Avaliação da Qualidade do Ar Interior Análise de Resultados
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1 13 AS Jornadasde Engenhariade Climatização EficiênciaEnergáticanosSistemasAVAC Avaliação da Qualidade do Ar Interior Análise de Resultados Manuela Cano Unidade de Ar e Saúde Ocupacional Departamento de Saúde Ambiental Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge 17 de outubrode 2013
2 Ambiente e Saúde em Creches e Infantários O projeto ENVIRH juntou engenheiros civis e engenheiros mecânicos, arquitectos, especialistas em qualidade do ar e médicos com o objectivo comum de criar espaços mais saudáveis e de melhorar a qualidade de vida das crianças. OBJECTIVO Obter dados sobre a qualidade do ambiente interior em creches e infantários de modo a estudar a sua relação com a ventilação dos locais e a saúde das crianças que os frequentam. Tarefas específicas 1. Saúde respiratória das crianças 2. Características dos edifícios e padrões de ventilação 3. Avaliação da qualidade do ambiente interior
3 Condições climáticas Conforto Características construtivas Qualidade da ventilação Qualidade da ventilação Qualidade do ar interior Fontes de poluição Hábitos dos utilizadores Risco para a saúde Manuela Cano 17 de outubrode 2013
4 Sumário FASE II 2 visitas (primavera, outono/inverno) 19Instituições (10 em Lisboa e 9 no Porto) SAÚDE Questionários Estado de saúde da criança Recolhas de amostras de condensado brônquico (vapor de água da respiração) Inflamação das vias aéreas Notificação de casos de doença e colheita de secreções respiratórias Identificação de vírus VENTILAÇÂO Permeabilidade ao ar da envolvente Caudais de ventilação QUALIDADE DO AR INTERIOR Conforto térmico Monitorização de: Monóxido de Carbono Dióxido de Carbono Formaldeído PM 10 COVTs Ácaros Microrganismos Bactérias Fungos FASE III -AVALIAÇÃO PORMENORIZADA DA VENTILAÇÃO DE DUAS INSTITUIÇÕES
5 Metodologia 1 FaseII Março2011aFevereiro2012 Primavera - visita 1 Março/Abril 2011 Inverno-visita2 Novembro/Fevereiro 2012 Qualidade do Ar Interior(QAI) Primavera- 125 salas de atividades - 19 creches/infantários Inverno- 97 salas de atividades- 17 creches/infantários As salas de actividades representam todas as faixas etárias ( 4-5 meses -5 anos) Avaliações nas condições normais de ocupação dos espaços e no decorrer das atividades de rotina Considerou-se que todas as creches tinham ventilação natural já que a ventilação mecânica, quando existia, se encontrava desligada(2 creches)
6 Metodologia 2 1. Em cada sala de atividades foram recolhidos dados: Data e hora da medição Tipo de pavimento Tipo de janelas Número de ocupantes por sala (crianças e adultos) Fontes prováveis de contaminação do ar 2. Avaliado o conforto térmico (Norma ISO 7730:2005) Determinadas a Temperatura do ar, Humidade relativa do ar, Velocidade do ar e Temperatura média de radiação das superfícies e estimadas a energia dispendida na actividade desenvolvida e a resistência térmica do vestuário 3. Avaliada a Qualidade do Ar Interior Parâmetros Químicos: CO 2 no interior e no exterior, Formaldeído, PM10, CO, COVTs Parâmetros Biológicos: Bactérias, Fungos e Ácaros no pó
7 Metodologia 3 O dióxido de carbono e monóxido de carbono - Photoacoustic Multi- Gas Monitor INNOVA; PM 10 foram colhidas utilizando PEM da SKC (filtros PTFE) bombas de amostragem filtros analizadosgravimetricamente; A determinação de formaldeído -NIOSH 3500 (Espectrofotometria UV-Vis); Compostos orgânicos voláteis totais -Norma ISO parte 6 ; As colheitas de microrganismos viáveis Amostrador MAS-100 MEA (fungos), TSA (bactérias totais) e Mac Conkey(b. gram-negativas) As colheitas de amostras de pó para determinação de ácaros Colector Dustream(filtros de nylon) ELISA.
8 Resultados 1 Legislação Creches - Portaria nº 262/2011 de 31 de Agosto do Ministério da Solidariedade e Segurança Social Infantários - Despacho Conjunto nº 268/97 de 25 de Agosto do Ministério da Educação e Ministério da Solidariedade e Segurança Social Idades Nº de crianças Àrea Mínima/criança 0 atéadquirirema marcha 10 2m 2 Marcha -24meses 14 2m 2 * meses 18 2m 2 * 36 meses-5 anos m 2 * No caso de impossibilidade de criar grupos de acordo com a tabela é possível constituir grupos heterogéneos com mais que 16 crianças adicionando 1m 2 /criança.
9 Resultados 2 Características das salas Salas (n=97) Média Desvio Padrão Gama Ocupação 16,31 5, Área (m 2 ) 36,14 11,86 11,89-67,0 Densidade de ocupação (oc./m 2 ) 0,49 0,23 0,14-1,90 79% das salas cumprem a legislação relativamente à ocupação e 21% das mesmas têm ocupação superior a 1criança/2m 2
10 Resultados 3 Químicos Contaminantes Químicos Primavera (n=125) Mediana (mg/m 3 ) P 25- P 75 Referencia (mg/m 3 ) Salas>Ref. (%) CO ,23 CO 0,52 0,34-0,80 12,5 0 1,24 PM 10 0,13 0,09-0,35 0, ,32 COVTs 0,14 0,07-0,28 0, ,51 Formaldeído 0,02* 0,02-0,02 0,1 6 - Inverno (n=97) CO ,30 CO 1,16 0,93-1,40 12,5 0 1,20 PM 10 0,09 0,04-0,13 0, ,44 COVTs 0,10 0,08-0,20 0,60 5 3,45 Formaldeído 0,02 0,02-0,02 0, *LQ Limite de quantificação do método I/O
11 Resultados 4 Microrganismos Contaminantes Microbiológicos Mediana 1 (UFC/m 3 ) P 25- P 75 Referência (UFC/m 3 ) Salas >Ref. (%) I/O Primavera (n=125) Bactérias totais ,6 Bactérias Gram-neg ,5 Fungos ,1 Inverno (n=97) Bactérias totais ,1 Bactérias Gram-neg 40* ,1 Fungos ,1 *LQ Limite de quantificação do método
12 Resultados 5 Alergénios de Ácaros Ácarosdo Pó Primavera (n=124) Mediana 1 (µg/g pó) P 25- P 75 Alergénio Der p1 0,67 0,46-0,83 Alergénio Der f1 0,40* 0,40-0,40 Limiarde sensibilização (µg/g pó) >Limiarde sensibilização(%) 2 16 Inverno(n=94) Alergénio Der p1 0,40 0,40-0,64 Alergénio Der f1 0,40 0,40-0, *LQ Limite de quantificação do método Em 4 salas de actividades a concentração de alergénios de ácaros ultrapassou 10 µg/g dust (sintomas em pessoas previamente sensibilizadas
13 Resultados 6 Caracterização das salas- Berçários versus Salas de actividades Média Berçário Salade Actividades Ocupação 8,9 17,7 Área(m 2 ) 28,5 39,15 Densidade de ocupação (oc./m 2 ) 0,34 0,49
14 Resultados 7 Concentração de bactérias vs tipo de sala Berçário Sala de Actividades Berçário Sala de Actividades Foi encontrada uma associação estatísticamente significativa entre as bactérias totais(p=0.017) e Gram-negativas(p=0.042) e o tipo de sala. Menores concentrações de bactérias nos Berçários
15 Resultados 8 Dióxido de Carbono vsbactérias Totais Primavera Inverno Associação entre as bactérias e o dióxido de carbono tanto na primavera (p=0.001 como no inverno(p=0.009).
16 Resultados 9 CO 2 interior -CO 2 exterior vstipo de folha móvel da janela Inverno Primavera p< p= Casement Sliding Type of moving leaf Tilting Em salas de actividades com janelas basculantes a diferença entre CO 2 no interior e CO 2 no exterior é menor em ambas as estações.
17 Resultados 10 PM 10 vsmaterial do pavimento Material Pavimento Median 1 (mg/m 3 ) P 25- P 75 Madeira/cortiça 0,97 0,20-3,56 Mosaico 0,12 0,05-0,67 PVC 0,12 0,08-0,82 (Primavera n=73) Foi observada uma associação estatisticamente significativa entre as concentrações de PM 10 e o tipo de material do pavimento (global p=0.011), madeira/cortiça versus mosaico (p=0.015), madeira/cortiça versus PVC (p=0.005) e mosaico versus PVC(p=0.778) sem significado estatístico.
18 Conclusões 1 ArazãoCO 2 interior/exteriorémaiselevadanoinverno; No inverno existe uma maior percentagem de salas com concentrações de formaldeído acima dos níveis de referência; Mais de 90% das salas estudadas revelou concentrações de bactérias superioresa500ufc/m 3 ; Nos berçários as concentrações de bactérias foram mais baixas que nas salas de actividades; Em 12% das salas estudadas em ambas as visitas os níveis de alergénios de ácaros Der 1 encontravam-se acima do limiar de sensibilização(2 µg/g pó) e 1,8% eram igualmente superiores 10µg/g dust(limiar sintomas).
19 Conclusões 2 O tipo de folha móvel das janelas influencia as práticas de ventilação e nas salas com janelas basculantes verifica-se uma menordiferençaentreosníveisdeco 2 nointeriorenoexterior. As concentrações de PM 10 são influenciadas pelo tipo de material/revestimento do pavimento e as salas com pavimento lavávelapresentammenoresconcentraçõesdepm 10. Os elevados níveis de contaminantes relacionados com a ocupação humana tais como o CO 2 e as bactérias demonstram a necessidade de melhorar a ventilação.
20 Agradecimentos A todas as IPSS participantes Aos Pais das crianças que participaram A Equipa ENVIRH Ana Luísa Papoila Ana Mendes Armando Pinto Carmo Proença Catarina Pedro Daniel Aelenei Daniel Virella Fátima Aguiar Fernando Henriques Fernando Silva Hildebrando Cruz Iolanda Caires João Marques João P. Teixeira João Viegas José Martins Manuela Cano Maria Guarino Maria Teresa Marques Marta Alves Paula Leiria Pinto Paulo Paixão Pedro Martins Susana Azevedo Susana Silva Consultores J. Rosado Pinto Isabella Annesi-Maesano Carl-Gustaf Bornehag Financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia ENVIRH Project PTDC/SAU -ESA/100275/2008. Manuela Cano 17 de outubro de 2013
21 Obrigada! Site: Manuela Cano 17 de outubrode 2013
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