Distribuição espacial da tuberculose em Teresina e sua relação com fatores socioeconômicos e operacionais. por. Felipe Tavares Duailibe

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Distribuição espacial da tuberculose em Teresina e sua relação com fatores socioeconômicos e operacionais. por. Felipe Tavares Duailibe"

Transcrição

1 Distribuição espacial da tuberculose em Teresina e sua relação com fatores socioeconômicos e operacionais por Felipe Tavares Duailibe Dissertação apresentada com vistas à obtenção do título de Mestre Modalidade Profissional em Epidemiologia em Saúde Pública. Orientador: Prof. Dr. José Ueleres Braga Teresina, setembro de 2015.

2 Esta dissertação, intitulada Distribuição espacial da tuberculose em Teresina e sua relação com fatores socioeconômicos e operacionais apresentada por Felipe Tavares Duailibe foi avaliada pela Banca Examinadora composta pelos seguintes membros: Prof. Dr. Viriato Campelo Prof.ª Dr.ª Enirtes Caetano Prates Melo Prof. Dr. José Ueleres Braga Orientador Dissertação defendida e aprovada em 11 de setembro de 2015.

3 Catalogação na fonte Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica Biblioteca de Saúde Pública D812d Duailibe, Felipe Tavares Distribuição espacial da tuberculose em Teresina e sua relação com fatores socioeconômicos e operacionais. / Felipe Tavares Duailibe f. : tab. ; graf. ; mapas Orientador: José Ueleres Braga Dissertação (Mestrado) Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Rio de Janeiro, Tuberculose - prevenção & controle. 2. Análise Espacial. 3. Incidência. 4. Condições Sociais. 5. Fatores Socioeconômicos. 6. Modelos Lineares. I. Título. CDD 22.ed

4 ...I am the master of my fate. I am the captain of my soul. William Ernest Henley

5 RESUMO DUAILIBE, Felipe Tavares. Distribuição espacial da tuberculose em Teresina e sua relação com fatores socioeconômicos e operacionais. 43f Dissertação (Mestrado), Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Rio de Janeiro-RJ, O presente estudo teve por objetivo analisar a distribuição espacial da tuberculose (TB) em Teresina-PI, no período de 2009 a 2013, tendo os bairros como unidade de análise e a sua relação com fatores socioeconômicos e indicadores operacionais da TB. Trata-se de um estudo ecológico de múltiplos grupos realizado em Teresina, utilizando dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A malha digital foi obtida junto à Empresa Teresinense de Processamento de dados (Prodater). Foi realizado o georreferenciamento dos casos de TB e foi calculada a taxa de incidência da TB por habitantes por bairro, calculado o Índice de Moran Global e foi realizada a suavização das taxas de incidência pelo método bayesiano empírico local. Foi calculado o Índice de Condição de Vida (ICV), agrupado em quartis. Os indicadores componentes do ICV, demais indicadores socioeconômicos e indicadores operacionais da TB foram relacionados com a incidência de TB por meio de regressão linear simples e múltipla. Foram gerados mapas para análise. Os resultados apontam que houve aumento da incidência de tuberculose em Teresina no ano de 2013 em relação ao início do período estudado, tanto para a tuberculose pulmonar que contou com aumento de 8,85%, quanto para todas as formas com 14,53% de aumento na incidência. Observou-se predominância de altas taxas de incidência na região central de Teresina. A análise do ICV juntamente com a incidência revela que nos estratos com melhor e regular condição de vida encontram-se as maiores taxas de incidência de TB pulmonar e todas as formas. Não foi verificada autocorrelação espacial para as taxas de incidências brutas de TB em nenhum dos anos estudados. Pelo modelo de regressão linear múltipla verificouse associação entre incidência de TB pulmonar e os indicadores do estudo demostrou associação estatisticamente significativas entre e os indicadores socioeconômicos referentes à renda e com o indicador operacional Proporção de pacientes com cura, explicando 12% da incidência de TB pulmonar. O modelo de regressão linear múltipla que verificou associação entre incidência de TB todas as formas e os indicadores do estudo identificou associação estatisticamente significante entre a variável socioeconômica Rendimento nominal médio mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade e os indicadores operacionais proporção de pacientes com cura e proporção de pacientes com abandono de tratamento, explicando 22% da incidência de TB pulmonar. Os resultados do presente estudo apontaram para um comportamento da tuberculose influenciado pelos indicadores socioeconômicos. Espera-se que o presente estudo contribua para o melhor conhecimento da dinâmica da TB na área urbana de Teresina, levantando hipóteses que possam fomentar novas investigações a fim de subsidiar políticas de saúde sensíveis e dirigidas à reorganização do serviço de vigilância da TB no município. Palavras-chave: Tuberculose; Análise espacial; Fatores socioeconômicos.

6 ABSTRACT DUAILIBE, Felipe Tavares. Spatial distribution of tuberculosis in Teresina and its relation to socioeconomic and operational factors. 43f. Dissertation (Master s degree), Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Rio de Janeiro-RJ, This study aimed to analyze the spatial distribution of tuberculosis (TB) in Teresina- PI, from 2009 to 2013, and the quarters as the unit of analysis and its relationship with socioeconomic factors and TB operating indicators. It is an epidemiological study of multiple groups held in Teresina, using the Information System data Injuries and Notification (SINAN) and the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). The digital network was obtained from the Teresina Company Data Processing (Prodater). It was held the georeferencing of TB cases was calculated and the incidence rate of TB per 100,000 people per district, calculated the global Moran index and was held smoothing the incidence rates by the local empirical Bayesian method. We calculated the Living Conditions Index (ICV), grouped into quartiles. The components of the ICV indicators, other socioeconomic indicators and TB operating indicators were related to the incidence of TB by simple and multiple linear regression. Maps were generated for analysis. The results show that there was an increase in the incidence of tuberculosis in Teresina in 2013 compared to the beginning of the study period for both the pulmonary tuberculosis that had increase of 8.85%, as for all forms with 14.53% of increased incidence. There was predominance of high incidence rates in central Teresina. Analysis of the ICV with the incidence reveals that the strata with better living conditions and regular are the highest incidence rates of pulmonary TB and all forms. There was no spatial autocorrelation for gross incidence of TB rates by any of the years studied. The multiple linear regression model that no association between incidence of pulmonary TB and statistically significant association demonstrated study of indicators between and socioeconomic indicators on income and the operating indicator "Proportion of patients with healing", explaining 12% of the incidence of pulmonary TB. The multiple linear regression model that no association between incidence of TB all forms and study the indicators identified statistically significant association between socioeconomic variable "average monthly nominal income of persons 10 years or older" and operating indicators "proportion of patients with healing "and" proportion of patients with treatment dropout, explaining 22% of the incidence of pulmonary TB. The results of this study indicated a behavior different from the expected TB, based on epidemiological studies. It is hoped that this study will contribute to a better understanding of the TB dynamics in the urban area of Teresina, raising hypotheses that can stimulate further research in order to subsidize sensitive health policies and directed the reorganization of TB surveillance service in the city. Keywords: Tuberculosis; Spatial Analysis; Socioeconomic Factors.

7 LISTA DE TABELAS E FIGURAS Tabela 1. Situação dos casos de tuberculose de residentes em Teresina, segundo georreferenciamento no período de 2009 a Figura 1. Bairros de Teresina sem dados populacionais no Censo do IBGE do ano de Tabela 2. Características sócio-demográficas dos casos de TB de residentes em Teresina no período de 2009 a Tabela 3. Características clínicas dos casos de TB de residentes em Teresina no período de 2009 a Figura 2. Incidência anual de tuberculose urbana de residentes em Teresina-PI por habitantes, 2009 a Figura 3. Mapas da distribuição espacial da incidência de tuberculose todas as formas (A) e tuberculose pulmonar (B) por habitantes. Teresina-PI, Figura 4. Mapas da distribuição espacial da incidência de tuberculose todas as formas (A) e tuberculose pulmonar (B) por habitantes suavizada pelo método Bayesiano Empírico Local. Teresina-PI, Figura 5. Mapa da distribuição espacial do Índice de Condição de Vida. Teresina-PI, Tabela 4. Índice de Moran para a incidência de tuberculose em Teresina-PI, 2009 a Tabela 5. Correlação entre Indicadores socioeconômicos, operacionais e a taxa de incidência de tuberculose pulmonar. Teresina-PI, Tabela 6. Indicadores socioeconômicos e operacionais relacionados à incidência de tuberculose todas as formas. Teresina-PI, Figura 6. Mapas da distribuição espacial dos indicadores operacionais da tuberculose: proporção de cura (A), DOTS (B) e abandono de tratamento (C). Teresina-PI, Figura 7. Distribuição das taxas de incidência de tuberculose pulmonar pelos estratos do ICV. Teresina-PI, Figura 8. Distribuição das taxas de incidência de tuberculose todas as formas pelos estratos do ICV. Teresina-PI, Tabela 7. Indicadores socioeconômicos e operacionais relacionados à incidência de tuberculose pulmonar segundo modelo de regressão linear múltipla. Teresina-PI, Tabela 8. Indicadores socioeconômicos e operacionais relacionados à incidência de tuberculose todas as formas segundo modelo de regressão linear múltipla. Teresina-PI,

8 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS BRICS Brasil, Russia, Índia, China e África do Sul DOTS Directly Observed Therapy Short-Course HIV Vírus da Imunodeficiência Humana IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICV Índice de Condição de Vida OMS Organização Mundial de Saúde PCT Programa de Controle da Tuberculose PNCT Programa Nacional de Controle da Tuberculose PNT Plano Nacional de Tuberculose Prodater Empresa Teresinense de Processamento de Dados SIG Sistema de Informação Geográfica SINAN Sistema de Informação de Agravos e Notificação TB Tuberculose

9 SUMÁRIO página 1 INTRODUÇÃO Justificativa OBJETIVOS Objetivo geral: Objetivos específicos REVISÃO DE LITERATURA A tuberculose e sua determinação social no Brasil A tuberculose e a análise espacial METODOLOGIA Tipo de estudo Local e população do estudo Fontes dos dados Processamento e análise dos dados Procedimentos éticos RESULTADOS DISCUSSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 39

10 1 INTRODUÇÃO A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa e contagiosa, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também denominado de bacilo de Koch, que persiste como problema de saúde pública mundial, se configurando como uma das doenças transmissíveis mais fatais (WHO, 2014). Em 2013, Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que 9 milhões de pessoas desenvolveram tuberculose e 1,5 milhão de pessoas morreram dessa doença no mundo. Um número alto de mortes por uma doença curável e evitável (WHO, 2014). De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, o Brasil figura na 16ª posição entre os 22 países que concentram 80% de todos os casos de TB do mundo e, juntamente com a Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS), formam o grupo com quase 50% de todos os casos de TB do mundo (WHO, 2014). No Brasil, estima-se que mais de 50 milhões de pessoas estejam infectadas pelo M. tuberculosis. No período de 2005 a 2014, foram diagnosticados, em média, 73 mil casos novos de tuberculose por ano, e em 2013, ocorreram óbitos (BRASIL, 2010; BRASIL, 2015). A persistência e o agravamento da tuberculose no Brasil fizeram com que fosse necessária a reorientação das ações do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), pelo Ministério da Saúde que em 1996 estabeleceu o objetivo de descobrir, até 2001, 92% dos casos, curar 85% dos casos diagnosticados e reduzir a incidência e a mortalidade (SOUSA et al., 2005). Nessa perspectiva, a Organização Mundial de Saúde lançou o Plano Global para o Combate da Tuberculose (The Global Plan to Stop Tuberculosis ), que visa livrar o mundo da tuberculose, reduzindo o número de casos e mortes da doença pela metade até 2015, em relação à situação encontrada em 1990 (WHO, 2010). Antes do prazo final, de acordo com o Relatório Global da Tuberculose da Organização Mundial de Saúde de 2014, o Brasil atingiu todas as metas internacionais relacionadas à redução da incidência, prevalência e mortalidade (WHO, 2014). Em relação à distribuição da TB nos estados, 9 destes apresentaram taxa de incidência superior à média nacional (RJ, PA, PE, RS, AM, CE, SP e AC), 8

11 ressaltando-se os estados do Amazonas e Rio de Janeiro com taxas de incidência de 68,4/ habitantes e 60,9/ habitantes, respectivamente. O estado do Piauí, no ano de 2011, tinha taxa de incidência de TB de 25,2, número abaixo da média nacional (BRASIL, 2015). No estado do Piauí, o município de Teresina, juntamente com Altos, Parnaíba, Picos e Piripiri, formam o grupo de municípios prioritários para o controle da TB. Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN) no ano de 2013, em Teresina, a taxa de incidência estimada de TB foi de 33,6/ habitantes. Foram notificados, no mesmo ano, 281 casos de TB em residentes do município. Desses, 217 (77,2%) foram diagnosticados como TB pulmonar e os casos bacilíferos constituíam 54,4% do total (TERESINA, 2015). Muitos fatores contribuem para a permanência da TB como um dos principais agravos à saúde. Dentre eles, figuram com intensidade a desigualdade social, os fluxos migratórios, a fragilidade do sistema de saúde, a alta prevalência de casos multidrogas resistentes e associados à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) (BARREIRA; GRANGEIRO, 2007). Para Hino (2011) a ocorrência da tuberculose vem sendo negligenciada pelas políticas públicas na ilusão de ter sido controlada, representando um grande equívoco, pois a TB, mesmo com a redução da mortalidade e da incidência, nunca deixou de ser preocupante. Essa autora diz que a elucidação da cadeia explicativa das doenças em determinado território requer o estudo da informação localizada sob a ótica espacial e temporal de distribuição das doenças. Afirma ainda que no Brasil pouco se sabe sobre a distribuição espacial das doenças endêmicas em áreas urbanas, como a TB (HINO, 2004). Nessa perspectiva tornou-se clara a necessidade da realização de estudos que tenham como objetivo a análise espacial de eventos em saúde, em especial de doenças transmissíveis, sobre as quais é possível agir na quebra do elo de transmissão. Além disso, são raros os estudos com essa perspectiva no estado. 1.1 Justificativa A tuberculose tende a acumular-se em áreas de concentração de pobreza, sendo possível sua diminuição drástica ou erradicação com um conjunto de medidas que incluem melhorias socioeconômicas no país, mas para isso, primeiramente é 9

12 imprescindível o conhecimento real das áreas de adoecimento, constatação possível com realização de estudos ecológicos que proporcionam a análise da TB em seu contexto social. Portanto, o entendimento da dinâmica da tuberculose na cidade de Teresina é necessário para fornecer subsídios para a gestão pública, no sentindo de desenvolver políticas que minimizem a disseminação da doença, por meio de melhorias no sistema de vigilância epidemiológica do município. 10

13 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral: Analisar a distribuição espacial da tuberculose em Teresina-PI, no período de 2009 a 2013, tendo os bairros como unidade de análise e a sua relação com fatores socioeconômicos e indicadores operacionais da TB. 2.2 Objetivos específicos Analisar as variações anuais da incidência de tuberculose no município de Teresina, no período de estudo; Analisar as mudanças anuais no padrão espacial da tuberculose no município de Teresina, no período de estudo; Identificar a relação entre a incidência da TB e o Índice de Condições de Vida (ICV), seus componentes, indicadores operacionais do programa de TB e fatores socioeconômicos; 11

14 3 REVISÃO DE LITERATURA 3.1 A tuberculose e sua determinação social no Brasil A Tuberculose é uma das doenças mais antigas da humanidade, causando mais óbitos que qualquer outra doença infecciosa, sendo a maior causa de morte entre os doentes de Aids, mesmo quando utilizado o tratamento anti-retroviral (WHO, 2007). A TB no Brasil não é um problema de saúde pública emergente nem reemergente, e sim, um problema presente e ficante há longo tempo. Nas últimas décadas, o controle da tuberculose foi grandemente negligenciado pelas políticas públicas, sociedade e comunidade científica, sob a falsa ótica de que a doença não fosse um problema importante, estando controlada ou resolvida (RUFFINO-NETTO, 2002). Tendo em vista o aumento excessivo do número de casos da doença, em 1996 foi lançado o Plano Emergencial para o Controle da Tuberculose. Esse plano tinha como objetivo principal aumentar a cobertura do Programa de Controle da Tuberculose (PCT) priorizando alguns municípios com ênfase no diagnóstico e tratamento da doença. Em 1998, foi lançado o Plano Nacional de Tuberculose (PNT), expandido para todo o país (SANTOS et al., 2004). Em 2004 foi elaborado o novo PNT que evidenciava dificuldades no processo de descentralização do PCT para os municípios brasileiros, apontando 290 municípios prioritários para intensificação de ações para o controle da doença, focando no fortalecimento do tratamento supervisionado como ação principal para alcançar as metas propostas (BRASIL, 2004). No Brasil, a TB sempre foi um problema importante, principalmente no final do século XIX e início do XX, pois era causa de óbito da metade dos indivíduos acometidos, figurando como um agravo que se juntou ao conjunto de fatores responsáveis pelo retardo do desenvolvimento social e econômico do país, acometendo pessoas à margem da sociedade, negligenciadas ainda hoje pelas políticas públicas sociais (HIJAR et al., 2007). Sabe-se que a TB é uma doença cujo controle depende de intervenções sociais, econômicas e ambientais, portanto com melhorias socioeconômicas no país, 12

15 poderia ser reduzida em 4% ao ano, podendo alcançar a marca de 8% ao ano, caso medidas de controle eficientes fossem adotadas (BRASIL, 2010). No entanto, a implantação do segundo grupo de medidas depende diretamente do primeiro, pois é impossível executar um PNT sem as melhorias sociais, por várias razões: as condições de pobreza reduzem a imunidade; a alimentação inadequada aumenta o risco de efeitos adversos dos quimioterápicos, além de estarem associados fatores como alcoolismo, as grandes concentrações em aglomerações urbanas (BRASIL, 2002). Portanto, a permanência da TB e de outras doenças marcadas pelo contexto social de uma sociedade, é reflexo do nível de desenvolvimento social de um país com condições sanitárias precárias, deficiências de gestão e fraquezas de organização do sistema de saúde (HINO, 2007). As estratégias de intervenção sobre a TB adotadas no país nos últimos anos, são caracterizadas por ações voltadas à identificação e tratamento de doentes, não considerando o contexto social de desigualdades que estão inseridos, tendo demonstrado que as metas propostas para o controle da TB ainda não foram alcançadas, o que reforça a necessidade de incorporação de novas estratégias para o controle da doença (HINO, 2007). 3.2 A tuberculose e a análise espacial O estudo de padrões de distribuição geográfica de doenças e suas relações com fatores socioambientais constitui-se objeto do que hoje chamamos de Epidemiologia Geográfica (CARBALLO, 2005). O espaço é uma área em transformação dinâmica, influenciando na ocorrência e manutenção de doenças, assim como nas diferenciações sociais existentes. Essa perspectiva que integra saúde e geografia é útil por ajudar a evidenciar elos na cadeia de transmissão de doenças, discutindo-se o contexto social como uma unidade complexa onde fatores socioeconômicos e estruturais urbanos, em conjunto, geram uma realidade única em cada local, favorecendo ou desfavorecendo a disseminação da tuberculose (RABELLO, 2011). Nesse contexto o surge o geoprocessamento como um conjunto de técnicas de coleta, tratamento, manipulação e apresentação de dados espaciais 13

16 computacionais necessárias para manipular informações espacialmente referidas, sendo considerada uma área do conhecimento que envolve diversas disciplinas, como a Cartografia, Computação, Geografia e Estatística (BRASIL, 2006). Como parte importante do geoprocessamento, os Sistemas de Informação Geográfica (SIG), que são sistemas de computador usados para capturar, armazenar, gerenciar, analisar e apresentar informações geográficas, capazes de reunir uma grande quantidade de dados convencionais de expressão espacial, estruturando-os e integrando os adequadamente, tornam-se ferramentas essenciais para a manipulação das informações geográficas (BRASIL, 2006; HINO, 2007). A utilização de um SIG possibilita a identificação de áreas onde se localizam eventos relevantes para o processo de transmissão da tuberculose ou áreas de maior incidência da doença, constituindo instrumento útil para a estruturação de um sistema de vigilância com base territorial, identificando grupos populacionais prioritários. Além disso, esse sistema permite refinar o foco de atenção para micro áreas prioritárias e carentes de intervenções intensivas, como forma de enfrentar o problema da tuberculose com emprego racional de recursos (SOUSA et al., 2005). O SIG é uma ferramenta de alta tecnologia, com bom custo-benefício, que pode ser utilizada no planejamento do cuidado à saúde, propiciando a análise de uma grande quantidade de dados para descrever uma situação de saúde, produzir hipóteses e desenvolver estratégias de saúde pública para o controle de doenças infecciosas como a TB (PORTER, 1999), visto que esta é reconhecida como uma doença cujo controle depende de intervenções sociais, econômicas e ambientais (BRASIL, 2010). A análise espacial em saúde tem como principais aplicações o mapeamento de doenças (construção de mapas de indicadores epidemiológicos), a detecção de aglomerados (identificação de áreas de maior incidência) e processos de difusão (avaliação da evolução da distribuição espacial de doenças no tempo) (BRASIL, 2006). No caso da tuberculose, a realização de uma abordagem geoepidemiológica, com a utilização de técnicas de geoprocessamento e de geoestatística, tem como principais objetivos identificar áreas de risco, a distribuição de grupos populacionais e de fluxos migratórios, além de produzir informações estratégicas para os gestores 14

17 dos serviços de saúde, tendo em vista sua estreita relação com o espaço (RABELLO, 2011). Diversos estudos vêm se apoderando da análise espacial na tentativa de elucidarem contexto da tuberculose em centros urbanos. Esses estudos apontam a distribuição heterogênea de casos, sendo estes encontrados em locais com níveis socioeconômicos baixos (VENDRAMINI et al., 2010; DARONCO et al., 2012; VIEIRA et al., 2008). 15

18 4 METODOLOGIA 4.1 Tipo de estudo Trata-se de um estudo ecológico de múltiplos grupos. 4.2 Local e população do estudo O estudo foi realizado no município de Teresina, capital do estado do Piauí, que possui área territorial de 1.391,981 Km 2, população estimada em 2013 de habitantes, resultando em uma densidade demográfica de 584,94 habitantes/km 2 (IBGE, 2013). Possui 114 bairros e a divisão administrativa na saúde é composta pela Secretaria Municipal de Saúde que se subdivide em Fundação Hospitalar de Teresina e Fundação Municipal de Saúde. A população do estudo correspondeu aos casos notificados de TB de residentes a área urbana de Teresina, no período de 2009 a Foram excluídos todos os casos que não constavam o endereço no banco de dados, bem como endereço incompleto de forma que não fosse possível a identificação do bairro, inviabilizando o georreferenciamento. 4.3 Fontes dos dados Foram utilizados dados espaciais da área urbana de Teresina (bairros), bem como dados epidemiológicos dos casos de tuberculose e dados socioeconômicos e demográficos. A base cartográfica dos bairros de Teresina foi obtida na Empresa Teresinense de Processamento de Dados (Prodater). Os dados demográficos e socioeconômicos foram adquiridos na Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao Censo 2010 e os dados epidemiológicos extraídos do Sistema Nacional de Agravos de Notificação. 16

19 4.4 Processamento e análise dos dados Para o processamento e análise dos dados foram utilizados os softwares: Microsoft Excel, pacote estatístico R, Google Earth e Terraview. O Microsoft Excel foi utilizado no arquivamento dos dados obtidos do SINAN e IBGE, além de ser utilizado no cálculo da incidência dos casos de TB e manipulação dos dados socioeconômicos e demográficos obtidos do IBGE. O Google Earth foi utilizado nos casos em que não constavam a informação dos bairros no banco de dados do SINAN, com o objetivo de identificá-los a partir do endereço disponível. Após o georreferenciamento dos casos de TB foram realizados os cálculos das taxas de incidência por habitantes nos bairros de Teresina para serem vinculadas ao mapa dividido por bairros. Foram gerados mapas para o período de 2009 a 2013 no Terraview versão 4.2.2, das taxas de incidência de TB, indicadores operacionais e ICV. Foi realizado o cálculo de autocorrelação das taxas de incidência de TB, utilizando o índice de Moran. Para minimizar os efeitos da flutuação aleatória das taxas de incidência decorrentes das baixas populações de alguns bairros, foi realizada a suavização das taxas pelo método Bayesiano Empírico Local, utilizando matriz de vizinhança por contiguidade. A análise estatística foi realizada tendo como variável resposta as incidências da tuberculose pulmonar e todas as formas, no período de 2009 a 2013, analisadas por regressão linear simples e múltipla no software R versão para avaliar a relação entra a incidência da tuberculose e os indicadores selecionados. Os indicadores socioeconômicos analisados foram Índice de Condição de Vida (ICV) que foi calculado tomando como base os dados do censo demográfico de 2010 agrupando as seguintes categorias: a) proporção de chefes de família em domicílios particulares permanentes com rendimento médio mensal igual ou inferior a dois salários mínimos; b) proporção de pessoas de 10 a 14 anos alfabetizadas; c) percentagem de casas em aglomerado subnormal em relação ao total de domicílios; d) razão entre o número médio de moradores por domicílio no bairro e o número médio de cômodos servindo de dormitório no respectivo bairro; e) 17

20 percentagem de domicílios com canalização interna ligada à rede global de abastecimento de água (PAIM, 2003). O cálculo do indicador Número médio de moradores por dormitório foi feito multiplicando-se o fator (o inverso do número médio de cômodos por domicilio em Teresina) pelo número médio de moradores por domicílio, dando origem à estimativa número médio de moradores por cômodos. A partir daí foi possível a obtenção do Número médio de moradores por dormitório. Essas características foram calculadas para cada bairro de Teresina. Os indicadores proporção de chefes de família em domicílios particulares permanentes com rendimento médio mensal igual ou inferior a dois salários mínimos, percentagem de casas em aglomerado subnormal em relação ao total de domicílios e número médio de moradores por dormitório foram dispostos em ordem crescente, e proporção de pessoas de 10 a 14 anos alfabetizadas e percentagem de domicílios com canalização interna ligada à rede global de abastecimento de água em ordem decrescente, considerando-se o valor médio de cada um deles em cada bairro. Em seguida, cada um recebeu uma pontuação de valores consecutivos iniciados por 1, de acordo com a posição dos valores assumida com esta ordenação. Alguns bairros receberam a mesma pontuação para determinado indicador, em virtude dessas áreas apresentarem o mesmo valor para um ou mais indicadores. Depois se efetuou a soma da pontuação entre os cinco indicadores de cada bairro, obtendo-se como resultado o menor ICV de 136 e o maior de 369. Os valores do ICV foram agrupados em quartis com a geração de mapa temático, sendo então possível identificar os bairros que os compunham que representam estratos da população classificados nas seguintes categorias de condições de vida: melhor (ICV de 136 a 208), regular (ICV de 209 a 352), má (ICV de 253 a 303) e pior (ICV de 304 a 369). Com a classificação dos bairros de acordo com as condições de vida, foi possível estudar a relação dos indicadores socioeconômicos com a incidência. Dessa forma, calcularam-se as taxas de incidência de TB nos respectivos estratos que compunham os intervalos inter-quartis do ICV, para avaliar a relação entre a ocorrência da TB e as condições de vida da população. 18

21 Os indicadores que compõem o ICV também foram analisados separadamente, além de mais três indicadores taxa de alfabetização das pessoas de 10 anos ou mais de idade, rendimento nominal médio mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade e número médio de moradores por domicílio. O bairro Livramento possui população de apenas 14 habitantes. Devido a isso o IBGE não divulga informações socioeconômicas do referido bairro para manter a confidencialidade dos dados colhidos no censo. Por esse motivo o bairro Livramento foi retirado da análise dos indicadores socioeconômicos. 4.5 Procedimentos éticos A pesquisa seguiu os princípios éticos da Resolução 466 de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde, regulamentadora das pesquisas que envolvem seres humanos (BRASIL, 2012). Foi submetida ao comitê de ética da Escola Nacional de Saúde Pública e aprovada (CAAE: ). 19

22 5 RESULTADOS Foram notificados no SINAN, no período de 2009 a 2013, 1350 casos de tuberculose de residentes na zona urbana de Teresina. Contudo, foram identificados no banco de dados 09 casos que pertenciam à zona rural, apesar de terem sido classificados como de zona urbana, sendo os mesmos retirados do banco de dados. Procedeu-se com a verificação de cada caso e observou-se que havia casos sem informação de endereço ou com endereço incompleto. Utilizando o software Google Earth foi tentado identificar os bairros desses casos com as informações disponíveis no banco de dados. Não foi possível a identificação dos bairros de 09 casos, os quais também foram retirados do banco de dados (Tabela 1). Tabela 1. Situação dos casos de tuberculose de residentes em Teresina, segundo georreferenciamento no período de 2009 a 2013 Ano Número de casos sem endereço ou com endereço incompleto Número de casos de bairros retirados Número de casos identificados como Zona Rural Número de casos georreferen ciados Número de casos não georreferen ciados Proporção de casos georreferen ciados , , , , ,5 Total ,8 Fonte: SINAN-Fundação Municipal de Saúde de Teresina PI Também foram retirados os casos de TB dos bairros Santa Maria da Codipe (extremo norte) e Polo Residencial e Empresarial Sul (extremo sul), devido não haver dados populacionais para essas duas áreas no Censo do IBGE do ano 2010, o que impossibilitaria o cálculo de incidência (Figura 1). Observou-se predominância da ocorrência de tuberculose no sexo masculino (59,8%) e as faixas etárias com maior representatividade foram de 20 a 39 anos e 40 a 59 anos que juntas integram 70,5% dos casos (Tabela 2). A maioria dos casos possuíam baixa escolaridade, sendo analfabetos ou com ensino fundamental incompleto (Tabela 2). Em relação aos aspectos clínicos, 78% apresentaram apenas a forma pulmonar, 80% apresentaram exame de raio X suspeito, 53,6% baciloscopia de escarro positiva (Tabela 3). 20

23 Figura 1. Bairros de Teresina sem dados populacionais no Censo do IBGE do ano de 2010 Tabela 2. Características sócio-demográficas dos casos de TB de residentes em Teresina no período de 2009 a 2013 Características n % Sexo Masculino ,8 Feminino ,2 Faixa etária 0 a 4 anos 9 0,7 5 a 9 anos 7 0,5 10 a 19 anos 84 6,4 20 a 39 anos ,6 40 a 59 anos ,9 60 anos e mais ,9 Escolaridade Analfabeto ,0 Fundamental incompleto ,7 Fundamental completo 86 6,6 Médio incompleto ,0 Médio completo ,4 Superior incompleto 47 3,6 Superior completo 89 6,8 Ignorado 43 3,3 Não se aplica 10 0,8 Em branco 37 2,8 Total ,0 Fonte: SINAN-Fundação Municipal de Saúde de Teresina PI 21

24 Tabela 3. Características clínicas dos casos de TB de residentes em Teresina no período de 2009 a 2013 Características n % Forma clínica Pulmonar ,0 Extrapulmonar ,5 Pulmonar + extrapulmonar 33 2,5 Raio X Suspeito ,0 Normal 100 7,6 Outra patologia 19 1,4 Não realizado ,7 Em branco 4 0,3 Baciloscopia de escarro Positiva ,6 Negativa ,0 Não realizada ,4 Teste tuberculínico Não reator ,8 Reator fraco 37 2,8 Reator forte ,0 Não realizado ,0 Em branco 18 1,4 Cultura de escarro Positiva 31 2,4 Negativa 61 4,7 Em andamento 21 1,6 Não realizada ,3 Total ,0 Fonte: SINAN-Fundação Municipal de Saúde de Teresina PI Observa-se um aumento na incidência de tuberculose em Teresina no ano de 2013 em relação ao início do período estudado, tanto para a tuberculose pulmonar que contou com aumento de 8,85%, quanto para todas as formas com 14,53% de aumento na incidência (Figura 2). Nos mapas de incidência do período de 2009 a 2013 percebe-se predominância de taxas altas na região que compreende o centro da cidade e os bairros adjacentes, tanto na direção centro-norte, quanto na direção centro-sul. Destaca-se o bairro Porenquanto com incidência de TB pulmonar de 105,03/ Hab e TB todas as formas de 113,79/ hab. 22

25 Fonte: SINAN-Fundação Municipal de Saúde de Teresina PI Figura 2. Incidência anual de tuberculose urbana de residentes em Teresina-PI por habitantes, 2009 a 2013 O bairro Todos os Santos, na zona leste, também destaca-se nos com incidência de TB pulmonar de 130,47/ hab e de TB todas as formas de 156,57/ hab (Figura 3). Figura 3. Mapas da distribuição espacial da incidência de tuberculose todas as formas (A) e tuberculose pulmonar (B) por habitantes. Teresina-PI,

26 Para minimizar os efeitos da flutuação aleatória nas taxas de incidência de TB, foi realizada suavização das taxas por meio do estimador Bayesiano Empírico Local, utilizando matriz de vizinhança por contiguidade. Os mapas mostram que não houve mudança significativa na distribuição espacial da TB em comparação à distribuição das taxas brutas (Figura 4). Figura 4. Mapas da distribuição espacial da incidência de tuberculose todas as formas (A) e tuberculose pulmonar (B) por habitantes suavizada pelo método Bayesiano Empírico Local. Teresina-PI, Figura 5. Mapa da distribuição espacial do Índice de Condição de Vida. Teresina-PI,

27 A análise dos mapas de incidência juntamente com o mapa de ICV revela que a região central da capital, que compreende bairros com alta incidência de TB, possui melhor e regular condição de vida (Figura 5). Ao calcular o Índice de Moran Global para as Taxas de incidência brutas de tuberculose nos respectivos anos de estudo, pretendeu-se identificar a estrutura de autocorrelação espacial que melhor descreve os dados, ou seja, verificar a autocorrelação entre as taxas de incidência em bairros vizinhos. A ideia básica é a caracterização de uma possível dependência espacial, mostrando como a incidência da tuberculose está autocorrelacionada no espaço. Não foi possível detectar autocorrelação espacial verificada pelos valores de p acima da significância de 0,05 (Tabela 4). Tabela 4. Índice de Moran para a incidência de tuberculose em Teresina-PI, 2009 a 2013 Ano TB todas as formas TB pulmonar I de Moran p-valor I de Moran p-valor ,013 0,27-0, ,045 0,35 0, ,002 0,51 0,054 0, ,093 0,06-0,095 0, ,043 0,28-0,028 0, a ,019 0,41 0,000 0,56 A correlação estatística entre o indicador composto Índice de Condição de Vida e a incidência de tuberculose apresentou associações negativas tanto para tuberculose pulmonar, quanto para TB todas as formas, com coeficiente de Pearson -0,06 e -0,89 respectivamente, estatisticamente não significante (Tabela 5 e tabela 6). Os cálculos de correlação de Pearson não detectaram associação estatisticamente significante entre a incidência de TB e os indicadores socioeconômicos estudados. Já os indicadores operacionais da TB apresentaram relação direta e estatisticamente significante com a incidência de TB, com ênfase para DOTS (Directly Observed Therapy Short-Course) e cura (Tabela 5 e tabela 6). 25

28 Tabela 5. Correlação entre Indicadores socioeconômicos, operacionais e a taxa de incidência de tuberculose pulmonar. Teresina-PI, Socioeconômicos Indicadores Coeficiente de correlação Pearson valor de p Índice de Condição de Vida (ICV) -0,06 0,475 Taxa de alfabetização das pessoas de 10 anos ou mais de idade Rendimento nominal médio mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade 0,00 0,944-0,09 0,347 Número médio de moradores por domicílio 0,13 0,176 Proporção de casas em aglomerado subnormal -0,09 0,320 Proporção de pessoas de 10 a 14 anos alfabetizadas -0,10 0,277 Número médio de moradores por dormitório 0,13 0,174 Proporção de chefes de família com renda média mensal menor ou igual a dois salários mínimos Proporção de domicílios com canalização interna ligada à rede global de abastecimento de água Operacionais -0,01 0,864 0,07 0,464 Proporção de pacientes com DOTS 0,40 0,000 Proporção de pacientes com cura 0,38 0,000 Proporção de pacientes com abandono de tratamento 0,22 0,016 Observa-se que nos bairros da zona norte de Teresina há as maiores proporções de DOTS e cura da TB pulmonar, enquanto há uma baixa proporção de abandono de tratamento. Na zona leste verifica-se baixa proporção de DOTS na maioria dos bairros, bem como de cura, havendo alguns bairros com alta proporção de abandono de tratamento (Figura 6). A figura 7 e figura 8 mostram que os valores das medianas das taxas de incidência foram mais elevados nos estratos de melhor e regular condição de vida. Houve pequena variação nas medianas das taxas de incidência de TB nos estrados do ICV. O modelo de regressão linear múltipla que verificou associação entre incidência de TB pulmonar e os indicadores do estudo demostrou associação estatisticamente significativas entre e os indicadores socioeconômicos Rendimento 26

29 nominal médio mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade, Proporção de chefes de família com renda média mensal menor ou igual a dois salários mínimos e com o indicador operacional Proporção de pacientes com cura. Esse modelo consegue explicar 12% da incidência de TB pulmonar (tabela 7). Tabela 6. Indicadores socioeconômicos e operacionais relacionados à incidência de tuberculose todas as formas. Teresina-PI, Socioeconômicos Indicadores Coeficiente de correlação Pearson valor de p Índice de Condição de Vida (ICV) -0,89 0,350 Taxa de alfabetização das pessoas de 10 anos ou mais de idade Rendimento nominal médio mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade 0,04 0,606-0,04 0,607 Número médio de moradores por domicílio 0,14 0,141 Proporção de casas em aglomerado subnormal -0,15 0,108 Proporção de pessoas de 10 a 14 anos alfabetizadas -0,16 0,093 Número médio de moradores por dormitório 0,14 0,142 Proporção de chefes de família com renda média mensal menor ou igual a dois salários mínimos -0,07 0,439 Proporção de domicílios com canalização interna ligada à rede global de abastecimento de água Operacionais 0,07 0,460 Proporção de pacientes com DOTS 0,31 0,001 Proporção de pacientes com cura 0,30 0,001 Proporção de pacientes com abandono de tratamento 0, Figura 6. Mapas da distribuição espacial dos indicadores operacionais da tuberculose: proporção de cura (A), DOTS (B) e abandono de tratamento (C). Teresina-PI,

30 Figura 7. Distribuição das taxas de incidência de tuberculose pulmonar pelos estratos do ICV. Teresina-PI, Figura 8. Distribuição das taxas de incidência de tuberculose todas as formas pelos estratos do ICV. Teresina-PI,

31 Tabela 7. Indicadores socioeconômicos e operacionais relacionados à incidência de tuberculose pulmonar segundo modelo de regressão linear múltipla. Teresina-PI, Indicadores Coeficiente de regressão não ajustado IC95% Coeficiente de regressão ajustado IC95% Valor de p Índice de Condição de Vida (ICV) 0,012-0,020-0,046 Taxa de alfabetização das pessoas de 10 anos ou mais de idade Rendimento nominal médio mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade Número médio de moradores por domicílio Proporção de casas em aglomerado subnormal Proporção de pessoas de 10 a 14 anos alfabetizadas Número médio de moradores por dormitório Proporção de chefes de família com renda média mensal menor ou igual a dois salários mínimos Proporção de domicílios com canalização interna ligada à rede global de abastecimento de água 0,161-0,306-0,628-0,001-0,003-0,000-0,003-0,005 0,001 0,020 4,755-3,401 12,911 0,023-0,129 0,176-0,334-1,215-0,546 7,009-4,968 18,987 0,023-0,242 0,289-1,134-2,206-0,062 0,038 0,177-0,014 0,370 Proporção de pacientes com DOTS 0,077 0,011 0,142 Proporção de pacientes com cura 0,090 0,023 0,156 0,089 0,024 0,155 0,008 Proporção de pacientes com abandono de tratamento 0,100-0,121 0,322 Já o modelo de regressão linear múltipla que verificou associação entre incidência de TB todas as formas e os indicadores do estudo identificou associação estatisticamente significante entre a variável socioeconômica Rendimento nominal médio mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade e os indicadores operacionais proporção de pacientes com cura e proporção de pacientes com abandono de tratamento. Esse modelo consegue explicar 22% da incidência de TB pulmonar. 30

32 Tabela 8. Indicadores socioeconômicos e operacionais relacionados à incidência de tuberculose todas as formas segundo modelo de regressão linear múltipla. Teresina-PI, Indicadores Coeficiente de regressão não ajustado IC95% Coeficiente de regressão ajustado IC95% Valor de p Índice de Condição de Vida (ICV) -0,027-0,014 0,448 Taxa de alfabetização das pessoas de 10 anos ou mais de idade Rendimento nominal médio mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade 0,037-1,035 1,111 Número médio de moradores por domicílio 12,805-5,840 31,452 Proporção de casas em aglomerado subnormal -0,175-0,524 0,174 Proporção de pessoas de 10 a 14 anos alfabetizadas -0,002-0,007 0,002 1,735-2,810-0,660 0,010-1,108-3,121 0,905 Número médio de moradores por dormitório 18,868-8,515 46,252 Proporção de chefes de família com renda média mensal menor ou igual a dois salários mínimos -0,052-0,662 0,556 Proporção de domicílios com canalização interna ligada à rede global de abastecimento de água 0,165-0,281 0,612 Proporção de pacientes com DOTS 0,327 0,185 0,468 Proporção de pacientes com cura 0,317 0,171 0,463 0,352 0,217 0,487 0,000 Proporção de pacientes com abandono de tratamento 0,610 0,113 1,106 0,945 0,498 1,393 0,000 31

33 6 DISCUSSÃO De acordo com a caracterização por sexo e escolaridade da amostra estudada, observou-se que há predominância da ocorrência de tuberculose no sexo masculino (59,8%) e as faixas etárias de 20 a 39 anos e 40 a 59 anos que juntas integram 70,5% dos casos, dados semelhantes aos achados de pesquisas realizadas em Teresina, em nível nacional e na China, um dos países prioritários em estratégias para o controle da tuberculose (MONTECHI et al. 2013; BRASIL, 2014; WEI et al. 2014). Em estudos realizados no Maranhão e em São Paulo foi possível observar a baixa escolaridade das pessoas acometidas por TB, convergindo com os resultados desse estudo (SANTOS NETO et al. 2012; HINO et al. 2012). Essa situação é reflexo de todo um conjunto de condições socioeconômicas precárias, que aumentam a vulnerabilidade à tuberculose e são responsáveis pela maior incidência da enfermidade e pela menor aderência ao respectivo tratamento (MASCARENHAS, ARAÚJO, GOMES, 2015). Em relação aos aspectos clínicos verificou-se predominância da forma pulmonar em 78% dos casos, seguindo os padrões encontrados nos estudos epidemiológicos (SANTOS NETO et al., 2012; HINO et al. 2012; BOWKALOWSKI, BERTOLOZZI, 2010) Santos et al. (2011) apontaram que na cidade de Teresina, a notificação dos casos de tuberculose, em boa parte, não era realizada pelas unidades de atenção básica, ficando a atenção secundária ou terciária responsável por essa tarefa. A atenção básica notificou, em 2008, 25,7% dos casos, hospital públicos municipais, estaduais e privados 23% e a atenção terciária 51,3% dos casos. Isso pode influenciar na não realização de baciloscopia de escarro em 20,4% e de raio X em 10,7% dos casos estudados. Um estudo realizado em Ribeirão Preto, com o objetivo de avaliar a qualidade dos serviços de saúde de atenção básica e pronto atendimento quanto ao diagnóstico da TB pulmonar, verificou que a atenção básica está adequada para a solicitação de baciloscopia de escarro e realização de diagnóstico de TB, com disponibilidade de insumos e recursos humanos. Já unidades de pronto atendimento apresentavam maior disponibilidade de exame de raio X, que era o método mais 32

34 escolhido para diagnóstico de TB, sugerindo que a demanda é muitas vezes determinada pela oferta e disponibilidade de tal serviço (ANDRADE et al., 2013) Portanto, destaca-se a importância da atenção primária à saúde na detecção e diagnóstico dos casos de TB pulmonar, que é a forma responsável pela manutenção do ciclo de transmissão da TB. Esta forma é de fácil diagnóstico de baixo custo sendo totalmente viável e recomendável o diagnóstico e tratamento dos casos pela Estratégia Saúde da Família. A análise dos mapas construídos de incidência de tuberculose e ICV direcionaram para um comportamento da TB diferente do apontado na literatura. As altas taxas de incidência não apresentam padrão de ocorrência em áreas em que existe baixa condição de vida. Observa-se um aglomerado de bairros vizinhos na região do centro da cidade com altas taxas de incidência e boa condição de vida. Em estudo realizado em Ribeirão Preto foi possível observar a relação entre a TB e áreas mais carentes, tendo em vista a ocorrência de alta incidência no cluster de baixa condição de vida (HINO, 2011). No período analisado, a cidade de Teresina não alcançou as metas preconizadas pelo Ministério da Saúde em relação aos indicadores operacionais da TB (DOTS, cura e abandono de tratamento). Esses indicadores refletem diretamente a qualidade do sistema de vigilância da doença no município. Segundo dados do SINAN, 42,8% dos casos de tuberculose notificados em Teresina, no período de 2009 a 2013, foram oriundos de outros municípios e estados. Essa realidade foi observada em estudo realizado na capital utilizando dados de 2007, evidenciando que 49,8% dos casos notificados de TB eram provenientes de outros municípios do interior do Piauí (24,5%) e de outros estados (25,3%), destacando-se o Maranhão com 20,7% (SANTOS et al., 2012). Os serviços de saúde do município podem estar sobrecarregados com as demandas desses pacientes. Para o atendimento destes, é necessário que a estrutura organizacional do serviço de saúde esteja preparada para suprir as necessidades de atendimento médico, diagnóstico e de tratamento da tuberculose. Sendo assim, o excesso da procura, além da capacidade do município de atendê-la, pode refletir no mau desempenho dos indicadores operacionais. Além disso, é de conhecimento público o hábito do fornecimento de endereços incorretos por usuários dos serviços de saúde de Teresina oriundos de 33

35 outros municípios e estados, na tentativa de obter atendimento médico. Portanto, a proporção de casos de tuberculose notificados de não residentes em Teresina pode estar subestimada. Esses usuários podem estar contribuindo com o mau desemprenho dos indicadores operacionais, tendo em vista que após o diagnóstico e implementação do tratamento, os mesmos se dirigem a seus municípios de origem ficando o serviço de vigilância municipal impossibilitado de localizá-los. Por meio de modelo de regressão linear múltipla foi possível identificar uma relação direta entre a incidência de TB todas as formas e a proporção de pacientes com abandono de tratamento. Esse achado sugere que a dificuldade dos doentes de TB em manter o vínculo com os serviços de saúde pode mantê-lo maior tempo infectante e portanto justificando mais altas taxas de incidência da doença. O abandono de tratamento é um grande desafio no controle da tuberculose. A interrupção do tratamento favorece a disseminação do bacilo, tendo em vista que os doentes continuam a transmiti-lo, além de contribuir com a resistência adquirida à terapia, o aumento do custo do tratamento e a mortalidade (CHIRINOS, MEIRELLES, 2011). Diversos fatores contribuem para o abandono de tratamento. Dentre eles podem-se citar a baixa escolaridade e o analfabetismo, idade economicamente ativa, alcoolismo, doença mental e retorno após abandono (SILVA, MOURA, CALDAS, 2014; SILVA, ANJOS, NOGUEIRA, 2014). Em contrapartida, os dois modelos de regressão linear múltipla (TB todas formas e tuberculose pulmonar) apontam associação positiva entre a incidência da TB pulmonar e todas as formas com a proporção de pacientes com cura. Esse achado pode ser compreendido como a situação em que a maior taxa de cura ocorre nos melhores serviços de saúde, melhor vigilância da TB, ou seja, maior a detecção de casos de TB. Sendo assim, os dois indicadores operacionais podem expressar duas condições diferentes da dinâmica do sistema de vigilância de TB em Teresina. Quanto ao tratamento diretamente observado, percebe-se que houve adesão de apenas 46,54% no período estudado. A estratégia DOTS contribui diretamente na diminuição da taxa de abandono e no aumento da cura dos doentes, evitando o surgimento de bacilos resistentes e possibilitando um efetivo controle da tuberculose 34

ÓBITOS POR TUBERCULOSE NO CEARÁ

ÓBITOS POR TUBERCULOSE NO CEARÁ ÓBITOS POR TUBERCULOSE NO CEARÁ Glaubervania Alves Lima; Idarlana Sousa Silva; Ana Beatriz Silva Viana; Deyse Maria Alves Rocha; Luciano Lima Correia Universidade Federal do Ceará. E-mail: glaubervanialima@hotmail.com

Leia mais

ANÁLISE DESCRITIVA DA SITUAÇÃO DE ENCERRAMENTO DOS CASOS DE TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE - PB ( )

ANÁLISE DESCRITIVA DA SITUAÇÃO DE ENCERRAMENTO DOS CASOS DE TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE - PB ( ) ANÁLISE DESCRITIVA DA SITUAÇÃO DE ENCERRAMENTO DOS CASOS DE TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE - PB (2010-2012) Rosiane Davina da Silva UEPB rosianedavina@hotmail.com Fernanda Darliane Tavares

Leia mais

Estudo do perfil clínico e epidemiológico da hanseníase no estado do Tocantins, no período de 2004 até os dias atuais

Estudo do perfil clínico e epidemiológico da hanseníase no estado do Tocantins, no período de 2004 até os dias atuais Estudo do perfil clínico e epidemiológico da hanseníase no estado do Tocantins, no período de 2004 até os dias atuais Heryka Fernanda Silva Barbosa¹; Marcello Otake Sato² ¹Aluna do curso de Medicina; Campus

Leia mais

Fórum Sintomáticos Respiratórios (SR) Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose 03/07/2012. Goiânia 28 a 30 de junho de 2012

Fórum Sintomáticos Respiratórios (SR) Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose 03/07/2012. Goiânia 28 a 30 de junho de 2012 Fórum Sintomáticos Respiratórios (SR) Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose Goiânia 28 a 30 de junho de 2012 Josué Lima Programa Nacional de Controle da Tuberculose - MS Tuberculose

Leia mais

Programa Nacional de Controle da Tuberculose

Programa Nacional de Controle da Tuberculose Programa Nacional de Controle da Tuberculose FERNANDA DOCKHORN COSTA CGPNCT / DEVIT Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde tuberculose@saude.gov.br Julho/ 2016 Tuberculose no Brasil - 2015

Leia mais

TUBERCULOSE NA TERCEIRA IDADE NO BRASIL

TUBERCULOSE NA TERCEIRA IDADE NO BRASIL TUBERCULOSE NA TERCEIRA IDADE NO BRASIL Ana Elisa P. Chaves (1), Kleane Maria F. Araújo (2) Maria Luísa A. Nunes (3),Thainá Vieira Chaves (4), Lucas Chaves Araújo (5) 1 Docente Saúde Coletiva-UFCG e-mail:

Leia mais

Memorias Convención Internacional de Salud Pública. Cuba Salud La Habana 3-7 de diciembre de 2012 ISBN

Memorias Convención Internacional de Salud Pública. Cuba Salud La Habana 3-7 de diciembre de 2012 ISBN PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE NA POPULAÇÃO INDÍGENA DO ESTADO DO AMAZONAS, BRASIL (1,2,5) Altair Seabra de Farias; (3) Gabriela Fernanda Guidelli Tavares Cardoso de Godoi; (4) Alexandra

Leia mais

TÍTULO: INCIDÊNCIA DE AIDS NA POPULAÇÃO DE 50 ANOS OU MAIS EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP, NO PERÍODO DE 2003 A 2013

TÍTULO: INCIDÊNCIA DE AIDS NA POPULAÇÃO DE 50 ANOS OU MAIS EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP, NO PERÍODO DE 2003 A 2013 TÍTULO: INCIDÊNCIA DE AIDS NA POPULAÇÃO DE 50 ANOS OU MAIS EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP, NO PERÍODO DE 2003 A 2013 CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: MEDICINA INSTITUIÇÃO: FACULDADE

Leia mais

PERFIL DA TUBERCULOSE EM CRIANÇAS DE UM MUNICÍPIO DO AGRESTE PARAIBANO

PERFIL DA TUBERCULOSE EM CRIANÇAS DE UM MUNICÍPIO DO AGRESTE PARAIBANO PERFIL DA TUBERCULOSE EM CRIANÇAS DE UM MUNICÍPIO DO AGRESTE PARAIBANO Aguinaldo José de Araújo UEPB aguinaldo.araujo@hotmail.com Rosiane Davina da Silva UEPB rosianedavina@hotmail.com Talina Carla da

Leia mais

Memorias Convención Internacional de Salud Pública. Cuba Salud La Habana 3-7 de diciembre de 2012 ISBN

Memorias Convención Internacional de Salud Pública. Cuba Salud La Habana 3-7 de diciembre de 2012 ISBN CO-INFECÇÃO TUBERCULOSE-HIV: ANÁLISE DAS NOTIFICAÇÕES DO MUNICÍPIO DE SALVADOR-BAHIA, ENTRE E Karina Araújo Pinto 1, Haína de Jesus Araújo 2, Sheila Queiroz Rios de Azevedo 3 A tuberculose (TB) é uma doença

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE HEPATITE A NOTIFICADOS EM UM ESTADO NORDESTINO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE HEPATITE A NOTIFICADOS EM UM ESTADO NORDESTINO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE HEPATITE A NOTIFICADOS EM UM ESTADO NORDESTINO Rayana Cruz de Souza; Universidade Federal da Paraíba; rayana_souza@hotmail.com Maira Ludna Duarte; Universidade Federal

Leia mais

Joseney Santos

Joseney Santos Joseney Santos joseney.santos@saude.gov.br O Brasil está entre os 22 países que concentram 80% dos casos de Tb no mundo. (OMS) Responsável, junto com o Peru por 50% dos Casos nas Américas. (OMS) Média

Leia mais

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Situação no mundo Tendência da incidência de TB no mundo 10 milhões casos 2017 1 milhão casos 2017 Mortes por TB, AIDS, e TB-HIV 1,3 milhão mortes 370 mil óbitos

Leia mais

PESQUISA SOCIOLÓGICA SÃO LUIS MA

PESQUISA SOCIOLÓGICA SÃO LUIS MA PESQUISA SOCIOLÓGICA SÃO LUIS MA Pesquisa realizada pelo Projeto Brasil 21 Coordenador de Pesquisa Brasil 21: Pr. Luis André Bruneto Oliveira Prof. Omar Neto Fernandes Barros Localização da cidade INTRODUÇÃO

Leia mais

Acesse as apresentações e vídeos do evento em:

Acesse as apresentações e vídeos do evento em: Acesse as apresentações e vídeos do evento em: www.ggp.uerj.br. Iniciativas e desafios da integração das políticas públicas e ações técnicas: Geotecnologias como ferramenta para Saúde Renata Gracie gracie.renata@gmail.com

Leia mais

A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA TUBERCULOSE E O PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA

A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA TUBERCULOSE E O PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Vigilância em Saúde Área Técnica de Pneumologia Sanitária A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA TUBERCULOSE E O PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA Brasília, junho de 2004 Evolução da

Leia mais

PADRÕES ESPACIAIS DA TUBERCULOSE ASSOCIADOS AO INDICADOR ADAPTADO DE CONDIÇÃO DE VIDA NO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO

PADRÕES ESPACIAIS DA TUBERCULOSE ASSOCIADOS AO INDICADOR ADAPTADO DE CONDIÇÃO DE VIDA NO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO PADRÕES ESPACIAIS DA TUBERCULOSE ASSOCIADOS AO INDICADOR ADAPTADO DE CONDIÇÃO DE VIDA NO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO Paula Hino Claudia Benedita dos Santos Universidade de São Paulo Escola de Enfermagem

Leia mais

Programa Nacional de Controle da Tuberculose CGPNCT / DEVEP Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde

Programa Nacional de Controle da Tuberculose CGPNCT / DEVEP Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Programa Nacional de Controle da Tuberculose CGPNCT / DEVEP Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde tuberculose@saude.gov.br Julho/ 2016 Tuberculose no Mundo Um terço da população está infectada

Leia mais

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Brasil incidência 2005-2014 22 países com maior carga de doença 2013 88.000 casos notificados 72.000 novos Sudeste 1994-2014 Estado do RJ - TB e HIV (realizado

Leia mais

ESPAÇO O URBANO E TUBERCULOSE: UM ESTUDO DE CASO EM JUIZ DE FORA - MG

ESPAÇO O URBANO E TUBERCULOSE: UM ESTUDO DE CASO EM JUIZ DE FORA - MG ESPAÇO O URBANO E TUBERCULOSE: UM ESTUDO DE CASO EM JUIZ DE FORA - MG Por Jussara Rafael Angelo Luciano Medeiros de Toledo Paulo Chagastelles Sabroza Introdução Tuberculose: 2 milhões de mortes e 9 milhões

Leia mais

Notificações de Tuberculose no Estado do Rio de Janeiro Dados básicos. Notas Técnicas. Origem dos dados

Notificações de Tuberculose no Estado do Rio de Janeiro Dados básicos. Notas Técnicas. Origem dos dados Notificações de Tuberculose no Estado do Rio de Janeiro Dados básicos Notas Técnicas Origem dos dados Os dados disponíveis são oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação Sinan, que é alimentado

Leia mais

Palavras chave: acidente, análise, espacial, distribuição, trânsito.

Palavras chave: acidente, análise, espacial, distribuição, trânsito. Distribuição espacial dos acidentes de trânsito com vítima envolvendo motociclistas no perímetro urbano de Teresina-PI, através de elipses de desvio padrão. Danilo de Sousa Miranda 1 Benavenuto José Santiago

Leia mais

ASSOCIAÇÃO ENTRE TUBERCULOSE E ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL

ASSOCIAÇÃO ENTRE TUBERCULOSE E ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL ASSOCIAÇÃO ENTRE TUBERCULOSE E ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL Allan Batista Silva (1); Caliandra Maria Bezerra Luna Lima (2) (1) Mestrando em Modelos de Decisão e Saúde pela Universidade Federal

Leia mais

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Situação no mundo Países prioritários Situação no Brasil 24/3/2017 Desigualdade social Desigualdade social Populações vulneráveis *Fonte: Estimativa baseada nos

Leia mais

INFLUÊNCIA DA CARÊNCIA SOCIAL NA MORTALIDADE DE IDOSOS SEGUNDO RAÇA/COR

INFLUÊNCIA DA CARÊNCIA SOCIAL NA MORTALIDADE DE IDOSOS SEGUNDO RAÇA/COR UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE MEDICINA SOCIAL PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA INFLUÊNCIA DA CARÊNCIA SOCIAL NA MORTALIDADE DE IDOSOS SEGUNDO RAÇA/COR A/COR Vanessa de Lima

Leia mais

HETEROGENEIDADE ESPACIAL COMO INDICADOR DE RISCO PARA DENGUE. Regina Fernandes Flauzino Reinaldo Souza-Santos

HETEROGENEIDADE ESPACIAL COMO INDICADOR DE RISCO PARA DENGUE. Regina Fernandes Flauzino Reinaldo Souza-Santos HETEROGENEIDADE ESPACIAL COMO INDICADOR DE RISCO PARA DENGUE Regina Fernandes Flauzino Reinaldo Souza-Santos OBJETIVO: Identificar fatores associados à ocorrência da dengue levando-se em conta a unidade

Leia mais

Análise de agrupamento dos estados brasileiros com base nas taxas de incidência de Aids nos anos de 1990 a 2008

Análise de agrupamento dos estados brasileiros com base nas taxas de incidência de Aids nos anos de 1990 a 2008 Análise de agrupamento dos estados brasileiros com base nas taxas de incidência de Aids nos anos de 1990 a 2008 Luiz Matheus Barbosa Santos 1 Mateus Aguiar Florentino 2 Nádia Giaretta Biase 3 1 Introdução

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM HIV NO BRASIL NA DÉCADA

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM HIV NO BRASIL NA DÉCADA PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM HIV NO BRASIL NA DÉCADA 2006-2015. Introdução: João Paulo Teixeira da Silva (1); Augusto Catarino Barbosa (2). (1) Universidade Federal do Rio Grande

Leia mais

Efetividade do tratamento supervisionado para tuberculose em cinco Unidades Federadas, Brasil,

Efetividade do tratamento supervisionado para tuberculose em cinco Unidades Federadas, Brasil, Efetividade do tratamento supervisionado para tuberculose em cinco Unidades Federadas, Brasil, 2004-2005 Ricardo Gadelha de Abreu Susan Martins Pereira Expedito José de A. Luna Departamento de Vigilância

Leia mais

TENDÊNCIAS DA INCIDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL E SUAS REGIÕES

TENDÊNCIAS DA INCIDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL E SUAS REGIÕES TENDÊNCIAS DA INCIDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL E SUAS REGIÕES Alessandro Henrique da Silva Santos (1); Monique de Lima Santana (1). UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - alessandrohss@yahoo.com.br Resumo: De

Leia mais

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO 03 de abril de 2017 Página 1/9 DEFINIÇÃO DE A Tuberculose/TB é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por um microorganismo denominado Mycobacterium tuberculosis, também denominado de Bacilo de Koch

Leia mais

ESTUDO DE COMPARAÇÃO DA TENDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL, REGIÕES E ESTADOS, DE 1990 A 2012, POR SEXO E FAIXA ETÁRIA

ESTUDO DE COMPARAÇÃO DA TENDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL, REGIÕES E ESTADOS, DE 1990 A 2012, POR SEXO E FAIXA ETÁRIA ESTUDO DE COMPARAÇÃO DA TENDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL, REGIÕES E ESTADOS, DE 1990 A 2012, POR SEXO E FAIXA ETÁRIA Hérica Santos da Silva 1 2 Alessandro Henrique da Siva Santos 1 Tatijana Stosic 1 1 Introdução

Leia mais

Indicadores Municipais Belo Horizonte - ODM

Indicadores Municipais Belo Horizonte - ODM Proporção de pessoas abaixo da linha da pobreza e indigência - 2000 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil Neste município, de 1991 a 2000, houve redução da pobreza em 25%; para alcançar a meta

Leia mais

A taxa ou coeficiente de mortalidade representa a intensidade com que os óbitos por uma determinada doença ocorrem em dada população.

A taxa ou coeficiente de mortalidade representa a intensidade com que os óbitos por uma determinada doença ocorrem em dada população. Mortalidade Mortalidade é uma propriedade natural das comunidades dos seres vivos. Refere-se ao conjunto dos indivíduos que morrem em um dado intervalo de tempo e em certo espaço. A taxa ou coeficiente

Leia mais

ABANDONO DO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE EM PACIENTES RESIDENTES NO DF EM 2012

ABANDONO DO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE EM PACIENTES RESIDENTES NO DF EM 2012 Universidade de Brasília Faculdade de Ciências da Saúde Departamento de Saúde Coletiva Curso de Gestão em Saúde Coletiva ABANDONO DO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE EM PACIENTES RESIDENTES NO DF EM 2012 Brasília-DF,

Leia mais

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE. Divisão de Processamento de Imagens - DPI

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE. Divisão de Processamento de Imagens - DPI 1 Sumário 2 Introdução Técnicas de ESDA Matrizes de Proximidade Espacial Média Espacial Móvel (m i ) Indicadores Globais de Autocorrelação Espacial Índices Globais de Moran (I), Geary (C) e Getis e Ord

Leia mais

PORTA DE ENTRADA DOS CASOS NOVOS DE TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE

PORTA DE ENTRADA DOS CASOS NOVOS DE TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE PORTA DE ENTRADA DOS CASOS NOVOS DE TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE - 16 Laís Haase Lanziotti Letícia Possebon Müller Enfª da Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Patrícia Zancan Lopes Simone

Leia mais

SECRETARIA DE SAÚDE. Boletim Epidemiológico - TUBERCULOSE

SECRETARIA DE SAÚDE. Boletim Epidemiológico - TUBERCULOSE SECRETARIA Período DIRETORIA EXECUTIVA DE SAÚDE VIGILÂNCIA À SAÚDE SECRETARIA UNIDADE EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA À SAÚDE Ano 2018 nº 01 Período de referência: 01/01 a 31/12/2017

Leia mais

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Situação no mundo Tendência da incidência de TB no mundo 10 milhões casos 2016 1 milhão casos Mortes por TB, AIDS, e TB-HIV 1,3 milhão mortes 370 mil óbitos por

Leia mais

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO TUBERCULOSE

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO TUBERCULOSE 22 de março de 2016 Página 1/6 DEFINIÇÃO DE CASO CONFIRMADO Todo indivíduo com diagnóstico bacteriológico (baciloscopia ou cultura para BK ou teste rápido molecular para tuberculose) E indivíduos com diagnóstico

Leia mais

Indicadores Integrados de Saúde e Ambiente para o Espírito Santo, Brasil

Indicadores Integrados de Saúde e Ambiente para o Espírito Santo, Brasil Indicadores Integrados de Saúde e Ambiente para o Espírito Santo, Brasil Ludmilla da Silva Viana Sandra de Souza Hacon Dennys de Souza Mourão Palavras-chave: Indicadores Integrados, Saúde, Ambiente, Espírito

Leia mais

Análise espacial da incidência de Dengue no município de São Paulo

Análise espacial da incidência de Dengue no município de São Paulo Análise espacial da incidência de Dengue no município de São Paulo João Vitor, Joyane, Nayara e Rafael TRABALHO FINAL - ETAPA III - MTI QUADRIMESTRE 2015.2 Introdução ESCALA: Distrital TEMPO: 2010 O uso

Leia mais

Palavras-chave: Hepatite viral humana; Vigilância epidemiológica; Sistemas de informação; Saúde pública.

Palavras-chave: Hepatite viral humana; Vigilância epidemiológica; Sistemas de informação; Saúde pública. PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DAS HEPATITES VIRAIS NO ESTADO DO MARANHÃO ENTRE 2013 E 2017 HIGINALICE DA SILVA PEREIRA 1 ; MANOEL DA PAIXÃO BRITO 2 ; FRANCISCO EDMAR MOREIRA DE LIMA NETO 3 ¹ALUNA DO PROGRAMA

Leia mais

CoinfecçãoTB-HIV no Brasil:

CoinfecçãoTB-HIV no Brasil: CoinfecçãoTB-HIV no Brasil: Panorama epidemiológico e atividades colaborativas Patricia Werlang CGPNCT / DEVIT Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde tuberculose@saude.gov.br 27/06/2018

Leia mais

6.3. INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA Introdução

6.3. INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA Introdução 6.3. INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA 6.3.1. Introdução O diagnóstico da situação relativo à infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) na região Norte (RN) foi elaborado com base

Leia mais

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Vigilância Epidemiológica da Tuberculose - 2019 Situação no mundo Tendência da incidência de TB no mundo 10 milhões casos 2017 1 milhão casos 2017 2016-2020 Situação no Brasil Incidência de TB Populações

Leia mais

Análise Descritiva e Espacial dos Indicadores de Cura e Abandono do Tratamento da Tuberculose no Município de João Pessoa, Paraíba.

Análise Descritiva e Espacial dos Indicadores de Cura e Abandono do Tratamento da Tuberculose no Município de João Pessoa, Paraíba. Análise Descritiva e Espacial dos Indicadores de Cura e Abandono do Tratamento da Tuberculose no Município de João Pessoa, Paraíba. Renata Grigorio Silva Gomes 1, Christiana Souto Silva 1, Rodrigo Pinheiro

Leia mais

A DESCENTRALIZAÇÃO DAS AÇÕES DE CONTROLE DA TUBERCULOSE NO PSF DE PIRIPIRI

A DESCENTRALIZAÇÃO DAS AÇÕES DE CONTROLE DA TUBERCULOSE NO PSF DE PIRIPIRI A DESCENTRALIZAÇÃO DAS AÇÕES DE CONTROLE DA TUBERCULOSE NO PSF DE PIRIPIRI III MOSTRA NACIONAL DE PRODUÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA AGOSTO - 2008 DESTERRO PONTES BARROS DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA

Leia mais

Elisângela Ap. da Silva Lizzi

Elisângela Ap. da Silva Lizzi Elisângela Ap. da Silva Lizzi RESENHA DO ARTIGO "Gravidez na adolescência e características socioeconômicas dos municípios do Estado de São Paulo, Brasil: análise espacial" O artigo trata de um problema

Leia mais

TUBERCULOSE NA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA PSR NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE

TUBERCULOSE NA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA PSR NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE TUBERCULOSE NA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA PSR NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE Laís Haase Lanziotti Letícia Possebon Müller Enfª da Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Patrícia Zancan Lopes Simone Sá

Leia mais

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Vigilância Epidemiológica da Tuberculose TB no mundo 2015 10 Milhões casos novos 1,4 Milhão mortes 1 Milhão casos crianças 11% HIV+ 500.000 casostb-mdr India, Indonesia, China, Nigeria, Paquistão, Africa

Leia mais

Censo Demográfico de Primeiros resultados. População e Domicílios recenseados

Censo Demográfico de Primeiros resultados. População e Domicílios recenseados Censo Demográfico de 2010 Primeiros resultados População e Domicílios recenseados Eduardo Pereira Nunes Presidente do IBGE eduardo.nunes@ibge.gov.br Aracaju, 22 de Março de 2011 A DPA do Brasil e sua Dinâmica

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PORTADORES DE TUBERCULOSE NOTIFICADOS NO MUNICÍPIO DE TERESÓPOLIS/RJ DE 2011 A 2013

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PORTADORES DE TUBERCULOSE NOTIFICADOS NO MUNICÍPIO DE TERESÓPOLIS/RJ DE 2011 A 2013 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PORTADORES DE TUBERCULOSE NOTIFICADOS NO MUNICÍPIO DE TERESÓPOLIS/RJ DE 2011 A 2013 Epidemiological profile of tuberculosis patients reported in the municipality of Teresópolis

Leia mais

ANÁLISE DA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS ACOMETIDA PELA AIDS NO ESTADO DA PARAÍBA NO PERÍODO DE 2008 A 2012

ANÁLISE DA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS ACOMETIDA PELA AIDS NO ESTADO DA PARAÍBA NO PERÍODO DE 2008 A 2012 ANÁLISE DA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS ACOMETIDA PELA AIDS NO ESTADO DA PARAÍBA NO PERÍODO DE 2008 A 2012 Janine Florêncio de Souza 1 Débora Nogueira Tavares 2 Hortência Alves Soares 2 Thalyta Francisca

Leia mais

ÓBITOS DE IDOSOS POR DEMÊNCIAS NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL: PANORAMA DE UMA DÉCADA

ÓBITOS DE IDOSOS POR DEMÊNCIAS NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL: PANORAMA DE UMA DÉCADA ÓBITOS DE IDOSOS POR DEMÊNCIAS NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL: PANORAMA DE UMA DÉCADA Fernanda Rochelly do Nascimento Mota 1 ; Maria Célia de Freitas 2 ( 1,2 Universidade Estadual do Ceará. E-mail: rochellymotta@yahoo.com.br)

Leia mais

PRIORIDADES AÇÕES PRIORITÁRIAS

PRIORIDADES AÇÕES PRIORITÁRIAS INSTRUTIVO PARA PREENCHIMENTO DA PROGRAMAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE NAS UNIDADES FEDERADAS 2010 2011 TUBERCULOSE 1 INTRODUÇÃO O presente instrutivo tem como objetivo orientar as Secretarias Estaduais

Leia mais

Estado de S. Paulo 2016

Estado de S. Paulo 2016 Estado de S. Paulo 2016 86% Os 30 países de alta carga para TB, TB/HIV e TB MDR Brasil 89% O Brasil representa 33% da TB nas Américas 67 mil casos novos de TB diagnosticados Cerca de 4,4 mil mortes por

Leia mais

CONTROLO DA TUBERCULOSE: SITUAÇÃO ACTUAL NA REGIÃO AFRICANA. Documento Informativo RESUMO

CONTROLO DA TUBERCULOSE: SITUAÇÃO ACTUAL NA REGIÃO AFRICANA. Documento Informativo RESUMO WORLD HEALTH ORGANIZATION REGIONAL OFFICE FOR AFRICA ORGANISATION MONDIALE DE LA SANTÉ BUREAU RÉGIONAL DE L AFRIQUE ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE ESCRITÓRIO REGIONAL AFRICANO COMITÉ REGIONAL AFRICANO Quinquagésima-quinta

Leia mais

Biguaçu - SC PERFIL MUNICIPAL. Data de instalação Ano de Crescimento Anual ,94% Urbanização ,67%

Biguaçu - SC PERFIL MUNICIPAL. Data de instalação Ano de Crescimento Anual ,94% Urbanização ,67% PERFIL MUNICIPAL Biguaçu - SC Data de instalação Ano de 1833 Estimativa da população 2009 58.238 habitantes Crescimento Anual - 2000-2007 1,94% Natalidade 2007 778 nascidos vivos Urbanização 2007 90,67%

Leia mais

A Transmissão da Tuberculose, a Cobertura da Rede Básica de Saúde e a Sustentação da Endemia no Município do Rio de Janeiro

A Transmissão da Tuberculose, a Cobertura da Rede Básica de Saúde e a Sustentação da Endemia no Município do Rio de Janeiro A Transmissão da Tuberculose, a Cobertura da Rede Básica de Saúde e a Sustentação da Endemia no Município do Rio de Janeiro Cecilia Nicolai 1, Rosanna Iozzi 1, Lucia Santos 2 1 Secretaria Municipal de

Leia mais

O programa de saúde da família: evolução de sua implantação no Brasil. Instituto de Saúde Coletiva - Universidade Federal da Bahia

O programa de saúde da família: evolução de sua implantação no Brasil. Instituto de Saúde Coletiva - Universidade Federal da Bahia Título do Estudo: O programa de saúde da família: evolução de sua implantação no Brasil Instituição executora: Instituto de Saúde Coletiva - Universidade Federal da Bahia Instituição financiadora: Ministério

Leia mais

XXVI ENCONTRO UNIVERSITÁRIO DE INICIAÇÃO À PESQUISA - UFC TIAGO MAIA MAGALHÃES ORIENTADOR: JÚLIO FRANCISCO BARROS NETO

XXVI ENCONTRO UNIVERSITÁRIO DE INICIAÇÃO À PESQUISA - UFC TIAGO MAIA MAGALHÃES ORIENTADOR: JÚLIO FRANCISCO BARROS NETO XXVI ENCONTRO UNIVERSITÁRIO DE INICIAÇÃO À PESQUISA - UFC TIAGO MAIA MAGALHÃES ORIENTADOR: JÚLIO FRANCISCO BARROS NETO DEMA - JUNHO DE 2007 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS E ANÁLISE ESPACIAL Caracterizando

Leia mais

Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia. Estatística espacial. Áreas

Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia. Estatística espacial. Áreas Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia Estatística espacial Áreas Áreas Na análise de áreas o atributo estudado é em geral resultando de uma contagem ou um

Leia mais

UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico

UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico 1. Assunto: Indicadores epidemiológicos, de morbidade: incidência, prevalência, taxa de ataque e taxa de ataque secundária..

Leia mais

AMANDA DE SOUZA ÁRTHUR UREL ROBINSON SIMÕES JÚNIOR THAÍS RIBEIRO DINI. Acadêmicos da Faculdade Fluminense de Medicina HUAP/UFF

AMANDA DE SOUZA ÁRTHUR UREL ROBINSON SIMÕES JÚNIOR THAÍS RIBEIRO DINI. Acadêmicos da Faculdade Fluminense de Medicina HUAP/UFF UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF) CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS (CCM) HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO PEDRO (HUAP) FACULDADE FLUMINENSE DE MEDICINA (FFM) INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA (ISC) DEPARTAMENTO

Leia mais

MORBIDADE HOSPITALAR E MORTALIDADE POR DIABETES MELLITUS: RECIFE, 2016 e 2017

MORBIDADE HOSPITALAR E MORTALIDADE POR DIABETES MELLITUS: RECIFE, 2016 e 2017 Prefeitura do Recife Secretaria de Saúde Diretoria Executiva de Vigilância à Saúde Unidade de Vigilância Epidemiologia MORBIDADE HOSPITALAR E MORTALIDADE POR DIABETES MELLITUS: RECIFE, 2016 e 2017 Recife

Leia mais

Perfil de morbimortalidade dos agravos e doenças do trabalho

Perfil de morbimortalidade dos agravos e doenças do trabalho Perfil de morbimortalidade dos agravos e doenças do trabalho Flávia Ferreira de Sousa Fisioterapeuta sanitarista Esp. Saúde do Trabalhador MsC. Saúde Coletiva/Epidemiologia Técnica da Carreira de Ciência

Leia mais

Briefing. Boletim Epidemiológico 2011

Briefing. Boletim Epidemiológico 2011 Briefing Boletim Epidemiológico 2011 1. HIV Estimativa de infectados pelo HIV (2006): 630.000 Prevalência da infecção (15 a 49 anos): 0,61 % Fem. 0,41% Masc. 0,82% 2. Números gerais da aids * Casos acumulados

Leia mais

UFPE-CAV CURSO DE SAÚDE COLETIVA

UFPE-CAV CURSO DE SAÚDE COLETIVA UFPE-CAV CURSO DE SAÚDE COLETIVA Gestão Baseada na Epidemiologia Petra Oliveira Duarte Vitória de Santo Antão, 2014 UFPE-CAV - SAÚDE COLETIVA OBJETIVO O objetivo da aula é discutir a relação entre gestão

Leia mais

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO 16 de março de 2018 Página 1/11 BRASIL LIVRE DA Em 1993, a tuberculose passou a ser reconhecida, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma emergência global. Ela foi inserida nas políticas de saúde

Leia mais

Informe Epidemiológico- Câncer de Mama

Informe Epidemiológico- Câncer de Mama Informe Epidemiológico- Câncer de Mama Núcleo Hospitalar de Epidemiologia HNSC-HCC Câncer de Mama no Mundo As doenças não transmissíveis são agora responsáveis pela maioria das mortes globais, e espera-se

Leia mais

HEPATITES VIRAIS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOS: BRASIL, NORDESTE E PARAÍBA

HEPATITES VIRAIS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOS: BRASIL, NORDESTE E PARAÍBA HEPATITES VIRAIS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOS: BRASIL, NORDESTE E PARAÍBA Larissa Ferreira de Araújo Paz (1); Larissa dos Santos Sousa (1) Polyana Cândido de Andrade (2); Gilson Vasco da Silva

Leia mais

A definição de áreas rurais no Brasil SUBSÍDIOS AO PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO RURAL

A definição de áreas rurais no Brasil SUBSÍDIOS AO PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO RURAL A definição de áreas rurais no Brasil SUBSÍDIOS AO PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO RURAL J O S É IRINEU R A N G E L R I G OT T I ( U F M G ) R E N ATO H A DAD (PUC-MINAS) DESAFIOS: País imenso, heterogêneo

Leia mais

Título: Mercantilização do gado bovino no Distrito de Chicualacuala. António Júnior

Título: Mercantilização do gado bovino no Distrito de Chicualacuala. António Júnior Título: Mercantilização do gado bovino no Distrito de Chicualacuala António Júnior Objectivo geral INTRODUÇÃO - I Analisar os factores que contribuem para a comercialização gado bovino no Distrito de Chicualacuala.

Leia mais

ANÁLISE DOS DADOS DE MORTALIDADE DE 2001

ANÁLISE DOS DADOS DE MORTALIDADE DE 2001 ANÁLISE DOS DADOS DE MORTALIDADE DE 2001 Coordenação Geral de Informações e Análise Epidemiológica Departamento de Análise da Situação de Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde - Ministério da Saúde Janeiro

Leia mais

Descentralização de Programas de Vigilância e Controle de Doenças

Descentralização de Programas de Vigilância e Controle de Doenças Descentralização de Programas de Vigilância e Controle de Doenças Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Brasília, 03 de junho de 2004 OBJETIVOS Discutir as principais questões relacionadas

Leia mais

Anais do Conic-Semesp. Volume 1, Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN

Anais do Conic-Semesp. Volume 1, Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: ADESÃO AO TRATAMENTO DE TUBERCULOSE EM PACIENTES CO-INFECTADOS PELO HIV E NÃO INFECTADOS EM

Leia mais

DISCIPLINA ERM-0202 EPIDEMIOLOGIA (2016) Docentes: Prof. Dr. Ricardo Alexandre Arcêncio

DISCIPLINA ERM-0202 EPIDEMIOLOGIA (2016) Docentes: Prof. Dr. Ricardo Alexandre Arcêncio 1 DISCIPLINA ERM-0202 EPIDEMIOLOGIA (2016) Docentes: Prof. Dr. Ricardo Alexandre Arcêncio Exercícios 1 - Transição Epidemiológica/ Demográfica - Incidência/ Prevalência 1 O perfil de nati-mortalidade pode

Leia mais

Mortality trends due to tuberculosis in Brazil,

Mortality trends due to tuberculosis in Brazil, 10 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE MEDICINA INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA E BIOESTATÍSTICA Tendência da mortalidade por tuberculose no Brasil, 2005 a 2014 Mortality

Leia mais

PEAa já ter sido confirmada pela realidade concreta no momento de início da

PEAa já ter sido confirmada pela realidade concreta no momento de início da APRESENTAÇÃO Este trabalho representa parte dos requisitos exigidos pelo Colegiado de Cursos do Programa de Pós-Graduação do Instituto de Saúde Coletiva (ISC/UFBA) para obtenção do grau de Doutor em Saúde

Leia mais

INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA A SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DA PARAÍBA

INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA A SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DA PARAÍBA INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA A SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DA PARAÍBA Ana Beatriz Gondim (1), Gustavo Vasconcelos (1), Marcelo Italiano Peixoto (1) e Mariana Segundo Medeiros (1), Ezymar Gomes Cayana

Leia mais

aula 6: quantificação de eventos em saúde

aula 6: quantificação de eventos em saúde ACH-1043 Epidemiologia e Microbiologia aula 6: quantificação de eventos em saúde Helene Mariko Ueno papoula@usp.br Como quantificar eventos relacionados à saúde? O que medir? Como medir? Quando medir?

Leia mais

SITUAÇÃO DA ENDEMIA HANSÊNICA APÓS A IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE E SANEAMENTO NO ESTADO DA PARAÍBA

SITUAÇÃO DA ENDEMIA HANSÊNICA APÓS A IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE E SANEAMENTO NO ESTADO DA PARAÍBA SITUAÇÃO DA ENDEMIA HANSÊNICA APÓS A IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE E SANEAMENTO NO ESTADO DA PARAÍBA José Airton Cavalcanti de MORAIS* Alcineide FERRER* RESUMO Estudo epidemiológico

Leia mais

Empoderando vidas. Fortalecendo nações.

Empoderando vidas. Fortalecendo nações. Empoderando vidas. Fortalecendo nações. INTRODUÇÃO O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil é baseado exclusivamente nos Censos Demográficos, realizados de 10 em 10 anos, pelo Instituto Brasileiro de

Leia mais

Unidade: Medidas de Frequência de Doenças e Indicadores de Saúde em Epidemiologia. Unidade I:

Unidade: Medidas de Frequência de Doenças e Indicadores de Saúde em Epidemiologia. Unidade I: Unidade: Medidas de Frequência de Doenças e Indicadores de Saúde em Epidemiologia Unidade I: 0 Unidade: Medidas de Frequência de Doenças e Indicadores de Saúde em Epidemiologia Introdução Existem evidências

Leia mais

EPIDEMIOLOGIA. Profª Ms. Karla Prado de Souza Cruvinel

EPIDEMIOLOGIA. Profª Ms. Karla Prado de Souza Cruvinel EPIDEMIOLOGIA Profª Ms. Karla Prado de Souza Cruvinel O QUE É EPIDEMIOLOGIA? Compreende: Estudo dos determinantes de saúdedoença: contribuindo para o avanço no conhecimento etiológico-clínico Análise das

Leia mais

Estratégias de Combate a Sífilis

Estratégias de Combate a Sífilis Estratégias de Combate a Sífilis Sífilis A prevenção da transmissão vertical da sífilis é uma prioridade das Instituições: SESAB Ministério da Saúde OMS OPAS E visa assegurar o direito à atenção humanizada

Leia mais

REFORMA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO E O IMPACTO NOS DESFECHOS DA TUBERCULOSE. Betina Durovni Salvador - Maio 2018

REFORMA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO E O IMPACTO NOS DESFECHOS DA TUBERCULOSE. Betina Durovni Salvador - Maio 2018 REFORMA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO E O IMPACTO NOS DESFECHOS DA TUBERCULOSE Betina Durovni Salvador - Maio 2018 O CASO RIO DE JANEIRO THE CASE OF RIO DE JANEIRO Um dos maiores gasto

Leia mais

Epidemiologia Descritiva CURSO DE EPIDEMIOLOGIA VETERINÁRIA, ACT Prof. Luís Gustavo Corbellini EPILAB /FAVET - UFRGS

Epidemiologia Descritiva CURSO DE EPIDEMIOLOGIA VETERINÁRIA, ACT Prof. Luís Gustavo Corbellini EPILAB /FAVET - UFRGS Epidemiologia Descritiva CURSO DE EPIDEMIOLOGIA VETERINÁRIA, ACT Prof. Luís Gustavo Corbellini EPILAB /FAVET - UFRGS 23/09/2014 Observação - coleta de dados Avaliação qualitativa Ecologia Transmissão e

Leia mais

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA TÉCNICA DE PCR EM TEMPO REAL EM DIFERENTES AMOSTRAS BIOLÓGICAS UTILIZADAS PARA O DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA TÉCNICA DE PCR EM TEMPO REAL EM DIFERENTES AMOSTRAS BIOLÓGICAS UTILIZADAS PARA O DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA TÉCNICA DE PCR EM TEMPO REAL EM DIFERENTES AMOSTRAS BIOLÓGICAS UTILIZADAS PARA O DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR Autor: Fabiana Cristina Fulco Santos 1 ; Coautor: Luanna

Leia mais

TRANSIÇÃO NA ESTRUTURA ETÁRIA- EDUCACIONAL E MERCADO DE TRABALHO NO BRASIL

TRANSIÇÃO NA ESTRUTURA ETÁRIA- EDUCACIONAL E MERCADO DE TRABALHO NO BRASIL TRANSIÇÃO NA ESTRUTURA ETÁRIA- EDUCACIONAL E MERCADO DE TRABALHO NO BRASIL Ernesto F. L. Amaral, Daniel S. Hamermesh, Joseph E. Potter e Eduardo L. G. Rios-Neto Population Research Center - Universidade

Leia mais

Rendimento de todas as fontes Participação na composição do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, segundo o tipo de rendimento (%)

Rendimento de todas as fontes Participação na composição do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, segundo o tipo de rendimento (%) Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Rendimento de todas as fontes PNAD contínua ISBN 978-85-240-4453-3 IBGE, 2018 A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua

Leia mais

Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil, até semana epidemiológica 31 de 2009

Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil, até semana epidemiológica 31 de 2009 Edição n o 3 agosto de 2009 Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil, até semana epidemiológica 31 de 2009 APRESENTAÇÃO Desde 16 de julho de 2009, após a declaração de transmissão sustentada,

Leia mais

INDICADORES SOCIAIS (AULA 3 EXTRA)

INDICADORES SOCIAIS (AULA 3 EXTRA) INDICADORES SOCIAIS (AULA 3 EXTRA) Ernesto Friedrich de Lima Amaral Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia 1. OUTROS INDICADORES DEMOGRÁFICOS E DE SAÚDE INDICADORES

Leia mais

Perfil dos nascidos vivos de mães residentes na área programática 2.2 no Município do Rio de Janeiro

Perfil dos nascidos vivos de mães residentes na área programática 2.2 no Município do Rio de Janeiro Perfil dos nascidos vivos de mães residentes na área programática 2.2 no Município do Rio de Janeiro Ana Lucia A. de Toledo Carla R. Fernandes 1 Ana Claudia S. Amaral -NESC/UFRJ-SMS/RJ) Vania da S. Cardoso

Leia mais

ANÁLISE ESPACIAL DE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA (LVC) EM URUGUAIANA, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL ( ).

ANÁLISE ESPACIAL DE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA (LVC) EM URUGUAIANA, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL ( ). 1 ANÁLISE ESPACIAL DE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA (LVC) EM URUGUAIANA, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL (2012-2013). RONIELE SANTANA VALENTE 1, YASMIM GUILHARDO 1, DANTON GOULART BITTENCOURT 1, LAURA ILARRAZ

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEPTOSPIROSE NO ESTADO DE SÃO PAULO NO PERÍODO DE 2007 A 2011

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEPTOSPIROSE NO ESTADO DE SÃO PAULO NO PERÍODO DE 2007 A 2011 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEPTOSPIROSE NO ESTADO DE SÃO PAULO NO PERÍODO DE 2007 A 2011 Márcia Regina Buzzar Divisão de Zoonoses CVE SES-SP mbuzzar@saude.sp.gov.br INTRODUÇÃO A Leptospirose é doença infecciosa

Leia mais

MORTALIDADE POR ACIDENTE DE TRÂNSITO ENTRE JOVENS EM MARINGÁ-PR NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

MORTALIDADE POR ACIDENTE DE TRÂNSITO ENTRE JOVENS EM MARINGÁ-PR NOS ÚLTIMOS 10 ANOS MORTALIDADE POR ACIDENTE DE TRÂNSITO ENTRE JOVENS EM MARINGÁ-PR NOS ÚLTIMOS 10 ANOS Alex Gomes da Silva 1 ; Larissa Laila Cassarotti 2,Jaqueline Benatto Cardoso 3,Josylene Rodrigues de Souza Pinheiro 4,

Leia mais

ANÁLISE DO RENDIMENTO DOMICILIAR POR BAIRRO NA CIDADE DE CORUMBÁ-MS RESUMO

ANÁLISE DO RENDIMENTO DOMICILIAR POR BAIRRO NA CIDADE DE CORUMBÁ-MS RESUMO ANÁLISE DO RENDIMENTO DOMICILIAR POR BAIRRO NA CIDADE DE CORUMBÁ-MS Ana Paula Vieira da Silva 1 ; Daniella de Souza Masson 1 ; Orlando Marcos Santos Veroneze 1 ; Joelson Gonçalves Pereira 2 UFGD/FCBA Caixa

Leia mais