Para que serve? Instrumento de planejamento; visa assegurar a continuidade administrativa.

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1 DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Dr. João Miguel da Luz Rivero DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO José Afonso da Silva; Alexandre de Moraes e outros. PLURIANUAL O que é? São diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Para que serve? Instrumento de planejamento; visa assegurar a continuidade administrativa. Prazos de acordo com a Lei Orgânica do Município (L.O.M). O Plano Plurianual deverá ser enviado à Câmara de Vereadores até 90 dias após a posse do prefeito eleito e será apreciado dentro de 45 dias a contar do recebimento (art. 1º., I, das Disposições Transitórias da L.O.M. de Piracicaba/SP). LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (L.D.O.) O que é? É a política financeira. Compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária. Para que serve? Linhas mestras do orçamento; visa assegurar maior participação do Legislativo no orçamento. 1

2 Prazos de acordo com a Lei Orgânica do Município (L.O.M). A L.D. O. deverá ser enviada até 30 de maio de cada ano à Câmara de Vereadores e apreciado dentro de 90 dias, a contar do recebimento (art. 1º., II, Disposições Transitórias da L.O.M. de Piracicaba/SP). ORÇAMENTO-PROGRAMA O que é? São os planos e programas de obras, serviços. Encargos governamentais com estimativa da receita e fixação das despesas. Para que serve? Autorização para gastar (Poder Público nada pode fazer que não esteja previsto em lei). Prazos de acordo com a Lei Orgânica do Município (L.O.M). O Orçamento-Programa deverá ser enviado à Câmara de Vereadores até 30 de setembro de cada ano e será apreciado dentro de 90 dias, a contar do seu recebimento (art. 1º., III, Disposições Transitórias da L.O.M. de Piracicaba/SP.) ORÇAMENTO. A afirmação de que o orçamento é um instrumento meramente definidor dos atos de previsão e de autorização de receitas e de despesas públicas, consideramos ultrapassada, a partir da Constituição Federal de 1988, pois ocorreu uma profunda transformação com a evolução do orçamento clássico para o orçamento programa. Segundo o jurista José Afonso da Silva (1992), o orçamento: é uma peça de governo muito mais complexa do que isto, porque é o processo e o conjunto integrado de documentos pelos quais se elaboram, se expressam, se aprovam, se executam e se avaliam os planos e programas de obras, serviços e encargos governamentais, com estimativa da receita e fixação das despesas de cada exercício financeiro. O orçamento deverá ser feito conforme estabelece a legislação vigente: Constituição Federal, Lei Orgânica do Município, especialmente a Lei nº , que prevê lei, mensagem, anexos e programas. O orçamento de acordo com o art. 22, I, II, III e IV, da Lei 4.320, deve obedecer a um conjunto de princípios. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS. A elaboração dos princípios orçamentários pelas finanças clássicas tem por objetivo principal reforçar a utilização do orçamento como instrumento de controle parlamentar e democrático sobre a atividade financeira do Executivo, e de orientar a elaboração, aprovação e execução do orçamento. Os princípios orçamentários estão direta ou indiretamente consagrados na Constituição Federal. Princípio da legalidade. O princípio da legalidade em matéria orçamentária tem o mesmo fundamento do princípio da legalidade geral, segundo o qual a Administração se subordina aos ditames da lei (art. 48, II e IV, art. 164, 5º., art. 166 e 167, I, III, V, VI e IX, da Constituição Federal de 1988; art. 174, 175 e 176 da Constituição do Estado de São Paulo; art. 144 a 154 da Lei Orgânica do Município de Piracicaba/SP. e art. 40 a 46 da Lei 4.320). 2

3 Todas as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) são encaminhadas pelo Poder Executivo para discussão e aprovação pelo Poder Legislativo. Princípio constitucional da universalidade orçamentária. Segundo SILVA (1992): Realiza-se, pois, o princípio da universalidade na exigência de que todas as rendas e despesas dos Poderes, fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta sejam incluídos no orçamento anual geral. (...) Assim a universalidade adquire característica de totalização, de globalização, transformando-se em princípio do orçamento global. Isso se descobre no art. 165, especialmente em seu parágrafo 5º., da CF, que reúne os orçamentos fiscais, de investimento das empresas e da seguridade social inter-relacionados com o plano plurianual [1]. [1] SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 19ª ed. São Paulo: Malheiros, 2000, p Princípio constitucional da universalidade orçamentária. (Cont.) Na visão de PIRES (1993)[2], quando se trata sobre o princípio da universalidade, a totalidade dos valores deve ser mencionada nas respectivas rubricas (caso haja deduções, devem ser feitas em rubricas de despesa). (art. 165, 5º. da Constituição Federal de 1988; art. 174, 4º. da Constituição do Estado de São Paulo e art. 147, I, II e III, da Lei Orgânica do Município de Piracicaba/SP). [2] PIRES, Valdemir A. Aspectos Econômico-Financeiros do Orçamento (versão preliminar), in: Curso de Extensão Orçamento Municipal com Participação Popular uma introdução, Piracicaba/SP, Princípio constitucional da unidade orçamentária. Conforme Silva (1992): Em vez da unidade formal, postula-se ainda a unidade relativamente ao sistema integrado de planejamento/orçamento-programa, realçando-se, em primeiro lugar, a necessidade de que os orçamentos de todos os órgãos do setor público se fundamentem em uma única política orçamentária, sejam estruturados uniformemente e se ajustem a um método único relacionando-se com o princípio da programação. A lei orçamentária anual compreenderá: a) orçamento fiscal; b) orçamento de investimento; c) orçamento de seguridade social. (art. 165, 5º. da Constituição Federal de 1988; art. 2º da 4.320/64; art. 174, 4º. da Constituição do Estado de São Paulo; art. 147 da Lei Orgânica do Município de Piracicaba/SP) 3

4 Princípio da anualidade/periodicidade. O orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro. Esse princípio está consagrado na legislação brasileira por meio da Constituição Federal (art. 165, inciso III) e Lei nº 4.320/64 (arts. 2º e 34). Princípio da exclusividade/pureza A lei orçamentária não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive ARO (antecipação de receita orçamentária). Esse princípio está consagrado na legislação brasileira por meio da Constituição Federal (art. 165, 8º) e Lei nº 4.320/64 (art. 7º). Princípio da especificação / especialização / discriminação. Veda as autorizações de despesas globais. As receitas e despesas devem ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. O 4º do art. 5º da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece a vedação de consignação de crédito orçamentário com finalidade imprecisa, exigindo a especificação da despesa. As exceções a esse princípio orçamentário são os programas especiais de trabalho e a reserva de contingência (art. 5º, III da LRF). Princípio da publicidade. Esse princípio zela pela garantia da transparência e total acesso a qualquer interessado às informações necessárias ao exercício da fiscalização sobre a utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes. Deve ser divulgado por meio de veículos oficiais de comunicação para conhecimento público e para gerar eficácia de sua validade enquanto ato oficial de autorização de arrecadação de receitas e execução de despesas. Princípio do equilíbrio. Esse princípio visa assegurar que as despesas não serão superiores à previsão das receitas. Contabilmente o orçamento está sempre equilibrado, pois se as receitas esperadas forem inferiores às despesas fixadas, e o governo resolver não cortar gastos, a diferença deve ser coberta por operações de crédito que, por lei, devem também constar do orçamento. Princípio do orçamento bruto. Esse princípio estabelece que todas as receitas e despesas devem constar do orçamento em seus valores brutos, sem qualquer tipo de dedução, de forma a permitir efetivo controle financeiro do orçamento e universalidade. Esse princípio está consagrado na legislação brasileira por meio da Lei nº 4.320/64 (art. 6º). Princípio da não-afetação (não-vinculação) das receitas. Esse princípio dispõe que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos (CF/88, art. 167, IV). Pretende-se, com isso, evitar que as vinculações reduzam o grau de liberdade do planejamento. As exceções estão dispostas nos arts. 158, 159, 198 e 212 da CF/88. Quando as receitas de impostos são vinculadas a despesas específicas, diz-se, em geral, que essas despesas são obrigatórias. Princípio da programação Esse princípio dispõe que o orçamento deve ter o conteúdo e a forma de programação. 4

5 Princípio da clareza Esse princípio dispõe que o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa, embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância para tornar o orçamento um instrumento eficiente de governo e administração. EXECUTIVO, LEGISLATIVO E POPULAÇÃO SUAS FUNÇÕES FRENTE A ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO COM PARTICIPAÇÃO POPULAR. Executivo. É de iniciativa do Poder Executivo a elaboração do orçamento com encaminhamento à Câmara de Vereadores dentro do prazo estabelecido para apreciação e posterior aprovação e execução no próximo exercício financeiro. Legislativo. Recebe, aprecia, altera se necessário, aprova e posteriormente exerce o poder fiscalizador referente ao seu cumprimento, com relação à execução por parte do Executivo. População. Possui relevante desempenho, referente a elaboração junto ao Executivo, quando do estabelecimento das prioridades dos programas e investimentos que deverão constar no orçamento. Após a aprovação por parte do Poder Legislativo, no momento da execução pelo Executivo, a população exercerá importante papel fiscalizador junto ao Legislativo, quanto ao cumprimento do estabelecido no orçamento-programa. Créditos Adicionais Pelo art. 40, da Lei 4.320, entendemos que há duas classes de créditos adicionais: a) os que têm a finalidade de suplementar dotação do orçamento; b) os que têm a finalidade de atender a situações não previstas no orçamento. De acordo com o art. 41, da Lei 4.320, os créditos adicionais classificam-se em: suplementares, especiais e extraordinários. Créditos Adicionais Suplementares (Art. 41, I, da Lei 4.320/64) Destinam-se a um reforço de dotação orçamentária. É a possibilidade que se tem de suplementar os créditos do orçamento anual quando são ou se tornam insuficientes. Com relação ao orçamento-programa devemos observar o seguinte: a) De acordo com Machado Jr & Reis (1993)[1], que:... um programa é um curso de ação definida, com os respectivos meios - humanos e materiais - para alcançar um fim ou objetivo. b) Que um programa é composto de diversos projetos que exprimem o desejo da comunidade, definidos em lei. Desta forma, nenhum projeto constante do orçamento-programa deverá ser anulado com o objetivo de suplementar o outro. O que o Executivo deverá fazer é reduzir custo de outro projeto, para obter recursos para que seja possível o reforço ao projeto que necessita ser suplementado. [1] MACHADO Jr, José Teixeira & REIS, Heraldo da Costa. A lei comentada. 25ª ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: IBAM, 1993, p

6 Créditos Adicionais Especiais (Art. 41, II, da Lei 4.320/64) São os créditos destinados às despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica. Conforme colocam Machado Jr & Reis (1993): Tratando-se de orçamento-programa, não se deve abrir crédito especial para pessoal ou material, isto é, para objeto de despesas. Abre-se crédito especial para um novo programa, projeto ou atividade, discriminado por seus elementos de despesa, pessoal, material e outros [1]. Desta forma, o crédito especial criará novo programa para atender o objetivo não previsto no orçamento anual. A Lei 4.320, em seus artigos 42 e 43, preconizam que tanto os créditos adicionais suplementares como os especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto do Executivo; e que os mesmos dependem da existência de recursos disponíveis para obter a autorização legislativa. [1] MACHADO Jr, José Teixeira & REIS, Heraldo da Costa. A lei comentada. 25ª ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: IBAM, 1993, p. 89. Créditos Adicionais Extraordinários (Art. 41, III, da Lei 4.320/64) São créditos adicionais extraordinários os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública, de acordo com o que preconiza a Lei 4.320/64. A finalidade dos créditos adicionais extraordinários é, sem dúvida, o atendimento a despesas imprevisíveis e urgentes conforme dispõe a Constituição Federal, pois são despesas que estão acima ou além da capacidade humana de prever. As despesas imprevistas, admitem erro de previsão, o que não dever ser considerado, pois crédito extraordinário é exceção.[1] A abertura de créditos extraordinários são de competência e iniciativa do Poder Executivo, que deverá faze-lo por decreto, dando imediato conhecimento ao Poder Legislativo (Art. 44, da Lei 4320/64). [1] Inteligência do art. 167, 2º e 3º, da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de Operação de crédito por antecipação de receita Consistem em empréstimos contraídos pelo Poder Público, que deverão ser saldados no mesmo exercício financeiro. É uma forma de equilibrar a saída dos recursos com o ingresso de receitas. Deverá constar no orçamento para que juridicamente seja viável o Poder Executivo realizá-la (art. 167, III, da Constituição Federal; art. 176, III, da Constituição do Estado de São Paulo e art. 153, III, da Lei Orgânica do Município de Piracicaba/SP). FONTES DE RECEITA SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL. (É) o conjunto de princípios e de normas unificados em torno da idéia de tributo. Este, por sua vez, vem a ser toda a prestação paga ao Estado de forma impositiva, mas que não se caracteriza enquanto uma penalidade, mas sim por ato lícito [1]. [1] BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 16ª ed. ampliada e atualizada. São Paulo: Saraiva, 1995, p

7 Segundo Geraldo Ataliba, É o conjunto de princípios constitucionais que informa o quadro orgânico de normas fundamentais e gerais de Direito Tributário vigentes em determinado país. Segundo Ives Gandra, representa apropriação de bens do cidadão. Segundo Celso de Mello, O fundamento do poder de tributar, por isso mesmo, reside no dever jurídico de essencial e estrita fidelidade dos entes tributantes ao que imperativamente dispõe a Constituição da República. Repartição das receitas tributárias (Participação por Transferência) A repartição das receitas tributárias, conforme prevê a Constituição Federal em seus art. 157 a 182, é transferência de receitas tributárias das pessoas de maior abrangência, União e Estados, em favor das de menor abrangência, Estados e Municípios. O artigo 158 da Constituição Federal, em seus quatro incisos, contemplam participações dos municípios em impostos da União e dos Estados, a saber: I (...) sobre renda e proventos de qualquer natureza (...). II (...) sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis nele situados (...). III (...) sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios (...). IV (...) a circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações (...). A participação do município com relação ao IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados, será de acordo com o art. 159, II, 3º. Limitações do poder de tributar a limitação constitucional ao exercício estatal de tributar é essencial para a garantia da segurança jurídica e dos direitos individuais, em especial o de propriedade, evitando abusos e arbitrariedades e permitindo uma relação respeitosa entre o Fisco e o cidadão. Obs.: Veja art. 146, II da CF/88 (Alexandre de Moraes, 2006) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (Art.150,I,CF) Segundo Luciano Amaro, esse princípio é multissecular, tendo sido consagrado na Inglaterra, na Magna Carta de 1215, do Rei João Sem Terra, a quem os barões ingleses impuseram a necessidade de obtenção prévia de aprovação dos súditos para a cobrança de tributos. A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal somente poderão exigir ou aumentar tributo através de lei. A lei que o exigir o tributo deve mencionar, segundo o artigo 146, III, a, CF: a) o fato tributável; b) a base de cálculo; c) a alíquota; d) os critérios para a identificação do sujeito passivo da obrigação tributária; e) o sujeito passivo. 7

8 A lei mencionada pela Constituição é a lei ordinária, salvo se explicitamente for fixada a exigência de lei complementar. Existem impostos que excepcionam o princípio em comento, a saber: 1) Imposto de Importação(II) 2) Imposto de Exportação(IE) 3) Imposto sobre operações financeiras(iof) 4) Imposto sobre produtos industrializados(ipi) Esses impostos podem ser aumentados por meio de ato do Poder Executivo, ou seja, por meio de decreto, sempre respeitando, porém, os limites estabelecidos pela lei. A Emenda Constitucional nº 33/2001 também excepcionou o princípio em dois momentos, onde a determinação de alíquotas é possível por ato do Executivo. O primeiro é em relação a CIDE- Combustíveis (art. 149, 2º,II, c/c art. 177, 4º,I,b, CF/88), o segundo é em relação ao ICMS sobre combustíveis (artigo 155, 4º, IV, c, CF/88). As medidas provisórias podem criar e aumentar impostos que não sejam privativos de lei complementar. Para tanto, deverão ser convertidas em lei dentro do prazo de 60 dias, prorrogáveis por mais 60(art. 62, 7º,CF). PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE (Art. 150,III, b, CF/88) Este princípio estabelece que os entes tributantes não podem exigir tributos no mesmo exercício financeiro em que estes foram criados ou majorados. Para Eduardo de Moraes Sabbag, a verdadeira lógica do princípio da anterioridade é preservar a segurança jurídica, postulado doutrinário que irradia efeitos a todos os ramos do Direito, vindo a calhar na disciplina ora em estudo, quando o assunto é anterioridade tributária. A anterioridade não é respeitada, entretanto, nos seguintes casos: a) Imposto de importação(ii) b) Imposto de exportação c) Imposto sobre produtos industrializados(ipi) d) Imposto sobre operações financeiras(iof) e) CIDE petróleo f) Empréstimo compulsório para casos de calamidade pública ou guerra externa g) Imposto extraordinário de guerra h) Contribuições sociais, que obedecem à anterioridade nonagesimal ou mitigada. A Emenda Constitucional nº 42/03, introduziu ao artigo 150,III, CF, a letra c, que exige que se respeite um período de 90 dias entre a data que criou ou aumentou o tributo e sua efetiva cobrança. Exceções a essa regra, são os empréstimos compulsórios para casos de calamidade pública ou guerra externa, imposto de importação, imposto de exportação, imposto sobre operações financeiras, imposto sobre a renda, imposto extraordinário de guerra e fixação da base de cálculo do IPVA e do IPTU. 8

9 PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE (Art. 150,III, a,cf) Conforme leciona Ricardo Cunha Chimenti, os fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que houver instituído ou aumentado os tributos (estabelecida a hipótese de incidência ou a alíquota maior) não acarretam obrigações. A lei nova não se aplica aos fatos geradores já consumados (art.105 CTN). O Código tributário nacional permite a retroatividade em seu artigo 106, quando a lei: I- em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, ou II- tratando-se de ato não definitivamente julgado a) quando deixe de defini-lo como infração; b) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente à época do fato gerador ou da prática do ato. Trata-se da retroação benéfica para multas tributárias, segundo lição de Eduardo de Moraes Sabbag. Em síntese, é vedada a incidência de tributos sobre fatos geradores ocorridos antes da vigência da lei. PRINCÍPIO DA IGUALDADE OU ISONOMIA TRIBUTÁRIA (Art. 150, II, CF/88) O princípio da igualdade tributária proíbe distinções arbitrárias, entre contribuintes que se encontrem em situações semelhantes. Luciano Amaro relata que nem pode o aplicador, diante da lei, discriminar, nem se autoriza o legislador, ao ditar a lei a fazer discriminações. Visa o princípio à garantia do indivíduo, evitando perseguições e favoritismos. Para contribuintes que estão em situações distintas é permitido tratamento tributário diferenciado, como ensina Hugo de Brito Machado: Não fere o princípio da igualdade, antes o realiza com absoluta adequação, o imposto progressivo. Realmente, aquele que tem maior capacidade contributiva deve pagar imposto maior, pois só assim estará sendo igualmente tributado. A igualdade consiste, no caso, na proporcionalidade da incidência à capacidade contributiva, em função da utilidade marginal da riqueza. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO CONFISCO (Art. 150, IV, CF/88) A cobrança de tributos deve se pautar dentro de um critério de razoabilidade, não podendo ser excessiva, antieconômica. O Supremo Tribunal Federal entende que o princípio da vedação ao confisco também se estende às multas, conforme julgamento da ADI 551/RJ, cujo relator foi o ministro Ilmar Galvão, decisão de 24 de outubro de Não se aplica o princípio em relação aos impostos extrafiscais, que poderão trazer em seu bojo alíquotas pesadas, regulando a economia. O Imposto sobre produtos industrializados também não sofre a aplicação do princípio em estudo. Produtos supérfluos podem ter tributação excessiva. 9

10 PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO (Art. 150, V, CF/88) O tráfego de pessoas ou de bens não pode ser limitado pela cobrança de tributos, quando estas ultrapassam as fronteiras dos Estados ou Municípios. Este princípio tributário está em consonância com o artigo 5º, LXVIII, CF/88, direito à livre locomoção. A cobrança de pedágios pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público, é considerada pela doutrina exceção ao princípio. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA (Art. 151, I, CF/88) Este princípio proíbe que a União institua tributo de forma não uniforme em todo o país, ou dê preferência a Estado, Município ou ao Distrito Federal em detrimento de outro ente federativo. Permite-se, entretanto, a diferenciação, se favorecer regiões menos desenvolvidas. Visa promover o equilíbrio socioeconômico entre as regiões brasileiras. Exemplo tradicionalmente citado é a Zona Franca de Manaus. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA (Art. 145, 1º, CF/88) Existem autores que colocam este princípio como um subprincípio do princípio da igualdade ou isonomia tributária. Reza o texto constitucional que, sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. Aplicação prática deste princípio encontra-se na alíquota progressiva, presente no imposto de renda, no imposto sobre a propriedade territorial urbana, no imposto sobre a propriedade territorial rural, etc. PRINCÍPIO DA VINCULABILIDADE DA TRIBUTAÇÃO O magistério dominante inclina-se, segundo o ensino de Paulo de Barros Carvalho, por entender que, nos confins da estância tributária, hão de existir somente atos vinculados (e não atos discricionários) fundamento do princípio em tela. PRINCÍPIO DA NÃO SURPRESA DO CONTRIBUINTE (ANUALIDADE, ANTERIORIDADE, LAPSOS TEMPORAIS PREDEFINIDOS) Para Sacha Calmon Navarro Coêlho, o princípio da não surpresa do contribuinte é de fundo axiológico. É valor nascido da aspiração dos povos de conhecerem com razoável antecedência o teor e o quantum dos tributos a que estariam sujeitos no futuro imediato, de modo a poderem planejar as suas atividades levando em conta os referenciais da lei. PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA DOS IMPOSTOS OU DA TRANSPARÊNCIA FISCAL O artigo 150, 5º, CF/88, reza que a lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. As denominações deste princípio são utilizadas, respectivamente, pelos mestres Luciano Amaro e Ricardo Lobo Torres, segundo magistério de Fábio Periandro. PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE (Arts. 155, 2º, I; art. 153, 3º, II; art. 154, I, CF/88) Este princípio refere-se a três impostos: ICMS, IPI e impostos residuais da União. Deve-se compensar o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal. 10

11 PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE (Art. 153, 3º, CF) Visa tributar mais fortemente produtos menos essenciais. Já produtos essenciais terão alíquotas menores. No IPI sua aplicação é obrigatória, para o ICMS e o IPVA sua aplicação é facultativa. PRINCÍPIO DA NÃO DIFERENCIAÇÃO TRIBUTÁRIA (Art. 152, CF/88) O texto constitucional é auto explicativo. Os Estados, Municípios e o Distrito Federal estão proibidos de estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. PRINCÍPIO DA TIPICIDADE Alguns estudiosos inserem este princípio dentro da legalidade tributária. A tipicidade tributária, semelhantemente à penal, quer dizer que o tributo somente será devido se o fato concreto se enquadrar exatamente na previsão da lei tributária, assim como o fato criminoso tem que se enquadrar na lei penal. PRINCÍPIO DA IMUNIDADE (Art. 150, VI, a, CF) A imunidade é uma hipótese de não incidência constitucionalmente qualificada, que diz respeito, em regra, aos impostos. Possuem imunidade os entes federativos reciprocamente e em relação a impostos sobre patrimônio, renda e serviços; os templos de qualquer culto (art. 150, VI, b, CF); os partidos políticos, as entidades sindicais de trabalhadores, as instituições de educação ou de assistência social sem fins lucrativos, desde que observados os requisitos legais (art. 150, VI, c, CF) e os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão (art. 150, VI, d, CF). Função do Banco Central Compete à União emitir moeda e a ela cabe legislar sobre sistema monetário. Essas normas se completam com a previsão do art. 164, de conformidade com o qual a sua competência para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central. É vedado a este conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira; com isso a Casa da Moeda passará a ser uma dependência do Banco Central, a que se faculta, a compra e venda de títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas hão de ser depositadas em instituições oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 11

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