I- A aposta estratégica do governo no fortalecimento da federação brasileira

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1 A LEI DOS CONSÓRCIOS PÚBLICOS COMO UM NOVO INSTRUMENTO DE FORTALECIMENTO DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA E SUA RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO LOCAL Vicente Y Plá Trevas Subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República I- A aposta estratégica do governo no fortalecimento da federação brasileira O fortalecimento da Federação Brasileira constitui aposta estratégica do governo do Presidente Lula, com o objetivo de promover uma repactuação do país que viabilize um novo ciclo histórico de desenvolvimento, capaz de enfrentar a agenda estrutural da pobreza, das desigualdades sociais e regionais do país e de consolidar simultaneamente, a democracia pela expansão da cidadania. O caráter estratégico da organização federativa do Estado brasileiro para um país de dimensões continentais, marcado por grandes desigualdades sociais e regionais e detentor de uma rica diversidade cultural e regional como o nosso, é o de constituir uma estrutura política e institucional de divisão territorial do poder, que permite a articulação entre esferas de governo autônomas para a realização de um empreendimento comum 1. Assim, uma maior articulação e cooperação intergovernamental para a gestão compartilhada de responsabilidades públicas poderia fortalecer as três esferas de governo na realização de suas atribuições e viabilizar a consolidação do processo de descentralização de atribuições, garantindo desta forma, uma prestação de serviços públicos de qualidade para o conjunto da população brasileira. Além do mais, a criação de novos arranjos institucionais de articulação e pactuação entre os entes federados poderia pavimentar a construção de um novo projeto nacional de desenvolvimento que possibilite uma inserção soberana do país no quadro do processo de globalização econômica que se consolida no cenário internacional. Neste sentido, o sistema federativo constitui um arranjo político-institucional adequado e suficientemente flexível para a formulação de um projeto de desenvolvimento no inicio deste novo milênio, que se articularia simultaneamente em diferentes escalas territoriais: nos espaços locais e subregionais, operados pelos municípios, na escala regional operada pelos governos estaduais, nas diferentes escalas macro-regionais do país, e na escala supranacional de integração regional do Mercosul e integração do país no âmbito da América do Sul. A Federação brasileira precisa ser aprimorada tanto na sua engenharia institucional como no fortalecimento gerencial e administrativo das três esferas de governo. No que diz respeito ao grau de articulação e coordenação entre as esferas de governo, deve-se ressaltar que a cultura políticoadministrativa federalista é insuficientemente presente no âmbito das relações intergovernamentais do país. Um princípio fundamental das relações federativas implica na gestão de uma tensão permanente entre o respeito às autonomias constitucionais dos entes federados e a interdependência, aliança e cooperação que decorre do pacto federativo constitucional 2. No entanto o que se observa na prática é a 1 Aspásia Camargo, A Federação desregulada e o novo Pacto Federativo, Fernando Abrúcio e Márcia Miranda Soares, Redes Federativas no Brasil, Fundação Konrad Adenauer, São Paulo,

2 recorrência de uma tendência centralizadora por parte do aparato governamental federal, uma postura dos governos estaduais que tende a se enquadrar no cenário anterior à Constituição de 1988, onde os municípios são percebidos como meras unidades administrativas de seus territórios, e uma cultura subalterna de uma grande parte dos municípios que se expressa numa dependência excessiva às transferências intergovernamentais. A potencialização da Federação brasileira deverá ser operacionalizada em duas frentes principais. Em primeiro lugar, trata-se de fomentar um maior diálogo intergovernamental que seja capaz de levar em consideração os contenciosos federativos e promover a elaboração de uma agenda federativa compartilhada que possibilite ganhos coletivos. Para além de uma complexa renegociação constitucional sobre a repartição de competências e recursos, trata-se de desenvolver uma maior interlocução entre os entes federados que supere as negociações bilaterais tradicionais e requalifique as relações intergovernamentais, por meio da constituição de fóruns de pactuação federativa. Neste sentido, a assinatura do Protocolo de Cooperação Federativa em 13 de março 2003, entre representantes do governo federal e das entidades nacionais de prefeitos durante a VI Marcha de Prefeitos a Brasília, definiu uma agenda compartilhada a ser negociada consensualmente no âmbito de um colegiado denominado de Comitê de Pactuação Articulação Federativa, que é coordenado pela Subchefia de Assuntos Federativos da Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais da Presidência da República. Este esforço de concertação federativa produziu ganhos efetivos para os entes federados, tal como a incorporação de interesses e demandas dos municípios na Reforma Previdenciária e Tributária, a nova Lei do ISS, a Lei do Salário-Educação, a Lei Transporte Escolar e a partilha da CIDE, dentre outros. Uma segunda estratégia de potencialização da organização federativa do estado brasileiro diz respeito à promoção de uma maior articulação de iniciativas e políticas públicas realizadas pelas diferentes esferas de governo, por meio da multiplicação e consolidação de fóruns de negociação e cooperação intergovernamental. É necessário ressaltar que ambas estratégias implicam o desenvolvimento de uma nova cultura política de pactuação e negociação intergovernamental. A Constituição de 1988: fortalecimento e desafios do federalismo brasileiro O fortalecimento do federalismo brasileiro deu-se recentemente junto ao processo de redemocratização do país que foi em grande parte impulsionado pelos governos subnacionais. Neste sentido, a descentralização fiscal, administrativa e política do Brasil esteve intimamente associada ao processo de democratização do país. Além de consagrar o processo de descentralização políticoadministrativa, a Constituição de 1988 transforma a estrutura federativa do Estado brasileiro, instituindo a federação trina, com a elevação constitucional dos municípios à condição de entes federados. Finalmente, do ponto de vista da relação entre o poder público e a sociedade, a Constituição de 1988 coloca na agenda política os temas da participação cidadã e do controle social na elaboração e implementação de políticas públicas. O processo de descentralização favoreceu um ciclo de inovação na elaboração e implementação de políticas públicas no âmbito local, que integrou novos atores sociais na gestão pública. No entanto, o final da década de 90 é marcado por um questionamento dos excessos da descentralização e da 2

3 municipalização de políticas públicas, que se refletiram numa cultura política localista que se pretende auto-suficiente e na conseqüente fragmentação de programas governamentais no território 3. Neste contexto, coloca-se cada vez mais a necessidade de promover uma maior cooperação intermunicipal para a gestão compartilhada de serviços públicos e de desenvolver um papel mais pro-ativo por parte do governo estadual na coordenação e gestão das políticas públicas no âmbito sub-regional. Contudo, a criação de instrumentos institucionais adequados de cooperação intergovernamental foi negligenciada no âmbito da Constituição de 1988, fragilizando desta forma a coordenação do processo de descentralização no país. Isto pode ser explicado em parte, pela forte oposição á tutela da Federação exercida pelos governos militares, que induziu os constituintes à não levarem em consideração o papel do governo federal como agente mediador e articulador da dinâmica federativa. Além do mais, a simultaneidade do processo de descentralização com a crise e desmonte subseqüente do Estado nacional-desenvolvimentista constituiu um outro fator de descoordenação deste processo 4. De qualquer forma, a elaboração de mecanismos institucionais que favoreçam uma maior articulação institucional do processo de descentralização deve ser equacionada para fortalecer a engenharia institucional da federação brasileira. Para além da criação de novos instrumentos de cooperação federativa, a promoção de uma maior cooperação intergovernamental deverá implicar uma grande transformação da cultura política e administrativa da classe dirigente que sofre de uma miopia generalizada no que diz respeito ao entorno regional do município e a interdependência e integração das redes urbanas. De fato, uma parte significativa do movimento municipalista coloca a solução de todos os problemas locais no aumento da transferência de recursos intergovernamentais, como se o município pudesse por si só, resolver todos os problemas que afligem seu território. Neste contexto, a experiência de cooperação intermunicipal é ainda incipiente no país, apesar da multiplicação de consórcios intermunicipais que se observa a partir da década de 90. Nota-se que estas experiências se concentram regionalmente no Sudeste e no Sul do país e setorialmente, nas áreas de prestação de serviços de saúde (35% do total dos municípios brasileiros), aquisição e uso conjunto de máquinas e equipamentos (12% dos municípios) e tratamento e disposição final do lixo (em torno de 4% dos municípios). 5 Conseqüentemente, o país é caracterizado por uma insuficiente articulação e integração de seus territórios na escala sub-regional, isto é, acima da esfera municipal e intra-regionalmente no âmbito dos estados. O estado de despactuação territorial é grave porque cada vez mais, a resolução de problemas locais transcende as fronteiras político-administrativas de um ente federado. Como exemplo, podemos citar a questão da recuperação e proteção ambiental, a gestão de bacias hidrográficas e o tratamento e a destinação de resíduos sólidos, entre outros. Além do mais, a promoção do desenvolvimento local está cada vez mais sendo colocada como uma tarefa a ser realizada no âmbito do espaço sub-regional, onde podem ser articulados e fortalecidos os fluxos econômicos e sociais. Assim, o consorciamento 3 Marcus Melo e Flávio Rezende, Descentralização e Governança no Brasil, Artigo apresentado no Woodrow Wilson International Center for Scholars, Washington DC, Aspásia Camargo, A Reforma Mater- Os Riscos e os Custos do Federalismo Incompleto, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE, Pesquisa de Informações Básicas Municipais: Perfil dos Municípios: gestão pública 2001, Rio de Janeiro

4 intermunicipal tem um grande protagonismo a realizar na promoção do desenvolvimento regional e na construção de um sistema mais coerente e eficiente de prestação de serviços públicos. É igualmente importante que o governo estadual exerça sua atribuição de coordenação da gestão no âmbito subregional, de forma a consolidar as instâncias de cooperação horizontal entre municípios e atuar enquanto um ente intermediário que possa coordenar o processo de regionalização de políticas públicas e apoiar técnica e financeiramente os municípios mais pobres. Perspectivas de uma maior articulação federativa para a redução das desigualdades regionais do país As tensões na dinâmica federativa provocadas pelas desigualdades regionais e sociais do País e pelas diferentes capacidades econômicas, tributárias e administrativas dos entes federados, podem ser amenizadas por meio de uma maior articulação e cooperação entre os entes federados. Neste sentido, a Federação brasileira constitui um mecanismo mediador das profundas desigualdades socioeconômicas regionais e sociais características do país. O governo federal possui um papel importante na instituição de mecanismos e instrumentos de solidariedade federativa que permitam compensar as desigualdades regionais e manter a coesão da Nação. No entanto, a médio e longo prazo, a consolidação institucional da Federação Brasileira exige igualmente o fortalecimento institucional dos Municípios, dos Estados e Distrito Federal e do Governo Federal, sobre tudo no que diz respeito à construção de uma certa autonomia financeira e capacidade administrativa dos entes federados. O universo dos municípios brasileiros é marcado por uma grande diversidade dos governos locais no que diz respeito à densidade demográfica, á dinâmica econômica, a arrecadação tributária do território e a capacidade técnica e gerencial das administrações públicas. Grande parte dos municípios brasileiros não possui condições efetivas de exercer a autonomia que lhes é conferida pela Constituição enquanto ente federado. Isto se reflete mais explicitamente na significativa dependência ás transferências intergovernamentais, para a sustentabilidade financeira destes municípios. Deste modo, o Fundo de Participação Municipal representa a principal fonte de receita para 80% dos municípios brasileiros. 6 Este fato decorre de duas situações: uma capacidade reduzida de tributação devido à extrema pobreza de alguns territórios municipais ou a renuncia fiscal por parte de municípios que não exercem devidamente sua atribuição constitucional de arrecadar tributos próprios. É necessário levar em consideração que 90% dos municípios têm menos de habitantes e que apenas 10% deste universo concentra 73% da população urbana do país. Existe, portanto um impacto diferenciado do processo ainda recente de descentralização de políticas públicas nos pequenos municípios brasileiros que não possuem escala suficiente para a prestação de serviços públicos. Assim, uma alternativa para a grande maioria dos municípios brasileiros cumprir suas atribuições, e qualificar simultaneamente a própria capacidade gerencial e administrativa da máquina pública, reside no exercício da cooperação intermunicipal que possibilita ganhos de escala na prestação de serviços e uma maior racionalização na aplicação de recursos públicos. 6 François E. J. Bremaeker, O Município como ente governamental autônomo, Série Estudos Especiais n 72- IBAM, Rio de Janeiro, junho de

5 II- A promessa da Lei dos Consórcios Públicos O objetivo principal da iniciativa da Presidência da República de elaborar um projeto de Lei que cria o novo estatuto do Consórcio Público foi o de complementar o desenho federativo brasileiro e aprimorar a organização da federação trina instituída pela Constituição de 88. Como foi ressaltado anteriormente, apesar de constituir um desenho avançado de organização federativa, a Federação brasileira não dispunha até então de mecanismos e instrumentos adequados de articulação e cooperação de políticas públicas federativas de responsabilidade compartilhada entre as três esferas de governo. Neste sentido, o consórcio público instrumentaliza e dá nova regulamentação á cooperação horizontal e vertical entre as três esferas de governo, abrindo a possibilidade de potencializar a intervenção do poder público e de otimizar e racionalizar a aplicação de recursos públicos na execução de atribuições que são compartilhadas pelas três esferas de governo. O fundamento jurídico da Lei dos Consórcios Públicos está diretamente vinculado à emenda constitucional n 19, de 1998, que modifica a redação do art. 241 para os seguintes termos: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem com a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. Desta forma, a Lei dos Consórcios Públicos institui um arcabouço legal e institucional para a concretização do Federalismo Cooperativo no país, cujos princípios enunciados na própria constituição de 1988 careciam de regulamentação. Neste sentido, o artigo 23 da Constituição, que enuncia uma série de competências comuns aos entes federados, deve ainda ser regulamentado para definir a forma em que estas atribuições deverão ser compartilhadas pelas três esferas de governo, tendo em vista critérios de equidade em um país marcado por grandes desigualdades regionais e sociais: Lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem estar em âmbito nacional. 7. Uma segunda razão para a elaboração de uma regulamentação sobre os Consórcios Públicos se refere à demanda provinda das entidades nacionais de municípios e de alguns prefeitos gestores de consórcios intermunicipais, de suprir as precariedades jurídicas, institucionais e financeiras dos instrumentos existentes de consorciamento intermunicipal. Neste sentido, foi colocada a necessidade de regulamentar um instrumento de cooperação federativa que dê segurança jurídica suficiente aos entes consorciados, de forma a permitir um planejamento de médio e longo prazo para a gestão compartilhada de políticas públicas. 7 Constituição Federal, Art. 23 Parágrafo único: Lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem estar em âmbito nacional. 5

6 A lei dos consórcios públicos: novo instrumento de cooperação federativa A Lei dos Consórcios Públicos consolida o quadro administrativo legal da cooperação federativa que vem se intensificando a partir da década de 90 em algumas áreas setoriais de políticas públicas, num quadro jurídico e institucional insuficiente para sua consolidação. O Consórcio Público poderá assumir a figura de direito público, quando se constituir numa Associação Pública, isto é um tipo de Autarquia Interfederativa que integrará a administração indireta dos entes consorciados. A Lei prevê igualmente a possibilidade do Consórcio Público assumir uma figura de direito privado sem fins lucrativos, caso no qual a instância de cooperação intergovernamental tomará a forma de uma Associação Civil ou Empresa. É importante ressaltar que o Consórcio Público constitui antes de tudo, um instrumento de cooperação federativa que possibilita uma maior articulação institucional no espaço sub-regional; horizontalmente entre municípios e verticalmente entre municípios e o governo estadual. Não se trata, portanto de fomentar a constituição de um quarto ente federativo intermediário entre os estados e municípios, mas de colocar a disposição dos entes federados um arranjo institucional que possibilita uma nova prática de pactuação e cooperação intergovernamental. Assim, a Lei dos consórcios públicos respeita a autonomia e as competências de cada esfera de governo e reconhece ao mesmo tempo, a primazia da responsabilidade do governo estadual ante os municípios que compõe seu território, condicionando a participação do governo federal em um consórcio público, à presença prévia do governo estadual. Por um lado, o consórcio público dá maior segurança jurídica aos entes consorciados porque fortalece o efeito de vinculação dos acordos de cooperação intergovernamental e aumenta a contratualização entre os entes consorciados, tanto no ato da formação, extinção do consórcio, ou retirada voluntária de um ente consorciado, como na formalização das contribuições financeiras e das responsabilidades assumidas. Por outro, o consórcio público favorecerá uma maior institucionalização da cooperação entre entes federados por meio do cumprimento dos preceitos da administração pública e da gestão fiscal, de forma a facilitar a prestação de contas frente aos Tribunais de Conta e o Ministério Público e permitir a transferência de recursos fiscais e de financiamento intergovernamentais. Finalmente, a regulamentação do Consórcio público é suficientemente flexível para permitir o consorciamento em diversas escalas territoriais de atuação, e para diversas políticas públicas e objetivos compartilhados entre os entes consorciados. É importante ressaltar que a instituição de um consórcio público exige todo um processo anterior de debate, articulação e negociação política, cujo resultado deve ser apreciado pelas respectivas casas legislativas. Trata-se em primeiro lugar de identificar o interesse comum dos entes que irão se consorciar e definir a forma em que este objetivo compartilhado poderá ser implementado e financiado. O Protocolo de Intenções constitui um ato de vontade política dos chefes de governo dos entes federados consorciados, que após ratificação mediante lei pelos respectivos órgãos legislativos converte-se no Contrato de Consórcio Público. Em razão do Contrato de Consórcio Público criar a personalidade jurídica da instância de cooperação intergovernamental, o Protocolo de Intenções deve ser bem elaborado de forma a conter o essencial das disposições de instituição da gestão consorciada, porque será difícil modificá-lo posteriormente. 6

7 O Contrato de Rateio é elaborado a cada ano para cobrir as despesas do consórcio e contratualizar as contribuições consorciais que serão contabilizadas nas contas de cada ente consorciado. Neste processo, o número de votos de cada ente consorciado no âmbito da Assembléia Geral pode ser relacionado a sua contribuição financeira nas disposições do Protocolo de Intenções. È importante ressaltar que o não cumprimento das obrigações financeiras de um ente consorciado poderá mobilizar a Assembléia Geral e no caso extremo, instituir uma cobrança judicial. A organização administrativa do consórcio público é regulamentada pelo seu Estatuto que é definido de comum acordo pelos entes consorciados no âmbito da Assembléia Geral, o que permite uma certa flexibilidade na sua organização. No entanto, o consórcio público deverá ser formado pelos entes consorciados no âmbito da Assembléia Geral, ter como representante legal o governante de um dos entes consorciados e prever uma transparência adequada aos sócios desta Associação Pública. Além do mais, a administração do consórcio público poderá contar com Conselhos setoriais que permitem a participação do setor privado e da sociedade civil na gestão consorciada. A difusão deste novo instrumento de cooperação e gestão intergovernamental poderá fortalecer institucionalmente os entes federados com reduzida capacidade administrativa, gerencial e financeira. Destaca-se em particular o beneficio que este instrumento poderia trazer aos pequenos municípios que não possuem escala suficiente para a prestação de serviços públicos e que poderão aprimorar sua capacidade técnica-administrativa pela prática da gestão intergovernamental. A implementação dos Consórcios Públicos poderá fomentar a desconcentração de investimentos que se localizaram tradicionalmente nos grandes centros urbanos em favor de municípios mais pobres, que possuem menor capacidade técnica para a elaboração de projetos. Está previsto além do mais, a possibilidade de compra compartilhada pelo Consórcio Público, o que alterou a Lei de Licitação para dar incentivos para a licitação compartilhada e consorciada. Assim, a Lei dos Consórcios Públicos abre a oportunidade para os dirigentes do País construírem um novo modelo de gestão pública, por meio da concertação de políticas federativas no espaço territorial, cuja responsabilidade deverá ser compartilhada pelas esferas de poder consorciadas. Trata-se, portanto, de um instrumento de reforma do Estado que irá fortalecer a Federação Brasileira em sua engenharia institucional, constituindo um mecanismo de cooperação intergovernamental que tem a potencialidade de repactuar a federação em diversas escalas de atuação territorial e no âmbito de uma grande diversidade de políticas públicas setoriais. Consórcios Públicos e a concertação social no âmbito do desenvolvimento local Além das potencialidades do consórcio público na implementação de políticas públicas e sociais, cuja atribuição é compartilhada pelas esferas de governo consorciadas, é necessário ressaltar as perspectivas deste novo instrumento de cooperação federativa na área de promoção do desenvolvimento regional/local. A construção de um novo projeto nacional de desenvolvimento para o país deverá articular atores institucionais e sociais em diversas escalas de atuação territorial, na medida em que o desenvolvimento, não pode mais ser concebido nas circunstâncias atuais, como um processo centralizado e uniformizado de elaboração e implementação de políticas públicas. A cooperação federativa para a promoção do desenvolvimento local entre entes governamentais tem a vantagem de colocar no centro das negociações entre as unidades da federação o 7

8 compartilhamento de responsabilidades e a contratualização de contrapartidas e recursos, deslocando a questão mais complexa da partilha constitucional de recursos entre entes federativos. Neste sentido, a difusão de uma nova prática e cultura política e administrativa de negociação e pactuação intergovernamental para a promoção compartilhada do desenvolvimento regional poderia constituir um novo padrão de desenvolvimento econômico e social para o país, que daria um maior papel à mobilização dos entes federativos em diversas escalas territoriais. Neste contexto, sobressai a importância da dimensão regional/local do desenvolvimento como um espaço territorial a ser pactuado entre atores públicos, econômicos e sociais. O consórcio público coloca à disposição dos entes federativos um instrumento institucional flexível para a criação de novos arranjos institucionais voltados para a promoção do desenvolvimento regional/local, no âmbito de várias escalas territoriais. Desta forma, este novo instrumento de gestão intergovernamental poderia constituir-se num suporte político-institucional das estratégias de desenvolvimento regionalocal que vem se difundindo por meio da concertação entre o poder público e a sociedade civil no âmbito de órgãos colegiados regionais. O consórcio permite uma rodada de negociação e formação de consenso entre os governantes de determinado território que possibilita a convergência de investimentos prioritários em torno dos eixos estratégicos de ação previamente definidos em conjunto com as lideranças da comunidade regional. A difusão desta dinâmica de desenvolvimento regional, implica a adoção de um planejamento participativo de base territorial voltado para a valorização dos recursos territoriais (atributos econômicos, sócio-culturais, institucionais e ambientais do espaço sub-regional) entre representantes das diferentes esferas de governo e dos atores econômicos e sociais regionais. Além dos seus valores intrínsecos no fortalecimento da democracia participativa e no controle social da ação governamental, o planejamento participativo para a promoção do desenvolvimento territorial, por meio do envolvimento da sociedade organizada em espaços de diálogo e concertação com o poder público, destaca a importância da pactuação social dos territórios como fator de mobilização do empreendedorismo local e de fortalecimento da coesão social. É importante ressaltar que a participação social na promoção do desenvolvimento regional não pode ser simplesmente integrada em um conselho que seja subordinado ao Consórcio Público. Neste sentido, torna-se necessário buscar meios institucionais de articular os órgãos de pactuação governamental (gestão dos recursos e dos investimentos) com os órgãos de pactuação paritária (identificação das grandes prioridades estratégicas do território e controle social das políticas públicas no território). Assim, por um lado, uma maior articulação das ações e políticas públicas por parte dos entes federativos poderá garantir um suprimento mais adequado de infra-estrutura e equipamentos públicos necessários para o desenvolvimento integrado do território. Por outro lado, a cooperação federativa e o fortalecimento da co-responsabilidade na gestão pública poderiam aumentar o comprometimento das instâncias de governo em torno das prioridades identificadas em parceria com os representantes da sociedade civil, no âmbito dos fóruns de pactuação regional, produzindo um maior impacto do planejamento estratégico participativo no âmbito dos Planos Plurianuais das três esferas de governo, principalmente, na promoção conjunta do processo de desenvolvimento local 8

9 Bibliografia: Fernando Abrúcio e Márcia Miranda Soares, Redes Federativas no Brasil: cooperação intermunicipal no grande ABC, Fundação Konrad Adenauer, São Paulo, 2001 Fernando Abrucio e Valeriano Mendes Ferreira Costa, Reforma do Estado e o Contexto Federativo Brasileiro, Pesquisas Konrad Adenauer Stifung n Aspásia Camargo, A Reforma Mater - Os Riscos e os Custos do Federalismo Incompleto, Projeto Brasil 2020, A Federação desregulada e o novo Pacto Federativo, 2000 Ruy Affonso, A Crise da Federação, IN A Crise Econômica Nacional e a Crise da Federação, Comissão Executiva Nacional do Partido Socialista Brasileiro - Seminário do PSB François E. J. Bremaeker, O Município como ente governamental autônomo, Série Estudos Especiais n 72- IBAM, Rio de Janeiro, junho de 2004 Marcus Melo e Flávio Rezende, Descentralização e Governança no Brasil, Artigo apresentado no Woodrow Wilson International Center for Scholars, Washington DC, 2003 Mara Biasi Ferrari Pinto, Marcos Flávio R. Gonçalves e Maria da Graça Ribeiro Neves, Pensando a autonomia municipal: dilemas e perspectivas, Revista de Administração Municipal- IBAM n. 244 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE, Pesquisa de Informações Básicas Municipais: Perfil dos Municípios: gestão pública 2001, Rio de Janeiro 2003 Rosani Evangelista da Cunha, Federalismo e Relações Intergovernamentais: Os consórcio públicos como instrumento de cooperação federativa, Artigo apresentado no IX CLAD sobre Reforma do Estado e da Administração Pública, Agosto de 2004 Vicente Y Plá Trevas, O Governo Lula e a estratégia de fortalecimento da federação: o caso do comitê de Articulação Federativa, Artigo apresentado no IX CLAD sobre Reforma do Estado e da Administração Pública, Agosto de

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