Relatório e Contas 2012 Caixa Central
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- Maria das Neves Neiva Fragoso
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1 Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 1
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3 Análise Financeira Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 3
4 Análise Financeira Demonstração de Resultados Na evolução das principais rubricas da demonstração de resultados da Caixa Central assinala-se em 2012 o aumento da margem financeira que, totalizando 44,9 milhões de euros, cresceu em 5,4% face ao valor atingido em 2011, o que em valor absoluto correspondeu a +2,3 milhões de euros. Esta subida na margem financeira da Caixa Central em 2012, segue-se a uma expressiva contracção de 15,2% em Refira-se, contudo, que a evolução da margem financeira da Caixa Central ao longo do ano não foi uniforme, tendo apresentado, em particular, um forte crescimento no 3º trimestre em relação ao período homólogo de 2011 (+34%), a que seguiu no último trimestre do ano uma variação homóloga negativa de 5,5%. Para a evolução desfavorável da margem financeira na parte final do ano, num contexto de manutenção quase invariante do nível de remuneração dos depósitos das CCAM, contribuíram a acentuação da descida das taxas euribor e, sobretudo, a queda muito significativa dos yields da dívida pública nacional, afectando a rentabilidade das aplicações de liquidez. Comparativamente a 2011, os juros e rendimentos similares registaram um incremento de 15,9 milhões de euros (+ 8,1%), verificando-se no entanto, em sentido contrário, um aumento também significativo nos juros e encargos similares de cerca de 13,6 milhões de euros, correspondente a uma variação de mais 8,8%. Tal como no exercício anterior, o aumento dos encargos com juros deveu-se em grande medida à política seguida pela instituição no quadro de uma estratégia de Grupo, visando remunerar os excedentes de liquidez das Caixas em termos que lhes permitissem enfrentar a intensa concorrência na área da captação. Com efeito, as Caixas Agrícolas confrontavam-se com elevadas taxas de juro oferecidas pelas demais instituições nos depósitos a prazo, por razões ligadas à interrupção no acesso aos mercados financeiros em que se refinanciavam, bem como pela necessidade, da parte dessas instituições, em reduzirem o seu rácio de transformação de depósitos em crédito para 120% conforme estipulado no programa de ajustamento para o sector financeiro decorrente do Memorando de entendimento com a troika. Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 4
5 Dada a situação de confortável liquidez do Crédito Agrícola, o Grupo adoptou, neste ambiente fortemente concorrencial, uma postura simplesmente defensiva e reactiva, mas ainda assim tornou-se necessário que as Caixas dispusessem de instrumentos para poderem cobrir, quando o entendessem necessário ou conveniente, as taxas oferecidas pela concorrência, sob pena de não conseguirem reter os recursos e os clientes. Neste cenário, a Caixa Central manteve em 2012 depósitos especiais para a colocação dos excedentes das Caixas, com remuneração indexada ao rendimento da dívida pública em diferentes prazos, sendo igualmente de referir a criação, já perto do fim do ano (Novembro), de depósitos das Caixas Associadas junto da Caixa Central, constituídos no âmbito da utilização de direitos adicionais de crédito. 5,00% Taxas médias de remuneração dos depósitos das CCAM na Caixa Central 4,00% 4,20% 4,12% 4,04% 4,00% 4,00% 3,97% 3,96% 4,00% 4,02% 4,04% 4,03% 4,03% 3,95% 3,00% 2,00% 1,00% 0,00% 1,67% 1,51% 1,43% 1,22% 1,35% 1,05% 1,16% 0,86% 1,04% 0,97% 0,94% 0,74% 0,69% 0,66% 0,78% 0,50% 0,61% 0,48% 0,41% 0,36% 0,32% 0,33% 0,25% 0,21% 0,19% 0,19% -1,00% Dez-11 Jan-12 Fev-12 Mar-12 Abr-12 Mai-12 Jun-12 Jul-12 Ago-12 Set-12 Out-12 Nov-12 Dez-12 Taxa Euribor -3 meses Taxa Euribor -6 meses Tx Dp das CCAM na Caixa Central O impacto de algumas destas medidas, tendo tido já alguma expressão em anos anteriores, implicou em 2012 a manutenção da tendência de agravamento dos juros passivos, tendo-se acentuado, aliás, a pressão sobre a margem financeira da Caixa Central, dado que se ampliou o gap ao longo do ano de 2012 entre as taxas médias de remuneração dos depósitos das CCAM e as taxas euribor. Neste contexto, a Caixa Central procedeu, durante o exercício, a uma pequena correcção em baixa da remuneração dos depósitos das Caixas Associadas, tendo descido a taxa praticada em cerca de 25 pb relativamente à taxa média que se verificava no final de No entanto, apesar deste ajustamento, o gap atrás referido considerando, por exemplo, a euribor a 6 meses -, evoluiu do valor já negativo de -2,61 p.p. em Janeiro de 2012 para -3,62-3 p.p. em Dezembro último. Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 5
6 Evolução da Margem Financeira Mercê desta situação, a Caixa Central pagou em 2012 às Caixas, pela remuneração dos seus excedentes de liquidez, juros que excederam em 25,2 milhões de euros o valor pago em 2011, o que constituiu um aumento em termos percentuais bastante superior ao verificado no saldo médio dos depósitos correspondentes a esses excedentes. Entre 2010 e 2012 o montante anual dos juros pagos às Caixas Associadas aumentou em 62,3 milhões de euros. Evolução da Margem Financeira da Caixa Central ( % homóloga) 60% 50% 48,2% 48,2% 40% 34,0% 30% 23,3% 20% 10% 0% -10% 1,1% -4,8% -1,7% 6,8% 2,0% -1,7% 8,4% -5,5% 5,4% -20% -15,2% -30% -40% -50% -60% -50,3% -39,3% 1º Trm º Trm º Trm º Trm º Trm º Trm º Trm º Trm 2012 Período a período Acumulado Saldos médios dos depósitos das CCAM na Caixa Central % Valores em milhares de euros Juros pagos pela Caixa Central pelos excedentes das CCAM % ,0% ,7% Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 6
7 Na evolução da margem financeira da Caixa Central ressalta, nos juros recebidos, a rubrica de outros activos financeiros, com um crescimento de 6,9% para 117,3 milhões de euros, (aumento de 7,5 milhões) que se segue ao aumento muito expressivo, de cerca de 26,8%, verificado em Esta evolução está em linha com a verificada na composição do activo da Caixa Central que se descreve no ponto seguinte. A amortização do desconto de títulos detidos até à maturidade, rubrica que se prende com a anterior na medida em que respeita, em parte, ao mesmo tipo de activos financeiros, registou um crescimento de 23% para 32,7 milhões (+ 6 milhões em valor absoluto). Este crescimento representa, no entanto, um abrandamento face ao aumento de 117,9% e de 14,4 milhões observado em EVOLUÇÃO DAS COMPONENTES DA MARGEM FINANCEIRA Valores em milhares de euros, excepto percentagens 2012 Variação % Variação % Juros e rendimentos similares ,0% 8,1% Juros de clientes ,5% 6,5% Juros do SICAM ,0% -31,9% Juros de instituições de crédito ,1% -17,1% Amortização do desconto de títulos detidos até à maturidade ,9% 23,0% Juros de outros activos financeiros ,8% 6,9% Juros e encargos similares ,5% 8,8% Juros ao SICAM ,4% 23,7% Juros de depósitos de clientes ,3% -3,8% Juros de empréstimos subordinados ,7% -83,3% Amortização do prémio de títulos detidos até à maturidade ,6% -35,4% Outros juros ,3% -11,2% Margem financeira ,2% 5,4% Nos juros activos das operações com clientes, a Caixa Central conseguiu uma expansão de 6,5% em 2012, para 59,1 milhões de euros, que se deve essencialmente a um efeito taxa (decorrente de um ajustamento progressivo dos spreads para reflectir o custo dos recursos), já que o volume do crédito concedido sofreu uma redução. Note-se que em 2011 esta componente dos juros activos tinha registado um aumento de cerca de 17,5%, invertendo a contracção de 31% ocorrida em 2010, que se deveu à descida abrupta das taxas euribor nesse ano. Destaca-se ainda na variação dos juros activos, a redução registada nos juros de operações com instituições de crédito, cujo valor caiu 17,1% em 2012, após já ter sofrido uma redução de 36,1% em 2011, evolução que se deve à alteração na composição do activo da Caixa Central, em que o valor global das posições em instituições de crédito perdeu expressão. Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 7
8 Nos juros passivos, o grande peso corresponde, naturalmente, à remuneração dos excedentes das CCAM, cujo valor total, pelas razões já referidas, registou um incremento de 23,7% em relação a 2011, ano em que se verificara um aumento ainda mais significativo, de cerca de 57,4%. Tem também importância material a componente que reflecte os juros pagos a outras instituições financeiras, sobretudo o próprio BCE, referente aos financiamentos obtidos através de operações repo, rubrica em que se registou uma diminuição de 11,2% em 2012 dos juros pagos comparativamente a 2011, atingindo 24,4 milhões de euros. Em 2011, tinha-se verificado um aumento considerável, sobre 2010, de cerca de 73,3% (para um valor de 27,5 milhões de euros). Para a descida observada em 2012 contribuiu, naturalmente, a descida da taxa directora do BCE, a taxa refi, para 0,75% decidida em meados do ano. A amortização do prémio em títulos detidos até à maturidade, por sua vez, registou em 2012 uma inversão na tendência de crescimento verificada em 2011 (+ 7,6%), com uma redução considerável de -35,4%, representando menos 7,7 milhões de euros na rubrica de juros e encargos similares. Por fim, os juros dos recursos de clientes, que têm reduzido relevo no valor global dos juros passivos da Caixa Central, apresentaram um decréscimo de 3,8%, contra um aumento de 103,3% em 2011, continuando a representar apenas 1,4% do valor total dos juros suportados pela Caixa Central (1,6% em 2011). Considerando a evolução das restantes componentes do produto bancário, é de referir especialmente o modesto crescimento verificado em 2012 na margem de comissões, de apenas 7,7% para 21,2 milhões de euros, que se segue ao crescimento modesto também registado no exercício anterior (+ 2,2% face a 2010). No entanto, face à conjuntura actual e à diminuta procura de crédito, a manutenção do valor da margem complementar e, nomeadamente, da rubrica de rendimentos de serviços e comissões, é só por si um factor positivo a assinalar, e que resulta em grande medida das medidas adoptadas relativas à racionalização e automatização do preçário de serviços, à maior eficácia na cobrança, e à dinamização de certas áreas de negócio geradoras de comissões (seguros, cartões, fundos de investimento). Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 8
9 Um factor também relevante para o aumento da margem complementar em 2012 foi porém a redução dos encargos com serviços e comissões, os quais apresentaram uma diminuição de -19,3%, representando menos 1,5 milhões de euros. Evolução do saldo de Comissões (Milhares de euros) Em resultados de activos financeiros, por sua vez, atingiu-se em 2012 um valor positivo de 4,4 milhões de euros, que representa, todavia, uma redução de 43,3% face ao valor de 7,8 milhões realizado em Para os resultados obtidos em 2012 nesta rubrica contribuíram, sobretudo, a amortização do prémio de desconto em bilhetes do tesouro, classificados em activos financeiros disponíveis para venda, com cerca de 1,7 milhões de euros, e os rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) no montante de 1,1 milhões, juntamente com o valor positivo da reavaliação da posição cambial (1,3 milhões). Finalmente, o resultado na rubrica residual de outros resultados de exploração deve-se essencialmente às menos valias realizadas na alienação de imóveis adquiridos por recuperação de crédito (cerca de 0,6 milhões de euros, que já se encontravam em parte provisionadas), a que acresce um valor também negativo, de 0,9 milhões de euros, na diferença entre os ganhos obtidos na recuperação de crédito, juros e despesas, e as perdas registadas com a anulação de juros vencidos e não pagos. É de referir que no exercício de 2011 registou-se, nesta rubrica, uma perda excepcional que influencia a comparação com esse exercício, resultante de menos valias em activos imobiliários (- 8,3 milhões de euros), mas o impacto no resultado final desse ano foi amortecido pelo facto de existirem provisões significativas para a cobertura de tais menos valias. Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 9
10 Face à evolução observada nas suas principais componentes, o produto bancário registou em 2012 uma marcada evolução positiva, de 11,7%, em relação ao valor de 2011, aumentando de 61,8 milhões para 69 milhões de euros. PRODUTO BANCÁRIO Variação 2012 Variação % Margem Financeira ,2% ,4% Comissões líquidas ,2% ,7% Resultado de operações financeiras ,3% ,3% Outros resultados de exploração (8.310) -400,0% (1.511) --- Margem complementar ,9% ,7% Produto Bancário ,2% ,7% No respeitante à sua composição, é de assinalar que face ao modesto crescimento que a margem de comissões apresentou em 2012, a sua participação no valor global do produto bancário reduziu-se para 30,7%, contra 31,8% em 2011, embora esta comparação esteja afectada pelo facto de o próprio valor do produto bancário ter sofrido, em 2011, o referido impacto adverso do valor excepcionalmente negativo em outros resultados de exploração. Este mesmo factor levou a que o peso da margem financeira no produto bancário em 2012 também se tenha reduzido face a 2011 de 69% para 65,1%. COMPOSIÇÃO DO PRODUTO BANCÁRIO Composição do Produto Bancário 100% (Milhares de euros) Margem financeira v.s. saldo de comissões 80% 60% Comissões / Produto Bancário 24,5% 31,8% 30,7% Margem Financeira / Produto Bancário 64,1% 69,0% 65,1% 40% 20% 0% -20% (8.310) (1.511) Resultado de operações financeiras Comissões líquidas Margem Financeira Outros proveitos de exploração líquidos No tocante aos custos de estrutura (custos de funcionamento e amortizações) estes ascenderam em 2012 a 46,1 milhões de euros, o que representa um decréscimo de cerca de 5% comparativamente ao exercício anterior. Esta diminuição ficou a dever-se essencialmente aos gastos gerais administrativos, que averbaram uma redução de cerca de 11%, pelo facto de algumas despesas que tiveram peso importante em 2011 não afectarem o exercício de 2012, como foi o caso dos gastos com a comemoração do centenário do Crédito Agrícola e com a renovação massiva (por imperativos tecnológicos e de segurança) Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 10
11 dos cartões de débito em circulação, bem como os encargos com o Programa Especial de Inspecções. Para além disso, contribuíram para a redução dos gastos gerais administrativos as diminuições nas rendas de imóveis (resultantes de renegociações de contractos existentes) e nos custos em serviços especializados (sobretudo, consultoria). Nos custos com pessoal, o acréscimo observado cifrou-se em 0,7%. EVOLUÇÃO DOS CUSTOS DE ESTRUTURA Valores em milhares de euros, excepto percentagens Custos de Funcionamento (Milhares de euros) Variação % Custos de funcionamento ,0% dos quais: Custos com pessoal ,7% Gastos Gerais Administrativos ,0% Amortizações ,0% Custos de estrutura ,0% Custos com pessoal Gastos Gerais Administrativos Perante o aumento expressivo verificado no produto bancário, a contracção nos custos de estrutura permitiu que o rácio de eficiência da Caixa Central decrescesse em 2012 para 66,8%, traduzindo assim uma inversão face ao agravamento significativo, e excepcional, que se verificara em Em 2010 este rácio situara-se em 59,6%, representando uma melhoria sobre o ano anterior, o que também fora devido a factores excepcionais, de sinal contrário. Custos de Estrutura e Eficiência Valores em milhares de euros, excepto percentagens Custos de Estrutura (Milhares de euros) ,6% ,6% ,8% % 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% Rácio de Eficiência % % As provisões do exercício perfizeram, em termos líquidos, 22 milhões de euros, valor superior ao observado em 2011, que foi de 18,4 milhões. Para tal contribuiu, significativamente, a reposição em 2011 das provisões para imparidades em activos imobiliários a que acima se fez referência, que teve como consequência a diminuição excepcional do valor das provisões líquidas nesse ano. No entanto saliente-se que o maior contributo para o elevado saldo de provisões liquidas do exercício, continuou a ser a criação e reforço em 2012 de provisões para créditos de clientes (cuja necessidade se manteve devido à actual conjuntura de crise. Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 11
12 EVOLUÇÃO DAS PROVISÕES 2011 (reexpresso) Valores em milhares de euros 2012 Variação Provisões, total das quais: Para Cred.Vencido e Cob.Duvidosa (2.733) Para Riscos Gerais de Crédito (715) (192) 523 Provisões diversas (264) (254) 10 Imparidade de Outros activos *A reexpressão das contas, decorreu da necessidade de reconhecimento de imparidades nas unidades de participação do FEIIA CA Imobiliário No caso particular das provisões para crédito de clientes (crédito vencido e de cobrança duvidosa), a Caixa Central constituiu, em termos líquidos, no exercício findo, provisões de 14,3 milhões de euros, contra 17 milhões em A evolução descrita das diferentes componentes do produto bancário, dos custos de estrutura e do esforço de provisionamento conduziu a um resultado antes de impostos de 902 mil euros em 2012, que compara com um resultado negativo de mil euros no ano transacto, após reexpressão. Tendo em conta que a Caixa Central beneficiou de uma correcção de imposto de 800 mil euros, e que o desreconhecimento de impostos diferidos se cifra em 130 mil euros, o resultado líquido de impostos, após consideração de uma provisão de apenas 264 mil euros para impostos correntes, situou-se em mil euros, contra um prejuízo de de mil euros em RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS E RESULTADO LÍQUIDO Valores em milhares de euros 2011 (reexpresso) 2012 Resultado antes de Impostos (5.164) 902 Impostos correntes Correcções de Imposto (651) (800) Impostos diferidos (918) 130 Resultado Líquido (5.014) Este nível de resultados traduziu-se num rácio de rentabilidade do activo (ROA) de 0,02% e de rentabilidade de capitais próprios (ROE) de 0,9%. Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 12
13 Indicadores de Rendibilidade * e Eficiência ROA (rentabilidade do Activo) ROE (rentabilidade dos Capitais Próprios) -0,09% 0,02% -3,43% 0,90% Produto Bancário/Activo Líquido 1,12% 1,19% * Considerando a média do valor das rubricas nos extremos do intervalo e incluindo os valores registados em cada um dos trimestres intermédios de cada exercicio- conforme Instr. nº 23/2011 sobre divulgação de indicadores de referência ROE = ROA x Activo Situação Líquida ,71% = 0,02% x 37, ,89% = 0,02% x 39,386 Demonstração de Resultados (milhares de euros) Síntese 2011 (reexpresso) 2012 Absoluta Variação 12/11 Relativa Juros e rendimentos similares ,1% Juros e encargos similares ,8% Margem Financeira ,4% Comissões líquidas ,7% Result. de op. financeiras ,3% Outros result. de exploração Produto Bancário ,7% Custos de pessoal ,7% Gastos gerais administrativos ,0% Amortizações ,0% Custos de Estrutura ,0% Provisões ,5% Resultado antes de impostos ,5% Impostos, após correc. e diferidos ,7% Resultado Líquido ,1% Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 13
14 Estrutura do Balanço No final de 2012, o activo líquido total da Caixa Central totalizou milhões de euros, registando-se um crescimento de 1,1 mil milhões em relação a 2011 (+20,2%). BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO 2011 (reexpresso) Valores em milhares de euros, excepto percentagens Variação 12/ Absoluta Relativa Activo Disponibilidades ,2% Aplicações em Instituições de Crédito ,6% Crédito a Clientes (líquido) (56.677) -4,0% Aplicações em Títulos (líquido) ,3% Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis (1.074) -1,2% Outros Activos ,8% Total Activo ,2% Passivo + Capital Recursos de bancos centrais e OIC's ,5% dos quais, CCAM ,8% Recursos de Clientes (10.470) -5,1% Provisões (449) -2,6% Passivos subordinados (10.185) -10,8% Outros passivos ,5% Total Passivo ,7% Capitais Próprios ,5% Total ,2% No que se refere à estrutura do balanço a alteração mais significativa ocorreu no considerável aumento da rubrica de aplicações em títulos (+ 26,3%), representando uma continuidade na orientação estratégica iniciada em 2009/2010, que passou por aplicar os excedentes de liquidez do Grupo, geridos pela Caixa Central, em investimentos, sobretudo em Portugal, com maiores níveis de remuneração, nomeadamente activos representados por títulos, incluindo dívida pública nacional, em detrimento da exposição directa ao mercado interbancário. Estes activos representados por títulos podem servir de colateral às operações de financiamento junto do Banco Central Europeu e ao mesmo tempo, dependendo do rating das emissões correspondentes e da natureza do emitente, poderão consumir menos capital regulamentar. Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 14
15 O aumento da rubrica de aplicações em títulos e nela da parcela correspondente a dívida pública nacional, reflecte também o facto, porém, de esse tipo de activos ter representado o investimento preferencial dos fundos obtidos junto do Eurosistema. Em relação às aplicações em instituições de crédito, a Caixa Central optou por substituir a cedência de fundos no mercado interbancário (dados os níveis bastante baixos das taxas euribor, e a acentuação da inclinação positiva da curva de taxas de juro), por aplicações em títulos emitidos por instituições de bom rating e de grande relevância nos seus mercados domésticos, e ainda em títulos de dívida de instituições bancárias portuguesas, tirando partido, inclusivamente, do facto de, em alguns casos, esses títulos disporem inicialmente de garantias dos Estados das instituições emitentes. O acréscimo em 2012 de +34,6% (111,2 milhões de euros), verificado nas aplicações directas em bancos por parte da Caixa Central, não vem ao arrepio da estratégia descrita, antes representando, simplesmente, o registo dos depósitos da Caixa Central junto das Caixas Agrícolas, no montante total de 300 milhões de euros, correspondente à mobilização de direitos adicionais de crédito, junto do Banco de Portugal. O aumento das aplicações em títulos consubstanciou-se num crescimento significativo em 2012 no valor total da carteira de dívida pública nacional, centrado em bilhetes do tesouro, predominantemente com maturidade em Assim, o valor total das aplicações em títulos elevou-se de milhões no final de 2011 para milhões de euros em 2012, de que a parcela de dívida pública portuguesa era largamente dominante. A parte relativa a dívida soberana de outros países era pouco expressiva, sendo o restante constituído por títulos de instituições financeiras nacionais de referência, e estrangeiras de rating elevado e com o perfil acima descrito. Evolução do Activo líquido (Milhões de euros) Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 15
16 O impacto desta evolução na composição do balanço da Caixa Central evidencia-se no seguinte: O peso das aplicações em títulos, em que se inclui a dívida pública, aumentou de 60,6% do activo total em finais de 2011 para 63,7% no fim de 2012, pelo que representa, neste momento, dois terços do activo; O peso das aplicações em instituições de crédito, excepto dívida titulada, que era de 5,9% em 2011, aumentou para 6,6% em 2012, mas como se referiu, este aumento deve-se essencialmente aos depósitos nas CCAM ligados aos direitos adicionais de crédito; O crédito a clientes líquido, em termos absolutos, reduziu-se 56,7 milhões de euros, passando de milhões em 2011 para milhões em 2012, baixando o seu peso no activo total para 20,5%, contra 25,7% em Salientese que em 2009 esta rubrica perfazia 37,8% do activo líquido. Em linha com a evolução do passado recente, observou-se igualmente em 2012 uma redução do valor do peso no activo da Caixa Central das disponibilidades em outras instituições de crédito, na medida em que se tem continuado a optimizar a gestão dessas disponibilidades, de baixa remuneração. No entanto, por razões pontuais próximas do encerramento do exercício, verificou-se um considerável aumento nas disponibilidades em bancos centrais, ou seja, registou-se um aumento nos depósitos à ordem no Banco de Portugal de cerca de 173,7 milhões de euros. Assim, o valor total das disponibilidades incrementou-se em 176,9 milhões de euros (+100,2%) entre Dezembro de 2011 e Dezembro de EVOLUÇÃO DA COMPOSIÇÃO DO ACTIVO (%) Para a diminuição no valor total do crédito a clientes observada em 2012, contribuíram sobretudo a redução registada nos créditos em conta corrente e nos contratos de locação Aplicações em Títulos Crédito a Clientes (líquido) Aplicações em IC's Restantes Rubricas financeira, atenuadas pelo aumento da carteira de papel comercial em cerca de 24 milhões de euros (+16,6%), carteira que em 2011 já tinha apresentado evolução no mesmo sentido, aumentando 53,6% (+50,3 milhões de euros). Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 16
17 Em termos absolutos, o valor total da carteira de crédito reduziu-se em 50,6 milhões de euros em 2012 (-3,3%). Em 2011 o valor do crédito a clientes já se reduzira em 4,2 milhões de euros. Para além de condicionantes ligadas aos fundos próprios da Caixa Central, a diminuição do crédito a clientes reflecte também um efeito de retracção da procura de crédito na economia, que se manifestou quer no crédito directo da Caixa Central quer no crédito agenciado e como se viu no capítulo I, constituiu uma evolução que se verificou ao nível do sistema bancário nacional no seu todo. No respeitante ao passivo, os recursos correspondentes aos depósitos das Caixas Associadas são estruturalmente a rubrica do passivo com peso dominante. Verificou-se nestes recursos um acréscimo de 747,7 milhões de euros (+23,8%) no final do exercício, passando de milhões de euros em finais de 2011 para milhões de euros em Esta evolução explica-se, essencialmente, pela evolução muito positiva dos depósitos de clientes ao nível das próprias CCAM e das limitadas oportunidades que estas encontram na vertente do crédito, levando a um aumento nos valores excedentários da sua liquidez, que, nos termos regimentais, são canalizados para aplicações junto da Caixa Central, mas reflecte igualmente o depósito pelas CCAM junto da Caixa Central dos fundos correspondentes à utilização de direitos adicionais de crédito. Já os recursos dos clientes próprios da Caixa Central, que perfazem apenas 3,1% do total dos recursos usados pela instituição, diminuíram de 204,6 milhões de euros em 2011 para 194,2 milhões no final de 2012 (-5,1%). RECURSOS Valores em milhares de euros Recursos, total Estrutura dos recursos da CCCAM 3.139,0 ; 60,7% (Milhões de euros) 3.886,7 ; 62,0% Recursos de Instituições Crédito CCAM Outros Recursos de Clientes dos quais: 2.191,6 ; 34,9% 1.823,8 ; 35,3% 204,6 ; 4,0% 194,2 ; 3,1% Recursos de clientes Recursos de OIC Recursos de CCAM Depósitos à ordem Depósitos prazo Em termos de estrutura, assinale-se que o rácio de leverage do balanço da Caixa Central aumentou para 39,57 em 2012, contra 37,85 em Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 17
18 Qualidade da carteira O Crédito a Clientes (bruto), atingiu no final do exercício 1.490,2 milhões de euros, correspondendo a uma diminuição de 50,6 milhões de euros em relação a Dezembro de 2011, em que se situou em 1.540,8 milhões de euros. O sector bancário nacional continuou a sofrer as incidências da presente crise, com repercussões no crescimento do crédito vencido ao nível de todo o sistema e agravamento de risco na carteira, num contexto em que a actividade creditícia se mantém deprimida, devido à recessão económica. O clima recessivo e o consequente aumento do desemprego tem vindo a penalizar cada vez mais a situação das empresas e das famílias, repercutindo-se nos indicadores de qualidade de crédito das Instituições. No caso da Caixa Central, em Dezembro de 2012 o crédito vencido apresentava um aumento de 13,9 milhões de euros em relação ao fecho do ano anterior, estando o rácio de crédito vencido a mais de 90 dias em 5,9%, contra 4,8% no final de 2011, e o rácio de crédito vencido total em 6,3% (5,2% em 2011). EVOLUÇÃO DO CRÉDITO VENCIDO Valores em milhares de euros, excepto percentagens Variação Crédito vencido < 90 dias (825) Crédito vencido > 90 dias Crédito vencido, Total Crédito sobre clientes (bruto) Rácio crédito vencido > 90 dias 3,1% 3,7% 4,8% 5,9% Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 18
19 COBERTURA DE PROVISÕES Valores em milhares de euros, excepto percentagens Provisões versuscrédito vencido 147,5 150,5 156,4 (Milhões de euros) Provisões de crédito vencido e cobrança duvidosa, incluido extraordinárias Provisões para riscos gerais de crédito Provisões totais para crédito ,9 80,3 94,2 Cobertura provisões / CV > 90 dias 202,8% 258,1% 205,2% 177,5% Provisões para crédito - crédito vencido Provisões totais para crédito Crédito vencido, total Rácios de Crédito Vencido * por segmentos Crédito à habitação 0,5% Crédito a particulares 2,6% Crédito a empresas 7,6% * Incluindo o crédito vencido a menos de 90 dias Por segmentos de clientela, a Caixa Central apresentava no final de 2012 um rácio de crédito vencido (incluindo crédito vencido a menos de 90 dias) de 7,6% no segmento de empresas e de 2,6% no segmento de particulares, sendo que este rácio é de apenas 0,5% no crédito à habitação 1. Este último rácio é significativamente inferior à média do sistema bancário nacional, que no final de Dezembro de 2012 era de 2,3%, situação que igualmente se verifica no rácio do crédito vencido de empresas, em que a média do sistema bancário nacional ultrapassava 10% (Novembro). Apesar de, em virtude do aumento do crédito vencido, se ter verificado uma redução, em relação a 2011, do rácio da respectiva cobertura por provisões, o nível de 177,5% do final de 2012 continua a traduzir uma apreciável margem de conforto, que é prudente procurar preservar perante as incertezas que actualmente subsistem quanto à evolução da economia no futuro próximo. Aliás, considerando o valor total da carteira de crédito a clientes, o nível de provisionamento ampliou-se em 2012, situando-se em 10,5%, face a 9,8% em 2011 e 9,5% em 2010, o que traduz um reforço significativo. 1 Não incluindo o leasing imobiliário mas abrangendo o crédito multiusos, igualmente coberto por garantia hipotecária de casa de habitação. Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 19
20 Em termos absolutos, o montante total das provisões para crédito da Caixa Central excedia no termo do exercício findo em cerca de 62,2 milhões de euros o valor do crédito vencido. O rácio do crédito com incumprimento, calculado nos termos da Instrução nº 23/2012 do Banco de Portugal, foi de 10,5%, sendo o rácio de incumprimento líquido de 1%, reflectindo a cobertura de provisões existente. RÁCIOS DE INCUMPRIMENTO * Crédito com incumprimento/crédito total 5,9% 8,0% 10,5% Crédito com incumprimento, líquido /Crédito total, líquido -3,0% -1,0% 1,0% * Rácio de 2010 e 2011 calculados nos termos definidos pelo Banco de Portugal na Instrução nº 22/2011 * Rácios de 2012 calculados nos termos definidos pelo Banco de Portugal na Instrução nº 24/2012 que alterou a instrução nº 22/2011 RÁCIOS CRÉDITO EM RISCO * Crédito em risco/crédito total 11,3% 11,4% 14,4% Crédito risco, líquido /Crédito total, líquido 3,0% 2,9% 5,4% * Rácio de 2010 e 2011 calculados nos termos definidos pelo Banco de Portugal na Instrução nº 22/2011 * Rácios de 2012 calculados nos termos definidos pelo Banco de Portugal na Instrução nº 24/2012 que alterou a instrução nº 22/2011 Considerando finalmente o indicador do crédito em risco que inclui o crédito vencido por um período igual ou superior a 90 dias, o crédito vincendo que lhe está associado e o crédito reestruturado o rácio correspondente registou um crescimento em 2012 sendo de 14,4% face a 11,4% em 2011 tendo em termos líquidos também subido para 5,4%. A evolução destes dois indicadores é o reflexo da actual conjuntura económica, implicando a degradação da carteira de crédito, factor que é generalizado a todo o sistema bancário. Solvabilidade Os capitais próprios da Caixa Central totalizaram 147,9 milhões de euros em Dezembro de 2012, o que correspondeu a um crescimento de mil euros (+3,5%) em relação ao final de 2011, resultante de ajustamentos de justo valor em reservas de reavaliação na carteira de activos financeiros disponíveis para venda, associado à inversão de de um prejuízo obtido em 2011, com a reexpressão das contas, para um resultado do exercício de 2012 positivo. Num contexto de elevada incerteza e mediante os desafios enfrentados pela economia portuguesa e pelo sistema financeiro português, que tem afectado os ratings das diversas instituições de crédito nacionais, obrigando a um aumento considerável nos requisitos de fundos próprios nas aplicações detidas sobre essas instituições, a gestão do rácio de Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 20
21 solvabilidade da Caixa Central, continuando a orientação de dirigir as suas aplicações para activos menos consumidores de capital, tem-se mostrado mais complexa. CAPITAIS PRÓPRIOS 2011 (reexpresso) Valores em milhares de euros, excepto percentagens 2012 Variação 12/11 Absoluta Relativa Capital ,2% Reservas ,3% Resultados transitados (76.954) (83.967) (7.013) -9,1% Resultado do exercício (5.014) ,1% Total ,5% REQUISITOS DE FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE CCCAM 2010 Valores em milhares de euros, excepto percentagens % 2012/2011 Fundos Próprios elegíveis Base (*) , , ,5-1,8% Complementares , , ,1-26,0% Dos quais: UPPER TIER , , ,1-16,9% LOWER TIER , , ,0-66,7% Deduções aos Fundos Próprios Totais 1.874, , ,6-287,2% Total , , ,9-7,7% Riscos ponderados Crédito , , ,1 14,6% Operacional , , ,0 2,7% Total , , ,1 14,2% Requisitos de fundos próprios Crédito , , ,6 14,6% Operacional , , ,0 2,7% Total , , ,6 13,9% Rácios de solvabilidade Tier 1 8,4% 7,7% 6,7% -1 p.p. Tier 2 2,7% 2,0% 1,3% -0,7 p.p. Global 11,0% 9,6% 7,8% -1,8 p.p. * Incluindo os resultados do exercicio Assim, os requisitos de solvabilidade para cobrir os riscos crescentes e mais abrangentes da carteira de Fundos Próprios (Milhares de euros) crédito, incluindo títulos e outras aplicações sobre instituições financeiras, aumentaram em 14,6% (+26,8 milhões de euros) em relação a Dezembro de 2011, a que se junta um acréscimo de 2,3% (+0, Fundos Próprios de Complementares Fundos Próprios de Base milhões) para a cobertura de risco operacional, contribuindo para que no final do exercício de 2012 o rácio Tier 1 (que inclui resultados de 1,3 milhões de euros) diminuísse para 6,7%, Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 21
22 face a 7,7% em Para esta redução contou, porém, igualmente a diminuição dos fundos próprios de base em 1,8%, de 188,6 milhões em 2011 para 185,2 milhões de euros em Verificando-se também uma redução dos fundos próprios complementares, e um agravamento na dedução a fundos próprios da ordem de 2 milhões de euros, o rácio de solvabilidade global desceu em Dezembro findo para 7,8%, contra 9,,6% no final de A redução nos fundos próprios complementares foi de cerca de 12,8 milhões de euros (49,4 milhões em 2011 contra 36,5 milhões de euros no final de 2012), e devida sobretudo aos empréstimos subordinados incluídos em Lower Tier 2, que de acordo com as regras prudenciais nos últimos cinco anos que antecedem a sua amortização, deixam de ser elegíveis para fundos próprios complementares à cadência de 20% ao ano. Com efeito, apesar da redução do valor dos fundos complementares, a sua composição encontra-se melhorada comparativamente à situação que prevalecia até final de 2007, pela emissão, ainda em 2008, de dívida elegível para a camada Upper Tier 2, que se encontra sujeita a menores restrições que os fundos complementares integrados na tranche Lower Tier 2, onde se incluía, até então, a quase totalidade dos fundos complementares da Caixa Central. No final de 2012 os fundos próprios pertencentes à categoria Upper Tier 2 representavam 91,8% do valor total dos fundos complementares, contra 81,8% em 2011 e 22% em Solvabilidade 11,0% 9,6% 8,4% 7,8% 7,7% 6,7% 2,7% 2,0% 1,3% Tier 1 Tier 2 Rácio Global Saliente-se, porém, que em Dezembro de 2012, o Grupo Crédito Agrícola, em base consolidada, apresentou um rácio de solvabilidade Core Tier 1, calculado de acordo com as normas do Banco de Portugal para o Método Padrão (Standard Approach), de 11,6%, cumprindo as metas estabelecidas pela entidade de supervisão para este rácio, que estabelecem um valor mínimo de 10%. Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 22
23 Demonstrações Financeiras Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 23
24 Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 24
25 CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO, C.R.L. BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (Montantes expressos em Euros) (reexpresso) Provisões, Activo imparidade e Activo Activo Activo 2011 ACTIVO Notas Bruto amortizações líquido líquido líquido PASSIVO E CAPITAL Notas (reexpresso) Caixa e disponibilidades em bancos centrais Recursos de bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Passivos financeiros detidos para negociação Activos financeiros detidos para negociação Recursos de outras instituições de crédito Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Recursos de clientes e outros empréstimos Activos financeiros disponíveis para venda ( ) Provisões Aplicações em instituições de crédito Passivos por impostos correntes Crédito a clientes ( ) Passivos por impostos diferidos Investimentos detidos até à maturidade Outros passivos subordinados Outros activos tangíveis ( ) Outros passivos Activos intangíveis ( ) Total do Passivo Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos ( ) Activos por impostos correntes Capital Activos por impostos diferidos Reservas de reavaliação ( ) Outros activos ( ) Outras reservas e resultados transitados 27 ( ) ( ) ( ) Lucro do exercício ( ) Total do Capital Total do Activo ( ) Total do Passivo e do Capital O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 25
26 CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO, C.R.L. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (Montantes expressos em Euros) RUBRICA Notas (reexpresso) Juros e rendimentos similares Juros e encargos similares 29 ( ) ( ) ( ) Margem financeira Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Encargos com serviços e comissões 32 ( ) ( ) ( ) Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados ( ) ( ) Resultados de activos financeiros disponíveis para venda Resultados de reavaliação cambial Resultados de alienação de outros activos 36 ( ) ( ) ( ) Outros resultados de exploração 37 ( ) Produto bancário Custos com pessoal 38 ( ) ( ) ( ) Gastos gerais administrativos 39 ( ) ( ) ( ) Amortizações do exercício 14 e 15 ( ) ( ) ( ) Provisões líquidas de reposições e anulações Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 22 ( ) ( ) ( ) Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 22 ( ) ( ) Resultado antes de impostos ( ) Impostos correntes ( ) ( ) diferidos 17 ( ) Resultado líquido do exercício ( ) O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO O Anexo faz parte integrante destas demonstrações. Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 26
27 CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO, C.R.L. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (Montantes expressos em Euros) Fluxos de caixa das actividades operacionais Recebimento de juros e comissões Pagamento de juros e comissões ( ) ( ) Pagamentos ao pessoal e fornecedores ( ) ( ) Contribuições para o fundo de pensões ( ) ( ) (Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento ( ) Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais (Aumentos) / diminuições de activos operacionais: Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao justo valor ( ) (17.828) Activos disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes ( ) Investimentos detidos até à maturidade ( ) ( ) Outros activos ( ) ( ) Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais: Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura (33.517) ( ) Recursos de outras instituições de crédito ( ) Recursos de clientes e outros empréstimos ( ) ( ) Outros passivos ( ) ( ) Caixa líquida das actividades operacionais ( ) Fluxos de caixa de actividades de investimento Aquisição de activos tangíveis e intangíveis, líquida de alienações e abates Recebimento de dividendos ( ) ( ) Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas Caixa líquida das actividades de investimento ( ) ( ) Fluxos de caixa das actividades de financiamento Aumento de capital Variação de passivos subordinados ( ) Caixa líquida das actividades de financiamento ( ) Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes ( ) Caixa e seus equivalentes no início do exercício Caixa e seus equivalentes no fim do exercício A Caixa e seus equivalentes no fim do exercício integra: Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO O Anexo faz parte integrante destas demonstrações. Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 27
28 CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO, C.R.L. DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCíCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (Montantes expressos em Euros) Outras Reservas e resultados transitados Reservas de Outras Resultados Resultado do Capital reavaliação reservas transitados Total exercício Total Saldos em 31 de Dezembro de ( ) ( ) ( ) Alteração de política contabilística (IAS 39) ( ) ( ) Saldos em 31 de Dezembro de 2010 (reexpresso) ( ) ( ) ( ) Aplicação do resultado do exercício de 2010 Transferência para resultados transitados ( ) ( ) Aumento de capital Resultado integral do exercício de ( ) - ( ) ( ) ( ) Saldos em 31 de Dezembro de ( ) ( ) ( ) Alteração de política contabilística (IAS 39) ( ) ( ) Saldos em 31 de Dezembro de 2011 (reexpresso) ( ) ( ) ( ) Aplicação do resultado do exercício de 2011 Transferência para resultados transitados ( ) ( ) Aumento de capital Outras Variações em Capital Próprio ( ) ( ) - ( ) Resultado integral do exercício de ( ) ( ) Saldos em 31 de Dezembro de ( ) ( ) O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO O Anexo faz parte integrante destas demonstrações. Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 28
29 CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO, C.R.L. DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (Montantes expressos em Euros) (reexpresso) Resultado líquido do exercício ( ) Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda: Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda ( ) Impacto fiscal ( ) ( ) Transferência para resultados por alienação Impacto fiscal (78.018) ( ) ( ) ( ) Amortização anual do impacto de transição das pensões ( ) ( ) ( ) Resultado não reconhecido na demonstração de resultados ( ) Rendimento integral do exercício ( ) ( ) O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINIST RAÇÃO EXECUTIVO O Anexo faz parte integrante destas demonstrações. Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 29
30 Proposta de Aplicação de Resultados Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 30
31 Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 31
32 ANEXOS Relatório e Contas 2012 Caixa Central Página 32
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