EDUCAÇÃO AMBIENTAL PELO DIREITO À CIDADE: A EXPERIÊNCIA DA RESIDÊNCIA PROFISSIONAL PARA ASSISTÊNCIA TÉCNICA EM NOVA ESPERANÇA IPITANGA, SALVADOR-BA

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1 VI CIETA - Congreso Iberoamericano de Estudios Territoriales y Ambientales, 8 a 12 de setembro de 2014 EDUCAÇÃO AMBIENTAL PELO DIREITO À CIDADE: A EXPERIÊNCIA DA RESIDÊNCIA PROFISSIONAL PARA ASSISTÊNCIA TÉCNICA EM NOVA ESPERANÇA IPITANGA, SALVADOR-BA Angela Gordilho Souza Arquiteta, profa. Dra. PPGAU-UFBA, amgs@ufba.br Igor Alves Borges Urbanista, Residência AU+E/UFBA, igorb.alves@gmail.com Rafaela Costa Alonso Arquiteta, Residência AU+E/UFBA, alonso.rafaela@gmail.com Eixo Temático: 5) Meio ambiente, recursos e ordenamento territorial Palavras-chave: Assistência técnica, educação ambiental, resiliência comunitária. Resumo: Este projeto alinha-se às grandes demandas urbano-ambientais atualmente colocadas para profissionais com atuação pluridisciplinar na reflexão propositiva para áreas de ocupação habitacional impactantes na degradação ambiental. Considera-se, para isso, o contexto urbano brasileiro de amplos territórios construídos pela intensa especulação do solo urbano, conjugando-se à frequente informalidade de ocupação, que atingem áreas de preservação ambiental. A continuidade desses processos torna-se cada vez mais irreversível, diante da ineficácia das legislações urbanas e ambientais. O objetivo do artigo é apresentar os primeiros resultados da experiência de assistência técnica que está sendo desenvolvida com a comunidade de Nova Esperança, em Salvador, como atividade de uma das equipes da 1ª turma da Residência Profissional em Arquitetura, Urbanismo e Engenharia da Universidade Federal da Bahia. Por se tratar de uma comunidade vizinha à Represa do Ipitanga, manancial integrante do sistema de abastecimento da região metropolitana de Salvador, e inclusa na poligonal da APA Joanes-Ipitanga, a proposta trabalha questões ambientais que tensionam diretamente o direito à moradia e à cidade. Observa-se, crescentemente, o processo de degradação do manancial, com ocupação de suas margens tanto por habitação precária quanto por outros usos impactantes. Dentre os alcances desse trabalho, está a realização de um diagnóstico participativo com moradores da área, identificando as necessidades de melhorias urbanas associadas à consciência da presença do manancial e à perspectiva de sua preservação ambiental. Para isso, foram desenvolvidas oficinas de educação ambiental pelo direito à cidade, analisando-se as diversas situações locais e referenciais análogos. Foram utilizadas ferramentas e técnicas para o fortalecimento comunitário, como a construção coletiva da imagem atual do bairro O Bairro que temos -, reconhecimento das redes comunitárias e de grupos locais, elaboração do biomapa (Greenmap), estudos de casos de degradação e reabilitação em áreas semelhantes e elaboração coletiva da visão de futuro para o bairro O Bairro que queremos. Para a elaboração conjunta de projetos de melhorias, em andamento, busca-se relacionar a questão ambiental à questão urbana, considerando o conceito de resiliência comunitária, entendido como a capacidade de suportar choques e tensões sem perturbações significativas, mas renovando-se nas diversas dimensões que envolvem a autogestão nos processos de ocupação urbana e a preservação sustentável de águas. Neste artigo, ao analisar essa experiência, são ressaltados os avanços e as dificuldades colocados até então, utilizando-se de uma metodologia pluridisciplinar integrativa, receptiva e agregadora de inovações autogestionárias, diante dos desafios encontrados nesse mútuo reconhecimento. São também apresentadas as estratégias adotadas nesse processo de relação entre teoria e prática de educação ambiental pelo direito à cidade, considerando-se a baixa efetividade das legislações em vigor. 1

2 Introdução Um dos grandes problemas enfrentados atualmente na conservação de áreas de mananciais, próximas às grandes cidades brasileiras, é a tensão permanente entre ocupação e preservação ambiental. Tal problema está pautado nos impactos do processo de intensa urbanização ocorrido desde as primeiras décadas do século XX, com o movimento acelerado de migrações campo cidade, decorrentes dos processos de modernização urbana e rural, o que propicia a formação de grandes metrópoles concentradoras da maior parte da população do país. Atualmente, apenas cerca de 15% de um total de mais de 190,7 milhões de brasileiros correspondem à população rural, com índice negativo de crescimento, conforme é apontado pelo Censo 2010 (Brasil, 2011). Ainda que, nas metrópoles, esse índice também decresça, alcançando uma média próxima a 1% a.a., mantêm-se, entretanto, altíssimos índices de densidade e informalidade na ocupação urbana dos municípios-capitais, com intensiva expansão periférica especulativa, baixa capacidade de consumo no mercado regulado, políticas urbanas ineficazes na distribuição e proteção de bens coletivos, insuficiência de infraestrutura, dentre outros fatores que contribuíram para esse crescimento urbano conflituoso e complexo. Nas grandes cidades brasileiras, altamente segregadoras da pobreza, a maioria de seus habitantes estão excluídos dos benefícios urbanos. Estima-se que, nas grandes cidadescapitais, entre 20% e 60% da população esteja morando em áreas de favelas, vilas, cortiços e outros tipos de habitação precária e informal, variando conforme a região do país, com maiores índices nas regiões Nordeste e Norte. 1 Esse passivo fruto de um modelo de crescimento de grande concentração de renda e da propriedade fundiária, da alta espoliação do trabalho, da especulação imobiliária e da exclusão social para a maioria da população se materializa nessas ocupações. Se, por um lado, esse modelo levou o país, em curto prazo, ao topo das maiores economias do mundo, por outro, o coloca entre os mais deficitários no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), ocupando 85º lugar em uma lista de 185 países, conforme relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. (PNUD, 2013) Esse padrão de ocupação do território impacta fortemente as áreas de mananciais próximas às áreas urbanas, nas quais a ocupação intensiva traz consequências muitas vezes irreversíveis 1 Os dados oficiais divulgados variam tanto por região quanto pela metodologia utilizada para aferição. Conforme o censo IBGE, em 2010, referindo-se ao índice de aglomerados subnormais, o Brasil tinha 11,4 milhões de pessoas vivendo em 3,2 milhões de domicílios localizados em favelas por todo o país. Considerando o total de população nas cidades-capitais, onde está a maior parte das favelas, essa indicação representaria 25,6% dos seus habitantes. A concentração dessas ocupações é ainda maior ao se considerarem apenas as grandes metrópoles. Vários autores trabalham essa questão, com metodologias próprias para as cidades brasileiras. Ver, para Salvador, GORDILHO-SOUZA (2008). 2

3 para a área de influência das bacias e a vegetação de sustentação hidráulica das represas. Nesse impasse entre o direito à moradia e a proteção ambiental, nos anos recentes, muito se avançou na definição de instrumentos sociais de controle do solo e do ambiente no Brasil, embora ainda haja um distanciamento da legislação urbanística e ambiental brasileira das premissas do direito à cidade, na sua concepção de função social e sustentabilidade para o coletivo (SARNO, 2011). No avanço a essa direção, a educação ambiental e a assistência técnica a essas comunidades têm um papel fundamental para novas conquistas. Com base nesses pressupostos, o objetivo deste artigo é analisar os primeiros resultados do projeto de assistência técnica que está sendo desenvolvido com a comunidade de Nova Esperança, na cidade de Salvador, como atividade de uma das equipes de profissionais 2 participantes da 1ª turma da Residência Profissional em Arquitetura, Urbanismo e Engenharia da Universidade Federal da Bahia. 3 Por se tratar de uma comunidade vizinha à Represa do Ipitanga, manancial integrante do sistema de abastecimento da região metropolitana de Salvador, e área inclusa na poligonal da APA Joanes-Ipitanga, o processo que vem sendo desenvolvido trabalha questões ambientais que tensionam diretamente o direito à moradia e à cidade. Os limites da legislação como instrumento pelo direito à cidade e preservação ambiental Na conquista de cidades mais adequadas e socialmente justas, a agenda urbana no Brasil não pode ignorar essa imensa dívida social e as demandas de qualidade do espaço urbano. Certamente, a aprovação do Estatuto da Cidade, Lei Federal Nº /2001, de iniciativa popular, que veio regulamentar os artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1988, sobre o direito social à moradia e obrigatoriedade de planos diretores urbanos, trouxe grandes avanços na definição de instrumentos capazes de garantir os direitos sociais urbanos. Decorrida mais de uma década da sua implementação, impulsionada pela criação do Ministério das Cidades, em 2003, são muitos ainda os desafios colocados para sua plena efetivação. As políticas cruciais ainda não foram efetivamente implementadas, a despeito dos grandes investimentos recentes que privilegiam programas de produção em habitação, como o Minha Casa Minha Vida, e em detrimento de melhorias urbanas no ambiente construído, em prol de mudanças 2 A equipe é formada por arquitetos e urbanistas, sendo os residentes: Ana Claudia Teixeira Frederico Balani, Cleiton Airon Alves Arruda Igor Alves Borges, Rafaela Costa Alonso, e Vagner Damasceno. Os trabalhos vêm sendo orientados pelas tutoras-professoras: Angela Gordilho Souza (coordenadora da Residência AU+E) e Heliana Faria Mettig Rocha (coordenadora da disciplina de Planejamento e Projeto da Residência). 3 Constitui-se em experiência pioneira de pós-graduação na área de arquitetura, urbanismo e engenharia, inspirando-se na experiência das residências médicas. Foi proposta pela Faculdade de Arquitetura da UFBA, em parceria com a Escola Politécnica dessa universidade, em 2012, sendo essa 1ª turma, iniciada em

4 urbanas mais estruturadoras e de longo prazo, sobretudo no que se refere às melhorias de urbanização, inserção e integração urbana. 4 Maior ainda é o retardamento na efetivação de instrumentos jurídicos que venham a contribuir para estabelecer o pacto necessário entre ocupação do solo urbano e preservação ambiental. Nesse sentido, o Projeto de Lei federal no. 3057/2000, conhecido como Lei de Responsabilidade Territorial, ao pretender enfrentar a almejada revisão da legislação federal de parcelamento do solo estabelecido pela Lei Federal nº6766/79, traz uma importante contribuição para o controverso debate entre a legislação ambiental e a urbanística. Pela primeira vez, uma legislação integra os aspectos ambientais, urbanísticos e sociais do processo de urbanização, buscando romper a falta de diálogo entre a democratização do acesso à terra, a privatização crescente do espaço urbano e preservação ambiental. Essa revisão considera a necessária integração entre essas questões, nos aspectos que dizem respeito à produção de novos parcelamentos e regularização de parcelamentos existentes. A principal inovação, nessa matéria, é a integração do licenciamento como forma de agilizar os processos de aprovação. No seu arcabouço, além de introduzir parâmetros ambientais e revisão da legislação sobre loteamentos, o referido Projeto de Lei propõe-se a regular os condomínios fechados, introduz a regularização fundiária sustentável em áreas urbanas e inovações quanto ao registro em cartórios. (GORDILHO-SOUZA, 2017) Contudo, a proposta tem enfrentado resistência de ambientalistas, por flexibilizar a utilização de Áreas de Preservação Permanente (APP), inclusive alterando tacitamente dispositivos importantes do Código Florestal sobre o tema, sem perspectiva de aprovação em curto prazo. (COSTA, H; PRIETO, 2009) Dessa forma, a grande maioria dos municípios brasileiros possui capacidade limitada de gestão plena de licenciamento urbano-ambiental, ainda sem um arcabouço normativo apropriado para a regulação eficaz da ocupação e da preservação ambiental, o que se reflete na qualidade dos projetos implementados e na pouca agilidade dos licenciamentos que, por sua vez, ocorrem de forma dissociada. Portanto, o debate para a aprovação desse Projeto de Lei é crucial para o avanço dos programas municipais e estaduais de regularização fundiária e 4 A sistemática de atuação do Ministério das Cidades, desde a sua criação em 2003 até 2008, traz grandes avanços na implantação de uma política sistemática federativa e descentralizada para o enfrentamento de um contexto urbano tão plural e complexo. A partir de 2009, com o lançamento de Programa Minha Casa Minha Vida (BRASIL, 2009), esse processo sofre uma grande inflexão para privilegiar a produção empresarial em massa de novas unidades habitacionais. Não obstante a grande oferta de novas habitações, previstas até 2014, fortemente subsidiadas, alcançando desde então, a meta de produção de mais de um milhão de novas unidades em todo o território nacional, entre 2009/10, em grande parte reproduzem o padrão periférico em cidades médias diante dos altos custos da terra. Ver nesse sentido Maricato (2011). 4

5 proteção de mananciais, assim como para a perspectiva do aperfeiçoamento dos processos de urbanização no Brasil. Passado um século, desde o início desse processo complexo de ocupação urbana, evidenciamse os limites do arcabouço jurídico em prol da realização do planejamento urbano institucional na condução do processo de intervenção de interesse coletivo no território, frente às pressões especulativas sobre a terra e aos processos informais de ocupação e degradação ambiental. Nessa queda de braço, ganham os processos múltiplos de privatização urbana, seja como mercadorias produzidas pela ampliação do valor de troca, seja como valor de uso pela sobrevivência, embora com grandes perdas coletivas, por atingirem áreas de preservação ambiental na sua continuidade, que vão se tornando praticamente irreversíveis, como é analisado para muitas situações em Salvador. (GORDILHO-SOUZA, 2008) Nesse permanente embate de estabelecer e fazer valer o ordenamento territorial pela força da lei para a ocupação urbana, a cidade vai se fazendo por processos múltiplos, que tensionam a questão social e ambiental. Destaca-se nas conquistas pelo direto à cidade e ao ambiente, o papel atribuído a instâncias institucionais públicas, bem como a representações profissionais e sociais que se impõem pelas práticas em defesa dos interesses coletivos, que se complementam em seus propósitos. Constituem importantes avanços, sobretudo em se tratando de processos educativos nos quais estabelecem processos criativos nas possibilidades de articulação entre teoria e prática. A educação pelo direito à cidade e ao ambiente, como ferramenta para a conquista de cidades melhores: a experiência da Residência AU+E/UFBA No âmbito do movimento pela reforma urbana, que se instala no Brasil desde meados dos anos 1960, em prol de melhores condições de habitação, entre conquistas e retrocessos, muito se avançou desde então: temos leis inovadoras, políticas inclusivas, instrumentos participativos, além de recursos para investimento. Afinal, somos a 7ª maior economia do mundo e um país preponderantemente emergente, diante de uma profunda crise econômica mundial. Entretanto, não conseguimos aplicar efetivamente essas conquistas na construção democrática das cidades, tampouco tirar o melhor proveito dessa situação vantajosa para investimentos sociais promissores de inclusão e de melhores cidades (GORDILHO-SOUZA, 2013). Segundo Maricato (2011), Não é por falta de leis que a maioria da população brasileira foi historicamente excluída da propriedade formal da terra, no campo ou na cidade, no Brasil. Um 5

6 cipoal de leis, decretos, resoluções, registros e cadastros seguiram-se à instituição da propriedade privada da terra a partir da Lei de Terra de (MARICATO, 2011, p. 95) Leis e decretos são importantes instrumentos de luta pelo direito à cidade e constituem marcos de vitórias de movimentos pela Reforma Urbana. Entretanto, estão longe de assegurar conquistas reais por moradias dignas e pelo direito à cidade. A proposta de implantação da Residência em Arquitetura, Urbanismo e Engenharia (Residência AU+E/UFBA), apresentada à Universidade Federal da Bahia em 2011, surgiu no contexto de continuidade dessa experiência que a sociedade brasileira vive há três décadas pela democratização e direitos sociais. Respalda-se na aprovação da Lei Federal de Assistência Técnica nº , de dezembro de 2008, voltada para assistência técnica pública e gratuita na área de Arquitetura, Urbanismo e Engenharia 5, por sua vez respaldada no Estatuto da Cidade, aprovado em Dessa forma, de modo semelhante ao que já existe na área médica há décadas, a experiência da Residência AU+E/UFBA se viabilizou em 2011, com a proposta de implantação do curso de pós-graduação nessa área temática, voltado para Assistência Técnica em Habitação e Direito à Cidade 6, efetivamente implantado em Tem como objetivo viabilizar, de forma sistemática, assistência técnica pública e gratuita em Arquitetura, Urbanismo e Engenharia, voltada para comunidades carentes e municípios demandantes, ampliando a inserção social da universidade pública, por meio de atividades integradas de ensino, pesquisa e extensão na pós-graduação, para capacitação profissional, implementação e inovação de projetos nessas áreas, contribuindo para uma melhor qualidade de moradia, desenvolvimento social e ampliação de cidadania. (GORDILHO-SOUZA, 2011; RESIDÊNCIA AU+E/UFBA, 2013). Propõe-se, com essa extensão da universidade, capacitar profissionais e cidadãos para viabilizar projetos inovadores de inserção urbana e inclusão social, aprendendo com a cidade, em um amplo e permanente diálogo que defina novos compromissos na construção coletiva dos espaços onde vivemos. (GORDILHO-SOUZA, 2013, p. 5) Visa, assim, à formação de recursos humanos associada à prestação de serviços de assistência técnica nessa área de atuação, de forma participativa e integrando Universidade, Comunidade e Gestão Pública. A perspectiva é que profissionais capacitados pela Residência AU+E sejam instrumentos de viabilização e se constituam como uma ponte entre o direito assegurado por 5 Esta Lei assegura o direito das famílias de baixa renda à assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social, como parte integrante do direito social à moradia previsto no art. 6 o da Constituição Federal. 6 O direito à cidade é aqui tomado com inspiração na obra de Lefebvre (1968), que considera a cidade uma obra social coletiva. 6

7 lei e a concretização de ações tais como projetos de autoconstrução, melhorias habitacionais, empoderamento da comunidade, gestão participativa e desenvolvimento da economia local. Para isso, incorpora-se o conceito de direito à moradia abrangendo não apenas a unidade habitacional, mas a sua integração ao ambiente urbano. (GORDILHO-SOUZA, 2011 e 2013) Nesse contexto, é necessário articular a questão urbana à questão ambiental e tratar a cidade como meio ambiente urbano. Ao longo do século XX, essa necessidade de articulação entre ambas as questões começou a ser discutida em debates internacionais, como na ECO-92, que consideram a qualidade de vida da população e a redução dos níveis de exclusão. Debates internacionais e nacionais reverberaram no Movimento pela Reforma Urbana, na Constituição de 1988 e no Estatuto da Cidade de 2001, que aproximam a preocupação ambiental à preocupação com a política urbana. Dentre os vinte projetos ora em desenvolvimento pela 1ª turma de residentes e tutores, nessa área de aproximação da abordagem urbano-ambiental, o projeto Nova Esperança Meio Ambiente Urbano, por constituir-se numa ocupação inserida em uma APA, traz a educação ambiental como forma de articular direito à moradia e à cidade. Para isso, busca identificar e reforçar a capacidade de autogestão na conquista da moradia, perante a necessidade de preservação do manancial do Ipitanga, experiência analisada a seguir, que se traduz na perspectiva da resiliência comunitária, objeto de exploração conceitual deste artigo. Características da APA Joanes-Ipitanga e conflitos de uso A Represa do Ipitanga, foco do trabalho, está localizada na Região Metropolitana de Salvador (RMS) e faz parte de duas Unidades de Conservação, a APA Joanes Ipitanga 7 e o Parque Metropolitano do Ipitanga 8. A APA Joanes-Ipitanga possui cobertura vegetal característica do bioma da Mata Atlântica, composta por vegetação de restinga, remanescentes de vegetação ombrófila e manguezais (SOUZA, 2009). O Parque Metropolitano do Ipitanga, inserido nessa APA, apresenta um expressivo índice de cobertura vegetal. O manancial do Ipitanga integra a maior bacia no Município de Salvador, tanto em volume quanto em superfície, sendo responsável por grande parte do abastecimento de água da Região Metropolitana de Salvador. Segundo SANTOS et al. (2010, p. 311) essa bacia possui três barragens, com uso para abastecimento humano. 7 A APA Joanes-Ipitanga foi instituída com uma área de ha pelo Decreto Estadual nº (BAHIA, 1999). 8 O Parque Metropolitano do Ipitanga I foi instituído com uma área de aproximadamente 667ha pelo Decreto Estadual (BAHIA, 1986). 7

8 Sendo essa área uma APA que integra o sistema hídrico de Ipitanga, observa-se um intenso processo de degradação, tendo em sua área ocupações de usos variados, além de residenciais, como industriais de produção e extração mineral (empresas do Polo Petroquímico e Pedreiras Aratu e Carangi), serviços e equipamentos (Aterro Sanitário Metropolitano e Central de Abastecimento da Bahia, CEASA), além de usos agrícolas e complementares. A maior parte do uso residencial deve-se a assentamentos informais e novos conjuntos habitacionais sociais para moradores de baixa renda. A ocupação existente e a previsão de implantação 9 de novos empreendimentos habitacionais de interesse social levanta a preocupação pelo fato de a área estar inserida numa APA. Além de sua importância ambiental para o abastecimento de água da RMS, a área em estudo tem sido tratada como a última fronteira na expansão urbana de Salvador (SARNO, 2011), por sua localização estratégica e os preços mais baixos no mercado de terras soteropolitano. O que coloca mais duas questões importantes a serem debatidas: o direito à moradia diante do déficit habitacional em Salvador, e a lógica mercadológica de terras na cidade de Salvador, colocando a área como única opção para implantação de HIS, local onde o acesso à cidade é inviabilizado aos mais pobres pelo custo de transporte e pela inexistência de amenidades e empregos. Primeiramente, é importante discutir sobre a demanda por unidades habitacionais na cidade de Salvador, que, no ano de 2008, era de moradias 10, com uma demanda futura prevista para unidades habitacionais até o ano de 2025, totalizando um montante de unidades apenas para o município de Salvador. Diante de números tão expressivos, a pergunta que se faz é: onde assentar toda essa demanda, inclusive a de interesse social, visto que estamos em uma das cidades mais densas do Brasil, e quais os impactos dessa demanda habitacional no meio ambiente? Outro fator importante nessa discussão diz respeito às medidas de regulação do mercado de solos na cidade e sua vinculação a estratégias de planejamento urbano-metropolitano, com o objetivo de planejar a demanda habitacional. A preocupação está em torno da proposta de concentrar toda a habitação de interesse social no limite periférico da cidade, em um modelo de new apartheid, vinculando aos mais pobres o direito à cidade pelo custo do transporte e reduzindo suas oportunidades, pela justificativa do preço da terra, além do crescente impacto ambiental. 9 O Plano Estratégico de Salvador (SALVADOR, 2012) prevê cerca de unidades para serem entregues até dezembro de 2016, sem precisar a localização dos empreendimentos, o que pode indicar um alto interesse imobiliário para a área. 10 Segundo informações obtidas no Plano Municipal de Habitação de Salvador ( ). 8

9 Figura 1: Localização de Nova Esperança e grandes equipamentos urbanos no entorno, em Salvador e na APA Joanes Ipitanga Fonte: mapa elaborado pela equipe de residentes do Projeto Nova Esperança - Meio Ambiente Urbano Inserção da comunidade e ocupação de Nova Esperança A abrangência territorial estudada consiste na ocupação da comunidade Jardim Nova Esperança, inserida na área do bairro Nova Esperança, no limite extremo norte da cidade de Salvador, a 28 km do centro tradicional da cidade, podendo se caracterizar como área periurbana. O surgimento do bairro ocorreu a partir da ocupação informal, em área da Fazenda do Barro Duro, em meados da década 1980, conforme dados do livro O caminho das águas em Salvador (SANTOS et al, 2010). De acordo com informações de moradores antigos, havia uma promessa de venda de lotes populares pelo dito proprietário, o que, por não se realizar e pela pressão do crescimento urbano, resultou na ocupação por um grande grupo de famílias sem moradia. Os dados socioeconômicos, obtidos da pesquisa do IBGE em 2010, identificam essa população como majoritariamente de baixa renda, sendo que 85,28% da população economicamente ativa têm rendimento de até 1 salário mínimo, e mais da metade desses não possuem rendimento algum. No entanto, essa população está inserida em 9

10 um espaço economicamente dinâmico, com diversas indústrias, centrais logísticas, produção agrícola e comércio atacadista. Se, por um lado, essas atividades econômicas indicam um potencial de inserção de mão de obra para a população local, por outro, é notória a existência de subempregos ou ocupações informais relacionadas ao Centro de Abastecimento de Salvador (CEASA) aí localizado. Segundo dados do IBGE (2010), a área concentra indicadores precários em infraestrutura, além dos piores resultados em saneamento básico e urbanização de Salvador, comparando-se com outras áreas da cidade. A área no entorno da Represa III possui a maior concentração de assentamentos precários do Sistema (DUARTE, 2007), com ocupações que apresentam condições inadequadas de saneamento 11. O bairro de Nova Esperança possui cerca de famílias, sendo que 101 não possuem banheiro em casa. Dos que possuem banheiro, 86,8% dos domicílios não possuem ligação à rede geral de esgoto, e, mesmo situados à beira da Represa que abastece a RMS, 30,1% dos domicílios não são abastecidos pela rede geral de água. Até 2007, a região de Ipitanga era considerada como área rural. A partir do PPDU (SALVADOR, 2008), passou a ser considerada zona urbana, fato que estimulou o setor imobiliário a focar a região como vetor de expansão. Sendo assim, a conformação e a infraestrutura local configuram-se como defasadas em relação aos parâmetros adequados para uma zona urbana. As características morfológicas dessa ocupação urbana, conforme é indicado na Figura 2, indicam uma área de topografia acidentada, de baixa densidade (6,66.hab./hectare), sendo as vias abertas na direção da represa, com crescimento progressivo ao longo dessas vias, o que promove um direcionamento de águas servidas e de esgoto diretamente para a represa. Por manter ainda uma baixa densidade, ao longo das quase três décadas de ocupação, a vegetação nativa ainda não foi dizimada. As diversas carências existentes, aliadas à importância de sua atual configuração (situação geográfica e existência de áreas livres), têm gerado diferentes tipos de intervenções na região, além dos grandes equipamentos urbanos já referidos. As próprias comunidades que ali residem interferem no ambiente construído multiplicando edificações que, em sua maioria, não se inserem nas premissas da cidade legal e nos parâmetros de preservação do ecossistema. 11 Considera-se saneamento a junção dos elementos abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de águas pluviais e drenagem urbana e gerenciamento de resíduos sólidos e coleta de lixo, conforme Política Nacional de Saneamento Básico (Lei /2007). No entanto, os dados apresentados não contêm informações sobre o manejo de águas pluviais e drenagem urbana, visto que foram coletados da tabela Domicílios_13, extraída do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 10

11 Em 2007, a área inicialmente pertencente a diversos proprietários foi declarada 12 como de interesse público para fins de desapropriação, de acordo com o Projeto de Regularização Fundiária, desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR) e pela Companhia de Desenvolvimento do Estado da Bahia (CONDER). A proposta apresentada à comunidade, mas até então não implantada, seria a urbanização da ocupação existente, com a inserção de equipamentos comunitários. Pelo projeto, foi flexibilizada uma faixa de 50m, do limite de 100m demarcado pela APP, para funcionar como zona de transição, já que a ocupação já avançava muito para o limite da represa. Essas demarcações isolam a questão da urbanização da questão ambiental. Para essa faixa de 50m limítrofe ao rio, foram identificadas famílias ocupantes, que tiveram suas casas demolidas e passaram a ocupar novas unidades em conjunto próximo do PMCMV. Figura 2: Ocupação da localidade Nova Esperança-Ipitanga e equipamentos de entorno, em Salvador Fonte: mapa elaborado pela equipe de residentes do Projeto Nova Esperança - Meio Ambiente Urbano 12 Pelo Decreto nº de 13 de setembro de 2007 do Governo do Estado da Bahia. 11

12 Durante visitas iniciais realizadas pela equipe à localidade, que se reconhece como Jardim Nova Esperança, no início de 2014, percebeu-se ser essa uma comunidade bem articulada com comunidades vizinhas, entidades civis e com os municípios vizinhos de Simões Filho e Lauro de Freitas. Constata-se certa organização da comunidade para implantação de projetos por autogestão, por meio de ações coletivas (mobilização e autoconstrução) que levaram à construção da igreja local, da sede da associação de bairro e do edifício onde atualmente funciona o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), a Associação Beneficente do Bairro Nova Esperança (ABENE) e o campo de futebol. Observou-se que, nessa ocupação, uma porção significativa de áreas livres foi reservada para uso coletivo, somando 43ha., o que representa 14,3 % da gleba ocupada pela comunidade, sem considerar a área de uso público (vias, equipamentos urbanos, área de preservação). Portanto, constitui uma ocupação de baixa densidade, diferentemente das muitas ocupações informais mais próximas da malha urbana de Salvador, de altíssimas densidades, alcançando, em ocupações predominantemente horizontais, densidades líquidas (sem arruamento) de até 900 hab/ha. Em relação à interação da comunidade com o manancial, o que se observou foi que a maior parte das casas está de costas para a represa, e há moradores que relatam nunca ter caminhado pelas suas margens, não havendo intenções mais profícuas de sua preservação. Notou-se também um saudosismo da população mais antiga em relação a anos anteriores (cerca de vinte anos), quando as águas da represa não ofereciam riscos a saúde, e o espaço era usado amplamente para lazer e subsistência. O desafio para a assistência técnica no necessário diálogo entre urbanização e preservação ambiental: o projeto Nova Esperança O conceito do projeto de assistência técnica em curso parte do marco de que o meio ambiente é um importante elemento da questão urbana, valorizando a água como fator indispensável para toda a sociedade. Com a evolução da urbanização mundial, esse recurso tem se tornado cada vez mais necessário e tem exigido processos de tratamento mais complexos, devido à indisponibilidade de recursos hídricos com qualidade, ao frequente despejo de resíduos, ou ainda pela ocupação indevida próxima aos mananciais, como no caso analisado. Buscando garantir a qualidade e a disponibilidade desse recurso natural, sem que a população residente no seu entorno tenha de desocupar a área, este projeto coloca a água como fator principal para o desenvolvimento do conceito de resiliência comunitária, como será analisado adiante, 12

13 para o necessário estreitamento da relação entre a questão urbana e a ambiental, o que leva à leitura do espaço como meio ambiente urbano. Assim, o trabalho que está sendo desenvolvido foi divido em duas etapas. A primeira etapa consiste na realização de um diagnóstico técnico-participativo, orientado pela equipe de assistência técnica, através de um programa de educação ambiental para o direito à cidade, para se chegar a um conceito agregador para o projeto. Na segunda etapa, cada membro da equipe pretende desenvolver projetos específicos das demandas coletivas, as quais, a princípio, podem ficar sob a responsabilidade da comunidade na sua continuidade, ou seja, projetos que podem ser executados por meio de mutirões de autoconstrução ou programas educativos permanentes. Há ainda a possibilidade de que os projetos indicados venham a ser viabilizados por instâncias governamentais, e, para atender a essa possibilidade, a conclusão do projeto deve vir acompanhada de um termo de referência, visando à sua futura execução de acordo com a proposta. O diagnóstico técnico participativo foi desenvolvido através de oito oficinas realizadas na comunidade. Em parceria com a associação de moradores do bairro, Associação Beneficente do Bairro Nova Esperança (ABENE), as reuniões puderam acontecer na sede da associação. Buscou-se a criação conjunta de um ambiente de confiança mútua através de metodologias integrativas não convencionais, como a elaboração conjunta de acordos, a roda de diálogo e escuta, práticas facilitadoras da troca de saberes entre técnicos e moradores 13. O objetivo das oficinas de diagnóstico era identificar a visão que os moradores têm do bairro, com relação a suas necessidades e potencialidades, através da construção teórica do bairro que temos, e, por fim, indicar as principais demandas da comunidade que podem ser atendidas por projetos de assistência técnica, através da proposta de visualização do bairro que queremos. Através da análise dos resultados das oficinas que mostraram o bairro que temos, foi possível identificar os principais problemas e qualidades do bairro e a existência de grupos e representações sociais importantes na configuração da comunidade, suas conexões e relacionamentos. Também foram localizadas as principais referências sociais, ambientais, de serviços e equipamentos existentes no bairro através de um biomapa 14. Outra oficina 13 Durante a fase de curso preparatório para ações de assistência técnica, os profissionais-residentes foram apresentados a essas técnicas (GIANELLA; MOURA, 2009), entre outros conhecimentos específicos, nas disciplinas da especialização Residência AU+E/UFBA (ver 14 A organização sem fins lucrativos, Green Map (biomapa) trabalha colaborativamente desde 1995, com o intuito de expandir a demanda por comunidades mais saudáveis e vibrantes, através do uso da ferramenta de mapeamento adaptável com ícones universais, web sites participativos em diversas línguas, workshops e redes regionais. A ferramenta do biomapa ajuda equipes locais a ganhar habilidades em tomadas de decisão colaborativas, gestão de projetos, organização comunitária e comunicação como parte do processo de construção dos mapas. ( 13

14 contribuiu para a ampliação da percepção da comunidade sobre o seu bairro e para identificar, de forma consciente, as causas e responsabilidades sobre os problemas locais, além da necessidade de gerenciamento dos potenciais e qualidades da comunidade O processo se deu por meio de percursos coletivos de reconhecimento territorial e fotográfico pelo bairro e seu relacionamento com o manancial. Dando continuidade ao processo de diagnóstico, o grupo de residentes obteve, como resultado das oficinas de construção do bairro que queremos, as principais referências de projetos de arquitetura e urbanismo com boa aceitação pela comunidade, através de uma análise de referências projetuais e discussão de soluções técnicas para as necessidades locais. Nessa etapa, também ocorreu a definição participativa de demandas por projetos para o bairro, quantificadas por meio de uma matriz de prioridade participativa, ao invés de processos tradicionais e unilaterais. Durante a realização das oficinas e visitas, a equipe de residentes enfrentou algumas barreiras, sendo a mobilização da população para participação a mais desafiadora. Essa dificuldade levou o grupo a realizar uma reunião com a comunidade para avaliação do processo que vinha sendo adotado, com o objetivo de identificar erros, acertos e os motivos da dificuldade de mobilização e de assiduidade das pessoas nas oficinas para discussões sobre o bairro. Como resultado dessa oficina, a equipe adotou a estratégia de atuar em parceria com os agentes locais de saúde e atenção básica às famílias, buscando aproximar as práticas participativas da área da saúde ao processo de desenvolvimento comunitário. Buscou-se, ainda, a possibilidade de estabelecer uma parceria com a escola existente, visto que o processo comunitário requer um esquema constante e estratégico de educação continuada, no caso da proposta do projeto, que envolve a educação ambiental. No entanto, as tentativas adotadas, durante os três meses dedicados ao diagnóstico participativo, mesmo com mobilização dos agentes de atenção básica como divulgadores e representantes do setor de saúde no grupo de trabalho, não obtiveram o resultado esperado. Do mesmo modo, a parceria com a escola local também não apresentou nenhum representante para compor o grupo de trabalho do projeto. Dessa forma, o resultado do diagnóstico representa as perspectivas de um grupo diversificado e comprometido, embora com uma pequena quantidade de participantes, ressaltando-se o papel das lideranças comunitárias. Dentre as demandas apontadas para assistência técnica na realização de projetos estão as seguintes: construção de escola de ensino fundamental de 1ª à 5ª série e de 6ª a 9ª série, escola de educação infantil, construção de centro de esportes, gerenciamento das áreas verdes e da preservação ambiental, geração de renda, ciclovias, abrigo para ônibus, além do 14

15 gerenciamento da coleta de resíduos sólidos. Esses foram os principais desafios eleitos pelos moradores de Nova Esperança para o grupo de residentes. O contato inicial com a comunidade e as oficinas foram um processo no qual foi possível identificar dificuldades específicas do trabalho de assistência técnica. Dentre elas, pode-se perceber a visão pessimista com a qual os moradores veem o local onde vivem, as políticas públicas e a si próprios como comunidade. A oficina para identificação de qualidades do bairro precisou da intervenção dos técnicos para que os participantes pudessem perceber os pontos positivos da área. Por mais que a comunidade tenha demonstrado a conquista de ter construído e zelar pelo seu centro comunitário, bem articulado com a população local e com a atração de investimentos, foi identificada uma falta de articulação dos moradores entre si, evidenciada pelo desconhecimento das atividades realizadas no bairro. Esse ponto foi observado na desarticulação de agentes das redes locais e na mobilização da comunidade. A mobilização da comunidade feita pelos líderes comunitários para eventos da ABENE se mostrou eficaz; já a mobilização para a realização de oficinas para assistência técnica apresentou dificuldades. Foram identificadas a falta de comunicação dos moradores e a dificuldade de manter a assiduidade dos participantes e sua permanência durante as oficinas para atividades mais longas do que uma hora e meia. Uma das maiores dificuldades da assistência técnica durante o processo das oficinas foi o de absorver a opinião do grupo como um todo, já que, em sua maioria os participantes demonstraram falta de valorização da opinião individual frente aos técnicos ou a membros mais influentes da comunidade. Essa primeira etapa de oficinas previa encontrar essa dificuldade, já que grande parte dos moradores não estava acostumada a ser inserida em debates participativos sobre seu bairro. A todo o momento foi estimulada a valorização de opiniões, visando ao fortalecimento desse grupo para uma participação mais efetiva na próxima etapa de projeto. Outra dificuldade observada e possivelmente o maior desafio na fase de desenvolvimento dos projetos é o apego a padrões de intervenção urbana pré-estabelecidos na cidade legal. A necessidade de inserção na cidade formal induz os moradores a desejarem padrões urbanos que demonstram não estar em acordo com particularidades locais. Na oficina de apresentação de referências projetuais, alguns moradores demonstraram rejeição a intervenções urbanas ou técnicas construtivas incomuns em Salvador, como a construção com terra. 15

16 O conceito de resiliência comunitária aplicado à urbanização e à preservação ambiental A partir do conceito de resiliência aplicado à física 15, ampliado para resiliência urbana capacidade de uma cidade de suportar impactos e crises externas, sem perturbação significativa, readaptando-se ambientalmente (ROCHA, 2013), adota-se, nessa proposta, o conceito de resiliência comunitária como a capacidade de um grupo convivente superar ou se recuperar de adversidades, através de formas efetivas de lidar com os desafios que se apresentam no espaço urbano, aplicada ao conteúdo mais amplo do direito à moradia e à cidade. Considerando as características ambientais e urbanísticas percebidas nas oficinas desenvolvidas com a comunidade de Nova Esperança, associadas à forma histórica de autogestão como ocorreu o processo de ocupação e construção das suas moradias e equipamentos comunitários, fica evidenciado como a educação ambiental coletiva pode potencializar essa capacidade de lidar com a conjugação de superação das necessidades materiais com a preservação ambiental. Por um lado, a capacidade de superação das adversidades urbanísticas se evidencia, nessa comunidade, através de formas efetivas de lidar com os desafios que se apresentam: sua história de organização autogestionária para ocupação imediata da área; mobilização em prol de objetivos coletivos como a preservação da área da escola até que fosse construída; resistência perante a cobrança indevida de pagamento de impostos; resolução de problemas através de recursos próprios; e mutirão de autoconstrução para a primeira sede da associação de bairro, dentre outros. Entretanto, no que se refere à sua capacidade de convivência sustentável com o manancial de Ipitanga, essa aproximação ainda é muito tênue e desvinculada das formas criativas de potencialização dessa comunidade na sua inserção urbana e da sua responsabilidade ambiental. No processo de ocupação da terra pelas necessidades básicas da moradia, o manancial está muito próximo e, ao mesmo tempo, ainda distante dessa comunidade. A sua inserção no direito à cidade, no seu sentido mais amplo, ou seja, um bem de todos, ainda não é percebida plenamente pela comunidade de Nova Esperança. 15 O conceito de resiliência tem origem no campo da Física como propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original após sofrer choque ou deformação. (WALKER, B. et al., 2004) Esse conceito, aplicado à resiliência urbana, vem sendo relacionado a iniciativas de transição emergentes, conforme tratado por ROCHA (2013). 16

17 O desafio da proposta de assistência técnica junto à comunidade de Nova Esperança, no próximo passo de definição conjunta dos projetos, revela-se, portanto, nessa troca de saberes e em buscar integrar na prática duas perspectivas: a) projetos capazes de mobilizar a comunidade pelas melhorias do lugar, fazendo valer o direito à moradia; b) valorização da inserção urbana pela preservação do manacial, como o direto à cidade, fortalecendo o processo de educação ambiental coletiva. Esquemáticamente, se traduz no diagrama apresentado na Figura 3. Figura 3 - Proposta metodológica de educação ambiental Fonte: Elaborado pela equipe de residentes do Projeto Nova Esperança - Meio Ambiente Urbano Essa percepção prévia conceitual certamente ajuda a orientar a próxima etapa de elaboração de propostas, de forma a contemplar o diálogo intrínseco necessário entre questões urbanisticas e ambientais. Entende-se que essa prática de assistência técnica comporta processos educativos que, estimulando a toca de saberes, viabilizam, ao mesmo tempo, capacitação técnica e fortalecimento comunitário, para melhores condições de habitação, de ambiente e de cidade. Antecipam-se, assim, definições tardias de legislações urbanas de interesse social e proteção ambiental, pelo bem coletivo e direito a cidades melhores e mais justas. 17

18 Enfim, é importante reconhecer que a proposta de Residência Profissional posta em prática pela UFBA, por meio da especialização em Assistência Técnica para Habitação e Direito à Cidade, atinge, assim, o seu papel de articulação entre universidade, gestão pública e sociedade civil, promovendo as possibilidades de práticas necessárias para essa realização. Referências BAHIA. Decreto Estadual Institui o Parque Metropolitano Ipitanga. 06 de fevereiro de BAHIA. Decreto Estadual Cria a Área de Proteção Ambiental - APA de Joanes- Ipitanga e dá outras providências. 05 de junho BORGES, I. A., ALONSO, R. C., ROCHA, H. F. M. O direito à cidade pela experiência do projeto Nova Esperança Meio Ambiente Urbano. III ENANPARQ, Anais, São Paulo, BRASIL. (2007). Lei Política Nacional de Saneamento Básico. BRASIL. Lei Estatudo das Cidades BRASIL. Lei Política Nacional de Saneamento Básico BRASIL. Lei , de 24 de dezembro de Assegura às famílias de baixa renda assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social Lei da Assistência Técnica Pública e Gratuita, COSTA, H; PRIETO, E. Revisão da Lei Federal de Parcelamento do Solo: um debate sobre o Substitutivo ao PL 3.057/2000. Porto Alegre: Revista Magister de Direito Ambiental e Urbanístico, volume 21, dez/jan DUARTE, A. J. Requalificação Urbana do Jardim Nova Esperança - Reabilitação de Mata Ciliar - Manancial Ipitanga III. EMBASA - Empresa Baiana de Águas e Saneamento, GIANELLA, V., MOURA, S. Gestão em rede e metodologias não convencionais para a gestão Social. Salvador: Editora CIAGS, GORDILHO-SOUZA, A. Limites do Habitar; segregação e exclusão na configuração urbana contemporânea de Salvador e perspectivas no final do século XX, Salvador: EDUFBA, 2008 (Posfácio, 2ª. edição; 1ª. edição, em 2000,). GORDILHO-SOUZA, A. A lei de responsabilidade territorial urbana e a construção da cidade democrática. IN: FELDMAN, S.; FERNANDES, A. O Urbano e o Regional no Brasil Contemporâneo. Mutações, Tensões, Desafios, Salvador: EDUFBA, GORDILHO-SOUZA, A. Proposta de Curso de Especialização em Assistência Técnica, Habitação e Direito à Cidade Implantação de Residência Profissional em Arquitetura, Urbanismo e Engenharia; apresentada ao PPGAU-FAUFBA, em março de 2011 GORDILHO-SOUZA, A. Assistência Técnica em Arquitetura, Urbanismo e Engenharia: Avanços Institucionais. In: 6º. PROJETAR, Anais, Salvador IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatisitica. Censo Demográfico Brasileiro LEFEBVRE, H. O Direito à Cidade. São Paulo: Editora Moraes LTDA MARICATO, E. O Impasse da Política Urbana no Brasil. São Paulo: Editora Vozes

19 NOGUEIRA, T. B., GONSALES, C. H., & DURANTE, J. habitabilidade urbana: o cidadão e sua apropriação do espaço público Disponivel em: < Acesso em julho de ONU, Organização das Nações Unidas. Declaração Universal dos Direitos Humanos. 10 de dezembro de Disponível em: < Acesso em 30 de março de 2014 RESIDÊNCIA AU+E/UFBA. Residência Profissional em Arquitetura, Urbanismo e Engenharia da Universidade Federal da Bahia. Disponível em: Acesso em 30 de junho de 2014 ROCHA, H. F. Cidades em transição e outros ideários urbanos: novas utopias urbanísticas? In: SEMINÁRIO URBANISMO NA BAHIA URBA13. Salvador: Anais. Disponível em: Acesso em: <30 de março de 2014> SALVADOR. Plano Municipal de Habitação de Salvador Salvador: Secretaria Municipal da Habitação SEHAB, SALVADOR. Plano Estratégico da Prefeitura Municipal de Salvador SANTOS, E., PINHO, J. A., MORAES, L. R., & FISCHER, T. O Caminho das Águas em Salvador: Bacias Hidrográficas, Bairros e Fontes. Salvador: Secretaria de Meio Ambiente do Governo do Estado da Bahia, SARNO, C. M. Manancial do Ipitanga, última fronteira na expansão urbana de Salvador: o urbano e o ambiental na perspectiva do direito à moradia. Dissertação apresentada ao PPGAU-UFBA, Salvador SOUZA, G. B. Diagnóstico socioambiental participativo em mananciais de abastecimento da região metropolitana de Salvador: O olhar do conselho gestor da área de proteção ambiental Joanes-Ipitanga, WALKER, B., HOLLING, C., CARPENTER, S. e KINZIG, A. Resilience, adaptability and transformability in social ecological systems. Ecology and Society, 9 (2), 5, Disponível em : < Acesso em julho de

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