A ADMINISTRAÇÃO DA INTERFACE FAMÍLIA-TRABALHO REMUNERADO A PARTIR DA ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO FAMILIAR E DO ACESSO A PROGRAMAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A ADMINISTRAÇÃO DA INTERFACE FAMÍLIA-TRABALHO REMUNERADO A PARTIR DA ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO FAMILIAR E DO ACESSO A PROGRAMAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL"

Transcrição

1 A ADMINISTRAÇÃO DA INTERFACE FAMÍLIA-TRABALHO REMUNERADO A PARTIR DA ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO FAMILIAR E DO ACESSO A PROGRAMAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL Mariana Morais Pompermayer 1 Karla Maria Damiano Teixeira 2 Avenida Peter Henry Rolfs, s/n Departamento de Economia Doméstica - Campus Universitário - CEP: Viçosa MG (31) maripomp@yahoo.com.br RESUMO Esse estudo teve como principal objetivo analisar como a composição familiar da mulher inserida no mercado de trabalho influencia na administração da interface família-trabalho remunerado, bem como se a existência de programas de responsabilidade social na empresa empregadora é um fator determinante para a administração de diferentes papéis e demandas. Os dados foram obtidos em duas etapas, por meio de metodologias quantitativas e qualitativas, e demonstraram que, embora a existência dos programas de responsabilidade social não seja determinante para a administração da interface família-trabalho remunerado, o estado físico e, principalmente, psicológico/mental dos indivíduos é fundamental para gerarem outputs satisfatórios e neste aspecto, as ações sociais podem servir como apoiadores. Verificou-se que o tipo de arranjo familiar pode interferir na administração das diferentes demandas, assim como, mulheres que possuem cônjuge ou uma pessoa com quem dividir as responsabilidades do lar, possuem mais facilidade para administrar esta interface do que aquelas que estão em famílias 1 Universidade Federal de Viçosa 2 Universidade Federal de Viçosa

2 quebradas, uma vez que, a presença do marido ou pessoa de confiança auxilia na divisão de tarefas domésticas, cuidado com os filhos e obtenção de recursos financeiros. 1. INTRODUÇÃO A família brasileira vem passando por um processo de mudanças no qual cerca de metade das famílias já não segue o modelo tradicional de pai, mãe e filhos de um único casamento. Uma das explicações para estas mudanças é a crescente inserção da mulher no mercado de trabalho remunerado (MONTALI, 2000). Em conseqüência disto, as famílias passam a ter a necessidade de reestruturar os papéis dos membros familiares, criando stress positivo e negativo no ambiente de trabalho, para suas famílias e, mais precisamente, para os indivíduos envolvidos, que têm que administrar tanto o lado pessoal como o administrativo de suas vidas. Isto requer uma necessidade contínua de se analisar a adaptação ao equilíbrio entre os diferentes papéis que os membros familiares desempenham. Embora homens e mulheres estejam vulneráveis ao estresse quando estão empregados e possuem responsabilidade doméstica, as mulheres são as mais vulneráveis porque elas realizam a maior parte dos afazeres domésticos (FERBER; O FARRELL; ALLEN 1991). A vida familiar tem, então, uma influência significativa no comportamento laboral, particularmente para as mulheres. Sendo assim, o tipo de arranjo familiar pode interferir na administração das diferentes demandas, sendo uma das hipóteses norteadoras desta pesquisa a de que as mulheres que possuem cônjuge (família nuclear) possuem menos problemas para administrar a interface entre a família e o trabalho remunerado do que aquelas que estão em famílias quebradas. Isto porque, supõe-se que a presença do marido auxilia estas mulheres na divisão de tarefas, bem como na obtenção de recursos financeiros. Neste cenário, os setores públicos e privados vêm desenvolvendo alternativas para diagnosticar, implantar e implementar ações sociais voltadas para o atendimento dos empregados e de suas famílias uma vez que o bem estar do indivíduo e de seus membros familiares depende, cada vez mais, de uma ação cooperativa e integrada de todos os setores da economia, num processo de desenvolvimento que coloque como uma de suas metas a promoção dos direitos humanos (MODENESI, 2003). Devido às influências recíprocas das relações entre a família e o

3 trabalho remunerado, não é suficiente estudar estes dois ambientes de forma separada. É necessário estudá-los em conjunto, sob uma mesma lógica que atribui influências recíprocas. Neste contexto, o objetivo geral deste estudo consistiu em analisar como a composição familiar de mulheres inseridas no mercado de trabalho, bem como se a presença/ausência de programas de responsabilidade social corporativa influenciam na administração da interface entre a família e o trabalho remunerado. Os objetivos específicos que nortearam esta pesquisa foram: caracterizar socioeconomicamente as funcionárias atendidas e não atendidas pelos programas de responsabilidade social corporativa; analisar e comparar como a composição familiar influencia as funcionárias na administração da interface família e trabalho remunerado; analisar e comparar como a presença ou a ausência do programa de responsabilidade social influencia as funcionárias na administração da interface família e trabalho remunerado. 2. REVISÃO DE LITERATURA A família, concebida teoricamente como um grupo unitário com estrutura específica, é freqüentemente considerada unidade básica da sociedade, sendo vista por alguns autores como um sistema social natural, além de ser considerada a maior instituição social com características próprias, como desenvolvimento de um conjunto de papéis e regras, estrutura de poder, padrões específicos de comunicação e formas de negociação e de resolução de problemas, através dos quais se executam todas as funções inerentes à sua natureza como grupo e como instituição (CEBOTAREV, 1994) (JESSOP, 1981). No Brasil, nos últimos anos, as famílias têm passado por mudanças que fazem parte de um processo de modernidade contraditório. Verifica-se uma diminuição do tamanho e uma maior diversificação nos arranjos domésticos e familiares. A complexidade das relações familiares aumentou devido ao incremento no número de famílias reconstituídas, resultado do incremento nas taxas de separação, divórcio e recasamentos (GOLDANI, 1994), além de uma mudança nos valores socioculturais, expressa pelo aumento do número de nascimentos fora do casamento, pelo enfraquecimento dos vínculos matrimoniais, pela modificação no comportamento reprodutivo e pelo crescimento da chefia feminina, entre outras dimensões (OLIVEIRA, 1994). As esposas e filhos passaram a ter participação mais intensa nas atividades de mercado e na renda monetária familiar, compartilhando com o chefe as responsabilidades de

4 manutenção da família, tendo, nesse processo, ocorrido uma redefinição nos padrões de hierarquia e socialização. Entre as explicações mais comuns para as mudanças nas estruturas familiares iniciadas em 1960, sobressaiu a crescente e marcante presença das mulheres brasileiras nos espaços públicos e privados, acompanhada pelas discussões sobre feminismo, trabalho, desigualdades e direitos da mulher. Como afirma Oliveira (1996), novas e variadas concepções e valores acerca da vida em comum emergiram no Brasil ao longo das últimas décadas. Dados sugerem que assincronias e ambigüidades marcam o período de mudanças no mundo moderno. Cresce o número de pessoas, especialmente crianças e mulheres adultas, não-cobertas pelos mecanismos de solidariedade e proteção envolvidos no modelo de família conjugal predominante em nosso meio. O avanço na ruptura dos vínculos conjugais; a incidência das uniões do tipo consensual ou informal; o crescimento no número de famílias chefiadas por mulheres; e a crescente autonomia do sexo feminino, decorrente da conquista de novos papéis na sociedade, de sua crescente profissionalização e do aumento das oportunidades de emprego parece sugerir que soluções até então não contempladas pelo conjunto da sociedade terão que ser buscadas em um futuro próximo, no sentido de facilitar a transição para uma etapa mais satisfatória do ponto de vista das relações de gênero, para que as mudanças não se traduzam em reais desequilíbrios familiares. Em meio a estas diversas mudanças, vê-se emergir também a, então, responsabilidade social ou boa cidadania corporativa. Esta é uma atividade, relativamente recente, das organizações que passaram a se preocupar com questões sociais e ambientais a partir dos anos 80 e a compreender a seriedade dos problemas sociais, passando a responsabilizar-se por áreas que o governo não tem conseguido prover eficientemente, como educação, saúde e moradia (BOUDON, 2002). Para Mendonça (2004), uma vez que o governo, de uma forma geral, já não consegue atender a todas as demandas políticas, econômicas, sociais, e ambientais existentes, esse papel é repassado para as empresas. Neste cenário, visa-se a construção de uma sociedade mais democrática e menos desigual, por meio do que o autor relata como Cidadania Compartilhada. Segundo a Comissão das Comunidades Européias (2001), a responsabilidade social é, essencialmente, um conceito do qual as empresas decidem, em bases voluntárias, contribuindo para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo. Ela pode se manifestar em relação aos trabalhadores e, mais genericamente, em relação a todas as partes interessadas e afetadas pela

5 empresa, que podem influenciar em seus resultados (IOSCHPE, 2000, p. 18) aponta que programas de ação social contribuem no relacionamento do funcionário com a empresa, no seu próprio desenvolvimento pessoal, na melhoria da imagem institucional, na qualidade de vida da comunidade atendida e na relação da empresa com a comunidade. Em outras palavras, ao mesmo tempo em que as empresas se fortalecem, o funcionário, sua família e a comunidade são melhores assistidos em suas necessidades. De acordo com Macedo e outros (2003), o reflexo da atuação dos programas de responsabilidade corporativa no bem-estar individual e da família, implica em conceitos como motivação, satisfação, prazer e orgulho, que podem ser traduzidos no aumento das vendas, em qualidade do produto ou dos sérvios, nos lucros, ou, de uma forma geral, na própria sobrevivência da empresa. Esta nova conjuntura delega novos poderes às pessoas que, possuindo o privilégio da informação, têm a responsabilidade de estar cobrando resultados por parte das esferas pública e privada. Dessa forma, alteram-se os papéis do governo, das empresas e dos indivíduos, redefinindo-se a noção de cidadania. Nestas condições, ser socialmente responsável não se restringe ao cumprimento de todas as obrigações legais. Implica em ir mais além, investindo em capital humano e familiar, no ambiente, nas comunidades locais e nas relações com outras partes interessadas, em situações que envolvem condições de exclusão social, tais como: trabalho infantil, trabalho forçado, relações sociais discriminatórias e direitos humanos. 3. METODOLOGIA Esse estudo foi desenvolvido no estado de Minas Gerais, mais precisamente em empresas localizadas na região da Zona da Mata. Dados do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) indicam que 81% das empresas mineiras realizam ações de responsabilidade social. Foram selecionadas, intencionalmente, duas empresas: uma que possuía investimentos em programas sociais (Empresa Y), e outra que não estava desenvolvendo este tipo de investimento (Empresa X). A coleta de dados se deu, inicialmente, com a análise dos registros documentais das empresas a fim de obter o perfil das funcionárias e, assim, estratificá-las de acordo com a composição familiar. Posteriormente, iniciou-se o processo de entrevistas que seguiu um roteiro semi-estruturado e foram gravadas, transcritas e categorizadas tematicamente. Os dados quantitativos foram analisados por meio de métodos estatísticos descritivos utilizando-se o

6 software Sistema para Análises Estatísticas (SAEG). Os dados qualitativos foram analisados utilizando-se o software MAXqda (Software for Qualitative Data Analysis). 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Tanto na empresa X quanto na empresa Y, obteve-se a mesma variação de faixa etária das participantes deste estudo sendo de 21 à 50 anos de idade, sendo que, a média de idade das empregadas da organização X foi de 33,5 anos, e da organização Y 31,5 anos. Em relação ao estado civil tem-se, para a empresa X que 56,25% das entrevistadas são casadas; 25% são solteiras; 12,5% separadas; e, 6,25%, amigadas. Da empresa Y, 37,5% das entrevistadas são casadas; 37,5% são solteiras; e, 25% divorciadas. No que diz respeito ao número de filhos, obteve-se uma diferença entre as médias das duas organizações uma vez que, na empresa X, a média foi de 1,68 filhos por mulher, enquanto, na empresa Y, esta média foi de 0,56 filhos por mulher. Relacionando o estado civil e o número de filhos, tem-se que, entre as casadas da empresa X, 55,55% possuem 3 filhos e 11,11% não tem filhos enquanto, na empresa Y, 50% das casadas não possuem filhos e 16,66% possuem 2 filhos. Entre as separadas/divorciadas, na empresa X, 50% possui um filho e 50% possui 3 filhos enquanto; na empresa Y, 25% delas não possuem filhos; 25% possuem 2 filhos e 50% possuem 1 filho.das solteiras, na empresa X, 50% não possuem filhos; 25% possuem 1 filho e outras 25%, 2 filhos enquanto; na empresa Y, 100% das solteiras não possuem filhos. Analisando a escolaridade das funcionárias em questão, predominou, para a empresa X, 42,85% das funcionárias com o ensino fundamental incompleto, enquanto para a empresa Y, houve predominância de 26,6% das funcionárias com o ensino médio completo. A diferença entre o número de filhos das funcionárias das duas empresas pode ser explicada pelo grau de escolaridade, uma vez que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2005) apresentados por Barbosa Júnior (2006), mulheres com menor grau de escolaridade tendem a ter maior número de filhos, sendo que mulheres com até três anos de estudo podem ter mais que o dobro do número de filhos de mulheres com oito anos de estudo ou mais. Voltando-se para as vivencias das entrevistadas, em relação a suas famílias de ascendência e descendência chegou-se ao que segue.

7 Questionadas sobre suas experiências de vida na família de ascendência, muitas das entrevistadas uniram o relacionamento interpessoal e a vivência que tiveram na infância/adolescência, ou seja, aquelas funcionárias que tinham boas recordações da infância/adolescência, relacionaram isso à união familiar, carinho entre os irmãos e lembrança das brincadeiras de crianças. Aquelas que lembraram desta época com pesar e rancor, associaram isto a fatos como o alcoolismo do pai, às agressões realizadas pelas mães e ao duro trabalho no meio rural. Questionadas sobre suas famílias de descendência, tem-se que 100% das entrevistadas possuem, no máximo, 5 integrantes por núcleo familiar. Na empresa X, a média de membros familiares foi 4, sendo que nesta organização encontrou-se 62,5% das famílias sendo do tipo nuclear; 18,75 do tipo monoparental; 12,5% monoparental/extensa; e, 6,25% sendo extensa. Destas últimas, 100% não apresentam a figura do pai e/ou marido. Ressalte-se que 25% das entrevistadas ainda encontram-se inseridas no núcleo das famílias de ascendência, sendo 25% delas, nucleares, 25% extensas e 50% monoparental/extensa. Na empresa Y, a média de integrantes por núcleo familiar foi 2,62 sendo 62,5% do tipo nuclear e 31,25%, monoparental. É dado que 6,25% das entrevistadas moram sozinhas. Destaca-se para empresa Y que 31,25% das entrevistadas fazem referência à família de ascendência uma vez que ainda viviam neste meio por serem solteiras e sem filhos. Destas, 40% são do tipo nuclear e 60% monoparental. Em relação à fase do ciclo de vida em que se encontram as famílias das entrevistadas, descartando aquelas que permanecem na família de ascendência, tem-se, para a empresa X, que 58,33% estão na fase de maturação e 41,66% na fase de formação. Na empresa Y, 50% está na fase de formação e 50% na fase de maturação. Em síntese, analisando a família de ascendência e descendência das mulheres, pode-se perceber que predominou o tipo de família nuclear. Apesar disso, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que caiu de 57,6% para 49,8% o percentual de famílias nucleares no país e de 56,6% para 48,55 no Sudeste, no período de 1995 a 2005 (IBGE apud BARBOSA JUNIOR, 2006). É dado ainda que o tamanho médio das famílias diminuiu no Sudeste entre 1995 e 2005, de 3,4 para 3,1 integrantes por família. Esta redução do número de membros familiares também é verificada quando se compara as famílias de ascendência com as de descendência das mulheres entrevistadas que, embora apresentem uma média acima da nacional, demonstram uma redução de 18,8%. De acordo com Barbosa Júnior (2006), estas

8 reduções são justificadas, em partes, pela colocação da mulher no mercado de trabalho e da conseqüente redução da fecundidade. Quanto à relação que as entrevistadas mantinham com o trabalho doméstica enquanto moravam na família de ascendência e/ou durante a infância/adolescência, os dados obtidos estão de acordo com os dados revelados por Barbosa Junior (2006) em pesquisa nacional que revelaram que 92% das mulheres ocupam-se dos afazeres domésticos. No que se refere ao trabalho remunerado, nas empresas pesquisadas, tanto na empresa X, quanto na empresa Y, a maioria das funcionárias iniciaram o trabalho na instituição na faixa etária de 21 a 25 anos (50% pertencentes à empresa X e 76,92% à empresa Y). Destaca-se que 25% das entrevistadas da empresa X e 18,75% da empresa Y não responderam a este questionamento. Analisando o motivo do início do trabalho remunerado nas organizações em estudo, observou-se que um número maior de funcionárias buscaram trabalhar para adquirir independência financeira e satisfação pessoal, principalmente na empresa Y (42,85%). Apesar disso, a necessidade financeira foi relatada por 68,77% das funcionárias da empresa X e por 28,57% das funcionárias da empresa Y. Questionadas sobre como viam a relação que têm com o trabalho realizado, 31,25% das funcionárias da empresa X e 56,25% da empresa Y relataram gostar muito do que fazem. Contrariamente às primeiras, outras 37,50% das funcionárias da empresa X e 31,25% da empresa Y disseram sentir cansaço, estresse e tensão com o trabalho. Quando se cruza estes dados aos possíveis problemas levantados pelas funcionárias observou-se que 42,85% das funcionárias da empresa X e 53,33% da empresa Y destacaram como principal problema do trabalho a convivência problemática e o difícil relacionamento com os colegas, não sendo os sintomas indicados provenientes do trabalho em si. Após a análise dos dois ambientes em separado família e trabalho remunerado buscou-se o ponto de interferência do ambiente laboral para o doméstico e vice-versa, assim como a percepção das mulheres em relação à administração dos diferentes papéis que elas desempenham nestes ambientes. Desta forma, questionadas sobre como administram as demandas do trabalho doméstico e do trabalho remunerado e de como um interfere no outro, apenas 3,12% afirmaram não existir uma interferência, pois conseguem separar completamente os dois ambientes. As demais entrevistadas concordaram que, embora exista um ditado dizendo não se deve levar para casa problemas do trabalho e nem trazer para o trabalho problemas da casa, esta é uma situação que não acontece concretamente. Desta maneira, embora tentem não

9 permitir a interferência do ambiente laboral no familiar ou vice-versa, isto não acontece, uma vez que a dissociação entre os problemas e preocupações não é possível. Em relação à percepção da administração dos ambientes familiares e laboral, juntamente com o desempenho dos diferentes papéis que essas mulheres realizavam, mesmo para aquelas sem filhos, as demandas familiares influenciavam no trabalho remunerado e vice e versa. Para as solteiras com filhos, a dificuldade relatada foi ainda maior, pois a mulher tinha que assumir os papéis de mãe, pai e provedora. Muitas funcionárias ligaram a administração de suas vidas, seja no âmbito laboral ou no doméstico, à fase de vida em que suas famílias encontravam-se. As solteiras e sem filhos mostraram preocupações relacionadas à ajuda financeira à família, enquanto as casadas, sem filhos ressaltaram a responsabilidade com os afazeres domésticos, enquanto uma segunda jornada de trabalho. Para as casadas e com filhos, principalmente quando os filhos estão maiores, foi ressaltada a importância da reorganização doméstica para investimentos em educação e, assim, o fato de não terem uma ajudante com os serviços domésticos as sobrecarregavam. A influência da composição familiar no processo administrativo da interface família trabalho remunerado dessas mulheres pode ser caracterizada como uma relação estreita e dependente. Por meio das entrevistas realizadas, foi possível identificar que o tipo de arranjo familiar (nuclear, monoparental, monoparental/extensa, dentre outros) pode interferir na administração das diferentes demandas familiares. Mulheres que possuíam cônjuge ou uma pessoa com quem dividir as responsabilidades do lar (mãe, filhos, dentre outros), relataram maior facilidade para administrar a interface entre a família e o trabalho remunerado do que aquelas que estavam em famílias quebradas. Isto pode ser explicado porque a presença do marido ou de uma pessoa de confiança auxilia estas mulheres na divisão de tarefas domésticas, assim como no cuidado e responsabilidades com os filhos e também na obtenção dos recursos financeiros sustentadores do lar. De acordo com os dados de Barbosa Júnior (2006), a chefia feminina nos lares brasileiros aumentou 35% entre 1995 e 2005 e a porcentagem de famílias chefiadas por mulheres com filhos e sem o conjugue, na Região Sudeste, aumentou 13,12% no mesmo período. Tratando das questões relativas à percepção das funcionárias sobre a influência do acesso ou não aos programas de responsabilidade social na qualidade de vida pessoal, familiar e laboral, da empresa X, que não possui investimentos em programas sociais, 100% das entrevistadas, embora não tenham conhecimento do conceito da responsabilidade social, ligaram o termo à

10 atividade de ginástica laboral que desenvolvem na organização. Neste contexto é dado que todas participavam dessa atividade e afirmavam ser de fundamental importância para a boa realização do trabalho e descanso do corpo e mente. Uma vez que a empresa X não possui investimentos em Responsabilidade Social Corporativa, suas funcionárias não souberam relatar maiores benefícios trazidos pelos mesmos. Apesar disso, demonstraram compartilhar a idéia de que programas sociais ajudam na melhoria da qualidade de vida dos funcionários e de suas famílias. Para a empresa Y, uma vez que esta possui um Instituto de Responsabilidade Social e uma constante divulgação de suas ações e atividades, tem-se que 100% das entrevistadas conhecem as ações sociais desenvolvidas, assim como também o ambiente no qual elas acontecem. Neste contexto, embora nenhuma das funcionárias estudadas tenha relatado que estivesse participando de qualquer atividade desenvolvida, 43,75% já participaram ativamente do instituto; 12,50% tinham algum membro da família participando de alguma atividade desenvolvida e 6,25% possuíam parentes que já participaram. A opinião das funcionárias da empresa Y sobre os benefícios trazidos pelos programas de responsabilidade social desenvolvidos pela organização destacou-se que a empresa se diferencia das demais quando investe na área social, além de tornar o ambiente de trabalho mais aprazível. Analisando, por fim, como a presença ou ausência da Responsabilidade Social Corporativa influencia as funcionárias na administração da interface família trabalho remunerado observou-se que, embora os programas sociais não tenham influência direta nesta administração, trazem benefícios indiretos por meio do que eles agregam as participantes. 5. CONCLUSÕES Este artigo teve por objetivo sumarizar os resultados de uma pesquisa realizada a fim de se entender como a composição familiar e as ações de responsabilidade social corporativa influenciam na administração de demandas laborais e familiares. Embora a existência dos programas de responsabilidade social não tenha sido indicada como determinante para a administração da interface família-trabalho remunerado, o estado físico e, principalmente, psicológico/mental dos indivíduos é fundamental para gerarem outputs satisfatórios e neste aspecto, as atividades sociais desenvolvidas e disponibilizadas pelas empresas a suas comunidades e funcionários, podem servir como apoiadores. Isso significa que, mesmo não

11 fazendo uso, constantemente, das atividades que a empresa oferece as funcionárias beneficiam-se de forma indireta delas, por meio de pessoas próximas que participam e por meio do que elas agregam a estas pessoas. O bem estar do indivíduo e de seus membros familiares depende, cada vez mais, de uma ação cooperativa e integrada de todos os setores da economia, num processo de desenvolvimento que coloque como uma de suas metas a promoção dos direitos humanos. A composição familiar das mulheres foi indicada como possuindo uma relação mais estreita e dependente do que a presença dos programas sociais. Foi possível averiguar que o tipo de arranjo familiar interfere na administração das diferentes demandas, sendo que as mulheres que possuem cônjuge, ou uma pessoa com quem dividir as responsabilidades do lar, possuem mais facilidade para administrar a interface entre a família e o trabalho remunerado do que aquelas que estão em famílias quebradas. Isto porque a presença do marido ou de uma pessoa de confiança as auxiliam na divisão de tarefas domésticas, cuidado com os filhos e também na obtenção dos recursos financeiros. REFERÊNCIAS BARBOSA JUNIOR, J. IBGE Detecta Mudanças na Família Brasileira. Instituto de Estudos Socioeconômicos INESC, Disponível em: Acesso em: 20 Abril, BOUDON, A. Social S.A. que dá. Conjuntura Econômica, v. 56, n. 2, p , CEBOTAREV, E. A. La familiar como problema de investigacion. In: Mujer, familiar y desarrollo, Manizales, U. De Caldas, p COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPËIAS (CCE). Livro Verde. Bruxelas: CEE, 2001, 35p. FERBER, M. A.; O FARRELL, B.; ALLEN, L. R. (Eds.). Work and family: Policies for a changing work force. Washington, D.C.: National Academy, GOLDANI, A. M. As famílias brasileiras: Mudanças e perspectivas. Caderno de Pesquisa, n. 72, p. 7-22, IOSCHPE, E. B. Voluntariado empresarial alia interesses da iniciativa privada e da área social. In: CONGRESSO NACIONAL SOBRE INVESTIMENTO PRIVADO, 2000, Vitória. Anais... São Paulo: Gife, JESSOP, D. J. Family relationships as viewed by parents and adolescents: A specification. Journal of Marriage and the Family, v. 41, n. 4, p , 1981.

12 MACEDO, L. C.; AVERSA, M. B.; PEREIRA, R. M.; GALBETTI, R. Responsabilidade social nas empresas londrinenses. Disponível em: < Acesso em: 09 de out MENDONÇA, F. O que é Responsabilidade Social? Revista FAE BUSINESS. N.9. Set Disponível em: Acesso em: 20 Jun MODENESI, K. N. Responsabilidade social nas empresas: Uma nova postura empresarial. O caso C.S.T Disponível em: oc>. Acesso em: 06 de out MONTALI, L. Família e trabalho na estruturação produtiva: ausência de políticas de emprego e deterioração das condições de vida. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 15, n. 42, p , OLIVEIRA, M. C. A família brasileira no limiar do ano Estudos Feministas, v. 4, n. 1, p , OLIVEIRA, Z. L. C. Assim caminha a família brasileira: Indicações do quadro empírico. In: SIMPÓSIO DE ECONOMIA FAMILIAR: UMA OLHADA SOBRE A FAMÍLIA NOS ANOS 90, 1, 1994, Viçosa-MG. Anais... Viçosa-MG:UFV, p

Pesquisa. Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e. A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul.

Pesquisa. Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e. A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul. Pesquisa A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul. Introdução Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e políticas capazes de ampliar a inserção da mulher no mercado de trabalho.

Leia mais

CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS DE IDOSAS. UM OLHAR PARA VIÇOSA, MINAS GERAIS, BRASIL

CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS DE IDOSAS. UM OLHAR PARA VIÇOSA, MINAS GERAIS, BRASIL CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS DE IDOSAS. UM OLHAR PARA VIÇOSA, MINAS GERAIS, BRASIL Nubia C. Freitas - UFV nubia.freitas@ufv.br Estela S. Fonseca UFV estela.fonseca@ufv.br Alessandra V. Almeida UFV

Leia mais

BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53

BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53 CAPÍTULO6 BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53 Aspectos de gênero O Programa Bolsa Família privilegia como titulares as mulheres-mães (ou provedoras de cuidados), público que aflui às políticas de assistência

Leia mais

Saúde. reprodutiva: gravidez, assistência. pré-natal, parto. e baixo peso. ao nascer

Saúde. reprodutiva: gravidez, assistência. pré-natal, parto. e baixo peso. ao nascer 2 Saúde reprodutiva: gravidez, assistência pré-natal, parto e baixo peso ao nascer SAÚDE BRASIL 2004 UMA ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE INTRODUÇÃO No Brasil, as questões relativas à saúde reprodutiva têm

Leia mais

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE?

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? Ana Amélia Camarano* Solange Kanso** Daniele Fernandes** 1 INTRODUÇÃO Assume-se que idade avançada e invalidez resultam em perda da capacidade laboral, o que

Leia mais

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras 2012 2 Sumário Apresentação... 3 A Pesquisa Perfil dos Empreendedores Sul Mineiros Sexo. 4 Estado Civil.. 5 Faixa Etária.. 6 Perfil

Leia mais

MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

MULHER NO MERCADO DE TRABALHO MULHER NO MERCADO DE TRABALHO Tâmara Freitas Barros A mulher continua a ser discriminada no mercado de trabalho. Foi o que 53,2% dos moradores da Grande Vitória afirmaram em recente pesquisa da Futura,

Leia mais

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE 1) OBJETIVOS - Apresentar de forma transparente as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente

Leia mais

DIMENSÕES DO TRABAHO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE: O ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÕES DE TRABALHO PRECOCE

DIMENSÕES DO TRABAHO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE: O ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÕES DE TRABALHO PRECOCE Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 18 a 22 de outubro, 2010 337 DIMENSÕES DO TRABAHO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE: O ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM

Leia mais

14 de dezembro de 2012 MONITORAMENTO DO PROGRAMA APRENDIZ LEGAL/ FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO

14 de dezembro de 2012 MONITORAMENTO DO PROGRAMA APRENDIZ LEGAL/ FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO 14 de dezembro de 2012 MONITORAMENTO DO PROGRAMA APRENDIZ LEGAL/ FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO 1. APRESENTAÇÃO A presente proposta de projeto refere-se ao Monitoramento do Programa Aprendiz Legal idealizado

Leia mais

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades; POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE OBJETIVO Esta Política tem como objetivos: - Apresentar as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente as inovações

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es).

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). A QUALIDADE DE VIDA SOB A ÓTICA DAS DINÂMICAS DE MORADIA: A IDADE ENQUANTO UM FATOR DE ACÚMULO DE ATIVOS E CAPITAL PESSOAL DIFERENCIADO PARA O IDOSO TRADUZIDO NAS CONDIÇÕES DE MORADIA E MOBILIDADE SOCIAL

Leia mais

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano Empresa como Sistema e seus Subsistemas Professora Cintia Caetano A empresa como um Sistema Aberto As organizações empresariais interagem com o ambiente e a sociedade de maneira completa. Uma empresa é

Leia mais

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Trabalho / PEM Tema: Frameworks Públicos Grupo: equipe do TCC Entrega: versão digital, 1ª semana de Abril (de 31/03 a 04/04), no e-mail do professor (rodrigues.yuri@yahoo.com.br)

Leia mais

Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes

Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes Sistema de pesquisas domiciliares existe no Brasil desde 1967, com a criação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD; Trata-se de um sistema de pesquisas

Leia mais

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA 1 ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA SUMÁRIO Introdução... 01 1. Diferenciação das Atividades de Linha e Assessoria... 02 2. Autoridade de Linha... 03 3. Autoridade de Assessoria... 04 4. A Atuação da

Leia mais

A Área de Marketing no Brasil

A Área de Marketing no Brasil A Área de Marketing no Brasil Relatório consolidado das etapas qualitativa e quantitativa Job 701/08 Fevereiro/ 2009 Background e Objetivos A ABMN Associação Brasileira de Marketing & Negócios deseja

Leia mais

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Indicadores CNI RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Previdência 20 Maioria dos brasileiros apoia mudanças na previdência Sete em cada dez brasileiros reconhecem que o sistema previdenciário brasileiro apresenta

Leia mais

TRABALHO INFANTIL E POBREZA DA POPULAÇÃO FEMININA BRASILEIRA: UMA DISCUSSÃO DA INTER-RELAÇÃO ENTRE ESTES DOIS FATORES

TRABALHO INFANTIL E POBREZA DA POPULAÇÃO FEMININA BRASILEIRA: UMA DISCUSSÃO DA INTER-RELAÇÃO ENTRE ESTES DOIS FATORES 1 CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E HUMANIDADES Niterói RJ: ANINTER-SH/ PPGSD-UFF, 03 a 06 de Setembro de 2012, ISSN 2316-266X TRABALHO INFANTIL E POBREZA DA POPULAÇÃO FEMININA BRASILEIRA:

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Universidade Federal da Bahia Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Reunião de 18 de junho de 2010 Resumo

Leia mais

Unidade III Produção, trabalho e as instituições I. Aula 5.2 Conteúdo:

Unidade III Produção, trabalho e as instituições I. Aula 5.2 Conteúdo: Unidade III Produção, trabalho e as instituições I. Aula 5.2 Conteúdo: A família patriarcal no Brasil e seus desdobramentos. 2 Habilidade: Reconhecer que a ideologia patriarcal influenciou a configuração

Leia mais

Relatório das Ações de Sensibilização do Projeto De Igual para Igual Numa Intervenção em Rede do Concelho de Cuba

Relatório das Ações de Sensibilização do Projeto De Igual para Igual Numa Intervenção em Rede do Concelho de Cuba Relatório das Ações de Sensibilização do Projeto De Igual para Igual Numa Intervenção em Rede do Concelho de Cuba 1 A dignidade do ser humano é inviolável. Deve ser respeitada e protegida Artigo 1º da

Leia mais

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros 1 of 5 11/26/2010 2:57 PM Comunicação Social 26 de novembro de 2010 PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009 Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros O número de domicílios

Leia mais

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007 O EMPREGO DOMÉSTICO Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Abril 2007 Perfil de um emprego que responde por 17,7% do total da ocupação feminina e tem 95,9% de seus postos de trabalho

Leia mais

Índice. 1. A educação e a teoria do capital humano...3. Grupo 7.2 - Módulo 7

Índice. 1. A educação e a teoria do capital humano...3. Grupo 7.2 - Módulo 7 GRUPO 7.2 MÓDULO 7 Índice 1. A educação e a teoria do capital humano...3 2 1. A EDUCAÇÃO E A TEORIA DO CAPITAL HUMANO Para Becker (1993), quando se emprega o termo capital, em geral, o associa à ideia

Leia mais

Guia sobre Voluntariado Instituto Lina Galvani

Guia sobre Voluntariado Instituto Lina Galvani Guia sobre Voluntariado Instituto Lina Galvani Sumário Conceito de voluntário... 3 O que é e o que não é voluntariado... 3 Lei do voluntariado... 4 Voluntariado no Brasil... 4 Benefício do Voluntariado...

Leia mais

Coordenação: Profª Vera Rodrigues

Coordenação: Profª Vera Rodrigues III Oficina Técnica da Chamada CNPq/MDS - 24/2013 Seminário de Intercâmbio de pesquisas em Políticas Sociais, Combate à Fome e à Miséria no Brasil Projeto E agora falamos nós: mulheres beneficiárias do

Leia mais

PERFIL EMPREENDEDOR DOS APICULTORES DO MUNICIPIO DE PRUDENTÓPOLIS

PERFIL EMPREENDEDOR DOS APICULTORES DO MUNICIPIO DE PRUDENTÓPOLIS PERFIL EMPREENDEDOR DOS APICULTORES DO MUNICIPIO DE PRUDENTÓPOLIS Elvis Fabio Roman (Bolsista programa universidade sem fronteiras/projeto associativismo apícola no município de Prudentópolis), e-mail:

Leia mais

Perfil das mulheres brasileiras em idade fértil e seu acesso à serviços de saúde Dados da PNDS 2006

Perfil das mulheres brasileiras em idade fértil e seu acesso à serviços de saúde Dados da PNDS 2006 Perfil das mulheres brasileiras em idade fértil e seu acesso à serviços de saúde Dados da PNDS 2006 José Cechin Superintendente Executivo Francine Leite Carina Martins A Pesquisa Nacional de Demografia

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego PME. Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada

Pesquisa Mensal de Emprego PME. Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada Pesquisa Mensal de Emprego PME Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE Algumas das principais

Leia mais

Case 5 Diagnóstico sobre a percepção das mulheres na empresa no tema Conciliação entre Trabalho e Família. Líder em soluções de TI para governo

Case 5 Diagnóstico sobre a percepção das mulheres na empresa no tema Conciliação entre Trabalho e Família. Líder em soluções de TI para governo Case 5 Diagnóstico sobre a percepção das mulheres na empresa no tema Conciliação entre Trabalho e Família Líder em soluções de TI para governo MOTIVAÇÃO A ação constou do Plano de Ação da 5ª Edição do

Leia mais

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem www.bettercotton.org Orientação Text to go here O documento Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem da BCI proporciona uma estrutura para medir as mudanças

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Pesquisa IBOPE Ambiental. Setembro de 2011

Pesquisa IBOPE Ambiental. Setembro de 2011 Pesquisa IBOPE Ambiental Setembro de 2011 Com quem falamos? Metodologia & Amostra Pesquisa quantitativa, com aplicação de questionário estruturado através de entrevistas telefônicas. Objetivo geral Identificar

Leia mais

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS Ari Lima Um empreendimento comercial tem duas e só duas funções básicas: marketing e inovação. O resto são custos. Peter Drucker

Leia mais

Sumário Executivo Pesquisa Quantitativa Regular. Edição n 05

Sumário Executivo Pesquisa Quantitativa Regular. Edição n 05 Sumário Executivo Pesquisa Quantitativa Regular Edição n 05 Junho de 2010 2 Sumário Executivo Pesquisa Quantitativa Regular Edição n 05 O objetivo geral deste estudo foi investigar as percepções gerais

Leia mais

DIMENSÃO 8 ATENDIMENTO AOS ESTUDANTES

DIMENSÃO 8 ATENDIMENTO AOS ESTUDANTES DIMENSÃO 8 ATENDIMENTO AOS ESTUDANTES 8.1 CONDIÇÕES INSTITUCIONAIS PARA OS DISCENTES 8.1.1 Facilidade de acesso aos dados e registros acadêmicos 8.1.2 Apoio à participação em eventos, produção e divulgação

Leia mais

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas.

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SANTOS, Silvana Salviano silvanasalviano@hotmail.com UNEMAT Campus de Juara JESUS, Lori Hack de lorihj@hotmail.com UNEMAT

Leia mais

Redução do Trabalho Infantil e Suas Repercussões no Ceará (2001-2011)

Redução do Trabalho Infantil e Suas Repercussões no Ceará (2001-2011) Enfoque Econômico é uma publicação do IPECE que tem por objetivo fornecer informações de forma imediata sobre políticas econômicas, estudos e pesquisas de interesse da população cearense. Por esse instrumento

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego - PME

Pesquisa Mensal de Emprego - PME Pesquisa Mensal de Emprego - PME Dia Internacional da Mulher 08 de março de 2012 M U L H E R N O M E R C A D O D E T R A B A L H O: P E R G U N T A S E R E S P O S T A S A Pesquisa Mensal de Emprego PME,

Leia mais

CENÁRIO BRASILEIRO DO MARKETING RELACIONADO A CAUSAS Atitudes e comportamento das OSCs e Empresas

CENÁRIO BRASILEIRO DO MARKETING RELACIONADO A CAUSAS Atitudes e comportamento das OSCs e Empresas CENÁRIO BRASILEIRO DO MARKETING RELACIONADO A CAUSAS Atitudes e comportamento das OSCs e 3º Seminário de Marketing Relacionado a Causas 25 de outubro de 2007 1 Objetivos Estudar atitudes e comportamentos

Leia mais

PROGRAMA ULBRASOL. Palavras-chave: assistência social, extensão, trabalho comunitário.

PROGRAMA ULBRASOL. Palavras-chave: assistência social, extensão, trabalho comunitário. PROGRAMA ULBRASOL Irmo Wagner RESUMO Com a intenção e o propósito de cada vez mais fomentar e solidificar a inserção da Universidade na Comunidade em que encontra-se inserida, aprimorando a construção

Leia mais

ANEXO 2 - INDICADORES EDUCACIONAIS 1

ANEXO 2 - INDICADORES EDUCACIONAIS 1 ES R O D A C I D N I 2 O X E N A EDUCACIONAIS 1 ANEXO 2 1 APRESENTAÇÃO A utilização de indicadores, nas últimas décadas, na área da educação, tem sido importante instrumento de gestão, pois possibilita

Leia mais

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição 2012. Fatia 3;

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição 2012. Fatia 3; COMO ESTUDAR SE NÃO TENHO COM QUEM DEIXAR MEUS FILHOS? UM ESTUDO SOBRE AS SALAS DE ACOLHIMENTO DO PROJOVEM URBANO Rosilaine Gonçalves da Fonseca Ferreira UNIRIO Direcionado ao atendimento de parcela significativa

Leia mais

25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1

25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 RECURSOS HUMANOS EM UMA ORGANIZAÇÃO HOSPITALAR COM PERSPECTIVA DE DESENVOLVIVENTO DO CLIMA ORGANIZACONAL: O CASO DO HOSPITAL WILSON ROSADO EM MOSSORÓ RN

Leia mais

Exmo. Presidente do município da Murtosa, Joaquim Santos Baptista; - na sua pessoa uma saudação aos eleitos presentes e a esta hospitaleira terra!

Exmo. Presidente do município da Murtosa, Joaquim Santos Baptista; - na sua pessoa uma saudação aos eleitos presentes e a esta hospitaleira terra! Exmo. Presidente do município da Murtosa, Joaquim Santos Baptista; - na sua pessoa uma saudação aos eleitos presentes e a esta hospitaleira terra! 1 Exmo. Diretor-Geral da Educação, em representação do

Leia mais

Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008

Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008 Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008 Seção: Entrevista Pág.: www.catho.com.br SABIN: A MELHOR EMPRESA DO BRASIL PARA MULHERES Viviane Macedo Uma empresa feita sob medida para mulheres. Assim

Leia mais

NOVAS PERSPECTIVAS E NOVO OLHAR SOBRE A PRÁTICA DA ADOÇÃO:

NOVAS PERSPECTIVAS E NOVO OLHAR SOBRE A PRÁTICA DA ADOÇÃO: NOVAS PERSPECTIVAS E NOVO OLHAR SOBRE A PRÁTICA DA ADOÇÃO: Andreia Winkelmann Ineiva Teresinha Kreutz Louzada INTRODUÇÃO: O tema da adoção instiga muita curiosidade e torna-se extremamente necessário à

Leia mais

CENÁRIO BRASILEIRO DO MARKETING RELACIONADO A CAUSAS Atitudes e comportamento do consumidor

CENÁRIO BRASILEIRO DO MARKETING RELACIONADO A CAUSAS Atitudes e comportamento do consumidor CENÁRIO BRASILEIRO DO MARKETING RELACIONADO A CAUSAS Atitudes e comportamento do consumidor 2º Seminário Internacional de Marketing Relacionado a Causas 27 de setembro de 2005 1 O que pensa consumidor

Leia mais

Voluntariado Empresarial e Desenvolvimento de Competências

Voluntariado Empresarial e Desenvolvimento de Competências Voluntariado Empresarial e Desenvolvimento de Competências Voluntariado Segundo o Conselho da Comunidade Solidária, Voluntário é o cidadão que, motivado pelos valores de participação e solidariedade, doa

Leia mais

O Mercado de Trabalho nas Atividades Culturais no Brasil, 1992-2001

O Mercado de Trabalho nas Atividades Culturais no Brasil, 1992-2001 1 Ministério da Cultura Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Data de elaboração da ficha: Ago 2007 Dados das organizações: Nome: Ministério da Cultura (MinC) Endereço: Esplanada dos Ministérios,

Leia mais

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR APRESENTAÇÃO DO TI O Trabalho Interdisciplinar é um projeto desenvolvido ao longo dos dois primeiros bimestres do curso. Os alunos tem a oportunidade de visualizar a unidade da estrutura curricular do

Leia mais

Emprego doméstico na Região Metropolitana de Porto Alegre em 2013

Emprego doméstico na Região Metropolitana de Porto Alegre em 2013 EMPREGO DOMÉSTICO NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE ABRIL 2014 Emprego doméstico na Região Metropolitana de Porto Alegre em Em, diminuiu o número de empregadas domésticas na

Leia mais

Equipe: Ronaldo Laranjeira Helena Sakiyama Maria de Fátima Rato Padin Sandro Mitsuhiro Clarice Sandi Madruga

Equipe: Ronaldo Laranjeira Helena Sakiyama Maria de Fátima Rato Padin Sandro Mitsuhiro Clarice Sandi Madruga Equipe: Ronaldo Laranjeira Helena Sakiyama Maria de Fátima Rato Padin Sandro Mitsuhiro Clarice Sandi Madruga 1. Por que este estudo é relevante? Segundo o relatório sobre a Carga Global das Doenças (Global

Leia mais

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho Pesquisa Semesp A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho 2008 Ensino superior é um forte alavancador da carreira profissional A terceira Pesquisa Semesp sobre a formação acadêmica dos profissionais

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

ANEXO I ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA LEVANTAMENTOS PRELIMINARES. Data:

ANEXO I ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA LEVANTAMENTOS PRELIMINARES. Data: ANEXO I ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA LEVANTAMENTOS PRELIMINARES Dados Socioeconômicos: Levantamento das Demandas do Município Responsável Técnico pelo Levantamento: Data: Município: Nome do Informante /

Leia mais

DA UNIVERSIDADE AO TRABALHO DOCENTE OU DO MUNDO FICCIONAL AO REAL: EXPECTATIVAS DE FUTUROS PROFISSIONAIS DOCENTES

DA UNIVERSIDADE AO TRABALHO DOCENTE OU DO MUNDO FICCIONAL AO REAL: EXPECTATIVAS DE FUTUROS PROFISSIONAIS DOCENTES DA UNIVERSIDADE AO TRABALHO DOCENTE OU DO MUNDO FICCIONAL AO REAL: EXPECTATIVAS DE FUTUROS PROFISSIONAIS DOCENTES Karem Nacostielle EUFRÁSIO Campus Jataí karemnacostielle@gmail.com Sílvio Ribeiro DA SILVA

Leia mais

SEMANA 3 A CONTRIBUIÇAO DOS ESTUDOS DE GÊNERO

SEMANA 3 A CONTRIBUIÇAO DOS ESTUDOS DE GÊNERO SEMANA 3 A CONTRIBUIÇAO DOS ESTUDOS DE GÊNERO Autor (unidade 1 e 2): Prof. Dr. Emerson Izidoro dos Santos Colaboração: Paula Teixeira Araujo, Bernardo Gonzalez Cepeda Alvarez, Lívia Sousa Anjos Objetivos:

Leia mais

TÍTULO: PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS PROFISSIONAIS FORMANDOS DA ÁREA DE NEGÓCIOS DA FACIAP

TÍTULO: PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS PROFISSIONAIS FORMANDOS DA ÁREA DE NEGÓCIOS DA FACIAP Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS PROFISSIONAIS FORMANDOS DA ÁREA DE NEGÓCIOS DA FACIAP CATEGORIA: CONCLUÍDO

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

5 Conclusão e Considerações Finais

5 Conclusão e Considerações Finais 5 Conclusão e Considerações Finais Neste capítulo são apresentadas a conclusão e as considerações finais do estudo, bem como, um breve resumo do que foi apresentado e discutido nos capítulos anteriores,

Leia mais

COMO EXPLORAR OS BENEFÍCIOS DOS INDICADORES DE DESEMPENHO NA GESTÃO DE UM CSC. Lara Pessanha e Vanessa Saavedra

COMO EXPLORAR OS BENEFÍCIOS DOS INDICADORES DE DESEMPENHO NA GESTÃO DE UM CSC. Lara Pessanha e Vanessa Saavedra COMO EXPLORAR OS BENEFÍCIOS DOS INDICADORES DE DESEMPENHO NA GESTÃO DE UM CSC Lara Pessanha e Vanessa Saavedra A utilização de indicadores de desempenho é uma prática benéfica para todo e qualquer tipo

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES

DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES Barbara Christine Nentwig Silva Professora do Programa de Pós Graduação em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social /

Leia mais

O Emprego Doméstico na Região Metropolitana de Belo Horizonte em 2013

O Emprego Doméstico na Região Metropolitana de Belo Horizonte em 2013 PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE Ano 19 Nº 13 - O Emprego Doméstico na Região Metropolitana de Belo Horizonte em A partir da aprovação da Emenda Constitucional n 72,

Leia mais

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Avaliação desenvolvida por Mónica Galiano e Kenn Allen, publicado originalmente no livro The Big Tent: Corporate Volunteering in the Global Age. Texto

Leia mais

VOLUNTARIADO E CIDADANIA

VOLUNTARIADO E CIDADANIA VOLUNTARIADO E CIDADANIA Voluntariado e cidadania Por Maria José Ritta Presidente da Comissão Nacional do Ano Internacional do Voluntário (2001) Existe em Portugal um número crescente de mulheres e de

Leia mais

Nosso negócio é a melhoria da Capacidade Competitiva de nossos Clientes

Nosso negócio é a melhoria da Capacidade Competitiva de nossos Clientes Nosso negócio é a melhoria da Capacidade Competitiva de nossos Clientes 1 SÉRIE DESENVOLVIMENTO HUMANO FORMAÇÃO DE LÍDER EMPREENDEDOR Propiciar aos participantes condições de vivenciarem um encontro com

Leia mais

cada fator e seus componentes.

cada fator e seus componentes. 5 CONCLUSÃO Conforme mencionado nas seções anteriores, o objetivo deste trabalho foi o de identificar quais são os fatores críticos de sucesso na gestão de um hospital privado e propor um modelo de gestão

Leia mais

X SEMINÁRIO DO FÓRUM NACIONAL DE GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS ESTATAIS

X SEMINÁRIO DO FÓRUM NACIONAL DE GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS ESTATAIS X SEMINÁRIO DO FÓRUM NACIONAL DE GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS ESTATAIS PAINEL : FERRAMENTA PARA A GESTÃO DA ÉTICA E DOS DIREITOS HUMANOS RONI ANDERSON BARBOSA INSTITUTO OBSERVATORIO SOCIAL INSTITUCIONAL

Leia mais

Aula 1 - Avaliação Econômica de Projetos Sociais Aspectos Gerais

Aula 1 - Avaliação Econômica de Projetos Sociais Aspectos Gerais Aula 1 - Avaliação Econômica de Projetos Sociais Aspectos Gerais Plano de Aula Introdução à avaliação econômica de projetos sociais Avaliação de impacto Retorno econômico Marco Lógico O Curso Trabalho

Leia mais

Sistema para Visualização dos Resultados de Pesquisas de Clima Organizacional. PERSPECTIVA Consultores Associados Ltda.

Sistema para Visualização dos Resultados de Pesquisas de Clima Organizacional. PERSPECTIVA Consultores Associados Ltda. PERSPECTIVA Consultores Associados Ltda. Sistema para Visualização dos Resultados de Pesquisas de Clima Organizacional Manual do Usuário Este documento é de autoria da PERSPECTIVA Consultores Associados

Leia mais

GUIA PRÁTICO APOIOS SOCIAIS FAMÍLIA E COMUNIDADE EM GERAL

GUIA PRÁTICO APOIOS SOCIAIS FAMÍLIA E COMUNIDADE EM GERAL Manual de GUIA PRÁTICO APOIOS SOCIAIS FAMÍLIA E COMUNIDADE EM GERAL INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P ISS, I.P. Departamento/Gabinete Pág. 1/9 FICHA TÉCNICA TÍTULO Guia

Leia mais

GRUPO FIAT CNM/CUT - CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS METALÚRGICOS DA CUT

GRUPO FIAT CNM/CUT - CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS METALÚRGICOS DA CUT CNM/CUT - CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS METALÚRGICOS DA CUT DIEESE - DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SÓCIO-ECONÔMICOS SUBSEÇÃO CNM/CUT GRUPO FIAT Mundo A FIAT iniciou suas atividades em

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

TEXTO 2. Inclusão Produtiva, SUAS e Programa Brasil Sem Miséria

TEXTO 2. Inclusão Produtiva, SUAS e Programa Brasil Sem Miséria TEXTO 2 Inclusão Produtiva, SUAS e Programa Brasil Sem Miséria Um dos eixos de atuação no Plano Brasil sem Miséria diz respeito à Inclusão Produtiva nos meios urbano e rural. A primeira está associada

Leia mais

O que é Programa Rio: Trabalho e Empreendedorismo da Mulher? Quais suas estratégias e ações? Quantas instituições participam da iniciativa?

O que é Programa Rio: Trabalho e Empreendedorismo da Mulher? Quais suas estratégias e ações? Quantas instituições participam da iniciativa? Destaque: Somos, nós mulheres, tradicionalmente responsáveis pelas ações de reprodução da vida no espaço doméstico e a partir da última metade do século passado estamos cada vez mais inseridas diretamente

Leia mais

CURSO PRÉ-VESTIBULAR UNE-TODOS: CONTRIBUINDO PARA A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO *

CURSO PRÉ-VESTIBULAR UNE-TODOS: CONTRIBUINDO PARA A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO * CURSO PRÉ-VESTIBULAR UNE-TODOS: CONTRIBUINDO PARA A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO * COSTA, Marcia de Souza 1, PAES, Maria Helena Rodrigues 2 ; Palavras-chave: Pré-vestibular

Leia mais

Expectativa de vida do brasileiro cresce mais de três anos na última década

Expectativa de vida do brasileiro cresce mais de três anos na última década 1 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO PROFESSOR BAHIA TEXTO DE CULTURA GERAL FONTE: UOL COTIDIANO 24/09/2008 Expectativa de vida do brasileiro cresce mais de três anos na última década Fabiana Uchinaka Do UOL Notícias

Leia mais

Modos de vida no município de Paraty - Ponta Negra

Modos de vida no município de Paraty - Ponta Negra Modos de vida no município de Paraty - Ponta Negra Resultados gerais Dezembro 2010 Projeto Community-based resource management and food security in coastal Brazil (Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP)

Leia mais

PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES Regina Luzia Corio de Buriasco * UEL reginaburiasco@sercomtel.com.br Magna Natália Marin Pires* UEL magna@onda.com.br Márcia Cristina de Costa Trindade Cyrino*

Leia mais

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL Somos especializados na identificação e facilitação de soluções na medida em que você e sua empresa necessitam para o desenvolvimento pessoal, profissional,

Leia mais

Questionário para Instituidoras

Questionário para Instituidoras Parte 1 - Identificação da Instituidora Base: Quando não houver orientação em contrário, a data-base é 31 de Dezembro, 2007. Dados Gerais Nome da instituidora: CNPJ: Endereço da sede: Cidade: Estado: Site:

Leia mais

na região metropolitana do Rio de Janeiro

na região metropolitana do Rio de Janeiro O PERFIL DOS JOVENS EMPREENDEDORES na região metropolitana do Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL MARÇO DE 2013 Nº21 PANORAMA GERAL Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) de 2011,

Leia mais

Profissionais de Alta Performance

Profissionais de Alta Performance Profissionais de Alta Performance As transformações pelas quais o mundo passa exigem novos posicionamentos em todas as áreas e em especial na educação. A transferência pura simples de dados ou informações

Leia mais

Endomarketing: um estudo de caso em uma agência de uma instituição financeira de Bambuí- MG

Endomarketing: um estudo de caso em uma agência de uma instituição financeira de Bambuí- MG Endomarketing: um estudo de caso em uma agência de uma instituição financeira de Bambuí- MG Bruna Jheynice Silva Rodrigues 1 ; Lauriene Teixeira Santos 2 ; Augusto Chaves Martins 3 ; Afonso Régis Sabino

Leia mais

A INTERATIVIDADE EM AMBIENTES WEB Dando um toque humano a cursos pela Internet. Os avanços tecnológicos de nosso mundo globalizado estão mudando a

A INTERATIVIDADE EM AMBIENTES WEB Dando um toque humano a cursos pela Internet. Os avanços tecnológicos de nosso mundo globalizado estão mudando a A INTERATIVIDADE EM AMBIENTES WEB Dando um toque humano a cursos pela Internet Por Carolina Cavalcanti * Os avanços tecnológicos de nosso mundo globalizado estão mudando a maneira que nossa sociedade está

Leia mais

O Indivíduo em Sociedade

O Indivíduo em Sociedade O Indivíduo em Sociedade A Sociologia não trata o indivíduo como um dado da natureza isolado, livre e absoluto, mas como produto social. A individualidade é construída historicamente. Os indivíduos são

Leia mais

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRABALHO REALIZADO PELO SERVIÇO SOCIAL NO CENTRO PONTAGROSSENSE DE REABILITAÇÃO AUDITIVA E DA FALA (CEPRAF) TRENTINI, Fabiana Vosgerau 1

Leia mais

Cresce o numero de desempregados sem direito ao subsidio de desemprego Pág. 1

Cresce o numero de desempregados sem direito ao subsidio de desemprego Pág. 1 Cresce o numero de desempregados sem direito ao subsidio de desemprego Pág. 1 CRESCE O DESEMPREGO E O NUMERO DE DESEMPREGADOS SEM DIREITO A SUBSIDIO DE DESEMPREGO, E CONTINUAM A SER ELIMINADOS DOS FICHEIROS

Leia mais

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fúlvia Rosemberg: analisa ações de inclusão e apresenta programa voltado para a formação de novas lideranças

Leia mais

5 Conclusões 5.1. Síntese do estudo

5 Conclusões 5.1. Síntese do estudo 5 Conclusões 5.1. Síntese do estudo Este estudo teve como objetivo contribuir para a compreensão do uso das mídias sociais, como principal ferramenta de marketing da Casar é Fácil, desde o momento da sua

Leia mais

2. REDUZINDO A VULNERABILIDADE AO HIV

2. REDUZINDO A VULNERABILIDADE AO HIV 2. REDUZINDO A VULNERABILIDADE AO HIV 2.1 A Avaliação de risco e possibilidades de mudança de comportamento A vulnerabilidade ao HIV depende do estilo de vida, género e das condições socioeconómicas. Isso

Leia mais

I Seminário. Estadual de enfrentamento ao CRACK. O papel da família no contexto da prevenção e do enfrentamento aos problemas decorrentes do CRACK

I Seminário. Estadual de enfrentamento ao CRACK. O papel da família no contexto da prevenção e do enfrentamento aos problemas decorrentes do CRACK O papel da família no contexto da prevenção e do enfrentamento aos problemas decorrentes do CRACK Contextualização Social Economia Capitalista Transformações sociais Alterações nos padrões de comportamento

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais