Dinâmica de Grupo GRUPOS OPERATIVOS. Pichón Rivière ( )
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- Ana Júlia Bacelar Custódio
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1 Dinâmica de Grupo GRUPOS OPERATIVOS Pichón Rivière ( ) Heloiza Regina Vaz Pinto Psicóloga(formação em Psicanálise e Psicoterapia de Grupo)Pedagoga, Psicopedagoga e especializanda em Neuropsicologia DEFINIÇÃO DE GRUPO Grupo é um conjunto de pessoas que, ligadas por constantes de tempo e espaço, e articuladas por sua mútua representação interna, se propõem de forma explícita ou implícita à realização de uma tarefa, que constitui sua finalidade, interatuando para isso através de complexos mecanismos de adjudicação e assunção de papéis. (Adjudicação=entregar aoutrosoqueéseu) (Assunção =assumir oqueédosoutrosparasi) 1
2 Dentro deste processo, o indivíduo é visto como um resultante dinâmico no interjogoestabelecido entre o sujeito e os objetos internos e externos, e sua interação dialética através de uma estrutura dinâmica que Pichondenomina de vínculo. Vínculo é definido como "uma estrutura complexa que inclui um sujeito, um objeto, e sua mútua interelaçãocom processos de comunicação e aprendizagem." (Pichon, 1988) Todo o vínculo é bi-corporal, mas como em toda a relação humana pode ser enunciada como uma estrutura triangular, ou seja há um terceiro interferindo, olhando, corrigindo e vigiando. Esta estrutura inclui no esquema de referência o conceito de um mundo interno em interação contínua, origem das fantasias inconscientes 2
3 A fantasia inconsciente é então produto de interações de vínculos entre os objetos do grupo interno, que pode condicionar uma imagem distorcida, em distintos graus do mundo exterior, particularmente do papel do outro cuja percepção está portanto determinada por situações de reencontro de objetos desse grupo interno." O vínculo não necessariamente se dá de forma individual (duas pessoas), ele pode se dar de forma grupal, chegando a se estender a uma nação, o qual pode ser influenciado pelas mesmas características as quais influenciam um vínculo estabelecido com duas pessoas (vínculo individual ). 3
4 ESTRUTURA DOS GRUPOS: Osgrupossecompõempeladinâmicados3D: - Depositado - Depositário - Depositante O depositante é aquele que, não podendo assumir determinada característica sua, a deposita. PAPÉIS QUE CONSTITUEM UM GRUPO Líder de mudança: é aquele que se encarrega de levar adiante as tarefas, se arriscando diante do novo. Líder de resistência: puxa o grupo pra trás, freia avanços, sabota tarefas e remete o grupo sempre à sua etapa inicial. Os dois são necessários para o equilíbrio do grupo. 4
5 Porta-Voz: é a chaminé por onde fluem as ansiedades e reivindicações do grupo. Bode expiatório: é aquele que assume os aspectos negativos do grupo; todos os conteúdos latentes que provocam malestar, como culpa, medo, vergonha. Os silenciosos: são aqueles que fazem com que o resto do grupo se sinta obrigado a falar, assumindo a dificuldade dos demais para estabelecer a comunicação. MOMENTOS DO GRUPO O caminhar do grupo se processa em três momentos diferentes: Pré-tarefa: o grupo foge, evita a tarefa, em função de dois meios básicos: o medo da perda do conhecido (ansiedade depressiva) e o medo do ataque do desconhecido (ansiedade paranóide). Nesta fase, há uma grande resistência à mudança, e utilização de defesas dissociativaspara a elaboração destas ansiedades. 5
6 Tarefa: o grupo se centraliza na tarefa, e inicia a elaboração e a superação dos medos básicos que perturbam a aprendizagem. Projeto: o grupo planeja suas ações futuras VETORES DOS PROCESSOS DE INTERAÇÃO GRUPAL Afiliação e pertença: é o maior ou menor grau de identificação dos membros do grupo entre si e com a tarefa. Cooperação: capacidade de ajudar-se mutuamente. Mede-se pelo grau de eficácia real atingida na execução da tarefa. 6
7 Pertinência: capacidade de centrar-se na tarefa explícita e implícita. É medida pela capacidade do grupo de romper estereótipos, elaborar lutos, redistribuir papéis e vencer resistências a mudanças. VETORES DOS PROCESSOS DE INTERAÇÃO GRUPAL Comunicação: são as modalidades e níveis de comunicação existentes no grupo: a) Nível oral: é a fase mais primitiva do grupo. Se mantém dependente do líder, é voraz, queixoso e com atitude de reprovação constante. b) Nível anal: se alternam ciclos de expulsão e retenção, ou seja, de desavenças e reconciliações. É uma fase mais evoluída. c) Nível genital: é o mais evoluído. Prevalece a capacidade de identificação eodesejo deproteger o outro da destruição, ou dereparação seooutro foi atacado. 7
8 REFERÊNCIAS FREIRE,Madalena.Oqueéumgrupo?In:PaixãodeAprender. Dez1991. Riviére, Enrique Pichon.O processo Grupal.São Paulo:Martins Fontes,2006. OSÓRIO, Luiz Carlos. Grupoterapia Hoje. Porto Alegre: Artes Médicas, OSÓRIO, Luiz Carlos. Grupos: Teorias e Práticas. Acessando a Era da Grupalidade. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, ZIMERMAN, David.Como Trabalhamos com Grupos. Porto Alegre: Artes Médicas,
GRUPOS OPERATIVOS Pichón Rivière (1907-1977)
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