O comércio intra-setorial e suas implicações para a economia cearense

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1 O comérco ntra-setoral e suas mplcações para a economa cearense Gsela Mara Prata Avelno 1 Rosemery Melo Carvalho 2 Luíz Artur Clemente da Slva 3 Resumo: Neste trabalho, analsou-se a partcpação do comérco ntra-setoral nas exportações do estado do Ceará e os seus mpactos sobre as prncpas varáves econômcas durante o período de 1996 a Incalmente, fo dentfcada a ntensdade desse tpo de transação comercal, com base no índce proposto por Grubel e Lloyd (1975). A segur, fo analsada a sua contrbução para o fluxo total de mercadoras comercalzadas nternaconalmente, com base na metodologa proposta por Menon e Dxon (1996). Os resultados obtdos mostraram que o comérco ntra-setoral tem uma pequena partcpação no comérco total e que, embora alguns produtos prmáros e mneras partcpem desse tpo de comérco, as manufaturas são os prncpas produtos. Em relação aos seus mpactos sobre as prncpas varáves econômcas, verfcou-se que o comérco ntra-setoral tem efetos postvos sobre o emprego, porém sua ntensfcação pode provocar aumentos no grau de concentração da pauta de exportações e no nível de concentração de renda enquanto reduz o grau de abertura comercal do estado do Ceará. Palavras-chaves: comérco nternaconal, produtos dferencados, comérco ntra-setoral. Abstract: Ths study amed at the partcpaton of ntra-sectoral commerce of export results n Ceara state and ts mpacts on man economc varables from 1996 to The 1 Mestre em Economa Rural, Unversdade Federal do Ceará (UFC). E-mal: gsela_prata@yahoo.com.br 2 Doutora em Economa, Professora do Departamento de Economa Agrícola. Bolssta do Programa de Educação Tutora (PET). Unversdade Federal do Ceará (UFC). E-mal: rmelo@ufc.br 3 Doutor em Economa, Professor do Departamento de Economa Agrícola da Unversdade Federal do Ceará (UFC). E-mal: artur@ufc.br

2 832 O comérco ntra-setoral e suas mplcações para a economa cearense ntensty of ths type of commercal transactons was dentfed, based on the Index consdered for Grubel and Lloyd (1975). Consequently, t was analyzed ts contrbuton for the total of nternatonally commercalzed merchandses, based on methodology proposed for Menon and Dxon (1996). The analyss of the data show that ntra-sectoral commerce has a small contrbuton at total commerce results and, despte some prmary products and mneral partcpate, manufactures are man products. Regardng mpacts on man economc varable, t was verfed that the ntra-sectoral commerce has postve effect on the generaton of new jobs. However, ts ntensfcaton can provoke ncreases n the concentraton of export gudelne and n the ncome level whle reduces the degree of commercal aperture of Ceara state. Key-words: nternatonal trade, dfferentated products, ntra-ndustry trade. Classfcação JEL: F10, O24, L Introdução Nos últmos anos, os trabalhos empírcos sobre comérco nternaconal têm evdencado um ncremento das exportações e mportações entre países, ou grupos de países, de mercadoras pertencentes ao mesmo segmento ndustral, o qual fo denomnado de comérco ntra-ndústra ou ntra-setoral. Entretanto, esse padrão não é consstente com a teora tradconal, cujas hpóteses báscas fundamentam o comérco nterndustral ou ntersetoral. Durante as décadas de 1970 e 1980, mutos trabalhos surgram com o objetvo de explcar o comérco ntra-setoral. Alguns economstas procuraram justfcar esse tpo de ntercâmbo como resultado das agregações que são fetas nas estatístcas 4 ; outros o atrbuem ao comportamento dos consumdores de cada país, às estratégas das empresas produtoras e à exstênca de dferencação vertcal ou horzontal dos produtos. Em termos geográfcos, a ncdênca de comérco ntra-setoral ocorre geralmente entre países ndustralzados em função, prncpalmente, das semelhanças nas dotações dos fatores e nos níves de renda. Todava, os processos de ntegração regonal também cram condções favoráves para esse tpo de ntercâmbo (BAUMANN, 1998). Deve-se ressaltar, contudo, que os dos tpos de comérco ntra-setoral e ntersetoral podem ocorrer smultaneamente. De modo que, no comérco ntersetoral, prevalece a teora de Heckscher-Ohln, em que a especalzação está 4 Em geral, quanto maor for a agregação dos dados utlzados sobre comérco, maores serão as evdêncas do comérco ntra-setoral, porém, estudos empírcos mostram a exstênca desse tpo de comérco, mesmo consderando desagregações razoavelmente grandes (Grubel e Lloyd, 1975).

3 Gsela Mara Prata Avelno, Rosemery Melo Carvalho e Luíz Artur Clemente da Slva 833 baseada na dotação de fatores em cada um dos países, enquanto que, no comérco ntra-setoral, a comercalzação ocorre mesmo que a dotação de fatores seja semelhante entre dos países. Nesse caso, esse tpo de comérco fundamenta-se, prncpalmente, na exstênca de economas de escala, concorrênca mperfeta e dferencação dos produtos. Os prncpas argumentos favoráves ao comérco ntra-setoral são: prmero, quanto maor for o ntercâmbo ntra-setoral, menores serão os custos de ajuste da estrutura produtva naconal em resposta a varações do comérco externo; segundo, quanto maor for a complementação produtva entre os países, menor será a probabldade de mposção de barreras comercas às mportações. Uma outra fonte de ncentvo a esse padrão de comérco refere-se à possbldade de especalzação das economas na produção de um menor número de bens, porém o tamanho do mercado lmta o grau de especalzação. Assm, o lvre comérco pode possbltar o aprofundamento da dvsão do trabalho com obtenção de maores ganhos de efcênca, produtvdade e compettvdade no mercado nternaconal, garantndo o acesso dos consumdores a uma maor varedade de bens com ganhos reas de bem-estar. Na economa braslera, o comérco ntra-setoral vem apresentando uma tendênca crescente ao longo dos anos, todava, algumas evdêncas empírcas, tas como as obtdas por Olvera (1986), Lerda (1988), Albuquerque e Fernandes (1999) e Hdalgo (1993), mostram que esse padrão de trocas é mas freqüente nos grupos de produtos manufaturados, os quas são mas dferencados. No entanto, Hdalgo (1998) constatou que, no Nordeste do Brasl, o comérco ntra-setoral não é um prvlégo apenas dos produtos manufaturados. Nesse sentdo, ele pode ser vsto com certo otmsmo por parte das regões sem-ndustralzadas, abundantes em trabalho e escassas em captal. Desse modo, neste estudo, pretende-se analsar a partcpação do comérco ntra-setoral no comérco exteror do estado do Ceará para o período compreenddo entre 1996 e Especfcamente, pretende-se analsar sua evolução e a sua nfluênca sobre mportantes varáves macroeconômcas tas como, o desemprego, a concentração de renda, a abertura comercal, o grau de concentração da pauta de exportações e o grau de ndustralzação do estado. Espera-se, com os resultados da pesqusa, contrbur para a fundamentação e defnção de melhores estratégas de nserção e polítcas comercas para o Ceará. Além desta seção ntrodutóra, este estudo apresenta mas quatro seções. A seção dos mostra a evolução da teora de comérco nternaconal; na seção três estão defndas as varáves e as fontes dos dados empregados neste trabalho e também são apresentados, de forma detalhada, os métodos utlzados para analsar o comérco ntra-setoral e sua nfluênca sobre mportantes ndcadores econômcos do Ceará. A análse dos resultados encontra-se na seção quatro e as conclusões, na cnco.

4 834 O comérco ntra-setoral e suas mplcações para a economa cearense 2. Referencal Teórco A teora do comérco nternaconal tenta responder questões fundamentas referentes aos fatores que determnam o comérco entre os países e os possíves benefícos que podem ser obtdos a partr desse processo. A busca por uma boa teora é anteror ao nascmento da Economa como dscplna formalzada, o que para mutos acontece com a publcação de The Wealth of Natons de Adam Smth em Nos séculos XVII e XVIII, acredtava-se que a rqueza das nações era determnada pelo seu estoque de moeda (metas precosos) e que o comérco era o meo para aumentá-la. As déas defenddas, durante essa época, fcaram conhecdas como Mercantlsmo. Na vsão mercantlsta, a únca estratéga compatível com o aumento da rqueza e do poder era a adoção de uma polítca comercal essencalmente proteconsta e naconalsta, ncentvando as exportações e desestmulando as mportações. De modo que, não se admta a possbldade de obtenção de ganhos smultâneos para o conjunto de países envolvdos no comérco nternaconal. A atvdade econômca era, portanto, reduzda a um jogo de soma zero, no qual os ganhos de um país têm lugar em detrmento dos resultados obtdos pelos demas (APPLEYARD; FIELD, 1998). No fnal do século XVIII, os chamados autores clásscos propuseram um enfoque alternatvo com ênfase não mas nos objetvos da nação, mas nas motvações de cada ndvíduo (ou agente econômco ). A teora clássca avançou em relação aos mercantlstas, sustentando que para que duas nações negocassem voluntaramente, ambas deveram ganhar. Entre os prncpas teórcos clásscos estão Davd Hume (1752), que questonou o argumento mercantlsta de que uma economa podera acumular ndefndamente dvsas (ouro) sem afetar, com sso, sua posção compettva no mercado nternaconal; Adam Smth (1776), que desenvolveu a Teora da Vantagem Absoluta, e Davd Rcardo (1917) 5, que formulou a Teora da Vantagem Comparatva. No fnal do século XIX e o níco do século XX, surgram alguns questonamentos em relação aos supostos báscos da teora clássca, prncpalmente no que se refere às dferenças nos custos comparatvos, à suposção de custos constantes e ao fato de que os processos produtvos consderassem apenas um fator de produção, o trabalho. Essas e outras ndagações levaram à formulação do enfoque neoclássco, fortemente baseado nas relações mcroeconômcas. 5 O conceto da vantagem comparatva fo orgnalmente proposto por Davd Rcardo em sua publcação The Prncples of Poltcal Economy and Taxaton, publcada em 1917.

5 Gsela Mara Prata Avelno, Rosemery Melo Carvalho e Luíz Artur Clemente da Slva 835 Os fundamentos báscos da teora neoclássca enfatzam que as prncpas fontes de comérco entre os países estão relaconadas às dferenças nas suas dotações de fatores de produção e, não, às dferenças nos processos produtvos, consttundo-se, portanto, uma vsão dametralmente oposta à concepção clássca. A teora de Heckscher-Ohln 6 representa uma das prncpas contrbuções neoclásscas para a teora do comérco nternaconal. Essa proposta teórca dfere do modelo rcardano em dos aspectos mportantes: prmero, o modelo rcardano consdera apenas o trabalho como fator de produção, enquanto a teora de Heckscher-Ohln leva em consderação também o captal; segundo, essa teora abandona a questão tecnológca e enfoca as dferenças nas dotações de fatores e a ntensdade com que eles são utlzados como a prncpal fonte de comérco entre os países 7, admtndo a exstênca de dferenças tecnológcas entre os produtos, mas não entre os países, como supunha o modelo rcardano. Porém, essas formulações teórcas não foram sufcentes para explcar a exstênca de um ntenso fluxo de comérco entre países no qual não hava dferenças sgnfcatvas em relação aos custos e à dotação de fatores, contrarando a teora das vantagens comparatvas. As prmeras referêncas a esse tpo de comérco datam do níco do século XX, tratadas por Taussg (1947) como uma anomala estatístca. Porém, ele veo a ter um tratamento teórco mas sóldo somente a partr da década de 1960, com os trabalhos de Verdoorn (1960); Lnder (1961); Balassa (1966) e Grubel (1967). Mas fo apenas com o trabalho conjunto de Grubel e Lloyd (1975) que o tema passou a ter tratamento empírco defntvo 8. Nesse contexto, o comérco nternaconal possblta que cada país produza uma varedade restrta de bens e obtenha vantagem das economas de escala sem sacrfcar a varedade no consumo. A opção de se produzr uma dversdade menor de bens em grande escala provoca ganhos de efcênca, devdo às reduções dos custos untáros, aumentos nos lucros e ganhos advndos da complementação ndustral entre os países envolvdos. Se o relaxamento da hpótese de rendmento constante de escala leva à exstênca de comérco em bases dstntas daquelas prevstas pela teora convenconal, o mesmo pode ser estabelecdo em relação à hpótese de 6 Os prncípos báscos dessa teora, de acordo com Gonçalves et al. (1998), foram formulados orgnalmente por El Flp Heckscher em 1919 e, posterormente, desenvolvdos por seu ex-aluno, Bertl G. Ohln, em Por sso, passou a ser conhecda como teora ou teorema de Heckscher-Ohln. 7 A teora de Heckscher-Ohln também é conhecda como a teora das proporções dos fatores porque enfatza o mecansmo entre as proporções nas quas fatores dferentes de produção estão dsponíves em países dferentes e as proporções em que esses fatores são utlzados para produzr bens dferentes. 8 O comérco ntra-setoral consttu a Nova Teora do Comérco Internaconal tendo como seus prncpas representantes Paul Krugman e Elhanam Helpman.

6 836 O comérco ntra-setoral e suas mplcações para a economa cearense concorrênca perfeta. De acordo com Krugman & Obstfeld (1999), a análse das ndústras caracterzadas por economas de escala, em geral, é feta supondo-se uma estrutura de mercado de concorrênca monopolístca. Um outro elemento ncluído nessa teora é a possbldade de os consumdores terem sua demanda nfluencada pela dferencação dos produtos aparentemente homogêneos, mas que se dstnguem por algum atrbuto específco. Essa dferencação abre do ponto de vsta do comérco nternaconal a possbldade de ntercâmbo de mercadoras entre dos países com exportações e mportações smultâneas de produtos normalmente classfcados como dêntcos. Porém, a nclusão das hpóteses de economas de escala, dferencação de produtos e concorrênca mperfeta nos modelos de comérco ntra-setoral não elmna a possbldade de exstênca de comérco ntersetoral; na verdade, esses dos tpos de comérco podem ser observados conjuntamente. De acordo com a lteratura especalzada, o comérco ntra-setoral se mostra mas mportante para as nações ndustralzadas do que para as que estão em processo de desenvolvmento. Porém, à medda que estas nações em desenvolvmento alcançam patamares ndustras mas elevados, crescem as oportundades de dferencação de bens e, portanto, aumentam, também, a dnâmca de comérco nternaconal e as oportundades de nternaconalzação para empresas naconas. Para Fonseca (1989), sso não sgnfca que o comérco ntra-setoral está restrto aos países desenvolvdos. A especalzação também podera ocorrer entre países com dferentes níves de desenvolvmento, quando as varedades de produtos comercalzados ncorporam atrbutos correspondentes às suas dotações de fatores. De forma sucnta, pode-se afrmar que, para a exstênca do comérco ntra-setoral entre duas nações, é necessáro que haja especalzação, produção em escala e oportundades de complementação produtva. Somente a produção de bens dferencados não é o bastante, pos os ganhos de efcênca, produtvdade e compettvdade vão ser dados pela escala de produção e não pela smples dferencação da produção de bens decorrentes da dotação relatva de fatores. 3. Metodologa 3.1. Defnções das varáves e fonte dos dados a) Desemprego (DES): a taxa de desemprego expressa o percentual da população economcamente atva de 10 anos ou mas de dade que se encontra desocupada na semana de referênca 9. Neste estudo, essa 9 O crtéro usado pelo IBGE é o de emprego aberto, o qual consdera desempregadas somente aquelas pessoas, que, no período de referênca, estavam dsponíves para trabalhar e realmente procuraram trabalho.

7 Gsela Mara Prata Avelno, Rosemery Melo Carvalho e Luíz Artur Clemente da Slva 837 varável fo medda pelas estatístcas da taxa de desemprego 10 calculadas pelo Insttuto Braslero de Geografa e Estatístca (IBGE) por meo da Pesqusa Naconal por Amostra de Domcílos (PNAD). b) Abertura Comercal (ABR): pode ser defnda como o grau de ntervenção da polítca comercal de um país nas suas atvdades de exportação e mportação. Neste trabalho, o índce de abertura comercal fo calculado pela razão entre a soma do valor das mportações e exportações do estado do Ceará pelo seu Produto Interno Bruto (PIB), em cada ano, meddos em US$ FOB. c) Índce de Concentração da Pauta de Exportação por Produtos (ICP): representa a relação entre o valor das exportações de um dado produto e o valor total das exportações no t-ésmo período de tempo. O grau de concentração da pauta de exportações cearense fo calculado com base no Índce de Concentração por Produtos (ICP) proposto por Gn-Hrschman. d) Concentração de Renda (G): mede o grau de desgualdade exstente entre os ndvíduos, segundo a renda domclar per capta. Neste estudo, foram utlzados os valores do índce de Gn dvulgados pela Pesqusa Naconal por Amostra de Domcílos 11 (PNAD/IBGE), cujos valores varam de zero, quando não há desgualdade, a um, quando a desgualdade é máxma. e) Grau de Industralzação (GIND): refere-se ao nível de desenvolvmento do parque produtvo e dos processos de produção de uma dada economa. Para mensurar o grau de ndustralzação do estado do Ceará, fo utlzada a razão entre os valores do PIB das manufaturas 12 e o PIB total do estado, obtdos junto ao Insttuto Braslero de Geografa e Estatístca (IBGE) e Insttuto de Pesqusa Econômca Aplcada (Ipea). f) Comérco Total (CT): é defndo como o fluxo total de mercadoras comercalzadas por uma dada economa com o resto do mundo. Esse valor fo obtdo pela soma do valor total em US$ FOB das exportações e mportações em cada período de tempo. g) Comérco Intra-Setoral (CII): defndo como o ntercâmbo entre dos países com exportações e mportações smultâneas de produtos pertencentes a uma mesma ndústra. Para medr a ntensdade do comérco ntra-setoral, fo utlzado o índce proposto por Grubel e Lloyd, (1975), calculado a partr dos valores das exportações e mportações de cada produto comercalzado nternaconalmente. 10 Os dados da taxa de desemprego, no momento da realzação deste estudo, não estavam dsponíves para os anos de 2000, 2003 e A PNAD não fo realzada para o ano de O PIB das manufaturas refere-se aos produtos ncluídos nos grupos 3 ao 14 (ver Quadro 1 do anexo); esse não fo dsponblzado para os anos de 2003 e 2004.

8 838 O comérco ntra-setoral e suas mplcações para a economa cearense h) Comérco Intersetoral (CEI): é defndo como o ntercâmbo entre dos países com exportações e mportações de produtos pertencentes a ndústras dferentes. Pode ser calculado, de forma resdual, pela dferença entre o valor do comérco total (CT) e o valor do comérco ntra-setoral (CII). As nformações referentes ao PIB foram obtdas junto ao Insttuto Braslero de Geografa e Estatístca (IBGE), as quas se referem ao valor agregado de todos os bens e servços fnas produzdos dentro do terrtóro econômco do País, ndependentemente da naconaldade dos propretáros das undades produtoras desses bens e servços, exclundo-se as transações ntermedáras, sto é, ele é meddo a preços de mercados. As estatístcas sobre as exportações e mportações cearenses foram obtdas do banco de dados do sstema Alceweb dsponblzado pela Secretara de Comérco Exteror, órgão vnculado ao Mnstéro do Desenvolvmento, Indústra e Comérco Exteror (Secex/MDIC) Métodos de Análse Determnação do Índce de Comérco Intra-Setoral no estado do Ceará Para dentfcar as categoras de bens que partcpam do comérco ntra-setoral, utlzou-se o índce proposto por Grubel e Lloyd (1975), dado por: B ( X M ) X M ( X M ) (1) no qual: X representa as exportações da -ésma categora do estado j, em US$ FOB; M representa as mportações da -ésma categora do estado j, em US$ FOB; (X + M ) é o comérco total da ndústra do estado j; X M é o valor absoluto do saldo comercal da ndústra do estado j; t representa o t-ésmo período de tempo (t = 1,..., 9). O índce B, descrto acma, está contdo no ntervalo [0,1]. Quando esse índce assume um valor gual a zero, todo o comérco é feto ntersetores. Assm, o comérco é explcado exclusvamente pelas vantagens comparatvas. Por outro lado, quando o índce é gual a um, todo o comérco é ntra-setoral. Nesse caso, as vantagens comparatvas não explcam o comérco, de modo que as economas de escala podem ser uma fonte ndependente de comérco nternaconal.

9 Gsela Mara Prata Avelno, Rosemery Melo Carvalho e Luíz Artur Clemente da Slva 839 A medda sumára do comérco ntra-setoral, B jt, fo obtda por meo da méda dos B, ponderada pela partcpação da -ésma categora no volume total do comérco, ( X M ) ( X M ), dada por: B jt ( X M ) B ( X M ) ( X M ) X M ( X M ) ( X M ) ( X M ) B jt ( X M ) X M ( X M ) (2) De acordo com Grubel e Lloyd (1975), a exstênca de desequlíbros entre exportações e mportações faz com que os coefcentes B jt sejam vesados no sentdo decrescente. Para reduzr os efetos dos desequlíbros comercas agregados, o valor desse índce pode ser expresso por: C jt ( X M ) X M ( X M ) X M (3) Desse modo, C jt também assume valores compreenddos entre 0 e 1, cuja nterpretação é feta de forma dêntca ao do índce B. Para efetos de lustração, em termos percentuas, um valor gual a 55 sgnfca que 55% do comérco se deve à especalzação ntra-setores e os 45% restantes podem ser atrbuídos ao padrão ntersetoral. Pode-se notar que as fórmulas (2) e (3) apresentam, em seu numerador, a expressão X M. Assm, para algum subconjunto de categoras, nas quas X M ou X M para todo, tem-se que X M X M para qualquer valor de X e M. Nesse caso, desde que uma das restrções seja respetada, a propredade da desgualdade dos trângulos X M ( X M ) X M se verfca como gualdade. Logo, o índce C jt assumrá o valor 1, uma vez que o numerador se guala ao denomnador. Ademas, o índce B jt tenderá a ser sempre menor que C jt, desde que se obedeça às restrções menconadas.

10 840 O comérco ntra-setoral e suas mplcações para a economa cearense Contrbução do comérco ntra-setoral e ntersetoral para o crescmento do fluxo comercal cearense Para mensurar a contrbução de cada tpo de comérco para a evolução do fluxo total, utlzou-se a abordagem proposta por Menon e Dxon (1996, 1997). Consderou-se, ncalmente, que o comérco total (CT) da -ésma mercadora no t-ésmo período é dada pela soma do comérco ntersetoral (CEI) e do comérco ntra-setoral (CII). Assm: CT CEI CII (4) sendo que: CT X M CEI X M (5) (6) CII ( X M ) X M (7) Fazendo a dferencal total da equação (4), obtém-se: dct CT CT dcei dcii CEI CII dct dcei dcii (8) Operaconalzando-se algebrcamente a equação (8), obtém-se a taxa de crescmento do comérco total, dada por: dct CT dcei CEI dcii CEI CT CII CII (9) CT Fazendo dct CT ct (9) pode ser reescrta como:, dcei CEI ce, dcii CII c e B CII CT, a expressão ct ce ( 1 B ) c ( B ) (10) Na equação (10), ct, ce e c representam, respectvamente, as taxas de crescmento do comérco total, do comérco ntersetoral e do comérco ntra-setoral em um dado período.

11 Gsela Mara Prata Avelno, Rosemery Melo Carvalho e Luíz Artur Clemente da Slva 841 Consderando que os fatores que determnam o comérco ntersetoral são dferentes dos que determnam o comérco ntra-setoral, pode-se supor que ce é determnado ndependentemente de c. Então, fazendo ( 1 B ). ce Cce e B. c Cc, a equação (10) pode ser reescrta como: ct = Cce + Cc Desta forma, com base na equação (11), podem-se mensurar as contrbuções do crescmento do comérco ntersetoral (Cce) e ntra-setoral (Cc) para o crescmento do fluxo de comérco total Indcador de Concentração das Exportações Coefcente de Gn-Hrschman Para analsar o grau de concentração das exportações em termos de produto, utlzou-se o coefcente de Gn-Hrschman 13, também conhecdo como o Índce de Concentração por Produto (ICP), estmado por: (11) ICP t X X jt 2 (12) em que: ICP t = Índce de Concentração por Produto no t-ésmo período; X jt = valor total das exportações cearenses no t-ésmo período. Esse índce assume valores entre zero e um ( 0 ICP 1). Um ICP elevado sgnfca que as exportações estão concentradas em poucos produtos. Por outro lado, um baxo índce reflete uma maor dversfcação na pauta de exportação Efetos do comérco ntra-setoral e ntersetoral sobre a economa cearense Para dentfcar a exstênca de relação entre os padrões de comérco ntra-setoral e ntersetoral e as varáves desemprego, abertura comercal, concentração da pauta de exportação, concentração de renda e grau de ndustralzação, utlzou-se, a análse de regressão com base no segunte modelo econométrco: ln yt 1 lnciit 2 lnceit t (13) 13 O coefcente de Gn-Hrschman e sua utlzação como medda de dspersão estão expostos no estudo dos Indcadores do Mercado de Trabalho. Estudos de Economa. IKEI. pág

12 842 O comérco ntra-setoral e suas mplcações para a economa cearense No qual y t representa as varáves: desemprego (DES), abertura comercal (ABR), concentração da pauta de exportação (ICP), concentração de renda (G) e grau de ndustralzação (GIND). A segur, são apresentados os prncpas resultados obtdos a partr das metodologas propostas nos tens a Resultados e dscussões Nesta seção, ncalmente são apresentados os resultados referentes ao dmensonamento, à evolução e à contrbução do comérco ntra-setoral para o crescmento do comérco total do Ceará. Posterormente, analsa-se a relação entre os dferentes padrões de comérco e as prncpas varáves econômcas do estado Dmensonamento do comérco ntra-setoral Consderando um nível de desagregação de 8 dígtos, nem todos os produtos da pauta de exportação apresentaram smultaneamente valores exportados e mportados. A Tabela 1 apresenta a evolução do número de categoras de bens para as quas ocorreu o comérco smultâneo entre mercadoras que pertencem ao mesmo setor. Nota-se que o número de categoras aumentou aproxmadamente 87% ao longo do período analsado, passando de 144 categoras em 1996 para 269 em Esse crescmento pode ser explcado, prncpalmente, pelo aumento da partcpação dos produtos manufaturados, os quas representam, em méda, 90% das categoras que apresentaram esse padrão de comérco. Tabela 1. Ceará: número de categoras de bens que apresentaram comérco ntra-setoral, 1996 a 2004 Ano Categoras seleconadas Fonte: Elaborada pela autora com base nos dados do Secex/MDIC.

13 Gsela Mara Prata Avelno, Rosemery Melo Carvalho e Luíz Artur Clemente da Slva 843 Para elmnar o vés de estmação do índce de comérco ntra-setoral, procurou-se, ncalmente, verfcar a exstênca de desequlíbros entre as exportações e mportações cearenses. Na Tabela 2, estão apresentados os valores totas das exportações e mportações, como também os valores totas dos desequlíbros comercas das categoras de bens para as quas ocorreu o comérco ntra-setoral. De acordo com os valores apresentados, verfca-se que, nos anos de 1998, 2000 e 2003, ocorreram os mas elevados desequlíbros comercas, provocados prncpalmente por aumentos sgnfcatvos dos valores exportados, sem que houvesse crescmento da mesma proporção nas mportações. De acordo com dados do MDIC (2006), verfca-se que esse aumento pode ser atrbuído, prncpalmente, ao crescmento expressvo das vendas externas de produtos da ndústra têxtl, vestuáro e calçados, bem como almentos, fumos e bebdas. Tabela 2. Ceará: valor total das exportações, mportações e desequlíbros comercas da economa cearense, consderando as categoras seleconadas, em US$ FOB Ano Exportação Importação Desequlíbros Comercas Fonte: Elaborada pela autora com base nos dados do Secex/MDIC. Devdo à exstênca desses desequlíbros, os índces de comérco ntra-setoral foram calculados a partr de B jt e de C jt, cujos valores estão apresentados na Tabela 3. Em todos os anos, o índce de comérco ntra-setoral B jt apresentou valores nferores ao índce C jt, ou seja, os coefcentes B jt são vesados no sentdo decrescente. Os maores veses ocorreram durante os anos de 1998, 2000 e 2003, devdo à exstênca de elevados desequlíbros comercas. Vale destacar que, em alguns períodos, esses desequlíbros foram tão acentuados que os índcesb jt e C jt apresentaram comportamento nverso. De modo geral, pode-se nferr que grandes desequlíbros comercas geram grandes veses entre os índces B jt e C jt. Desse modo, o índce B jt fo utlzado apenas para seleconar as categoras de bens e o índce C jt, que expurga os efetos desses desequlíbros e, portanto, representa uma medda mas adequada, fo utlzado para medr a ntensdade de comérco ntra-setoral cearense.

14 844 O comérco ntra-setoral e suas mplcações para a economa cearense Tabela 3. Índce de comérco ntra-setoral do estado do Ceará ao longo do período de 1996 a 2004, em porcentagem Índce de comérco Intra-setoral Bjt 17,17 15,35 6,52 12,33 5,71 5,38 9,63 3,38 6,28 Cjt 36,75 24,38 34,81 28,72 15,33 5,80 22,15 16,65 10,04 (Cjt Bjt / Bjt)(%) 114,04 58,83 433,90 132,93 168,48 7,81 130,01 392,60 59,87 Fonte: Resultado da pesqusa. Consderando os valores calculados por C jt, apresentados anterormente na Tabela 3, verfca-se que o comérco ntra-setoral responde, em méda, por aproxmadamente 22% do comérco total do estado, sendo o restante explcado pelo comérco ntersetoral. Os maores valores desse índce ocorreram nos anos de 1996, 1998 e Excetuando-se 1996, esses elevados valores podem ser atrbuídos ao crescmento da partcpação das manufaturas nas exportações cearenses, a qual, em geral, apresentou índces superores aos obtdos pelos bens prmáros e mneras, como também uma tendênca crescente ao longo do período (Tabela 4). Esses resultados, portanto, confrmam os pressupostos da teora do comérco ntra-setoral, os quas estabelecem que a maor partcpação da categora de bens manufaturados se deve à sua maor capacdade de dferencação por parte das ndústras. Tabela 4. Partcpação do comérco de manufaturas e bens prmáros e mneras em relação ao comérco ntra-setoral durante o período de 1996 a 2004, em percentagem Produtos Produtos Manufaturados Bens Prmáros e Produtos Mneras Fonte: Resultado da pesqusa. 23,34 77,62 84,38 91,81 93,80 87,80 87,87 88,92 91,46 76,66 22,38 15,62 8,19 6,20 12,20 12,13 11,08 8, Composção do comérco ntra-setoral por fator agregado A Tabela 5 apresenta o valor do comérco ntra-setoral para os bens manufaturados, prmáros e mneras. Com base nesses dados, constata-se que, apesar das manufaturas apresentarem uma tendênca crescente em termos de valor, o comérco ntra-setoral total apresentou uma tendênca decrescente, explcada, prncpalmente, pela redução méda anual de 21,49% no comérco de produtos prmáros e mneras. Após um período de retração no comérco exteror, o ano de 2000 fo marcado por uma evolução nas exportações e mportações cearenses. Esse fato ocorreu

15 Gsela Mara Prata Avelno, Rosemery Melo Carvalho e Luíz Artur Clemente da Slva 845 devdo, prncpalmente, às mudanças na polítca de promoções das exportações, à entrada de frmas estrangeras, à adoção de novas estratégas de nserção no mercado das frmas que já atuam no exteror e, anda, à desvalorzação do Real em relação à moeda norte-amercana. De acordo com dados do Ipece (2004), entre 1998 e 2004, foram nstaladas, em terrtóro cearense, aproxmadamente ndústras. O programa estadual de atração de nvestmentos, ncado em 1990, também teve uma mportante contrbução para um melhor desempenho das ndústras. Entre os segmentos benefcados com esses ncentvos destacam-se: têxtl, couro-calçadsta, produtos almentares e bebdas. Ano Tabela 5. Ceará: comérco ntra-setoral total das manufaturas e dos bens prmáros e mneras Bens Prmáros e Mneras US$ FOB Taxa de Crescmento % Produtos Manufaturados US$ FOB Taxa de Crescmento % Comérco Intra-Setoral Total US$ FOB Taxa de Crescmento % , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,72 Méda -21,49 21,30-3,27 Fonte: Elaborada pela autora com base nos dados do Secex/MDIC. O processo de ndustralzação também fo fortemente nfluencado pela mplantação do Plano Real em A valorzação cambal e a establzação de preços da economa ncentvaram as mportações de máqunas e equpamentos necessáros à modernzação do parque ndustral do estado, aumentando sua capacdade produtva (RACY, 2006). A Tabela 6 apresenta os prncpas grupos de produtos responsáves pelas varações no comérco ntra-setoral 14. Com base nos valores apresentados, verfca-se que os produtos Têxtl, Vestuáro e Calçados, Almentos, Fumo e Bebdas, Máqunas e Equpamentos e Couros e Peles apresentaram as maores partcpações. 14 Os grupos Almentos, Fumo e Bebdas e Mneras representam os bens prmáros e mneras, enquanto os demas grupos representam os produtos manufaturados.

16 846 O comérco ntra-setoral e suas mplcações para a economa cearense Em relação a esses produtos, pode-se afrmar que eles estão ncluídos nos setores que requerem relatvamente um baxo conteúdo tecnológco; são ntensvos em mão-de-obra e recursos naturas e, portanto, apresentam baxo valor agregado, contrarando o que a teora sugere, ou seja, que o comérco ntra-setoral devera ser mas ntensvo para os produtos que requerem mas tecnologa. Desse modo, a elevada partcpação desses grupos ndca que as economas de escala e a dferencação dos produtos são os prncpas fatores que explcam o seu comérco. Desse modo, essas ndústras podem se benefcar com a ntensfcação dos acordos de ntegração comercal devdo ao aumento do tamanho do mercado. Por outro lado, os grupos com as menores partcpações foram: Madera e Carvão Vegetal, Papel e Celulose e Materal de Transporte, ndcando que, para esses produtos, o comérco é explcado essencalmente por dferenças nas dotações de fatores entre o estado e seus parceros comercas. Para essas ndústras, ao contráro do que fo observado anterormente, um maor grau de abertura pode ter efetos adversos sobre os fatores de produção nelas ntensvamente empregados. Haverá também uma probabldade mas elevada de mposção de barreras comercas devdo à necessdade de, em alguns casos, mpor lmtes à concorrênca estrangera. Tabela 6. Ceará: partcpação percentual dos grupos de produtos no comérco ntra-setoral, 1996 a 2004 Grupos Almentos, Fumo e Bebdas 76,54 22,26 15,23 8,19 5,89 11,87 11,12 10,30 8,21 Mneras 0,13 0,12 0,40 0,00 0,30 0,32 1,00 0,78 0,36 Produtos Químcos 0,09 0,02 0,07 0,10 1,17 0,47 0,13 0,29 0,93 Plástcos e Borracha 0,46 0,10 2,22 0,18 0,03 0,42 3,17 4,88 2,40 Couros e Peles 0,14 0,96 0,05 12,46 46,36 21,88 24,83 3,02 3,67 Madera e Carvão Vegetal 0,04 0,14 0,40 0,21 0,08 0,10 0,08 0,48 0,04 Papel e Celulose 0,00 0,00 0,03 0,07 0,01 0,14 0,11 0,59 0,70 Têxtl, Vestuáro e Calçados 15,42 60,37 68,47 68,67 32,09 41,48 36,11 54,50 40,89 Mneras não Metálcos 0,64 0,25 0,74 0,34 0,07 0,27 1,71 3,48 7,39 Metas Comuns 0,15 5,18 2,74 0,91 3,30 2,24 3,35 2,00 2,42 Máqunas e Equpamentos 5,36 9,43 7,22 7,22 9,59 19,71 17,81 17,05 30,05 Materal de Transporte 0,34 0,12 0,14 0,14 0,36 0,17 0,08 0,36 0,59 Ótca e Instrumentos 0,62 0,82 0,82 0,29 0,61 0,74 0,19 0,60 1,72 Outros 0,07 0,25 1,48 1,22 0,14 0,20 0,29 1,67 0,62 Total Fonte: Resultado da pesqusa. A análse desenvolvda até aqu mostrou a partcpação e a evolução do comérco ntra-setoral no Ceará. A segur, procura-se mensurar a sua contrbução para o crescmento do fluxo de comérco total do estado.

17 Gsela Mara Prata Avelno, Rosemery Melo Carvalho e Luíz Artur Clemente da Slva Contrbução do comérco ntra-setoral e ntersetoral para o crescmento do fluxo de comérco Apesar dos ganhos de partcpação das manufaturas, o valor do comérco ntra-setoral total apresentou um grande declíno ao longo do período analsado. Por outro lado, o comérco ntersetoral cresceu, passando a representar, em méda, aproxmadamente 98% do valor total comercalzado, chegando a mas de 99% entre 2002 e 2004 (Tabela 7). Equaconando essas perdas e ganhos, verfca-se, como resultado fnal, um consderável aumento no comérco total. O maor crescmento ocorreu entre 1999 e 2000 com uma varação em torno de 28%, mpulsonada, dentre outros fatores, pelo crescmento das exportações devdo, prncpalmente, à desvalorzação da moeda naconal em relação ao dólar. Desse modo, pode-se nferr que, apesar da mportânca das economas de escala no comérco nternaconal, as vantagens comparatvas anda se apresentam como a prncpal fonte de comérco para o Ceará. De acordo com Ohln (1968), o comérco ntra-setoral representa uma fonte adconal de comérco, porém, sua mportânca não supera o comérco ntersetoral. Para Baumann et al. (2004), a mportânca relatva de cada um depende do grau de smlardade entre os parceros comercas, prncpalmente, no que dz respeto à razão captal-trabalho, à qualfcação da mão-de-obra e ao grau de desenvolvmento econômco. Se estes são muto dferentes, haverá predomíno do comérco ntersetoral, pos cada um obterá vantagens em produzr os bens cujas tecnologas requerem a utlzação ntensva do fator relatvamente mas abundante. Tabela 7. Ceará: partcpação do comérco ntra-setoral e ntersetoral no valor total de comérco Ano CII CEI CT US$ FOB % US$ FOB % US$ FOB , , , , , , , , , , , , , , , , , , Méda 1,26 98,74 Fonte: Elaborada pela autora com base nos dados do Secex/MDIC. Para um melhor entendmento do padrão de ntercâmbo nternaconal dos produtos cearenses, devem ser consderados, anda, os prncpas países de destnos e orgens dessas mercadoras. De acordo com dados do MDIC (2006), as exportações

18 848 O comérco ntra-setoral e suas mplcações para a economa cearense estão concentradas em apenas oto países de destno, os quas demandam, em méda, 74% do valor total 15. Somente os Estados Undos adqurem, em méda, aproxmadamente 47% do valor total. Por outro lado, em torno de 70% do valor das mportações concentram-se em dez países, sendo que os Estados Undos, a Argentna e a Venezuela respondem, em méda, por 47% desse valor. A elevada partcpação dos Estados Undos, tanto nas exportações quanto nas mportações, é uma das prncpas evdêncas que dão suporte à maor mportânca do comérco ntersetoral no ntercâmbo nternaconal cearense de mercadoras. Isso porque as acentuadas dferenças nas dotações dos fatores, nos níves tecnológcos e no desenvolvmento econômco provdencam um suporte analítco adequado para justfcar as vantagens comparatvas como prncpal fonte de comérco. Analsando a Tabela 8, verfca-se que, em todos os anos, a contrbução do comérco ntra-setoral anda é relatvamente pouco expressva. Por outro lado, o comérco ntersetoral apresentou uma partcpação postva de 3,19%, levando a um crescmento médo de 3,01% no fluxo total, podendo-se nferr que as vantagens comparatvas anda representam um mportante fator para o desenvolvmento do comérco no estado. Apesar da pequena partcpação do comérco ntra-setoral no crescmento do fluxo do comérco total do estado, espera-se que este possa trazer benefícos para a economa cearense. Desse modo, a segur, procura-se verfcar a relação entre a evolução do comérco ntra e ntersetoral, sobre as prncpas varáves econômcas, a fm de compreender, com maor clareza, as suas mplcações para o crescmento e desenvolvmento do Ceará. Tabela 8. Contrbução do comérco ntra-setoral e ntersetoral para o crescmento do fluxo comercal total do estado do Ceará (%) 16 Anos ct Cc Cce 96/97-13,31-0,54-12,77 97/98-7,13-0,67-6,46 98/99-1,72-0,15-1,56 99/00 28,41 0,89 27,52 00/01-5,15-0,64-4,51 01/02 2,54-0,54 3,08 02/03 10,33-0,15 10,48 03/04 10,08 0,32 9,76 Méda 3,01-0,18 3,19 Fonte: Resultado da pesqusa. 15 Os oto prncpas países de destno das exportações cearenses, em termos de partcpação percentual méda, entre 1996 e 2004, em ordem decrescente de mportânca, foram: Estados Undos, Argentna, Itála, Canadá, Países Baxos (Holanda), Paragua, Espanha e Japão. Em relação às mportações, os prncpas países foram: Argentna, Estados Undos, Venezuela, Alemanha, Itála, Japão, Chna, Canadá, Uzbequstão, Tawan. (MDIC, 2006). 16 Estmados a partr da equação (10).

19 Gsela Mara Prata Avelno, Rosemery Melo Carvalho e Luíz Artur Clemente da Slva Relação entre o comérco e as prncpas varáves macroeconômcas Com base nos resultados da análse de regressão 17, expostos na Tabela 9, verfca-se que, para o conjunto das varáves analsadas, o comérco ntra-setoral e ntersetoral não apresentaram efetos estatstcamente sgnfcatvos apenas sobre o grau de ndustralzação. Desemprego Os ncrementos nos fluxos de comérco ntra-setoral e ntersetoral têm efetos dferentes sobre o desemprego, ou seja, o aumento do comérco ntra-setoral reduz o desemprego, enquanto um acréscmo no comérco ntersetoral, mplcara em um aumento na taxa de desemprego. Tabela 9. Efetos entre o valor do comérco ntra-setoral e ntersetoral e as varáves econômcas, 1996 a 2004 Varáves Econômcas Intra-setoral Intersetoral R² R² ajustado Desemprego Abertura Comercal Concentração da Pauta de Exportação Concentração de Renda Grau de Industralzação Coefcente -0,304** 0,33* 81,24% 76,55% Erro padrão 0,082 0,064 N 6 6 Coefcente -0,434** 0,23*** 51,25% 44,29% Erro padrão 0,125 0,097 N 9 9 Coefcente 0,354* -0,332* 78,64% 75,59% Erro padrão 0,057 0,045 N 9 9 Coefcente 0,055* -0,067* 93,4% 92,3% Erro padrão 0,005 0,004 N 8 8 Coefcente -0,017-0,036 17,73% 1,28% Erro padrão 0,044 0,034 N 7 7 Fonte: Resultado da pesqusa Nota: Os símbolos *, ** e *** ndcam que os coefcentes de correlação são sgnfcantes a 1%, 5% e 10%, respectvamente. De acordo com Baumann et al. (2004), os efetos do comérco ntra-setoral sobre o desemprego podem ser explcados, prncpalmente, pelos seus reduzdos custos de ajuste. Ao contráro do que ocorre com o comérco ntersetoral, o 17 Para a análse de regressão, fo usado o programa E-vews 3.1.

20 850 O comérco ntra-setoral e suas mplcações para a economa cearense fator desempregado por uma empresa pode ser absorvdo por outras em um período de tempo mas curto e com menores custos de trenamento, desde que, dentro de um mesmo setor de atvdade, o tpo de capactação exgda seja smlar. No entanto, analsando os dados da Pesqusa Naconal por Amostra de Domcílos (PNAD), entre 1999 e 2001, verfca-se que, apesar dos aumentos nos valores comercalzados nternaconalmente, tanto ntra quanto ntersetoralmente, ocorreu um aumento na taxa de desemprego. Para Gremaud et al. (2002), esse aumento pode ser explcado, dentre outros fatores, pela ntensfcação do processo de abertura comercal ocorrdo na década de 1990, assocada à reduzda compettvdade da ndústra naconal, o qual, por um lado, estmulou a entrada de mutos produtos mportados e, por outro, provocou o fechamento de um grande número de empresas em todo o País. Para Markwald (2001), os efetos esperados em relação à ntensfcação do processo de abertura comercal sobre o emprego nesse período eram postvos. Projetava-se que os mas elevados níves de exportações combnados com a alocação mas efcente dos recursos produtvos, devdo à remoção de dstorções promovdas pelo modelo de ndustralzação em vgor, poderam acelerar o crescmento da produção e expandr a demanda por empregos. Porém, o que ocorreu de fato fo que a elevada pressão compettva levou o setor ndustral a adotar novos métodos de produção com menores custos e tecnologas poupadoras de mão-de-obra, contrbundo para uma elevada contração da demanda por mão-de-obra. Abertura comercal Ao contráro do que sugere a nova teora de comérco nternaconal 18 para o Ceará, um aumento no comérco ntra-setoral pode reduzr o grau de abertura comercal, enquanto essa mesma varação no comérco ntersetoral pode aumentá-la. Para Vana (2005), as dfculdades de nserção dos estados nordestnos, exportadores de produtos ntensvos em recursos naturas, trabalho e que possuem reduzdo valor agregado, estão assocadas, prncpalmente, às mposções de exgêncas qualtatvas por parte dos países desenvolvdos, exportadores de manufaturas. 18 De acordo com a nova teora de comérco nternaconal, a ntensfcação do comérco ntra-setoral apresenta uma relação dreta com a abertura comercal devdo à necessdade de complementação dos processos produtvos entre os parceros comercas (BAUMANN et al., 2004).

21 Gsela Mara Prata Avelno, Rosemery Melo Carvalho e Luíz Artur Clemente da Slva 851 Concentração da pauta de exportação Os ncrementos nos valores do comérco ntra-setoral e ntersetoral têm efetos opostos sobre a pauta de exportações, sendo que o prmero atua no sentdo de concentrá-la, enquanto o segundo aumenta o número de categoras de bens comercalzados nternaconalmente. Esses efetos trazem em s alguns aspectos mportantes: prmero, a ndústra cearense pode obter vantagens a partr das economas de escalas, especalzando-se na produção em uma pequena varedade de bens; segundo, para que esse processo ocorra de forma satsfatóra, é necessáro que as polítcas de nserção comercal consderem as dferenças nas dotações relatvas de fatores entre seus parceros, pos quanto maores forem essas dscrepâncas, mas acentuada será a mportânca das vantagens comparatvas como fonte de comérco. Para Muendler (2001), o aumento da competção externa teve um mportante mpacto sobre o desempenho da produtvdade da ndústra braslera, contrbundo para elmnar as empresas cujos processos produtvos apresentavam elevado grau de nefcênca. Adconalmente, Neto e de Paula (2001) afrmam que, a sobrevalorzação da moeda naconal ncentvou as mportações, de modo que, para manter-se no mercado, a ndústra local teve que promover mudanças sgnfcatvas em seus produtos e servços, levando a melhoras na varedade e qualdade dos produtos. Para Markwald (2001), a abertura comercal, além de desempenhar um papel fundamental no sentdo de desobstrur o ntercâmbo de mercadoras, facltou, também, o fluxo de déas e tecnologas, contrbundo para a novação de produtos, para a especalzação produtva e para o aumento das escalas de produção. Índce de Gn De acordo com dados do Insttuto de Pesqusa Econômca Aplcada (Ipea), verfca-se que entre 1996 e 2004, o Ceará apresentou um índce de concentração de renda relatvamente elevado, porém com uma tendênca decrescente. No entanto, os resultados obtdos mostram que o crescmento no comérco ntra-setoral pode elevar o nível de concentração de renda, enquanto a ntensfcação do comérco ntersetoral atua no sentdo de dstrbuí-la de forma mas gualtára. Embora a relação dreta entre o índce de concentração de renda e o de comérco ntra-setoral contrare a teora, a qual afrma que uma expansão no comérco ntra-setoral resultara em uma queda na concentração de renda, deve-se consderar que seus efetos estão dretamente assocados às característcas dos bens comercalzados e ao requermento de fatores utlzados na sua produção.

22 852 O comérco ntra-setoral e suas mplcações para a economa cearense Os índces de comérco ntra-setoral, analsados anterormente, evdencam a mportânca relatva das manufaturas nesse tpo de transação. Embora no Ceará as mercadoras comercalzadas sejam caracterzadas como manufaturas de baxo valor agregado, consderando-se o conjunto total de produtos exportados, elas requerem relatvamente mas captal e mão-de-obra qualfcada, fatores que são relatvamente escassos no estado. Desse modo, um crescmento da partcpação dessas mercadoras na pauta de exportações dexara os propretáros desses fatores, que representam uma pequena parcela da população, em melhores condções que os demas, elevando o grau de concentração de renda no Ceará. Porém, deve-se salentar que, como afrma Krugman e Obstfelds (1999), as mudanças na dstrbução de renda não são efetos específcos do comérco, vsto que todas as alterações na economa, provocadas por avanços tecnológcos, mudanças nas preferêncas, dsponbldades de recursos produtvos, entre outras, também exercem efetos relevantes sobre essa varável. Em suma, pode-se afrmar que os padrões de comérco ntra e ntersetoral apresentam dferentes efetos sobre o desenvolvmento do Ceará. Dentro desse contexto, faz-se necessáro dreconar as polítcas de ncentvo aos dferentes setores exportadores de forma compatível com os objetvos a serem atngdos em termos de crescmento econômco e bem-estar dos agentes envolvdos. 5. Conclusões Neste estudo, procurou-se analsar a partcpação do comérco ntra-setoral no fluxo total de comérco no Ceará e avalar seus efetos sobre mportantes varáves macroeconômcas. Com base nos resultados obtdos, pode-se conclur que a partcpação do comérco ntra-setoral anda é pouco expressva, apresentando tendênca decrescente ao longo do período analsado. O prncpal fator responsável por essa tendênca fo a redução do comérco de produtos prmáros e mneras. O número de categoras de bens que partcpam do comérco ntra-setoral apresentou um grande crescmento entre 1996 e Em termos de grupos, os produtos com maores partcpações foram: Têxtl, Vestuáro e Calçados ; Almentos, Fumo e Bebdas e Couros e Peles, caracterzados como manufaturas de baxo valor agregado, com exceção de alguns produtos do grupo Almentos, Fumo e Bebdas. A elevada partcpação desses grupos ndca que as economas de escala e a dferencação dos produtos são mportantes fatores para o crescmento desses setores de atvdades. Apesar da mportânca das economas de escala para esses grupos de produtos, as vantagens comparatvas anda se apresentam como a prncpal fonte de comérco para o Ceará devdo prncpalmente às acentuadas dferenças

23 Gsela Mara Prata Avelno, Rosemery Melo Carvalho e Luíz Artur Clemente da Slva 853 nas dotações dos fatores, nos níves tecnológcos e no desenvolvmento econômco entre o estado e seus prncpas parceros comercas. Em relação à nfluênca do comérco sobre o crescmento da economa cearense, verfcou-se que os padrões ntra e ntersetoral têm efetos opostos e sgnfcatvos sobre as prncpas varáves consderadas, exceto sobre o grau de ndustralzação. Esses efetos, no entanto, não estão totalmente de acordo com as hpóteses estabelecdas ncalmente. A ntensfcação do comérco ntra-setoral traz os seguntes mpactos: redução da taxa de desemprego e do grau de abertura da economa; aumento do índce de concentração da pauta de exportações e do nível de concentração de renda. Por outro lado, um aumento do comérco ntersetoral pode aumentar a taxa de desemprego e o grau de abertura da economa e dmnur o grau de concentração da pauta de exportações e os índces de concentração de renda. O aumento do índce de concentração da pauta de exportações, resultante dos ncrementos nos valores do comérco ntra-setoral, ndca que a ndústra cearense pode obter vantagens a partr das economas de escalas, especalzando-se na produção em uma pequena varedade de bens. Porém, para que se possam obter maores benefícos com essa especalzação, os processos de nserção comercal adotados pelo estado deverão consderar as dferenças nas dotações relatvas de fatores entre seus parceros comercas, pos quanto maores forem essas dferenças, mas mportantes serão as vantagens comparatvas como fonte de comérco. 6. Referêncas Bblográfcas ALBUQUERQUE, C. R. e FERNANDES, C. L. L. Impactos da lberação comercal no perfl do comérco exteror braslero. In: Anas. Belém. ANPEC (em CD-ROM), APPLEYARD, D. e FIELD, A. Internatonal Economcs: Trade Theory and Polcy. Cngapura: McGraw-Hll, BALASSA, B. Tarff reductons and trade n manufactures among ndustral countres. Amercan Economcs Revews, v. 56, n. 3, BAUMANN, R. Nota sobre as relações ntra-setoras no comérco externo braslero Revsta Cepal. Escrtóro no Brasl, BAUMANN, R.; CANUTO, O.; GONÇALVES, R. Economa Internaconal: teora e experênca braslera. Ro de janero: Elsever, p FONSECA, R da. Teora de comérco ntra-ndústra: uma nova teora de comérco nternaconal. Lteratura Econômca. v.11, n.3, p , out.1989.

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