UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ANDERSON CERATTI A USUCAPIÃO COMO FORMA DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ANDERSON CERATTI A USUCAPIÃO COMO FORMA DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ANDERSON CERATTI A USUCAPIÃO COMO FORMA DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE Palhoça 2009

2 ANDERSON CERATTI A USUCAPIÃO COMO FORMA DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE Monografia apresentada ao Curso de graduação em Direito da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Direito. Orientadora: Profª. MSc. Deisi Cristini Schveitzer Palhoça 2009

3 ANDERSON CERATTI A USUCAPIÃO COMO FORMA DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE Esta Monografia foi julgada adequada à obtenção do título de Bacharel em Direito e aprovado em sua forma final pelo Curso de Direito, da Universidade do Sul de Santa Catarina. Palhoça, 03 de junho Profª. e orientadora Deisi Cristini Schveitzer. Universidade do Sul de Santa Catarina Profª. e examinadora Gisele Martins Universidade do Sul de Santa Catarina Profª. e examinadora Ana Lúcia Camargo Universidade do Sul de Santa Catarina TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

4 A USUCAPIÃO COMO FORMA DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE Declaro para todos os fins de direito e que se fizerem necessários, que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico e referencial conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do Sul de Santa Catarina, a Coordenação do Curso de Direito, a Banca Examinadora e o Orientador de todo e qualquer reflexo acerca da monografia. Estou ciente de que poderei responder administrativamente, civil e criminalmente em caso de plágio comprovado do trabalho monográfico. Palhoça, 03 de Junho de Anderson Ceratti

5 AGRADECIMENTOS A minha família, especialmente ao meu pai e minha mãe que nunca mediram esforços para que eu pudesse realizar meus ideais. A minha querida esposa Carla, que não desanimou nas madrugadas de estudo e que sempre esteve ao meu lado me apoiando e incentivando. A minha orientadora Deisi Cristini Schveitzer por seus preciosos ensinamentos. Aos meus amigos e colegas de faculdade pela amizade e troca de conhecimento adquirido nessa longa jornada. Enfim, a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a aquisição de conhecimento e a conclusão da presente marcha.

6 RESUMO A posse e a propriedade sempre foram envoltas em grandes divergências tanto na doutrina como no mundo fático. Essas divergências moldaram a forma de pensar e de resolver as questões na antiga Roma, passando pelo período Clássico e chegando até os tempos atuais. A posse é caracterizada pela exteriorização do poder de fato sobre determinado bem, é a possibilidade de exercer um dos poderes inerentes à propriedade. A propriedade, por sua vez e segundo o Código Civil, é o direito que o proprietário tem de usar, gozar e dispor da coisa, bem como o direito que este tem de reavê-la de quem quer que a possua injustamente. Nesse contexto, a usucapião é forma originária de aquisição da propriedade pelo exercício da posse sem oposição durante determinado tempo, de forma mansa, pacífica e continuada. A aquisição da propriedade mediante essa situação fática prolongada no tempo, conduz à aquisição por usucapião. Diante da possibilidade de dispor de um instituto tão importante como a usucapião, se torna evidente que a nomenclatura deveria existir, porém não sem divergências. Alguns autores preferem o termo como o antigo Código Civil utilizava, na forma masculina, mas em análise à origem do vocábulo chega-se à forma que o novo Código Civil veio a corrigir, ou seja a forma feminina. Para que a usucapião se consume, é necessário que alguns requisitos estejam presentes, quais sejam: justo título, a boa-fé, o lapso de tempo, a coisa ser hábil, e a própria posse, que deve ser mansa e pacífica, contínua e com a intenção de ser dono. Assim, o presente estudo vem analisar essa situação para tentar dirimir suas divergência. Palavras-chave: Posse. Propriedade. Usucapião. Forma de aquisição da propriedade. Posse geradora de usucapião.

7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO POSSE CONCEITO POSSUIDOR DIRETO E INDIRETO TEORIAS Teoria Subjetiva Teoria Objetiva PROPRIEDADE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE Classificação dos Modos de Adquirir Originária ou Derivada Mobiliária e Imobiliária A Titulo Singular ou Universal Outros Modos de Aquisição PERDA DA PROPRIEDADE Alienação Abandono Renúncia Perecimento Desapropriação Requisição USUCAPIÃO NOMENCLATURA CONCEITO HISTÓRICO FUNDAMENTOS REQUISITOS Justo Título Boa-Fé... 46

8 4.5.3 Tempo Coisa Hábil Posse Continuidade Inoponibilidade Intenção de Ser Dono ESPÉCIES DE USUCAPIÃO A Usucapião Ordinária A Usucapião Extraordinária A Usucapião Especial Urbana A Usucapião Especial Rural O PROCESSO DE USUCAPIÃO A prova em Usucapião CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 64

9 9 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho, requisito para a conclusão do curso de Direito da Universidade do Sul de Santa Catarina UNISUL, tem por objetivo trazer para o meio acadêmico a análise dos principais aspectos da aquisição da propriedade por meio da usucapião. O sujeito que possui bem móvel ou imóvel, nem sempre tem a seu favor todos os meios para se confirmar o domínio pleno sobre a coisa, por isso, já no direito Romano figurava a usucapião como forma de adquirir a propriedade pela posse prolongada no tempo. A posse é a exteriorização do fato, é capacidade de exercer um dos poderes de domínio sobre a coisa inerentes ao proprietário. A propriedade por sua vez, se perfaz com a figura do proprietário, que segundo o Código Civil, tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa e o direito sobre ela, bem como de reavê-la se injustamente alguém a possuir. Nessa esteira, o objetivo do presente trabalho é analisar a usucapião como forma de aquisição da propriedade e suas especificidades, buscando o esclarecimento de toda a sistemática dessa forma de aquisição e seu embasamento legal. Para a realização deste trabalho organizou-se a pesquisa em quatro títulos distintos. Primeiramente, a presente introdução, que se faz necessária para apresentar a contextualização ao tema objeto de análise, o objetivo, o método utilizado e a estruturação do trabalho. No segundo capítulo aborda-se a posse, como a exteriorização de um fato, seu conceito, os possuidores e as teorias a ela vinculadas. No terceiro capítulo analisa-se a propriedade de forma geral, a aquisição, bem como a classificação dos modos de adquiri-la. Nesse mesmo capítulo, trata-se

10 10 das formas de perda da propriedade, que podem ser por alienação, abandono, renúncia, etc. O quarto capítulo foi centrado no estudo do instituto da usucapião como forma de aquisição da propriedade, seu conceito, histórico, fundamentos, seus requisitos de validade e as modalidades de usucapião. Nesse capítulo, o principal objetivo é pormenorizar a relação que existe entre a posse, a propriedade e a própria usucapião, pois essa se faz como forma de aquisição, mediante a posse prolongada no tempo, obedecidos os requisitos de validade. O procedimento técnico utilizado para o presente trabalho é a pesquisa bibliográfica, sendo a fonte secundária. Utiliza-se para a metodologia de pesquisa exploratória, com base na doutrina e na lei, comparando diferentes opiniões para a conclusão do assunto estudado. Para realização desta monografia, foi utilizado o método dedutivo.

11 11 2 POSSE A posse é um dos institutos mais controversos, não somente do Direito Civil, mas de todo o Direito, pois tudo que a ela vinculamos é sempre motivada de divergências doutrinárias, como por exemplo, seu conceito, origem, elementos, natureza jurídica dentre outros. Essas divergências devem-se basicamente ao direito Romano, pois na maioria das vezes estes textos eram contraditórios. O próprio conceito de posse foi ao longo do tempo sendo mudado, recebendo diversas influências como, por exemplo, do direito germânico, canônico, natural dentre outros. Ademais, os ordenamentos não são homogêneos e tratam o tema com óticas diferentes, deixando o instituo da posse sem unanimidade doutrinária e sem um posicionamento majoritário da legislação. (VENOSA, 2003). Difícil é a definição de posse, devido à ambigüidade do termo. O vocábulo é às vezes empregado em sentido impróprio para designar a propriedade, pois nesse caso diz-se que fulano tem uma casa, portanto, não se está a dizer que fulano é possuidor, e sim proprietário. Em outro caso, a doutrinadora menciona Camões que relata uma estrofe de sua carta em que para vir possuir a nobre Espanha referindo-se ao domínio político. Também, menciona o compromisso do funcionário público no exercício de sua função, onde o termo empossar é muito utilizado, ou tomar posse. Temos ainda o poder sobre os filhos, pois é comum dizer posse dos filhos enfim, para dirimir o assunto temos as duas grandes correntes adiante estudadas, a objetiva e a subjetiva. (DINIZ, 2006). 2.1 CONCEITO O conceito de posse, segundo Ulhoa (2006), é definido pelo exercício de fato de um ou mais poderes característicos do direito de propriedade. Quem titula a posse de algum bem age, assim, tal como o seu proprietário. O possuidor pode ser, e muitas vezes é, também o titular do direito de propriedade. Mas, mesmo não sendo proprietário, o possuidor tem certos direitos tutelados pela ordem jurídica. Aliás, ele está protegido, em alguns casos, até mesmo contra o proprietário. (ULHOA, 2006, p. 12).

12 12 A posse é caracterizada pela presença de elementos que a define. São elencados pelo poder de fato, o objeto e o sujeito. O poder de fato é quando o sujeito e a coisa produzem efeitos no mundo jurídico, ou seja, o poder fático é físico e com fim econômico. O objeto seria o elemento da posse, é o bem que demonstra a exteriorização do poder fático, pois sem o objeto não poderíamos ter a posse, independente deles serem corpóreos, físicos (terras, carros, móveis) ou semicorpóreos (luz, gás, água) e o sujeito, pois essa posse necessita ser exercida por alguém, e seu titular detém uma série de direitos, pois poderá utilizar-se dos interditos para sua proteção. (ARAUJO, 2005). É a exteriorização da conduta de quem age como normalmente procederia se dono fosse. Esse possuidor tem o pleno exercício de fato dos poderes constitutivos de propriedade. (DINIZ, 2006). Somente a pessoa, por seu ato de vontade, pode possuir, assim como pode ser proprietária. E ato de ciência ou consciência do sujeito criador do estado de aparência que, circunstancialmente, surge aos olhos da sociedade como relação de posse. A segurança da posse repousa na proteção que o ordenamento concede a esse estado de fato. (VENOSA, 2003, p. 116). Para que se obtenha um conceito completo de posse, é fundamental a conjugação dos artigos 1.196, e do Código Civil. O art versa sobre o possuidor que de fato tem o exercício pleno de algum dos poderes do proprietário: Art Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. (BRASIL, 2002). Está explanado no art do Código Civil, que se alguém estiver na posse de algum bem em nome de outrem, este se considerará apenas como detentor da coisa. Art Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. (BRASIL, 2002). Os atos de mera permissão ou a aquisição da posse por atos violentos ou clandestinos, não induzem a posse, isto pela análise do art do Código Civil. Art Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou

13 13 clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. (BRASIL, 2002). É necessário que haja a vontade de possuir para que se configure a posse, sendo essa posse protegida pelo nosso ordenamento. (VENOSA, 2003). 2.2 POSSUIDOR DIRETO E INDIRETO O Código Civil no art pormenoriza a compreensão deste fato entre o possuidor direto e o indireto. Decorre dessa disposição, que o possuidor indireto é o dono da coisa, que entrega seu bem a outrem. Nesse caso, a tradição da coisa faz a bipartição da natureza da posse, e o possuidor direto, imediato, é quem está em contato físico com o bem, e nesse mesmo sentido, serão também possuidores diretos os tutores e curadores, o comodatário, o depositário, etc. (VENOSA, 2003). Colhe-se do artigo do nosso Código Civil: A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. (BRASIL, 2002). O art. 486 do Código anterior já assinalava a possibilidade de bipartição do exercício da posse. Nesse dispositivo, a lei reconhecia a possibilidade de coexistência de duas categorias simultâneas de possuidores, qualificando-os como possuidores diretos e possuidores indiretos. As situações de usufrutuário, credor pignoratício e locatário são apenas exemplificativas: diversas outras poderão ocorrer, decorrentes de direito pessoal ou real, nos termos que indica a dicção legal. A lei de 1916 descrevia situações decorrentes de relações contratuais, as quais não constituem a única possibilidade. (VENOSA, 2003, p. 61). A posse é indireta quando o titular afasta a detenção da coisa por sua vontade, mas continua a exercê-la indiretamente após haver transferido à outra pessoa a posse direta. Alguns exemplos de possuidores diretos: o usufrutuário, o depositário, o locatário, o comodatário, pois todos estes detém a coisa que lhes foi transferida, mas o dono depois de ter transferido a coisa, conserva a posse indireta, o que poderíamos chamar de posse de direito. (RODRIGUES, 2002).

14 14 Todos esses detém posse de bens alheios. A lei ou o contrato, como regra geral, determinará a forma e lapso temporal dessa posse direta. Não apenas relações de direito obrigacional ou real podem desdobrar a posse, mas também de direito de família e de sucessões. (VENOSA, 2003, p. 62). É necessário que exista uma relação jurídica entre o possuidor direto e o indireto. A lei encontrou esta solução para desfazer situações em que o simples exame do animus e do corpus mostrava-se insuficiente. Contudo, é considerado este desdobramento em duas posses paralelas e reais, a direta ou imediata de quem por força de ato ou negócio temporariamente detém a coisa, e a indireta, ou mediata do titular da coisa do dominius, então, a lei reconheceu esses dois tipos de possuidores e diferiu-os em sua coexistência. (VENOSA, 2003). O fato de a lei reconhecer a condição de possuidor tanto ao que exerce diretamente a posse como ao que a exerce indiretamente constitui enorme vantagem, pois, assim sendo, ambos podem recorrer aos interditos para proteger sua posição ante terceiros. E mais, cada qual pode lançar mão dos remédios possessórios contra outro, para defender sua posse, quando se encontre por ele ameaçado. (RODRIGUES, 2002, p. 26). Percebe-se que estas duas espécies de posse convivem em harmonia, e não colidem, onde o possuidor direto por ter poder de fato sobre a coisa, tem posse real e efetiva, e o possuidor indireto não tem a coisa em seu poder, apenas a detém, é o simples detentor, e sempre será indispensável que se examine a relação jurídica entre os dois sujeitos. (VENOSA, 2003). A aquisição da posse depende de um ato físico (corpus), juntamente com um ato de vontade (animus). Justifica que nem sempre esse ato físico necessita ser de ordem material; pode ser ficto, isto e, pode existir posse sem o contato material com a coisa, como o recebimento de imóvel, simbólico, com a entrega da chave.(venosa, 2003, p. 116). Essa distinção entre os dois institutos é feita com base na origem do poder sobre a coisa, uma vez dependendo de como teve início o vínculo de subordinação, considera-se o titular do direito um possuidor ou proprietário, como, por exemplo, podemos citar um apartamento sendo utilizado para guardar as roupas, os móveis, pertences, receber as visitas, enfim, se faz necessário pesquisar a origem desse poder sobre a coisa, verificar se decorre de uma locação ou foi adquirido, pois o locatário é possuidor mas não proprietário, já que quem adquire é possuidor e proprietário. (ULHOA, 2006). O fato material da posse, o contato físico direto com a coisa, já foi sua característica essencial, pois hoje este entendimento é diverso. Essa posse pode ser

15 15 visualmente exteriorizada pelo contato com a coisa, mas também pode ser o simples fato de dispor dela, assim tanto pode configurar a posse o fato material do contato, como a sua simples potencialidade. (NASCIMENTO, 1992). Nem sempre é o proprietário quem se encontra com a coisa de fato, permitindo o efetivo exercício do poder. Quando exercita, ele faz porque o direito o protege, e o possuidor, só exercita apenas porque tem a possibilidade de fato, independente de qualquer direito. Esse direito de exercer sobre a coisa o domínio, é o jus possidendi, transcrito como direito de possuir. Neste caso, podemos citar o proprietário que tem o título registrado da propriedade, decorrendo esta posse de um jus possidendi. Assim, mesmo que o possuidor não tenha o jus possidendi, ele pode defender sua posse através dos interditos possessórios, e ainda, sendo esta posse emanada pelos componentes da usucapião, esta conduzirá à propriedade, como acima dito, a jus possidendi. (RIBEIRO, 2006). Pode-se chamar de jus possidendi uma relação entre o homem e a coisa, e assim, um ato jurídico onde o adquirente que registra o seu título torna-se proprietário. Essa situação de fato estabelecida entre a coisa e o adquirente, encontra justificativa num direito preexistente, de modo que sua posse decorre de um jus possidendi, sendo uma situação de fato protegida pelo legislador. (RODRIGUES, 2002). 2.3 TEORIAS Nos moldes das teorias modernas sobre a posse, bem como de seus meios de defesa, vê-se são duas: a Objetiva e a Subjetiva. No século XIX influenciaram os principais ordenamentos do mundo, inclusive o brasileiro. O nosso Código Civil não é puro na adoção irrestrita da teoria objetiva, pois contêm alguns dispositivos com influência da teoria subjetiva. (ARAUJO, 2005). A tecnologia civilista brasileira nutre excepcional entusiasmo por uma polêmica ocorrida na Alemanha, no fim do século XIX, acerca da interpretação do instituto da posse no direito romano e suas implicações no direito contemporâneo. (ULHOA, 2006, p. 46).

16 16 O Código Civil Brasileiro adotou a teoria objetiva ao definir a exteriorização da posse como um dos atributos do domínio, não eliminando por completo os ensinamentos de Savigny, os quais se fazem presentes em vários dispositivos legais. (ARAUJO, 2005) Teoria Subjetiva A Teoria Subjetiva foi formulada por Savigny em 1803, quando tinha apenas 24 anos de idade. Quando formulou o seu posicionamento, sofreu grande influência de Kant, o qual se notabilizou por uma análise jusnaturalista do direito de propriedade, fincando a base da posse na vontade de ser proprietário (animus domini). (ARAUJO, 2005). A obra de Savigny denominada Tratado da posse, era voltada ao reexame do direito romano, para revelar uma nova concepção sobre o tema. Para ele, haverá a posse jurídica quando for possível a identificação de dois elementos: o corpus e o animus sendo o primeiro a tradução do poder físico e o segundo pela vontade de ser o dono. (ULHOA, 2006). Savigny, com base no Direito Romano, procurou encontrar o fundamento para a explicação da natureza jurídica da posse. A posse é um fato, em essência, recebendo tutela jurídica através dos interditos e dependeria da conjugação de dois elementos o animus e o corpus. (ARAUJO, 2005, p. 119). Para ele, o animus é representado pela vontade de ser proprietário (animus domini), não existindo necessidade de que o possuidor acredite ser proprietário (opinio domini). Seguindo com base nesta teoria, o ladrão mesmo que ilicitamente, tem a posse, pois os elementos corpus e animus se fazem presentes. Nota-se que a vontade assume um papel fundamental na determinação do animus possidendi. (ARAUJO, 2005). Savigny ensina que, a posse seria o poder de dispor fisicamente da coisa, com a vontade de considerá-la sua e defendê-la contra a intervenção de terceiros. Para ele, é necessário se encontrar os dois elementos, o material representado pelo contato físico sobre a coisa, corpus, e o elemento intelectual, representado pelo

17 17 animus o propósito de ter a coisa como sua. Os dois elementos são indispensáveis para que se caracterizasse a posse, pois se falta o corpus falta a relação de fato, e se falta o animus não existe posse mas apenas a detenção. (RODRIGUES, 2002). O corpus é representado pela disponibilidade de uso da coisa, o que não importa no contato físico imediato, mas sim, de proximidade com ela. Para Savigny, a presença apenas do corpus caracteriza a detenção ou animus detinendi. A proteção possessória consiste em uma necessidade de manutenção de paz social, mas não será deferida aos meros detentores, apenas aos possuidores, pois sunt in possessionis, tenent, sed non possedent. (ARAUJO, 2005). A teoria subjetiva, de Savigny, define a posse como o poder direto e imediato que tem a pessoa de dispor fisicamente de um bem com a intenção de tê-lo para si e de defendê-lo contra a intervenção ou agressão de quem quer que seja. Logo, para esta concepção, dois são os elementos constitutivos da posse: o corpus e o animus rem sibi habendi. O corpus é o elemento material que se traduz no poder físico sobre a coisa ou na mera possibilidade de exercer esse contato, ou melhor, na detenção do bem ou no fato de tê-lo aa sua disposição. O animus domini consiste na intenção de exercer sobre a coisa o direito de propriedade.(diniz, 2006, p. 36). Se houver apenas o animus nesta posse, Diniz (2006, p. 36) chamará de fenômeno de natureza psíquica e para ela este fenômeno não interessa ao direito, e se houver apenas o corpus este terá apenas a detenção, ou seja posse natural e não a posse jurídica. Para a teoria subjetiva a posse é caracterizada pela presença do animus e do corpus. (SALLES, 1997) Teoria Objetiva Na Teoria Objetiva de Ihering, a materialidade da utilização da coisa é o fator que determina a existência da posse, e não apenas a vontade do possuidor. Sua obra é escrita como uma justificação aos erros cometidos por Savigny na Teoria Subjetiva. (ARAUJO, 2005). Depois de desenvolver sua teoria objetiva da posse em obras de fôlego (1869, 1889, entre outras), Jhering escreveu um pequeno opúsculo destinado a difundi-la (1890), em que inicia por apontar a confusão que os leigos fazem entre os conceitos de posse e propriedade e especular sobre sua causa. Acredita que a confusão reside na circunstância de que as duas

18 18 se exteriorizam de idêntica forma. Além disso, na situação normal, o possuidor é também o proprietário da coisa, caso em que não tem utilidade qualquer situação conceitual. A necessidade de distinguir posse de propriedade existe quando se verifica desequilíbrio nessa situação normal; quer dizer, quando o proprietário não é o possuidor ou o possuidor não é o proprietário. (ULHOA, 2006, p. 50). A posse é a condição do exercício da propriedade, pois a propriedade sem a posse é como um cofre sem chave. Em crítica à teoria de Savigny, seu entendimento era de que a distinção entre corpus e animus era irrelevante, pois a idéia de animus já era encontrada na idéia de corpus, sendo a maneira como o proprietário agia sobre a coisa era que determinava quem era o real possuidor. (DINIZ, 2006). Para Ihering, a posse não era apenas a detenção, sendo revelada pela maneira como o proprietário age sobre esta coisa tendo em vista sua função econômica, pois o animus, nada mais é do que o propósito de servir-se da coisa como proprietário, em outros termos, o possuidor é quem age em relação à coisa como se fosse o proprietário, pois esta posse nada mais é que a exteriorização da propriedade. (RODRIGUES, 2002). A base da discórdia entre ambas teorias concentra-se no animus possidendi. Ihering não nega sua existência, mas combate a idéia de que a posse possa ser caracterizada por elementos anímicos de difícil demonstração fática. A manifestação de vontade só ganha importância quando concretizada através de atos jurídicos que possibilitem efeitos visíveis. Dai a importância da exterioridade dos atos possessórios, os quais representam a visibilidade do direito de propriedade. Não há por que se realizar qualquer distinção entre animus tenendi e possidendi, com base no papel da vontade. A distinção entre detentor e possuidor deve ser objetiva, ou seja, a lei deve estabelecer as hipóteses em que alguém exerce posse derivada, pois prima face, o direito concede a todos os ocupantes os efeitos da proteção possessória. (ARAUJO, 2005, p. 122). O possuidor é aquele que detém um poder de fato sobre a coisa, e o proprietário tem o poder de direito. Estes poderes geralmente são exercidos pela mesma pessoa, mas podem ocorrer situações em que o proprietário não exerce o poder de fato mas quem exerce é quem não tem o poder de direito. Isso ocorre porque o proprietário transferiu o poder de fato para outra pessoa, como por exemplo o locatário, ou porque foi retirado esse poder contra sua vontade. (ULHOA, 2006). A Teoria Objetiva possui um elemento negativo, que seria a degradação da posse junto ao texto legal, ao contrário da Teoria Subjetiva, onde existe um

19 19 elemento positivo representado pelo animus possidendi. A Teoria Objetiva foi sendo construída passando por estágios que ao eliminar o papel da vontade, ressaltou Ihering, é a solução para a distinção entre possuir a coisa e detê-la apenas. É de forma objetiva, pois ocorre em função da causa possessionis, a qual tem sua delimitação na lei. (ARAUJO, 2005). Ihering procurou afastar a idéia de necessidade de contato físico com a coisa, sustentando ser isso relativo. Nem sempre há posse com a presença ou o contato físico do possuidor. Defendeu o autor que a origem da posse não tem a mesma importância da propriedade. Como a posse e estado de fato, incumbe provar sua existência para caracterizá-la. Para a propriedade, sendo direito, e essencial fixa o momento de sua aquisição. Na posse, apenas circunstancialmente e para fixar alguns efeitos ressaltara de importância o momento de sua aquisição. Como a posse é aparência, esta é, na maioria das vezes, facilmente perceptível pelo corpo social. Tendo aparência de propriedade, verifica-se em cada caso se o sujeito comportase como se proprietário fosse. A detenção e relação material com a coisa na qual falta o comportamento do sujeito como proprietário, ou quando a lei entende que a situação de fato não deve caracterizar posse, relação protegível pelos interditos.(venosa, 2003, p. 116). Protege-se a posse em nosso ordenamento porque ela nada mais é do que a exteriorização do domínio, o possuidor é o proprietário presumido e a proteção serve de escudo contra eventuais ameaças a essa posse. (RODRIGUES, 2002). A Teoria objetiva, de Ihering, por sua vez, entende que para constituir a posse basta o corpus, dispensando assim o animus e sustentando que esse elemento está ínsito no poder de fato exercido sobre a coisa ou o bem. (DINIZ, 2006, p. 38). Diniz (2006) ressalta que para Ihering, o corpus é o único elemento visível e possível de ser comprovado, e se vincula ao animus que é manifestação externa. Como esta teoria é objetiva, ocorre a dispensa da intenção de ser dono, permitindo considerar como possuidor o locatário, o comodatário, enfim, todos aqueles que estão apenas com a coisa em seu poder e a posse do corpus. Essa evolução de conceito revela a influência do Direito Romano, Germânico e Canônico. Assim, a posse é uma relação fática, de natureza socioeconômica, formada entre a coisa e o sujeito, formando-se para satisfazer uma necessidade econômica, a qual é inerente ao meio social. De mesmo modo, este poder não é meramente físico, mas socioeconômico e manifesta-se pela possibilidade de dispor do bem para a satisfação das necessidades pessoais. (ARAUJO, 2005).

20 20 A posse não requer a intenção de ser dono, muito menos o poder físico sobre a coisa apresentando-se como uma relação entre a pessoa e o bem, levando em consideração sua função socioeconômica. (DINIZ, 2006).

21 21 3 PROPRIEDADE A propriedade é regulada pela Parte Especial do Livro III (Direito das Coisas), Título III (Da Propriedade), Capítulo I (Da propriedade em Geral), do Código Civil de 2002, e o artigo que inicia essa parte é o 1.228: O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. (BRASIL, 2002). Ulhoa (2006) faz um paralelo sobre o ser humano, dizendo que este se apropria da natureza, para pô-la a seu serviço. Essa apropriação por vezes é caracterizada juridicamente como propriedade; em outros casos, tem estatuto jurídico diferente, como a posse ou a detenção. A realidade humana, no que tange o fato de ser dona de coisas, é em essência a propriedade, que é muito antiga. Não existem ainda elementos que permitam identificar o momento da pré-história em que ela teria surgido, ou se o conceito acompanha o ser humano desde sempre. Há quem enxergue a propriedade como natural ao homem, que, por isso, existe desde o início e existirá até o fim da aventura da humanidade no universo; e há quem sustente que, nos primórdios da trajetória humana, não havia propriedade. (ULHOA, 2006, p. 56) Por falta de estudos arqueológicos e científicos, essa divergência ainda não se conseguiu resolver. (ULHOA, 2006) A propriedade representa, dentro do direito privado, a espinha dorsal porque o conflito entre os homens, quase que em sua totalidade, versa sobre disputa de bens, tratando-se de um direito real, de um direito que está ligado diretamente à coisa, e que independe de prestação de quem quer que seja, conferindo ao titular deste direito a prerrogativa de usar, gozar e dispor da coisa, bem como de reivindicá-la de qualquer um que injustamente a detém.(rodrigues, 2002). Rodrigues (2002, p. 76) diz que o domínio é o mais completo dos direitos subjetivos e constitui, o próprio cerne do direito das coisas. Posse e propriedade são conceitos jurídicos distintos, com os quais o profissional do direito logo se habitua a lidar: o locatário tem a posse do bem locado, mas não a propriedade; o proprietário pode estar ou não na posse da coisa; quem possui não é necessariamente o dono [...] esquematicamente pode-se dizer que a posse se encontra a meio caminho entre, de um lado, a propriedade (direito fundamental amplamente

22 22 protegido, inclusive no plano constitucional) e, de outro, a detenção (que comporta apenas a autotutela, ou seja, o legitimo afastamento da ameaça por desforço imediato do próprio detentor). (ULHOA, 2006, p. 12). O instituto da posse é um fato preexistente ao ordenamento. Um fato do mundo real, que, sob a vontade de um sujeito, recebe a proteção jurídica. Quando no caso da posse que merece proteção por ser exteriorização da propriedade e forte indício de sua existência, perante o substrato do fato, visível, percebido pelos sentidos. Por outro lado, no caso da propriedade, esta reflete inconteste um direito. Cada povo e cada momento histórico tem compreensão e extensão próprias do conceito de propriedade. A propriedade, ao contrário da posse, não possui a mesma facilidade na percepção de sua existência. Ressalta-se que na posse, sendo esta preexistente ao direito como um fato natural, converte-se em fato jurídico, e assim é protegida. O ser humano primitivo, tinha perfeita noção da apreensão material da coisa e a vontade de tê-la para si. (VENOSA, 2003). A concepção da propriedade no art (equivalente ao 527) do Código Civil tal dispositivo refere-se à presunção iuris tantum de exclusividade e ilimitabilidade da propriedade. Por ele seria um direito absoluto, o mais amplo poder jurídico, uma idéia advinda do art. 544 do CC francês, um direito exclusivo (sem concorrência de outrem), ou uma idéia individualista, que foi, na origem, uma reação contra os direitos feudais do século XVII. (ZACARIAS, 2006, p. 15). O direito de propriedade, no direito medieval, subdividia-se entre o Estado, o Fidalgo e o Vassalo, seria também um direito perpétuo, ou seja, somente se extinguindo pela vontade do dono ou pela disposição de lei (perecimento, desapropriação ou usucapião). O instituto permanece em nossos dias, mas com intensas alterações. (ZACARIAS, 2006). No ordenamento positivo brasileiro, a propriedade é constitucionalmente protegida como direito fundamental desde a Constituição do Império, bem como até a Carta de 1937 a única limitação constitucional dizia respeito à desapropriação. Já na Constituição de 1946, estabeleceu-se que a propriedade deveria estar ligada ao bem estar social, e nas constituições de 1967, 1969 e na de 1988, o legislador constituinte conceituou como função social para limitar o exercício do direito. Assim, a propriedade privada é protegida no plano constitucional porque representa um dos meios de se prover o sustento dos sujeitos e de seus familiares. O interesse do proprietário protegido pela constituição diz respeito ao prestigio que esta ordem tem,

23 23 onde a lei não pode impedir que ele tenha uma de suas fontes de sustento prejudicadas.(ulhoa, 2006). 3.1 AQUISICAO DA PROPRIEDADE Dentro do Título sobre a propriedade, no Livro de Direito das coisas, depois de disciplinar as regras relativas à propriedade em geral, consagra o legislador o Capitulo II da aquisição da propriedade imóvel. Os bens imóveis podem ser adquiridos por Usucapião, art ; pelo Registro do Título, Art ; e pela Acessão, art ; que pode dar-se: por formação de ilhas; aluvião; avulsão; por abandono de álveo; por plantações ou construções. O capítulo III traz a aquisição da propriedade dos bens móveis, que podem ser adquiridos por Usucapião, art do Código Civil; por Ocupação, prevista no art ; Achado do Tesouro, art ; pode também ser adquirida pela Tradição, art ; pela Especificação, art ; e por fim pela Confusão, Comistão e Adjunção, estas formas disciplinadas pelos artigos e seguintes do nosso Código Civil. Venosa (2003) evidenciando a maior importância dos bens imóveis em detrimento dos móveis, ressalta que a tradição seria a mais importante forma de aquisição desse tipo de bem. Tendo em vista o estágio histórico de nossa sociedade, perde importância a maioria das modalidades de aquisição da propriedade móvel descritas em nosso código, mercê de sua evidente vetustez. Sobreleva-se, no entanto, a tradição como modalidade mais importante de aquisição de bens moveis. Para regulá-la, em última análise, e dirigida a maior parte da legislação de defesa do consumidor, por meio do microssistema jurídico introduzido por seu Código de Defesa (Lei n 8.078/90). (VENOSA, 2003, p. 214). As modalidades originárias de aquisição da propriedade são apenas a usucapião e a ocupação, todas as demais são derivadas. A invenção não permite a aquisição da propriedade. O Código Civil de 1916 disciplinava como modalidades de aquisição dos móveis: ocupação, especificação, confusão, comistão, adjunção,

24 24 usucapião e tradição. Na seção dedicada ocupação, tratava da cassa, pesca, invenção e tesouro. (VENOSA, 2003). A propriedade é um direito garantido constitucionalmente. O art. 5º da Constituição em seu caput e o inciso XXII destacam que a propriedade atenderá a sua função social (XXII). O artigo 170, ao tratar da ordem econômica, garante também o princípio da função social no inciso III, logo após referir-se ao princípio da propriedade privada no inciso II. Vê-se que as bases da utilização da propriedade, estão na lei maior. (VENOSA, 2003) Classificação dos Modos de Adquirir Para uma melhor compreensão dos modos de adquirir a propriedade, classificam-se a seguir as formas de aquisição, podendo ser originária ou derivada, propriedade mobiliária ou imobiliária, a título singular ou universal, negócio unilateral ou bilateral e negócio jurídico a título gratuito ou oneroso Originária ou Derivada Zacarias (2006, p. 16), preceitua que a aquisição da propriedade pode ser classificada em Originária (quando não há transmissão de um sujeito para outro) ou Derivada (quando há a transmissão). Segundo Venosa (2003), a aquisição da propriedade é originária quando esta se desvincula de qualquer relação com sujeito anterior, não existindo relação jurídica de transmissão, é sem relevância jurídica o fato de ter havido ou não a figura do antecessor. Não se ponderam vícios anteriores da propriedade uma vez que não existe titular anterior a ser levado em consideração.(venosa, 2003). São originários os modos de aquisição da propriedade em que não há qualquer relação jurídica de causalidade entre o domínio atual e o estado jurídico anterior, como ocorre na hipótese da cessão ou da usucapião. (RODRIGUES, 2002, p. 93).

25 25 A aquisição derivada é quando existe uma relação jurídica com um antecessor, existindo aí a transmissão da propriedade de um sujeito a outro, e sendo como regra fundamental o fato de que ninguém pode transferir mais direitos do que tem. A coisa chega ao adquirente com as características anteriores, e que podem ser tanto defeitos ou mazelas bem como atributos. (VENOSA, 2003). Rodrigues (2002, p 93), em relação aos modos de aquisição, diz que são derivados os modos de aquisição quando, entre o domínio do adquirente e o do alienante, existe uma relação de causalidade, representada por um fato jurídico, tal o contrato seguido de tradição, ou o direito hereditário. A aquisição da propriedade pode ser originária ou derivada. A aquisição originária é aquela em que o adquirente não tem, com o proprietário anterior do bem, nenhuma relação jurídica que fundamente a aquisição. A usucapião é exemplo típico. O possuidor adquire a propriedade independentemente da existência ou não de relação jurídica com o seu titular anterior; e independentemente da natureza de relação, se existente. Também são modos originários de aquisição da propriedade a ocupação e a acessão. (ULHOA, 2006, p. 77). Ulhoa, em conceituação à aquisição da propriedade derivada, elucida: Já a aquisição derivada consiste na transmissão do direito de um proprietário a outro. Dá-se a filiação, inexistente na originária. O melhor exemplo é o registro do título ou a tradição de bem objeto de contrato de compra e venda. Adquirem igualmente de modo derivado o herdeiro e o legatário. (ULHOA, 2006, p. 77). Em regra, a aquisição originária é quando o antigo proprietário não transfere ao novo a propriedade, e na derivada acontece esta transferência. (DINIZ, 2006) Propriedade Mobiliária e Imobiliária No caso da propriedade imobiliária, seria o registro do título aquisitivo no Registro de Imóveis, (a forma mais usual) e a acessão, (deriva da realidade física, podendo ser de origem natural, ou industrial). Estes tipos de aquisição estariam disciplinados pelos artigos e seguintes e versariam sobre os bens imóveis. (ULHOA, 2006).

26 26 Os modos típicos de aquisição da propriedade mobiliária são a tradição, (entrega efetiva da coisa), ocupação, (apropriação de coisa sem dono), achado de tesouro, (em terra firme), especificação (transformação da matéria prima em coisa nova) e a mistura das coisas pertencentes a pessoas diferentes, por confusão (quando líquidas), comistão (sólidas) ou adjunção (justaposição). Existe uma única forma de aquisição comum aos bens imóveis e aos móveis, que é a usucapião, em que o titular da posse adquire a propriedade do bem depois de exercer a posse por um determinado lapso temporal estabelecido em lei, estes tipos de aquisição, estão disciplinados nos artigos e seguintes, iniciando com a Usucapião que é a única forma de aquisição comum aos dois tipos de bens. (ULHOA, 2006) A Título Singular ou Universal A transmissão ou aquisição será a título singular quando o novo titular assumir as condições jurídicas idênticas do antecessor, sem se sub-rogar na totalidade dos seus direitos, pois a aquisição tem por objeto coisas individualizadas (DINIZ, 2006, p. 137). Este tipo de transmissão ocorre em regra entre pessoas (inter vivos) e no caso dos legados pode originar-se de ato causa mortis. (DINIZ, 2006). A aquisição por título singular teria por objeto bens certos e individualizados. Existe essa transmissão na sucessão causa mortis, quando o legatário que recebe na herança um bem individualizado por força de testamento. Na aquisição singular, objetivam-se exclusivamente os direitos que cercam a coisa certa e determinada transmitida.(venosa, 2003, p. 174), Na transmissão universal, o novo titular, assume todos os direitos e obrigações do anterior proprietário, e esta sucessão se dá por intermédio dos atos causa mortis, onde o herdeiro legítimo ou testamentário vem a substituir o de cujus. (DINIZ, 2006). A aquisição a titulo universal, é quando a totalidade dos bens é transmitida. A transmissão hereditária é exemplo típico, pois o herdeiro continua como o titular dos bens do autor da herança, sendo o sucessor universal. Podendo haver a transmissão a título universal por ato inter vivos também, como no caso da transferência de um estabelecimento comercial. (VENOSA, 2003).

27 27 Essa classificação contempla a aquisição à título singular e a título universal. Na primeira, opera-se a transferência da propriedade de um ou alguns bens individuados do patrimônio do alienante para o do adquirente; na segunda, transfere-se o patrimônio como um todo, com a totalidade de seus ativos, direitos e obrigações. Quem titula propriedade fundada em contrato de compra e venda adquire à título singular. Já o herdeiro, na sucessão por falecimento do antigo titular da propriedade, adquire os bens herdados a título universal. Também dão ensejo à aquisição à titulo universal as operações de incorporação e fusão de pessoas jurídicas. A incorporadora adquire o patrimônio da incorporada e a resultante da fusão o das fusionadas, configurando essa espécie de aquisição. (ULHOA, 2006, p. 77). Na aquisição a título universal, segundo Venosa (2003), o sucessor assume todos os direitos reais e obrigações do transmitente, com relação a este e a terceiros Outros Modos de Aquisição Além dos modos de aquisição acima estudados, pode-se citar a aquisição da propriedade fundada em negocio jurídico bilateral ou unilateral. No caso da aquisição da propriedade por negocio jurídico, bilateral ou unilateral. O comprador de bem imóvel ou móvel adquirirá a sua propriedade - respectivamente após o registro da escritura no Registro de Imóveis ou a tradição - com fundamento num negócio jurídico bilateral, o contrato de compra e venda de que participou. O beneficiário de testamento - também após o atendimento dos requisitos específicos do modo de adquirir cada tipo de bem - será titular de direito de propriedade fundado num negócio jurídico, mas desta vez unilateral, que é o testamento. Quem usucape a coisa, por fim, adquire a propriedade fundada em fato jurídico, o decurso do tempo. (ULHOA, 2006, p. 75). A aquisição da propriedade pode-se fundar em título oneroso ou gratuito. No primeiro caso, o sujeito adquire pagando o preço ajustado entre as partes, e no segundo, adquire através de uma doação ou sucessão. (SALLES, 1997). Por fim, a aquisição da propriedade pode ser a título oneroso ou gratuito. Naquele, quem adquire a propriedade paga ao alienante o valor entre eles acertado; neste, não existe tal pagamento. A aquisição da propriedade fundada em compra e venda é à título oneroso, porque o comprador somente cumpre o contrato pagando ao vendedor o preço. Já a fundada em doação ou sucessão hereditária é aquisição a título gratuito. (ULHOA, 2006, p. 78).

28 28 O título oneroso refere-se ao negócio jurídico que envolve o pagamento de um preço por parte do adquirente ao vendedor, o gratuito é quando ocorre a aquisição de forma a não envolver nenhum pagamento. (ARAÚJO, 2005). 3.2 PERDA DA PROPRIEDADE propriedade: O Código Civil disciplina em seu artigo as formas de perda da Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade: I - por alienação; II - pela renúncia; III - por abandono; IV - por perecimento da coisa; V - por desapropriação. (BRASIL, 2002). Referindo-se ao direito de propriedade, Rodrigues (2002), descreve que é um direito absoluto, exclusivo e perpétuo. Esse direito seria absoluto nos termos em que o proprietário tem o mais amplo dos poderes jurídicos, desfrutando a coisa como lhe couber. Esse absolutismo da propriedade é completado com a exclusividade, uma vez que o direito é exercido sem a concorrência de alguém, podendo afastar quem quer que seja. Para Rodrigues, poderia acrescentar-se ainda, a perpetuidade, no sentido de que ela só se extinguiria pela vontade do dono ou em virtude de lei. Assim, ocorreria a perda da propriedade ou esta se extinguiria por vontade do dono, no caso da alienação; ou por força de lei, por perecimento, desapropriação ou a usucapião. A propriedade imobiliária pode se perder absoluta ou relativamente. No primeiro caso, perece o próprio objeto da propriedade, e, por isso, ninguém mais tem como titular qualquer direito sobre o imóvel. O incêndio com perda total ou desabamento do prédio exemplifica a perda absoluta da propriedade imobiliária (CC, art , IV). Já no caso da perda relativa, a coisa é preservada, de modo a continuar apta a ser objeto da propriedade de algum sujeito de direito. Na perda relativa, no mais das vezes, o que se verifica, a rigor, é a simples mudança na titularidade do direito de propriedade sobre determinado imóvel. O proprietário anterior perde a propriedade para que um novo a adquira. Em qualquer das hipóteses de aquisição de propriedade imobiliária referida ou examinada acima, ocorre simultaneamente a perda. [...] Outras hipóteses de perda relativa de propriedade imobiliária encontram-se também listadas na lei: renuncia, abandono e desapropriação (CC, art , II, III, e V). Com esta ultima não se preocupa o direito civil. Trata-se da perda da propriedade por ato expropriatório de Poder Publico, mediante previa e justa indenização do desapropriado. (ULHOA, 2006, p. 99).

29 29 Rodrigues (2002), remete à perda da propriedade, como a vontade do titular em fazê-lo, remanescendo este direito sobre este ou de seus sucessores, indefinidamente ou até que por meio legal, seja a coisa afastada do seu patrimônio, ocorrendo a exceção a esta regra, quando a própria lei determina a extinção do direito no caso de perda ou desapropriação. A propriedade mobiliária perde-se por alienação, renúncia, abandono, perecimento da coisa ou desapropriação. Na hipótese de alienação, o titular do domínio o perde por disposição de vontade, expressa em negocio jurídico como o contrato de venda e compra ou doação. Na renúncia, ele declara inequivocadamente a vontade de não mais ser proprietário da coisa. Exige manifestação expressa e induvidosa. Ninguém renuncia tacitamente à propriedade, exceto quando a lei especificamente o prevê - como, por exemplo, no caso de o responsável por coisas afundadas no mar não requerer a licença para as recuperar ou demolir em 5 anos (Lei n /86, art. 7º). No abandono, a intenção de despojar-se da coisa é manifestada pela conduta de jogá-la fora, depositando-a, por exemplo, na lixeira. Em perecendo a coisa, também perde o dono a propriedade correspondente. Por fim, a desapropriação, que consiste na perda compulsória da propriedade em decorrência de ato do Estado, pode também dizer respeito a bens móveis. (ULHOA, 2006, p. 118). Na usucapião, quando o possuidor adquire o domínio, o proprietário anterior perde este domínio, já na avulsão, uma espécie de acessão, o dono do prédio desfalcado também perde o domínio sobre este imóvel, ocasionando o acréscimo ao novo proprietário. Três espécies contidas no Código Civil, ou seja, a alienação, a renuncia e a desapropriação, para seus totais efeitos, dependem de transcrição no Registro de Imóveis. (RODRIGUES, 2002) Alienação Na alienação, o titular do direito da propriedade, somente a perde por disposição de vontade, que é expresso mediante o contrato de compra e venda ou uma doação. (ULHOA, 2006). O proprietário, por vontade própria, transfere a coisa ou direito a outrem por compra ou venda, doação, dação em pagamento, permuta etc. Para este último, é forma de aquisição. Existe negocio bilateral, pois o adquirente deve aceitá-lo. O negocio pode ser gratuito ou oneroso, puro ou condicional. Vigora o principio segundo o qual ninguém transfere mais direitos do que possui. Pode ocorrer de forma compulsória, como na arrematação. (VENOSA, 2003, p. 237).

30 30 A alienação é decorrente de um negócio jurídico bilateral, ou seja por um contrato, onde se encontra de um lado o alienante, que transfere o domínio, e de outro o alienatário, para quem o domínio é transferido. Ela é processada a título oneroso, ou a título gratuito no caso da doação. O simples negócio jurídico não basta para que se transfira o domínio, sendo necessária a formalidade da transcrição do título no Registro Imobiliário para que se tenha a validade. (RODRIGUES, 2002). A alienação (CC, art , I) é o modo mais expressivo do proprietário usar do jus abutendi, ou melhor, da livre disponibilidade de seus bens. É uma forma de extinção subjetiva do domínio, em que o titular desse direito, por vontade própria, transmite a outrem deu direito sobre a coisa. É a transmissão de um direito de um patrimônio a outro. Essa transmissão pode ser a titulo gratuito, como a doação, ou oneroso, como a compra e venda, troca, dação em pagamento. (DINIZ, 2006, p. 187). É a forma pela qual a vontade do proprietário se faz materializar. É a extinção do domínio, passado a outrem por quantia determinada ou gratuitamente. (ULHOA, 2006) Abandono O abando se configura pela intenção do proprietário em não mais manter em seu patrimônio a coisa, não exigindo manifestação formal para que isto ocorra. (ULHOA, 2006). No abandono ou derrelição, o proprietário desfaz-se do que lhe pertence sem manifestar expressamente sua vontade. Derrelição é ato de disposição. O abandono é percebido pelo comportamento do titular. É preciso, no entanto, avaliar se existe voluntariedade. [...] O fato de o proprietário não cuidar do que é seu por período mais ou menos longo não traduz per si abandono. Por mais de uma vez, enfatizamos que o singelo não-uso não implica perda da propriedade. Importante investigar a intenção de despojarse da propriedade. Como também se trata de ato de disposição de direitos, na duvida o abandono não se presume (VENOSA, 2003, p. 239). Quando o proprietário tem a intenção de não mais conservar em seu patrimônio a coisa, o abandono se configura, não exigindo manifestação formal, bastando para a sua caracterização, que o dono deixe de usar o bem para qualquer finalidade, ou mesmo sem o conservar. A intenção de abandonar é, presumida pela

Direito das coisas. O direito das coisas é tratado no livro III da parte especial do código civil, dividido em duas temáticas.

Direito das coisas. O direito das coisas é tratado no livro III da parte especial do código civil, dividido em duas temáticas. OAB - EXTENSIVO Disciplina: Direito Civil Prof. Brunno Giancolli Data: 19/10/2009 Aula nº. 05 TEMAS TRATADOS EM AULA Direito Reais Direito das coisas. O direito das coisas é tratado no livro III da parte

Leia mais

Direito das Coisas I - Posse e Propriedade

Direito das Coisas I - Posse e Propriedade 2.9 Aquisição da posse 2.9.1 Teorias explicativas A aquisição envolve exatamente os aspectos de a pessoa chegar ao bem e de exercer um poder de dominação sobre o mesmo. Para a teoria subjetiva, a aquisição

Leia mais

Conteúdo: Direito das Coisas: Posse: Conceito de Possuidor; Teorias da Posse; Natureza Jurídica; Composse; Detenção. - DIREITO DAS COISAS

Conteúdo: Direito das Coisas: Posse: Conceito de Possuidor; Teorias da Posse; Natureza Jurídica; Composse; Detenção. - DIREITO DAS COISAS Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Civil (Reais) / Aula 16 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Direito das Coisas: Posse: Conceito de Possuidor; Teorias da Posse; Natureza Jurídica; Composse;

Leia mais

OBJETIVO. Conhecer as formas de aquisição e perda da propriedade móvel.

OBJETIVO. Conhecer as formas de aquisição e perda da propriedade móvel. PROPRIEDADE OBJETIVO Conhecer as formas de aquisição e perda da propriedade móvel. n Introdução As formas de aquisição e perda da propriedade móvel estão tratadas nos capítulos III e IV do livro do direito

Leia mais

1. Direito das coisas 2. Posse 3. Classificação da Posse 4. Ações ou Interdito possessórios 5. Propriedade

1. Direito das coisas 2. Posse 3. Classificação da Posse 4. Ações ou Interdito possessórios 5. Propriedade CURSO EXTENSIVO FINAL DE SEMANA OAB 2012.2 Disciplina DIREITO CIVIL Aula 07 EMENTA DA AULA 1. Direito das coisas 2. Posse 3. Classificação da Posse 4. Ações ou Interdito possessórios 5. Propriedade GUIA

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO I. EMPREGADOR 1. Conceito A definição celetista de empregador é a seguinte: CLT, art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual

Leia mais

DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS. Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total

DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS. Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS. FINALIDADE. DOS TÍTULOS REGISTRÁVEIS: ESCRITURA

Leia mais

Processos de Regularização de Imóveis

Processos de Regularização de Imóveis Processos de Regularização de Imóveis Prof. Weliton Martins Rodrigues ensinar@me.com www.vivadireito.net 5 5.1. Copyright 2013. Todos os direitos reservados. 1 2 A aquisição da propriedade é forma pela

Leia mais

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 19. Professor: Rafael da Mota Mendonça

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 19. Professor: Rafael da Mota Mendonça Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Civil Aula 19 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitora: Fernanda Manso de Carvalho Silva DIREITO DAS COISAS (continuação) (III) Propriedade

Leia mais

a) Liberatória (art. 299 CC) o devedor originário está exonerado do vínculo obrigacional.

a) Liberatória (art. 299 CC) o devedor originário está exonerado do vínculo obrigacional. Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Direito Civil / Aula 12 Professor: Rafael da Mota Mendonça Conteúdo: Obrigações: V - Transmissão das Obrigações: 2. Assunção de Dívida. Contratos: Teoria Geral

Leia mais

O ITBI e a Transmissão de Posse

O ITBI e a Transmissão de Posse O ITBI e a Transmissão de Posse Introdução Compete aos Municípios instituir imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física,

Leia mais

Estabelecimento Empresarial

Estabelecimento Empresarial Estabelecimento Empresarial É a base física da empresa, que consagra um conjunto de bens corpóreos e incorpóreos, constituindo uma universalidade que pode ser objeto de negócios jurídicos. É todo o complexo

Leia mais

Direito de Família. Consuelo Huebra

Direito de Família. Consuelo Huebra Direito de Família Consuelo Huebra Casamento A lei só admite o casamento civil, mas o casamento religioso pode produzir efeitos civis na forma dos arts.1515 e 1516, C.C. Parentesco Natural pessoas que

Leia mais

1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS

1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS Conceitos iniciais 1.1 Conceito de direito das coisas. A questão terminológica 1.2 Conceito de direitos reais. Teorias justificadoras e caracteres. Análise preliminar

Leia mais

Obs1: O possuidor direto pode fazer uso dos interditos possessórios contra o possuidor indireto e vice-versa.

Obs1: O possuidor direto pode fazer uso dos interditos possessórios contra o possuidor indireto e vice-versa. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Civil (Reais) / Aula 17 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Posse: Classificação; Formas de Aquisição. I) POSSE (cont.): 7. Classificação da Posse:

Leia mais

a palavra é feminina porque vem do latim usus + capere, ou seja, é a captação/tomada/aquisição pelo uso.

a palavra é feminina porque vem do latim usus + capere, ou seja, é a captação/tomada/aquisição pelo uso. 1 a palavra é feminina porque vem do latim usus + capere, ou seja, é a captação/tomada/aquisição pelo uso. é modo de aquisição da propriedade pela posse prolongada sob determinadas condições. OUTRO CONCEITO:

Leia mais

A configuração da relação de consumo

A configuração da relação de consumo BuscaLegis.ccj.ufsc.br A configuração da relação de consumo Samuel Borges Gomes 1. Introdução O Código de Defesa do Consumidor (CDC) foi sem dúvida um marco na legislação brasileira no sentido de legitimação

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

14. TRIBUTOS EM ESPÉCIE Impostos sobre a Transmissão ITBI e ITCMD

14. TRIBUTOS EM ESPÉCIE Impostos sobre a Transmissão ITBI e ITCMD 14. TRIBUTOS EM ESPÉCIE Impostos sobre a Transmissão ITBI e ITCMD 1 - Imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD) Compete privativamente aos Estados a instituição

Leia mais

Direito Civil VI - Sucessões. Prof. Marcos Alves da Silva

Direito Civil VI - Sucessões. Prof. Marcos Alves da Silva Direito Civil VI - Sucessões Prof. Marcos Alves da Silva Direito das Sucessões Sucessão: alteração de titulares em uma dada relação jurídica Sucessão (sentido estrito): causa mortis A sucessão engloba

Leia mais

AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC)

AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC) AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC) DO CONCEITO A ADOÇÃO É UM ATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO, CUJA EFICACIA É DEPENDENTE DA AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. NESSE CASO, CRIA UM VÍNCULO FICTÍCIO DE PATERNIDADE-

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, de 2009. (Do Sr. Marcelo Itagiba)

PROJETO DE LEI Nº, de 2009. (Do Sr. Marcelo Itagiba) PROJETO DE LEI Nº, de 2009. (Do Sr. Marcelo Itagiba) Altera a Lei n o 6.015, de 31 de dezembro de 1973, a fim de prever o registro de legitimação de posse e de ocupação urbanas no Registro de Títulos e

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Compra e venda com reserva de domínio Raquel Abdo El Assad * Através da compra e venda com reserva de domínio, não se transfere a plena propriedade da coisa ao comprador, pois ao

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

Aula 008 Da Sucessão Testamentária

Aula 008 Da Sucessão Testamentária Aula 008 Da Sucessão Testamentária 3.5 Disposições Testamentárias 3.5.1 Regras gerais 3.5.2 Espécies de disposições 3.5.2.1 Simples 3.5.2.2 Condicional 3.5.2.3 A Termo ou a prazo 3.5.2.4 Modal 3.5.2.5

Leia mais

PERGUNTAS E RESPOSTAS NOVAS REGRAS PARA ESCOLHA DE BENEFICIÁRIOS

PERGUNTAS E RESPOSTAS NOVAS REGRAS PARA ESCOLHA DE BENEFICIÁRIOS PERGUNTAS E RESPOSTAS NOVAS REGRAS PARA ESCOLHA DE BENEFICIÁRIOS 1 - O que é Beneficiário Indicado? Qualquer pessoa física indicada pelo Participante conforme definido no regulamento do Plano. 2 - O que

Leia mais

O Acordo de Haia Relativo ao Registro. Internacional de Desenhos Industriais: Principais características e vantagens

O Acordo de Haia Relativo ao Registro. Internacional de Desenhos Industriais: Principais características e vantagens O Acordo de Haia Relativo ao Registro Internacional de Desenhos Industriais: Principais características e vantagens Publicação OMPI N 911(P) ISBN 92-805-1317-X 2 Índice Página Introdução 4 Quem pode usufruir

Leia mais

PERMUTA DE IMÓVEIS CONCEITO

PERMUTA DE IMÓVEIS CONCEITO PERMUTA DE IMÓVEIS CONCEITO Considera-se permuta toda e qualquer operação que tenha por objeto a troca de uma ou mais unidades imobiliárias, prontas ou a construir, por outra ou outras unidades imobiliárias,

Leia mais

DIREITO CIVIL EXERCÍCIOS SUCESSÕES DISCURSIVAS:

DIREITO CIVIL EXERCÍCIOS SUCESSÕES DISCURSIVAS: DIREITO CIVIL EXERCÍCIOS SUCESSÕES DISCURSIVAS: 1. Capacidade para suceder é a aptidão da pessoa para receber os bens deixados pelo de cujus no tempo da abertura da sucessão. Considerando tal afirmação

Leia mais

Conceito de Contabilidade

Conceito de Contabilidade !" $%&!" #$ "!%!!&$$!!' %$ $(%& )* &%""$!+,%!%!& $+,&$ $(%'!%!-'"&!%%.+,&(+&$ /&$/+0!!$ & "!%!!&$$!!' % $ $(% &!)#$ %1$%, $! "# # #$ &&$ &$ 0&$ 01% & $ #$ % & #$&&$&$&* % %"!+,$%2 %"!31$%"%1%%+3!' #$ "

Leia mais

CONCEITO DE RENDA DO PONTO DE VISTA JURÍDICO-TRIBUTÁRIO, PRESSUPÕE SER RENDA;

CONCEITO DE RENDA DO PONTO DE VISTA JURÍDICO-TRIBUTÁRIO, PRESSUPÕE SER RENDA; DOS IMPOSTOS (CONTINUAÇÃO) IMPOSTO SOBRE RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA ENCONTRA-SE PREVISTO NO ARTIGO 153, INCISO III, DA C.F.. CONCEITO DE RENDA DO PONTO DE VISTA JURÍDICO-TRIBUTÁRIO, PRESSUPÕE

Leia mais

A CRÍTICA AO ATO DE SUPERIOR E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO

A CRÍTICA AO ATO DE SUPERIOR E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO MILITAR DIREITO PENAL MILITAR PARTE ESPECIAL MARCELO VITUZZO PERCIANI A CRÍTICA AO ATO DE SUPERIOR E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO Marcelo Vituzzo Perciani

Leia mais

Em regra, todos os créditos podem ser cedidos (art. 286 CC) a) Créditos de natureza personalíssima;

Em regra, todos os créditos podem ser cedidos (art. 286 CC) a) Créditos de natureza personalíssima; Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Direito Civil / Aula 11 Professor: Rafael da Mota Mendonça Conteúdo: V- Transmissão das Obrigações: 1. Cessão de Crédito. V - Transmissão das Obrigações: 1. CESSÃO

Leia mais

14/06/2013. Andréa Baêta Santos

14/06/2013. Andréa Baêta Santos Tema: DIREITO REGISTRAL IMOBILIÁRIO Questões de Registro de Imóveis 14/06/2013 1. Na certidão em relatório Oficial deve sempre se ater ao quesito requerente? formulado o pelo Não, pois sempre que houver

Leia mais

1. REGISTRO RESTRIÇÕES PARA ATUAR COMO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL. Falido:... Estrangeiro:... Médico:... Advogado:... Membros do legislativo:...

1. REGISTRO RESTRIÇÕES PARA ATUAR COMO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL. Falido:... Estrangeiro:... Médico:... Advogado:... Membros do legislativo:... 1 DIREITO EMPRESARIAL PONTO 1: Registro PONTO 2: Incapacidade Superveniente PONTO 3: Sociedade Empresária 1. REGISTRO Para fazer o registro, a pessoa deve estar livre de qualquer impedimento ou proibição.

Leia mais

CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO

CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO CONCEITO DIREITO ECONÔMICO É O RAMO DO DIREITO QUE TEM POR OBJETO A JURIDICIZAÇÃO, OU SEJA, O TRATAMENTO

Leia mais

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia Módulo 1 Questões Básicas da Economia 1.1. Conceito de Economia Todos nós temos uma série de necessidades. Precisamos comer, precisamos nos vestir, precisamos estudar, precisamos nos locomover, etc. Estas

Leia mais

Aula 04 Direitos Reais

Aula 04 Direitos Reais Propriedade: A propriedade consiste no direito real que confere ao seu titular a maior amplitude de poderes sobre a coisa. De acordo com os termos do artigo 1.228. do Código Civil, o proprietário tem a

Leia mais

Noções de Direito Civil Personalidade, Capacidade, Pessoa Natural e Pessoa Jurídica Profª: Tatiane Bittencourt

Noções de Direito Civil Personalidade, Capacidade, Pessoa Natural e Pessoa Jurídica Profª: Tatiane Bittencourt PESSOA NATURAL 1. Conceito: é o ser humano, considerado como sujeito de direitos e deveres. Tais direitos e deveres podem ser adquiridos após o início da PERSONALIDADE, ou seja, após o nascimento com vida

Leia mais

1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda

1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda 1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda A compra e venda é o mais importante de todos os contratos, tendo em vista que é pela compra e venda que se dá a circulação

Leia mais

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum 11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas As sociedades não-personificadas são sociedades que não tem personalidade jurídica própria, classificada em: sociedade em comum e sociedade

Leia mais

Professora Alessandra Vieira

Professora Alessandra Vieira Sucessão Legítima Conceito: A sucessão legítima ou ab intestato, é a que se opera por força de lei e ocorre quando o de cujus tem herdeiros necessários que, de pleno direito, fazem jus a recolher a cota

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO 3ᴼ Ano Turmas A e B Prof. Ms: Vânia Cristina Teixeira CORREÇÃO PROVA 3ᴼ BIM Examine as proposições abaixo, concernentes à desapropriação, e assinale a alternativa correta: I. Sujeito

Leia mais

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO PROJETO DE LEI N o 3.847, DE 2012 (Apensados os PLs nº 5.158, de 2013, e nº 6.925, de 2013) Institui a obrigatoriedade de as montadoras de veículos,

Leia mais

Felipe Galesco São Paulo: 2012 www.galesco.com.br

Felipe Galesco São Paulo: 2012 www.galesco.com.br O suicídio é coberto ou não pelo seguro de vida dentro do período de carência? Felipe Galesco São Paulo: 2012 www.galesco.com.br Para responder esta pergunta, vamos entender qual a sistemática do Código

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO DEÍ BRASÍLIA - UniCEUB FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS. 1. Aquisição de Direitos

CENTRO UNIVERSITÁRIO DEÍ BRASÍLIA - UniCEUB FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS. 1. Aquisição de Direitos CENTRO UNIVERSITÁRIO DEÍ BRASÍLIA - UniCEUB FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS Disciplina: DIREITO CIVIL FATOS JURÍDICOS - 3º SEMESTRE Profª: ANA CLÁUDIA A. MOREIRA BITTAR DE DIREITOS AQUISIÇÃO,

Leia mais

Efeitos da sucessão no Direito Tributário. Os efeitos da sucessão estão regulados no art. 133 do CTN nos seguintes termos:

Efeitos da sucessão no Direito Tributário. Os efeitos da sucessão estão regulados no art. 133 do CTN nos seguintes termos: Efeitos da sucessão no Direito Tributário Kiyoshi Harada Os efeitos da sucessão estão regulados no art. 133 do CTN nos seguintes termos: Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir

Leia mais

Direito das Sucessões Parte I. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Direito das Sucessões Parte I. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Direito das Sucessões Parte I Sucessão - Etimologia Sucessão Successio, de succedere. Relação de ordem, de continuidade. Uma sequência de fato e de coisas. O que vem em certa ordem ou em certo tempo. Sucessão

Leia mais

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação ORGANIZAÇÃO BÁSICA DAS DISCIPLINAS CURRICULARES

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação ORGANIZAÇÃO BÁSICA DAS DISCIPLINAS CURRICULARES 2007/1 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação ORGANIZAÇÃO BÁSICA DAS DISCIPLINAS CURRICULARES Disciplina: DIREITO CIVIL V Curso: DIREITO Código CR PER Co-Requisito Pré-Requisito 111111111111111111111111111111111111111

Leia mais

PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL

PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL Fernando Souza OLIVEIRA 1 Pedro Anderson da SILVA 2 RESUMO Princípio do Desenvolvimento Sustentável como um direito e garantia fundamental,

Leia mais

7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil. Tópicos Especiais em Direito Civil

7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil. Tópicos Especiais em Direito Civil 7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil Tópicos Especiais em Direito Civil Introdução A Responsabilidade Civil surge em face de um descumprimento obrigacional pela desobediência de uma regra estabelecida

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Fls. 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 249 - Data 12 de setembro de 2014 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA A promessa de compra e venda de

Leia mais

DIREITO EMPRESARIAL PROFESSORA ELISABETE VIDO

DIREITO EMPRESARIAL PROFESSORA ELISABETE VIDO DIREITO EMPRESARIAL PROFESSORA ELISABETE VIDO SUMÁRIO 1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA 2. TEORIA DA EMPRESA 3. ATIVIDADE EMPRESARIAL 4. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 5. ATIVIDADE RURAL 6. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL REGULAR X

Leia mais

Questão 1. Sobre a ação de responsabilidade prevista no art. 159 da Lei das Sociedades Anônimas e sobre a Teoria da Aparência:

Questão 1. Sobre a ação de responsabilidade prevista no art. 159 da Lei das Sociedades Anônimas e sobre a Teoria da Aparência: PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO EMPRESARIAL P á g i n a 1 Questão 1. Sobre a ação de responsabilidade prevista no art. 159 da Lei das Sociedades Anônimas e sobre a Teoria da Aparência: I. A ação

Leia mais

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual Lição 6. Férias Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual 6.1. FÉRIAS INDIVIDUAIS: arts. 129 a 138 da CLT. As férias correspondem

Leia mais

Legislação e tributação comercial

Legislação e tributação comercial 6. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 6.1 Conceito Na terminologia adotada pelo CTN, crédito tributário e obrigação tributária não se confundem. O crédito decorre da obrigação e tem a mesma natureza desta (CTN, 139).

Leia mais

ITBI - recepção parcial dos dispositivos do CTN Kiyoshi Harada*

ITBI - recepção parcial dos dispositivos do CTN Kiyoshi Harada* ITBI - recepção parcial dos dispositivos do CTN Kiyoshi Harada* Como se sabe, em decorrência das disputas entre Estados e Municípios na partilha de impostos, o legislador constituinte de 1988 cindiu o

Leia mais

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil Interpretação do art. 966 do novo Código Civil A TEORIA DA EMPRESA NO NOVO CÓDIGO CIVIL E A INTERPRETAÇÃO DO ART. 966: OS GRANDES ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA DEVERÃO TER REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL? Bruno

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Atualizado até 13/10/2015 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NOÇÕES INTRODUTÓRIAS Quando se fala em responsabilidade, quer-se dizer que alguém deverá

Leia mais

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO O ESTADO VEIO TENDO, NO DECORRER DO SÉCULO XX, ACENTUADO PAPEL NO RELACIONAMENTO ENTRE DOMÍNIO JURÍDICO E O ECONÔMICO. HOJE, TAL RELAÇÃO JÁ SOFRERA PROFUNDAS

Leia mais

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA IMPACTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO PRODUTO INTERNO BRUTO BRASILEIRO

Leia mais

Contrato Unilateral - gera obrigações para apenas uma das partes. Contrato Bilateral - gera obrigações para ambas as partes.

Contrato Unilateral - gera obrigações para apenas uma das partes. Contrato Bilateral - gera obrigações para ambas as partes. Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Civil (Contratos) / Aula 13 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Teoria Geral dos Contratos: 3- Classificação; 4 - Princípios. 3. Classificação: 3.1

Leia mais

USUFRUTO. 1) Conceito:

USUFRUTO. 1) Conceito: USUFRUTO 1) Conceito: O usufruto é um dos chamados direitos reais sobre coisa alheia. Para Sílvio de Salvo Venosa 1 usufruto é um direito real transitório que concede a seu titular o poder de usar e gozar

Leia mais

NÚMERO DE SÉRIE DE MERCADORIAS NA DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO

NÚMERO DE SÉRIE DE MERCADORIAS NA DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO NÚMERO DE SÉRIE DE MERCADORIAS NA DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO Colaboração: Domingos de Torre 11.11.2014 Há entendimento no seio da RFB (algumas unidades aduaneiras) de que o importador deverá informar o número

Leia mais

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação Marcela Alves de Araújo França CASTANHEIRA Adriano CORREIA Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia

Leia mais

AULA 04 CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

AULA 04 CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES AULA 04 CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 1. Introdução. Diversas são as formas e critérios de classificação uma Constituição. O domínio de tais formas e critérios mostra-se como fundamental à compreensão

Leia mais

Processos de Regularização de Imóveis

Processos de Regularização de Imóveis Processos de Regularização de Imóveis Prof. Weliton Martins Rodrigues ensinar@me.com www.vivadireito.net.1. Copyright 2013. Todos os direitos reservados. 1 2 1 2 A aquisição da propriedade é forma pela

Leia mais

obrigada relação jurídica

obrigada relação jurídica DIREITO DAS OBRIGAÇÕES CONCEITO Conjunto de normas e princípios jurídicos reguladores das relações patrimoniais entre um credor (sujeito ativo) e devedor (sujeito passivo) a quem incumbe o dever de cumprir,

Leia mais

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Aline Trindade A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Introdução Existem várias maneiras e formas de se dizer sobre a felicidade. De quando você nasce até cerca dos dois anos de idade, essa

Leia mais

Propriedade X Posse Propriedade é matéria de direito e posse é matéria de fato.

Propriedade X Posse Propriedade é matéria de direito e posse é matéria de fato. DIREITOS REAIS Posse = corpus = conduta de dono (art.1196 C.C. Teoria Objetiva de Ihering) Propriedade X Posse Propriedade é matéria de direito e posse é matéria de fato. Excepcionalmente um proprietário

Leia mais

REGULAMENTO DO CONCURSO PARA FRASE - 2015

REGULAMENTO DO CONCURSO PARA FRASE - 2015 REGULAMENTO DO CONCURSO PARA FRASE - 2015 1. CONCURSO 1.1. O concurso FRASE doravante denominado simplesmente CONCURSO, tem caráter exclusivamente recreativo e cultural. A participação neste CONCURSO é

Leia mais

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL. MENSAGEM N o 479, DE 2008

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL. MENSAGEM N o 479, DE 2008 COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL MENSAGEM N o 479, DE 2008 Submete à consideração do Congresso Nacional o texto do Tratado de Extradição entre a República Federativa do Brasil e o Governo

Leia mais

Desse modo, esse adquirente

Desse modo, esse adquirente 1-(FCC - 2012 - Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal do Município) Uma pessoa adquiriu bem imóvel, localizado em área urbana de município paulista, sem exigir que o vendedor lhe exibisse ou entregasse

Leia mais

A TRANSFORMAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES EM FUNDAÇÕES Kelly Schmitz * RESUMO

A TRANSFORMAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES EM FUNDAÇÕES Kelly Schmitz * RESUMO A TRANSFORMAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES EM FUNDAÇÕES Kelly Schmitz * RESUMO A pessoa jurídica de direito público está exposta na parte geral do Novo Código Civil, que entrou em vigor em janeiro de 2002. As pessoas

Leia mais

AULA 07. Herança Jacente = herança sem herdeiros notoriamente conhecidos (arts. 1819 e ss. do CC).

AULA 07. Herança Jacente = herança sem herdeiros notoriamente conhecidos (arts. 1819 e ss. do CC). 01 Profª Helisia Góes Disciplina: DIREITO CIVIL VI SUCESSÕES Turmas: 8ºDIV, 8ºDIN-1 e 8º DIN-2 Data: 21/08/12 AULA 07 II - SUCESSÃO EM GERAL (Cont...) 11. Herança Jacente e Vacante (arts. 1.819 a 1.823,

Leia mais

O que é Administração

O que é Administração O que é Administração Bem vindo ao curso de administração de empresas. Pretendemos mostrar a você no período que passaremos juntos, alguns conceitos aplicados à administração. Nossa matéria será puramente

Leia mais

DIREITO COMERCIAL II TÍTULOS DE CRÉDITO:

DIREITO COMERCIAL II TÍTULOS DE CRÉDITO: TÍTULOS DE CRÉDITO: CRÉDITO = alargamento da troca. Venda a prazo Empréstimo Documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado.(vivante) joao@joaopereira.com.br TÍTULO

Leia mais

Termo de Uso A AGENDA SUSTENTABILIDADE única e exclusiva proprietária do domínio www.agenda SUSTENTABILIDADE.com.br, doravante denominado AGENDA SUSTENTABILIDADE, estabelece o presente TERMO DE USO para

Leia mais

Usucapião. É a aquisição do domínio ou outro direito real pela posse prolongada. Tem como fundamento a função social da propriedade

Usucapião. É a aquisição do domínio ou outro direito real pela posse prolongada. Tem como fundamento a função social da propriedade Usucapião É a aquisição do domínio ou outro direito real pela posse prolongada Tem como fundamento a função social da propriedade!1 Requisitos da posse ad usucapionem Posse com intenção de dono (animus

Leia mais

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Moysés Kuhlmann :A educação da criança pequena também deve ser pensada na perspectiva de

Leia mais

Trabalho suplementar e Banco de horas

Trabalho suplementar e Banco de horas Trabalho suplementar e Banco de horas INTRODUÇÃO Sem grandes considerações jurídicas acerca do Direito do Trabalho, é consabido que esta é uma área que se encontra muito próxima do indivíduo, desenvolvendo-se,

Leia mais

A Sociologia de Weber

A Sociologia de Weber Material de apoio para Monitoria 1. (UFU 2011) A questão do método nas ciências humanas (também denominadas ciências históricas, ciências sociais, ciências do espírito, ciências da cultura) foi objeto

Leia mais

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2011.

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2011. Rio de Janeiro, 26 de julho de 2011. Ementa: Direito Administrativo e tributário. Desapropriação de imóvel urbano Responsabilidade pelo pagamento da dívida de IPTU e Compensação com o valor a ser recebido

Leia mais

Posse e Usucapião Extraordinária

Posse e Usucapião Extraordinária Posse e Usucapião Extraordinária 11 Maria Daniella Binato de Castro 1 INTRODUÇÃO Este trabalho objetiva um breve estudo sobre o instituto da posse e sua relação com a figura da prescrição aquisitiva em

Leia mais

DESPEDIMENTO POR EXTINÇÃO DE POSTO DE TRABALHO

DESPEDIMENTO POR EXTINÇÃO DE POSTO DE TRABALHO DESPEDIMENTO POR EXTINÇÃO DE POSTO DE TRABALHO (Explicação do procedimento nos termos do Cód. Trabalho Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 23/2012, de 25 de junho)

Leia mais

AFINAL, O QUE É ESSA TAL OUVIDORIA?

AFINAL, O QUE É ESSA TAL OUVIDORIA? AFINAL, O QUE É ESSA TAL OUVIDORIA? Hélio José Ferreira e Hilma Araújo dos Santos * O título provocativo dessa matéria reflete uma situação peculiar pela qual vem passando as ouvidorias no Brasil, que

Leia mais

Administrar uso do FGTS no consórcio de imóvel

Administrar uso do FGTS no consórcio de imóvel Administrar uso do FGTS no consórcio de imóvel Quais são as possibilidades de uso do FGTS no consórcio? Oferta de lance em consórcio de imóvel residencial O consorciado poderá utilizar até 100% do saldo

Leia mais

NOÇÕES BÁSICAS SOBRE USUCAPIÃO

NOÇÕES BÁSICAS SOBRE USUCAPIÃO NOÇÕES BÁSICAS SOBRE USUCAPIÃO Esp. Andrea M. L. Pasold O (ou A, como preferem muitos doutrinadores a também o novo código civil) usucapião é também chamado de prescrição aquisitiva, por ser um direito

Leia mais

DOS FATOS JURÍDICOS. FATO JURÍDICO = é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito.

DOS FATOS JURÍDICOS. FATO JURÍDICO = é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito. DOS FATOS JURÍDICOS CICLO VITAL: O direito nasce, desenvolve-se e extingue-se. Essas fases ou os chamados momentos decorrem de fatos, denominados de fatos jurídicos, exatamente por produzirem efeitos jurídicos.

Leia mais

Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.

Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Lição 14. Doação Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Na doação deve haver, como em qualquer outro

Leia mais

INSTITUTO DA AUSÊNCIA RESUMO

INSTITUTO DA AUSÊNCIA RESUMO INSTITUTO DA AUSÊNCIA Fernanda Sacchetto Peluzo* Hugo Leonardo de Moura Bassoli* Loren Dutra Franco** Rachel Zacarias*** RESUMO O Instituto da Ausência está exposto na parte geral do Novo Código Civil

Leia mais

PROCEDIMENTO ESPECIAL - Ação de Usucapião. Projeto monitoria acadêmica Estefânia Côrtes AÇÃO DE USUCAPIÃO

PROCEDIMENTO ESPECIAL - Ação de Usucapião. Projeto monitoria acadêmica Estefânia Côrtes AÇÃO DE USUCAPIÃO PROCEDIMENTO ESPECIAL - Ação de Usucapião Projeto monitoria acadêmica Estefânia Côrtes AÇÃO DE USUCAPIÃO PROCEDIMENTOS ESPECIAIS LIVRO IV Arts. 941 a 945 CPC. Da ação de usucapião de terras particulares

Leia mais

Tributação do lucro imobiliário na alienação de imóvel

Tributação do lucro imobiliário na alienação de imóvel Tributação do lucro imobiliário na alienação de imóvel João dos Santos * 1. Os imóveis de propriedade das pessoas físicas são registrados e mantidos na declaração de bens que integra a declaração de ajuste

Leia mais

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED AULAS ABRIL E MAIO

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED AULAS ABRIL E MAIO INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED AULAS ABRIL E MAIO Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com 2. Direito como objeto de conhecimento. Conforme pudemos observar nas aulas iniciais

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

Simulado Super Receita 2013 Direito Tributário Simulado Rafael Saldanha

Simulado Super Receita 2013 Direito Tributário Simulado Rafael Saldanha Simulado Super Receita 2013 Direito Tributário Simulado Rafael Saldanha 2013 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. 01 - (ESAF/2012) Analise as proposições a seguir e

Leia mais

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SEGURANÇA DE BARRAGENS DE REJEITOS RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SIMEXMIN OURO PRETO 18.05.2016 SERGIO JACQUES DE MORAES ADVOGADO DAS PESSOAS DAS PESSOAS NATURAIS A vida é vivida por

Leia mais

DIREITO CIVIL Espécies de Contratos

DIREITO CIVIL Espécies de Contratos DIREITO CIVIL Espécies de Contratos Espécies de Contratos a serem estudadas: 1) Compra e venda e contrato estimatório; 2) Doação; 3) Depósito; 4) Mandato; 5) Seguro; 6) Fiança; 7) Empréstimo (mútuo e comodato);

Leia mais

O DIREITO DAS Sucessões na Contemporaneidade. http://patriciafontanella.adv.br

O DIREITO DAS Sucessões na Contemporaneidade. http://patriciafontanella.adv.br O DIREITO DAS Sucessões na Contemporaneidade http://patriciafontanella.adv.br Viés Constitucional Assento constitucional (art. 5º XXX, CF/88). Mudança dos poderes individuais da propriedade, trazendo a

Leia mais