Governança Corporativa Profa. Patricia Maria Bortolon
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- Otávio da Cunha Affonso
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1 Governança Corporativa
2 Investidores Institucionais e Governança Corporativa Aula 11
3 Participação Acionária de Investidores Institucionais No Reino Unido: Tipo de Investidor 1963 % 2006 % Indivíduos Cias. Seguros Fundos de Pensão 6 13 Internacional 7 40 Fundos de Investimentos 1 2 Fonte: Mallin, 2010
4 Influência dos Investidores Institucionais Mecanismo de voz Mecanismo de saída E se não houver liquidez? O que é o ativismo desses investidores? Monitoramento Intervenção se necessário Avaliação e relatório dos resultados dessas iniciativas Fonte: Mallin, 2010
5 Relacionamento dos Investidores institucionais com as companhias investidas Mecanismos de Governança Corporativa Reuniões exclusivas O que é uma desvantagem para investidores individuais Servem para discutir não só resultados mas também as estratégias e planos para geração de valor Voto E quando o fundo é internacional? Disponibilização prévia de informações. Resultados da votação. Resoluções ou propostas dos acionistas Nos EUA são cerca de 800 a 900 por ano, em geral relacionadas a questões éticas, sociais e ambientais. Entretanto, há a expectativa de que sejam mais comuns as relacionadas a insatisfação com a remuneração dos executivos. No Reino Unido há condições: (i) mínimo de 5% dos votos, (ii) no mínimo 100 acionistas com capital investido mínimo de 100 libras cada um. Os acionistas arcam com o custo da circulação da proposta. Poucas propostas em comparação com EUA. Exemplo de ativismo em Fonte: Mallin, 2010
6 Relacionamento dos Investidores institucionais com as companhias investidas Mecanismos de Governança Corporativa Focus list lista negra divulgada pelos investidores institucionais. Entram na lista empresas com performance abaixo do esperado e que não responderam adequadamente aos questionamentos dos investidores. Sistemas de Indicadores de Governança Corporativa Alguns fundos criam seus critérios e pontuações e passam a avaliar as empresas investidas segundo eles. Fonte: Mallin, 2010
7 Brasil Privatização da Usiminas em 1991 O período de privatizações ocorreu exatamente quando os fundos de pensão se encontravam em fase de constituição do patrimônio, acumulando recursos e adequando o perfil ao longo prazo Em 2008, esse ciclo atinge a maturidade, momento em que o pagamento de pensões e aposentadorias superam as contribuições, exigindo o uso de receitas ou venda de ativos para pagamento das obrigações Fonte: Fontes Filho, 2009
8 Sistema Previdenciário no Brasil Três pilares do sistema previdenciário no Brasil Previdência oficial Previdência complementar fechada Previdência complementar aberta Os primeiros 15 anos caracterizam os fundos como investidores de longo prazo: dividendos x reinvestimento Com o tempo cresce a preocupação com o gerenciamento do fluxo de caixa 1994 estabilização da economia, redução dos juros e necessidade de adequar a carteira de investimentos Fonte: Fontes Filho, 2009
9 Sistema Previdenciário no Brasil Três forças justificam o interesse dos fundos de pensão pela GC A necessidade de influenciar a política de distribuição de dividendos Reconhecimento pleno do dever fiduciário. a gestão passiva, passa a ser entendida como uma não gestão Fortalecer imagem de liderança em boas práticas de gestão e governança Exemplos: Previ: incluiu em suas diretrizes a extensão do tag along aos preferencialistas e a ativação do conselho fiscal em todas as empresas Funcef: criou um rating de GC Fonte: Fontes Filho, 2009
10 Sistema Previdenciário no Brasil Nossos fundos investem pouco em ações A resolução no /07 autoriza os fundos a aplicarem até 50% de seus recursos em renda variável (Art. 21) Metas atuariais, em geral fixadas a 6% anuais, serão difíceis de serem atingidas com aplicações em títulos públicos Há cerca de US$ 70 bilhões que poderiam migrar para ações em um cenário de redução das taxas de juros Revista Capital Aberto (agosto/2006): Meros 0,6% da carteira de renda variável das entidades de previdência privada estava alocada em empresas do Novo Mercado Menos de 15% em empresas N2 ou NM em 2007 = discurso distante da prática Fonte: Fontes Filho, 2009
11 Sistema Previdenciário no Brasil Carência de estudos que evidenciem a participação dos fundos de pensão nas Assembleias de Acionistas no Brasil Postura reativa Indicação de conselheiros não privilegia aspecto técnico Exemplos de atuação inadequada em relação à GC: Reestruturação societária da Telemar em 2006 Bombril (março 2006) Fonte: Silveira, 2010
12 Sistema Previdenciário no Brasil Os fundos de pensão deveriam indicar de forma clara: Como avaliam as práticas de GC Qual o peso das questões de GC na seleção das empresas investidas Quais têm sido suas propostas e seus votos nas assembleias das investidas Quais foram os critérios utilizados para a escolha dos seus conselheiros Com isso, dariam um bom exemplo de transparência e orientação pró-governança, reforçando a adoção das boas práticas pela empresas. Fonte: Silveira, 2010
13 Private Equity e Venture Capital Meireles et. al. (2008) Venture capital e private equity (VC/PE) são segmentos do mercado financeiro que consistem fundamentalmente em aporte temporário de capital, realizado por um fundo de VC/PE, por meio de participação no capital de empresas com potencial de crescimento e expectativa de grande valorização. A valorização da empresa permitirá ao fundo de VC/PE obter retorno com a venda da participação (desinvestimento) a médio ou longo prazo. Fonte: Zeidan e Veras, 2009
14 Participantes da Atividade de VC/PE Investidores: Bancos de Investimento Bancos de Desenvolvimento Fundos de Pensão Investidores Individuais $$$ Retorno Companhia de VC/PE Solicitação de capital Administra Avaliação $$$ Fundo de VC/PE Investimento Empreendimentos (Empresas Investidas) Desinvestimento Saída: IPO Fusão Aquisição Liquidação Retorno Fonte: Zeidan e Veras, 2009
15 Os Benefícios Os gestores de fundos favorecem: A profissionalização da gestão do negócio Ampliação da rede de relacionamentos Adoção de boas práticas de GC Elevam a possibilidade de ganhos de escala Abertura de canais de crédito Aproveitamento de atividades complementares de outras empresas investidas, respeitados eventuais conflitos de interesses O aporte representa para a cia investida um financiamento de longo prazo, em que não são exigidas garantias e não há pagamento de juros periódicos ou amortização do principal Fonte: Zeidan e Veras, 2009
16 O investimendo em VC/PE apresenta baixa liquidez e risco do capital não se valorizar como esperado Risco é minimizado com análise criteriosa anterior ao aporte, suporte gerencial, diversificação Fundos de VC: empresas em prédesenvolvimento Fundos de PE: empresas em fase mais madura Fonte: Zeidan e Veras, 2009
17 Venture Capital no mundo Empresas como Microsoft, Fedex, Apple, Sun Microsystems, Amazon, Lotus, Cisco, Netscape, ebay, Intel, JetBlue, Oracle e Google são exemplos mundiais de sucesso que tiveram em suas estruturas de capital recursos oriundos de VC. Algumas condições para os investidores destes fundos: Prazo determinado de vida do fundo (normalmente 10 anos) Restrição à negociação das cotas Restrição de saques ao tempo de vida do fundo Restrição quanto à participação de cotista na gestão do fundo Nos EUA os recursos destes fundos passaram de US$1 bi em 1985 para US$400 bi em 2007 Fonte: Zeidan e Veras, 2009
18 Venture Capital no Brasil 1º. Censo Gvcepe (2004) Comprometimento de US$5,58bilhões 306 empresas investidas (204 VC, 102 PE), (195 na região Sudeste) 71 organizações gestoras (45 independentes, 20 instituições financeiras, 4 grupos industriais, 2 setor público) Meirelles (2008) As saídas por meio de IPO são, em geral, as que possibilitam maiores ganhos No Brasil o mais comum é a saída por meio de venda estratégica, embora a partir de 2004 os IPOs tenham sido mais frequentes Das 72 empresa que realizaram IPO de 2004 até o primeiro semestre de 2007, 39% receberam aporte do tipo VC/PE e foram responsáveis por 58% do volume de recursos captados nas aberturas de capital.
19 Dados Recentes 2º. Censo PE/VC GVCepe Relatório Ernst & Young sobre o setor
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