Aula 10 A matriz de Cabibbo-Kobayashi-Maskawa
|
|
- Pedro Lucas Faro
- 5 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 Física de Partículas Aula 10 A matriz de Cabibbo-Kobayashi-Maskawa Violação de CP Jorge C. Romão Instituto Superior Técnico, Departamento de Física & CFTP A. Rovisco Pais 1, Lisboa, Portugal 10 Dezembro 2013 Jorge C. Romão FP
2 da Aula Violação de CP no sistema K 0 K 0 A simetria CP Violação de CP Violação de CP e a matriz CKM Contagem de parâmetros na matriz CKM Parametrizações da matriz CKM Confrontado a experiência com a matriz CKM Jorge C. Romão FP
3 Consideremos agora o problema de massa dos quarks. O problema é mais complicado por duas razões. Uma que tem que ver com a impossibilidade de diagonalizar simultaneamente as matrizes de massa e as interações como foi afirmado atrás e será discutido mais à frente. A outra é mais técnica. Para percebermos o problema consideremos os quarks da primeira família ( ) ul Q L = ; u d R,d R. L Se considerarmos uma interação da forma L Yukawa = h d Q L φd R +h.c. obtemos L Yukawa = h d v(d L d R +d R d L )+, e obtemos massa para o quark d, mas não para o quark u. Jorge C. Romão FP
4 É fácil de ver que Y(Q L φu R ) = = +2, e portanto o termo (Qφu R ) não é invariante para SU L (2) U Y (1). Como resolver este problema? Felizmente a solução não é muito difícil. Numa transformação de SU L (2) U Y (1) o dubleto transforma-se da forma seguinte δφ = iε aτa 2 φ SU L(2) δφ = i ε 2 φ U Y(1). Consideremos agora o dubleto φ definido por ( ) φ = iτ 2 φ φ 0 = φ ; φ (φ + ). Jorge C. Romão FP
5 Vejamos agora como se transforma φ. Para SU L (2) ( ) δ φ =iτ 2 (δφ ) = iτ 2 iǫ aτa 2 φ =ǫ a τ 2 τ a 1 2 φ. Usando agora a identidade obtemos τ 2 τ a τ 2 = τ a, δ φ = ǫ a τa 2 τ 2φ = iǫ a τa 2 (iτ 2φ ) =iǫ a τa 2 φ, isto é, transforma-se exatamente como φ. Jorge C. Romão FP
6 Mas numa transformação de U Y (1) obtemos δ φ =iτ 2 (δφ) = iτ 2 ( +i ǫ 2 φ ) = i ǫ 2 (iτ 2φ ) = i ǫ 2 φ, o que mostra que φ tem hipercarga fraca igual a 1. Então um termo L Yukawa = h u Q L φur +h.c. = h u v(u L u R +u R u L )+, é invariante para SU L (2) U Y (1), pois Y (Q L φur ) e dá massa ao quark u. = = 0, Precisamos portanto do dubleto φ para dar massa aos quarks com T 3 = 1/2 e do dubleto φ para dar massa aos quarks com T 3 = +1/2. Jorge C. Romão FP
7 O termo mais geral que dá massa aos quarks é portanto L Yukawa = i,j h dij Q L (i)φd R (j) i,j h uij Q L (i) φu R (j), Vemos assim que há uma matriz de massa para os quarks de baixo com T 3 = 1/2, e outra para os quarks de cima com T 3 = +1/2 É possível diagonalizar estas matrizes e passar o efeito para os termos de interação. A corrente neutra liga os quarks de cima com os quarks de cima e os de baixo com os baixo, e portanto teremos sempre termos diagonais se usarmos a unitariedade das matrizes. Isso não acontece para as correntes carregadas pois elas misturam os quarks de cima com os de baixo que são diagonalizados de maneira diferente O resultado é uma matriz de mistura, que convencionalmente se coloca nos quarks de baixo, a chamada matriz de Cabibbo-Kobayashi-Maskawa. Como há três famílias de quarks trata-se duma matriz 3 3 unitária Para vermos o mecanismo, consideremos primeiro o modelo só com duas famílias de quarks deixando para uma secção seguinte o estudo do caso geral Jorge C. Romão FP
8 Então o lagrangeano de massa dos quarks pode ser escrito Lmassa = h u1 vuu h u2 vcc h d1 vd c d c h d2 vs c s c h d12 v ( d c s c +s c d c ), onde se usou a liberdade referida atrás para escrever os quarks u e c diretamente na forma diagonal. Olhemos para a matriz dos quarks de baixo. Escrevemos L down massa = ( ) ( ) ( ) h d1 v h d12 v dc d c s c. h d12 v h d2 v Agora o ângulo de Cabibbo pode ser facilmente compreendido. De facto do ponto de vista das interações fortes, a matriz de massa deve ser diagonal nos quarks d e s. Então se introduzirmos ( ) ( ) ( ) dc cosθc sinθ c d =, s c sinθ c cosθ c s s c Jorge C. Romão FP
9 Obtemos L down massa = ( d s ) ( ) ( ) m 11 m 12 d m 21 m 22 s = ( d s ) ( ) ( ) m d 0 d 0 m s s, onde m11 = cosθ c (h d1 cosθ c h d12 sinθ c ) sinθ c (h d12 cosθ c h d2 sinθ c ) m 12 = sinθ c (h d1 cosθ c h d12 sinθ c )+cosθ c (h d12 cosθ c h d2 sinθ c ) m 21 = +cosθ c (h d12 cosθ c +h d1 sinθ c ) sinθ c (h d2 cosθ c +h d12 sinθ c ) m 22 = sinθ c (h d12 cosθ c +h d1 sinθ c )+cosθ c (h d2 cosθ c +h d12 sinθ c ) A condição m 12 = m 21 = 0 tem como solução tan(2θ c ) = 2h d12 h d2 h d1, isto é relaciona os parâmetros do lagrangeano com o ângulo de Cabibbo. É usual em vez de usar os parâmetros h uij e h dij, usar os valores experimentais das massas dos quarks e os elementos da matriz de rotação. Esta para o caso de três famílias de quarks é a matriz CKM que vamos escrever com mais detalhe na secção seguinte. Jorge C. Romão FP
10 CP no sistema K 0 K 0 A simetria CP Violação de CP B 0 & D 0 Como vimos as interações fracas não são invariantes para a transformação de paridade P. Por exemplo no decaimento π + µ + ν µ, os muões têm sempre a helicidade esquerda. Também não são invariantes para a operação de conjugação de carga (transforma partícula em antipartícula), porque então a reação π µ ν µ, viria sempre com muões esquerdos e de facto eles têm helicidade direita. No entanto o produto das duas transformações, CP, parece ser uma boa simetria pois transforma o antimuão esquerdo num muão direito que parece ser o que observamos. Gell-Mann e Pais mostraram que a invariância de CP tinha implicações estranhas para os kaões neutros. Eles observaram que o K 0 com estranheza +1 pode-se transformar na sua antipartícula K 0 com estranheza 1 Jorge C. Romão FP
11 CP no sistema K 0 K 0 A simetria CP Violação de CP B 0 & D 0 Isso pode ocorrer através dos diagramas de segunda ordem representados na figura d W u s W d u W s u s u d s W d Como resultado, as partículas que observamos no laboratório não são o K 0, K 0 mas alguma combinação linear dos dois. Podemos formar estados próprios de CP da forma seguinte. Como os kaões são pseudo-escalares devemos ter P K 0 = K 0, P K 0 = K 0. Por outro lado sob a ação da conjugação de carga temos, C K 0 = K 0, C K 0 = K 0, Jorge C. Romão FP
12 CP no sistema K 0 K 0 A simetria CP Violação de CP B 0 & D 0 Obtemos portanto CP K 0 = K 0, CP K 0 = K 0. Podemos portanto formar estados próprios de CP, corretamente normalizados, através de K 1 = 1 ( K 0 K 0 ), K 2 = 1 ( K 0 + K 0 ), 2 2 com os valores próprios de CP CP K 1 = K 1, CP K 2 = K 2 Se admitirmos que CP é conservado nas interações fracas, então K 1 só pode decair num estado com CP = +1 e K 2 num estado com CP = 1. Os kaões decaem em dois ou três piões. O estado de dois piões tem P = +1 e C = +1 enquanto o estado de três piões tem P = 1 mas também C = +1. Em conclusão, devemos ter K 1 2π, K 2 3π Jorge C. Romão FP
13 CP no sistema K 0 K 0 A simetria CP Violação de CP B 0 & D 0 O decaimento em dois piões é mais rápido pois o espaço de fase é maior. Portanto, se começarmos com um feixe de K 0 K 0 = 1 2 ( K 1 + K 2 ) a componente K 1 decairá rapidamente e ficará somente um feixe quase puro de K 2. Esta previsão foi confirmada experimentalmente, com τ 1 = s, τ 2 = s Notar que K 1 e K 2 não são antipartículas um do outro mas antes as suas próprias antipartículas com C = 1 para K 1 e C = +1 para K 2. Têm mesmo uma diferença de massa, m 2 m 1 = ev Em resumo, os kaões são produzidos nas interações fortes em estados próprios da estranheza, K 0 e K 0 mas decaem através das interações fracas em estado próprios de CP, K 1 e K 2. Jorge C. Romão FP
14 Violação de CP A simetria CP Violação de CP B 0 & D 0 Os kaões neutros são um laboratório perfeito para testarmos se as interações fracas são de facto invariantes para o produto CP. Usando um feixe suficientemente longo sabemos que temos só kaões do tipo que têm um tempo de vida longa. Se observarmos que estes decaem em 2π sabemos que CP é violada. Esta experiência, descrita na figura, foi feita por Cronin e Fitch em 1964 e eles descobriram uma fração de 1 em 500 que decaiam em 2π. Jorge C. Romão FP
15 Violação de CP A simetria CP Violação de CP B 0 & D 0 O produto CP não é conservado nas interações fracas e o kaão que tem um tempo de vida longo não é um estado perfeito de CP, deve ter uma pequena mistura de K 1. Designamos esse estado por K L K L = 1 1+ ǫ 2 (ǫ K 1 + K 2 ). De igual modo podemos definir o estado ortogonal que é predominantemente K 1 e decai rapidamente por K S = 1 1+ ǫ 2 ( K 1 +ǫ K 2 ). O parâmetro ǫ mede o desvio do estado K L em relação ao estado de CP. Para a determinação experimental, é usual definir a razão das amplitudes η + η + e iφ+ M(K L π + π ) M(K S π + π ). Obtemos então ǫ 2 η + 2 = Γ(K L π + π ) Γ(K S π + π ) ǫ = Jorge C. Romão FP
16 Violação de CP A simetria CP Violação de CP B 0 & D 0 A experiência de Cronin-Fitch destruiu a última esperança para uma simetria exata que envolvesse a Paridade. Mas as coisas ficaram ainda piores quando se olhou para os decaimentos semi-leptónicos do K L. O K L decai semileptónicamente nos canais, a) K L π + +e +ν e ; b) K L π +e + +ν e. Agora notemos que a operação de CP leva o estado final em a) para o estado final em b) e vice-versa. Então se K L fosse um estado próprio de CP, os dois decaimentos deviam ocorrer exatamente com as mesmas probabilidades. Experimentalmente verificou-se que o decaimento do K L em positrão ocorria mais frequentemente, com uma diferença fracional, δ L, δ L = N(K L π l + ν l ) N(K L π + l ν l ) N(K L π l + ν l )+N(K L π + l ν l ) , l = e,µ Há assim uma distinção absoluta entre matéria e anti-matéria. Podemos dizer que o positrão é o leptão que ocorre mais frequentemente no decaimento do K L. De facto esta distinção entre matéria e anti-matéria é mais profunda e permite pensar em compreender porque somos feitos de matéria e não de anti-matéria. Jorge C. Romão FP
17 Violação de CP noutros sistemas de mesões: B 0 & D 0 A simetria CP Violação de CP B 0 & D 0 O sistema dos mesões K 0 tenha sido, durante mais de 30 anos, o único sistema a evidenciar a violação de CP No ano 2000 a situação mudou drasticamente quando as colaborações BaBar e Belle, observaram pela primeira vez a violação de CP no sistema dos mesões B 0 (db). Eles mediram a assimetria A = Γ(B0 J/ψ K S ) Γ(B 0 J/ψ K S ) Γ(B 0 J/ψ K S )+Γ(B 0 J/ψ K S ) = 0.679±0.020 que seria zero se CP fosse conservada. O resultado de 70% mostra que a violação de CP é muito grande. A importância destas medidas justifica que no LHC, haja uma experiência dedicada à física dos mesões B, a colaboração LHCb. É de esperar também resultados para os mesões D0 (cu). As previsões do SM são pequenas para este caso. Os resultados de LHCb indicam um resultado positivo para a observação de violação de CP nos mesões D 0, ao nível de 3σ, inferior aos 5σ necessários para ser considerado uma descoberta Jorge C. Romão FP
18 Definição # de parâmetros Parametrizações Experiência e CKM A generalização da matriz de Cabibbo para o caso de três gerações de quarks é a matriz de Cabibbo-Kobayashi-Maskawa que passamos a explicar. Comecemos por recordar as partes do lagrangeano do modelo standard em que aparecem os quarks. Escrevemos L = L CC quarks +L NC quarks +L Yukawa quarks, Os diferentes lagrangeanos, corrente carregada, corrente neutra e de Yukawa, L CC quarks = g [ ] 2 u iγ µ (1 γ 5 )d i W µ + g [ ] 2 2 d iγ µ (1 γ 5 )u i Wµ 2 [ 2 L NC quarks = e 3 u iγ µ u i 1 ] 3 d iγ µ d g i A µ q cosθ iγ µ (g f V gf A γ 5)q iz µ W L Yukawa quarks = h d ijq LiΦd Rj h u ijq Li Φu Rj +h.c., Os índices i,j = 1,2,3 são de família (ou geração), isto é, por exemplo, d i = (d,s,b ) e Φ = iτ 2 Φ como anteriormente. A notação u i,d i quer dizer que estes estados não são os estados de massas mas aqueles que resultam da escrita das derivadas covariantes. Jorge C. Romão FP
19 Definição # de parâmetros Parametrizações Experiência e CKM Quando se dá a quebra espontânea de simetria, substituímos [ ] 0 Φ = v e obtemos a partir do lagrangeano de Yukawa o lagrangeano de massa para os quarks, L massa quarks = d LM d d R u LM u u R +h.c. onde M d,u ij = h d,u ij v e passámos a usar uma notação matricial Em geral as matrizes M d,u são matrizes arbitrárias complexas. Não sendo matrizes diagonais, os quarks u i,d i não são os estados próprios de massa. Para os obter temos de diagonalizar as matrizes de massa, o que é sempre possível. Na verdade uma matriz arbitrária complexa é diagonalizada através de duas matrizes unitárias diferentes à esquerda e direita. Isto quer dizer que devemos ter, U u LM u U u R = diag(m u,m c,m t ), U d LM d U d R = diag(m d,m s,m b ) Jorge C. Romão FP
20 Definição # de parâmetros Parametrizações Experiência e CKM Isto é equivalente a rodar os estados de acordo com d L = U d Ld L, d R = U d Rd R, u L = U u Ld L, u R = U u Ru R. Depois de diagonalizar as matrizes de massa, temos de aplicar a rotação inversa nos lagrangeanos de interação, isto é d L = U d L d L, d R = U d R d R, u L = U u L u L, u R = U u R u R. Olhemos primeiro para a corrente neutra. Um termo genérico é da forma, tomando os quarks down como exemplo, d Lγ µ d L +d Rγ µ d R = d L γ µ d L +d R γ µ d R, onde usámos UL dud L = Ud R Ud R = 1 devido à unitariedade das matrizes. Para os quarks u obtemos resultados semelhantes. Assim vemos que para as correntes neutras o resultado final em termos dos estados de massa é o mesmo que fazer q q. No entanto para as correntes carregadas tal não vai ser possível pois elas misturam quarks do tipo u com quarks do tipo d. Jorge C. Romão FP
21 Definição # de parâmetros Parametrizações Experiência e CKM Talvez a maneira mais simples de ver isto é pensar no dubleto [ ] Q u L = L = d L [ U u L u ] L U d L d L = U u L [ u L U u L Ud L d L, o que mostra o não alinhamento entre a diagonalização das matrizes de massa e as interações. ] Para ver a consequência escrevemos os termos relevantes do lagrangeano das correntes carregadas. Obtemos L CC quarks = g 2 ( u L γ µ d LW + µ +d Lγ µ u LW µ onde se definiu = g 2 (u L γ µ V CKM d L W + µ +d L γ µ V CKM u LW µ V CKM U u LU d L. Como as matrizes de diagonalização são diferentes, V CKM 1. Jorge C. Romão FP ) ),
22 Contagem de parâmetros na matriz CKM Definição # de parâmetros Parametrizações Experiência e CKM Como vimos, a matriz de Cabibbo-Kobayashi-Maskawa liga os estados próprios de sabor com os estados próprios de massa. Tradicionalmente esta mistura é descrita nos quarks do tipo down, isto é com T 3 = 1/2 e que se costuma escrever na forma, d s = V ud V us V ub V cd V cs V cb d s. b V td V ts V tb b Esta matriz é uma matriz 3 3 e unitária pela maneira como foi construída. Em geral uma matriz complexa N N terá 2N 2 parâmetros reais. Contudo as condições de unitariedade VV = 1 impõem N 2 condições reduzindo o número de parâmetros independentes a N 2. No entanto podemos ainda absorver 2N 1 fases nos campos dos 2N quarks deixando uma fase global arbitrária. Isto reduz o número de parâmetros para N 2 (2N 1) = (N 1) 2 Jorge C. Romão FP
23 Contagem de parâmetros na matriz CKM Definição # de parâmetros Parametrizações Experiência e CKM Destes, N(N 1)/2 correspondem a ângulos, (para N = 2 temos só um ângulo o ângulo de Cabibbo) Portanto os outros parâmetros devem ser fases num número dado por # fases = (N 1) 2 N(N 1) 2 = (N 1)(N 2) 2 Vemos assim que para ter uma fase complexa, necessária para explicar a violação de CP, precisamos de N = 3. Este argumento foi apresentado antes da descoberta da terceira família. Obtemos portanto para N = 3, três ângulos e uma fase independentes, e portanto 4 parâmetros físicos. Jorge C. Romão FP
24 Parametrizações da matriz CKM Definição # de parâmetros Parametrizações Experiência e CKM Há várias parametrizações da matriz CKM. As duas mais utilizadas são a do PDG e de Wolfenstein. A parametrização do PDG usa rotações em três planos, escrevendo c 13 0 s 13 e iδ c 12 s 12 0 V CKM = 0 c 23 s s 12 c s 23 c 23 s 13 e iδ 0c c 12 c 13 s 12 c 13 s 13 e iδ = s 12 c 23 c 12 s 23 s 13 e iδ c 12 c 23 s 12 s 23 s 13 e iδ s 23 c 13, s 12 s 23 c 12 c 23 s 13 e iδ c 12 s 23 s 12 c 23 s 13 e iδ c 23 c 13 Temos s ij = sinθ ij, c ij = cosθ ij e δ é uma fase responsável pela violação de CP no modelo standard. Como s 13 s 23 s 12 1 é conveniente definir esta hierarquia numa forma expĺıcita, ainda que aproximada. Jorge C. Romão FP
25 Parametrizações da matriz CKM Definição # de parâmetros Parametrizações Experiência e CKM É o que faz a parametrização de Wolfenstein, onde 1 λ 2 /2 λ Aλ 3 (ρ iη) λ 1 λ 2 /2 Aλ 2 +O(λ4 ). Aλ 3 (1 ρ iη) Aλ 2 1 A correspondência entre as duas parametrizações é s 12 = λ, s 23 = Aλ 2, s 13 e iδ = Aλ 3 (ρ+iη). Os valores experimentais atuais são aproximadamente, λ 0.223, A 0.811, ρ 0.131, η s 12 = λ 0.223, s , s , δ = Notar que os efeitos de CP são pequenos, não por a fase ser pequena, mas por vir multiplicada por s 13 que é um número muito pequeno. Jorge C. Romão FP
26 Parametrizações da matriz CKM Definição # de parâmetros Parametrizações Experiência e CKM Uma ideia melhor da hierarquia na matriz CKM, pode ser obtida se considerarmos os módulos dos elementos (tomamos o valor central, sem considerar os erros, ver PDG para resultados mais precisos) Obtemos V CKM = Vemos que os elementos são cada vez mais pequenos à medida que nos afastamos da diagonal e também da esquerda para a direita. Esta observação está na base da parametrização de Wolfenstein. V CKM = 1 λ 2 /2 λ Aλ 3 (ρ iη) λ 1 λ 2 /2 Aλ 2 Aλ 3 (1 ρ iη) Aλ 2 1 +O(λ4 ). Jorge C. Romão FP
27 Confrontado a experiência com a matriz CKM Definição # de parâmetros Parametrizações Experiência e CKM Neste momento todos os resultados experimentais conhecidos podem ser explicados com a matriz CKM, definida na secção anterior. Em particular os processos com violação de CP, tanto no setor dos mesões K 0 = (ds) mas também nos mesões D 0 = (cu) e B 0 = (db), são descritos corretamente pela matriz CKM. Neste curso elementar não prosseguiremos com os detalhes desta verificação. 1.5 excluded at CL > 0.95 excluded area has CL > 0.95 γ 1.0 m d & m s sin 2β 0.5 ε K α m d η 0.0 α γ β -0.5 V ub α -1.0 CKM f i t t e r Summer 12 γ ε K sol. w/ cos 2β < 0 (excl. at CL > 0.95) Jorge C. Romão FP ρ
2 Violação de Carga Paridade
2 Violação de Carga Paridade 2.1 Simetrias C, P e T Uma das questões primordiais na discussão sobre a natureza da matéria está relacionada à simetria. Desde as brilhantes discussões de Emmy Noether, já
Quarks Q= 1 Q=0. ν e. ν τ
2 O Modelo Padrão O Modelo Padrão é a teoria mais bem sucedida até agora para descrever as partículas elementares 1 das quais está composta a matéria, bem como as interações entre elas. As partículas elementares
Física de Partículas
matheus@ift.unesp.br http://www.ift.unesp.br/users/matheus/ Física de Partículas Parte 3 Ricardo D Elia Matheus Construindo o Modelo Padrão da Física de Partículas Onde estamos: sabemos qual teoria usar
O Modelo Standard Eletrofraco: SU(2) L U Y (1)
Capítulo 9 O Modelo Standard Eletrofraco: SU() L U Y (1) Aqui seguimos o capítulo 5 do meu texto FIE [5]. A matéria está também coberta no capítulo 9 do Griffiths [1]. 9.1 Introdução Vamos neste capítulo
Simetrias C, P e T para férmions
Teoria Quântica de Campos I 152 ( eq. 152.1 ) No entanto a corrente axial: só é conservada se o férmion em questão não tiver massa: Simetrias C, P e T para férmions ( eq. 152.2 ) Além da simetria de Lorentz
Física de Partículas
matheus@ift.unesp.br http://www.ift.unesp.br/users/matheus/ Física de Partículas Parte 3 Ricardo D Elia Matheus Construindo o Modelo Padrão da Física de Partículas Onde estamos: sabemos qual teoria usar
Mecânica Quântica. Spin 1/2 e a formulação da M. Q. Parte II. A C Tort 1. Instituto Física Universidade Federal do Rio de Janeiro
Mecânica Quântica Spin 1/ e a formulação da M. Q. Parte II A C Tort 1 1 Departmento de Física Teórica Instituto Física Universidade Federal do Rio de Janeiro 10 de Maio de 01 Mais dois postulados, agora
1 Glashow-Weinberg-Salam: a teoria GWS
1 Glashow-Weinberg-Salam: a teoria GWS Vimos na seção Teorias de Gauge que a lagrangiana completa da teoria de gauge é: L i ψγ µ D µ ψ m ψψ 1 4 G µνg µν (1) onde a derivada covariante é definida como:
Introdução ao Modelo Padrão. Augusto Barroso
Introdução ao Modelo Padrão (Standard Model) Augusto Barroso 1 O que é o Standard Model? 2 Programa Os Constituintes Elementares Leptons & Quarks As Interacções Forte, Electromagnética, Fraca & Gravítica
produto completamente antissimétrico Definindo a terminologia, dado um bilinear texto pseudo-vetor ou vetor axial tensor antissimétrico
E exigindo a normalização: Teoria Quântica de Campos I 136 Rigorosamente: Temos a relação de completeza: Que leva a uma eq. equivalente a 135.3: ( eq. 136.1 ) Dada a base 135.4, não precisamos nos preocupar
Mecânica Quântica Relativista: Colisões e Decaimentos
apítulo Mecânica Quântica Relativista: olisões e Decaimentos eguimos aqui essencialmente o capítulo 6 do Griffiths [1]..1 Introdução omo vimos nas aulas anteriores há dois conceitos fundamentais para o
1 Matrizes Ortogonais
Álgebra Linear I - Aula 19-2005.1 Roteiro 1 Matrizes Ortogonais 1.1 Bases ortogonais Lembre que uma base β é ortogonal se está formada por vetores ortogonais entre si: para todo par de vetores distintos
Bilineares do Campo de Dirac. Analogamente:
Teoria Quântica de Campos I 133 ( eq. 133.1 ) Analogamente: ( eq. 133.2 ) Bilineares do Campo de Dirac Claramente, qualquer grandeza observável vai ter que ser composta do produto de um número par de campos
Partículas Elementares (2015/2016)
Partículas Elementares (2015/2016) Introdução Mário Pimenta, Jorge Romão, Ruben Conceição A Física de Partículas Ordens de grandeza Super-cordas? Partículas Núcleos Átomos células 1 Ano-luz Terra-Sol Terra
Neste trabalho de tese, apresentamos o estudo do decaimento D + K S π π + π + (e seu conjugado de carga D K S π + π π implícito ao longo deste
1 Introdução Neste trabalho de tese, apresentamos o estudo do decaimento D + K S π π + π + (e seu conjugado de carga D K S π + π π implícito ao longo deste trabalho). O objetivo é estudar a formação de
Álgebra Linear I - Aula Bases Ortonormais e Matrizes Ortogonais
Álgebra Linear I - Aula 19 1. Bases Ortonormais e Matrizes Ortogonais. 2. Matrizes ortogonais 2 2. 3. Rotações em R 3. Roteiro 1 Bases Ortonormais e Matrizes Ortogonais 1.1 Bases ortogonais Lembre que
ALGA I. Operadores auto-adjuntos (simétricos e hermitianos). Teorema espectral
Módulo 9 ALGA I. Operadores auto-adjuntos (simétricos e hermitianos). Teorema espectral Contents 9.1 Operadores auto-adjuntos (simétricos e hermitianos) 136 9. Teorema espectral para operadores auto-adjuntos...........
Marina Nielsen Instituto de Física USP
Marina Nielsen Instituto de Física USP Marina Nielsen Instituto de Física USP Introdução à QCD: Elementos Invariância de gauge Introdução às Regras de Soma da QCD Partículas Elementares (metade do sec.
Formulação Covariante do Eletromagnetismo
Capítulo 12 Formulação Covariante do Eletromagnetismo O objetivo deste capítulo é expressar as equações do Eletromagnetismo em forma manifestamente covariante, i.e. invariante por transformações de Lorentz
Tensores (Parte 1) 15 de abril de Primeira aula sobre tensores para a disciplina de CVT 2019Q1
Tensores (Parte 1) 15 de abril de 2019 Primeira aula sobre tensores para a disciplina de CVT 2019Q1 Introdução Procuramos generalizar a ideia de escalares e vetores introduzindo esse novo conceito que
3 Decaimentos Hadrônicos de Charme em Três Corpos
3 Decaimentos Hadrônicos de Charme em Três Corpos O interesse principal deste capítulo é o estudo dos fundamentos gerais da cinemática e dinâmica dos decaimentos de mésons charmosos em um estado final
Partículas Elementares (2009/2010)
Partículas Elementares (2009/2010) Introdução Mário Pimenta Lisboa, 9/2009 pimenta@lip.pt Programa da cadeira de Partículas Elementares (2009/2010) Semana 14/9 Introdução. Programa. Avaliação. Unidades
1 Regras de Feynman para QED
1 Regras de Feynman para QED Decaimentos e espalhamentos que geram duas partículas no estado final são descritas da seguinte maneira no CM: Γ = p f 3π M dω 1) s onde s é a energia do centro de massa; e
Álgebra Linear I - Aula 22
Álgebra Linear I - Aula 1. Bases Ortonormais.. Matrizes Ortogonais. 3. Exemplos. 1 Bases Ortonormais Lembre que uma base β é ortogonal se está formada por vetores ortogonais entre si: para todo par de
GEOMETRIA II EXERCÍCIOS RESOLVIDOS - ABRIL, 2018
GEOMETRIA II EXERCÍCIOS RESOLVIDOS - ABRIL, 08 ( Seja a R e f(x, y ax + ( ay. Designe por C a a cónica dada por f(x, y 0. (a Mostre que os quatro pontos (±, ± R pertencem a todas as cónicas C a (independentemente
Decaimentos do Méson B em Três Hádrons
CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS FÍSICAS LAFEX - LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL Identificação de Violação de CP em Decaimentos do Méson B em Três Hádrons Álvaro Gomes dos Santos Neto Tese de doutorado
Adição de dois spins1/2
Adição de dois spins/ a c tort de julho de O momento angular é um dos pontos mais importantes da mecânica quântica. Saber somar dois ou três momentos angulares é crucial para o entendimento da estrutura
Álgebra Linear I - Aula 3. Roteiro
Álgebra Linear I - Aula 3 1. Produto escalar. Ângulos. 2. Desigualdade triangular. Roteiro 1 Produto escalar Considere dois vetores ū = (u 1, u 2, u 3 ) e v = (v 1, v 2, v 3 ) de R 3. O produto escalar
MAT2457 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA I Gabarito da 2 a Prova - 1 o semestre de 2015
MAT27 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA I Gabarito da 2 a Prova - 1 o semestre de 201 Nesta prova considera-se fixada uma orientação do espaço e um sistema de coordenadas Σ (O, E) em E 3, em que E é uma base
Modelos e técnicas para epidemias na rede
Modelos e técnicas para epidemias na rede Wellington G. Dantas 4 de março de 2010 W. G. Dantas () Modelos e técnicas 4 de março de 2010 1 / 28 1 Sistemas em equiĺıbrio e fora-do-equiĺıbrio Condições de
Partículas Elementares (2008/2009) Mário Pimenta Lisboa, 9/2008
Partículas Elementares (2008/2009) Mário Pimenta Lisboa, 9/2008 Programa da cadeira de Partículas Elementares (2008/2009) Semana 15/9 Introdução. Programa. Avaliação. Unidades e escalas. Secção eficaz.
Sumário e Objectivos. Mecânica dos Sólidos não Linear Capítulo 2. Lúcia Dinis 2005/2006
Sumário e Objectivos Sumário: Deformações. Sólido Uniaxial. Descrição Lagrangeana e Euleriana. Gradiente de Deformação. Decomposição Polar. Tensores das Deformações de Green e Lagrange. Deformação de Corte.
Resistência dos. Materiais. Capítulo 2. - Elasticidade Linear 2
Resistência dos Materiais - Elasticidade Linear Acetatos baseados nos livros: - Mechanics of Materials - Beer & Jonhson - Mecânica e Resistência dos Materiais V. Dias da Silva Índice Carregamento Genérico:
Matrizes Semelhantes e Matrizes Diagonalizáveis
Diagonalização Matrizes Semelhantes e Matrizes Diagonalizáveis Nosso objetivo neste capítulo é estudar aquelas transformações lineares de R n para as quais existe pelo menos uma base em que elas são representadas
UM ESTUDO SOBRE O FENÔMENO DA VIOLAÇÃO DE SIMETRIA CP NO MODELO PADRÃO DAS PARTÍCULAS
Universidade Federal do Rio Grande de Sul Instituto de Física UM ESTUDO SOBRE O FENÔMENO DA VIOLAÇÃO DE SIMETRIA CP NO MODELO PADRÃO DAS PARTÍCULAS Lucas Soster Moriggi Trabalho de Conclusão de Curso realizado
Mudança de Coordenadas
Mudanças de Coordenadas Mudança de Coordenadas A origem O = (0, 0, 0) e os vetores i, j, k da base canônica de R determinam um sistema de coordenadas: se as coordenadas de um ponto no espaço são (x, y,
Álgebra Linear I - Aula 2. Roteiro
Álgebra Linear I - Aula 2 1. Produto escalar. Ângulos. 2. Desigualdade triangular. 3. Projeção ortugonal de vetores. Roteiro 1 Produto escalar Considere dois vetores = (u 1, u 2, u 3 ) e v = (v 1, v 2,
Orientadora: Miriam Mendes Gandelman
UFRJ CERN-THESIS-2008-035 23/04/2008 Estimativa da precisão de γ através do canal B 0 D 0 K 0 e contribuição ao detector de vértices do LHCb. Kazuyoshi Carvalho Akiba Orientadora: Miriam Mendes Gandelman
Para onde vai a energia?
Para onde vai a energia? J. C. Romão, J. Dias de Deus, and P. Brogueira Departamento de Física, Instituto Superior Técnico Avenida Rovisco Pais, 9- Lisboa, Portugal I. INTRODUÇÃO Um problema interessante
Aplicações dos Postulados da Mecânica Quântica Para Simples Casos: Sistema de Spin 1/2 e de Dois Níveis
Aplicações dos Postulados da Mecânica Quântica Para Simples Casos: Sistema de Spin 1/ e de Dois Níveis Bruno Felipe Venancio 8 de abril de 014 1 Partícula de Spin 1/: Quantização do Momento Angular 1.1
Álgebra Linear I - Aula 12. Roteiro. 1 Exemplos de Transformações lineares (continuação)
Álgebra Linear I - Aula 12 1. Rotações no plano. 2. Projeções 3. Espelhamentos 4. Caso geral. Roteiro 1 Exemplos de Transformações lineares (continuação) 1.1 Rotações no plano A Rotação no plano de ângulo
= f(0) D2 f 0 (x, x) + o( x 2 )
6 a aula, 26-04-2007 Formas Quadráticas Suponhamos que 0 é um ponto crítico duma função suave f : U R definida sobre um aberto U R n. O desenvolvimento de Taylor de segunda ordem da função f em 0 permite-nos
Aula 3 A Reta e a Dependência Linear
MÓDULO 1 - AULA 3 Aula 3 A Reta e a Dependência Linear Objetivos Determinar a equação paramétrica de uma reta no plano. Compreender o paralelismo entre retas e vetores. Entender a noção de dependência
Mecânica Clássica 1 - Lista de natal - Ho Ho Ho Professor: Gabriel T. Landi
Mecânica Clássica 1 - Lista de natal - Ho Ho Ho Professor: Gabriel T. Landi O campo vetorial 1 Aquecimento: quadri-potencial e os campos elétrico e magnético O objeto fundamental do eletromagnetismo é
Quebra espontânea de simetria, o modelo de Salam-Weinberg e o bóson de Higgs
Quebra espontânea de simetria, o modelo de Salam-Weinberg e o bóson de Higgs Gabriel Brito Apolinário Instituto de Física, UFRJ Seminário fora de área 22 de Abril de 206 Sumário Quebra espontânea de simetria
PORQUÊ SIMETRIAS?! Crença de que essas simetrias espelhavam a natureza Leis de Newton e invariância de Galileu
NUNO AGOSTINHO PORQUÊ SIMETRIAS?! Fascínio dos Gregos nas simetrias dos objetos Kepler impôs as noções de simetria ao movimento dos planeta Crença de que essas simetrias espelhavam a natureza Leis de Newton
pelo sistema de coordenadas Cartesianas. Podemos utilizar também o sistema de coordenadas
A. Coordenadas Curvilineares. Teorema de Gauss em coordenadas curvilineares Para especificar a posição, utilizamos a base e x, e y, e z e x r = y z pelo sistema de coordenadas Cartesianas. Podemos utilizar
Evidências experimentais da existência de uma nova dinâmica de produção de assimetria matéria antimatéria, em desintegrações do méson Beauty.
Evidências experimentais da existência de uma nova dinâmica de produção de assimetria matéria antimatéria, em desintegrações do méson Beauty. Questões gerais sobre violação de CP. Dinâmica da violação
(loops de férmions geram traços) temos que trazer o último campo para a primeira posição e então aplicar as derivadas:
(Espaço das posições, Euclid.) ( eq. 144.3 ) Teoria Quântica de Campos I 144 ( eq. 144.1 ) (Espaço das posições, Euclid.) (Mink.) ( eq. 144.2 ) A importância do ordamento do campo fermiônico cria uma importante
A Matéria Escura no Universo e as Partículas
A Matéria Escura no Universo e as Partículas P. S. Rodrigues da Silva Departamento de Física - UFPB 29 de Julho de 2008 - UFCG Conteúdo Introdução Evidência e características Candidatos à ME Modelo Padrão
Cálculo Diferencial e Integral 2 Formas Quadráticas
Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise Cálculo Diferencial e Integral 2 Formas Quadráticas 1 Formas quadráticas Uma forma quadrática em R n é um polinómio do
Introdução Altas Energias
Introdução à Física de Altas Energias São Paulo Regional Analysis Center Programa Introdução Uma visão geral das partículas e suas interações Aceleradores e Detectores Como explorar o interior da matéria
Simetria Discreta como uma possível extensão para o Modelo Padrão
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO IFT 004/4 Simetria Discreta como uma possível extensão para o Modelo Padrão Pedro Contino da Silva Costa Orientador: Prof. Dr. Vicente Pleitez Fevereiro de 04. Agradecimentos Ao
Álgebra Linear I - Aula 14. Roteiro
Álgebra Linear I - Aula 14 1 Matrizes 2 Forma matricial de uma transformação linear 3 Composição de transformações lineares e produto de matrizes 4 Determinante do produto de matrizes Roteiro 1 Matrizes
Regras de Feynman no espaço dos momentos (Euclideano): Regras de Feynman para a matriz S (Minkowski / Momentos):
Regras de Feynman no espaço dos momentos (Euclideano): Teoria Quântica de Campos I 193 propagador do férmion: (Euclid.) índices espinoriais (α,β=1...4) ( eq. 193.1 ) o sentido do momento não importa (Euclid.)
Aula sobre Spin: Programa Spins e Tabela de Clebsch-Gordon
Aula sobre Spin: e Tabela de Jorge C. Romão Instituto Superior Técnico, Departamento de Física & CFTP A. Rovisco Pais 1, 1049-001 Lisboa, Portugal 2014 O Uso da Tabela de Coeficientes de Jorge C. Romão
Teoria Clássica de Campos
Teoria Quântica de Campos I 7 No passo (1) o que estamos fazendo é quantizar (transformar em operadores) uma função definida em todo espaço (um campo) e cuja equação de movimento CLÁSSICA é de Dirac ou
Aula 5: Gravitação e geometria
Aula 5: Gravitação e geometria A C Tort 1 1 Departmento de Física Teórica Instituto Física Universidade Federal do Rio de Janeiro 12 de Abril de 2010 Tort (IF UFRJ) IF-UFRJ Informal 1 / 20 Massa Inercial
Física de Partículas 1: Os constituintes da matéria
Física de Partículas 1: Os constituintes da matéria Foto CERN L. Peralta O Big Bang Física de Partículas As diferentes escalas Uma equação para o electrão A equação de Dirac admite 2 tipos de soluções
G4 de Álgebra Linear I
G4 de Álgebra Linear I 20122 Gabarito 7 de Dezembro de 2012 1 Considere a transformação linear T : R 3 R 3 definida por: T ( v = ( v (1, 1, 2 (0, 1, 1 a Determine a matriz [T ] ε da transformação linear
Álgebra Linear I - Aula Forma diagonal de uma matriz diagonalizável
Álgebra Linear I - Aula 18 1 Forma diagonal de uma matriz diagonalizável 2 Matrizes ortogonais Roteiro 1 Forma diagonal de uma matriz diagonalizável Sejam A uma transformação linear diagonalizável, β =
Quantização do Campo Eletromagnético
Teoria Quântica de Campos II 52 Voltando para o espaço de Minkowsky isto nos permite entender porque a parte on-shell do propagador é reponsável por partículas se propagando por longas distâncias: Quantização
Marcelo M. Santos DM-IMECC-UNICAMP msantos/
Universidade Estadual de Maringá - Departamento de Matemática Cálculo Diferencial e Integral: um KIT de Sobrevivência 0 anos c Publicação Eletrônica do KIT http://www.dma.uem.br/kit Identificação de Cônicas
Física Computacional 18 matrizes: inversão, valores próprios e sol. da eq. De Schrödinger
Física Computacional 18 matrizes: inversão, valores próprios e sol. da eq. De Schrödinger 1. Trabalhar com matrizes, e aplicá-las a um problema físico a. Inversão da matriz, eliminação de Gauss b. Determinante
Eletromagnetismo I - Segundo Semestre de 2017
4302303 - Eletromagnetismo I - Segundo Semestre de 2017 25 de agosto de 2017 invariante vs. covariante muda, mas de um jeito legal ação/escalar de SO(1,3) eq. do movimento ( d 2 x µ 2 =0 ) Partícula relativística
η η < η j + η 0 de outro modo η η η η φ φ φ δ = δ φ, η [ η, η ]
BASE TEÓRICA Este capítulo apresenta a formulação teórica do elemento finito utilizando funções spline. Com este objetivo descrevem-se primeiro as funções que definem os deslocamentos no elemento. A partir
Introdução aos Métodos Numéricos
Introdução aos Métodos Numéricos Instituto de Computação UFF Departamento de Ciência da Computação Otton Teixeira da Silveira Filho Conteúdo temático Sistemas de Equações Lineares. Métodos diretos Conteúdo
B e sabendo que.( ) = 0 B = A (A é o vector potencial magnético) ( A) A t
Campos variáveis no tempo e equações de Maxwell - 1 o Funções potenciais A divergência de um campo magnético é zero. 0 podemos escrever: B e sabendo que.( ) 0 B A (A é o vector potencial magnético) ( A)
Álgebra Linear I - Aula Matriz de uma transformação linear em uma base. Exemplo e motivação
Álgebra Linear I - Aula 19 1. Matriz de uma transformação linear em uma base. Exemplo e motivação 2. Matriz de uma transformação linear T na base β 1 Matriz de uma transformação linear em uma base. Exemplo
Eletromagnetismo II. Preparo: Diego Oliveira. Aula 3. Equação da Onda e Meios Condutores
Eletromagnetismo II Prof. Dr. R.M.O Galvão - 1 Semestre 015 Preparo: Diego Oliveira Aula 3 Equação da Onda e Meios Condutores Vamos considerar a equação de onda para casos em que existam correntes de condução
Capítulo Coordenadas no Espaço. Seja E o espaço da Geometria Euclidiana tri-dimensional.
Capítulo 9 1. Coordenadas no Espaço Seja E o espaço da Geometria Euclidiana tri-dimensional. Um sistema de eixos ortogonais OXY Z em E consiste de três eixos ortogonais entre si OX, OY e OZ com a mesma
Equações de Klein-Gordon e Dirac
Capítulo 4 Equações de Klein-Gordon e Dirac Seguimos aqui as secções 7. a 7.3 do Griffiths ] e as secções.2 a.5 de ITC 2]. 4. A equação de Klein-Gordon. Comecemos pela partícula livre. Em mecânica quântica
7 Sondagem do NSI usando feixes de neutrinos convencionais:
7 Sondagem do NSI usando feixes de neutrinos convencionais: T2KK Neste capítulo vamos discutir os resultados das nossas análises sobre NSI baseado em feixe convencional de neutrinos vindos de JPARC a ser
Notas de aula - Espaço Tempo
Notas de aula - Espaço Tempo Prof. Ronaldo Carlotto Batista 5 de abril de 019 1 Revisão da Mecânica Newtoniana Quantidade elementares: posição: r t) = x t), y t), z t)) velocidade: v = d dt r momento linear
Aula 5 Teoria Quântica dos Campos e Diagramas de Feynman
Física de Partículas Aula 5 Teoria Quântica dos Campos e Diagramas de Feynman Jorge C. Romão Instituto Superior Técnico, Departamento de Física & CFTP A. Rovisco Pais 1, 1049-001 Lisboa, Portugal 7 Novembro
Estudo da Sensibilidade de Observação do Decaimento Raro no Detetor Otimizado LHCb.
UFRJ CERN-THESIS-2008-042 01/08/2005 Estudo da Sensibilidade de Observação do Decaimento Raro no Detetor Otimizado LHCb. Franciole da Cunha Marinho Orientadora: Sandra Filippa Amato Rio de Janeiro Agosto
Quantização de um campo fermiônico
Teoria Quântica de Campos II 54 p linhas ( eq. 54.1 ) Um exemplo trivial seria: Quantização de um campo fermiônico (Nastase 12 e 13; Peskin 3.1-3.4 [campo clássico], 3.5 [quant. canônica], 9.5 [quant.
MAT2457 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA I 1 a Prova - 1 o semestre de y + az = a (a 2)x + y + 3z = 0 (a 1)y = 1 a
MAT457 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA I 1 a Prova - 1 o semestre de 018 Questão 1. Se a R, é correto afirmar que o sistema linear y + az = a (a x + y + 3z = 0 (a 1y = 1 a é: (a possível e indeterminado
Álgebra Linear I - Aula 11. Roteiro. 1 Dependência e independência linear de vetores
Álgebra Linear I - Aula 11 1. Dependência e independência linear. 2. Bases. 3. Coordenadas. 4. Bases de R 3 e produto misto. Roteiro 1 Dependência e independência linear de vetores Definição 1 (Dependência
MAT 1202 ÁLGEBRA LINEAR II SUBESPACCOS FUNDAMENTAIS E TRANSF. LINEARES 23/08/12 Profs. Christine e Pedro
MAT 1202 ÁLGEBRA LINEAR II 2012.2 SUBESPACCOS FUNDAMENTAIS E TRANSF. LINEARES 23/08/12 Profs. Christine e Pedro 1. Subespaços Fundamentais de uma Matriz (1.1) Definição. Seja A uma matriz retangular m
10ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT, LEGM, LMAC
10ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT, LEGM, LMAC 1. A vida média de uma partícula é 100 ns no seu referencial próprio. 1.a) Qual a duração da partícula no laboratório, sabendo
G4 de Álgebra Linear I
G4 de Álgebra Linear I 27.1 Gabarito 1) Considere a base η de R 3 η = {(1, 1, 1); (1,, 1); (2, 1, )} (1.a) Determine a matriz de mudança de coordenadas da base canônica para a base η. (1.b) Considere o
Eq. de Dirac com campo magnético
Eq. de Dirac com campo magnético Rafael Cavagnoli GAME: Grupo de Médias e Altas Energias Eletromagnetismo clássico Eq. de Schrödinger Partícula carregada em campo mag. Eq. de Dirac Partícula carregada
Massas dos neutrinos, mecanismos de Seesaw e efeitos a baixas energias
Massas dos neutrinos mecanismos de Seesaw e efeitos a baixas energias André Morgado Patrício n o 67898 Departamento de Física Instituto Superior Técnico Av. Rovisco Pais 049-00 Lisboa Portugal Dated: 5
Aula 7 Invariância de Gauge
Física de Partículas Aula 7 Invariância de Gauge Jorge C. Romão Instituto Superior Técnico, Departamento de Física & CFTP A. Rovisco Pais 1, 1049-001 Lisboa, Portugal 14 Novembro 2013 Jorge C. Romão FP-2013
Aula 4 Colinearidade, coplanaridade e dependência linear
Aula 4 Colinearidade, coplanaridade e dependência linear MÓDULO 1 - AULA 4 Objetivos Compreender os conceitos de independência e dependência linear. Estabelecer condições para determinar quando uma coleção
Parte II. Análise funcional II
Parte II Análise funcional II 12 Capítulo 5 Produto de Operadores. Operadores inversos Neste capítulo vamos introduzir a noção de produto de operadores assim como a de operador invertível. Para tal precisamos
8ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT e LMAC
8ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT e LMAC 1. A vida média de uma partícula é 100 ns no seu referencial próprio. 1.a) Qual a duração da partícula no laboratório, sabendo que
3 a Questão Sabendo que a equação cinemática pode ser colocada sob a forma
1 2 a rovadeedi-38concretoestruturali rof. Flávio Mendes Neto Outubro de 2007 Sem consulta. A interpretação das questões faz parte da prova. Justifique cientificamente suas afirmações e comente, criticamente,
Desenvolvimento de um método alternativo para análise do Dalitz plot do canal D + K K + π +
CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS FÍSICAS Desenvolvimento de um método alternativo para análise do Dalitz plot do canal D + K K + π + Danielle Martins Tostes Rio de Janeiro Junho/212 CENTRO BRASILEIRO DE
Análise Complexa e Equações Diferenciais Guia 9 João Pedro Boavida. 23 a 30 de Novembro
Análise Complexa e Equações Diferenciais Guia 9 24 de Novembro de 2 Este guia explica vários exemplos de determinação de formas de Jordan e cálculo de exponenciais de matrizes, bem como alguns outros exemplos
Aula Orientação do espaço. Observação 1
Aula 14 Nesta aula vamos definir dois novos produtos entre vetores do espaço, o produto vetorial e o produto misto. Para isso, primeiro vamos apresentar o conceito de orientação. 1. Orientação do espaço
Campo Escalar Complexo
Finalmente consideremos: Teoria Quântica de Campos I 60 operador na representação de Schödinger, basta partir de 59.2 e usar lembrando que: É uma superposição de vários estados de uma partícula (cada um
Álgebra Linear e Geometria Analítica em R 3
Módulo 2 Álgebra Linear e Geometria Analítica em R 3 Neste segundo módulo vamos generalizar os conceitos aprendidos no módulo 1, e também no ensino secundário, estudando Álgebra Linear e Geometria Analítica
Álgebra Linear I - Aula Matrizes simultaneamente ortogonais e simétricas
Álgebra Linear I - Aula 22 1. Matrizes 2 2 ortogonais e simétricas. 2. Projeções ortogonais. 3. Matrizes ortogonais e simétricas 3 3. Roteiro 1 Matrizes simultaneamente ortogonais e simétricas 2 2 Propriedade
interação forte (no interior dos núcleos) não depende das massas nem das cargas elétricas
Vitor Oguri prótons e nêutrons - mesmo spin ( J = ½ ) interação forte (no interior dos núcleos) não depende das massas nem das cargas elétricas prótons e nêutrons, genericamente conhecidos como núcleons,
1.3 Comprimento de arco
0 CAPÍTULO. CURVAS NO E ENOE 3.3 Comprimento de arco Seja γ :[a, b] V uma curva não necessariamente regular. Consideremos P ([a, b]) o conjunto de todas as partições de [a, b]. Uma partição P = a = t 0
Além destas duas representações irredutíveis (chamada de Espinores de Weyl), ainda temos uma terceira, definida pela propriedade:
Esse fator global na ação não parece ter importância, e de fato não afeta a solução clássica, mas quando quantizarmos faz toda diferença ter um fator 2 no operador que estamos invertendo (obtemos um propagador
Aula 19 Operadores ortogonais
Operadores ortogonais MÓDULO 3 AULA 19 Aula 19 Operadores ortogonais Objetivos Compreender o conceito e as propriedades apresentadas sobre operadores ortogonais. Aplicar os conceitos apresentados em exemplos