Aula 6 Propagação de erros
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- Renata Domingos Teixeira
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1 Aula 6 Propagação de erros Conteúdo da aula: Como estimar incertezas de uma medida indireta Como realizar propagação de erros? Exemplo: medimos A e B e suas incertezas. Com calcular a incerteza de C, se C =A+B?
2 Propagação de ERROS O resultado de uma medida está sempre sujeito a erro aleatórios Medidas realizadas em condições idênticas Valores diferentes!
3 Já vimos que: N medidas de uma grandeza física: x1, x2, x3,... xn Definimos: Média Desvio padrão y n i 1 n y i n 1 n 1 i 1 y y 2 i Desvio padrão da média m n
4 Como expressar o resultado de um conjunto de medidas? Média para um conjunto de n medidas x i x i n
5 Mas como saber a incerteza de uma medida indireta? Imagine que medimos uma quantidade x e calculamos outra quantidade f. f depende de x segundo uma função matemática. f = f(x) Como podemos calcular o erro de f?
6 Volume de um cilindro 2 2 V R H D H 4 Como o volume do cilindro varia com o raio e altura Calcule o volume do cilindro, fixando o raio, para H + H e H H. Calcule a diferença desses dois extremos em relação ao valor médio, calculado com a medida H Calcule o volume do cilindro, fixando a altura, para D + D, D D. Calcule a diferença desses dois extremos em relação ao valor médio, calculado com a medida D
7 Volume de um cilindro 2 2 V R H D H 4 Como o volume do cilindro varia com o raio e altura Qual é a incerteza no volume? Como combinar as duas variações (diâmetro e altura)?
8 Volume de um cilindro 2 V R H Como uma variação na medida de raio afeta o volume? Essa variação é a mesma, independente da medida do raio? A mesma incerteza no raio acarreta em incertezas diferentes no volume
9 Teoria de erros Teoria na qual estuda-se o comportamento dos erros de medidas, como eles influenciam outras medidas, bem como propagá-los no caso de uma medida indireta. Propagação de erros Método para calcular a incerteza de uma medida indireta
10 Seja uma grandeza G, dependente de duas variáveis, A e B. O valor da incerteza em G, G, pode ser expressa em termos das incertezas em A e B ( A e B, respectivamente) através da fórmula: Propagação de erros: fórmula geral 2 2 G G G A B A B Derivada parcial de G em relação à A Não conte aos matemáticos puristas mas a derivada parcial nada mais é do que a derivada comum onde todo o resto da equação pode ser considerado constante
11 Vamos fazer um exemplo simples Volume de um cilindro V 4 2 D H O Volume depende tanto do raio R, cuja incerteza é R, e da altura H, com incerteza H. Assim, a incerteza do volume é dada por: 2 2 V V V D H D H
12 Como calcular as derivadas Suponha que todo o resto da expressão é uma constante... V ( D ) D D 4 4 D D H H H(2 D) DH V ( H) D H D D (1) D H H 4 4 H
13 Desse modo... Incerteza do volume do cilindro 2 2 V V V D H D H DH D D H D H D H D H V D H 2 V D H
14 Professor, eu preciso fazer esse montão de derivadas e contas toda vez? A rigor deve-se sempre calcular as derivadas Na prática, com o tempo, desenvolve-se técnicas que simplificam a nossa vida Dois casos muito comuns: Soma e subtração Multiplicação e divisão
15 Dois casos comuns Soma e subtração A incerteza da soma (ou subtração) é a raiz da soma dos quadrados das incertezas individuais Multiplicação e divisão A incerteza percentual do produto (ou divisão) é a raiz da soma quadrática das incertezas percentuais individuais C A B, ou C A B 2 2 C A B A C AB, ou C B 2 2 C A B C A B
16 EXEMPLO Suponha que você deseja medir o volume de água que pode conter em uma pia. Para isso foram realizadas 10 medidas do comprimento (C), da largura (L) e da profundidade (P) como se mostra no Quadro 1.
17 QUADRO 1 Medidas do comprimento (C), Largura (L) e Profundidade (P) de uma pia MEDIDAS C L P cm cm cm 1 54,2 30,7 16,3 2 54,4 30,5 16,5 3 54,3 30,8 16,4 4 54,2 30,8 16,2 5 54,1 30,6 16,5 6 54,4 30,7 16,4 7 54,3 30,6 16,3 8 54,1 30,8 16,2 9 54,2 30,5 16, ,3 30,6 16,4
18 É possível calcular a área da base da pia e seu volume, para cada medida e, com uso de um software de planilha eletrônica calcular os desvios nos resultados Será que os resultados são compatíveis com as expressões que propusemos?
19 OBSERVE QUE AO CALCULAR A ÁREA USANDO O VALOR MÉDIO TEMOS: ÁREA= 54,3 * 30,7 = 1663,3 Será que este valor realmente é igual aos 1663,3 encontrados quando usamos a planilha? VOLUME = 54,3*30,7*16,4 = 27195,0 Compare-se com 27194,8 encontrados com o uso da planilha (???????) Veja-se, porém que, como o uso da planilha temos ÁREA= 1663,3 ± 6,36 portanto 1667,01 está nesta faixa e VOLUME= ± 178 novamente está na faixa O que aconteceria se usássemos os valores médios de C, L e P com os respectivos desvios?
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44 CASOS ESPECIAIS
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48 Exemplo de um experimento Consideraremos, aqui, os resultados de um experimento feito com o objetivo de determinar o valor da gravidade local de São José dos Campos. O método de medição de g se baseia no modelo do pêndulo simples, que tem período aproximado por: em que L é o comprimento do pêndulo. Neste experimento, foram feitas cinco medições do comprimento L do pêndulo e cinco medições do período do mesmo. Através dessas observações, obteremos o valor da gravidade. Consideremos que os resultados das medições do comprimento L estejam indicadas na Tabela seguinte.
49 Assim, o valor médio obtido foi de L = ( 3,04 + 3,05 + 3,04+ 3,04 + 3,03) 15 = 3,04m. O desvio padrão do valor médio vale:
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54 Note que os desvios foram escritos com dois significativos, que é a regra a ser usada em nossos trabalhos. Coerentemente, o v.m.p. deve ser escrito com dois algarismos duvidosos. O número de significat ivos para expressar o v.m.p. é definido pelo desvio padrão. Neste caso, D deve ser escrito como 6,4555 mm e seus dois últimos algarismos (55) são duvidosos. Caso o desvio padrão fosse ±0,048 mm, D deveria ser escrito como 6,456 mm e os duvidosos seriam 56.
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