CANCRO CÍTRICO. Eng.-Agr. Derli Paulo Bonine
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- Vinícius Ferrão Marques
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1 CANCRO CÍTRICO Eng.-Agr. Derli Paulo Bonine
2 Doença causada por uma bactéria: Xantomonas axonopodis pv citri Conseqüências: Queda de frutas e folhas Impede a comercialização Ameaça para os demais pomares
3 Sintoma nas folhas
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9 Sintomas nas frutas
10 Dano em laranja Monte Parnaso
11 Sintoma nos ramos
12 Progressão do cancro A bactéria do cancro pode sobreviver por vários meses em material vegetal cítrico contaminado destacado da planta
13 SOBREVIVÊNCIA E DISSEMINAÇÃO DE BACTÉRIAS A maioria das bactérias fitopatogênicas não forma endosporo, possuindo, consequentemente, capacidade de sobrevivência bem menor que certas espécies esporogênicas como Bacillus e Clostridium, que podem, em certos casos, resistir até mesmo à fervura. Desta forma, a cápsula assume importância muito grande em termos de sobrevivência, possibilitando uma certa resistência ao dessecamento, radiações e produtos químicos. Bactérias fitopatogênicas apresentam várias fases durante seu ciclo de vida, algumas delas associadas à sobrevivência. Nesse sentido, um ciclo de vida típico pode apresentar as seguintes fases:
14 Fase patogênica: a fitobactéria, em estreita e ativa associação com o o hospedeiro, infectando e colonizando seus tecidos, está incitando os sintomas típicos da enfermidade. Para o caso de plantas anuais, essa fase é a fonte de inóculo para a estação seguinte de plantio. Fase residente: bactérias nesta fase são denominadas populações residentes, sendo capazes de se multiplicar na superfície de plantas sadias (cultura agronômica ou erva daninha, planta hospedeira ou não-hospedeira) sem infectá-las, sendo fonte de inóculo na ausência de doença. Nutrientes disponíveis, nesse caso, seriam exsudatos do filoplano ou rizoplano.
15 Fase latente: as bactérias fitopatogênicas encontram-se internamente posicionadas no tecido suscetível, em baixas populações, tendo sua multiplicação paralisada, e os sintomas não se evidenciam. Infecção latente constitui um sério problema em relação à adoção de medidas de controle, principalmente quando consideradas a quarentena e a certificação.
16 Fase hipobiótica: embora não esporogênicas, algumas fitobactérias parecem possuir seus próprios mecanismos que permitem sobreviver por longos períodos em hipobiose. Células bacterianas nesse estado diferem estrutural e metabolicamente de células normais, multiplicam-se ativamente. Em condições de hipobiose, a célula bacteriana parece ser formada gradualmente com o envelhecimento de lesões, sendo provavelmente envolta e protegida por certos tipos de substâncias produzidas por ela, pela planta ou como conseqüência da interação bactéria-planta. Nesse estado, a sobrevivência do patógeno para a próxima estação de plantio é bastante eficiente.
17 Latente: Internamente no tecido suscetível, em baixas populações, com multiplicação paralisada, sem sintomas Residente: se multiplicam na superfície do tecido sadio, sem infectá-lo, sendo fonte de inóculo
18 Penetração: em órgãos jovens das plantas, a bactéria pode penetrar pelos estômatos de folhas, ramos e frutos. Também penetra por ferimentos em partes maduras. Só penetra quando há água livre.
19 Resistência das variedades 01.- Bergamoteira Poncan 02.- Bergamoteiras Montenegrina, Caí e Pareci 03.- Limoeiro Tahiti 04.- Laranjeira Shamouti 05.- Laranjeira Valência 06.- Tangor Murcott 07.- Limoeiro Cravo 08.- Laranjeira Umbigo 09.- Limoeiro Siciliano 10.- Pomeleiros Atenção: existe diferença na resistência ao cancro em copas enxertadas em diferentes porta-enxertos. Copas enxertadas em trifoliata são mais resistentes que copas enxertadas em limoeiro cravo
20 Disseminação:
21 Sobrevivência de Xanthomonas axonopodis pv. Citri - Sérgio Ruffo Roberto Sobrevivência Material até 2 horas Luvas de couro até 1 dia Escadas de madeira Veículo (metal) Luva de algodão seca até 2 dias Folha cítrica (sem lesões) Caixa de colheita plástica Caixa de colheita de madeira Tecido jeans até 5 dias Tronco cítrico (sem lesões) Fruto cítrico (sem lesões) > 5 dias Luva de algodão úmida Grama até 25 dias Folhas cítricas com lesões na superfície de solo úmido até 80 dias Folhas cítricas com lesões enterradas em solo seco até 120 dias Folhas cítricas com lesões na superfície de solo seco
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30 O que fazer quando tem cancro? - Erradicar em municípios indenes. Proposição de manejo de pomar de citros para o controle do Cancro Cítrico - Implantação de quebra-ventos - Inspeção das plantas - Toalete no outono-inverno - Não entrar no pomar com umidade - Manejo de plantas recuperadoras - Suspender fertilizantes solúveis
31 Controle com pulverizações de calda sulfocálcica e calda bordalesa: - Abril a maio aplicar calda sulfocálcica - Agosto/setembro aplicar calda bordalesa 0,5 % - Proteger os frutos jovens - 30 a 40 dias após a floração com calda bordalesa - Novembro/dezembro - proteger da larva-minadora e aplicar calda bordalesa - Janeiro - aplicar calda bordalesa - os frutos ficam suscetíveis até 3-5 meses de idade. - Fevereiro/março - período de brotação longa - duas aplicações de calda bordalesa - E a chuva? - Atenção: aplicar calda bordalesa ANTES da chuva.
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