Relatório de Crédito 21 de dezembro de 2016 O que esperar do crédito para 2017?

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1 Relatório de Crédito 21 de dezembro de 216 O que esperar do crédito para 217? Everton Gomes everton.gomes@santander.com.br O aumento da volatilidade do cenário externo, combinado com resultados decepcionantes dos indicadores de atividade do terceiro trimestre de 216 levou a uma revisão das nossas projeções de crescimento econômico para 217. Isso, em conjunto com um ajuste mais intenso do que esperávamos na carteira do BNDES, motivou uma revisão para baixo das nossas projeções de crédito, contudo, ainda esperamos recuperação relevante no próximo ano (projetamos crescimento de 3,4% para o saldo total em 217, ante queda ao redor de 3% em 216). Quanto à abertura por produtos, avaliamos que a reversão de tendência esperada para o próximo ano será mais intensa naqueles mais sensíveis às alterações na taxa de juros (por exemplo, o crédito para veículos), enquanto aqueles menos sensíveis à taxa, e mais correlacionados ao consumo das famílias, devem ter pouco espaço para acelerar (por exemplo, o cartão de crédito, dado que a recuperação do poder de compra deverá ser bem modesta, e concentrada no segundo semestre de 217. Mesmo o crédito para empresas, que vem apresentando forte contração em 216, deve voltar a crescer no ano que vem puxado pela queda da taxa de juros e pela expectativa de uma retomada mais eminente da atividade econômica, que devem reduzir o custo de oportunidade dos investimentos e provocar uma recuperação da confiança dos empresários, estimulando a demanda por crédito por parte das empresas. A elevada alavancagem das empresas limita o ritmo da retomada do crédito, mas não chega a impedi-la, uma vez que a situação financeira das empresas tende a ser cíclica, ou seja, a queda da taxa de juros e o crescimento econômico esperados para o próximo ano tendem a produzir um alívio significativo na capacidade de pagamento de dívida das empresas, permitindo novas contratações de crédito. Do ponto de vista do crescimento, avaliamos que o crédito deverá deixar de ser extretamamente contracionista como tem sido em 216, e passar para algum lugar na fronteira entre neutro e levemente expansionista, acelerando nos anos seguintes, à medida que o impacto da flexibilização monetária tenha mais tempo para se materializar no mercado de crédito. 2% 15% % 5% 16,4% Taxa de crescimento da carteira total 14,5% 11,3% 8,4% 6,7% 3,4% 9,2% 12% % 8% 6% 4% 2% 7,6% 7,% Crescimento da Carteira - Bancos Privados 9,3% 9,9% 5,6% 5,5% 2,% % % -2% -5% -3,1% -4% -3,%. :Santander. :Santander A combinação do aumento da volatilidade no cenário externo (em decorrência do resultado das eleições americanas) com resultados decepcionantes da atividade econômica do terceiro trimestre, além de um ambiente político doméstico mais conturbado, levaram à revisão da nossa expectativa para o crescimento do PIB em 217: de 2,% para,7%. Adicionalmente, a contribuição do BNDES para o ajuste fiscal em curso aparentemente será mais prolongada do que prevíamos, de forma que a carteira do banco de desenvolvimento deverá apresentar nova retração no próximo ano. Sendo assim, revisamos nossa projeção para a taxa de crescimento do saldo total de crédito em 217, de 6,7% para 3,4% (e, para 216, de -2,4% para -3,1%). Nesse relatório, vamos detalhar as nossas projeções, evidenciando a

2 mai-12 jul-12 set-12 nov-12 jan-13 mar-13 mai-13 jul-13 set-13 nov-13 jan-14 mar-14 mai-14 jul-14 set-14 nov-14 jan-15 mar-15 mai-15 jul-15 set-15 nov-15 jan-16 mar-16 mai-16 jul-16 set-16 mar-11 jun-11 set-11 dez-11 mar-12 jun-12 set-12 dez-12 mar-13 jun-13 set-13 dez-13 mar-14 jun-14 set-14 dez-14 mar-15 jun-15 set-15 dez-15 mar-16 jun-16 set-16 Oct-11 Jan-12 Apr-12 Jul-12 Oct-12 Jan-13 Apr-13 Jul-13 Oct-13 Jan-14 Apr-14 Jul-14 Oct-14 Jan-15 Apr-15 Jul-15 Oct-15 Jan-16 Apr-16 Jul-16 Oct-16 diferença de dinâmica esperada entre os empréstimos direcionados e livres, além de discutir o impacto da alavancagem das empresas sobre as perspectivas para o crédito. Recursos Direcionados: A carteira do BNDES deverá fechar 216 cerca de R$ 7 bilhões menor do que em 215 (o que significa queda de 11%), com as novas concessões apresentando contração superior a 4% (e caindo na margem). Para reverter a tendência de queda em 217, as concessões precisariam crescer algo próximo a %, o que não parece provável em um contexto de necessidade de ajuste fiscal e de recuperação apenas modesta da demanda por investimentos. Sendo assim, avaliamos que a carteira do BNDES deverá registrar nova queda em 217, ainda que mais moderada do que neste ano (ao redor de 4,5%, ante a estimativa de 11% para 216). Vale ressaltar que as medidas de refinanciamento e apoio a pequenas e médias empresas (SMEs), anunciadas pelo governo na semana passada, não devem impactar significativamente o crescimento da carteira em 217, uma vez que o refinanciamento não afeta o saldo, e o aumento do limite para as SMEs não tem impacto significativo sobre a carteira total (ainda que possa significar ajuda relevante para essas empresas), pois o crédito para SMEs corresponde a uma pequena parcela do todo. BNDES: Concessões (PJ) R$ bilhões 25 BNDES: Concessões (dessaz.) * R$ milhões (P) ; Ajuste Sazonal: Santander Já o crédito imobiliário continua apresentando taxas de variação interanual positivas, porém, a taxa de crescimento segue desacelerando e as concessões permanecem em queda interanual. Ainda que a desaceleração se estenda ao longo dos próximos meses, projetamos que a partir do segundo semestre de 217 a carteira voltará a acelerar, tendo em vista que: i) a queda da taxa de juros deve começar a fazer efeito sobre o mercado imobiliário e, no caso desses empréstimos, o repasse da Selic para o consumidor tende a ser percebido com maior velocidade e intensidade, dado que os spreads são mais reduzidos; ii) após intensa queda ao longo de 215, a retração das concessões parece estar perdendo intensidade; iii) segundo o relatório trimestral de condições de crédito do Banco Central referente ao terceiro trimestre, a demanda por crédito imobiliário parece estar começando a emitir sinais de estabilização; e iv) retomada do crescimento dos depósitos de poupança para 217 e 218, puxada por alguma recuperação da massa salarial e pela diminuição do diferencial de juros dos títulos de renda fixa em relação à remuneração da caderneta ainda que os recursos da poupança continuem insuficientes como funding para o mercado imobiliário, a diferença entre o saldo da poupança e a necessidade de funding deverá, no mínimo, parar de crescer. 6, 4, Crédito Imobiliário: Saldo x Concessões (%YoY) 45, 4, 35, 12, 11, Taxa de Juros do Crédito Imobiliário (% a.a.),8 11,3 2,, -2, -4, -6, Concessões Saldo -42,3-17, 7, 3, 25, 2, 15,, 5,,, 9, 8, 7, 7,6 8,8,6 2

3 jun/4 dez/4 jun/5 dez/5 jun/6 dez/6 jun/7 dez/7 jun/8 dez/8 jun/9 dez/9 jun/ dez/ jun/11 dez/11 jun/12 dez/12 jun/13 dez/13 jun/14 dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17 dez-2 jun-3 dez-3 jun-4 dez-4 jun-5 dez-5 jun-6 dez-6 jun-7 dez-7 jun-8 dez-8 jun-9 dez-9 jun- dez- jun-11 dez-11 jun-12 dez-12 jun-13 dez-13 jun-14 dez-14 jun-15 dez-15 jun-16 dez-16 jun-17 dez-17 1,2 1,,8,6,4,2, -,2 -,4 -,6 -,8 Indicador de demanda por crédito Habitacional 25,% Poupança - Saldo YoY nominal 2,7% 2,% 18,1% 15,%,8% 11,5%,5%,% 8,% 5,%,% -,9% -,1% -5,% Recursos Livres: Dentre os empréstimos concedidos com recursos livres, focamos nossa análise naqueles com maior peso na carteira dos bancos, que são: i) PF: Crédito para veículos, crédito pessoal e cartão de crédito, que representam 9% do crédito total para indivíduos; ii) PJ: capital de giro e produtos denominados em moeda estrangeira, que respondem por 7% do crédito total para empresas. O ambiente econômico deverá ser propício à recuperação do crédito com recursos livres em 217, tendo em vista a expectativa de queda substancial da taxa de juros (ver Why So Tight? Let s Put Speed on that Pace, publicado dia 9/12/216) e uma perspectiva ligeiramente mais favorável para o mercado de trabalho projetamos que a taxa de desemprego deverá continuar subindo até o segundo trimestre do próximo ano, começando a recuar lentamente a partir do terceiro trimestre; com isso, esperamos que até o final de 217 a população ocupada volte a crescer, e o rendimento médio da população mostre alguma recuperação, ainda que bastante tímida. Nesse contexto, a diferença de comportamento entre os produtos de credito dependerá principalmente da sensibilidade de cada um à taxa de juros, de forma que os mais sensíveis deverão apresentar recuperação mais acentuada. 21, 19, Taxa Selic (%a.a.) X IPCA 12 meses 12 13, 12, 11,5 Taxa de Desemprego Nacional (%) série com ajuste sazonal ,8 12,3 17, 15, 13, ,, 9,,1 11, 9, 7, 5, Selic Meta IPCA 4 2 8, 7, 6, 5, 8,3 7,1 6,7 Fontes: BCB e IBGE. : Santander Fonte: PNAD/IBGE : Santander A carteira de empréstimos para aquisição de veículos segue em trajetória de queda desde seguindo as vendas do setor -, devendo fechar 216 com retração ao redor de 12% (levando a uma queda acumulada de 4% desde o final de 212, quando foi encerrado um ciclo de forte expansão no mercado automotivo). Depois desse longo período de retração, acreditamos que o varejo de veículos voltará a registrar taxa de crescimento positiva em 217, impulsionado por alguma recuperação da confiança dos consumidores e pela queda da taxa de juros; segundo as nossas estimativas, o crédito para veículos apresenta a maior sensibilidade à taxa de juros entre os produtos para PF com recursos livres. Ademais, esse mercado tende a ter ciclos mais intensos do que a média da economia brasileira, apresentando quedas mais acentuadas durante os períodos recessivos, porém, registrando recuperações mais intensas no pós-crise (veja no gráfico abaixo que, apesar da alta correlação com a expansão do PIB, o eixo do crescimento das vendas apresenta um intervalo muito maior, chegando a apresentar elevação próxima a 9% em alguns períodos). Logo, acreditamos que a carteira de crédito para automóveis deverá interromper a trajetória de queda em 217, e voltar a apresentar crescimento robusto (acima de %) de 218 em diante. 3

4 mar/7 ago/7 jan/8 jun/8 nov/8 abr/9 set/9 fev/ jul/ dez/ mai/11 out/11 mar/12 ago/12 jan/13 jun/13 nov/13 abr/14 set/14 fev/15 jul/15 dez/15 mai/16 out/16 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 jun/14 set/14 dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17 fev-9 jun-9 out-9 fev- jun- out- fev-11 jun-11 out-11 fev-12 jun-12 out-12 fev-13 jun-13 out-13 fev-14 jun-14 out-14 fev-15 jun-15 out-15 fev-16 jun-16 out-16 jun/8 jan/9 ago/9 mar/ out/ mai/11 dez/11 jul/12 fev/13 set/13 abr/14 nov/14 jun/15 jan/16 ago/16 mar/17 out/17 mai/18 dez/18 jul/19 jan/8 jan/82 jan/84 jan/86 jan/88 jan/9 jan/92 jan/94 jan/96 jan/98 jan/ jan/2 jan/4 jan/6 jan/8 jan/ jan/12 jan/14 jan/16 Elasticidade à taxa de juros Veículos Estimativa Santander Crédito Pessoal Cheque especial Cartão de crédito PIB X Vendas Veículos (% taxa de crescimento acumulado em 2 anos) Fonte: IBGE e Fenabrave Vendas (eixo esquerdo) PIB (eixo direito) O crédito pessoal, segundo nossas estimativas, é o produto com a segunda maior sensibilidade à taxa de juros, motivo pelo qual deverá apresentar uma recuperação relevante ao longo do próximo ano. O mercado de trabalho também exerce influência significativa sobre a evolução dessa linha de crédito a correlação entre a massa salarial e a taxa de crescimento das concessões é da ordem de 7% -, de forma que a melhora projetada para a massa salarial (no mínimo alguma estabilização) ao longo de 217, em conjunto com a queda da taxa de juros, deverá provocar uma reversão da queda que vem sendo observada nas concessões do produto. Com isso, projetamos crescimento de 6,7% para a carteira total de crédito pessoal em 217 (em 216, a alta deverá ser inferior a 3%). 35, 3, 25, 2, 15,, 5,, -5, -, -15, -2, Crédito Pessoal: Concessões X Saldo (% YoY) Saldo Concessões Concessões Crédito Pessoal X Massa Salarial (YoY) Concessões consignado Massa (eixo direito) Já a carteira de cartão de crédito não é significativamente afetada pela taxa de juros (nem mesmo o saldo rotativo, que representa 22% do total do saldo do cartão) e tem um caráter menos cíclico do que os demais produtos. Essa característica pode ser explicada pelo fato de que boa parte da utilização do cartão está atrelada à aquisição de bens de primeira necessidade, como alimentos ou produtos farmacêuticos, cujas vendas dependem menos das condições de crédito e do nível de confiança dos consumidores frente às vendas de bens de maior valor agregado (por exemplo, as vendas de veículos). Esse caráter menos cíclico, em conjunto com uma tendência de ganho de market share do produto (provavelmente atrelada a uma maior utilização do cartão como meio de pagamento), fez com que a carteira de cartão de crédito registrasse uma desaceleração menos intensa do que as demais linhas; por outro lado, a retomada também deverá ser mais branda, provavelmente em ritmo similar ao da recuperação do consumo total, que será bastante lento, em nossa opinião. 24% Participação do cartão no total de crédito PF livre 18 PIB Consumo (nominal) X Saldo Cartão YoY 22% 16 Pib Consumo Nominal 2% 14 Saldo Cartão 18% 12 Projeção 16% 14% 12% %

5 jun/ fev/1 out/1 jun/2 fev/3 out/3 jun/4 fev/5 out/5 jun/6 fev/7 out/7 jun/8 fev/9 out/9 jun/ fev/11 out/11 jun/12 fev/13 out/13 jun/14 fev/15 out/15 jun/16 fev/17 out/17 jun/ jan/1 ago/1 mar/2 out/2 mai/3 dez/3 jul/4 fev/5 set/5 abr/6 nov/6 jun/7 jan/8 ago/8 mar/9 out/9 mai/ dez/ jul/11 fev/12 set/12 abr/13 nov/13 jun/14 jan/15 ago/15 mar/16 out/16 mai/17 dez/17 fev/9 ago/9 fev/ ago/ fev/11 ago/11 fev/12 ago/12 fev/13 ago/13 fev/14 ago/14 fev/15 ago/15 fev/16 ago/16 fev/17 ago/17 4T26 2T27 4T27 2T28 4T28 2T29 4T29 2T2 4T2 2T211 4T211 2T212 4T212 2T213 4T213 2T214 4T214 2T215 4T215 2T216 jul/12 set/12 nov/12 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 O crédito para pessoa jurídica está ainda mais escasso do que os empréstimos para o consumidor: o saldo total PJ deverá apresentar retração ao redor de 8% em 216. Essa forte queda pode ser explicada pela: i) alta da taxa de juros observada desde 213, na esteira do aumento da Selic e dos spreads (que tendem a acompanhar o aumento da inadimplência); ii) elevado nível de endividamento das empresas; e iii) baixo nível de confiança dos empresários. Essa combinação de fatores levou a uma forte contração dos investimentos na economia brasileira ao longo dos últimos anos (queda de 3% entre 213 e 216), o que puxou para baixo a demanda por crédito. 5, 4, Dívida líquida / EBTIDA 12 meses (empresas listadas) Inadimplência X Spread PJ 6, 5,5 3, Spread Inadimplência 5, 2, 1,, ,5 4, 3,5 3, -1, Fonte: Economatica, Elaboração: Santander Ao longo de 217, acreditamos que os três fatores supracitados deverão se reverter: i) a combinação da queda da Selic com a evolução projetada para a inadimplência PJ (que deverá atingir o seu pico no início de 217, e apresentar modesta melhora a partir do 2T17) deverá provocar uma redução da taxa cobrada nos empréstimos para empresas; ii) a recuperação da atividade econômica deve se refletir rapidamente no faturamento das empresas, o que combinado com a queda da taxa de juros deverá aliviar as medidas de endividamento; e iii) a combinação da queda da taxa de juros, com a expectativa mais eminente de recuperação da atividade econômica deve contribuir para uma recuperação da confiança dos empresários. Nesse cenário desenhado para 217, esperamos o início de um ciclo de recuperação dos investimentos ainda que a um ritmo gradual -, puxando novamente a demanda por crédito. Além disso, os empréstimos em moeda estrangeira também devem apresentar recuperação, tendo em vista que a corrente do comércio deve voltar a crescer (depois de contrair algo próximo a 11% em 216, por conta da forte retração das importações), e o câmbio deve voltar a se depreciar Investimentos X Saldo PJ - (a/a nominal) FBKF Saldo PJ Produtos Moeda Estrangeira x Corrente de Comércio (R$) (taxa de crescimento a/a) Crédito em moeda estrangeira Corrente de comércio em R$ Fonte: IBGE e BCB Fontes: BCB e MDIC; elaboração: Santander % Inadimplência PJ (recursos livres) Estimativas Santander Série Original BCB Proj % Inadimplência PF (recursos livres) Estimativas Santander Série Original BCB Proj. e Santander e Santander Com isso, projetamos que o crédito com recursos livres para PJ crescerá cerca de 4% em 217 (o crédito total para PJ, que inclui os empréstimos do BNDES, deve apresentar um crescimento mais modesto, ao redor de 1%, uma vez que a 5

6 carteira do banco de desenvolvimento deve continuar em queda, fazendo com que os bancos privados voltem a aumentar sua participação no mercado). Vale ressaltar que, de acordo com alguns analistas, o elevado endividamento das empresas deve fazer com que a queda das taxas de juros não se traduza em crescimento do crédito ao longo dos próximos anos, visão que não compartilhamos, pois entendemos que os indicadores de alavancagem têm uma correlação muito alta com o ciclo econômico e a taxa de juros, de forma que a combinação da recuperação da atividade e a queda das taxas de financiamento tendem a se traduzir rapidamente em redução dos indicadores de endividamento, via crescimento do faturamento e barateamento da dívida. Para tentar quantificar esse efeito, construímos uma proxy de endividamento combinando os dados de crédito do Banco Central com os dados de receita das pesquisas anuais do IBGE PIA (indústria), PAC (comércio) e PAS (serviços) 1. De acordo com esse indicador, o endividamento do comércio parece controlado, mas a indústria e as empresas de serviços (excluindo comércio) de fato se alavancaram significativamente entre 25 e ainda que em 216 e 217, segundo nossas estimativas, deva ocorrer ligeira redução no endividamento. 3% 25% 2% 15% Indústria: Crédito / Receita Operacional líquida Indústria 2% 21% 21% 2% 18% 17% 17% 14% 13% 14% 15% 17% 26% 2% 21% 23% 23% 24% 24% 28% 26% 24% 4,% 35,% 3,% 25,% 2,% Outros serviços: Crédito / Receita Operacional líquida 23,% 24,5% 21,3% 2,6% 21,1% 19,4% 35,9% 33,5% 34,% 33,3% 29,3% 3,3% 31,7% 32,5% 3,3% 28,9% % 15,% 5% % Fontes: IBGE e BCB * Obs: 215 e 216 foram estimadas com base nos dados da PIM e do IPAIndustrial,% 5,%,% * 217* Fonte: IBGE, BCB * Obs: 215 e 216 foram estimadas com base nos dados da PMS 14,% 12,%,% 8,% 6,% Comércio: Crédito / Receita Operacional líquida 11,4% 12,% 11,4% 11,2%,5%,5%,3% 9,7%,% 7,9% 8,4% 8,2% 8,7% 8,3% 8,2% Participação Setorial no Crédito 2% 2% Agro Indústria 3% Comércio 49% 4,% Outros Serviços 2,%,% * 217* Fonte: IBGE e BCB. * 215 e 216 foram estimadas com base nos dados da PMC Outros 17% Adicionalmente, construímos uma proxy para o comprometimento do faturamento com serviço da dívida, utilizando os juros e o prazo médio das operações PJ divulgados pelo Banco Central avaliamos que os indicadores de comprometimento de faturamento são proxies mais fiéis da capacidade de tomar novas dívidas do que medidas de alavancagem. Segundo esse indicador, a indústria e os demais serviços também mostraram deterioração relevante, mas o momento mais crítico foi observado em 215; antes disso, o alongamento dos prazos e as taxas de juros relativamente baixas compensavam o crescimento acelerado do crédito, mas naquele ano a contração do faturamento acompanhada de forte alta da taxa de juros aumentou significativamente o percentual que o serviço da dívida ocupa do faturamento. Já em 216, o faturamento começou a se recuperar, e o crédito apresentou contração, gerando descompressão no comprometimento. Para 217, se as nossas estimativas de juros e atividade econômica estiverem corretas, mesmo que o crédito cresça algo ao redor de 4,% (que é nossa projeção para o crédito livre PJ), a parcela do faturamento gasta com serviço da dívida seguirá em queda significativa. 1 Uma abordagem alternativa seria aproveitar os indicadores de alavancagem das empresas de capital aberto, contudo, optamos pela construção desse novo índice para que pudéssemos obter uma visão mais abrangente, que incluísse a evolução do endividamento das pequenas empresas. Além disso, podemos aproveitar nossas projeções setoriais para estimar o comportamento futuro do índice (o que não seria possível com os dados de empresas de capital aberto, já que as nossas projeções contemplam o mercado como um todo, e não apenas esse perfil específico de empresas). 6

7 12,5 12, 11,5 11,,5 Indústria: Comprometimento da Receita líquida com seriviço da dívida 12, 11,5,9,9,9,6 15,5 15, 14,5 14, Serviços: Comprometimento de Receita líquida com serviço da 15,2 dívida 15,2 14,8 14,8 14,5 14,2, 9,9 13,5 13,3 9,5 13, 9, Fontes: BCB, IBGE. Elaboração Santander 12, Fontes: IBGE e BCB. Elaboração: Santander A conclusão desse exercício é que o endividamento continua elevado, mas a combinação da queda da taxa de juros com alguma recuperação dos faturamentos tende a fazer com que o comprometimento da receita com serviço da dívida recue significativamente, abrindo espaço para a contratação de novos créditos (ainda que em ritmo moderado). Com isso, depois de cair expressivos 8% em 216, acreditamos que o crédito para empresas volte a crescer em 217 (4,1% nos recursos livres e 1,% no total). Para o crédito livre total, incluindo PF e PJ, projetamos alta de 4,8%. Ademais, vale ressaltar que a contração do BNDES deve abrir espaço para que os bancos privados voltem a ganhar participação no mercado, ainda que lentamente. Com relação ao impacto sobre o crescimento econômico, avaliamos que ao longo do próximo ano o crédito deixará de ser extremamente contracionista (como foi em 216) e passará para algo entre neutro e levemente expansionista, acelerando nos anos seguintes (para 218 e 219, projetamos que a carteira de recursos livres crescerá a taxas próximas a % ao ano). 7

8 Crescimento da carteira para os principais indicadores de crédito Crédito Livre 13,6% 7,9% 4,6% 3,9% -3,9% 4,8% 9,4% 9,8% PF,1% 7,7% 5,5% 2,9%,3% 5,4% 9,6%,% Cheque especial 5,2% 7,7% 5,%,2% -3,% 2,5% 5,% 5,5% Credito pessoal 16,9% 14,7% 11,2% 7,6% 2,7% 6,7%,8% 11,5% Não Consignado 13,5% 8,7% 5,4% 5,% -3,4% 3,% 8,% 8,5% Consignado 18,5% 17,5% 13,7% 8,6% 5,1% 8,% 11,8% 12,5% Veículos -,7% -4,9% -6,6% -13,% -12,5%,% 11,%,% Cartão de Crédito 11,1% 14,2% 11,2% 7,4% 7,1% 7,8% 9,1% 9,5% PJ 17,1% 8,% 3,8% 4,9% -8,% 4,1% 9,1% 9,6% externo 23,4% 2,2% 18,6% 27,8% -7,8% 8,6% 14,5% 14,5% domestico 16,1% 6,% 1,% -,3% -8,1% 2,8% 7,5% 8,% Crédito Direcionado 2,8% 24,% 19,6% 9,8% -2,3% 2,% 7,4% 8,5% BNDES 13,8% 15,9% 15,7% 6,4% -,9% -4,5% 3,2% 5,5% Habitação 34,6% 31,1% 27,3% 15,% 5,% 6,5% 11,2% 11,4% Outros 2,1% 32,7% 16,2% 8,5% 3,1% 5,4% 7,5% 7,6% Bancos Privados 7,6% 7,% 5,6% 2,% -3,% 5,5% 9,3% 9,9% Bancos Públicos 27,9% 22,6% 16,7%,7% -3,2% 1,7% 7,7% 8,6% BNDES Direto 13,8% 15,9% 15,7% 6,4% -,9% -4,5% 3,2% 5,5% Públicos Ex BNDES 4,4% 27,4% 17,4% 13,5% 1,5% 5,% 9,9%,% Crédito Total 16,4% 14,5% 11,3% 6,7% -3,1% 3,4% 8,4% 9,2% Inadimplência PF 6,9% 5,7% 5,3% 6,2% 6,4% 6,2% 6,% 5,7% Cheque especial 15,7% 13,5% 13,8% 18,1% 16,% 15,7% 14,8% 14,2% Credito pessoal 4,8% 4,% 3,8% 4,3% 4,1% 4,% 3,9% 3,8% Veículos (CDC) 6,4% 5,2% 3,9% 4,2% 4,9% 4,7% 4,4% 4,% Cartão de Crédito 7,8% 6,4% 6,6% 8,1% 8,3% 8,1% 7,8% 7,3% PJ 3,6% 3,1% 3,4% 4,5% 5,6% 5,3% 4,4% 3,9% Bancos Privados 5,1% 3,9% 3,6% 4,2% 4,9% 4,4% 3,8% 3,8% Bancos Públicos 1,8% 1,8% 2,% 2,7% 3,4% 3,5% 3,2% 2,8% Taxa de inadimplência (livres) 4,3% 4,3% 5,3% 5,9% 5,8% 5,2% 4,8% EQUIPE Maurício Molan Tatiana Pinheiro Adriana Dupita Luciano Sobral Everton Gomes Rodolfo Margato Matheus Rosignoli CONTATOS Fone: +55 (11) Este material foi preparado pelo Banco Santander (Brasil) S.A. e não constitui uma oferta ou solicitação de oferta para aquisição de valores mobiliários. Ele pode conter informações sobre eventos futuros e estas projeções/estimativas estão sujeitas a riscos e incertezas relacionados a fatores fora de nossa capacidade de controlar ou estimar precisamente, tais como condições de mercado, ambiente competitivo, flutuações de moeda e da inflação, mudanças em órgãos reguladores e governamentais e outros fatores que poderão diferir materialmente daqueles projetados. A informação nele contida baseia-se na melhor informação disponível, recolhida a partir de fontes oficiais ou críveis. Não nos responsabilizamos por eventuais omissões ou erros. As opiniões expressas são as nossas opiniões no momento. Reservamo-nos o direito de, a qualquer momento, comprar ou vender valores mobiliários mencionados. Estas projeções e estimativas não devem ser interpretadas como garantia de performance futura. O Banco Santander (Brasil) S.A. não se obriga em publicar qualquer revisão ou atualizar essas projeções e estimativas frente a eventos ou circunstâncias que venham a ocorrer após a data deste documento. Este material é para uso exclusivo de seus receptores e seu conteúdo não pode ser reproduzido, redistribuído, publicado ou copiado de qualquer forma, integral ou parcialmente, sem expressa autorização do Banco Santander (Brasil) S.A Banco Santander (Brasil) S.A.. Direitos reservados. 8

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