ρµ (p 3 p 1 ) ν ] Jorge C. Romão FP
30 Interações quárticas de campos de gauge σ,d p 4 ρ,c p 3 ig 2 [ f eab f ecd (g µρ g νσ g µσ g νρ ) Propagadores Vértices p 1 p 2 µ,a ν,b +f eac f edb (g µσ g ρν g µν g ρσ ) ] +f ead f ebc (g µν g ρσ g µρ g νσ ) Interações de fermiões com campos de gauge µ,a p 3 i p 1 p 2 j igγ µ Ω a ij Jorge C. Romão FP
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