GRUPO DE DOENÇAS. Grupo de Doenças. Profª. Msc. Flávia Luciane Bidóia Roim. Universidade Norte do Paraná
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- Carla Maria do Pilar Azeredo da Fonseca
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1 Grupo de Doenças GRUPO DE DOENÇAS Profª. Msc. Flávia Luciane Bidóia Roim Universidade Norte do Paraná
2 Classificação das doenças de plantas: Baseando-se no agente causal, no hospedeiro ou nos processos fisiológicos do hospedeiro que são interferidos pelas doenças (classificação de McNew).
3 GRUPOS DE DOENÇAS: GRUPO I: podridões de órgãos de reserva GRUPO II: danos em plântulas GRUPO III: podridões de raízes e colo GRUPO IV: murchas vasculares GRUPO V: manchas foliares GRUPO VI: viroses, galhas e carvões
4 CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS DE PLANTAS Doenças grupo I PODRIDÕES DE ÓRGÃOS DE RESERVA Patógenos que destroem órgãos de armazenamento Frutos, Sementes e Órgãos de Reserva Tipos de podridões: Podridões secas: frutos e sementes. Podridões moles: frutos, tubérculos e raízes.
5 CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS DE PLANTAS Doenças grupo I PODRIDÕES DE ÓRGÃOS DE RESERVA Agentes causais: Fungos Bactérias Local de infecção: Campo; transporte; armazenamento; embalagem. Características: Saprófitas Pouco evoluídos Não apresentam especificidade ao hospedeiro
6 DOENÇAS DO GRUPO I SINTOMAS: Podridões secas em sementes Formação de micotoxinas (tóxicos ao homem e aos animais); Ex: Aflatoxina, Patulina, Ocratoxina e Citrinina (Aspergillus e Penicillium), Zearelona e Deoxinivalenol/nivalenol (Fusarium). Podridões secas em frutos carnosos Pequenas manchas circundadas por tecido encharcado que evoluem, provocando desidratação dos frutos. Podridões moles em frutos carnosos Pequenas manchas de aspecto encharcado, deprimidas e descoloridas que crescem rapidamente na superfície do órgão afetado. Ex: Tubérculos (batata); Frutos (tomate, pimentão, abobrinha, berinjela); Bulbos (cebola); Raízes (cenoura e mandioca).
7 Grupo I Podridões de órgãos de reserva: Neste grupo os sintomas típicos é podridão mole, devido à ação de enzimas celulolíticas e pectinolíticas, e podridão seca que podem ocorrem em frutos, sementes e órgão de reserva. Como estratégias de controle para esse grupo de doenças podemos utilizar atmosfera modificada, armazenamento em baixas temperaturas, controle químico preventivo e principalmente evitar ferimentos nos órgão colhidos. Geralmente incidem em órgãos de reserva: tubérculos, rizomas, bulbos e frutos. O órgão apodrece e ao mesmo tempo fica amolecido, desprendendo odor desagradável
8 CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS GRUPO I PATÓGENOS TÍPICOS: Fungos Aspergillus Fusarium Botrytis Penicillium Rhizopus Diplodia Colletotrichum Alternaria Cladosporium Phomopsis Lasiodiplodia PATÓGENOS TÍPICOS: Bactérias Pectobacterium - (Erwinia) Pseudomonas
9 Podridão seca Monilinia fructicola Fusarium spp.
10 Podridão seca Aspergillus spp. Alternaria spp.
11 PODRIDÃO MOLE Pectobacterium sp. em pimentões e batatas Rhizopus sp. em morangos
12 PODRIDÃO MOLE Penicillium sp. em tangerinas Rhizopus stolonifer em pêssego
13 CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS - GRUPO I
14 CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS - GRUPO I 1. SOBREVIVÊNCIA Esporangiósporos aplanósporos; Restos de cultura ou hospedeiros alternativos. 2. DISSEMINAÇÃO Vento Água de chuva ou irrigação Manuseio de frutos, sementes e tubérculos Ferramentas. 3. PENETRAÇÃO Ferimentos.
15 CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS - GRUPO I 4. Colonização Desenvolve-se com o crescimento intercelular das hifas Produção de enzimas Promovem a desintegração dos componentes estruturais das células do hospedeiro, degradam substâncias presentes nas células ou afetam diretamente o protoplasma 1 - Degradando a cutícula: cutinases; 2 - Degradando a parede celular: pectinases (degradam a lamela média), celulases, lignases e proteases (degradam compostos primários e secundários da parede celular); 3 Degradando a membrana plasmática: fosfolipases, proteases e amilases.
16 CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS - GRUPO I 5. Reprodução Emissão de hifas, rizóides, esporangióforos, aplanósporos ou oósporos Transformação do órgão atacado por massa disforme do fungo Produção de células bacteriana sobre os tecidos em decomposição Condições favoráveis: Temperatura e Umidade Fungos: 20 a 30 C Bactérias: 5 a 37 C Alta umidade: > 70%
17 Grupo II Danos em plântulas ( damping off ): Os danos ocorrem em pré-emergência e pós-emergência. Os patógenos deste grupo são necrotróficos, tais como: Pythium sp. Phytophthora sp. Rhizoctonia sp. Estes patógenos são favorecidos por alta umidade, podem penetrar diretamente e sobrevivem no solo (clamidósporos, escleródios). São pouco específicos.
18 Grupo II Danos em plântulas ( damping off ): Outros patógenos causadores de danos nas plântulas: Colletotrichum Phoma Fusarium Helminthosporium Cercospora Botrytis Bactérias: Xanthomonas e Pseudomonas
19 Grupo II Danos em plântulas ( damping off ) Em relação à agressividade, os patógenos dos grupos I e II apresentam alta capacidade destrutiva, pois em curto espaço de tempo provocam a morte do órgão ou da planta atacada; são organismos saprofíticos que, através de toxinas, levam, antes, o tecido à morte para, depois, colonizá-lo.
20 Grupo II Danos em plântulas ( damping off ) SINTOMAS: Pontos encharcados localizados no caule, na altura do colo. Estes pontos aumentam de tamanho e podem causar fendilhamento, anelamento ou constrição do caule, provocando o tombamento da plântula.
21 CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS - GRUPO II 1. SOBREVIVÊNCIA Clamidósporos, escleródios e oósporos. Restos de cultura ou hospedeiros alternativos. 2. DISSEMINAÇÃO Água de chuva ou irrigação Movimento do solo (operações de máquinas) Sementes e/ou mudas contaminadas 3. PENETRAÇÃO Direto Ferimentos
22 CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS - GRUPO II 4. Infecção/ Colonização a. Hifas penetram o tecido vegetal de modo direto ou ferimentos. b. Colonização: pressões mecânicas, toxinas e enzimas pectinolíticas e proteolíticas produzidas pelo patógeno. c. Hifas se desenvolvem inter e intracelularmente no tecido vegetal.
23 CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS - GRUPO II 5. Reprodução Formação de estruturas vegetativas e reprodutivas. Condições favoráveis: Temperatura e Umidade Temperatura: 15 a 20 C favorecem os gêneros: Pythium e Phytophthora Clima quente beneficiam Rhizoctonia. Alta umidade no solo Exsudatos de sementes em germinação ou raízes de plântulas podem estimular hifas de Rhizoctonia e zoósporos de Pythium e Phytophthora.
24 Damping off em tomate
25 CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS - GRUPO II MANEJO DE CONTROLE DAS DOENÇAS: Tratamento de sementes Uso de sementes sadias Práticas culturais
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