COMPANHIA ITAU DE CAPTTALIZAçAO S/A. PENALIDADE ORIGINAL: Multa no valor de R$ ,00.

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1 4 MINISTERIO I)A FAZEN1)A CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PR! VAI)OS, DE PREVIDENCIA PR! VADA ABERTA E DE CAPITALIZAçAO - CRSNSP 210" Sessão Recurso () 6339 Processo SUSEP n / RECORRENTE: RECORRII)A: COMPANHIA ITAU DE CAPTTALIZAçAO S/A. SUPERINTENDENCIA DE SEGUROS PR! VAE)OS - SUSEP EMENTA: RECURSO ADMINISTRATIVO. Auto de lnfracäo. Deficiência de controles internos. Recurso conhecido e provido. PENALIDADE ORIGINAL: Multa no valor de R$ ,00. BASE LEGAL: Parágrafo 6nico do art. 10 da Circular SUSEP n 249/2004. ACORDAO/CRSNSP N 5203/15. Vistos. relatados c discutidos os prescntcs autos, decidern os membros do Conseiho de Recursos do Sistema Nacional de Scguros Privados, de Previdéncia Privada Aberta e de Capitalizacão, por unanimidade, dar provimento ao recurso da Companhia Itañ de Capitalização S/A., nos termos do voto do Relator. Participaram do julgamento os Consclheiros Waldir Quintiliano da Silva, Claudio Carvaiho Pacheco. Thompson da Gama Moret Saiitos, Paulo Antonio Costa de Almeida Penido. André Lea! Faoro c Marcelo Augusto Camacho Rocha. Presentes o Senhor Representante da Procuradoria-G94da Fazenda Nacional, Dr. José Eduardo de Arañjo Duarte, e a Secretária-Executiva( Senhora Theresa Christina Cunha Martins. Sala WALDIR QUINT LIA 0 DA SILVA Presidente ANI)REEALFAORO FrIWARDO I)E ARAUJO I)UARTE Procurador da Fazenda Nacional

2 CONSELI-JO DE RECURSOS DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS, DE PREVIDENCIA PRIVADA ABERTA E DE cap1talizaçao. Processo SUSEP nl / Recurso ao CRSNSP Recorrente: Cia. Itaii de Capitalizaçao Conseiheiro Relator: André Leal Faoro RE LATO RIO Através do processo SUSEP n / foi reaiizada urna flscalizaçäo na antiga UNIBANCO CIA. DE CAPITALIZAçAO, tendo sido encontradas algumas deficiências relatadas nos anexos ao oficlo SUSEP/DEFiS/GESUP/n 17/08-07 (Os. 4). Nesse oficio foi concedido prazo para "requerimento para saneamento dos problernas relatados, especificando o piano de açäo para correcäo de cada problema corn o respectivo prazo", tudo nos termos dos 12 e 22 do art. 5L, da Resoluçäo CNSP 60/2001. Corno rnostra o relatório de Os. 19/27, os probiemas encontrados forarn nas areas de tecnoiogia da inforrnacäo (3 probiernas), de segurança (2 problernas), de consurnidor (8 problemas) e de piano de continuidade de negócios (1 problerna). Cumprindo a intimação, a Cia. ltai de CapitaIizaco, que, após a fiscalizaço, havia incorporado a Unibanco Cia. de Capitaiizaco, apresentou o reiatório de Os. 13/100, dernonstrando o cumprirnento de todos os itens. Entretanto, corn reiaço ao Piano de Continuidade de Negócios, foi esciarecido o seguinte: "Para esta deficiêricia, o piano de açao descrito iniciairnente näo será continuado, em razâo do processo de fusäo já descrito anteriormente. 0 procedimento atual é reaiizado corporativarnente, mediante resuitados da anáiise de impacto nos negócios que está em andamento, na rnedida em que urna diretoria especifica operacionaliza os procedimentos de contingência, clando suporte as diversas areas do banco, sendo que ha participacào direta do gestor de negócios, onde este informa, dentro de seu processo, as necessidacles de continuar corn as suas atividades. Assirn, anexa-se a presente poilticas, circuiares internas e guias, materials estes distribuldos e disponibiiizados aos coiaboradores, nos quais se pode constatar a nova realidade." A posicão da SUSEP em face dessa inforrnaçäo, fol considerar que "Ate a data da inspecäo (02/02/20 10), os processos e recursos da Cia. Itaó de Capitaiizaçäo, sucessora da Unibanco Companhia de Capitaiizaçäo, niio estavarn contemplados no Piano de Continuidade de Negócios da Area de Seguros, Previdência e Capitaiizaçäo (ASPC) do Grupo ltaó-unibanco. Desta forma, consicieramos que a deficiência näo foi sanada, visto que näo houve resoluçao para os probiernas indicados na descrição da deficiência."

3 Em consequência, foi iavrado o Auto de lnfraço que deu origem ao presente processo. A Cia. Itai.'i de Capitalizaçäo, em sua defesa, esclareceu que, a partir do processo de fusão, o Piano de Continuidade de Negócio foi consolidado e implantado por meio do seguirnento da ita6 Unibanco 1-biding denominado ASPC, tendo juntacbo farta docurnentaçâo sobre o piano (fis. 114/246). Em parecer de us. 249/250, a DEFIS informa que no detaihamento do auto de infraço, a autuada fez uma apresentacäo de cada cleficiência originalmente indentificada e, após a análise, concluiu que a deficiência TD.UC.PCN.01 (sobre o piano de continuidade de negócio da Unibanco) näo havia sido sanada. F que, entre o apontamento da faiha e a verificaço da fiscalizaçäo havia se passado mais de urn ano, nio tendo havido a adequação as normativas. A Procuradoria Federal junto a SUSEP, em longo parecer no qual tece consideraçöes sobre a competência para fiscalizar, acaba concluindo que a Cia. ltaii de Capitalizaçäo, em virtude da incorporação da Unibanco, sucedeu a esta em todos as direitos e obrigacoes, devendo, assim, responder peba deficiência praticada peia incorporacla. Corn base nesses dois pareceres, a Coordenador Geral de Julgamentos julgou subsistente o auto de infraçäo, condenando a recorrente na penalidade prevista na alinea "I" do inciso III do art. 26 da Reso1uç0 CNSP nq 60/2001. anterio res. 0 recurso interposto para este Conseiho repete as argumentos A Representacäo da Procuradoria-Geral da Fazencia Nacional manifestou-se em parecer de fis. 301/302, no sentido do conhecimento e do nâo provimento do recurso. E a reiatório. Rio de Janeiro, 04 de novembro de 2014 /And r6l,eal Fao ro Conseiheiro Relator GFR/COC'C ECEDO

4 CONSELI-lO DE RECURSOS DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS, DE PREVIDENCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIZAçAO. Processo SUSEP n i / Recurso ao CRSNSP n 6339 Recorrente: Cia. ltaó de Capitalizaco Conseiheiro Relator: André Leal Faoro VOTO A Unibanco Cia. de Capitaiizaco foi intimada a apresentar urn Piano de Continuidade de NegOcios. Como no apresentou, foi penalizada. Mas como ela näo existia mais, em virtude de sua fusäo corn a Cia. ita(i de Capitaiizacão, esta acabou respondendo o processo como sucessora da Unibanco. 0 Piano de Continuidade de NegOcios - PCN (do ingls Business Continuity Plan - BCP), estabelecido pela norma ABNT NBR Parte 1, é o desenvoivirnento preventivo de urn conjunto de estratégias e pianos de açäo de maneira a garantir que os serviços essenciais sejarn devidamente identificados e preservados após a ocorrência de urn desastre ou crise, e ate o retorno a situaco normal de funcionarnento da empresa dentro do contexto do negocio do qual ela faz parte. Tal auxilio pode contemplar a criaçâo, manutencão, divuigaco e coordenaçâo do piano de contingéncias. 0 propósito de urn piano de continuidade de negocios e permitir que uma organizaco recupere ou mantenha suas atividades em caso de urna interrupco das operacoes normais da ernpresa. Os PCN säo ativados para dar suporte as atividades criticas necessárias para cumprir os objetivos da organizaçäo. Eles podern ser executados integral Ou parciaimente e em quaiquer etapa da resposta a urn incidente. As definicoes acirna, obtidasjunto a Associaço Brasiieira de Normas Técnicas, deixam bern claro que o Piano de Continuidade de NegOcios visa preservar situacoes futuras de contingência, de crise, de perigo de interrupcâo imprevista dos negócios da ernpresa. No caso deste processo, a SUSEP, em final de 2008, procedeu a uma fiscaiizacao na antiga Unibanco Cia. de Capitaiizacão. Nesse trabaiho, constatou a presenca de diversos probiemas que precisavam ser sanados, tendo exigido a apresentacäo de pianos de açäo para tal escopo. Uma das exigéncias foi a apresentacào de urn Piano de Continuidade de Negócios. Porém, nessa época, o Grupo Unibanco já estava em vias de fusâo corn o Grupo ita(, o que veio a se constiutuir no Grupo lta6 Unibanco. Assim, a Unibanco Cia. de Capitalizacao já estava em processo de fusao corn a Cia. itai de Capitalizaço.

5 I Essa fusäo conduziria automaticamente a urn encerrarnento dos negócios da Unibanco Cia. de Capitalizaçâo corno empresa isolada. A fusão, segundo o art. 228 da Lei de S/A é a operaco pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar uma sociedade nova, que Ihes sucede em todos os direitos e obrigacoes. Constitui-se, segundo o 30, uma nova sociedade. No parece logico que urna empresa, prestes a se fundir corn outra e se extinguir para a criaco de outra empresa, tenha que fazer, nos estertores, urn piano de continuidade de negocio, se seu proprio negocio no vai continuar. No presente processo, flcou plenamente esciarecido pela Cia. Ita(i de Capitaiizaço, empresa que resultou da fusâo, que no tinha o menor cabimento fazer urn piano de continuidade de negócio para uma sociedade moribunda. Em cornpensaçäo, a Cia. Itaü de Capita1izaco, sociedade resuitante da fuso, apresentou urn extenso e detaihado Piano de Continuidade de NegOcios referente a empresa que atualmente existe. Esse piano encontra-se nos autos. Por tais motivos.meu voto é pelo provimento do recurso. Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de AA&e André Lea! Faoro Conseiheiro Reiator t4aw CSMJ% Secretaria Mat