MÉTODOS EM FITOPATOLOGIA
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- Fábio de Sá Barreto
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1 Universidade Federal de Sergipe Depto de Engenharia Agronômica MÉTODOS EM FITOPATOLOGIA (Aula 2) Paulo Roberto Gagliardi Março de 2012
2 MÉTODOS EM FITOPATOLOGIA Obs.: 1 - Não será permitido a participação de alunos sem Jaleco nas aulas práticas ; 2 Recomenda-se, em aulas práticas, o uso de sapatos fechados e calça comprida.
3 TRABALHO Cada aluno terá que entregar até o dia 14 de Junho de 2012: 2 ISOLADOS DE PATÓGENO DE PLANTAS Podendo ser: 2 FUNGOS OU 2 BACTÉRIAS OU 1 FUNGO E UMA BACTÉRIA OBS.: O isolado deverá conter as seguintes informações: 1 Cultura; 2 Local de coleta (cidade, sítio, etc.); 3 Parte da cultura (semente, raiz, caule, folha, fruto) 4 Método de isolamento utilizado; 5 Método de identificação utilizado; 6 Método de conservação. OBS.: Este trabalho contribuirá para a elaboração da MICOTECA do Laboratório Ecofisiologia e Pós-colheita (ECOPOC) onde serão mantidos para estudos diversos
4 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
5 Universidade Federal de Sergipe Departamento de Engenharia Agronômica CLASSIFICAÇÃO DE DOENÇAS DE PLANTAS Grupo II Prof. Paulo Roberto Gagliardi
6 Classificação segundo McNew
7 Grupos de doenças baseados nos processos interferidos I - Doenças que destroem os órgãos de armazenamento Podridões de órgãos de reserva II - Doenças que causam danos em plântulas Tombamentos III - Doenças que danificam as raízes Podridões de raiz e colo IV - Doenças que atacam o sistema vascular Doenças vasculares V - Doenças que interferem com a fotossíntese Manchas, ferrugens, oídios, míldios VI - Doenças que alteram o aproveitamento das substâncias fotossintetizadas Carvões, galhas, viroses
8 Grupos de doenças baseados nos processos interferidos Grupos de doenças de plantas e sua relação com especificidade, agressividade e evolução do parasitismo do agente patogênico
9 Grupos de doenças, segundo a classificação de McNew, baseada no processo fisiológico interferido pelo patógeno. Grupo Processo interferido Doenças/Sintomas Patógeno Controle 1 Armazenamento de nutrientes Doenças pós-colheita, podridões moles Parasitas facultativos ou acidentais Evitar ferimentos ou secas em sementes, frutos, etc. Rhizopus spp. Armazenamento adequado Penincillium spp. Uso de fungicidas Erwinia spp. Lasiodiplodia theobromae 2 Formação de tecidos jovens "Damping-off" ou tombamento de Parasitas facultativos Tratamento do solo plântulas Pythium spp. Tratamento de sementes Rhizoctonia spp. Uso de sementes sadias Phytophthora spp. Práticas culturais 3 Absorção de água e nutrientes Podridões de raízes e do colo Parasitas facultativos Tratamento do solo Fusarium solani Rotação de cultura Sclerotium rolfsii Cultivares resistentes Thielaviopsis basicola 4 Transporte de água e nutrientes Murchas vasculares com sintomas Parasitas facultativos Tratamento do solo externos e internos Fusarium oxysporum Rotação de cultura Verticillium albo-atrum Cultivares resistentes Ralstonia solanacearum Controle de nematoides
10 Doenças que causam danos em plântulas Tombamento Damping-off Tecidos afetados Tecidos vegetais jovens dependentes de reserva nutricional Sementes intumescidas Denominações Damping-off de pré-emergência Damping-off de pós-emergência Danos em plântulas
11 Agentes causais Fungos Bactérias Características Parasitas facultativos; Habitantes naturais do solo; Mais evoluídos que patógenos associados a podridões de órgãos de reserva; Não apresentam especificidade ao hospedeiro; São agressivos matam rapidamente a planta; São agentes de doenças cosmopolitas.
12 Parasitas facultativos: São aqueles que normalmente se desenvolvem como saprófitas, mas que são capazes de passar parte, ou todo o seu ciclo de desenvolvimento como parasitas. São facilmente cultivados em meio de cultura. Ex: fungos como Rhizoctonia solani, Penicillium, Pythium, Rhizopus e Sclerotium rolfsii.
13 Sintomatologia Sintomas de pré-emergência Sementes com tecidos escuros, flácidos e decompostos Inicialmente tecidos com manchas encharcadas que aumentam de tamanho e escurecem Destruição de tecidos tenros ; Redução da densidade de plântulas.
14 Sintomas de pré-emergência Sementes com tecidos escuros, flácidos e decompostos
15 Sintomas de pré-emergência Sementes com tecidos escuros, flácidos e decompostos
16 Sintomatologia Sintomas de pós-emergência Região do colo com manchas encharcadas, de crescimento rápido, escuras: Lesões deprimidas, fendilhamento ou constrição Tombamento de plântulas Raízes escurecidas e apodrecidas Falhas no plantio e tombamento em reboleiras
17 Sintomas de pós-emergência Pythium Gaeumannomyces Damping off e região do colo com manchas encharcadas, escuras e lesões deprimidas
18 Sintomas de pós emergência Phytophthora Pythium Fendilhamento ou constrição do colo e tombamento
19 Sintomas de pós emergência Falhas de plantio e tombamento em reboleira;
20 Sintomas de pós emergência Podridão de raízes (a, b) ; reboleira de Pythium (c) ; Phytophthora (d)
21 Sintomas de pós emergência Sintomas de Rhizoctonia sp.: A - damping off B - constrição do colo, região do colo com manchas encharcadas, escuras e lesões deprimidas e podridão do colo
22 Sintomas de pós emergência
23 Sintomas de pós emergência Apodrecimento na base do caule de tomateiro causadas por Phytophthora Tombamento de mudas de tomateiro causadas por Pythium
24 ETIOLOGIA Causas Agentes de natureza fúngicas e bacterianas. Patógenos fúngicos típicos Pythium sp. Rizoctonia sp. Phytophthora sp. Outros gêneros: Colletotrichum, Gaeumannomyces Phoma, Fusarium, Helminthosporium, Cercospora e Botrytis Bactérias causadoras de damping-off Pseudomonas Xanthomonas
25 Características Pythium Hifas não septadas Micélio branco e esparso Esporângios e esporangiósporos Anterídios, oogônios e oósporos
26 Características Phytophthora Micélio branco ramificado Esporângios em forma de pêra
27 Características Rhizoctonia Micélio estéril, hialino, marrom claro e marrom escuro Produção de escleródios Produzem basidiósporos.
28 Características Pseudomonas Único flagelo polar Bastonete Gram-negativa Não forma endósporo e cápsula Colônias opacas (creme).
29 Características Xanthomonas Flagelo polar Gram-negativa Não forma endósporo Colônias brilhantes (amarelas).
30 Ciclo das relações patógeno-hospedeiro Sobrevivência Oósporos e escleródios (fungos) e células bacterianas Restos de cultura Disseminação Curta distância Água - zoósporos e células bacterianas Longa distância Água de chuva ou irrigação Aração e gradagem Mudas Sementes
31 Ciclo das relações patógeno-hospedeiro Inoculação Contato da semente com solo contaminado Penetração Direta Ferimentos presentes Colonização Desenvolve-se com o crescimento intercelular e intracelular das hifas Pressão mecânica Enzimas Toxinas
32 Ciclo das relações patógeno-hospedeiro Condições favoráveis Alta umidade no solo (encharcamento) Temperatura Pythium e Phytophthora C Rhizoctonia clima mais quente Exsudatos das sementes em germinação ou raízes de plântulas Presença de tecidos tenros
33 Controle Diminuir o inóculo do patógeno Evitar determinadas condições ambientais Promover rápido crescimento das plântulas Exclusão Erradicação Regulação
34 Métodos de Controle Sementes e mudas sadias Tratamento de sementes com fungicidas ou antagônicos Tratamento do solo com fungicidas ou antagônicos Rotação de cultura (plantas não-hospedeiras) Escolha a área de plantio Utilizar solo que tenham boa drenagem Realizar irrigação não excessiva Uso de sementes com alto vigor Uso correto de nitrogênio Plantio a profundidade adequada
35 Métodos de Controle Uso de controle biológico Solarização
36 Controle Sementes sadias Irrigação com água que não venha de áreas infestadas Podridão no feijoeiro Fusarium solani f. sp. phaseoli Tratamento químico das sementes Melhoria das condições de drenagem dos solos
37 Controle Tratamento químico das sementes Damping-off Semente de soja Phytophthora spp. Variedades resistentes Melhoria das condições de drenagem dos solos
38 Damping off - (Pythium spp) Sobrevive na matéria orgânica ou restos culturais Disseminação - água e/ou implementos Penetração de hifas (zoósporos ou oósporos) nas sementes ou tecidos jovens Colonização por enzimas - decompõem as sementes ou degradam a lamela média das células Enzimas e toxinas promovem o rompimento da célula morte do tecido manchas marrons Deterioração do material vegetal reprodução do fungo falha de plantio Ambiente favorável: solo saturado de umidade ocorre a produção de esporângios e oósporos
39 Damping off - (Rhizoctonia spp.) Sobrevive na matéria orgânica ou restos culturais Disseminação - água e/ou implementos Penetração de hifas (micélio ou escleródios) nas sementes ou tecidos jovens por pressão mecânica Colonização por ácidos orgânicos (morte da célula) enzimas celulolíticas e pectinolíticas (colapso dos tecidos) Sintomas de pontos encharcados que evoluem para manchas escuras Deterioração do material vegetal reprodução do fungo falha de plantio
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