Anotadas do 4º Ano 2007/08 Data: 7 de Janeiro Epilepsia de 2008 Disciplina: Neurologia

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1 Para Anotadas do 4º Ano 2007/08 Data: 7 de Janeiro Epilepsia de 2008 Disciplina: Neurologia Prof.: José Pimentel Tema da Aula Teórica: Epilepsia Autor: Cláudia Lourenço Equipa Correctora: Temas da Aula Definições Epidemiologia Mecanismos de Epileptogénese Classificação das crises epilépticas Crises generalizadas Crises epilépticas focais Crises inclassificáveis Etiopatogenia das Epilepsias Causas de crises epilépticas Diagnóstico das crises epilépticas Diagnóstico diferencial das crises epilépticas Tratamento médico das epilepsias Terapêutica Anticonvulsivante Efeitos secundários dos AEs Antiepilépticos utilizados Tratamento cirúrgico Estado de Mal Epiléptico Estado de Mal Convulsivo Generalizado (EMCG) Tratamento Farmacológico do EMCG Prognóstico Casos Clínicos O que fazer durante uma crise convulsiva? Página 1 de 27

2 Bibliografia Anotada correspondente de 2006/2007, realizada por Bruna Melo. Slides da aula. Neurologia. Princípios, diagnóstico e tratamento, José Ferro e José Pimentel, Lidel; págs Página 2 de 27

3 Definições A epilepsia é uma doença primariamente de causa neurológica, de etiologia variada, manifestando-se por crises epilépticas recorrentes. Regra geral, pressupõe a ocorrência de duas ou mais crises. Por crise epiléptica entende-se um fenómeno paroxístico, intermitente, não provocado, convulsivo ou não (cerca de 2/3 das crises epilépticas não são convulsivas), de causa primária ou secundariamente encefálica, causado por uma descarga síncrona, anormal e excessiva, de um certo número de neurónios corticais, e que se pode manifestar por perturbações da consciência, alterações motoras, sensitivo-sensoriais ou psíquicas. Ela deverá, obrigatoriamente, ter tradução no registo electroencefalográfico crítico, isto é, quando realizado durante uma crise. Epiléptico é toda a pessoa que, por regra geral, teve mais de uma crise epiléptica de causa neurológica, ou seja, crises epilépticas originadas primariamente no encéfalo. Desta definição são excluídas as crises induzidas por uma perturbação sistémica, como o desequilíbrio hidro-electrolítico ou tóxico-metabólico. Página 3 de 27

4 Epidemiologia Incidência: casos/ habitantes/ano Prevalência: 4-10 casos/1000 (aprox. 1 em cada 200 pessoas é epiléptica). Em Portugal: existem aproximadamente epilépticos; cerca de 5000 novos casos/ano. O risco de se vir a sofrer de epilepsia durante a vida é de 3 a 5%; Picos de incidência ocorrem nos recém-nascidos e crianças e na terceira idade. Mecanismos de Epileptogénese Na epilepsia, os neurónios corticais exibem alterações do seu potencial de membrana e dos padrões de descarga. O desvio da despolarização paroxística é um potencial de despolarização pós-sináptico anormalmente prolongado, capaz de causar surtos de descargas neuronais, e, subsequentemente, de excitar outros neurónios, de modo a adoptarem um padrão anormal de crises sincronizadas semelhantes. Este padrão pode resultar quer de um desequilíbrio entre neurotransmissão excitatória (glutamato e aspartato) e inibitória (GABA-érgica), quer de perturbações de canais iónicos de membrana dependentes de voltagem. Por outro lado, o neurónio epiléptico exibe uma actividade anormal caracterizada por surtos de descargas com períodos de excitabilidade prolongada, quer espontaneamente, quer em resposta à estimulação aferente. Página 4 de 27

5 Na epileptogénese focal, isto é, nas epilepsias focais existe uma população de neurónios pacemakers com surtos de descargas anormais, podendo ser recrutado maior ou menor número de neurónios vizinhos. Na epileptogénese generalizada, o gerador da perturbação sináptica ocorre nas estruturas corticais, embora, rapidamente, haja disseminação da excitação e inibição recorrente para ambos os hemisférios cerebrais via um circuito córtico-reticulo-cortical. Pensa-se que estas crises têm origem intraencefálica. Crise epiléptica focal com generalização secundária: Muitas vezes, as crises epilépticas focais podem evoluir para crises generalizadas. Esse início focal, muitas vezes não é valorizado pelos doentes. Classificação das Crises Epilépticas Segundo a classificação da Liga Internacional Contra a Epilepsia (ILAE) de 1981, as crises epilépticas podem dividir-se em crises generalizadas, crises focais e crises inclassificáveis. Crises Generalizadas As crises epilépticas generalizadas podem ser do tipo: Tónico-clónicas; Clónicas; Ausências; Mioclónicas; Tónicas; Atónicas. São sempre acompanhadas de perturbação da consciência; Página 5 de 27

6 As Tónico-clónicas, também chamadas de Grande Mal Epiléptico, são as mais comuns na adolescência; As ausências são as crises mais frequentes nas crianças; Aparecem essencialmente nas duas primeiras décadas de vida; São idiopáticas ou genéticas; São mais raras que as focais, mas também, habitualmente, mais fáceis de tratar. Crises Epilépticas Focais Podem ser difíceis de diagnosticar clinicamente devido à sua semiologia; Reportam-se a uma lesão estrutural quer aparente (crises sintomáticas), quer inaparente (crises criptogénicas) nos exames de imagem; Manifestam-se predominantemente na idade adulta; São mais frequentes que as generalizadas, mas também de mais difícil controlo terapêutico; Dividem-se em focais simples (consciência mantida), focais complexas (consciência alterada) e focais simples e/ou complexas com generalização secundária: o Crises Focais simples podem apresentar sintomatologia diversa, entre as quais sintomatologia motora, sensitiva, sensorial, autonómica ou psíquica; o Crises Focais Complexas, reportam-se em regra, aos lobos temporais ou estruturas corticais vizinhas e manifestam-se habitualmente por diversos tipos de automatismos, cursando sempre com consciência alterada. Página 6 de 27

7 Ilustração 1 - Crises motoras focais Ilustração 2 - Crises sensitivas Página 7 de 27

8 Crises Inclassificáveis Quando não conseguimos pela clínica fazer um diagnóstico; São-no cada vez menos, visto que se recorre à monitorização vídeo/eeg, técnica neurofisiológica que consiste em realizar um EEG 24 sobre 24 horas em regime de internamento, acompanhado de um vídeo permanente do doente. Além disso, os doentes nunca devem ir ao médico sozinhos, uma vez que raramente conseguem descrever exactamente as suas crises; Etiopatogenia das epilepsias Podem ser: Idiopáticas ou primárias (causa desconhecida ou geneticamente determinadas): Geralmente, crises generalizadas; Mais frequentes nas crianças e adolescentes; Mais raras que as secundarias; Tratamento habitualmente mais fácil. Secundárias: Crises epilépticas focais; Mais frequentes nos adultos; Mais frequentes que as primárias/idiopáticas; Tratamento habitualmente mais difícil; Podem ser sintomáticas (com lesão estrutural na RMN) ou criptogénicas (sem lesão estrutural na RMN). Para determinar a etiologia, deve ser perguntado ao doente e seus acompanhantes: Página 8 de 27

9 Idade de início das crises; Tipo de crises (início focal ou generalizado) Sintomas acompanhantes: perturbação da consciência; mordedura da língua; incontinência esfincteriana; amnésia pós-crítica. Antecedentes Pessoais: período peri-natal; desenvolvimento psico-motor (DPM); convulsões febris; doenças de infância; AVC s; TCE s 1, tumores e doenças sistémicas 2. Grau de dificuldade de tratamento. Causas de Crises Epilépticas Sistémicas: Perturbações hidro-electrolíticas (hiponatrémia, hipoglicémia, hiperurémia, hipocalcémia, etc.) Perturbações tóxico-metabólicas (anoxia/hipoxia, privação alcoólica/drogas) Outras (ingestão de drogas, etc.) Epilepsias: Idiopáticas (+/- 45%) Secundárias: Sintomáticas (aprox. 40%): tumores, infecções, malformações vasculares, pós-avc s, pós-tce, malformações corticais, etc. Criptogénicas (aprox. 15%) 1 Para um traumatismo Crânio-encefálico originar epilepsia é necessário que seja grave do ponto de vista clínico, com amnésia, alteração do estado de consciência, etc. 2 Por exemplo, o Lúpus Eritematoso Disseminado origina crises epilépticas devido à vasculite. Página 9 de 27

10 Ilustração 3 - Causas de epilepsia Página 10 de 27

11 Diagnóstico das crises epilépticas Como para qualquer outra patologia respeitante ao sistema nervoso, a investigação assenta numa boa história clínica, com colheita apropriada da actual, pregressa e familiar, na observação geral e no exame neurológico. Clínico: o História Actual o Antecedentes Pessoais o Antecedentes Familiares Análises Laboratoriais: o Hemograma e velocidade de sedimentação; o Ureia e glicemia; o Creatinémia; o Urina tipo II; o Cálcio e fósforo; o Proteinograma com electroforese; o Serologia para sífilis; o HIV I e II; o Provas de função hepática; o Outros: screening das vasculites, etc. Exames complementares: o ECG; ecocardiograma; registo Holter 24h o EEG com prova de sono; o TAC crânio-encefálica (o mais frequentemente realizado); o RMN crânio-encefálica (exame de eleição para estudar epilepsia); o Outros. Página 11 de 27

12 Se a suspeita recai em doença não epiléptica, é importante a requisição de um conjunto de análises destinadas a excluir ou diagnosticar uma causa sistémica, à qual se pode adicionar uma avaliação cardiovascular. Se se suspeita ou se confirma tratar-se de epilepsia, poderão ser úteis alguns dos seguintes exames: - EEG: Deve ter-se em conta que a grande maioria destes exames são intercríticos (realizados com o doente sem crises), que os eléctrodos são colocados no couro cabeludo (a alguma distância, portanto, do córtex cerebral), e que o tempo de obtenção do traçado é relativamente curto (cerca de 30 minutos). Por essa razão, um EEG intercrítico normal não exclui a existência de epilepsia, tal como um EEG com alterações epileptiformes não implica forçosamente a sua existência; essas anomalias devem ser criteriosamente consideradas no contexto clínico, daí o facto de tratarmos doentes, não EEGs. Por outro lado, o EEG intercrítico correlaciona-se habitualmente mal com a evolução de uma epilepsia, ou com a probabilidade da recorrência de crises num doentes que está livre delas e a quem se pretende suspender a medicação anticonvulsionante, razão porque não é mandatório ter um traçado normal para tomar essa decisão. Finalmente, perante uma suspeita de epilepsia, o EEG deve ser sempre pedido com prova de sono. Não se pretende com estas considerações dizer que o EEG é pouco importante. Ele é útil, nomeadamente, para saber se há alterações que corroborem o diagnóstico clínico de epilepsia, se a mesma é generalizada ou tem início focal, ou para determinar se se trata, por exemplo, de uma doença difusa encefalopatia do sistema nervoso central. Página 12 de 27

13 Diagnóstico Diferencial das Crises Epilépticas Deve sempre fazer-se diagnóstico diferencial com: Crises sincopais Vertigens Acidentes transitórios isquémicos Doenças do movimento (algumas) Amnésia Global Transitória Quedas súbitas (drop attacks) Enxaquecas (algumas) Alucinações e delírio psicótico Cataplexia Crises psicogénicas Hipertensão intracraniana aguda Doenças e movimentos involuntários normais do sono As mais comuns e desse modo mais importantes são as crises sincopais e as crises psicogénicas. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE SÍNCOPE E CONVULSÃO EPILÉPTICA Clínica Síncope Convulsão Postura Ortostatismo Qualquer Palidez e sudação Muito Frequente Muito Raro Início Gradual Abrupto Traumatismo Raro Frequente Abalos convulsivos Podem ocorrer Frequente Incont. Esfincteriana Rara Frequente Inconsciência Segundos Minutos Recuperação Rápida Lenta Mordedura língua Rara Frequente Confusão pós-crítica Rara Frequente Factores Precipitantes Frequente Raro Página 13 de 27

14 Tratamento médico das epilepsias Medidas Gerais: Desdramatizar a situação; Racionalizar a ingestão alcoólica; Aconselhamento de repouso nocturno suficiente; Aconselhamento de outras normas de conduta (p.ex: não conduzir e evitar actividades profissionais, de lazer ou da vida diária, que possam pôr a sua vida e a dos outros em perigo); Evitar medicamentos potencialmente epileptogénicos; Fornecimento das explicações necessárias e requeridas pelo doente, tendo em conta de que se trata de uma doença crónica. Terapêutica Anticonvulsivante Escolher o antiepiléptico (AE) apropriado ao tipo de crise ou síndrome epiléptico; Regime de monoterapia, sempre que possível, com AE de 1ª linha; Se este primeiro regime não for eficaz, deverá ser implementado um segundo regime, de monoterapia com outro AE de primeira ou segunda linha; Qualquer substituição de um AE deve ser, regra geral, com o seu desmame progressivo (uma paragem abrupta de um AE pode levar o doente a entrar em estado de mal epiléptico ; A politerapia, deverá ser encarada em caso de insucesso terapêutico continuado, devendo ser utilizado um outro AE também eficaz no tipo de epilepsia em questão; Página 14 de 27

15 Escalada progressiva das doses até se atingir a mínima eficaz (dose mínima capaz de evitar convulsões); Ter em conta os efeitos secundários dos AEs: agudos (ingestão de dose), crónicos, tóxicos, idiossincráticos. Análises tri ou semestrais: Hemograma com plaquetas Provas de função hepática Outras (conforme o AE em causa) Tratamento no adulto: regra geral 3 a 5 anos; Desmame da medicação ao longo de 6 meses (para cada AE 3 ); Efeitos secundários dos AEs Agudos - Náuseas - Vómitos -Sonolência - Tonturas/Vertigens - Cefaleias Crónicos - Sistema nervoso: cognição, comportamento; - Pele: acne, hirsutismo, alopécia; - Fígado: indução hepática; - Sangue: anemia megaloblástica, trombocitopénia; 3 Se estiver a fazer 2 AE, faz-se primeiro o desmame do que tem menor efeito terapêutico durante 6 meses, e depois do outro AE durante mais 6 meses. Página 15 de 27

16 - Sistema imunitário: deficiência IgA, indução de lúpus eritematoso sistémico; - Sistema endócrino: hormonas sexuais; - Osso: osteomalácia; - Tecido conjuntivo: hipertrofia gengival, efeitos cosméticos; - Gravidez: teratogenicidade, síndrome fetal (Atenção ao tratamento de mulheres em idade fértil!) Tóxicos (compromisso encefálico, principalmente cerebeloso) - Nistagmo - Disartria - Ataxia da marcha Idiossincráticos - Síndrome de Stevens Johnson - Pancreatite aguda - Erupção cutânea (a mais frequente) - Insuficiência hepática fulminante - Agranulocitose - Anemia aplástica - Doença do soro Página 16 de 27

17 Antiepilépticos utilizados Os dois grupos de AEs têm a mesma eficácia clínica, embora, os de 2ª geração possuam menos efeitos secundários; Relativamente, às crises generalizadas os fármacos privilegiados são o Valproato e o Topiramato. Quanto às crises focais, o espectro de antiepilépticos de primeira linha abrangente o Valproato, Carbamazepina, Topiramato e a Lamotrigina; Quando não é possível apurar o tipo de crises/síndroma epiléptico, a escolha recai sobre o Valproato e o Topiramato. Nas crises de Ausências, o Topiramato não tem grande acção terapêutica; Página 17 de 27

18 Tratamento cirúrgico Um número crescente de doentes com epilepsias refractárias ao tratamento médico tem indicação para cirurgia. Esta pode revestir diversas modalidades, como seja a ressecção da zona epileptogénica (extirpação da lesão e da zona limítrofe, geradora de epilepsia), a calostomia (separação da porção anterior do corpo caloso), a hemisferectomia (remoção de uma parte do hemisfério cerebral lesado), e implantação de estimulador do nervo vago. A primeira modalidade é a mais frequentemente utilizada. Ilustração 4 - Ressecção da zona epileptogénica Página 18 de 27

19 Estado de Mal Epiléptico O estado de mal é uma das raras emergências neurológicas, cujo prognóstico é determinado pela sua duração, idade do doente e algumas etiologias. 4% dos cuidados neurológicos intensivos; 0,1% das emergências médicas; Mortalidade 10 a 20%; Causa factor mais importante da evolução; Forma de início da epilepsia em 15 a 20% dos casos; Causas: Estáticas: Exacerbação das convulsões em epilépticos; Abuso de álcool ou drogas; Suspensão brusca de drogas antiepilépticas; Outras; Agudas Encefalopatia pós-anóxia; Acidentes Vasculares Cerebrais; Neoplasias; Traumatismos crânio-encefálicos; Perturbações metabólicas; Doenças infecciosas; Página 19 de 27

20 Estado de Mal Convulsivo Generalizado (EMCG) De entre os diversos tipos, o que provoca maior morbilidade e mortalidade é o convulsivo generalizado, pelo que deve ser diagnosticado e tratado o mais precocemente possível. A definição prática do estado de mal convulsivo é a ocorrência de uma crise tónico-clónica de duração igual ou superior a 5 minutos (a grande maioria delas não dura mais do que 2.30 minutos) ou de mais de duas crises tónicoclónicas sem recuperação completa do estado de consciência entre elas. O objectivo do tratamento é parar as convulsões no mais curto espaço de tempo. O tratamento de estado de mal convulsivo generalizado apresenta 3 passos importantes: (1) tomada de medidas gerais, que permitem o tratamento das complicações secundárias e tratamento dos eventuais factores precipitantes, (2) paragem da actividade convulsiva e (3) prevenção da sua recorrência. As medidas gerais a tomar implicam sempre uma equipa multidisciplinar que inclui o neurologista, o intensivista, o anestesista e o enfermeiro. Resumidamente, as medidas a tomar são: Tubo de Mayo / nasofaríngeo; Entubação nasogástrica; Entubação orotraquial e ventilação assistida (se necessário); Oxigénio a 100% (sonda nasal ou máscara); Canalização de veia periférica (central, se necessário); Tiamina (100mg) seguida de glucose a 30% (50ml) EV; Monitorização TA, FR, ECG, EEG, oximetria, temperatura corporal; Página 20 de 27

21 Análises laboratoriais: hemograma, urémia, glicémia, ionograma, gasimetria, cálcio, creatinémia, ALT, AST, bilirrubinémia total, toxicologia, doseamento de anti-epilépticos; História (pelo acompanhante); Exame geral e neurológico; Início do tratamento das complicações associadas. Convencionalmente, divide-se o EMC em três estádios: I - Premonitório/Precoce responde à terapêutica de 1ª linha; II - Estabelecido responde à terapêutica de 2ª linha; III- Refractário se não responde previamente a doses adequadas de benzodiazepinas e de um 2º antiepiléptico por via intravenosa (na prática, superior a 45 min.). Tratamento farmacológico do EMCG 4 Paragem da actividade convulsiva: 1º Estádio: Diazepam e.v. 0,2 mg/kg (em média, 10 a 20 mg) a 5 mg/min (aprox. 5 min.) 2º Estádio: Fenitoína e.v. 20 mg/kg, a 50 mg/min. (bomba de infusão ou, se manual, aprox. 20 min.) na borracha de um sistema com soro fisiológico. Se necessário, (manutenção das crises 5 min. depois) 5 a 10/Kg nas mesmas condições (aprox. 30 min.). Se contra-indicado a administração de fenitoína: valproato de sódio e.v. de 15 mg/kg, em 3-5 min. Trinta minutos depois, iniciar perfusão contínua a 25 mg/kg/24h, num balão de dextrose ou soro fisiológico. 4 O professor referiu não ser necessário saber as doses dos medicamentos. Página 21 de 27

22 3º Estádio: Anestesia (superior a 45 min.) - 1ª Linha Midazolam - 2ª Linha Propofol (se contra-indicação para Midazolam) - 3ª Linha coma barbitúrico com Tiopental Prognóstico É importante ter em conta que: - Uma crise única, generalizada tónico-clónica, num adolescente sem outros factores predisponentes para além da ingestão alcoólica abundante e/ou privação de sono nocturno episódico, terá uma probabilidade de recorrer em cerca de 50%, facto que deverá ser partilhado com o doente a fim de que ele possa participar na decisão de a tratar ou não; - Cerca de 60% dos doentes com epilepsia diagnosticadas de novo ficarão sem crises após a instituição correcta de um regime terapêutico de monoterapia, o que significa que sobra ainda uma percentagem elevada de doentes que virão a necessitar de politerapia ou de eventual cirurgia para controlar as crises epilépticas; - A politerapia apenas é eficaz em cerca de metade das crises que não foram controladas com a monoterapia. - A percentagem de recorrência das crises após desmame adequado dos AEs ronda os 25 a 30%, facto igualmente a comunicar ao doente. Página 22 de 27

23 Casos Clínicos Caso 1: A.S., 19 anos, sexo masculino. De acordo com a descrição da mãe, crises convulsivas tónicoclónicas, de manhã, ao acordar. Antecedentes pessoais (período peri-natal, desenvolvimento psico-motor, ocorrência de convulsões febris em criança) e familiares irrelevantes. Até à 6 meses, noitadas e copos. Observação geral e neurológica normais. Boa resposta ao tratamento com AEs e abandono dos factores precipitantes. Perguntas: 1) Até onde levar a investigação? - Análises laboratoriais? - EEG? Como? È necessário pedir um EEG com prova de sono. - Exames de imagem? Quais? Pode-se pedir uma RM. 2) Qual o(s) AE (AEs) apropriados? Valproato Página 23 de 27

24 Caso 2: A C., 24 anos, sexo feminino. Convulsões febris em criança. Por volta dos 11 anos começa com crises que a mãe conta assim: de repente pára, o olhar fica fixo, começa a mastigar e a mexer na roupa como que tentando despir-se. Dá uns passos despropositados, não responde adequadamente ao que se lhe pergunta o que tem. Tudo isto dura cerca de 3 minutos, embora fique confusa durante mais algum tempo. Outras vezes, cai para o chão e tem convulsões. Crises são cada vez mais frequentes, refractárias ao tratamento com AEs. TAC normal e EEG de sono com actividade epiléptica fronto-temporal direita. A observação geral e neurológica é normal. O que fazer? - Repetir a TAC ou realizar outros exames de imagem? -Continuar a insistir no tratamento médico? Ponderar outras modalidades terapêuticas? Nesta situação pede-se uma RMN. Passa-se do tratamento médico para o cirúrgico. Esta doente sofria de Esclerose Mesial, tendo sido operada com sucesso. Até à data, não apresentou mais crises. Página 24 de 27

25 Caso 3: A.B., 59 anos, sexo masculino. Desde há 6 meses, de vez em quando, o polegar da mão direita começa com abalos que se estendem, pouco depois, à mão, antebraço, braço, hemiface e membro inferior ipsilateral. Não há perda de conhecimento, mordedura da língua, incontinência esfincteriana ou amnésia para o evento. Nos antecedentes pessoais não há referência a alterações do período peri-natal, do DPM, a convulsões febris, a doenças relevantes de infância, nem tão-pouco a TCE, AVCs ou neoplasias sistémicas. As crises têm sido dificilmente controladas com AEs. A observação geral é normal e a neurológica revela apagamento do sulco nasogeniano direito, discreta parésia dos membros direitos, e reflexo cutâneo-plantar ipsilateral em extensão. 1) Que patologia neurológica sugere esta história? 2) Como devemos investigar: EEG? Exames de imagem? Quais? 3) Que tipo de tratamento? Não é necessário EEG. Deve-se realizar uma RMN, que na situação demonstrava um tumor (meningioma) no hemisfério esquerdo, tendo indicação para ressecção cirúrgica. É comum os pacientes ficarem com epilepsia focal após a cirurgia. Página 25 de 27

26 Caso 4: S.P., 8 anos, sexo masculino. Antecedentes pessoais irrelevantes. A mãe refere que o rapaz, inúmeras vezes ao dia, suspende repentinamente toda a actividade (comer, brincar, etc.), fica com o olhar distante, faz alguns movimentos com as pálpebras e não responde ao que lhe perguntam. Ao fim de poucos segundos (talvez 15), fica bom e retoma a actividade. A professora já chamou a atenção para lhe dizer que ele é bom aluno, muito aplicado, mas, frequentemente, muito desatento. Observação geral e neurológica normais. No entanto, ao ser-lhe pedido para respirar mais depressa e profundamente durante alguns minutos, foi presenciada uma crise que a mãe diz ser semelhante às que ele tem habitualmente (forma de desencadear crises de ausências). Actuação: 1) Exames complementares a realizar: - EEG? - Exames de imagem? 2) Tratar? Quais os AEs? 3) O que deve ser dito à mãe? Nesta situação poderá ser pedido a realização de um EEG, visto ser uma crise generalizada. Em 100% dos casos dá o diagnóstico. Quanto ao tratamento, poder-se-á introduzir o valproato. As informações dadas à deveram ser as seguintes: - Que em 20% dos casos as crises complicam-se, tornando-se tónicoclónicas generalizadas; - Se realizar durante 3 anos o tratamento, o número de crises diminuirá muito. Página 26 de 27

27 O que fazer perante uma crise convulsiva? Mantenha-se calmo e acalme que assiste á crise. Desaperte a roupa à volta do pescoço. Permaneça junto da pessoa até que volte a respirar calmamente e comece a acordar. Coloque a pessoa de lado, com a cabeça baixa, de modo que a saliva possa escorrer para fora da boca. Ponha qualquer coisa macia debaixo da cabeça ou ampare-a com a sua mão, impedindo-a de bater no chão ou contra objectos. Ofereça-se para ajudar no regresso a casa ou chamar alguém da família. O que não se deve fazer: Não meta nada na boca da pessoa (nem colher, nem objecto de madeira, nem lenço, nem dedos). Não puxar a língua. Não a tente acordar. Não a force a levantar-se. Não lhe dê de beber. Página 27 de 27

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