Porque é Diferente o PIB per Capita das Regiões Portuguesas? 1

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1 Drecção Regonal do Centro Porque é Dferente o PIB per Capta das Regões Portuguesas? 1 Pedro Noguera Ramos* Alexandra Rodrgues** As dferentes regões portuguesas (NUTS II e NUTS III) possuem valores do PIB per capta marcadamente dstntos, facto que tem fundamentado a tese das profundas assmetras regonas no nteror do terrtóro português. Com efeto, ao nível das regões NUTS II (cujo âmbto geográfco corresponde no Contnente ao das áreas de ntervenção das Comssões de Coordenação Regonal) a regão de Lsboa e Vale do Tejo ultrapassa a méda naconal do PIB per capta em mas de 25%, enquanto a Regão Autónoma dos Açores queda-se pelos 70% desse valor naconal. Se se optar por um maor nível de desagregação regonal - NUTS III - então a Grande Lsboa revela um PIB per capta superor à méda do país em mas de 60%, que mas que trplca o regsto do mesmo ndcador numa regão (relatvamente ndustralzada e fscamente próxma do ltoral) como o Tâmega. Estes valores, que dervam das Contas Regonas portuguesas, referemse ao ano de 1995, o últmo para que há dados publcados segundo o nível de desagregação por NUTS III. O PIB per capta é contudo um ndcador sumáro, que reflecte uma gama dversa de fenómenos, que podem contrbur em dferentes proporções para aquelas dspardades regonas. Este trabalho propõe-se quantfcar esses contrbutos, recorrendo com esse fto à decomposção do PIB per capta das regões portuguesas, através de uma sucessão de dentdades, num conjunto de rácos que confguram esses factores. Os resultados que agora se apresentam estão na contnudade doutros que temos vndo a publcar, nomeadamente Ramos e Combra (2001) e Ramos e Rodrgues (2001). Se a prmera destas referêncas decompõe a produtvdade méda das regões portuguesas em "efeto produtvdade corrgda" e "efeto estrutura sectoral", dados que agora retomamos 2 uma vez que estes dos efetos são também determnantes 1 Artgo apresentado no VIII Encontro da Assocação Portuguesa para o Desenvolvmento Regonal. * Faculdade de Economa da Unversdade de Combra e Insttuto Naconal de Estatístca Emal: pedro.ramos@ne.pt ** Insttuto Naconal de Estatístca, Drecção Regonal do Centro Emal: alexandra.rodrgues@ne.pt 2 Na realdade os dados agora publcados dferem lgeramente dos de Ramos e Combra (2001), porque nesse trabalho tnha-se utlzado no cômputo da produtvdade corrgda os pesos sectoras do emprego em Portugal, enquanto agora esses pesos foram recalculados com exclusão do Extra-Rego. O Extra-Rego consttu a parcela do terrtóro económco que não pode ser afectada drectamente a uma únca regão (Eurostat, 1996,13.06) por exemplo as embaxadas e consulados portugueses no estrangero. 5

2 Cadernos Regonas do PIB per capta, já a segunda consttu um trabalho em tudo análogo a este, só que versa a evolução temporal do PIB per capta e dos factores que o determnam, enquanto agora a nossa análse é drgda antes para a vertente espacal. Esta comuncação sub-dvde-se em duas partes. Numa prmera etapa descreve-se a decomposção do PIB per capta empreendda para as dferentes regões, segundo-se então, num segundo passo, a apresentação dos resultados. Estes referem-se quer às regões NUTS II quer a algumas NUTS III que compõem o terrtóro português. De facto, os resultados relatvos às NUTS III devem ser ldos de forma cautelosa já que msturámos, nessa análse, dados das Contas Regonas referencados ao ano de 1995, com resultados de Inquértos ao Emprego realzados nalgumas regões portuguesas, nos anos de 1998 e 1999, com base em amostras reforçadas, estatstcamente sgnfcatvas para esse nível de desagregação geográfca. Refra-se contudo que esses Inquértos não abrangeram todo o terrtóro naconal - não é possível decompor a NUT II Alentejo nas suas NUTS III - e noutros casos não foram julgados sgnfcatvos para algumas NUTS III mas pequenas, tendo-se antes optado pelo agrupamento desses espaços regonas. Os nossos cálculos, é claro, ressentram-se destas lmtações, referndo-se pos somente a algumas e não à totaldade das NUTS III, e procedendo aos mesmos agrupamentos contemplados naqueles Inquértos ao Emprego. A DECOMPOSIÇÃO DOS PIB PER CAPITA REGIONAIS O PIB per capta das dferentes regões consderadas fo pos decomposto, numa prmera fase, conforme a segunte dentdade: PIB PIB VAB () PIBpc = = x x População Total VAB Vol. Emprego (ETI) (1) (2) Vol. Emprego (ETI) Ind. Empregados na Regão x x x Ind. Empregados na Regão Empregados Resdentes na Regão (3) (4) Emp. Resdentes na Regão Pop. Actva x x x Pop. Actva Pop Anos Pop Anos População Total (5) (6) (7) 6

3 Drecção Regonal do Centro O ráco (1) é por construção das Contas Regonas 3 gual em todas as regões, pelo que não contrbundo para as dspardades regonas fo omtdo nesta análse. O ráco (2) é a produtvdade méda do trabalho nas regões 4. O factor (3) é por nós desgnado por "Efeto Intensdade na Utlzação do Factor Trabalho" 5, o ráco (4) mede o mpacto das mgrações pendulares e o (5) é o complementar da taxa de desemprego. O factor (6) é a taxa de actvdade calculada em relação a um estrato etáro convenconalmente consderado como a população em dade de trabalhar: anos. O ráco (7), por últmo, será por nós desgnado de Efeto Demográfco, e reflecte o facto de algumas regões benefcarem, em termos de PIB, de uma estrutura etára mas favorável, em que a população em dade actva é mas volumosa. A produtvdade méda do trabalho nas regões é por sua vez dentcamente gual a: VAB () = Vol. Emprego VAB x t Em que refere-se a cada um dos 49 ramos em que as Contas Regonas dvdem a economa, e t dentfca o volume de emprego total (= Vol. Emp. ). Esta expressão torna evdente que a produtvdade méda do trabalho depende das produtvdades observadas nos dferentes ramos de actvdade, ao mesmo tempo que é nfluencada, gualmente, pela estrutura sectoral do emprego nas dferentes regões. É bem claro, pos, que eventuas dspardades regonas na produtvdade méda do trabalho podem dervar de dos factores dstntos 6 : - uma dferente efcênca nos processos produtvos, que deverá transparecer em dferentes valores das produtvdades sectoras, e que é captada pelo ndcador que desgnámos de "produtvdade corrgda"; - uma dferente especalzação produtva traduzda em dferentes pesos de emprego dos dferentes ramos de actvdade nas regões, e que se reflecte no por nós desgnado "efeto estrutura sectoral". Isto é, mesmo que por hpótese extrema duas regões possuíssem dêntca efcáca produtva em todos os sectores de actvdades, observando pos guas produtvdades sectoras, anda assm a produtvdade méda do trabalho podera ser dferente, sendo maor na regão em que os sectores mas produtvos assumssem maor peso em termos de emprego. Este efeto é o equvalente em termos espacas ao por vezes desgnado "Efeto Denson" na lteratura relatva à medda da produtvdade na óptca do crescmento económco (Nordhaus, 2001). 3 Ver Eurostat (1995), pp Esta produtvdade fo calculada agregando ao VAB a Produção Imputada de Servços Bancáros que é também, por convenção das Contas Regonas (Eurostat, 1995, p. 27) uma proporção fxa dos VABs regonas. Não se suscta, pos, sob esta hpótese um problema de assmetra na contablzação da produtvdade do sector bancáro smlar ao levantado em Ramos e Rodrgues (2001), pp A abrevatura ETI sgnfca equvalente a tempo ntegral. 6 Ver também, sobre esta questão, Ramos e Combra (2001). 7

4 Cadernos Regonas O ndcador da produtvdade corrgda que utlzámos fo: () Produtvdade Corrgda = VAB x t em que e t são valores médos do volume de emprego, guas para todas as regões, e que reflectem no essencal a estrutura do emprego à escala naconal. O "Efeto Estrutura Sectoral" é calculado dvdndo o índce () por (). No que respeta ao "Efeto Intensdade na Utlzação do Factor Trabalho" (ráco (3)), este deverá reflectr um maor contrbuto para o PIB deste factor produtvo, nas regões em que há um menor recurso ao trabalho a tempo parcal. Este ráco só pôde ser estmado ao nível de NUTS II, já que as Contas Regonas para as NUTS III não fornecem nformação para o volume de emprego em "equvalentes a tempo ntegral". Para esta desagregação geográfca, a produtvdade fo, pos, calculada com base no número de ndvíduos empregados na regão, dlundo-se pos o "Efeto Intensdade na Utlzação do Factor Trabalho" nesse contrbuto mas geral da produtvdade do trabalho. O "Efeto Mgrações Pendulares" supunha-se, a pror, consttur um dos mas nteressantes contrbutos para explcar as dspardades regonas na medda do PIB per capta. Contudo, a construção deste ndcador vr-se-a a revelar problemátca, já que no ráco (4) o numerador, em que nscreve o "número de ndvíduos empregados na regão" é conhecdo a partr das Contas Regonas (CR), enquanto o denomnador, composto pelo "número de ndvíduos empregados resdentes na regão", tem uma fonte dversa, nomeadamente o "Inquérto ao Emprego" do Insttuto Naconal de Estatístca (IE). O problema é, então, que o valor deste ráco nas dferentes regões, não deverá reflectr só o fenómeno das mgrações pendulares, mas deverá ser nfluencado pela nevtável nconsstênca estatístca entre as duas fontes. Para mnorar este problema optou-se, ao nível da análse por NUTS II, por substtur o ráco (4) prevsto em () para representar o Efeto Mgrações Pendulares por: Indv. Emp. na Regão (CR) População (CR) Empreg. Resdentes na Regão (IE) População (IE) Esta substtução não nvalda, mas antes preserva a dentdade (), já que o cálculo do PIB per capta é feto com base na população (CR), enquanto no ndcador (7) se toma a população (IE). Anda assm é nossa convcção que o ndcador proposto permanece mperfeto -convcção reforçada pela avalação que fazemos da razoabldade dos resultados-, devendo pos a nossa medda do Efeto Mgrações Pendulares estar (até um certo ponto) contamnada pela nconsstênca estatístca acma menconada. 8

5 Drecção Regonal do Centro O problema é anda mas complcado na análse por NUTS III. A questão é que para além de na estmatva do Efeto Mgrações Pendulares se cruzar dados com orgem em dferentes fontes, agora também os dados das Contas Regonas se reportam a 1995, e os do Inquérto ao Emprego/NUTS III à méda do béno 1998/99. É claro que à partda a nconsstênca temporal devera nduzr um erro consderavelmente maor que a nconsstênca de fontes. Por essa razão não se utlzou drectamente para as dferentes NUTS III o ráco Emprego/População do Inquérto ao Emprego 1998/99, mas procurou-se obter uma estmatva do ráco equvalente em 1995 (o erro produzdo por esta abordagem está ncluído no resíduo do Quadro 2 à frente). A questão é que essa estmatva fo extremamente rudmentar: consstu smplesmente em admtr que aquele ráco tnha varado no tempo, em cada NUT III, à mesma taxa que a NUT II respectva. Quanto ao "Efeto Taxa de Emprego", representado pelo ráco (5), ele é como já se menconou o complementar da taxa de desemprego; sto é, as duas taxas, se ambas expressas em undades percentuas, somam 100%. O Efeto Taxa de Actvdade sera decomposto, à semelhança e utlzando o mesmo procedmento de Ramos e Rodrgues (2001), em "Efeto Taxa de Actvdade Masculna" e "Efeto Taxa de Actvdade Femnna"; sto é fez-se: Pop. Actva Pop. Actva Masc. Pop. Actva Fem. (v) = x x Pop Anos Pop Masc. Pop Fem. (6) (8) (9) x Taxa de Actvdade (M + F) Méda Geométrca dastx Actv.M e F (10) O ráco (10), como é explcado em Ramos e Rodrgues (2001), não é exactamente 1 por duas razões: prmero porque a taxa de actvdade dos dos sexos é uma méda artmétca, e não geométrca, das taxas de actvdade de cada sexo; segundo porque essa méda não é uma méda smples, mas uma méda ponderada pelo peso de cada sexo na população actva. O mpacto deste ráco na dspardade regonal do PIB per capta consttu o resíduo do Quadro 1 e é parte do resíduo do Quadro 2. 9

6 Cadernos Regonas RESULTADOS O Quadro 1 refere-se às dspardades do PIB per capta entre as dferentes regões NUTS II portuguesas, e seus factores determnantes. O PIB per capta, assm como cada um dos factores, estão escrtos sob a forma de número índce em que o valor 100 corresponde à méda do país. QUADRO 1 Decomposção dos PIB per capta das Regões NUTS II Portuguesas segundo os seus Factores Determnantes (números índce) Portugal Norte Centro Lsboa V. T. Alentejo Algarve R. A. Açores R. A. Madera PIB per capta ,59 85,72 126,19 82,74 99,63 70,26 78,06 Produtvdade Corrgda ,56 97,63 105,55 101,64 87,24 82,75 90,23 Efeto Estrutura Sectoral ,04 87,13 113,60 101,66 111,46 106,77 97,87 Efeto Intensdade na Utlzação do Factor Trabalho ,07 100,17 99,83 100,08 100,07 100,04 100,08 Efeto Mgrações Pendulares / Erro não Isolado ,13 92,85 106,62 92,06 110,20 97,11 96,64 Efeto Taxa de Emprego ,83 103,35 97,90 95,01 100,63 99,11 102,25 Efeto Taxa de Actvdade Masculna ,22 102,65 98,65 100,38 99,20 101,04 96,71 Efeto Taxa de Actvdade Femnna ,70 105,51 100,03 95,94 95,35 82,30 94,21 Efeto Demográfco ,83 97,03 102,43 94,39 96,60 94,28 98,36 Resíduo ,94 99,75 99,93 100,64 101,06 105,36 99,73 A prmera e porventura a mas salente conclusão, que pode ser extraída do Quadro 1, é que as assmetras regonas do PIB per capta, em Portugal, só parcalmente se explcam por dferencas na efcênca produtva das regões. Com efeto, as dspardades regonas surgem consderavelmente esbatdas quando se consdera o ndcador da produtvdade corrgda, que espelha essas dferenças de efcênca produtva, em comparação como que acontece ao nível do PIB per capta. Por exemplo, a regão de Lsboa e Vale do Tejo que possu um PIB per capta que excede a méda do país em mas de 26%, só regsta uma vantagem no ndcador da produtvdade corrgda de cerca de 5,5%. O maor PIB per capta de Lsboa e Vale do Tejo, mas do que pela produtvdade corrgda explca-se: - pelo efeto estrutura sectoral; sto é, Lsboa e Vale do Tejo é uma regão relatvamente especalzada em ramos, que pela sua própra natureza, possuem uma maor produtvdade; - pelo efeto mgrações pendulares (que ncorpora um erro que não fo possível solar); ou seja, esta regão benefca do contrbuto produtvo de resdentes noutras regões que para aí se deslocam para trabalhar. 10

7 Drecção Regonal do Centro Num segundo plano, Lsboa e Vale do Tejo benefca em termos de PIB per capta do Efeto Demográfco - sto é, a população em dade actva é nesta regão relatvamente mas numerosa- e anda de uma Taxa de Actvdade Femnna margnalmente superor à méda naconal. Em sentdo nverso, sto é contrbundo para moderar o excesso do PIB per capta em relação à méda do país, encontra-se sobretudo a taxa de emprego que é menor -ou se se preferr a taxa de desemprego é maor- do que acontece em Portugal em termos médos. O caso mas nteressante, entre os város espaços terrtoras consderados, é o Alentejo. É que esta regão, que é a que possu no Contnente o mas baxo PIB per capta, regsta uma produtvdade corrgda superor à méda do país, e que é a segunda mas elevada ao nível das NUTS II portuguesas. Curosamente também o Efeto Estrutura Sectoral é superor a 100 no Alentejo, mostrando que esta regão não só possu um ndcador de efcênca produtva superor à méda, como se especalzou também relatvamente em actvdades de elevada produtvdade; na realdade, ambos os factos reflectem o consderável peso na economa alentejana de algumas grandes empresas captal-ntensvas. O baxo valor do PIB per capta no Alentejo tem pos de ser explcado por outros factores: em prmero lugar as mgrações pendulares (uma parte dos resdentes no Alentejo trabalha noutras regões), mas também pelo efeto demográfco (a população em dade de trabalhar é relatvamente dmnuta), pela elevada taxa de desemprego e pela baxa taxa de actvdade femnna. Quanto aos Açores, que são a regão portuguesa com um menor regsto de PIB per capta, revelam a mesma posção desfavorecda -embora de forma mas mtgada- no ndcador da produtvdade corrgda. Outras razões, que explcam o baxo PIB per capta açorano são com partcular expressão a muto baxa taxa de actvdade femnna, e também o Efeto Demográfco. Os Açores benefcam ao contráro, de um Efeto Estrutura Sectoral postvo, que deverá reflectr o elevado peso dos servços nesta economa regonal. Outro caso nteressante, anda, é o Algarve. É que esta regão que revela o segundo maor PIB per capta em Portugal, ca para a cauda da tabela entre as regões contnentas quando se consdera a produtvdade corrgda. De facto, o Algarve é bafejado, em termos do PIB per capta, sobretudo em resultado do Efeto Estrutura Sectoral e do Efeto Mgrações Pendulares. Quanto às restantes regões NUTS II, nota-se que as regões Norte e sobretudo o Centro são penalzadas pelo Efeto Estrutura Sectoral, que reflecte o elevado peso da agrcultura e de alguns sectores ndustras tradconas no emprego dessas regões. A Madera, por sua vez, regsta um valor relatvamente baxo no ndcador da produtvdade corrgda, sendo de assnalar também as baxas taxas de actvdade em ambos os sexos. O Quadro nº 2 repete a decomposção por factores explcatvos dos PIB per capta regonas, mas agora evdencando os resultados de algumas NUTS III. Não é de mas salentar neste quadro, uma vez mas, a fragldade que julgamos exstr nas nossas estmatvas do "Efeto Mgrações Pendulares" que requer na sua letura a maor precaução. 11

8 Cadernos Regonas A análse do Quadro 2, no que respeta à Grande Lsboa, confrma numa escala amplada a generaldade das observações que fzemos, ao nível das NUTS II, para a regão de Lsboa e Vale do Tejo. O valor partcularmente elevado do PIB per capta -que na Grande Lsboa mas que excede em 60% a méda do país- só decorre muto parcalmente de uma maor efcáca produtva desta regão: o ndcador da Produtvdade Corrgda não chega a ultrapassar o valor de Portugal em 10%. O grande regsto do PIB per capta deve-se pos à especalzação produtva favorável da Grande Lsboa (Efeto Estrutura Sectoral) e ao Efeto Mgrações Pendulares. O Efeto Demográfco e o Efeto Taxa de Actvdade Femnna contrbuem gualmente, embora numa menor dmensão, para um PIB per capta maor nesta regão que no país. A enorme mportânca do Efeto Mgrações Pendulares na determnação de um valor elevado para o PIB per capta na Grande Lsboa tem, como sera de esperar, o seu reverso da medalha na Península de Setúbal. Com efeto esta regão tem um PIB per capta nferor à méda naconal em cerca de 15%, apesar de um regsto próxmo da méda na Produtvdade Corrgda, e de uma especalzação produtva favorável, expressa no Efeto Estrutura Sectoral, porque uma parcela sgnfcatva da sua população trabalha, e contrbu assm para o PIB, na Grande Lsboa. A Península de Setúbal tem anda um Efeto Demográfco favorável ao seu PIB per capta. Também o Grande Porto, de uma forma relatvamente smlar à Grande Lsboa, fundamenta o seu PIB per capta que se stua mas de 20% acma da méda do país, nos efetos Estrutura Sectoral, Mgrações Pendulares e Demográfco. Com efeto, a produtvdade corrgda revela-se mesmo margnalmente nferor à méda do país, e nferor portanto -com alguma surpresa- a outras regões: por exemplo, nferor às NUTS III do ltoral da Regão Centro. Por fm alguma menção, nesta análse, merece também a regão do Tâmega, já que apesar da sua forte ndustralzação é a regão NUT III portuguesa com um PIB per capta mas baxo. A prncpal razão para esta desvantagem parece ser, mas uma vez, as Mgrações Pendulares: uma parte da população resdente no Tâmega deverá trabalhar em regões vznhas, nomeadamente no Grande Porto e no Ave. Mas há que referr, também, o baxo score da regão na produtvdade corrgda, e sobretudo o Efeto Estrutura Sectoral muto desfavorável: a actvdade económca concentra-se partcularmente em sectores de baxa produtvdade. 12

9 QUADRO 2 Decomposção dos PIB per capta de Algumas Regões NUTS III Portuguesas segundo os seus Factores Determnantes (números índce) Mnho- Lma Cávado Ave Grande Porto Tâmega Entre Douro e Vouga Douro Alto Trás- os- Montes Baxo Vouga Baxo Mondego Pnhal Ltoral Pnhal Int. Norte e Sul Dão- Lafões Serra Estrela e Cova Bera Bera Int. Norte e Sul Oeste Grande Lsboa Península de Setúbal Médo Tejo e Lezíra do Tejo PIB per capta 65,70 79,06 87,51 121,62 49,92 88,83 72,55 65,09 106,16 98,21 99,67 63,91 63,98 64,68 78,25 81,03 161,34 85,18 79,62 Produtvdade Corrgda 90,42 87,24 91,89 99,94 82,89 90,93 94,19 98,07 102,16 100,55 100,08 81,29 94,12 85,80 94,47 90,28 109,78 99,23 91,94 Efeto Estrutura Sectoral Efeto Mgrações Pendulares / Erro não Isolado Efeto Taxa de Emprego 74,72 89,54 87,55 109,50 75,19 93,94 102,47 77,05 93,74 96,79 90,35 81,65 91,22 92,06 105,52 113,37 78,76 94,25 81,55 90,12 95,29 97,15 109,76 83,61 101,28 101,79 100,43 98,51 101,30 102,74 100,55 100,74 103,68 102,45 102,72 103,16 74,52 87,25 84,50 96,12 119,51 112,42 100,43 82,53 83,88 93,69 93,61 121,60 78,48 94,21 102,76 102,01 102,85 101,13 99,43 97,74 99,67 Efeto Taxa de Actvdade Masculna 101,92 101,01 99,74 98,32 101,63 102,89 100,25 101,59 104,14 101,13 100,45 109,38 103,97 101,69 108,71 102,69 98,13 96,78 99,25 Efeto Taxa de Actvdade Femnna 107,35 105,47 100,07 97,77 98,11 101,86 92,35 95,54 112,46 104,84 100,98 117,88 112,12 108,92 108,95 94,67 101,34 97,69 93,55 Efeto Demográfco 96,87 101,84 102,91 103,70 100,08 102,38 97,43 96,57 100,81 100,54 101,00 91,00 97,04 95,84 89,98 99,30 101,94 104,61 97,32 13 Resíduo 99,32 99,54 99,93 99,84 100,60 100,08 101,63 101,24 95,05 95,11 95,44 95,16 95,08 95,12 95,46 102,16 100,33 100,65 101,64 Drecção Regonal do Centro

10 Cadernos Regonas REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Eurostat (1995), Métodos das Contas Regonas - VAB e FBCF por Ramos de Actvdade, Luxemburgo Eurostat (1996), Sstema Europeu de Contas 1995 Nordhaus (2001) "Alternatve Methods for Measurng Productvty Growth" NBER Workng Papers Seres, 8095 Ramos, P. e Combra, C. (2001) "Nota sobre o Cálculo da Produtvdade Méda das Regões NUTS II e NUTS III Portuguesas" Cadernos Regonas - Regão Centro, 12 Ramos, P. e Rodrgues, A. (2001) "Porque Cresceu o PIB per capta em Portugal" Actas da IV Conferênca sobre a Economa Portuguesa, Como está a Economa Portuguesa?, Lsboa CISEP, pp

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