MINISTERIO PA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS, DE PREVIDENCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITAUZAcAO - CRSNSP

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1 i& fla MINISTERIO PA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS, DE PREVIDENCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITAUZAcAO - CRSNSP 204' Sessâo Recurso n 5999 Processo SUSEP n / RECORRENTE: CESCEBRASIL SEGUROS DECREDITO S.A. RECORRIDA: SUPERINTENDENCIA DE SEGUROS PRIVADOS - SUSEP Auto de Infracäo. EMENTA REC1JRSO ADMINISTRATD'O. Registros auxiliares de contabilidade irregulares (itens 1 a 4). RecursO conhecido e provido em parte. multas no valor de R$ 9.000,00 para cada um PENALIDADE ORIGINAL: dos itens. BASE NORMATIVA: Art. 177 da Lei n 6.404/76. ACORDAO/CRSNSP No 4892/14. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, decidem os membros do Conseiho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros privados, de Previdéncia Privada Aberta e de CapitalizacäO por unanimidade, dar provimento ao recuro da Cescebrasil Seguros de Crédito S.A quanto aos itens 1, 2 e 3 do Auto de Infracäo e negar provimento ao recurso quanto ao item 4, nos termos do voto do Relator. Participaram do julgamento os Conselheiros Ana Maria Melo Netto Oliveira, Claudio Carvalho Pacheco, Thompson da Gama Moret Santos, Henrique Finco Mariani, André Leal Faoro e Marcelo Augusto Camacho Rocha. Presentes o Senhor Representante da procuradoria- Geral da Fazenda Nacional, Dr. José Eduardo de Araüjo Duarte, e a SecretariaEXeCuti\'a, Senhora Theresa Christina Cunha Martins. Sala das SessOes (Ri), 7 de outubro de MItLO NETTO&IVEIRA presidente ANDRE LEAL FAORO Relator JoDUARTE JOSÉ Procurador da Fazenda Nacional

2 CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS, DE PREVIDENCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITAL!ZAçAO. El Processo SUSEP n / Recurso ao CRSNSP flq 5999 Recorrente: Cescebrasil Seguros de Crédito S/A Conselheiro Relator: André Leal Faoro RE LATO RIO Processo começado por urn Auto de Infraçao que relacionou oito irregularidades, das quais quatro foram relevadas pelo próprio DEFIS e quatro foram julgadas subsistentes, corn imposição de condenaçao e que foram objeto de recurso. Em três dos itens, a infraçao foi "näo manter registros auxiliares ou escrituraçäo em desacordo", tendo sido, nos três, aplicada a multa prevista na aimnea "n" do inciso II do art. 5Q da Resoluçäo CNSP n2 60/2001. A Fiscalizaçao considerou bayer irregularidade nos Registros Auxiliares de contabilidade de apólices e bilhetes emitidos, nos Registros Auxiliares de contabilidade de sinistros pagos e nos Registros Auxiliares de contabilidade de sinistros avisados. Como se ye da informação de fis. 451, nos três casos, foi constatado que, apesar de as apolices se apresentarem em ordem de numeraçäo crescente, as respectivas datas de inicio de vigência das apólices nâo seguem a ordem cronologica. Exemplo: as apolices 19, 20, 21, etc., tern datas de emissão e de vigência anteriores a apólice de flq 17. Tal fato infringiria os itens e do Anexo da Circular SUSEP n2 314/05. No quarto item, a infraçao teria ocorrido no preenchirnento dos quadros 5/7 (sinistros a liquidar/prêmios a receber), juntarnente como quadro de provisão de sinistros resseguradoras locais, que se encontravam sern nenhurna inforrnaçao. Tal procedimento representaria infraçao a Circular SUSEP flq 262/2004. Em seus recursos, a seguradora esclarece que "dadas as caracteristicas do seguro de crédito a exportação" fica dificil, rnuitas vezes, seguir certos normativos da SUSEP que têm caráter genérico. No que se refere aos itens 1, 2 e 3, alega que nao ha como preencher o quadro destinado aos CPFs porquanto seus segurados são todos pessoas juridicas. Alega ainda que a numeração está correta e que, se tiver que ser considerada a existência de divergências, estas seriam de natureza meramente formal, sem representar qualquer prejuizo ou risco.

3 4, I!' No que se refere ao item 4, afirma nào ter havido qualquer irregularidade. Em todos os casos, pleiteia, alternativamente, a aplicaçao de pena de advertência. A Representaçäo da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, em parecer de fis. 542/544, opina pelo conhecimento, mas pelo não provimento do recurso. E o relatório. Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2014 André Leal Faoro Conseiheiro Relator,- stger1'0 w

4 CONSELBO DE RECURSOS DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS, DE PREVIDENCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIZAcAO. Processo SUSEP n / Recurso ao CRSNSP flq 5999 Recorrente: Cescebrasil Seguros de Crédito S/A Conseiheiro Relator: André Leal Faoro VOTO Nos itens 1, 2 e 3 foram apontadas infraçoes idênticas. Segundo o relatório do DEFIS de fis. 451, os registros referentes ao item 1 estâo nas fis. 11 e 12 do processo. Os registros referente ao item 2 estão na fis. 59. E os registros referentes ao item 3 estâo nas fis. 56 e 57. Em todos esses registros, as apólices estão relacionadas em ordem crescente de numeraçäo. Porém, as colunas referentes a datas de inicio de vigência ou de emissão das apoiices näo respeitam qualquer ordem. Essa seria a infraçao. Embora a recurso ressalte que, por näo haver segurados pessoas fisicas, näo pode ser preenchida a coluna de CPFs, em nenhum momenta a Fiscalização fez essa acusação. A fiscalização, nesses três casos, limitau-se a apontar a näo observância da ordem das datas. Os normativas violados seriam as itens e do Anexa I da Circular SUSEP n9 314/05, que tern a seguinte redação: " Os registros auxiliares seräo tatalizadas mensalmente Os contratas de seguros, de resseguras, de previdência camplementar aberta e de capitalizacäo serão identificadas por uma faixa numérica especifica por dependencia, em ordem crescente, para cada ramo ou modalidade de seguro, piano de beneficia previdenciário ou de capitalizacäa." Embara mencianada, nào hauve, por parte da Fiscalizaçâo, qualquer indicaçao de que a item tenha sida descumprido. Ao que tudo indica, a seguradora totalizava mensaimente seus registros. 0 item estabelece a abrigaçãa de identificaçãa dos contratas "por uma faixa numérica especifica, por dependência, em ordem crescente". Determina, portanto, uma ordem numérica crescente. Nao fala em ordem cronalógica crescente. Fala em ordem numérica crescente.

5 Nos registros de fis. 11/12, 56/57 e 59, as apólices estão todas em ordem nurnérica crescente. Já as datas correspondentes a cada uma das apólices estão cronologicamente desordenadas. Mas isso nao tern importância, porque não existe norma nesse sentido. Vale o principio do flu//urn crirnen sine/eye. Mas mesmo assim, ha que se convir que em diversos tipos de seguro, especialmente no seguro de crédito, as apólices são emitidas para cobrir riscos cujo inicio varia caso a caso. Assirn, no dia 19 pode ser ernitida uma apólice para cobrir urn risco que se iniciará urn mês depois e, logo em seguida, ser emitida uma apólice corn numero rnaior para cobrir risco que se iniciará imediatarnente. Não ha corno fazer corn que a sequência da nurneração das apólices siga exatarnente a mesrna ordern das datas de inicio de vigência, de emissão, etc. Por essa razão, dou provimento ao recurso que trata dos itens 1, 2 e 3 do Auto de lnfraçao. Corn relação ao item 4, o parecer de fis. 451 demonstra que os Quadros 5 e 7 do FIP de rnaio de 2006 não forarn bern preenchidos. Assim, a decisao recorrida julgou corretamente, motivo pelo qual, nego provirnento an recurso com relação ao esse item. Rio de Janeiro, 7 de outubro de André Leal Faoro Conselheiro Relator R ELF Pd P0 Em_I/jQ i.cj 4