PSICOPATOLOGIAS GRAVES NA INFÂNCIA. Profa. Silvana Rabello

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PSICOPATOLOGIAS GRAVES NA INFÂNCIA. Profa. Silvana Rabello"

Transcrição

1 PSICOPATOLOGIAS GRAVES NA INFÂNCIA Profa. Silvana Rabello

2 Movimento mundial de reformulação da concepção de saúde mental, em especial, da criança: do critério nosológico para uma compreensão da constituição da subjetividade humana.

3 PRESSUPOSTOS BÁSICOS Quanto menor for uma criança, mais indiferenciados estarão entre si os diferentes aspectos instrumentais do seu desenvolvimento.

4 Quanto antes incidir um problema, o obstáculo em uma área específica tenderá a se generalizar às demais, levando ao que entendemos como transtorno global do desenvolvimento, alvo desta pesquisa.

5 O transtorno global do desenvolvimento transtorno global do desenvolvimento se diferencia dos quadros de deficiência mental que apresentam sua organicidade mais definida desde o início da vida do bebê, assim como o plano de desenvolvimento geral.

6 Estes sinais menos definidos que caracterizam o transtorno global do desenvolvimento certamente são percebidos, mas nem sempre são oferecidos parâmetros seguros sobre os quais pautar tal percepção precocemente.

7 Por vezes, espera-se pelo desenvolvimento da criança para que essas manifestações se definam, para a necessária discriminação das contribuições orgânicas e subjetivas e seu devido encaminhamento.

8 Porém, o tempo pode determinar a instauração agravada e cronificada do funcionamento psicopatológico inicial, comprometendo desenvolvimentos seqüenciais, que dependiam das funções ainda não devidamente desenvolvidas.

9 É PRECISO construir indicadores de psicopatologias graves da primeira infância, a serem experimentados junto às equipes de saúde no cotidiano da vida institucional.

10 PRETENDE-SE TAMBÉM: Ampliar os critérios conhecidos, para além dos parâmetros nosográficos conhecidos sobre as psicopatologias graves na primeira infância, incluindo uma compreensão sobre a constituição da subjetividade humana.

11 É NECESSÁRIO... Reduzir o número de crianças e adultos, autistas e psicóticos, os transtornos globais do desenvolvimento, em estado agravado e cronificado; Estabelecer o novo paradigma na saúde mental da criança, que priorize a intervenção na qualidade dos laços humanos nos diferentes grupos, sejam familiares, institucionais ou outros; Revisar as políticas de saúde mental da criança e suas práticas, visando intervenções psicológicas precoces; Buscar maior efetividade na utilização dos recursos públicos; Sustentar o compromisso entre pesquisa e saúde pública.

12 REFERÊNCIA TEÓRICO-TÉCNICA: O conhecimento acumulado pela psicanálise, no que diz respeito à constituição da subjetividade humana, em especial a psicanálise francesa - Lacan; Pesquisa inspirada no trabalho da psicanalista Marie-Christine Laznik junto ao grupo PRÈ-AUT em Paris. >Com o apoio do governo municipal de Paris, oficializou-se a capacitação autismo nos exames de rotina. dos pediatras para a detecção de bebês com sinais de

13 Nossos esforços para o próximo decênio, se quisermos avançar na compreensão e no tratamento do autismo, parecem-me dever se pautar no diálogo entre os senhores, médicos dessas crianças, e nós, psicanalistas interessados na primeira infância. (Laznik, 2004)

14 Diferenciação necessária, portanto, entre a detecção precoce preventiva e a detecção precoce preditiva. Fundamentação teórica para tal do ponto de vista genético, orgânico, neuronal e subjetivo, assim como o respeito a singularidade nos rumos do desenvolvimento de cada criança e dos padrões de parentalidade.

15 Problemas de Saúde Mental das Crianças Abordagem na Atenção Básica Estudo realizado pela Dra. Edith Lauridsen- Ribeiro e Oswald Yoshimi Tanaka Entrevistas com pediatras que trabalham nas UBS, no período de julho a agosto de 2000 Entre outras conclusões o estudo aponta a necessidade de uma maior aproximação e interlocução entre os pediatras e os profissionais da saúde mental parceria

16 UMA CONCEPÇÃO DE PSICOPATOLOGIA GRAVE NA PRIMEIRA INFÂNCIA Autismo e psicose infantil Modalidades subjetivas que se caracterizam pela não organização das funções eu e outro, enquanto funções psíquicas reguladoras da vida psíquica da criança.

17 A não organização dessas funções psíquicas eu e outro impede a organização de muitas outras funções como: -organização visual, -auditiva, -psicomotora, -gestualidade social, -contenção psíquica, -auto controle, -cognição, -linguagem em toda a sua extensão.

18 SINAIS MAIS EVIDENTES A não organização psíquica dessas funções impede a organização linguageira conforme concebemos, dando lugar a peculiares organizações linguísticas como: linguagem ausente linguagem ecolálica ou em terceira pessoa

19 Linguagem, pensamento, cognição desenvolvimentos determinados na lógica eu e outro Características lógico simbólicas peculiares decorrentes da não tomada em consideração de diferentes pontos de vista: eu e outro - alteridade

20 SINAIS TAMBÉM EVIDENTES Distúrbios de sono Distúrbios de alimentação Hiperatividade Falta de limites Não aprendizagem de ações auto calmantes Todas as funções psíquicas que se organizam na relação com o outro materno.

21 SINAIS DE AUTISMO A não inscrição ou não construção simbólica eu e outro fica evidenciada na ausência do olhar humanizado. >>Diferenciar evitamento do olhar e não inscrição do outro como elemento psíquico organizador -Ex.: Inibição - evitamento

22 Presença do olhar:

23 Ausência do olhar:

24 DOIS SINAIS DE DETECÇÃO PRECOCE (entre 3 meses e 3 anos) 1. ausência do olhar na relação mãe-bebê; 2. ausência do terceiro tempo do circuito pulsional; (critérios definidos pelo grupo PRÈAUT para a detecção do autismo)

25 SINAIS DE AUTISMO Ausência do terceiro tempo do circuito pulsional 1. Ativo SIM - o bebê busca o seio ou a mamadeira (objeto) para apoderar-se 2. Reflexivo SIM - o bebê é capaz de chupar sua mão, seu dedo ou a chupeta, alucinando satisfação 3. Ativamente passivo NÃO Tempo do se fazer objeto se fazer objeto - a criança oferece seu corpo, mãozinhas e pezinhos, à boca de sua mãe, segura de ser o objeto de seu desejo

26 Presença do terceiro tempo do circuito pulsional:

27 SINAIS DE PSICOSE INFANTIL Na psicose, encontramos o olhar e o terceiro tempo do circuito pulsional, o que revela certa construção simbólica de outro, porém, é preciso construir certa distância entre a criança e a mãe, para que este símbolo possa se construir em toda a sua extensão e complexidade, caso contrário, apesar de existir uma inscrição do outro na criança, esta se refere ainda a uma experiência não simbolizável, conforme concebemos e reconhecemos em nosso cotidiano.

28 SINAIS DE PSICOSE INFANTIL Pobreza da extensão simbólica, pobreza lingüística e cognitiva, ecolalias, pobreza lúdica, movimentos esteriotipados - achatamento subjetivo.

29 SINAIS DE PSICOSE INFANTIL Num momento posterior, as ecolalias e esteriotipias, enquanto repetições imperiosas, acusam a evolução destas situações clínicas Acusam o fracasso linguístico e, portanto, do outro enquanto interlocutor e o fracasso da construção de símbolos na vida psíquica da criança

30 SINAIS PSICOSE INFANTIL Uso da linguagem na lógica da terceira pessoa Não consegue alternar pontos de vista, seu e do outro Falta de contenção psíquica - hiperatividade Sofre frente ao adiamento das satisfações

31 Assim, entendemos a detecção de psicopatologias graves enquanto detecção de ausência ou dificuldade na construção psíquica de alteridade na montagem das relações mãe-bebê e, conseqüentemente, no mundo psíquico do bebê.

32 Retomando... DOIS SINAIS DE DETECÇÃO PRECOCE (entre 3 meses e 3 anos) 1. ausência do olhar na relação mãe-bebê; 2. ausência do terceiro tempo do circuito pulsional; (critérios definidos por Marie Christine Laznik para detecção do autismo)

33 TERCEIRO SINAL DETECÇÃO - PSICOSE INFANTIL 3. Qualidade do discurso construído entre mãe e bebê e os sinais de eu e outro - Sinais de Alteridade

34 Qualidades discursivas mãe-bebê: a. Discurso que inclui o bebê como interlocutor relevante A mãe: -busca seus sinais -busca dicas de seus desejos -deixa-se surpreender pelo bebê -negocia pontos de vista com o bebê

35 Trata-se aí da idéia de eu e outro em constituição simbólica na experiência do bebê Constituição da experiência de alteridade entre mãe e bebê

36 Fabiano cena de alimentação:

37 b.discurso que não inclui o bebê enquanto interlocutor relevante: b1. Discurso materno que se pretende profundamente conhecedor do mundo interno de seu bebê, autorizando-se decisões autocentradas b2. Discurso materno onde não há o reconhecimento de sinais ou evidências do mundo interno de seu bebê a ponto de desistir de interagir com ele e, também, de tomar decisões autocentradas

38 b3. Discurso materno onde há atribuição de uma significação ao bebê a partir de um diagnóstico *Os significados dados aos sinais que o bebê apresenta decorrem de um quadro clínico a ele atribuído *A mãe não o reconhece na linhagem simbólica familiar, nem através de seus sinais, mas como evidência do quadro clínico

39 RESULTADOS QUANTITATIVOS INICIAIS: Distribuição das crianças que m ereceriam um olhar m ais cuidadoso. 9,8% crianças saudáveis 90,2% crianças que mereceriam um olhar mais extenso

40 Discussão dos achados quantitativos horizontais: Muitas duplas apresentaram sinais próximos (ambíguos), porém não tão definidos (9,8%) Raros achados indiscutíveis de psicopatologias graves

41 No caso dos raros achados indiscutíveis de psicopatologias graves: Encaminhamento cuidadoso, mas imediato Esboço de folder indicativo dos sinais indiscutíves aos profissionais da primeira infância, a ser testado e aprimorado e seus problemas Nele, apresentamos os sinais e os cuidados a serem tomados ao encontrarem duplas de risco psicopatológico grave

42 Cuidados a serem tomados ao encontrarem duplas de risco psicopatológico grave: Cuidados na apresentação do diagnóstico à família, ou indicação de avaliação frente a sinais de risco; Evitar que a relação mãe-bebê se torne ainda menos saudável e mais frustrante Buscar parceria, se preciso, para esse cuidado e encaminhamento

43 Sinais próximos, porém não tão definidos encontrados em muitas duplas (ambíguos) indicaram: Necessário estudo longitudinal Avaliação de novos sinais novos sinais de sofrimento subjetivo que mereçam identificação precoce, para além dos já definidos

44 Gestantes e recém- nascidos Pesquisa procurando identificar sinais ainda mais precoces de risco psicopatológico, na criança ou no laço parental.

45 Por fim, pretende-se Discutir concepções de saúde mental com os diferentes profissionais ligados à saúde da criança Acumular conhecimentos sobre essa população e sobre os dispositivos de saúde de nosso município para orientar nossas condutas e possibilitar capacitação dos profissionais e troca de experiências com os mesmos

46 Pesquisa sobre a história diagnóstica das crianças já atendidas nos CAPS Infantis. Análise de prontuários de crianças diagnosticadas com autismo ou psicose para entender como se dá a história do diagnóstico e tratamento, visando localizar possíveis falhas nesse percurso;

47 Estudo Videográfico Produção de material videográfico informativo a respeito das primeiras relações entre pais e bebês e os sinais de risco psicopatológico, direcionado a profissionais que atendem a primeira infância.

48 Neurociências Traçar um panorama do ponto em que se encontram os estudos das neurociências no campo do autismo e da psicose; Capacitação para a Detecção Precoce de Psicopatologias Graves a profissionais da saúde da Prefeitura do Município de São Paulo

49 Outros sinais

50 Contamos com importantes referências de outros autores que se dedicaram a estudos e observações de bebês e que nos contemplam com critérios de grande valia para a detecção de sinais de risco psicopatológico.

51 MELANIE KLEIN Sobre a Observação do Comportamento de Bebês Muitos comportamentos que antes eram tidos como sem significados ou profundamente obscuros, puderam ser melhor compreendidos e dotados de sentido a partir de estudos e observações de bebês.

52 MELANIE KLEIN Sugere que o melhor critério para o estudo dos bebês é seu comportamento em relação à alimentação O estudo dos padrões fundamentais de atitudes em relação ao alimento poderiam dizer sobre a capacidade e a qualidade do estabelecimento da relação com a mãe e, por conseguinte, com os objetos em geral

53 Destaque para o comportamento do bebê em relação à alimentação: Avidez / falta de avidez Voracidade excessiva Dificuldade de ser alimentado (lentidão na admissão, falta de prazer) Recusa pronunciada de alimentos aponta para distúrbio grave

54 MELANIE KLEIN O cuidado oferecido pela mãe ao bebê deve ser levado em conta minuciosamente A gratificação está tão relacionada com o objeto que dá o alimento, como com o próprio alimento. As indicações acentuadas de uma relação objetal num estágio primitivo, a par do prazer na comida, constituem um bom augúrio, creio eu, para as relações futuras com as pessoas e para o desenvolvimento emocional como um todo. (Klein, 1952)

55 MELANIE KLEIN Alimentação x frustração Também é importante observar as atitudes do bebê frente à frustração, no que diz respeito a sua alimentação Crianças que parecem satisfeitas e boas, fáceis de serem alimentadas, podem ser apáticas. Isto é diferente de crianças realmente satisfeitas.

56 Sinais Positivos (para as relações futuras e desenvolvimento emocional como um todo): Indicações acentuadas de uma relação objetal num estágio primitivo (mesmo com poucas semanas os bebês olham para a mãe, escutam sua voz, respondem a ela pelas expressões faciais, brincam com o seio materno conversa amorosa entre mãe e bebê ) Prazer na comida Capacidade de brincar Capacidade de brincar capacidade simbólica/ repetição de brincadeiras

57 ESTHER BICK ( ) Elaborou a teoria sobre a função psíquica da pele na estruturação do ego contenção A função de contenção da pele proporciona ao bebê a sensação de limites, bordas, o que o tranqüiliza e possibilita uma constituição psíquica saudável

58 ESTHER BICK Na ausência ou falha na função de contenção da pele, o bebê recorreria à identificação adesiva Identificação adesiva: um mecanismo de adesão a um ponto sensorial de concentração (ponto de luz, som, cheiro...)para manutenção da integridade psíquica esperado que ocorra, em alguns momentos, também no desenvolvimento sadio

59 ESTHER BICK O uso excessivo desse mecanismo, levaria à formação da SEGUNDA PELE uma carapaça mental e somática Relaciona-se com a formação de estruturas rígidas autísticas ou à constituição de estruturas psicóticas

60 ESTHER BICK Manifestações musculares típicas da SEGUNDA PELE: - Movimentos desorganizados - Tremores - Musculatura rígida - Fixação em um ponto sensorial (tátil, visual, auditivo)

61 WILFRED BION Bebê não possui estrutura psíquica suficiente para dar conta das emoções e tensões que vivencia dados sensoriais e emocionais Projeção das emoções na mãe através do mecanismo de identificação projetiva realista

62 WILFRED BION Rêverie materno: Capacidade da mãe de receber, conter e transformar as experiências de tensões/emoções do bebê e trabalhá-las, metabolizá-las e devolvê-las a ele, de modo a minimizar a intensidade das mesmas

63 WILFRED BION Reação à frustração como indicador da atividade simbólica do bebê Respostas possíveis à frustração: - Tentativa de solucionar - Evitação - Negação mais grave Indicador de bebês com desenvolvimento do pensamento e da capacidade simbólica comprometidos incapacidade de simbolizar e admitir a ausência do objeto (autismo e psicose)

64 A palavra do profissional e seus efeitos

65 A clínica pediátrica é um espaço privilegiado para a observação dos primeiros laços, já que é onde rotineiramente circulam as famílias com seus bebês. Os profissionais da primeira infância profissionais da primeira infância são os primeiros a se depararem com possíveis dificuldades e impasses que se coloquem nesses laços.

66 Donald Winnicott, pediatra e psicanalista, já enfatizava a importância do papel dos médicos pediatras na detecção dos problemas mentais. A profilaxia da psicose é, portanto, da responsabilidade dos pediatras, do que eles devem ter conhecimento (Winnicott, 1952)

67 É preciso que haja parceria entre os profissionais da primeira infância e os da área psi. Penso que é sobre este diálogo que devem ser calcados os nossos esforços no próximo decênio, se queremos avançar na prevenção de doenças tais como o autismo. (Laznik,2004)

68 O olhar dos pais Os pais criam uma história em relação ao seu bebê atribuindo-lhe um lugar na família, imaginando como esse bebê vai ser.

69 Olhar dos pais como fundador do corpo da criança: olhar que antecipa, olhar que deseja e que atribui uma significação ao corpo da criança. O real do corpo e essa representação antecipadora vão constituindo a imagem corporal originária que o bebê tem de si e passa a reafirmá-la a partir de suas condutas.

70 Nesse olhar os pais são capazes de ver o que ainda não está ali representação antecipadora para que o sujeito possa advir. Loucura normal da mães (Winnicott).

71 Esquema óptico: Lacan Laznik

72 Algumas mães não têm nenhuma imagem antecipadora e vêem apenas o próprio real do corpo. Outras vezes, a imagem antecipadora materna existente pode ser perturbada por um diagnóstico, mesmo por uma hipótese diagnóstica, ou ainda, pelo comentário de alguém considerado mais sábio da família.

73 O luto psíquico, determinado pela morte da criança sonhada antecipatoriamente, exige o desligamento afetivo daquela criança que não comporta mais o sonho dos pais, provocando uma falta de expectativa e de investimento afetivo que, em si impedirá, o desenvolvimento subjetivo e consequentemente objetivo dessa criança.

74 No entanto, a palavra do profissional pode cumprir com a função de abrir ou fechar possibilidades para a criança, dependendo do modo como a hipótese é apresentada.

75 O pediatra e os demais profissionais, nesse sentido, podem ajudar a modificar o olhar dos pais sobre o bebê quando um impasse se coloca A óptica parental pode ser instaurada, ou mesmo modificada pelo olhar que o próprio médico tem sobre o bebê. Eis que se supõe um certo número de condições como estas que permitam ao médico se deixar surpreender pelo reizinho que há no bebê e aos pais de vir a se identificar com esse olhar do médico. (Laznik,1999)

76 Vale ressaltar a importância dos profissionais que lidam com a primeira infância quanto a sua tarefa de reassegurar a potência dos pais e não desautorizá-los de seus saberes subjetivos.

77 Encaminhamentos

78 Freqüentemente, as crianças que apresentam psicopatologias chegam tardiamente aos serviços especializados e, em geral, após muitos descaminhos. No caso das psicopatologias graves, luta-se contra o tempo já que (...) a não instauração das estruturas psíquicas lesa rapidamente o órgão que as suporta. (Laznik, 1997)

79 A pesquisa realizada no CAPS Infantil da Mooca constatou que: - 78% dos pais de crianças diagnosticadas com autismo - 45% dos pais de crianças diagnosticadas com psicose já percebiam algo de errado com a criança anos antes do pediatra reconhecer a presença de uma psicopatologia e realizar o devido encaminhamento

80 Na mesma pesquisa, verificou-se que: - 85,7% das crianças passaram por de 1 a 5 profissionais e ou instituições até receberem o diagnóstico formal de autismo - no caso da psicose, 100% das crianças passaram por de 1 a 4 profissionais e ou instituições

81 Outro dado importante é quanto à idade que se dá o início do tratamento: -No autismo, 85% das crianças iniciam o tratamento a partir dos 4 anos -Na psicose, a mesma porcentagem, a partir dos 7 anos Vale ressaltar que essas idades são consideradas tardias, já que operações fundamentais da constituição do psiquismo se dão em idade bastante precoce

82 Como fazer o encaminhamento: O encaminhamento deve ser cuidadoso, já que o momento de adaptação e criação de vínculos entre o bebê e sua família é bastante delicado.

83 Como fazer o encaminhamento: É importante não desautorizar os pais de seus saberes e de seus sonhos sobre o bebê. Se alguma orientação for necessária, que seja feita de maneira a envolver prazerosamente os pais no trato do bebê e nunca de maneira a desanimá-los desta tarefa - encantamento

84 Pode-se recorrer a uma analogia com a puericultura, só que em relação aos aspectos emocionais

85 Nunca temos certeza dos efeitos de uma patologia sobre o desenvolvimento da criança, logo não podemos perturbar negativamente o laço pais-criança por conta de um porvir imprevisível em parte.

86 Afirmar a existência de um problema pode ser alarmante e desestruturante para a família, o que pode criar dificuldades adicionais na construção de uma relação saudável com o bebê, porém negar as dificuldades também.

87 Enquanto profissionais da área psi e apoiados na teoria psicanalítica, nossa especificidade de trabalho é a intervenção sobre a (re)constituição do laço da dupla mãe-bebê. Por que? O contato com os encaminhantes e com demais profissionais envolvidos acontecerá todo o tempo, como conduta habitual.

88 A importância da rede: Devido à complexidade desses casos, é necessária uma intervenção em que os diferentes profissionais envolvidos possam contribuir com os conhecimentos de sua área. Destacamos a importância de que esse trabalho se desenvolva de modo afinado entre os profissionais envolvidos.

89 A importância da rede No estudo da Dra. Edith Lauridsen, observou-se que os profissionais da atenção básica, no que diz respeito ao encaminhamento para serviços especializados em saúde mental, têm dificuldades devido a um descrédito tanto em relação ao pequeno número de serviços existentes, quanto pelo pouco conhecimento do trabalho realizado lá, gerando, em muitos casos, um sentimento de perda do paciente.

90 Uma intervenção precoce tem maiores possibilidades de produzir bons e duradouros resultados, num breve espaço de tempo, além de acarretar baixo custo econômico para o Estado e para a família.

91 Agradecimentos: CNPq financiador dos pesquisadores em iniciação científica A Marie Christine Laznik que cedeu gentilmente essas imagens A todos os pesquisadores dessa equipe: graduandos, aprimorandos e colaboradores

92 Referências bibliográficas ABRÃO, Laura (2009). Detecção precoce de psicopatologias graves. Relatório Parcial das Atividades de Pesquisa em Iniciação Científica. PUCSP. BICK, Esther (1964). Notes on Infant Observation In Psycho-Analytic Training. In: WILLIAMS, Meg Harris (ed.). Collected Papers of Martha Harris and Esther Bick. Perthshire: The Clunie Press, 1987, p BICK, Esther (1968). The Experience of the Skin in Early Object Relations. In: WILLIAMS, Meg Harris (ed.). Collected Papers of Martha Harris and Esther Bick. Perthshire: The Clunie Press, 1987, p

93 BICK, Esther (1986).Further Considerations on the Function of the Skin in Early Object Relations: Findings from Infant Observation Integrated into Child and Adult Analysis. British Journal of Psychotherapy, v. 2, n. 4, p CABASSU, Graciela(1997) Palavras em torno do berço. In: Palavras em torno do berço. Salvador : Ágalma. CARVALHO, Valéria Maria Barbosa de (2006).Da janela do pediatra. In: A ética na atenção ao bebê: psicanálise, saúde, educação. São Paulo: Casa do Psicólogo.

94 FREUD, S. (1915). Pulsiones y destinos de pulsión, Obras Completas, vol.xiv, quinta reimpresión, Buenos Aires: Amorrortu editores, GEMIGNANI, Thais Fontana (2007). Captação de bebês de risco. Detecção precoce de psicopatologias graves. Relatório Parcial das Atividades de Pesquisa em Iniciação Científica. PUCSP. KLEIN, Melanie (1930). L importance de la formation du symbole dans le développement du moi in, Essais de Psychanalyse. Paris, Payot. KLEIN, Melanie. (1952). Sobre a Observação do Comportamento dos Bebês. In: KLEIN, Melanie et.al. Os Progressos da Psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978, p

95 LAURIDSEN-RIBEIRO, Edith e TANAKA, Oswald Y (2005). Problemas de saúde mental das crianças abordagem na atenção básica. São Paulo: Annablume LAZNIK, Marie-Christine (2004). Os efeitos da palavra sobre o olhar dos pais, fundador do corpo da criança. In: A voz da sereia. O autismo e os impasses na constituição do sujeito. Salvador: Ágalma. Poderia a teoria lacaniana da pulsão fazer avançar a pesquisa sobre o autismo? Revista da APPOA. (1997)Poderíamos pensar numa prevenção da síndrome autística? In: Palavras em torno do berço, Salvador: Ágalma.

96 VISANI, Paola (2009). Detecção precoce de psicopatologias graves. Relatório Finaldas Atividades de Pesquisa em Iniciação Científica. PUCSP. WINNICOTT. D. W. (1952). Psicoses e Cuidados Maternos. In: WINNICOTT, D. W. Da pediatria à psicanálise. Obras escolhidas. Rio de Janeiro: Imago Editora, 2000.

DETECÇÃO E INTERVENÇÃO PRECOCE DE PSICOPATOLOGIAS GRAVES

DETECÇÃO E INTERVENÇÃO PRECOCE DE PSICOPATOLOGIAS GRAVES DETECÇÃO E INTERVENÇÃO PRECOCE DE PSICOPATOLOGIAS GRAVES Laura de Vilhena Abrão Paola Visani Esse estudo faz parte de um projeto de pesquisa maior que surgiu a partir de questões que os profissionais e

Leia mais

O AUTISMO NA PSICANÁLISE E A QUESTÃO DA ESTRUTURA Germano Quintanilha Costa 1

O AUTISMO NA PSICANÁLISE E A QUESTÃO DA ESTRUTURA Germano Quintanilha Costa 1 O AUTISMO NA PSICANÁLISE E A QUESTÃO DA ESTRUTURA Germano Quintanilha Costa 1 I Introdução O objetivo deste trabalho é pensar a questão do autismo pelo viés da noção de estrutura, tal como compreendida

Leia mais

PNL? o que é. Dossie. Veronica Ahrens Diretora de T&D, Trainer e Coach da SBPNL Inspirar pessoas a criarem um mundo melhor. veronica@pnl.com.

PNL? o que é. Dossie. Veronica Ahrens Diretora de T&D, Trainer e Coach da SBPNL Inspirar pessoas a criarem um mundo melhor. veronica@pnl.com. 1 Dossie Veronica Ahrens Diretora de T&D, Trainer e Coach da SBPNL Inspirar pessoas a criarem um mundo melhor. veronica@pnl.com.br o que é PNL? Nos últimos anos, a PNL (Programação Neurolinguística) vem

Leia mais

O APOIO MATRICIAL COMO PROCESSO DE CUIDADO NA SAÚDE MENTAL

O APOIO MATRICIAL COMO PROCESSO DE CUIDADO NA SAÚDE MENTAL O APOIO MATRICIAL COMO PROCESSO DE CUIDADO NA SAÚDE MENTAL Patrícia de Bitencourt Toscani 1 Durante a década de 70, o processo da Reforma Psiquiátrica possibilitou construir uma nova política de saúde

Leia mais

A importância da audição e da linguagem

A importância da audição e da linguagem A importância da audição e da linguagem A linguagem não é apenas uma função entre muitas[...] mas uma característica muito difusa do indivíduo, a tal ponto que ele se torna um organismo verbal.(joseph

Leia mais

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock ABCEducatio entrevista Sílvio Bock Escolher uma profissão é fazer um projeto de futuro A entrada do segundo semestre sempre é marcada por uma grande preocupação para todos os alunos que estão terminando

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

EMENTAS DAS DISCIPLINAS EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE PSICOLOGIA Ementário/abordagem temática/bibliografia básica (3) e complementar (5) Morfofisiologia e Comportamento Humano Ementa: Estudo anátomo funcional

Leia mais

As diferentes linguagens da criança: o jogo simbólico

As diferentes linguagens da criança: o jogo simbólico As diferentes linguagens da criança: o jogo simbólico Mariana Antoniuk 1 Dêivid Marques 2 Maria Angela Barbato Carneiro ( orientação) 3 Abordando as diferentes linguagens da criança neste ano, dentro do

Leia mais

BOLETIM INFORMATIVO MAR/ABRIL 2013 [Edição 6]

BOLETIM INFORMATIVO MAR/ABRIL 2013 [Edição 6] BOLETIM INFORMATIVO MAR/ABRIL 2013 [Edição 6] O tema central desta edição do Boletim Informativo será a Psicologia Infantil. A Psicologia Infantil é a área da Psicologia que estuda o desenvolvimento da

Leia mais

Desenvolvimento motor do deficiente auditivo. A deficiência auditiva aparece, por vezes, associada a outras deficiências, como

Desenvolvimento motor do deficiente auditivo. A deficiência auditiva aparece, por vezes, associada a outras deficiências, como Texto de apoio ao Curso de Especialização Atividade Física Adaptada e Saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Desenvolvimento motor do deficiente auditivo A deficiência auditiva aparece, por vezes, associada

Leia mais

Colégio La Salle São João. Professora Kelen Costa Educação Infantil. Educação Infantil- Brincar também é Educar

Colégio La Salle São João. Professora Kelen Costa Educação Infantil. Educação Infantil- Brincar também é Educar Colégio La Salle São João Professora Kelen Costa Educação Infantil Educação Infantil- Brincar também é Educar A importância do lúdico na formação docente e nas práticas de sala de aula. A educação lúdica

Leia mais

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934.

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Vygotsky, viveu na mesma época que Piaget (ambos nasceram em 1896 entanto Vygotsky

Leia mais

Fonte: www.cantocidadao.org.br/.../blog/criancas.jpg

Fonte: www.cantocidadao.org.br/.../blog/criancas.jpg 5. Estágio pré-operatório (2 a 6 anos) Fonte: www.cantocidadao.org.br/.../blog/criancas.jpg Esse período é marcado pela passagem da inteligência sensório-motora para a inteligência representativa. A criança

Leia mais

NA POSTURA DO PROFESSOR, O SUCESSO DA APRENDIZAGEM

NA POSTURA DO PROFESSOR, O SUCESSO DA APRENDIZAGEM Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 NA POSTURA DO PROFESSOR, O SUCESSO DA APRENDIZAGEM Marina Muniz Nunes: É inegável que determinadas ações e posturas do professor, tal como

Leia mais

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social DESENVOLVIMENTO PSÍQUICO DO BEBÊ DE ZERO A UM ANO DE IDADE À LUZ DA PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL Nadia Mara Eidt; Departamento de Educação; Universidade Estadual de Londrina; Londrina; Paraná, Brasil.

Leia mais

INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS III Curso do IAB Formação de Agentes Multiplicadores em Prevenção às Drogas

INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS III Curso do IAB Formação de Agentes Multiplicadores em Prevenção às Drogas INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS III Curso do IAB Formação de Agentes Multiplicadores em Prevenção às Drogas Módulo IV O AFETO NA PRÁTICA TERAPÊUTICA E NA FORMAÇÃO DO MULTIPLICADOR Regina Lucia Brandão

Leia mais

A psicologia tem uma dimensão prática que se integra em vários contextos e instituições sociais: escolas, hospitais, empresas, tribunais, associações

A psicologia tem uma dimensão prática que se integra em vários contextos e instituições sociais: escolas, hospitais, empresas, tribunais, associações PSICOLOGIA APLICADA A psicologia tem uma dimensão prática que se integra em vários contextos e instituições sociais: escolas, hospitais, empresas, tribunais, associações Os níveis de intervenção vão desde

Leia mais

RELATO DE EXPERIÊNCIA: A PERCEPÇÃO DE LUZ E SOMBRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Palavras-chave: Conhecimentos físicos. Luz e sombra. Educação Infantil.

RELATO DE EXPERIÊNCIA: A PERCEPÇÃO DE LUZ E SOMBRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Palavras-chave: Conhecimentos físicos. Luz e sombra. Educação Infantil. RELATO DE EXPERIÊNCIA: A PERCEPÇÃO DE LUZ E SOMBRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Resumo Camille Cistina Witsmiszyn de Souza 1 Dulce Stela Schramme 2 Neila Tonin Agranionih 3 Lucilene Paixão 4 Percepção de luz e

Leia mais

Da anomia à heteronomia na. Rossano Cabral Lima Psiquiatra infanto-juvenil; mestre e doutorando em Saúde Coletiva (IMS/UERJ)

Da anomia à heteronomia na. Rossano Cabral Lima Psiquiatra infanto-juvenil; mestre e doutorando em Saúde Coletiva (IMS/UERJ) Da anomia à heteronomia na infância Rossano Cabral Lima Psiquiatra infanto-juvenil; mestre e doutorando em Saúde Coletiva (IMS/UERJ) Hipótese mais difundida: indiferenciação primordial entre mãe e bebê

Leia mais

Sobre a intimidade na clínica contemporânea

Sobre a intimidade na clínica contemporânea Sobre a intimidade na clínica contemporânea Flávia R. B. M. Bertão * Francisco Hashimoto** Faculdade de Ciências e Letras de Assis, UNESP. Doutorado Psicologia frbmbertao@ibest.com.br Resumo: Buscou-se

Leia mais

PROCESSO SELETIVO PARA PROFESSORES SUBSTITUTOS EDITAL

PROCESSO SELETIVO PARA PROFESSORES SUBSTITUTOS EDITAL EDUCAÇÃO INFANTIL 01) Tomando como base a bibliografia atual da área, assinale a alternativa que destaca CORRE- TAMENTE os principais eixos de trabalho articuladores do cotidiano pedagógico nas Instituições

Leia mais

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT Proposta do CDG-SUS Desenvolver pessoas e suas práticas de gestão e do cuidado em saúde. Perspectiva da ética e da integralidade

Leia mais

2.5 AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

2.5 AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 2.5 AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Para que a Educação Infantil no município de Piraquara cumpra as orientações desta Proposta Curricular a avaliação do aprendizado e do desenvolvimento da criança, como

Leia mais

INSTITUCIÓN: Programa Primeira Infância Melhor. Departamento de Ações em Saúde Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul

INSTITUCIÓN: Programa Primeira Infância Melhor. Departamento de Ações em Saúde Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul EXPERIENCIA PRESENTADA EN FORMATO PÓSTER: Primeira Infância Melhor Fazendo Arte: Relato de experiência da Política Pública do Estado do Rio Grande do Sul/ Brasil na formação lúdica de visitadores domiciliares

Leia mais

Regulamento Institucional do Serviço de Apoio Psicopedagógico SAPP

Regulamento Institucional do Serviço de Apoio Psicopedagógico SAPP Regulamento Institucional do Serviço de Apoio Psicopedagógico SAPP Regulamento Institucional do Serviço de Apoio Psicopedagógico SAPP Art. 1 - Do serviço de apoio Psicopedagógico - SAPP O serviço de apoio

Leia mais

BRINCAR E APRENDER: A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

BRINCAR E APRENDER: A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL BRINCAR E APRENDER: A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL GEANE SANTANA ROCHA QUIXABEIRA CMEI Criança Feliz geanezinha@gmail.com ANADIR FERREIRA DA SILVA Secretaria Municipal de Educação laurapso@hotmail.co.uk

Leia mais

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas.

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SANTOS, Silvana Salviano silvanasalviano@hotmail.com UNEMAT Campus de Juara JESUS, Lori Hack de lorihj@hotmail.com UNEMAT

Leia mais

CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL POR EXPERIÊNCIA DE ADMINISTRADORES

CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL POR EXPERIÊNCIA DE ADMINISTRADORES CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL POR EXPERIÊNCIA DE ADMINISTRADORES ANÁLISE DE REQUISITOS PARA RELATOR E AVALIADOR DA BANCA EXAMINADORA ESBOÇO ESQUEMÁTICO CONSIDERAÇÕES INICIAIS Esta breve análise pretende abordar

Leia mais

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica PORQUE AS CRIANÇAS ESTÃO PERDENDO TODOS OS REFERENCIAIS DE ANTIGAMENTE EM RELAÇÃO ÀS BRINCADEIRAS?

Leia mais

ORGANIZAÇÃO DE ESPAÇO FÍSICO NA CRECHE ( os cantinhos ), que possibilitou entender o espaço como aliado do trabalho pedagógico, ou seja, aquele que

ORGANIZAÇÃO DE ESPAÇO FÍSICO NA CRECHE ( os cantinhos ), que possibilitou entender o espaço como aliado do trabalho pedagógico, ou seja, aquele que Introdução A formação continuada iniciou-se com um diagnóstico com os profissionais que atuam nos Centros de Educação Infantil do nosso município para saber o que pensavam a respeito de conceitos essenciais

Leia mais

Profissionais de Alta Performance

Profissionais de Alta Performance Profissionais de Alta Performance As transformações pelas quais o mundo passa exigem novos posicionamentos em todas as áreas e em especial na educação. A transferência pura simples de dados ou informações

Leia mais

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ALUNO COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA NO ENSINO REGULAR

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ALUNO COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA NO ENSINO REGULAR EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ALUNO COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA NO ENSINO REGULAR Autoras: Natália Aparecida DAL ZOT, Rafaela Alice HORN, Neusa MARTINI Identificação autores: Acadêmica do Curso de Matemática-Licenciatura

Leia mais

Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola

Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola Brincar é fonte de lazer, mas é, simultaneamente, fonte de conhecimento; é esta dupla natureza que nos leva a considerar o brincar

Leia mais

COMPORTAMENTO SEGURO

COMPORTAMENTO SEGURO COMPORTAMENTO SEGURO A experiência demonstra que não é suficiente trabalhar somente com estratégias para se conseguir um ambiente de trabalho seguro. O ideal é que se estabeleça a combinação de estratégias

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Dicas que ajudam pais na escolha da escola dos seus filhos

Dicas que ajudam pais na escolha da escola dos seus filhos Dicas que ajudam pais na escolha da escola dos seus filhos Com a chegada do fim do ano, muitos pais vivem um impasse na escolha da melhor escola para seus filhos. Quais aspectos levar em consideração?

Leia mais

O papel do CRM no sucesso comercial

O papel do CRM no sucesso comercial O papel do CRM no sucesso comercial Escrito por Gustavo Paulillo Você sabia que o relacionamento com clientes pode ajudar sua empresa a ter mais sucesso nas vendas? Ter uma equipe de vendas eficaz é o

Leia mais

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM NA ADOLESCÊNCIA AULA 03: ABORDAGEM DA PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO TÓPICO 01: AS FASES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO Para compreendermos a natureza do comportamento

Leia mais

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014. Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO.

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014. Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO. V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014 Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO. RESUMO Adriana Vieira de Lima Colégio Marista Arquidiocesano

Leia mais

Avaliação Psicossocial: conceitos

Avaliação Psicossocial: conceitos Avaliação Psicossocial: conceitos Vera Lucia Zaher Pesquisadora do LIM 01 da FMUSP Programa de pós-graduação de Bioética do Centro Universitário São Camilo Diretora da Associação Paulista de Medicina do

Leia mais

TÍTULO: ALUNOS DE MEDICINA CAPACITAM AGENTES COMUNITÁRIOS NO OBAS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

TÍTULO: ALUNOS DE MEDICINA CAPACITAM AGENTES COMUNITÁRIOS NO OBAS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE TÍTULO: ALUNOS DE MEDICINA CAPACITAM AGENTES COMUNITÁRIOS NO OBAS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: MEDICINA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO AUTOR(ES): THAIS

Leia mais

Instituto Educacional Santa Catarina. Faculdade Jangada. Atenas Cursos

Instituto Educacional Santa Catarina. Faculdade Jangada. Atenas Cursos Instituto Educacional Santa Catarina Faculdade Jangada Atenas Cursos Curso de Capacitação em AEE Aluna: Ivete D. Poleto De Cezare Vanini, 01 de Maio de 2015. 1 - Tema: Deficiência Intelectual 2 - Problema:

Leia mais

ESTRATÉGIAS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES. Profa. Me. Michele Costa

ESTRATÉGIAS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES. Profa. Me. Michele Costa ESTRATÉGIAS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES Profa. Me. Michele Costa CONVERSAREMOS SOBRE Formação de Professores Continuação do diálogo sobre o professor de educação infantil.

Leia mais

O ORIENTADOR FRENTE À INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIENCIA NA ESCOLA REGULAR DE ENSINO

O ORIENTADOR FRENTE À INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIENCIA NA ESCOLA REGULAR DE ENSINO O ORIENTADOR FRENTE À INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIENCIA NA ESCOLA REGULAR DE ENSINO Flávia Fernanda Vasconcelos Alves Faculdades Integradas de Patos FIP flaviavasconcelos.edu@hotmail.com INTRODUÇÃO Observa-se

Leia mais

Ebook Gratuito. 3 Ferramentas para Descobrir seu Verdadeiro Potencial

Ebook Gratuito. 3 Ferramentas para Descobrir seu Verdadeiro Potencial Ebook Gratuito 3 Ferramentas para Descobrir seu Verdadeiro Potencial 3 Ferramentas para Descobrir seu Verdadeiro Potencial Rosana Rodrigues Choice Consultoria 2 Quando se trata de ajudar alguém a repensar

Leia mais

AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG

AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG 1. Introdução 2. Maslow e a Hierarquia das necessidades 3. Teoria dos dois Fatores de Herzberg 1. Introdução Sabemos que considerar as atitudes e valores dos

Leia mais

LEV VIGOTSKY 1. VIDA E OBRA

LEV VIGOTSKY 1. VIDA E OBRA LEV VIGOTSKY 1. VIDA E OBRA Casou-se em 1924. Pesquisou profundamente sobre o comportamento e desenvolvimento humanos. Dizia que o conhecimento é decorrente da interação da história social e pessoal. Escreveu

Leia mais

A sua revista eletrônica CONTEMPORANEIDADE E PSICANÁLISE 1

A sua revista eletrônica CONTEMPORANEIDADE E PSICANÁLISE 1 A sua revista eletrônica CONTEMPORANEIDADE E PSICANÁLISE 1 Patrícia Guedes 2 Comemorar 150 anos de Freud nos remete ao exercício de revisão da nossa prática clínica. O legado deixado por ele norteia a

Leia mais

PSICODIAGNÓSTICO: FERRAMENTA DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA¹

PSICODIAGNÓSTICO: FERRAMENTA DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA¹ PSICODIAGNÓSTICO: FERRAMENTA DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA¹ OLIVEIRA, Micheli Viera de 2 ; MELLO, Lauren Machado 2 ; OLIVEIRA, Vânia Fortes³. 1 Trabalho de Pesquisa _UNIFRA 2 Psicólogas graduadas pelo Centro

Leia mais

Como saber que meu filho é dependente químico e o que fazer. A importância de todos os familiares no processo de recuperação.

Como saber que meu filho é dependente químico e o que fazer. A importância de todos os familiares no processo de recuperação. Como saber que meu filho é dependente químico e o que fazer A importância de todos os familiares no processo de recuperação. Introdução Criar um filho é uma tarefa extremamente complexa. Além de amor,

Leia mais

Um pouco mais sobre desenvolvimento social e os Transtornos do Espectro Autista

Um pouco mais sobre desenvolvimento social e os Transtornos do Espectro Autista Um pouco mais sobre desenvolvimento social e os Transtornos do Espectro Autista www.infanciaeadole scencia.com.br O desenvolvimento social ocorre ao longo de todas as etapas do ciclo vital. Entretanto,

Leia mais

Mitos e equívocos sobre sobreviventes de cancro infantil.

Mitos e equívocos sobre sobreviventes de cancro infantil. Mitos e equívocos sobre sobreviventes de cancro infantil. 1 MITO Crianças com cancro e sobreviventes de cancro infantil, representam um risco de saúde para a saúde das outras crianças / adolescentes. Eles

Leia mais

Páginas para pais: Problemas na criança e no adolescente. 3.14 A criança com Autismo e Síndrome de Asperger

Páginas para pais: Problemas na criança e no adolescente. 3.14 A criança com Autismo e Síndrome de Asperger Páginas para pais: Problemas na criança e no adolescente 3.14 A criança com Autismo e Síndrome de Asperger Introdução A maioria das crianças, desde os primeiros tempos de vida, é sociável e procura ativamente

Leia mais

A Educação Bilíngüe. » Objetivo do modelo bilíngüe, segundo Skliar:

A Educação Bilíngüe. » Objetivo do modelo bilíngüe, segundo Skliar: A Educação Bilíngüe Proposta de educação na qual o bilingüismo atua como possibilidade de integração do indivíduo ao meio sociocultural a que naturalmente pertence.(eulália Fernandes) 1 A Educação Bilíngüe»

Leia mais

Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno

Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno A crise de representação e o espaço da mídia na política RESENHA Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno Rogéria Martins Socióloga e Professora do Departamento de Educação/UESC

Leia mais

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 0 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 1 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Renato da Guia Oliveira 2 FICHA CATALOGRÁFICA OLIVEIRA. Renato da Guia. O Papel da Contação

Leia mais

Curso de Especialização Educação Infantil 2ª Edição EMENTA DAS DISCIPLINAS

Curso de Especialização Educação Infantil 2ª Edição EMENTA DAS DISCIPLINAS Curso de Especialização Educação Infantil 2ª Edição EMENTA DAS DISCIPLINAS Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem da Criança de 0 a 5 anos Docente do Curso Gilza Maria Zauhy Garms Total da Carga

Leia mais

Centro de Estudos Avançados em Pós Graduação e Pesquisa

Centro de Estudos Avançados em Pós Graduação e Pesquisa EDUCAÇÃO INFANTIL JUSTIFICATIVA O momento social, econômico, político e histórico em que vivemos está exigindo um novo perfil de profissional, de cidadão: informado, bem qualificado, crítico, ágil, criativo,

Leia mais

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM Resumo Gisele Gomes Avelar Bernardes- UEG 1 Compreendendo que a educação é o ponto chave

Leia mais

Conheça o SUS e seus direitos e deveres, como usuário da saúde

Conheça o SUS e seus direitos e deveres, como usuário da saúde Conheça o SUS e seus direitos e deveres, como usuário da saúde O Escritório de Projetos de Humanização do ICESP desenvolveu esta cartilha para orientar os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre

Leia mais

O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS VOLTADAS PARA A DEFESA DE DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA EDUCAÇÃO

O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS VOLTADAS PARA A DEFESA DE DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA EDUCAÇÃO O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS VOLTADAS PARA A DEFESA DE DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA EDUCAÇÃO Soraya Hissa Hojrom de Siqueira Diretora da Superintendência de Modalidades e Temáticas

Leia mais

Educação a distância: desafios e descobertas

Educação a distância: desafios e descobertas Educação a distância: desafios e descobertas Educação a distância: Desafios e descobertas Conteudista: Equipe Multidisciplinar Campus Virtual Cruzeiro do Sul Você na EAD Educação a distância: desafios

Leia mais

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS. Junho, 2006 Anglo American Brasil

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS. Junho, 2006 Anglo American Brasil MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS Junho, 2006 Anglo American Brasil 1. Responsabilidade Social na Anglo American Brasil e objetivos deste Manual Já em 1917, o Sr. Ernest Oppenheimer, fundador

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

COMUNICACÃO FALA E LINGUAGEM

COMUNICACÃO FALA E LINGUAGEM COMUNICACÃO FALA E LINGUAGEM AUTISMO De acordo com o DSM-V o Autismo é um transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos três primeiros anos de vida e compromete as habilidades de comunicação

Leia mais

Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade

Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade Pensar na realidade é pensar em transformações sociais. Atualmente, temos observado os avanços com relação à

Leia mais

********** É uma instituição destinada ao atendimento de crianças de 0 a 3 anos e faz parte da Educação Infantil. Integra as funções de cuidar e

********** É uma instituição destinada ao atendimento de crianças de 0 a 3 anos e faz parte da Educação Infantil. Integra as funções de cuidar e 1 CONCEPÇÃO DE CRECHE (0 A 3 ANOS): A Constituição Federal de 1988 assegura o reconhecimento do direito da criança a creche, garantindo a permanente atuação no campo educacional, deixando de ser meramente

Leia mais

MATRÍCULA: 52862 DATA: 15/09/2013

MATRÍCULA: 52862 DATA: 15/09/2013 AV1 Estudo Dirigido da Disciplina CURSO: Administração Escolar DISCIPLINA: Educação Inclusiva ALUNO(A):Claudia Maria de Barros Fernandes Domingues MATRÍCULA: 52862 DATA: 15/09/2013 NÚCLEO REGIONAL: Rio

Leia mais

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: UM ESTUDO DE METODOLOGIAS FACILITADORAS PARA O PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: UM ESTUDO DE METODOLOGIAS FACILITADORAS PARA O PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: UM ESTUDO DE METODOLOGIAS FACILITADORAS PARA O PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA Bruna Tayane da Silva Lima; Eduardo Gomes Onofre 2 1 Universidade Estadual

Leia mais

Por uma pedagogia da juventude

Por uma pedagogia da juventude Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se

Leia mais

ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA BÁRBARA DE GOIÁS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SANTA BÁRBARA DE GOIÁS. O Mascote da Turma

ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA BÁRBARA DE GOIÁS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SANTA BÁRBARA DE GOIÁS. O Mascote da Turma ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA BÁRBARA DE GOIÁS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SANTA BÁRBARA DE GOIÁS O Mascote da Turma SANTA BÁRBARA DE GOIÁS JANEIRO 2013 ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA

Leia mais

Como desenvolver a resiliência no ambiente de Recursos Humanos

Como desenvolver a resiliência no ambiente de Recursos Humanos Como desenvolver a resiliência no ambiente de Recursos Humanos Edna Bedani Edna Bedani Mestre em Administração, Pós Graduada em Administração, com especialização em Gestão Estratégica de RH, graduada em

Leia mais

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL Prof. José Junior O surgimento do Serviço Social O serviço social surgiu da divisão social e técnica do trabalho, afirmando-se

Leia mais

Direitos Reservados à A&R - Reprodução Proibida

Direitos Reservados à A&R - Reprodução Proibida Direitos Reservados à A&R - Reprodução Proibida AUTISMO: UMA REALIDADE por ZIRALDO MEGATÉRIO ESTÚDIO Texto: Gustavo Luiz Arte: Miguel Mendes, Marco, Fábio Ferreira Outubro de 2013 Quando uma nova vida

Leia mais

UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ

UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ Autores: Jaqueline Lima PALOMBO (Bolsista PIBIC-EM/CNPq); Nadia Rocha VERIGUINE (Orientadora); Ângelo Augusto FROZZA (Co-orientador). Introdução

Leia mais

estão de Pessoas e Inovação

estão de Pessoas e Inovação estão de Pessoas e Inovação Luiz Ildebrando Pierry Secretário Executivo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade Prosperidade e Qualidade de vida são nossos principais objetivos Qualidade de Vida (dicas)

Leia mais

Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique

Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique Carlos Nuno Castel-Branco carlos.castel-branco@iese.ac.mz Associação dos Estudantes da Universidade Pedagógica Maputo, 21 de Outubro

Leia mais

Nome do GT 06: Políticas Educacionais para Educação Inclusiva. Resumo:

Nome do GT 06: Políticas Educacionais para Educação Inclusiva. Resumo: POLÍTICAS EDUCACIONAIS PARA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA, EM SISTEMAS PÚBLICOS MUNICIPAIS: EXPERIÊNCIA DE TOLEDO, NO OESTE DO PARANÁ. Nome do GT 06: Políticas Educacionais

Leia mais

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 3 Criação, Estruturação, Montagem e Gerenciamento de uma Equipe de Projeto

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 3 Criação, Estruturação, Montagem e Gerenciamento de uma Equipe de Projeto Introdução ao Projeto de Aeronaves Aula 3 Criação, Estruturação, Montagem e Gerenciamento de uma Equipe de Projeto Tópicos Abordados Criação, Estruturação e Gerenciamento de uma Equipe de Projeto. O Papel

Leia mais

Gestão da Informação e do Conhecimento

Gestão da Informação e do Conhecimento Gestão da Informação e do Conhecimento Aula 05 Aquisição da Informação Dalton Lopes Martins dmartins@gmail.com 2sem/2014 Aquisição da Informação PROCESSO 2 - A aquisição da informação envolve as seguintes

Leia mais

A brincadeira na vida da criança

A brincadeira na vida da criança A brincadeira na vida da criança A brincadeira, é parte do crescimento e desenvolvimento da criança, além de ser uma de suas necessidades básicas. 1 A criança precisa brincar porque através da brincadeira,

Leia mais

DESENVOLVIMENTO INFANTIL EM DIFERENTES CONTEXTOS SOCIAIS

DESENVOLVIMENTO INFANTIL EM DIFERENTES CONTEXTOS SOCIAIS DESENVOLVIMENTO INFANTIL EM DIFERENTES CONTEXTOS SOCIAIS Coordenadoras: Karla da Costa Seabra (Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Faculdade de Educação) Susana Engelhard Nogueira (Instituto Federal

Leia mais

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO MESTRADO SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO Justificativa A equipe do mestrado em Direito do UniCEUB articula-se com a graduação, notadamente, no âmbito dos cursos de

Leia mais

Vou embora ou fico? É melhor ir embora Estratégias de Evitamento

Vou embora ou fico? É melhor ir embora Estratégias de Evitamento Vou embora ou fico? É melhor ir embora Estratégias de Evitamento A única coisa a ter medo, é do próprio medo The only thing you have to fear is fear itself (Franklin D. Roosevelt) Alguma vez deixou de

Leia mais

Expressão Musical II. Universidade De Trás-Os-Montes e Alto Douro Educação Básica 1ºano,2ºsemestre,2012/1013. Docente: António Neves

Expressão Musical II. Universidade De Trás-Os-Montes e Alto Douro Educação Básica 1ºano,2ºsemestre,2012/1013. Docente: António Neves Universidade De Trás-Os-Montes e Alto Douro Educação Básica 1ºano,2ºsemestre,2012/1013 Expressão Musical II Docente: António Neves Discente: Ana Matos nº 53184 A música e o som, enquanto energia, estimulam

Leia mais

Você conhece a Medicina de Família e Comunidade?

Você conhece a Medicina de Família e Comunidade? Texto divulgado na forma de um caderno, editorado, para a comunidade, profissionais de saúde e mídia SBMFC - 2006 Você conhece a Medicina de Família e Comunidade? Não? Então, convidamos você a conhecer

Leia mais

Níveis de atenção à saúde e serviços de saúde

Níveis de atenção à saúde e serviços de saúde Níveis de atenção à saúde e serviços de saúde Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não a mera ausência de doenças (OMS, 1949) Antes de falar sobre os níveis de atenção à saúde

Leia mais

AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO-CURRICULAR, ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E DOS PLANOS DE ENSINO 1

AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO-CURRICULAR, ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E DOS PLANOS DE ENSINO 1 AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO-CURRICULAR, ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E DOS PLANOS DE ENSINO 1 A avaliação da escola é um processo pelo qual os especialistas (diretor, coordenador pedagógico) e os professores

Leia mais

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL RESUMO Luana da Mata (UEPB) 1 Patrícia Cristina de Aragão Araújo (UEPB) 2 Este artigo tem como objetivo refletir como as brincadeiras

Leia mais

Violência Simbólica: possíveis lugares subjetivos para uma criança diante da escolha materna

Violência Simbólica: possíveis lugares subjetivos para uma criança diante da escolha materna Violência Simbólica: possíveis lugares subjetivos para uma criança diante da escolha materna Henrique Figueiredo Carneiro Liliany Loureiro Pontes INTRODUÇÃO Esse trabalho apresenta algumas considerações,

Leia mais

Motivação. Robert B. Dilts

Motivação. Robert B. Dilts Motivação Robert B. Dilts A motivação é geralmente definida como a "força, estímulo ou influência" que move uma pessoa ou organismo para agir ou reagir. De acordo com o dicionário Webster, motivação é

Leia mais

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Moysés Kuhlmann :A educação da criança pequena também deve ser pensada na perspectiva de

Leia mais

O DESENHO DO PAR EDUCATIVO: UM RECURSO PARA O ESTUDO DOS VINCULOS NA APRENDIZAGEM 1

O DESENHO DO PAR EDUCATIVO: UM RECURSO PARA O ESTUDO DOS VINCULOS NA APRENDIZAGEM 1 O DESENHO DO PAR EDUCATIVO: UM RECURSO PARA O ESTUDO DOS VINCULOS NA APRENDIZAGEM 1 Ana Maria Rodrigues Muñiz 2 Quando o educador começa a abandonar concepções funcionalistasassociacionistas sobre a aprendizagem

Leia mais

Receitas para a Escola e Família na. ou provocação? Orlanda Cruz

Receitas para a Escola e Família na. ou provocação? Orlanda Cruz Receitas para a Escola e Família na melhoria do processo educativo: verdade ou provocação? Orlanda Cruz Promovendo a Parentalidade Positiva Cruz Orlanda Parentalidade (positiva) Criar as condições (necessárias,

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

O paradoxo da creche: lugar de acolhimento, lugar de separação A influência das práticas institucionais na creche sobre a saúde mental dos bebês

O paradoxo da creche: lugar de acolhimento, lugar de separação A influência das práticas institucionais na creche sobre a saúde mental dos bebês O paradoxo da creche: lugar de acolhimento, lugar de separação A influência das práticas institucionais na creche sobre a saúde mental dos bebês Regina Orth de Aragão Sumário Breve histórico. O acolhimento

Leia mais

Decio Tenenbaum. XXII Congresso Brasileiro de Psicanálise Rio de Janeiro - 2009

Decio Tenenbaum. XXII Congresso Brasileiro de Psicanálise Rio de Janeiro - 2009 Decio Tenenbaum XXII Congresso Brasileiro de Psicanálise Rio de Janeiro - 2009 Relação narcísica S. Freud The average expectable environment Heinz Hartmann Relação pré-edipiana Ruth M. Brunswick Rêverie

Leia mais

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Teorias da Administração Aula 3 Teoria Científica Taylorismo (Continuação) Taylor observou que, ao realizar a divisão de tarefas, os operários

Leia mais

EDUCAÇÃO INFANTIL E LEGISLAÇÃO: UM CONVITE AO DIÁLOGO

EDUCAÇÃO INFANTIL E LEGISLAÇÃO: UM CONVITE AO DIÁLOGO Secretaria Municipal de Educação maele_cardoso@hotmail.com Introdução A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, constitui se no atendimento de crianças de 0 a 5 anos de idade, em instituições

Leia mais