Entrevista com Sérgio Costa
|
|
- Domingos Brezinski Fartaria
- 5 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 ISSN POLÍTICA & TRABALHO Revista de Ciências Sociais 17 n. 32 Abril de p Entrevista com Sérgio Costa Por Surya Aaronovich Pombo de Barros e Teresa Cristina Furtado Matos Sérgio Costa é pesquisador do Cebrap e Diretor do Instituto de Estudos Latino- Americanos da Freie Universität Berlin Alemanha. Com larga experiência no campo das ciências sociais, pesquisando, lecionando e publicando na área da sociologia, vem discutindo em sua obra temas como teoria social contemporânea, racismo, mestiçagem e pensamento brasileiro. A entrevista que se segue oferece uma contribuição para a discussão sobre as ações afirmativas e as cotas raciais no Brasil, bem como sobre questões correlatas como desigualdade, representações e identidades. As questões foram enviadas ao entrevistado por , em setembro deste ano, sendo prontamente atendidas. Estamos certas que o contato com a contribuição de Costa, ampliará o debate sobre os temas por ele referidos. 1) Como o senhor vê as experiências de políticas de ações afirmativas no contexto de redução das desigualdades em diferentes países? Em primeiro lugar, parece-me necessário uma consideração para evitar um equívoco recorrente. Políticas de ação afirmativa não são políticas voltadas prioritariamente para combater desigualdades sócio-econômicas. Isto é, ainda que busquem responder a situações em que se verifique uma desigualdade de oportunidades provocada por disposições racistas ou sexistas existentes nas sociedades, políticas como cotas têm, ao menos a curto e médio prazos, um impacto redistributivo mínimo. A razão é simples: Quem pode se beneficiar de políticas como cotas de acesso à universidade ou a posições de prestígio ou poder numa sociedade que, por exemplo, discrimina negros, indígenas ou mulheres, são as pessoas mais escolarizadas e não as mais desfavorecidas, entre esses grupos. A ação afirmativa tem o caráter político-cultural de, ao dar acesso a pessoas pertencentes aos grupos discriminados a posições de prestígio, corrigir a médio e longo prazo a cultura política racista ou sexista. Ou seja, confere-se poder a pessoas dos grupos discriminados para ensinar a sociedade que os
2 18 Política & Trabalho 33 discrimina a aceitar o óbvio, qual seja, que a capacidade intelectual ou o desempenho de uma pessoa não apresenta qualquer relação com traços corporais como a cor da pele ou a anatomia dos órgãos sexuais. Nesse sentido, não é correto dizer que as políticas de ação afirmativa quebram a lógica do justo reconhecimento do mérito, ao contrário buscam restabelecer essa lógica, onde ela nunca existiu ou deixou de existir. Contudo, só mesmo a longo prazo a ação afirmativa pode quebrar preconceitos e aí sim, contribuir para estabelecer a igualdade política efetiva e o igual acesso às oportunidades existentes. Como medida voltada para corrigir disposições e atitudes sociais racistas e sexistas, as políticas de ação afirmativa têm, em geral, produzido efeitos positivos. Alguns países adotaram, por exemplo, a política de admissão preferencial de mulheres para cargos públicos de chefia e para posições nas universidades com muito êxito. Dessa forma, tem sido possível combater a cultura machista que prevalece em algumas carreiras beneficiando mulheres mas também homens que, do ponto de vista moral e pessoal, ganham quando deixam de discriminar mulheres. De forma correlata, as políticas de ação afirmativa voltadas para afrodescendentes ou indígenas vêm produzindo em diferentes países das Américas resultados, em geral, muito positivos. 2) No cenário brasileiro, como o senhor analisa as políticas de ações afirmativas que passam a ser implementadas a partir do final dos anos 90? É impossível uma resposta categórica e única a essa questão, pois há medidas diversas e, sobretudo, processos de implementação diferentes. De forma geral, as medidas adotadas, dada a inequívoca e recorrentemente demonstrada desigualdade de oportunidades para brancos e negros no Brasil, são plenamente justificadas e podem produzir, a longo prazo, uma sociedade menos racista e mais justa. Certamente foram cometidos erros como a exigência de fotos para classificar candidatos ao vestibular. Já se mostrou que o critério da autoidentificação deve prevalecer, mesmo contando que possa haver um ou outro caso de recurso indevido às cotas. Serão casos residuais que não justificam classificar visualmente pessoas. O que me parece problemático é o argumento de justificação escolhida por alguns defensores das cotas quando afirmam que a ação afirmativa visa favorecer a construção da identidade negra. Ora, não cabe ao Estado prescrever essa ou aquela identidade às pessoas assim como não cabe ao Estado escolher a religião ou definir a preferência sexual que devemos seguir. A identidade cultural - se é que se pode falar de identidades, mais adequado é falar de identificações pontuais inseridas em situações concretas assim como a religião representam a escolha de uma concepção determinada de boa vida, o que numa sociedade
3 Entrevista 19 liberal e laica é assunto da competência individual. Cabe ao Estado garantir o justo, isto é, a igualdade de todos os cidadãos. Nesse caso, a justificativa aceitável para a ação afirmativa do ponto de vista do Estado liberal-democrático é o argumento que elas visam restabelecer, a longo prazo, a igualdade política efetiva entre os cidadãos. 3) Como o senhor avalia as políticas de ações afirmativas adotadas pelas universidades públicas brasileiras? Quais as virtudes e problemas o senhor identifica nos modelos adotados? Por economia editorial e por limites empíricos, respondo a essa questão de forma genérica, sem entrar no mérito de ações adotadas em cada uma das universidades especificamente. De forma genérica, pode-se afirmar que os modelos que combinam critérios sociais (egressos de escola pública) e cor da pele são mais adequados. Através desse procedimento, pode-se corrigir o sistema perverso de recrutamento de alunos às universidades públicas através do vestibular. Isto é, sabe-se que as condições de saída para enfrentar uma prova do vestibular são completamente desiguais para quem estudou numa escola pública de periferia ou para quem pagou 2000,00 reais de mensalidade nas escolas de elite. Nesse contexto, as chamadas cotas sociais corrigem minimamente a hipocrisia inerente ao sistema do vestibular indiferenciado que supostamente trata todos os candidatos da mesma maneira ao oferecer a mesma prova para todos. Através desse sistema, desenvolveu-se durante décadas uma política social de favorecimento dos ricos, permitindo que através da qualidade, em geral, superior das universidades públicas servisse como filtro para que as classes sociais reproduzissem sua condição privilegiada, através das diversas gerações, sem pagar por isso. As cotas sociais somente, contudo, não tocam no problema da discriminação racial. Isto é, há uma forma específica de desfavorecimento das pessoas de pele escura produzida pelas disposições racistas reinantes que não é combatida pela cota social, daí a necessidade de critérios específicos que atentem para esse ponto. Qual é a justa medida de combinação desse critério é algo difícil de definir, depende das clientelas regionais e locais específicas de cada universidade. Dada sua significância demográfica menor, o tema das cotas para indígenas vem sendo pouco discutido no Brasil. Do ponto de vista da relevância política, contudo, penso que cabe discutir alguns aspectos da questão. Refiro-me aqui, sobretudo, ao entendimento do sentido dessas cotas que é, muitas vezes, diverso quando se pergunta ao potencial beneficiário da cota e às autoridades do grupo que pertence. Há casos em que, por exemplo, o Tuxaua ou o representante de uma comunidade indígena determinada reivindica que o reconhecimento da condição de indígena para o beneficiário da cota deve ser definido por sua
4 20 Política & Trabalho 33 comunidade de pertença e não pela FUNAI. Afinal, conforme essas lideranças locais, a cota não é para o indivíduo indígena mas para beneficiar o grupo étnico como um todo. Conforme esse entendimento, um indígena só poderia se beneficiar da cota se der garantias que retornará à sua comunidade os benefícios que a formação acadêmica lhe tenha proporcionado. Outros argumentam, contudo, que a cota indígena, como no caso dos afro-descendentes, visa compensar a discriminação que o indígena sofre como indivíduo. O tema é difícil e não vem merecendo a atenção devida no debate brasileiro. 4) O senhor vem desenvolvendo pesquisas sobre democracia e espaço público. Como a questão racial pode ser pensada, considerando esse eixo de análise? Para efeito de sistematização, destaco dois eixos. Um primeiro é de natureza propriamente política e está ligado à questão da legitimação. A pergunta que cabe fazer aqui é em que medida as ações afir mativas vem sendo discutidas e negociadas conforme critérios e procedimentos democráticos aceitáveis. A resposta a essa questão é nitidamente afirmativa. Descontados gestos populistas como a implantação sem grande discussão das cotas na UERJ pelo então Governador Garotinho, as discussões sobre ação afirmativa na esfera pública brasileira vem permitindo que os mais diferentes atores se manifestem e apresentem seus argumentos, razões e justificações. Também institucionalmente, os diferentes procedimentos democráticos vêm sendo contemplados. Pense-se, por exemplo, nas discussões no âmbito da recente audiência pública de 2010 no STF ou mesmo a longa tramitação do Estatuto da Igualdade Racial no congresso. Naturalmente, não nos agrada ouvir os absurdos que, por exemplo, o Senador Demóstenes Torres andou dizendo sobre temas difíceis como raça ou mestiçagem e dos quais ele entende muito pouco, mas ele vocalizava preocupações e inquietudes existentes na sociedade e que precisavam ser levadas em conta. O texto final aprovado é, da perspectiva dos movimentos negros, seguramente uma caricatura do documento original, mas é o texto que, de alguma maneira, é considerado aceitável não só pelo legislativo mas pela própria sociedade. O que quero afirmar é que os debates têm servido para conter excessos racialistas e enquadrar ufanistas do Brasil mestiço. As medidas quando chegam a ser implementadas passaram antes por todas essas barreiras legitimatórias. O segundo eixo da discussão entre espaço público e cotas tem a ver com a esfera da cultura, enquanto contexto de articulação de diferenças. Nas interseções entre a esfera pública brasileira e o espaço imaginado chamado de Atlântico Negro, novas formas de apresentar e representar a negritude, a pertença à nação,
5 Entrevista 21 a diferença afro, negra ou preta (conforme preferem a gente do Hip Hop) vem se constituindo. É importante mencionar a dimensão cultural, na medida em que muitos colegas (e, entre eles, para minha surpresa, antropólogos extremamente sofisticados que deveriam saber que identidades absolutas não existem) dizem que as políticas de ação afirmativa não cabem num país mestiço. Ora, a mestiçagem é um discurso através do qual os negros, brancos e indígenas brasileiros podem articular suas diferenças ou não!. Não se trata de marca identitária nacional imutável que coubesse ao Estado brasileiro proteger. As identificações culturais são dinâmicas e nunca inteiramente nacionais. Penso que esse ponto encontra-se bastante desenvolvido em meus trabalhos publicados e permito-me remeter o leitor a eles. 6) Como o senhor percebe as reações e o debate público suscitado pela implementação da política de cotas nas universidades públicas brasileiras? Como mencionei acima, o debate é importante e faz parte do processo democrático de legitimação das medidas. Cabe destacar que o debate em torno das medidas de ação afirmativa permitiu a emergência de posições praticamente desconhecidas ou não existentes. Penso aqui na articulação do que se conhece no debate americano como whiteness, isto é, pessoas que se apresentam no debate público como defensores dos interesses dos brancos supostamente afetados pelas cotas. Esse tipo de posição é comum, por exemplo, na nova direita (nova na forma, velhíssima em suas idéias) que se organizou em torno da Revista Veja. Até então, a direita se apoiava no discurso nacionalista da mestiçagem para desqualificar as mobilizações anti-racistas. As cotas, na medida em que são percebidas como uma ameaça ao controle de velhas elites sobre determinados bens e espaços de poder, produziram, como reação, a construção de grupos que se auto-representam como brancos. 7) Em Dois atlânticos..., e em outros trabalhos seus, o senhor trata do debate sobre a identidade nacional e a questão racial. De que modo as ações afirmativas, bem como as polêmicas em torno de sua implementação, evidenciam a coesão e/ou tensões na autoimagem nacional? As (auto-)representações das nações em qualquer lugar do mundo não são, obviamente, fixas ou estáticas. São disputadas e construídas cotidianamente através de manifestações culturais, debates, conflitos políticos, etc. Para além desse processo diuturno e paulatino de construção e reconstrução, a representação nacional passa por cortes e rupturas, por exemplo, através de guerras de libertação, revoluções, mudanças bruscas de orientação, etc.
6 22 Política & Trabalho 33 A discussão sobre cotas introduz um dado novo. O Brasil, que pelo menos desde os anos 1930, se apresenta como berço da mestiçagem e do convívio harmonioso de culturas e raças, se vê agora confrontado com a denúncia de um grupo que representa quase metade da população de que esse país os discrimina. Esse tipo de discussão muda também a imagem do país no exterior, na medida em que, por exemplo, a existência de um movimento negro forte no Brasil passa a servir de referência e exemplo para a formação de movimentos negros em países como Colômbia, Equador ou mesmo Uruguai. No fundo, como as Minas de Guimarães Rosa, a auto-imagem do Brasil, hoje, são muitas. A sociedade extremamente plural (e desigual) produz imagens diversas de si mesma que, por sua vez, são captadas e recebidas de forma igualmente variada fora do Brasil. 8) Em sua opinião, qual o horizonte que se desenha para o futuro das relações raciais no Brasil? Gostaria de evitar o termo relações raciais. O que há são relações entre grupos diversos, hoje marcadas ainda pelo racismo, o que leva à distinção de fronteiras raciais. Ora, o sentido de qualquer política anti-racista é precisamente dissolver as divisões e classificações imaginárias de pessoas em raças. Penso que anti-racistas dos dois lados, ou seja, tanto os contrários como os favoráveis às ações afirmativas, se encontram nesse ponto. Ambos lados querem uma sociedade na qual a cor da pele, o formato do nariz ou a aparência do cabelo não tenham qualquer influência sobre as chances sociais ou sobre a forma como as pessoas são tratadas. Penso que, se as políticas anti-racistas como as medidas de ação afirmativa continuarem sendo negociadas, discutidas e legitimadas como tem sido o caso até o momento, elas contribuirão para estabelecer a igualdade política efetiva e ajudarão a construir uma sociedade de indivíduos e pessoas, livre e além das divisões raciais hoje existentes. Recebido e aprovado em 05/09/2010
Apresentação. Surya Aaronovich Pombo de Barros Teresa Cristina Furtado Matos
ISSN 0104-8015 POLÍTICA & TRABALHO Revista de Ciências Sociais 11 n. 33 Outubro de 2010 - p. 11-15 Apresentação Surya Aaronovich Pombo de Barros Teresa Cristina Furtado Matos vai dizer ao meu sinhô que
Os conceitos de raça e racismo
Raça, desigualdade e política no Brasil contemporâneo Márcia Lima 14/08/2017 Os conceitos de raça e racismo A redenção de Cã. Modesto Brocos, 1895. Roteiro O conceito de raça O conceito de racismo (# discriminação
RAÇA BRASIL COLUNAS: TEMAS & CÓDIGOS & SUBCÓDIGOS
Negritude Discriminação Racial 40 Negritude Entidades, instituições em favor do negro 35 Negritude Discriminação Racial Denúncias 9 Negritude Discriminação Racial Denúncias condenações realizadas 7 Cultura
RAÇA BRASIL REPORTAGENS: TEMAS & CÓDIGOS GRUPOS TEMÁTICOS (2.318 REPORTAGENS / 185 TEMAS & CÓDIGOS)
Personalidade Personalidade Perfil 322 Personalidade Personalidade Carreira 244 Estética Cabelos Femininos 157 Sociedade Eventos NULL 121 Estética Moda Feminina & Masculina 118 Estética Moda Feminina 107
Relações raciais e educação - leis que sustentaram o racismo e leis de promoção da igualdade racial e étnica 23/06
Relações raciais e educação - leis que sustentaram o racismo e leis de promoção da igualdade racial e étnica 23/06 Bel Santos Mayer Vera Lion Políticas de Promoção da Igualdade de oportunidades e tratamento
Relações Raciais e o Combate às Desigualdades
Estudos das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena Aula 5 Prof. Me. Sergio Luis do Nascimento Relações Raciais e o Combate às Desigualdades As
Metodologia. 15 de agosto a 03 de setembro de Município de São Paulo. Entrevistas online e domiciliares com questionário estruturado
Metodologia TÉCNICA DE LEVANTAMENTO DE DADOS: Entrevistas online e domiciliares com questionário estruturado LOCAL DA PESQUISA: Município de São Paulo UNIVERSO: Moradores de 16 anos ou mais de São Paulo/SP
o princípio da igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, vejamos: Artigo 206, da CF
A Constituição Federal Brasileira em seu artigo 206, inciso I e a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996 em seu artigo 3º, inciso I estabelecem que o ensino seja ministrado respeitandose o princípio da
"O olho da História" O mito da Democracia Racial e o Sistema de Cotas nas Universidades Públicas Brasileiras
O mito da Democracia Racial e o Sistema de Cotas nas Universidades Públicas Brasileiras Leandro de Campos Fonseca Psicólogo, Pesquisador, Mestre em Ciências (Psicologia Social) pela USP. e-mail: profms.leandrocfonseca@gmail.com
Cotas raciais quem ganha, quem perde?
EXERCÍCIOS QUADRIX Leia o texto a seguir Cotas raciais quem ganha, quem perde? O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu recentemente, por unanimidade, que a introdução de cotas raciais no acesso às universidades
Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006
Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Realização: Ágere Cooperação em Advocacy Apoio: Secretaria Especial dos Direitos Humanos/PR Módulo III: Conselhos dos Direitos no
DÉCADA INTERNACIONAL DE. AFRODESCENDENTES 1º de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2024 RECONHECIMENTO, JUSTIÇA E DESENVOLVIMENTO
DÉCADA INTERNACIONAL DE AFRODESCENDENTES 1º de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2024 RECONHECIMENTO, JUSTIÇA E DESENVOLVIMENTO DÉCADA INTERNACIONAL DOS AFRODESCENDENTES 1º DE JANEIRO DE 2015 A 31 DE
Prfª. Drª. Eugenia Portela de Siqueira Marques
O ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO- BRASILEIRA E INDÍGENA EM ESCOLAS PÚBLICAS ESTADUAIS DE MATO GROSSO DO SUL: POSSIBILIDADES DE DECOLONIALIDADE CURRICULAR Prfª. Drª. Eugenia Portela de Siqueira Marques
BANCO DE BOAS PRÁTICAS PARA PERMANÊNCIA E ÊXITO DOS ESTUDANTES DO IFTO
BANCO DE BOAS PRÁTICAS PARA PERMANÊNCIA E ÊXITO DOS ESTUDANTES DO IFTO Nome do Campus/Unidade: Setor(es) responsável(eis): PROEX E PROEN Título da(s) ação(ões): I Seminário de Consciência Indígena e Afro-brasileira
Conceito de raça e relações étnico-raciais
Conceito de raça e relações étnico-raciais Mestre em Economia UNESP Graduado em História UNESP email: prof.dpastorelli@usjt.br blog: danilopastorelli.wordpress.com Você já sofreu ou conhece alguém que
Direitos Humanos. Aula I e II IGP/RS PROFESSOR MATEUS SILVEIRA
Direitos Humanos Aula I e II IGP/RS PROFESSOR MATEUS SILVEIRA Professor Mateus Silveira Facebook: Professor Mateus Silveira Instagram:@professor_mateus_silveira Twitter: @profmateuscf Canal no You Tube:
RAÇA E ETNIA. Prof. Robson Vieira Sociologia 1º ano EM - UP
RAÇA E ETNIA Prof. Robson Vieira Sociologia 1º ano EM - UP Raça A raça (do italiano razza) é um conceito que obedece a diversos parâmetros para classificar diferentes populações de uma mesma espécie biológica
BELEZA E BOA APARÊNCIA : A DISCRIMINAÇÃO DA IMAGEM PESSOAL NO MERCADO DE TRABALHO
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E IMAGEM PESSOAL BELEZA E BOA APARÊNCIA : A DISCRIMINAÇÃO DA IMAGEM PESSOAL NO MERCADO
Senhoras senadoras, senhores senadores, representantes de entidades e demais convidados, bom dia!
1 Confira o discurso do senador Pedro Taques (PDT-MT) na abertura da Audiência Pública da Subcomissão de Segurança Pública (11.03) Senhoras senadoras, senhores senadores, representantes de entidades e
A PROPOSTA DE PAZ LEVADA A ONU PELO DR. DAISAKU IKEDA
A PROPOSTA DE PAZ LEVADA A ONU PELO DR. DAISAKU IKEDA A Constituição Federal, em seu preambulo, sob a proteção de Deus, e taxativa no sentido de que os representantes do povo brasileiro, reuniram-se em
AULA 5: COMO FUNCIONAM AS CATEGORIAS? Raça, desigualdade e política no Brasil contemporâneo 2017/2 Márcia Lima
AULA 5: COMO FUNCIONAM AS CATEGORIAS? Raça, desigualdade e política no Brasil contemporâneo 2017/2 Márcia Lima Aula de hoje Como funcionam as categorias? Relação entre racismo e sexismo Roteiro da prova
Os elementos apresentados por Darcy Ribeiro, em seu texto, evidenciam: Escolha uma: a. O território nacional.
Questão 1 "Uma entidade nacional distinta de quantas haja, que fala uma mesma língua, só diferenciada por sotaques regionais, menos remarcados que os dialetos de Portugal. Participando de um corpo de tradições
b. julgamento negativo, elaborado previamente em relação a outras pessoas. c. conduta de alguém que viola os direitos de outras pessoas.
Atividade extra Questão 1 Em uma sociedade democrática, as diferenças culturais devem ser respeitadas. O respeito às diferenças culturais é importante sendo fundamental que se aprenda a conviver com elas.
DOENÇA FALCIFORME RACISMO
DOENÇA FALCIFORME RACISMO Retrospecto Histórico Um pouco de história... Definição de Conceitos Entendendo o que é racismo No século XVI, os portugueses iniciaram um massivo sequestro de negros na África
Saiba Mais Aula-tema 10: As definições étnico-raciais e as políticas de ação afirmativa
Saiba Mais Aula-tema 10: As definições étnico-raciais e as políticas de ação afirmativa Seguem algumas dicas que podem auxiliar você a aprofundar as temáticas tratadas! Dicas de livros Ações afirmativas.
RESOLUÇÃO Nº 023, DE 23 DE ABRIL DE Art. 2º Esta Resolução entra em vigor nesta data. JÚLIO XANDRO HECK Presidente do Conselho Superior IFRS
Conselho Superior RESOLUÇÃO Nº 023, DE 23 DE ABRIL DE 2019 O PRESIDENTE DO CONSELHO SUPERIOR DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL (IFRS), no uso de suas atribuições
Estudos das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena. Ementa. Aula 1
Estudos das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena Aula 1 Prof. Me. Sergio Luis do Nascimento Ementa Conceitos básicos, como: escravo, escravizado,
Políticas de Ações Afirmativas para Estudantes de Escolas Públicas CARTILHA DO ESTUDANTE
Políticas de Ações Afirmativas para Estudantes de Escolas Públicas CARTILHA DO ESTUDANTE POLÍTICAS DE AÇÕES AFIRMATIVAS PARA ESTUDANTES DE ESCOLAS PÚBLICAS PROFESSOR ORIENTADOR Rogério Ferreira Marquezan
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ RACISMO NA UNIVERSIDADE? Orientações para promoção da igualdade étnico-racial e superação do racismo Elaboração do Conteúdo Luana Lazzeri Arantes (Consultora Proges)
Sociologia. Larissa Rocha 14 e Sociologia no Brasil
Sociologia no Brasil Sociologia no Brasil 1. A população negra teve que enfrentar sozinha o desafio da ascensão social, e frequentemente procurou fazê-lo por rotas originais, como o esporte, a música e
Diversidade de termos e conceitos, que: Revelam a teorização sobre a temática racial Trazem interpretações a respeito das relações raciais
Diversidade de termos e conceitos, que: Revelam a teorização sobre a temática racial Trazem interpretações a respeito das relações raciais Papel dos movimentos sociais, em particular, do Movimento Negro:
AS POLÍTICAS DE INCLUSÃO EDUCACIONAL DOS NEGROS NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CAMPUS PAULO VI
AS POLÍTICAS DE INCLUSÃO EDUCACIONAL DOS NEGROS NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CAMPUS PAULO VI Thaiss Brito Santos 1 ; Kelyane Sousa Pereira 1 ; Elivelton de Oliveira 2 ; Terezinha de Jesus Amaral
CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
RECOMENDAÇÃO Nº 41, DE 9 DE AGOSTO DE 2016. (Publicado no Diário Eletrônico do CNMP, Caderno Processual, de 5/9/2016, págs. 1/3) Define parâmetros para a atuação dos membros do Ministério Público brasileiro
História e Cultura Afro-brasileira
História e Cultura Afro-brasileira Guia de Auto-estudo Aula 13 Percepções da discriminação e do preconceito racial no século XXI Profa. Mônica Quaresma I - HABILIDADES A DESENVOLVER 1 - Analisar os resultados
PROVA DE REDAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA
PROVA DE REDAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA INSTRUÇÕES GERAIS 1 - O texto a ser elaborado deve conter, no máximo, 30 (trinta) linhas. 2 - A variante lingüística a ser utilizada é o padrão culto formal. 3 - Na
CONFERÊNCIA REGIONAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES
CONFERÊNCIA REGIONAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES Um desafio para a igualdade numa perspectiva de gênero Ituporanga 30/04/04 Conferência Espaço de participação popular para: Conferir o que tem sido feito
Cotas Raciais no Brasil
Cotas Raciais no Brasil Abygail Vendramini ROCHA 1 Sandro Marcos GODOY 2 RESUMO: O sistema de cotas que fora aprovado pelo Supremo Tribunal Federal por unanimidade dos votos, dito como constitucional,
A Agenda Urbana a debate. Theatro Circo Braga, 8-9 de Junho Intervenção de Ana Paula Laissy
A Agenda Urbana a debate Theatro Circo Braga, 8-9 de Junho 2017 Intervenção de Ana Paula Laissy Ex.mos Senhores presidentes da Câmara de Braga e do Eixo Atlântico Ex.mos Representantes dos governos de
Os manifestos, o debate público e a proposta de cotas
LUGAR COMUM Nº23-24, pp.11-16 Os manifestos, o debate público e a proposta de cotas Alexandre do Nascimento No dia 30 de junho de 2006, por ocasião da entrega de um Manifesto contrário às cotas 1, com
PROVA DISCURSIVA P 4
PROVA DISCURSIVA P 4 Nesta prova, faça o que se pede, usando, caso queira, os espaços para rascunho indicados no presente caderno. Em seguida, transcreva os textos para o CADERNO DE TEXTOS DEFINITIVOS
POR UMA EDUCAÇÃO INFANTIL EMANCIPATÓRIA:
Revista Eventos Pedagógicos Desigualdade e Diversidade étnico-racial na educação infantil v. 6, n. 4 (17. ed.), número regular, p. 482-488, nov./dez. 2015 SEÇÃO ENTREVISTA POR UMA EDUCAÇÃO INFANTIL EMANCIPATÓRIA:
estão presentes tanto do ponto de vista do conteúdo pedagógico quanto no que diz respeito à composição da escola e às desigualdades de oportunidades
EDITORIAL Temos a satisfação de apresentar ao público o novo número da Revista Contemporânea de Educação (RCE), que conta com a publicação do número temático Educação das relações étnico-raciais e educação
IV Encontro Nacional do Censo da Educação Superior. Importância da Coleta e do Tratamento do Quesito Cor ou Raça. Brasília, 10/10/2014
IV Encontro Nacional do Censo da Educação Superior Importância da Coleta e do Tratamento do Quesito Cor ou Raça Brasília, 10/10/2014 Síntese das atribuições da SEPPIR (DECRETO Nº 7.261, DE 12 DE AGOSTO
Resolução N º Programa de Ações Afirmativas da Udesc
Resolução N º ------- Programa de Ações Afirmativas da Udesc O Reitor da Universidade do Estado de Santa Catarina no uso de suas atribuições e considerando: - a autonomia didático-científica, administrativa
ÍNDICE Metodologia: 3_5 Perfil da amostra: 6_11 Desigualdade: 12_18 Classe social: 19_28 Sociedade: 29_48 Políticas: 49_55 Oxfam Brasil: 56_57
ÍNDICE Metodologia: 3_5 Perfil da amostra: 6_ Desigualdade: _8 Classe social: 9_8 Sociedade: 9_48 Políticas: 49_55 Oxfam Brasil: 56_57 M E T O D O L O G I A 3 METODOLOGIA Técnica Pesquisa quantitativa,
02/10/2014. Educação e Diversidade. Para início de conversa. Descompasso: educação e sociedade. Tema 1: Multiculturalismo e Educação.
Educação e Diversidade. Tema 1: Multiculturalismo e Educação. Para início de conversa Como se dá o Multiculturalismo no ambiente escolar, nos dias atuais? Consenso: reinventar a educação escolar. Busca
POLÍTICAS PÚBLICAS DE AÇÕES AFIRMATIVAS E A LEI /2003 ENTRE A FORMULAÇÃO E AS PRÁTICAS NAS ESCOLAS DO RECIFE
POLÍTICAS PÚBLICAS DE AÇÕES AFIRMATIVAS E A LEI 10.639/2003 ENTRE A FORMULAÇÃO E AS PRÁTICAS NAS ESCOLAS DO RECIFE Autora: CARMEM DOLORES ALVES Introdução O artigo tem como finalidade realizar reflexões
POR QUE É PRECISO TER CONSCIÊNCIA NEGRA?
POR QUE É PRECISO TER CONSCIÊNCIA NEGRA? Qualquer sociedade que busca o desenvolvimento da democracia precisa dar especial atenção aos anseios sociais e colocá-los à frente de nossos anseios pessoais.
Decenal de Ações Afirmativas e Promoção da Igualdade Étnico-Racial. Esse processo, necessariamente, precisa ocorrer
3 As ações afirmativas na ufopa A UFOPA, desde sua criação, direcionou mais de 50% do total de vagas para ingresso na universidade a povos indígenas, quilombolas e população negra. Foram 2.292 vagas, sendo
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA NAS ESCOLAS: UMA ANÁLISE DA LEI /03 EM UMA ESCOLA DE APODI/RN
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA NAS ESCOLAS: UMA ANÁLISE DA LEI 10.639/03 EM UMA ESCOLA DE APODI/RN Rusiane da Silva Torres 1 ; Antonio Caubí Marcolino Torres 2 ; Maria Rosineide Torres Marcolino 3
PROGRAMAÇÃO DA PLENÁRIA NACIONAL
DEZ-01 Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico- Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil Fundada em 19 de dezembro de 1978 Brasília, 03 de dezembro de 2018. PLENÁRIA
Relações raciais e educação - leis que sustentaram o racismo e leis de promoção da igualdade racial e étnica 12/05
Relações raciais e educação - leis que sustentaram o racismo e leis de promoção da igualdade racial e étnica 12/05 Novo cronograma Relações raciais e educação - leis que sustentaram o racismo e leis de
Perfil das/dos Dirigentes da CUT. Pesquisa Perfil Afirmativo
Perfil das/dos Dirigentes da CUT Pesquisa Perfil Afirmativo Março/2014 Características da Pesquisa Dirigentes da CUT Pesquisa quantitativa Censitária Questionário padronizado Realizada por telefone Campo
Resenha / Critical Review
Resenha / Critical Review por Ana Carolina da Costa e Fonseca * Oliver Michael; Barnes Colin. The new politcs of disablement (As novas olíticas da deficiência). Palgrave Macmillan, 2012. A primeira edição
A área de Ciências Humanas no EM
A área de Ciências Humanas no EM Papel da área: Contribuir para a formação integral dos estudantes. Desenvolver o olhar crítico e contextualizado das ações de diferentes indivíduos, grupos, sociedades
AUTISTAR É RESISTIR! identidade, cidadania e participação
Ser autista no Brasil tem sido um ato de resistência à negação de direitos, ao preconceito, à falta de apoio e aceitação. Nós, pessoas autistas, ainda não temos nossa voz reconhecida como sujeitos políticos
Petrônio Domingues 1. História/USP. Diálogos, DHI/PPH/UEM, v. 9, n. 3, p , 2005
TELLES, Edward. Racismo à Brasileira: uma nova perspectiva sociológica. Trad. Ana Arruda Callado, Nadjeda Rodrigues Marques, Camila Olsen. Rio de Janeiro: Relume Dumará/Fundação Ford, 2003. 347 p. Petrônio
Declaração de Princípios - Declaração de Princípios - Partido Socialista
1. Partido Socialista é a organização política dos cidadãos portugueses e dos outros cidadãos residentes em Portugal que defendem inequivocamente a democracia e procuram no socialismo democrático a solução
Palavras-chave: Projeto Comunitário; Igualdade Racial; Escola; Cinema
UM OLHAR CONSCIENTE A PARTIR DO CINEMA NEGRO Adriano Rodrigues 1 Daniele Adriane Batista Gouveia 2 Cristina Gomes Tonial 3 Resumo Este artigo é o resultado de um projeto comunitário de extensão, intitulado
Somos todos iguais? : pluralidade e alteridade no ensino de História E. E. Professora Lurdes Penna Carmelo
Somos todos iguais? : pluralidade e alteridade no ensino de História E. E. Professora Lurdes Penna Carmelo Professor(es) Apresentador(es): Mariana Marques De Maria Realização: Foco do Projeto A partir
Interseccionalidade nas Ciências Sociais
Interseccionalidade nas Ciências Sociais Autora: Ilane Cavalcante Lobato Alves da Silva 2º semestre/ 2017 Texto Teórico A sociedade é composta por diferentes tipos de agrupamentos e organizações. A partir
Gabarito 01. C Comentário: 02. A Comentário: 03. D Comentário:
Português 01. No verbete editorial, do dicionário Houaiss, lê-se a seguinte definição: Artigo em que se discute uma questão, apresentando o ponto de vista do jornal, da empresa jornalística ou do redator-chefe.
CONQUISTA DE DIREITOS E CONTROLE SOCIAL
CONQUISTA DE DIREITOS E CONTROLE SOCIAL O que são Direitos Humanos? Declaração Universal dos Direitos Humanos foi dotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro 1948. Criou
POLÍTICAS CULTURAIS, DEMOCRACIA E CONSELHOS DE CULTURA
POLÍTICAS CULTURAIS, DEMOCRACIA E CONSELHOS DE CULTURA Conselhos e Democratização do Estado Bernardo Novais da Mata Machado DUAS PERGUNTAS SOBRE A RELAÇÃO ENTRE CONSELHOS E DEMOCRACIA Pergunta 1: Há na
PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL Professor: Mateus Silveira RACISMO INSTITUCIONAL
PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL Professor: Mateus Silveira RACISMO INSTITUCIONAL O conceito de Racismo Institucional foi definido pelos ativistas integrantes do grupo Panteras Negras, Stokely Carmichael e
ANÁLISE DA IMPLEMENTAÇÃO DA LEI /2003 EM TRÊS CONTEXTOS DIFERENTES VITÓRIA DA CONQUISTA - BA, PORTO SEGURO-BA E SÃO CARLOS-SP
ANÁLISE DA IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639/2003 EM TRÊS CONTEXTOS DIFERENTES VITÓRIA DA CONQUISTA - BA, PORTO SEGURO-BA E SÃO CARLOS-SP Leonardo Lacerda Campos 1 Gabriela Guarnieri de Campos Tebet 2 INTRODUÇÃO
AS AÇÕES AFIRMATIVAS DO ESTADO BRASILEIRO NO SISTEMA DE COTAS NO ENSINO SUPERIOR INSTRUMENTO DE EFETIVAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS
AS AÇÕES AFIRMATIVAS DO ESTADO BRASILEIRO NO SISTEMA DE COTAS NO ENSINO SUPERIOR INSTRUMENTO DE EFETIVAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS Elenita Moura Meireles Abe 1 Otoniel Araújo 2 RESUMO:O presente trabalho tem
XIII Marcha da Consciência Negra - 20 de Novembro de Um milhão de negras e negros nas ruas do Brasil!
XIII Marcha da Consciência Negra - 20 de Novembro de 2016 Um milhão de negras e negros nas ruas do Brasil! 1 / 5 No dia 20 de novembro de 2016, dia em que o povo brasileiro relembra os feitos do mais popular
LEITURA EM SALA DE AULA: ESTRATÉGIAS PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR
LEITURA EM SALA DE AULA: ESTRATÉGIAS PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR Girlene de Paiva Costa; Carlos Alberto Alves de Oliveira; Jaira Maria Silva; Daniel Oliveira Silva; Profª Ma. Maria Gorete Paulo Torres Universidade
ST 2- História, memória e política na produção audiovisual Profa. Dra. Angela Aparecida Teles (História ICH-PO/UFU)
SIMPÓSIOS TEMÁTICOS ST 1- História e historiografia: América hispânica, EUA e Brasil Prof. Dr. Giliard Prado (História ICH-PO/UFU) E-mail: Este simpósio temático pretende reunir trabalhos
Aula 02 CONCEITO DE RAÇA, ETNICIDADE E SAÚDE. 1. Definição de raça
Aula 02 CONCEITO DE RAÇA, ETNICIDADE E SAÚDE Nas últimas décadas, diversos estudos tem mostrado diferenças raciais marcantes na morbimortalidade, no comportamento ante a doença e saúde, no acesso e uso
RAÇA BRASIL ENTREVISTAS: ENQUETES (53/423 ENTREVISTAS) (SET/1996 A DEZ/2009)
13 Você já foi discriminado por ser negros? A pergunta é... Maita Arêdes Nenhum Enquete 2 10 10 6 14 Você acha que o negro tem preconceito contra o próprio negro? A pergunta é... Maita Arêdes Nenhum Enquete
Fundamentos Socioculturais e Diversidades
NATURALIZAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Fundamentos Socioculturais e Diversidades MÓDULO III Prof.: MSc. Getulio Ribeiro Diversidade Étnico-cultural Etnia e raça não são sinônimas: Etnia
Afro-descendentes no Brasil: combate à pobreza e políticas de ação afirmativa como estratégias de superação das desigualdades de gênero e
Afro-descendentes no Brasil: combate à pobreza e políticas de ação afirmativa como estratégias de superação das desigualdades de gênero e étnico/raciais Debate nacional sobre a implantação das políticas
Texto Dissertativo- argumentativo O texto dissertativo argumentativo tem como principais características a apresentação de um raciocínio, a defesa de
Texto Dissertativo- argumentativo O texto dissertativo argumentativo tem como principais características a apresentação de um raciocínio, a defesa de um ponto de vista ou o questionamento de uma determinada
Direitos e deveres do trabalhador em matéria de igualdade e não discriminação (Código de trabalho artº 24º, nº 4)
Direitos e deveres do trabalhador em matéria de igualdade e não discriminação (Código de trabalho artº 24º, nº 4) Igualdade e não discriminação DIVISÃO I Disposições gerais sobre igualdade e não discriminação
COTAS #VEMPRAUFG. O que são? Como ingressar pelas cotas na UFG?
#VEMPRAUFG Dos 156 cursos ofertados pela UFG, o ingresso em 146 deles é realizado por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), organizado pelo Ministério da Educação (MEC), que utiliza o Exame Nacional
CENTRO EDUCACIONAL ESPAÇO INTEGRADO
CENTRO EDUCACIONAL ESPAÇO INTEGRADO Ensino Fundamental II Aluno(a): 9º ano Professor: Romney Lima Disciplina: História Data: / / FICHA 02 BRASIL REPÚBLICA INSERÇÃO DOS NEGROS PÓS-ABOLIÇÃO; IMPRENSA NEGRA
Código / Área Temática. Código / Nome do Curso. Etapa de ensino a que se destina. Nível do Curso. Objetivo. Ementa.
Código / Área Temática Código / Nome do Curso Etapa de ensino a que se destina Nível do Curso Objetivo Direitos Humanos Gênero e Diversidade na Escola Aperfeiçoamento QUALQUER ETAPA DE ENSINO Aperfeiçoamento
etnocentrismo e racismo
etnocentrismo e racismo Prof. Doutora Rosa Cabecinhas Universidade do Minho AECA - Agrupamento de Escolas Carlos Amarante 6 Junho 2016 org. Clube Europeu e Biblioteca Escolar Enquadramento Esta tertúlia
Atividades Acadêmico-Científico- -Culturais: Diversidade Cultural. O Brasil é um País Multirracial. Contextualização. Teleaula 1.
Atividades Acadêmico-Científico- -Culturais: Diversidade Cultural Teleaula 1 Profa. Dra. Marcilene Garcia de Souza tutorialetras@grupouninter.com.br O Brasil é um País Multirracial Letras Contextualização
Texto: O perigo de classificar o brasileiro por raça. Estudo dirigido
Texto: O perigo de classificar o brasileiro por raça Prof. Dr. Alexandre H. de Quadros O texto apresenta uma opinião dos autores acerca da difícil tarefa em classificar o brasileiro por raça ; Existe uma
Segundo Encontro Educação e Desigualdades Raciais no Brasil
Estudos das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena Aula 4 Prof. Me. Sergio Luis do Nascimento Segundo Encontro Educação e Desigualdades Raciais
Fundação Rosa Luxemburgo. Fundação Perseu Abramo
Fundação Rosa Luxemburgo Fundação Perseu Abramo OBJETIVOS GERAIS - Investigar a percepção do preconceito de cor e experiências de discriminação racial institucional, em busca de novos subsídios para políticas
Tema: Preconceito na sociedade contemporânea. Temas de redação / Atualidades Prof. Rodolfo Gracioli
Tema: Preconceito na sociedade contemporânea Temas de redação / Atualidades Texto I A sociedade atual não tem tolerância com as causas diferentes do comum Tudo o que é novo, ou novo para alguns, é tratado
DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos Individuais Direito à Igualdade Parte 3 Profª. Liz Rodrigues - Ações afirmativas: são políticas públicas ou programas privados de proteção ou favorecimento de grupos que
Profª. Ms. Ana Claudia Duarte Pinheiro
1 Profª. Ms. Ana Claudia Duarte Pinheiro Bom dia. Agradeço o convite feito pela Pró-Reitoria de Graduação PROGRAD. É muito honroso tratar, junto à Universidade, de um tema tão polêmico; certamente não
Leituras Preliminares: um ponto de partida CONFERÊNCIA MUNDIAL CONTRA O RACISMO, A DISCRIMINAÇÃO RACIAL, A XENOFOBIA E A INTOLERÂNCIA CORRELATA
Leituras Preliminares: um ponto de partida CONFERÊNCIA MUNDIAL CONTRA O RACISMO, A DISCRIMINAÇÃO RACIAL, A XENOFOBIA E A INTOLERÂNCIA CORRELATA FUNDAÇÃO FORD IIDH Instituto Interamericano de Direitos Humanos
TÍTULO: O ALCANCE DAS POLÍTICAS DE COTAS RACIAIS NO MERCADO DE TRABALHO. FACULDADE ZUMBI DOS PALMARES. UM ESTUDO DE CASOS.
TÍTULO: O ALCANCE DAS POLÍTICAS DE COTAS RACIAIS NO MERCADO DE TRABALHO. FACULDADE ZUMBI DOS PALMARES. UM ESTUDO DE CASOS. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS
ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS
1 de 8 Direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores Mecanismos reguladores dos direitos dos trabalhadores: O Código do Trabalho OBJECTIVO: Assumir direitos e deveres liberais enquanto cidadão activo.
TECENDO OLHARES EDUCATIVOS SOBRE O RACISMO E A DISCRIMINAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR: REFLEXÕES NO ENSINO FUNDAMENTAL I
1 TECENDO OLHARES EDUCATIVOS SOBRE O RACISMO E A DISCRIMINAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR: REFLEXÕES NO ENSINO FUNDAMENTAL I Teresa Cristina Silva Universidade Estadual da Paraíba cristinasilvacg@hotmail.com
Desenvolvimento, Trabalho Decente e Igualdade Racial
Desenvolvimento, Trabalho Decente e Igualdade Racial Lais Abramo Diretora do Escritório da OIT no Brasil Brasília, julho de 2012 Esquema da Apresentação 1. Trabalho decente e estratégia de desenvolvimento
Segundo a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), pelo menos 10% do total de usuários do sistema se queixam de que foram vítimas de preconceito.
Uma pesquisa divulgada pela primeira vez pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) lança luz sobre um problema muitas vezes oculto na rede pública e privada de Saúde do País: o preconceito
PROJETO LEI Nº: SÚMULA :"Cria a Coordenadoria Estadual de Promoção e Igualdade Racial - COEPIR, e dá outras providências."
PROJETO LEI Nº: SÚMULA :"Cria a Coordenadoria Estadual de Promoção e Igualdade Racial - COEPIR, e dá outras providências." Art. 1º. Fica criado a Coepir - Coordenadoria Estadual de Promoção e Igualdade
Os Sentidos de uma Identidade Afro-Descendente nos Discursos de Ativistas dos Direitos Humanos em Piracicaba
Os Sentidos de uma Identidade Afro-Descendente nos Discursos de Ativistas dos Direitos Humanos em Piracicaba Autores Fabiana Scussolino da Cunha Orientador Telma Regina de Paula Souza Apoio Financeiro
Políticas de Promoção da Igualdade Racial: da reparação à afirmação: perspectivas e contribuições ao desenvolvimento. Prof. Marcelo Paixão IE/UFRJ
Políticas de Promoção da Igualdade Racial: da reparação à afirmação: perspectivas e contribuições ao desenvolvimento Prof. Marcelo Paixão IE/UFRJ O que são relações raciais?! Raças humanas não existem
Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006
Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Realização: Ágere Cooperação em Advocacy Apoio: Secretaria Especial dos Direitos Humanos/PR Módulo III: Conselhos dos Direitos no