Teleconferência de Resultados 2T11 Página 2

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1 Operadora: Bom dia e bem vindos à áudio conferência da WEG sobre o resultado do segundo trimestre de Motores Energia Transmissão & Distribuição Automação Tintas Teleconferência de Resultados 2T11 Teleconferência de Resultados 2T11 Informamos que esta áudio conferência está sendo gravada e que neste momento todos os participantes estão conectados apenas como ouvintes. Mais tarde iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando serão fornecidas novas instruções. Caso necessitem de alguma assistência durante a áudio conferência, queriam, por favor, solicitar a ajuda de um operador digitando asterisco zero (*0). Para obter o comunicado sobre o resultado trimestral ou a apresentação que utilizaremos durante esta teleconferência, por favor, dirija-se à página de Relações com Investidores da WEG no endereço Exoneração de Responsabilidade As eventuais declarações que possam ser feitas durante essa teleconferência relativas à perspectiva dos negócios, às projeções e metas operacionais e financeiras e ao potencial de crescimento futuro da WEG constituem-se em meras crenças e premissas da administração da Companhia, bem como em informações atualmente disponíveis. Estas declarações envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros, e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, da indústria e outros fatores operacionais podem afetar o desempenho futuro da WEG e conduzir a resultados que diferem, materialmente, daqueles expressos em tais considerações futuras. Teleconferência de Resultados 2T11 Página 2 Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante esta áudio conferência relativas às perspectivas dos negócios, às projeções e metas operacionais e financeiras e ao potencial de crescimento futuro da WEG constituem-se em meras crenças e premissas da administração da Companhia, bem como em informações atualmente disponíveis. Estas declarações envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros, e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, da indústria e outros fatores operacionais podem afetar o desempenho futuro da WEG e conduzir a resultados que diferem, materialmente, daqueles expressos em tais considerações futuras. Conosco hoje em Jaraguá do Sul estão o Sr. Laurence Beltrão Gomes, Diretor de Finanças e Relações com Investidores, o Sr. Wilson Watzko, Diretor de Controladoria e o Sr. Luís Fernando Oliveira, Gerente de Relações com Investidores da WEG. Página 1

2 Por favor, Sr. Laurence, pode prosseguir. Principais Números do Segundo Trimestre de T11 1T11 % 2T10 % Receita Operacional Bruta ,4% ,0% Mercado Interno ,5% ,6% Mercado Externo ,6% ,9% Mercado Externo em US$ ,1% ,1% Receita Líquida de Vendas ,4% ,1% Lucro Operacional Bruto ,8% ,1% Margem Bruta 29,9% 27,6% 30,6% Lucro Líquido do Trimestre ,1% ,6% Margem Líquida 12,1% 10,8% 11,5% EBITDA ,8% ,9% Margem EBITDA 16,9% 14,6% 17,2% Valores em R$ Mil Teleconferência de Resultados 2T11 Página 3 Sr. Laurence Beltrão Gomes: Bem, bom dia a todos. É com prazer que realizamos esta teleconferência para discutir os resultados do segundo trimestre de 2011 da WEG. Nós vamos tentar fazer uma apresentação rápida e objetiva e em seguida abrir para a sessão de perguntas e respostas. Então nós podemos começar no slide 3 onde nós gostaríamos de destacar alguns pontos. Primeiro o forte crescimento de 26% da receita líquida no segundo trimestre confirma uma tendência de crescimento que já é bastante clara. Desde o terceiro trimestre de 2010 temos mostrado crescimentos de dois dígitos na receita líquida, ou seja, reencontramos o caminho do crescimento consistente. Segundo, crescimento é resultado do aumento geral do volume de negócios, da retomada generalizada da demanda nos diversos mercados, da entrada em novos mercados e da consolidação das receitas dos negócios adquiridos. Mais uma vez o crescimento foi robusto no Brasil e principalmente no mercado externo. Terceiro ponto, após uma combinação de vários efeitos negativos no primeiro trimestre nós temos trabalhado forte para minimizar esses efeitos ou compensá-los com outras ações como reduções adicionais de custos e despesas. Isso resultou num crescimento de 24% no Ebitda e um crescimento de 32,6% do lucro líquido, e já é possível observar uma sensível recuperação das margens, tanto da margem Ebitda, que foi de 17%, quanto da margem líquida que foi de 12%. Principais Números do 1º Semestre de M11 06M10 % Receita Operacional Bruta ,0% Mercado Interno ,2% Mercado Externo ,2% Mercado Externo em US$ ,3% Receita Líquida de Vendas ,6% Lucro Operacional Bruto ,9% Margem Bruta 28,8% 31,8% Lucro Líquido do Trimestre ,9% Margem Líquida 11,5% 12,1% EBITDA ,9% Margem EBITDA 15,8% 18,3% Valores em R$ Mil Teleconferência de Resultados 2T11 Página 4 Por favor, no slide 4 nós apresentamos as comparações semestrais onde é possível ver que o crescimento da receita líquida é de 23,6% e os desempenhos de vendas no Brasil e no exterior mostram-se muito consistentes ao longo do ano. Por outro lado, a recuperação da rentabilidade será gradual em função da apreciação cambial, do mix de produtos e do ambiente competitivo. É um Página 2

3 ambiente desafiador, visto que a conjuntura é de competição acirrada como já destacamos em outras oportunidades. O mix de produtos vendidos tem se recuperado, mas essa recuperação ainda é lenta nos negócios em geração de energia. Ao mesmo tempo as perspectivas estruturais ainda são muito atraentes. A crescente importância da eficiência energética com a recente publicação da norma ISO sobre gestão de eficiência energética é um exemplo. As fontes renováveis de energia são cada vez mais competitivas e atraentes e temos amplo espaço de crescimento em diversos mercados expandindo a nossa presença física, alavancando a nossa marca e expandindo a nossa linha de produtos. Receita Operacional Bruta Mercado Interno em R$ milhões 32% -13% 3% 13% T07 2T08 2T09 2T10 2T11 Teleconferência de Resultados 2T11 Página 5 No slide 5 nós temos a comparação da receita operacional bruta no mercado interno no segundo trimestre e ao longo dos últimos anos. Neste trimestre, com o crescimento de 13% sobre o ano anterior ultrapassamos o faturamento observado no segundo trimestre de 2008, o ponto mais alto até então. A atividade industrial brasileira continua em nível elevado, embora a expansão esteja ocorrendo em ritmo mais moderado do que foi no começo do ano. Acreditamos que o Brasil está iniciando um ciclo de investimentos em capacidade industrial de longo prazo. Se as receitas já ultrapassaram 2008, a expansão acontece em ritmos diferentes em diferentes negócios. Isso é particularmente visível na área de geração de energia, que está em compasso de espera até os leilões A-3 de energia de reserva que vai acontecer em agosto próximo. Foram cadastrados 582 empreendimentos com capacidade de aproximadamente MW com destaque para a geração eólica e a geração térmica a gás. Receita Operacional Bruta Mercado Externo em US$ milhões Mercado Externo em US$ Dólar Médio Trimestre 1,9807 1,6529 2,0705 1,7920 1, % 17% -13% 4% T07 2T08 2T09 2T10 2T11 Teleconferência de Resultados 2T11 Página 6 No slide 6 nós mostramos o crescimento do mercado externo onde há um crescimento expressivo no mercado externo. A receita operacional bruta no mercado externo desse segundo trimestre é a maior em qualquer trimestre na história da WEG quando medida em dólares. Esses são sinais Página 3

4 positivos muito fortes. Estamos crescendo apesar das dificuldades causadas pelo real valorizado e das dificuldades macroeconômicas em diversos mercados. Nas economias maduras temos crescido conquistando market share, incorporando novos produtos e serviços, alavancando a nossa marca e as vantagens competitivas de flexibilidade produtiva e prestação de serviços ao cliente. As operações adquiridas nos últimos trimestres ganham dinamismo ao serem incorporadas. Isso é particularmente claro no caso da Zest na África do Sul, onde temos executado nosso plano de negócios com sucesso. Nós ganhamos acesso a negócios que nenhuma das duas partes (WEG e Zest) tinham anteriormente de forma independente. Áreas de Negócios Participação na Receita Bruta em R$ milhões % 12% 24% 7% 58% % 12% 26% 57% % 7% 11% 17% 35% 25% 48% 51% % 11% 23% 60% 2T07 2T08 2T09 2T10 2T11 Equip.Industrais GTD Uso Doméstico Tintas e Vernizes Teleconferência de Resultados 2T11 Página 7 No slide 7 nós podemos observar o mix de produtos vendidos. Os bens de consumo passam por um momento é de desaceleração sazonal e de alguma acomodação. Os bons fundamentos continuam presentes, mas a expansão de crédito, emprego e renda no Brasil estimulam o consumo de bens duráveis como a linha branca são mais moderados. Acreditamos que este mercado está operando em um novo patamar mais elevado que antes, e tem crescimento orgânico acima da economia brasileira. Nos produtos eletroeletrônicos e industriais nos beneficiamos dos investimentos em expansão da capacidade industrial no Brasil e principalmente da nossa atuação no exterior, como já discutido, beneficiados pela combinação de recuperação de demanda e ganho de market share. O negócio de geração ainda aguarda o leilão de energia para ganhar maior dinamismo. Estamos nos preparando para participar como fornecedor de equipamentos em condições muito competitivas nesse negócio. Condições de demanda em T&D, transmissão e distribuição, são bem mais dinâmicas e temos visto boa entrada de pedidos. Agora eu gostaria de chamar o Luís Fernando para apresentar os detalhes dos números do trimestre. Custos dos Produtos Vendidos 2º Trimestre de 2011 Outros Custos 31% Aço e Cobre 43% Outros Custos 34% Depreciação 5% 2Q11 Depreciação 6% 2Q10 Outros Materiais 21% Outros Materiais 17% Aço e Cobre 43% Teleconferência de Resultados 2T11 Página 8 Página 4

5 Sr. Luís Fernando Oliveira: Olá, bom dia a todos, vamos passar então rapidamente para o slide número 8 no qual a gente tem o breakdown dos custos neste trimestre. Temos efeitos importantes que explicam a recuperação das margens em relação ao trimestre anterior. São eles: repasse dos aumentos de custo de matérias-primas (principalmente aço e cobre) aos preços de venda, que estão sendo implementados no Brasil e no exterior. Esses aumentos já tiveram impacto parcialmente refletido nesse trimestre. O segundo ponto é o crescimento da ocupação de capacidade produtiva nas novas unidades, principalmente Linhares e Índia, que se aproximam do equilíbrio operacional. Ainda não atingimos a diluição ideal dos custos fixos, mas caminhamos nessa direção. O terceiro o mix de produto vendido, como já discutido, que tambem mostra uma recuperação gradual, e finalmente a diminuição da volatilidade de preços de matérias-primas e do câmbio nesse trimestre que tambem contribuiu para a recuperação das margens. Essa menor volatilidade melhora as condições operacionais e permite que as estratégias de proteção funcionem melhor. Principais efeitos sobre o EBITDA em R$ milhões 326,1 (43,3) (18,6) (190,3) Impacto 456,9 Cambial sobre receita bruta Deduções 438,3 sobre Receita Bruta 174,0 Aumento de volumes & 174,0 preços e mix de produtos Custo 248,0 dos Produtos Vendidos (ex depreciação) (21,7) (1,4) Despesas 226,3 Despesas 224,9 de Vendas Gerais e Administrativas (9,3) Partticipação 215,6 nos Resultados 215,6 EBITDA 2T10 EBITDA 2T11 Teleconferência de Resultados 2T11 Página 9 No slide número 9 nós vemos a análise das variações do Ebitda. As variações positivas na receita bruta com o aumento de preços e volume de venda, mix de produtos e incorporação de aquisições de R$ 326 milhões sendo contrabalanças pela apreciação cambial que produz um efeito negativo de 43 milhões nesse caso. O efeito negativo do aumento do CPV de R$ 190 milhões excluída a depreciação. Temos atuado fortemente para reduzir custos e aumentar a proteção natural com mais importação de matériasprimas e produção no exterior. Os esforços na contenção de despesas operacionais tem sido bem-sucedidos, o que faz com que os efeitos das variações anuais sejam relativamente pequenos. O efeito líquido foi o crescimento de 24% do Ebitda com variação absoluta de 41,6 milhões atingindo 215,6 milhões com margem de 17%. Página 5

6 Fluxo de Caixa em R$ milhões 2.553,0 356,6 Operacional 325,3 Investimento 90, ,6 Financiamento Caixa 4T10 Caixa 2T11 (*) R$ 226,1 milhões em aplicações financeiras de longo prazo considerados no fluxo de caixa de Investimentos Teleconferência de Resultados 2T11 Página 10 No slide número 10 nós temos a representação gráfica do fluxo de caixa e nós podemos ver que a geração de caixa nas atividades operacionais continua forte, apesar da maior necessidade de investimento em capital de giro que é decorrente do crescimento das receitas. O fluxo de caixa das atividades de investimento inclui o investimento financeiro de longo prazo no valor de R$ 226 milhões. Descontado esse efeito a tendência é que em 2011 nós tenhamos um ano de desaceleração dos investimentos em expansão de capacidade. As novas captações de dívida de curto e longo prazo mais do que compensaram o pagamento de dividendos no segundo trimestre com efeito sobre o fluxo de caixa e as atividades de financiamento. A variação de caixa no primeiro semestre de 2011 considerando o investimento financeiro de longo prazo foi positiva em R$ 347,7 milhões. Investimentos Expansão de Capacidade em R$ milhões No Exterior No Brasil 73,8 61,4 43,7 34,2 27,2 30,1 53,7 44,1 13,0 2,0 40,7 42,1 33,8 8,2 25,6 41,1 2,4 38,8 1T 2T 3T 4T 1T 2T Teleconferência de Resultados 2T11 Página 11 No slide número 11 temos a evolução do programa de investimento em ativos fixos ao longo dos últimos trimestres. Já discutimos isso anteriormente, nós esperamos uma relativa desaceleração dos investimentos em expansão de capacidade nesse ano de Nós vamos estar trabalhando para maximizar a produção nas unidades recentemente finalizadas (na fábrica na Índia de motores de alta tensão e geradores e na fábrica de Linhares em motores comerciais). Acreditamos que essas duas unidades devam encerrar 2011 já acima do seu ponto de equilíbrio operacional. Mas nós sempre lembramos da flexibilidade que nós temos na velocidade de implantação do programa de investimentos, que é uma das grandes características desse programa de investimentos. Nós podemos responder rapidamente a qualquer aumento de demanda se esse for o caso. Isso basicamente encerra a nossa apresentação, agora nós podemos iniciar a sessão de perguntas e respostas e a gente devolve a palavra para a operadora para poder conduzir essa sessão. Página 6

7 Contatos Laurence Beltrão Gomes Diretor de Relações com Investidores Luís Fernando M. Oliveira Gerente de Relações com Investidores +55 (47) twitter.com/weg_ir Sessão de Perguntas e Respostas Teleconferência de Resultados 2T11 Página 12 Operadora: Com licença senhoras e senhores, iniciaremos agora a sessão de perguntas e respostas. Para fazer uma pergunta por favor digitem asterisco um. Para retirar a pergunta da lista digitem asterisco dois. Com licença, nossa primeira pergunta vem do Sr. Nicolai Sebrell da Morgan Stanley. Sr. Nicolai Sebrell: Bom dia. Eu tenho uma pergunta sobre a inflação. Você tem ainda problemas com a inflação, por exemplo, em matérias primas e aumento do custo do salário? Essa é pergunta número um. A pergunta número dois se você pode me falar sobre o financiamento. Tem algum desafio com financiamento com motores? Só para entender o outlook do financiamento, porque as outras áreas industriais, por exemplo caminhões, têm uma expectativa agora que o financiamento vai mudar e eu quero saber se tem a mesma tendência a sua área. Obrigado. Sr. Laurence: Bem Nicolai primeiro a inflação de custos neste trimestre foi mais estável, os preços ficaram mais estáveis (principalmente cobre), nós vimos alguma redução em aço. Mas como a gente falou no último call esses aumentos de custos principalmente de matérias-primas eles afetam a indústria toda e são repassados, gradualmente são repassados aos preços, e isso é um movimento natural e aplicado por toda a indústria. Em relação aos financiamentos eu acho que o que houve, o que houve com o PSI e eu acho que importante ressaltar, isso é importante, o que houve com o PSI? PSI, os programas, os dois, o PSI que foi renovado tambem que vai até o final deste ano, isso despertou e criou uma demanda muito grande por esse tipo de financiamento e atraiu empresas que não tomavam ou clientes, clientes nossos que não tomavam essas linhas e começaram a usar essas linhas, que aprenderam como tomar esse tipo de linha de financiamento. Eu acredito que não, acredito que não há nenhum indício até agora concreto de que as linhas de financiamento vão ser reduzidas para financiamentos de bens, de equipamentos, de máquinas e equipamentos. Eu acho que tudo que tem acontecido e o que tem sido falado... estamos na expectativa de um plano de incentivo à indústria. Eu acho que toda a expectativa, as especulações até agora de desoneração tributária na indústria, de incentivo à inovação tecnológica que serão os dois pilares, provavelmente serão os dois pilares desse plano, indicam que o financiamento ele não vai ser retirado nesse caso - mas tudo isso é especulação. Sr. Nicolai: Tá bom, obrigado. Operadora: Com licença, nossa próxima pergunta vem do Sr. Cassio Lucin da J. Safra. Sr. Cassio Lucin: Oi, bom dia pessoal. Na verdade três perguntas aqui, a primeira seria em relação... se vocês podem dar uma idéia para a gente de como está a entrada de pedidos em carteira de Página 7

8 vocês, se vocês podem dar um número de quanto foi o crescimento e qualitativo disso aí. Eu questiono ainda mais na parte de T&D. A segunda pergunta seria com relação ao cenário de preços que vocês estão vendo para frente, como está a visibilidade de mercado para receber aumento de preços. Eu não sei se a ABB... tem feito esse tipo de aumento, tambem eu queria ver como é que está o mood desse pessoal. E a terceira seria se vocês têm algum target de redução de custos para esse ano. Vocês têm falado em redução de custos, redução de despesas. Eu queria ter uma idéia se tem alguma métrica que a gente possa estar utilizando para frente. Obrigado. Sr. Luís Fernando: Obrigado Cassio, obrigado pelas perguntas. Vamos começar pelo começo. Enfim, a entrada de pedidos a gente falou inclusive ela está particularmente saudável na parte de T&D porque a parte de T&D ela é uma área de infraestrutura. Todo e qualquer investimento, mesmo um investimento mais tradicional, industrial, eventualmente vai bater na infraestrutura de transmissão e distribuição. Isso é particularmente claro nos investimentos mais diretamente relacionados com o crescimento da infraestrutura de energia. Todos esses investimentos que se tem visto ultimamente, por exemplo todos os esses anúncios de parques eólicos e tal, a gente ainda não tem uma ligação direta com isso na parte de geração; mas na parte de transmissão e distribuição isso é o nosso negócio. Então a gente tem tido bastante sucesso nesses negócios, em vender essa infraestrutura de subestações por exemplo, mesmo nos parques eólicos onde a gente não tem... não tinha ainda o produto na geração, o que eventualmente vai mudar tambem. A gente tem tido uma entrada de pedidos forte e que vai começar a se refletir na receita ao longo dos próximos meses. Sr. Cassio: Mas a gente pode pensar em quanto? Uns 15%, 20% ano contra ano? Sr. Luís Fernando: Cassio, esse é sempre um produto de longo prazo. A gente prefere ser um pouco mais cuidadoso nisso. A gente não tem guidance formal desse tipo numérico nenhum. O que a gente tem notado é que a entrada de pedidos tem se acelerado fortemente neste ano, principalmente em T&D, principalmente em T&D, fortemente acelerado - não é o caso ainda em geração. Do ponto de vista de preços e voltando um pouco à pergunta anterior, o repasse de preços naturalmente ele acontece porque esses aumentos de custo eles dizem respeito a toda a indústria. Não há como fabricar os produtos que nós fabricamos (geradores, transformadores, motores elétricos) sem usar cobre, sem usar aço, enfim, eles afetam absolutamente todo e qualquer fabricante que estiver em qualquer lugar do mundo, então esses preços são eventualmente repassados. A questão - e a gente sempre bate nessa tecla - é que a gente eventualmente não consegue fazer isso na mesma velocidade que essas matérias-primas (principalmente as commodities, que são negociadas em bolsa) na mesma velocidade. E a gente tem tambem um cuidado adicional de perceber como é que o mercado está se comportando. Então nesse sentido a gente atua nesses repasses de preço considerando a capacidade do mercado de absorver esses aumentos de preços. É por isso que, enfim, a gente está dizendo: os aumentos de preço estão sendo implementados, parte disso já está refletida nos resultados desse trimestre, ainda tem mais para aparecer. Mas de maneira geral, enfim, se tem aumento de preço em cobre, se tem um aumento de preço em aço, a não ser que seja um movimento especulativo de curto prazo - que não é, que não parece ser o caso - tem demanda final para esse tipo de produto. Então eventualmente esses aumentos de preço são incorporados sem grandes problemas. E a sua terceira pergunta é de redução de custos. A redução de custos tem a frase que a gente sempre fala aqui: custo é que nem cabelo. Para as pessoas que não conhecem a gente pessoalmente - talvez unha seja uma analogia melhor - tem que cortar todo dia. A gente tem diversos programas. Tem um programa, por exemplo, de melhoria contínua na WEG. É um programa que a gente já fez mais de Kaisen que a gente para a linha de produção, estuda processo, vê onde tem gargalo, estuda tempo... quanto tempo demora a matéria-prima para entrar e Página 8

9 sair o produto final, redesenha esse processo; enfim, esse tipo de programa tem tido excelentes resultados e a gente vai continuar fazendo. Sr. Cassio: Mas não tem nenhum target não? Sr. Luís Fernando: Está na cultura da WEG. A gente não tem um número para te informar. A expectativa que a gente tem é que a gente continue fazendo isso para continuar a conseguir uma recuperação de rentabilidade. Não dá para tirar tudo do outro lado, não dá para imaginar que a gente vai conseguir recuperar a rentabilidade sem fazer esse esforço adicional. Sr. Cassio: Tá certo. Só um follow-up aqui Luís por favor: desse crescimento que vocês mostraram quanto que foi orgânico que a gente pode pensar? Sr. Luís Fernando: Se tirar... enfim, a exclusão pura e simples das vendas das operações do ano passado o crescimento orgânico seria de 17%. Sr. Cassio: 17? Sr. Luís Fernando: Ao invés dos 23 seria de 17,4, o que é ainda um número bastante expressivo na nossa opinião. Sr. Cassio: Tá certo, muito obrigado. Operadora: Com licença, nossa próxima pergunta vem do Sr. Bruno Giardino do Santander. Sr. Bruno Giardino: Bom dia a todos. Na verdade são três perguntas, a primeira é com relação a esse crescimento de 17% que você mencionou, Luís. O quanto disso seria de preço e o quanto disso seria de volume - se você puder passar um breakdown para nós, mesmo que aproximado. A segunda questão é em relação a esse aumento de preços que vocês aplicaram e que pode ter um efeito positivo para a margem daqui para frente. Como é esse aumento? Ele ainda é tão grande quanto foi no segundo tri, ele vai ser menor? Eu queria uma noção de grandeza disso. E a terceira pergunta é sobre o setor de motores para uso doméstico. Ele teve uma queda de 23%, eu queria só um comentário um pouco mais com detalhe nisso, se tem algum efeito não recorrente ou os estoques na indústria estão muito altos, o que vocês estão vendo aí? É isso, obrigado. Sr. Luís Fernando: Bom, começando de trás para frente, Bruno, a redução de motores de uso doméstico ela aconteceu na verdade no ano passado. Isso aí basicamente... o segundo trimestre de 2010 foi o trimestre onde a gente realmente notou o final, enfim, a fase final daqueles incentivos que tinha de redução de IPI. Então você tinha uma grande concentração, teve uma certa concentração de receita aquele trimestre. A partir de lá ele vem se mantendo em um patamar relativamente alto, mesmo com as medidas do governo tentando - está todo mundo acompanhando - de tentar moderar um pouco o crescimento, a expansão de crédito, esse tipo de coisa. Mas esse segmento tem se mantido... o segundo trimestre na sazonalidade normal seria um trimestre relativamente mais fraco, é isso que a gente nota, e além disso teve uma certa acomodação da velocidade de crescimento. Ainda assim é um segmento que está operando num patamar bem mais elevado do que ele operava antes da crise por exemplo. Estamos produzindo - e isso tem sido assim já há bastante tempo - num ritmo superior àquele que tínhamos anteriormente. Tanto é verdade que a operação de Linhares, por exemplo, que é basicamente uma operação voltada para esse tipo de produto inicialmente, estamos rapidamente conseguindo fazer a ocupação de capacidade. Do ponto de vista de aumento de preços tem uma parte disso que já é aparente. Tem dois momentos: uma coisa é... os aumentos de preços que já foram anunciados (e aí você tem que tomar um certo cuidado porque tem aumentos de preços que se anuncia, são preços de lista) e outros... nos produtos customizados esse aumento de preço e ele acontece naturalmente na hora que você dá o preço para aquela proposta específica. Página 9

10 Uma parte disso já está começando a se refletir. Ainda tem mais para refletir, mas provavelmente o maior movimento já foi feito. Se a gente tiver uma estabilização das matérias-primas tende a continuar assim. E finalmente o breakdown dos 17,4% é muito difícil fazer essa coisa porque a gente sempre volta nesse argumento que, enfim, você não tem uma comparabilidade, os volumes mudam dramaticamente, você não está comparando a mesma linha de produtos. O mix vai se alterando ao longo do tempo e essa comparação nunca é perfeita, você não está comparando o mesmo motor que você vendeu nesse trimestre com o mesmo motor do segundo trimestre do ano passado - então é muito difícil fazer essa comparação. O que a gente tem notado é que você tem um aumento de volume e a gente colocou o aumento de preço, tem as duas coisas acontecendo. Tem claramente um aumento de volume, não é só um aumento de preço e nem dava para fazer só isso sem aumento de preço. Sr. Bruno: Ok, muito obrigado. Sr. Luís Fernando: Obrigado. Operadora: Com licença, nossa próxima pergunta vem da Sra. Sara Delfim da Merrill Lynch. Sra. Sara Delfim: Bom dia. Luís, olhando aqui para os resultados é até curioso que a leitura que a gente tem tido, muito por conta da apreciação da moeda, é a baixa competitividade do produto no Brasil; e a gente ver aqui que vocês vêm crescendo bem no mercado externo em dólar, em reais, enfim, você poderia dar um pouco de color para que regiões vocês estão mais competitivos ou que tipo de produto? Porque realmente acaba sendo uma surpresa positiva essa performance no mercado externo. Sr. Laurence: Bem, houve o crescimento... o crescimento no mercado externo basicamente houve uma mobilização, uma mobilização da força de vendas no mercado externo. Nós crescemos principalmente nos mercados desenvolvidos, mercados maduros (Europa e Estados Unidos) desenvolvendo novos canais de distribuição, ampliando tambem o portfólio de produtos. Isso é importante, porque no Brasil nós temos um portfolio mais amplo, um portfolio mais robusto, e no exterior à medida que nós vamos avançando, que a marca vai sendo mais reconhecida, nós estamos alavancando a marca WEG no exterior. Nesses mercados maduros (Europa e Estados Unidos) nós já temos um reconhecimento da marca, da marca WEG, e agora estamos num momento de conquista de market share, ganho de market share, tambem aliado à expansão, à ampliação do portfolio de produtos. Nós temos tambem... estamos implementando no exterior uma rede de serviços, uma rede de assistência técnica, tentando replicar... é claro, é difícil replicar toda a rede que cobre o mercado brasileiro inteiro; nós já estamos em outro nível no Brasil com assistência técnica cinco estrelas, mas já temos uma capilaridade no exterior onde já temos centros de serviços no mundo todo e o jeito que a WEG... ou a estratégia de venda da WEG de muita proximidade com o cliente, muita flexibilidade na questão dos produtos, ou seja, a WEG faz qualquer produto ou entrega qualquer produto de uma forma rápida usando toda a capacidade industrial, a estrutura industrial. A agilidade industrial que nós temos faz com que a gente tenha ganhado mercado nesses últimos meses. Importante, os mercados, como a gente fala, esse crescimento ele vai continuar. Nós focamos crescimento, um crescimento via aquisições. As aquisições no exterior é um processo importante. Daqui para frente o crescimento da WEG, uma parte do crescimento da WEG daqui para frente será oriunda de um processo de aquisições. Basicamente lá no exterior desse processo ele está focado na compra de tecnologia, empresas que vão trazer uma tecnologia nova, um produto novo, ou a estratégia ela passa por aquisições de mercado, para ganhar mercado como o que foi feito na África do Sul, na Zest. Os mercados emergentes que estão crescendo, que têm taxa de crescimento maior, a WEG tem essa expertise de trabalhar em mercados emergentes, temos tido bastante sucesso nessa estratégia, Página 10

11 então é bastante positivo, estamos com expectativas muito grandes de vender tambem em novos nichos, novos segmentos e isso é importante. Nós iniciamos a internacionalização comercial em alguns segmentos e agora que temos uma base já consolidada passamos a vender para novos segmentos e novos nichos de mercado. Sra. Delfim: E para os próximos trimestres, agora para o segundo semestre, a gente pode continuar assumindo então que o mercado de exportação vai continuar outpacing, crescendo mais do que o mercado interno ou já haveria uma inversão de tendência por hard comps ou alguma coisa desse tipo? Sr. Laurence: Não, nós temos uma base, a base de comparação muda. Já no terceiro trimestre nós já vamos ter consolidação tambem, o trimestre do ano passado já vai ter a Zest já consolidada nos números do ano passado. Mas sim, vamos continuar tendo crescimentos, esperamos crescimentos ainda fortes, crescimento de dois dígitos no mercado externo. Sra. Sara: Tá ótimo, obrigada. Operadora: Com licença, lembrando que para fazer perguntas basta digitar asterisco um. Com licença, novamente, para fazer uma pergunta, favor digitar asterisco um. Com licença, encerramos neste momento a sessão de perguntas e respostas. Gostaria de passar a palavra ao Sr. Laurence para as considerações finais. Por favor, Sr. Laurence, pode prosseguir. Sr. Laurence: Bem, mais uma vez nós agradecemos a presença e as perguntas de vocês nessa conferência. Eu só gostaria de reforçar alguns pontos: o primeiro é que nós retomamos o crescimento que é forte e cada vez mais diversificado do ponto de vista dos produtos, segmentos e geografias. Estamos tambem superando uma conjuntura particularmente desfavorável do primeiro trimestre tanto por melhorias no ambiente de negócios com a diminuição da volatilidade cambial, como por nossas próprias ações, como o repasse de aumentos de custos e a melhoria gradual da ocupação da capacidade produtiva principalmente nos greenfields. Aquisições feitas em 2010 mudam de patamar ao serem incorporadas e as oportunidades de médio e de longo prazo continuam muito atraentes. Para encerrar nós convidamos todos para fazer uma visita aqui em Jaraguá do Sul para conhecer o parque industrial aqui de Jaraguá. Essa é uma das melhores maneiras de conhecer a WEG. Então nós desejamos um bom final de semana a todos e muito obrigado. Operadora: A áudio conferência da WEG está encerrada. Agradecemos a participação de todos e tenham um bom dia. Obrigada. Página 11