W PRIVADOS, DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIZAÇÃO - CRSNSP 2O8 Sessão Recurso n 5443 Processo SUSEP n

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1 . MINISTÉRIO DA FAZENDA W PRIVADOS, DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIZAÇÃO - CRSNSP 2O8 Sessão Recurso n 5443 Processo SUSEP n / RECORRENTE: RECORRIDA: COMPANIIIA DE SEGUROS ALIANÇA DO BRASIL SUPERIN'I'ENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS - SUSEP EMENTA: RECURSO ADMINISTRATIVO. Denúncia. Seguro de vida com cláusula de Invalidez Permanente por Doença. Descumprimento contratual. Negativa de pagamento de indenização fundamentada preexistência da doença. Recurso conhecido e provido parcialmente. PENALIDADE ORIGINAL: Multa de R$ ,00. BASE NORMATIVA: Art. 88 do Decreto-Lei n 73/66. ACÓRDÃO /CRSNSP N 5099/1 4. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, decidem os membros do Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdência Privada Aberta e de Capitalização, por maioria, dar provimento parcial ao recurso da Companhia de Seguros Aliança do Brasil, para adequar a penalidade aplicada à Resolução CNSP n 14/95, nos termos do voto do Relator, vencidos os Conselheiros Ana Maria Meio Netto Oliveira e André Leal Faoro, que votaram pelo provimento do recurso. Presente o advogado Dr. Leonardo Reis que sustentou oralmente em favor da recorrente, intervindo nos termos do Regimento Interno deste Conselho a Senhora representante da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Dra. Maria Eli Trachtenberg. Participaram do julgamento os Conselheiros Ana Maria Meio Netto Oliveira, Claudio Carvalho Pacheco, Carmen Diva Beltrão Monteiro, Paulo Antonio Costa de Almeida Penido, Marcelo Augusto Camacho Rocha e André Leal Faoro. Presentes a Senhora Representante da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Dra, Maria Eli Trachtenbcrg, e a Secretária-Executiva, Senhora Theresa Christina Cunha Martins. Sala das Sessões (RJ), 12 de dezembro de ANA MARIA MELO NETTO OLIVEIRk Presidente CLAUI)IO CARVALHO PACHECO Relator MARIA EL/1'RACHTENBERG Procuradora da Fazenda Nacional

2 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIVADOS, DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIZAÇÃO Processo SUSEP N / Processo CRSNSP N05443 Recorrente: Companhia de Seguros Aliança do Brasil Recorrida: Superintendência de Seguros Privados - SUSEP Conselheiro Relator: Claudio Carvalho Pacheco Senhores Conselheiros, RELATÓRIO Trata-se de Denúncia em face de Cia de Seguros Aliança do Brasil, pelo não pagamento de indenização de seguro de Vida em Grupo, por invalidez permanente por doença. Intimada às fls. 154, apresenta a recorrente sua defesa às fis. 159/167, argumentando que o segurado deixou de informar na Declaração Pessoal de Saúde doença de que já era acometido ao contratar o seguro, bem como que a junta médica proposta pela seguradora não foi aceita pelo reclamante, em razão de já ter sido determinada a perícia médica nos autos do processo judicial (fls. 91 e 95). Em um primeiro parecer técnico ofertado às fls. 130/131, o DEFIS, opina pela improcedência da Denúncia, uma vez que o resultado da Perícia Judicial (fls. 101/122) não classificou o reclamante como portador de "invalidez permanente total". No entanto, a PRGER, suscitando o princípio da dignidade da pessoa humana, entende que a incapacidade é total e permanente, opinando pela procedência da denúncia. Devido ao impasse entre o Parecer do DEFIS e da PRGER, foi proposta a realização de uma Junta Médica, que não tendo sido realizada em razão da seguradora ter alegado que a perícia judicial já havia superado a questão, opinou o DEFIS pela procedência da denúncia (fls. 222/223). Pelo Termo de Julgamento de fls. 234, o Chefe do Departamento de Fiscalização, julgou procedente a Denúncia, aplicando a sanção de pagamento de multa pecuniária no valor de R$ ,00, prevista na alínea "g", inciso IV do art. 51 da Resolução CNSP n 60/2001. A Seguradora interpôs o Recurso de fls. 241/250, postulando pela improcedência da Denúncia, uma vez que o segurado já possuía conhecimento

3 ~ Q da doença acometida quando da contratação do seguro, o que pode ser verificado pela declaração do médico do segurado, acostado às fls. 54, indicando que o -' início dos sintomas se deu em A douta representação da Fazenda Nacional exerce juízo positivo para o conhecimento e negativo para o provimento, consoante fls.256/257. É o relatório. À Secretaria. Rio de Janeiro, 05 de maio de 2014 Claudio Carvalho Pacheco Conselheiro Relator Representante da FENAPREVI

4 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIVADOS, DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIZAÇÃO Processo SUSEP N / Processo CRSNSP N 5443 Recorrente: Companhia de Seguros Aliança do Brasil Recorrida: Superintendência de Seguros Privados - SUSEP Conselheiro Relator: Claudio Carvalho Pacheco VOTO A Denúncia foi instaurada em face da Companhia de Seguros Aliança do Brasil, em razão da negativa do pagamento da indenização do seguro de vida por invalidez permanente por doença. Analisando os autos, observo que a negativa da indenização se deu em razão da recorrente ter considerado que a patologia que acometeu o segurado era parcial e não total, não se enquadrando na Cláusula de Invalidez Permanente e Total por Doença, constante nas Condições Gerais, bem como por já possuir o conhecimento da doença preexistente na contratação da proposta. Inicialmente, quanto ao conhecimento por parte do segurado da patologia que culminou para sua incapacidade, verifico no Laudo anexado às fis. 54 e 104/105, que apesar de algumas crises de dores articulares terem ocorrido em 1992, somente ocorreu a piora do quadro clínico do segurado, gerando seu afastamento do trabalho, em Com relação a decretação de invalidade definitiva do segurado, apesar do Laudo Médico Pericial, proferido nos autos da ação judicial, não ter caracterizado a invalidez como total, por ainda restarem aspectos de tratamento a serem definidos e observados, bem como pela medicina disponibilizar recursos para melhora do quadro clínico, o segurado já encontrava-se aposentado pelo INSS desde 29/04/ Pela leitura do inciso III, 10 do art. 70 da Circular Susep n 17/92, podemos observar que: Art.70 - Entende-se como capital segurado a importância máxima a ser paga ou reembolsada em função do valor estabelecido para a garantia contratada, vigente na data do evento.

5 1 1 Considera-se como data do evento, para efeito de determinação do capital segurado, quando da liquidação dos sinistros. (Parágrafo alterado pela Cir. 48/98). - Na garantia básica, a data do falecimento. II - Nas garantias adicionais de indenização especial de morte por acidente (IEA) e de indenização por invalidez permanente total ou Parcial por Acidente (IPA), a data do acidente; III - Na garantia de Indenização por Invalidez Permanente por Doença (IPD), a data da concessão da aposentadoria por invalidez por doença ou, se anterior, a da comprovação mencionada no art. 40 (g. nosso). Assim, evidente que a recorrente ao negar o pagamento da indenização securitária, descumpriu as normas contratuais, violando o disposto no inciso lii, 11 do art. 70 da Circular SUSEP n 17/92. No entanto, observo que a multa pecuniária aplicada foi a constante na Resolução CNSP 60/2001, todavia, o aviso de sinistro se deu em 10/06/ fis. 51/52, tendo sua negativa ocorrido em 15/09/ fls. 53, assim sendo, correto seria aplicar a sanção vigente à época, ou seja, a prevista no inciso Vil do Artigo 50 da Resolução CNSP n 14/1995, motivo pelo qual a penalidade deverá ser adequada à norma citada. Diante disto, pelo contido no Processo supracitado, manifesto meu VOTO no sentido de conhecer e dar parcial provimento ao Recurso para que seja adequada a multa pecuniária sancionada ao que determinava a Resolução CNSP n 14/1 995, vigente à época do descumprimento contratual. Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 2014 () e-~' 'LC-~51 Claudio Carvalho Pacheco Conselheiro Relator "irepresentante da FENAPREVI - Ii