Cidadão de papel Gilberto Dimenstein

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1 Nome do Aluno Turma 4ª SÉRIE Carteira Nº Questões 13 Tipo Data 7/mai/10 Disciplina PORTUGUÊS Bimestre 2º Nota De acordo com o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, cidadão é o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado. 1. Leia o texto a seguir e conheça um pouco mais sobre esse assunto. Durante a leitura do texto, consulte o dicionário, caso seja necessário. Cidadão de papel Gilberto Dimenstein Quando andamos pela cidade, encontramos diariamente meninos de rua. Alguns não fazem nada. Outros estão lavando ou cuidando de carros. São engraxates ou vendedores de balas nos semáforos. Esta cena se tornou tão comum que nem chama mais a atenção. Prepare-se, agora, para uma pergunta que vai parecer maluca: Existe algo de comum entre você e o menino de rua? Certamente veio à sua cabeça a imagem de um menino dormindo na rua, apanhando da polícia. Usa roupas velhas, está descalço, magro e sem tomar banho ou escovar os dentes. E aí, você vai achar a pergunta maluca mesmo. Afinal, você tem casa, estuda, come três vezes por dia, passa as férias na praia ou no campo. Suspeito que a pergunta pode lhe parecer tão boba que você já pensou em largar a leitura deste livro. Mas se você se der ao direito de ter dúvida, vai descobrir muitas coisas.verá que, para ter a resposta, precisará mergulhar num conceito muito importante para o ser humano: a cidadania. E precisará olhar não apenas para as ruas, mas dentro de sua própria casa. Até dentro de seu quarto. Nota-se a ausência de cidadania quando uma sociedade gera um menino de rua. Ele é o sintoma mais agudo da crise social. Os pais são pobres, já que não arrumam bons empregos. E aí, seus filhos também não terão condições de progredir. (...) Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser sem constrangimento. É processar um médico que cometa um erro. É devolver um produto estragado e receber o dinheiro de volta. É o direito de ser negro sem ser discriminado, de praticar uma religião sem ser perseguido. Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidadania: respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento está o respeito à coisa pública. O direito de ter direitos é uma conquista da humanidade. (...) Foi uma conquista dura. Muita gente lutou e morreu para que tivéssemos o direito de votar. (...) Lutou-se pela ideia de que todos os homens merecem a liberdade e de que todos são iguais diante da lei. Gilberto Dimenstein. O cidadão de papel. São Paulo, Ática, 1993.

2 Vocabulário: cena: acontecimento suspeito (do verbo suspeitar): imagino mergulhar: aprofundar, penetrar ausência: falta sintoma mais agudo: sinal mais forte comportamento: atitude 2. Responda às questões a seguir de acordo com o texto Cidadão de papel e seus conhecimentos. a) No primeiro parágrafo do texto, o autor Gilberto Dimenstein comenta algumas atividades de trabalho realizadas por meninos de rua. Escreva quais são as atividades citadas por ele: (6 2cd) b) Após citar a situação a que os meninos de rua são submetidos, Gilberto Dimenstein escreve a seguinte frase: Esta cena se tornou tão comum que nem chama mais atenção. Por que, na sua opinião, muitas pessoas costumam agir com indiferença à questão do trabalho infantil? (3) c) No texto, o autor cita atitudes que caracterizam o exercício da cidadania. Para você, qual é a atitude mencionada por ele que possui mais importância? Por quê? (4) d) Marque X na alternativa que apresenta a ideia principal do texto Cidadão de papel : (6 2cd) ( ) Refletir sobre a grave situação dos meninos de rua no Brasil. ( ) Incentivar o trabalho infantil nas ruas. ( ) Elogiar o trabalho das crianças para deixá-las mais motivadas a trabalhar. 2

3 Texto 2 Lugar de criança é na escola O que você acharia de trabalhar 12 horas por dia, debaixo de sol ou chuva? Isso é rotina para cerca de 12 mil crianças sergipanas. Algumas delas têm apenas 4 anos e costumam trabalhar na lavoura da laranja, expostas sem a menor proteção a agrotóxicos e ferramentas agrícolas. Além de perderem a infância, essas crianças ainda correm o risco de ter doenças de pele e respiratórias. Como pagamento pelo seu esforço, elas recebem, dos agricultores, em média, R$ 0,18 por caixa de laranja recolhida. Como seus pais são muito pobres, as crianças precisam trabalhar, em vez de irem para a escola, para aumentar o salário da família. Assim, além de ter de trabalhar muito cedo, elas ainda não têm a chance de estudar e brincar. (Revista Zá, ano 2, nº 18, fev ) 3. O texto que você acabou de ler fala sobre o grave problema de muitas crianças sergipanas. Quais são os perigos a que elas são expostas no trabalho nas lavouras? (3) 4. Grife no texto a frase que apresenta o pagamento que as crianças recebem pelo seu esforço. (3) 5. O trabalho na infância e na adolescência prejudica não só a saúde, mas também a educação. Como você imagina que será o futuro dessas crianças? (3) Mais uma leitura! Escravos do futebol Não existe menino que resista a uma boa pelada de futebol. Agora imagine se você fosse obrigado a fazer isso todos os dias, durante várias horas. O que antes era uma coisa legal passaria a ser muito chato. Pois é exatamente isso o que acontece com centenas de crianças e adolescentes africanos. Em vários países do continente, existem caçadores de talentos que fazem as crianças treinarem até à exaustão. Muitas das crianças se transformam em escravas do futebol e são vendidas como mercadorias para clubes importantes. (Revista Zá, ano 3, nº 25, set ) 6. Qual é o maior problema apresentado no texto Escravos do futebol? (3) 3

4 7. Jogar futebol nas condições mencionadas no texto é trabalho ou escravidão?justifique. (3) 8. Analisando os três textos lidos, responda: por que uma criança precisa trabalhar? (3) 9. Escreva três atividades que você considera importantes para se ter uma infância feliz. (3) O texto a seguir complementa as ideias que você já leu sobre o trabalho infantil, porém ele está sem os artigos. Leia-o com atenção e complete com artigos definidos ou indefinidos, dependendo da necessidade. (4) No Brasil mais de 7 milhões de crianças trabalham em carvoarias, lavouras de café, cana, muitas como escravas sem direito a escola, brinquedos, descanso e alimentação adequada. Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura do Brasil) tem denunciado esses abusos. Segundo instituição, bóias-frias mirins constituem grupo vulnerável, submetido a uma forma de exploração brutal que lhes causa danos físicos, psicológicos e morais. Revista Nova Escola. São Paulo, Abril, n. 75, maio de Leia o poema a seguir: Desce o morro todo dia, é preciso trabalhar. Na rua, no mercado, onde o trabalho pintar! [...] Domingo é só de brincar E igual a todo criança, Ele carrega a esperança de que tudo vai mudar. A liberdade é a pipa solta no seu coração. Realidade é a linha bem presa na sua mão. 1 é 5, 3 é 10! Sente o corpo tão cansado, pois trabalhou um bocado. Sabe que a vida é curta, não tem medo, vai à luta. Sobe o morro, devagar. É hora de descansar. Ao lado do cão amigo, no barraco de chão batido. Olha no céu as estrelas Fazendo a sua oração. E sonha. Sonha com a cama, E dorme. Dorme no chão. (Santuza Abras. 1 é 5, 3 é 10! São Paulo: Formato, 1988.) 4

5 a) Agora, pinte os artigos grifados no texto de acordo com a legenda: (5 0,5 cd) artigos definidos amarelo artigos indefinidos azul b) Com muita atenção, distribua os artigos grifados no texto nas colunas a seguir: (4) Palavras Femininas Palavras Masculinas c) Que nome recebem as palavras que acompanham os artigos? (1) 3. Leia as frases a seguir e escreva quais os artigos e substantivos que os acompanham: a) Os meninos de rua sofrem com o trabalho infantil. (4) b) Outro dia, vi uma criança trabalhando na lavoura. (2) c) O problema da exploração do trabalho infantil exige que as autoridades tomem uma atitude. (6) 4. Escreva frases bem estruturadas, utilizando as palavras: (4 2cd) onde supermercado aonde Clarice 5