Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Mato Grosso. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas
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- Jorge Antas Botelho
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1 Boletimj Manual de Procedimentos Fascículo N o 38/2014 Mato Grosso // Federal IPI Amostra grátis // Estadual ICMS Programas governamentais estaduais - Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Boi - Pró-Couro // IOB Setorial Estadual Leiteiro - ICMS - Tributação na saída interna de leite pasteurizado tipo especial // IOB Comenta Federal IPI/ICMS - Sped - NF-e - ZFM - Emissão // IOB Perguntas e Respostas IOF Alíquota - Operações de crédito - Cooperativa IPI Crédito fiscal - Aquisição de material de uso e consumo - Mudança de destinação Crédito fiscal - Valor destacado a menor na nota fiscal - Apropriação ICMS/MT Alíquota - Cigarro, fumo e seus derivados Arbitramento do valor da operação - Base de cálculo Base de cálculo - Conversão de moeda estrangeira Acesse a versão eletrônica deste fascículo em Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Compensação - Procedimento a ICMS - Exportação a ICMS - Importação
2 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Capa: Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Telefone: (11) (São Paulo) (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ICMS, IPI e outros : IPI : amostra grátis ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic EBS - SAGE, (Coleção manual de procedimentos) ISBN Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série CDU-34: (81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34: (81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34: (81) Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de , DOU de ). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB
3 Boletimj Manual de Procedimentos a Federal Amostra grátis IPI SUMÁRIO 1. Introdução 2. Isenção 3. Tecidos 4. Medicamentos 5. Rotulagem 6. Amostra grátis tributada 7. Manutenção do crédito fiscal 8. Nota fiscal 9. Considerações sobre o ICMS 10. Modelo 1. Introdução A distribuição de amostra grátis é um dos expedientes que as empresas em geral utilizam, com a finalidade de proporcionar a seus clientes um conhecimento mais detalhado dos produtos que fabricam e melhor aceitação da sua produção no mercado de consumo. Os estabelecimentos que pretendem tornar pública a qualidade de seus produtos poderão fazê-lo mediante a distribuição gratuita de pequenas porções, fragmentos ou partes deles, desde que observadas as condições e as normas da legislação, as quais serão examinadas neste texto, com base no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010. quantidade estritamente necessária para se conhecer a sua natureza, espécie e qualidade. (RIPI/2010, art. 54, caput, III) 2.1 Requisitos Poderá ser mantido na escrita fiscal do contribuinte o crédito do IPI escriturado na entrada de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem utilizados na industrialização de produtos saídos do estabelecimento industrial com isenção do imposto Para efeitos de fruição da isenção, as amostras de produtos para distribuição gratuita deverão atender às seguintes condições: a) indicação no produto e no seu envoltório da expressão Amostra grátis isenta do IPI, em caracteres com destaque; b) quantidade não excedente a 20% do conteúdo ou do número de unidades da menor embalagem de apresentação comercial do mesmo produto para venda a consumidor. (RIPI/2010, art. 54, caput, III, a e b, e art. 273, 9º) 3. Tecidos Para fins de fruição da isenção, as amostras de tecidos para distribuição gratuita deverão conter a expressão Sem valor comercial, impressa tipograficamente ou a carimbo, bem como observar as seguintes dimensões: Natureza Comprimento Largura Algodão estampado 0,45 m qualquer Demais tecidos 0,30 m qualquer (RIPI - Decreto nº 7.212/2010) 2. Isenção São beneficiadas com a isenção do IPI as amostras de produtos para distribuição gratuita, de diminuto ou nenhum valor comercial, assim considerados os fragmentos ou partes de qualquer mercadoria, em Observe-se que a expressão Sem valor comercial não será necessária quando a amostra grátis de tecido tiver as seguintes dimensões: Natureza Comprimento Largura Algodão estampado 0,25 m qualquer Demais tecidos 0,15 m qualquer (RIPI/2010, art. 54, caput, IV) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/ Fascículo 38 MT38-01
4 4. Medicamentos São isentas as amostras grátis de produtos da indústria farmacêutica, observados os requisitos mencionados no item 2, quando distribuídas exclusivamente a médicos, veterinários, dentistas e estabelecimentos hospitalares. (RIPI/2010, art. 54, caput, III, c ) 5. Rotulagem A rotulagem ou a marcação da amostra deverá ser feita no produto e no seu recipiente, envoltório ou embalagem, antes da saída do estabelecimento, em cada unidade, em lugar visível, por processo de gravação, estampagem ou impressão com tinta indelével, ou por meio de etiquetas coladas, costuradas ou apensadas, conforme for mais apropriado à natureza do produto, com firmeza para que não se desprendam dele. A Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) poderá expedir as instruções complementares que julgar convenientes, em relação ao processo de rotulagem ou de marcação dos produtos. (RIPI/2010, art. 273, 1º) 6. Amostra grátis tributada O não atendimento de qualquer dos requisitos anteriormente descritos importa na perda da isenção do IPI para a amostra grátis. Nessa hipótese, a saída será promovida a título de Amostra grátis tributada, expressão que deverá ser impressa em destaque no produto e no seu envoltório, ficando o produto sujeito ao IPI. (RIPI/2010, art. 273, 9º; Parecer Normativo CST nº 92/1971; Parecer Normativo CST nº 451/1971) 7. Manutenção do crédito fiscal Poderá ser mantido na escrita fiscal do contribuinte o crédito do IPI escriturado na entrada de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem utilizados na industrialização de produtos saídos do estabelecimento industrial com isenção do imposto. (Lei nº 9.779/1999, art. 11; Instrução Normativa SRF nº 33/1999; Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 5/2006) 8. Nota fiscal Nas saídas de amostras grátis, deverá ser emitida nota fiscal, cuja natureza da operação é Remessa de amostra grátis - Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) 5.911/6.911, e na qual conste, conforme o caso, uma das seguintes expressões: a) tecidos: Isenção do IPI - inciso IV do art. 54 do RIPI/2010 ; b) medicamentos: Isenção do IPI - alínea c do inciso III do art. 54 do RIPI/2010 ; e c) demais produtos: Isenção do IPI - inciso III do art. 54 do RIPI/2010. Note-se que o contribuinte obrigado à emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) deve observar as disposições contidas no Ajuste Sinief nº 7/2005 e no Manual de Orientação do Contribuinte, versão 5.0, aprovada pelo Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012, em especial, as orientações expressas em seu Anexo I, que trata do leiaute do referido documento fiscal. Notas (1) O Protocolo ICMS nº 42/2009, que dispõe sobre a obrigatoriedade da utilização da NF-e em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, pelo critério de Código Nacional de Atividade Econômica (CNAE) e operações com os destinatários que especifica, teve sua vigência adiada pelo Protocolo ICMS nº 173/2012, com efeitos desde 1º (2) O disposto no referido protocolo não se aplica (Protocolo ICMS nº 42/2009, cláusula quarta): a) ao microempreendedor individual (MEI), de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123/2006; b) às operações realizadas por produtor rural não inscrito no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). (RIPI/2010, art. 415, caput, I; Ajuste Sinief nº 7/2005; Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012; Convênio s/nº de , art. 5º; Manual de Orientação do Contribuinte, versão 5.0, Anexo I) 9. Considerações sobre o ICMS Nos termos do Convênio ICMS nº 29/1990, é isenta do imposto a saída, a título de distribuição gratuita, de amostra de produto de diminuto ou nenhum valor comercial, desde que em quantidade estritamente necessária para se conhecer a sua natureza, espécie e qualidade, atendidos os requisitos estabelecidos pelos Estados e pelo Distrito Federal. Dessa forma, o contribuinte deverá consultar a legislação da Unidade da Federação em que se realizar a operação quanto aos requisitos previstos para a concessão do benefício da isenção do ICMS. (Convênio ICMS nº 29/1990) MT Manual de Procedimentos - Set/ Fascículo 38 - Boletim IOB
5 10. Modelo A seguir, reproduzimos modelo de Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) relativo a amostra grátis, cuja saída do estabelecimento é beneficiada com a isenção do IPI. N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/ Fascículo 38 MT38-03
6 a Estadual ICMS Programas governamentais estaduais - Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Boi - Pró-Couro SUMÁRIO 1. Introdução 2. Objetivo 3. Incentivo financeiro 4. Incentivo fiscal 5. Reavaliação dos benefícios 6. Cadastramento e credenciamento 7. Crédito fiscal 8. Diferimento 9. Penalidades 1. Introdução O Estado do Mato Grosso concede diversos incentivos a contribuintes do ICMS localizados em seu território, com o objetivo de estimular o processo de agregação de valor e melhoria da qualidade e produtividade dos produtos. Neste texto, abordaremos os incentivos correspondentes ao Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Boi - Carne, Couro, Calçados e Artefatos de Couro (Pró-Couro), vinculado à Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (SICM), instituído pela Lei nº 7.216/1999, regulamentado pelo Decreto nº 1.290/2000. (Lei nº 7.216/1999, art. 1º, 1ª parte) 2. Objetivo O Pró-Couro, vinculado à SICM, tem por objetivo estimular o processo de agregação de valor e melhorar a qualidade e produtividade dos produtos derivados da pecuária de corte. O referido programa contempla um conjunto de ações e está estruturado em torno de cinco eixos: a) qualidade; b) agregação de valor; c) integração dos elos da cadeia produtiva; d) comercialização e marketing; e) sustentabilidade ambiental. (Lei nº 7.216/1999, art. 1º, 2ª parte, e art. 2º) 3. Incentivo financeiro Aos produtores pecuários que atendam às precondições previstas no subitem 3.1 será concedido incentivo financeiro, a título de crédito fiscal, por animal abatido, na forma e nas condições a serem definidas no regulamento da lei em fundamento, em valor não superior ao equivalente a 0,878% do valor do ICMS devido na operação. (Lei nº 7.216/1999, art. 3º) 3.1 Concessão do incentivo financeiro A concessão do incentivo financeiro previsto no tópico 3 está condicionada à: a) comprovação de inscrição no Programa Mato-Grossense de Melhoramento da Pecuária (Prommepe); b) apresentação de atestado fitossanitário emitido pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea); c) comprovação de regularidade fiscal junto ao Fisco estadual, pertinente ao cumprimento das obrigações principal e acessórias, inclusive quanto a débitos fiscais inscritos em dívida ativa ou encaminhados ao órgão competente para inscrição, e junto ao órgão de fiscalização e controle ambiental. (Lei nº 7.216/1999, art. 5º) 4. Incentivo fiscal Às indústrias de curtume, calçados e artefatos de couro que atenderem às precondições estabelecidas no subtópico 4.1 será concedido um incentivo fiscal correspondente de até 85% do valor do ICMS, devido nas referidas operações de comercialização de produtos industrializados, nos seguintes percentuais: MT Manual de Procedimentos - Set/ Fascículo 38 - Boletim IOB
7 a) 29% do valor do crédito fiscal, no estágio de wet blue; b) 57% do valor do crédito fiscal, no estágio semiacabado; c) 70% do valor do crédito fiscal, no estágio acabado; d) 100% do valor do crédito fiscal, para a indústria de calçados e/ou artefatos de couro. (Lei nº 7.216/1999, art. 4º) 4.1 Concessão do incentivo fiscal A concessão do benefício fiscal previsto no tópico 4 às indústrias de curtume, calçados e/ou artefatos de couro, aplicado na forma de crédito fiscal, está condicionada à: a) comprovação de regularidade de funcionamento junto aos órgãos de controle ambiental; b) comprovação de regularidade fiscal junto ao Fisco estadual, pertinente ao cumprimento das obrigações principal e acessórias, inclusive quanto a débitos fiscais inscritos em dívida ativa ou encaminhados ao órgão competente para inscrição, e junto ao órgão de fiscalização e controle ambiental; c) expressa renúncia ao aproveitamento de quaisquer outros créditos do ICMS, inclusive aqueles relativos à entrada de insumos da produção e da aquisição de bens do ativo imobilizado. (Lei nº 7.216/1999, art. 6º) 5. Reavaliação dos benefícios Transcorrido o prazo de 3 anos de sua concessão, os benefícios serão reavaliados pela Câmara de Política de Desenvolvimento Econômico do Estado, quanto ao seu impacto e atendimento das metas de qualidade, competitividade, agregação de valor e geração de empregos, que emitirá parecer indicativo ao Poder Concedente sobre a conveniência de sua manutenção. (Lei nº 7.216/1999, art. 7º) 6. Cadastramento e credenciamento O cadastramento e o credenciamento das empresas a que se refere o tópico 4, para fruição do benefício fiscal, serão realizados junto ao Conselho Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/ Fascículo 38 de Desenvolvimento Industrial e Comercial do Estado de Mato Grosso (Codeic), na forma definida no regulamento da Lei nº 7.216/1999. (Lei nº 7.216/1999, art. 7º, parágrafo único) 7. Crédito fiscal Convém salientar que, do valor do crédito fiscal efetivamente utilizado, 5% deverá ser recolhido ao Fundo de Desenvolvimento Industrial (Fundei). (Lei nº 7.216/1999, art. 8º) 8. Diferimento Ficam, também, assegurados aos estabelecimentos enquadrados nas letras b a d do tópico 4 que vierem a se instalar em território mato-grossense, diferimento do ICMS para o momento em que ocorrer a saída subsequente, relativamente ao diferencial de alíquotas devido nos termos do disposto na Lei nº 7.098/1998, art. 3º, XIII e XIV, incidente nas entradas de bens, desde que: a) tais bens consistam de máquinas, equipamentos e suas estruturas, destinados a integrar o projeto operacional do estabelecimento; b) não haja similar dos mesmos produzidos em território mato-grossense. (Lei nº 7.216/1999, art. 9º) 9. Penalidades Constitui infração relativa ao ICMS toda ação ou omissão voluntária ou involuntária que importe em inobservância, por parte de pessoa natural ou jurídica, de norma estabelecida na legislação deste tributo. Pelo descumprimento dos dispositivos de natureza tributária da Lei nº 7.216/1999, aplicam-se as penalidades fixadas na Lei nº 7.098/1998. (Decreto nº 1.290/2000, art. 13) N MT38-05
8 a IOB Setorial Estadual Leiteiro - ICMS - Tributação na saída interna de leite pasteurizado tipo especial A pecuária leiteira nacional tem passado, nos últimos anos, por profundas transformações decorrentes, principalmente, de fatores como: a desregulamentação do setor, ocasionando a liberação dos preços do leite; a abertura econômica, intensificando a participação do País no mercado internacional de lácteos; a maior profissionalização dos produtores de leite; a modernização do parque industrial brasileiro, dentre outros. Essas mudanças promoveram um aumento significativo na produção de leite do País. Muitos fatores contribuíram para isso, como, por exemplo, a instalação de várias indústrias de laticínios, os baixos preços da terra, da mão de obra e dos grãos, dentre outros. Na área tributária, os Estados da Federação e o Distrito Federal celebraram o Convênio ICM nº 25/1983, que estabeleceu tratamento tributário do leite pasteurizado. O Convênio ICMS nº 36/1994 modificou a redação do Convênio anteriormente citado e o Estado do Mato Grosso introduziu em seu Regulamento do ICMS o tratamento tributário aplicado ao leite pasteurizado. Assim, para efeito da legislação tributária, nas saídas internas de leite pasteurizado tipo especial, com 3,2% de gordura, e de leite pasteurizado magro, reconstituído ou não, com até 2% de gordura, destinadas a consumidores finais, excetuadas as saídas de leite pasteurizado tipo B, aplica-se a isenção do pagamento do ICMS, tendo a sua vigência por tempo indeterminado. Convém salientar que o referido benefício implica vedação ao aproveitamento do crédito do imposto referente à entrada no estabelecimento, quando tributada, do produto ou dos insumos empregados na respectiva produção. (Convênios ICMS nº 25/1983 e nº 36/1994; RICMS- -MT/2014, Anexo IV, art. 7º) N a IOB Comenta Federal IPI/ICMS - Sped - NF-e - ZFM - Emissão A Zona Franca de Manaus (ZFM) é uma área de livre comércio, de importação e exportação e de incentivos fiscais especiais, estabelecida com a finalidade de criar, no interior da Amazônia, um centro industrial, comercial e agropecuário dotado de condições econômicas que permitam seu desenvolvimento, em face dos fatores locais e da grande distância a que se encontram os centros consumidores de seus produtos. O art. 40 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) estabelece que é mantida a ZFM, pelo prazo de 25 anos, a partir da promulgação da Constituição Federal ( ), tendo esse prazo sido prorrogado por mais 10 anos pelo art. 92 daquele Ato e, por último, por mais 50 anos, pelo art. 92-A, acrescido ao ADCT, pela Emenda Constitucional nº 83/2014. A remessa de produtos para a ZFM será feita com a suspensão do IPI, que será convertida em isenção, quando de sua efetiva entrada naquela área incentivada, para seu consumo interno, utilização ou industrialização ou, ainda, para serem enviados, por intermédio de seus entrepostos, à Amazônia MT Manual de Procedimentos - Set/ Fascículo 38 - Boletim IOB
9 Ocidental, excluídos armas e munições, perfumes, fumo, automóveis de passageiros e bebidas alcoólicas, classificados, respectivamente, nos Capítulos 93, 33, 24, nas posições 87.03, a e nos códigos a e (exceto o Ex 01) da TIPI/2011. Também sairão com a suspensão do IPI: a) os produtos nacionais enviados à ZFM especificamente para serem exportados para o exterior, atendidas as condições estabelecidas pelo Ministro da Fazenda; b) os produtos que, antes da sua remessa à ZFM, forem enviados pelo seu fabricante a outro estabelecimento, para industrialização adicional, por conta e ordem do destinatário naquela área, observadas as exclusões anteriormente referidas. É importante observar que nos termos do art. 42 do RIPI/2010, quando não forem satisfeitos os requisitos que condicionam a suspensão, o imposto torna-se imediatamente exigível, como se a suspensão não existisse. Se a suspensão estiver condicionada à destinação do produto e a este for dado destino diverso do previsto, estará o responsável pelo fato sujeito ao pagamento do imposto e da penalidade cabível, como se a suspensão não existisse. Portanto, na hipótese de não comprovação do internamento da mercadoria na ZFM, o imposto suspenso será exigido na forma do dispositivo regulamentar citado, acrescido dos respectivos encargos legais. Na esfera estadual, a Lei Complementar nº 24/1975 estabelece que os benefícios fiscais relativos ao ICMS somente poderão ser concedidos ou revogados por meio de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal. Dessa forma, foi celebrado o Convênio ICM nº 65/1988, que isenta do imposto as saídas de produtos industrializados de origem nacional para comercialização ou industrialização na ZFM, que compreende os Municípios de Manaus, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo, desde que o estabelecimento destinatário tenha domicílio nesses municípios. Estão excluídos dessa isenção armas e munições, perfumes, fumo, bebidas alcoólicas e automóveis de passageiros. Para a fruição do benefício da isenção do ICMS: a) a mercadoria deve ser de origem nacional; b) o estabelecimento destinatário deve estar situado nos Municípios de Manaus, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo; c) deve haver a comprovação da entrada efetiva do produto no estabelecimento destinatário; d) deve ser abatido do preço da mercadoria o valor equivalente ao ICMS que seria devido se não houvesse a isenção; e e) o abatimento mencionado na letra d deve ser indicado de forma detalhada na nota fiscal. Para efeito de emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), além das disposições do Ajuste Sinief nº 7/2005, que a instituiu, devem ser observadas as orientações do Manual de Orientação do Contribuinte, versão 5.0, aprovada pelo Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012 e, em especial, a Orientação de Preenchimento da NF-e, versão 1.05, aprovado pelo Ato Cotepe/ICMS nº 7/2013, que divulga orientação sobre a geração da NF-e, em situações específicas, dentre as quais, as que acobertam operações incentivadas destinadas à ZFM, a seguir delineadas. Os exemplos de preenchimento constantes do referido manual tomam por base a seguinte operação hipotética: a) UF do remetente: MG (alíquota interestadual de 7%); b) valor bruto do produto sem descontos: R$ 1.000,00; c) desconto comercial: R$ 200,00; d) base de cálculo do ICMS para fins de cálculo do abatimento: R$ 800,00 (R$ 1.000,00 - R$ 200,00); e) valor do ICMS abatido: R$ 56,00 (7% x R$ 800,00); f) valor da nota: R$ 744,00 (R$ 1.000,00 - R$ 200,00 - R$ 56,00). 1) Grupo de Identificação do Destinatário - Informar obrigatoriamente a Inscrição na Suframa. 2) Grupo do Detalhamento de Produtos e Serviços: 2.1 Informar um dos seguintes CFOP: 1203, 1204, 1208, 1209, 2203, 2204, 2208, 2209, 5109, 5110, 5151, 5152, 6109, 6110, 6122, 6123, 6151 e Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/ Fascículo 38 MT38-07
10 2.2 Informar no campo Valor Total Bruto dos Produtos ou Serviços o valor do produto sem a desoneração do ICMS. Exemplo de XML: <vprod> </vprod> 2.3 Informar no campo Valor do Desconto o valor da desoneração do ICMS e demais descontos. Exemplo de XML: <vdesc>256.00</vdesc> Obs. R$ 200,00 referentes ao desconto comercial e R$ 56,00 de abatimento do ICMS 2.4 Informar no campo Informações adicionais do produto o valor da desoneração do ICMS e demais descontos. Exemplo de XML: <infadprod>valor do ICMS abatido: R$ 56,00 (7% sobre R$ 800,00). Valor do desconto comercial: R$ 200,00.</infAdProd> Obs. R$ 200,00 referentes ao desconto comercial e R$ 56,00 de abatimento do ICMS 3) Grupo de Tributação do ICMS 3.1 Preencher o grupo de tributação do ICMS 40 a) Origem da Mercadoria: 0 ( nacional ); b) CST: 40 ( isenta ); c) Valor do ICMS: informar o valor do ICMS que foi abatido na operação; d) Motivo da desoneração do ICMS: 7 ( Suframa ). Exemplo de XML: <ICMS40> <orig>0</orig> <CST>40</CST> <vicms>56.00</vicms> <motdesicms>7</motdesicms> </ICMS40> 4) Grupo de Tributação do PIS Preencher o grupo de tributação do PIS não tributado CST: 06 - Operação Tributável (alíquota zero) Exemplo de XML: <PISNT> <CST>06</CST> <PISNT> 5) Grupo de Tributação da Cofins Preencher o grupo de tributação da Cofins não tributada CST: 06 - Operação Tributável (alíquota zero) Exemplo de XML: <COFINSNT> <CST>06</CST> </COFINSNT> 6) Grupo de Valores Totais da NF-e Valor Total do ICMS: <ICMSTot> <vbc>0.00</vbc> <vicms>0.00</vicms> <vprod> </vprod> <vdesc>256.00</vdesc> <vipi>0.00</vipi> <vpis>0.00</vpis> <vcofins>0.00</vcofins> <vnf>744.00</vnf> </ICMSTot> 7) Grupo de Informações Adicionais Informações Adicionais de Interesse do Fisco: Remessa para Zona Franca de Manaus ou Área de Livre Comércio. Isenção do ICMS (Convênio ICMS nº 65/1988). Isenção de IPI (Art. 81 do RIPI - Decreto nº 7.212/2010). Redução a zero das alíquotas do PIS e COFINS (art. 2º da Lei nº /2004). Notas (1) A orientação constante na Orientação de Preenchimento da NF-e, versão 1.05, não se aplica aos casos de isenção do ICMS nas operações próprias e na tributação pelo ICMS-ST (CST = 030). (2) Nas hipóteses de abrangência do benefício fiscal da isenção do ICMS e da suspensão do IPI, recomenda-se a orientação contida no tópico 8, subitem 2.3, da Nota Técnica (NF-e) nº 2011/004, que manda Informar no campo Valor do Desconto, desse documento fiscal, o valor da desoneração do ICMS e demais descontos (se houver). (Constituição Federal/ Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT - arts. 40, 92 e 92-A; Emenda Constitucional nº 83/2014; Lei Complementar nº 24/1975; RIPI/2010, art. 42, caput, 1º, art. 84 e art. 85; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Convênio ICM nº 65/1988; Ajuste Sinief nº 7/2005; Ato Cotepe/ ICMS nº 11/2012; Ato Cotepe/ICMS nº 7/2013) N MT Manual de Procedimentos - Set/ Fascículo 38 - Boletim IOB
11 a IOB Perguntas e Respostas IOF Alíquota - Operações de crédito - Cooperativa 1) Há incidência do IOF na operação de crédito quando a tomadora é cooperativa? Sim. Porém, fica reduzida a zero a alíquota do imposto na operação de crédito quando a tomadora é cooperativa. Observar, no entanto, que a operação fica sujeita à alíquota adicional de 0,38%, na forma do 5º do art. 8º do Decreto nº 6.306/2007. (Decreto nº 6.306/2007, art. 8º, caput, I, 5º) IPI Crédito fiscal - Aquisição de material de uso e consumo - Mudança de destinação 2) O estabelecimento industrial que adquire material de uso e, posteriormente, o utiliza como matéria- -prima pode se creditar do IPI destacado na nota fiscal de aquisição? Sim. O crédito do IPI destacado na nota fiscal de aquisição desse material de uso é permitido, pois a sua finalidade é alterada para utilização no setor produtivo, sendo destinado a posterior saída tributada, ainda que com alíquota zero ou isento. O crédito é permitido se o produto fabricado tiver assegurado esse direito, no momento de efetiva redestinação do produto, e será escriturado diretamente no livro Registro de Apuração do IPI. (RIPI/2010, arts. 225, 226 e 251, III) Crédito fiscal - Valor destacado a menor na nota fiscal - Apropriação 3) Poderá o estabelecimento industrial apropriar como crédito o valor do IPI que foi destacado a menor na nota fiscal da compra de insumos? O crédito, quando de direito, é do imposto destacado em documento fiscal hábil. Assim sendo, o adquirente promoverá a escrituração da nota fiscal de aquisição no livro Registro de Entradas, com o crédito do IPI efetivamente destacado, se de direito. O contribuinte deverá comunicar ao fornecedor a irregularidade, no prazo de 8 dias ou em menor prazo se o início do consumo ou venda for inferior a esse prazo para se eximir da responsabilidade solidária, e solicitar ao fornecedor a emissão de nota fiscal complementar. Ao receber essa nota fiscal complementar o contribuinte fará a escrituração no livro Registro de Entradas, com o crédito do IPI remanescente, se de direito. (RIPI/2010, arts. 226, I, 327, 1º, e 407, XII) ICMS/MT Alíquota - Cigarro, fumo e seus derivados 4) Na alíquota prevista para cigarro, fumo e seus derivados, classificados no capítulo 24 da NCM/SH, deve ser acrescido o percentual de 2% correspondente ao adicional destinado ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza? Sim. Será acrescido o percentual de 2%, cujo valor, efetivamente recolhido, corresponderá ao adicional destinado ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza, instituído pela Lei Complementar n 144/2003. (RICMS-MT/2014, art. 95, 7º) Arbitramento do valor da operação - Base de cálculo 5) Quando acontecerá o arbitramento do valor da operação para efeito de incidência do ICMS? Quando o cômputo do ICMS tiver por base de cálculo ou tomar em consideração o valor ou o preço de mercadorias, bens, serviços ou direitos e forem omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou quando os documentos forem expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial, o valor da operação será arbitrado pela autoridade fiscal. Ressaltamos que o valor das operações ou prestações poderá também ser arbitrado pela autoridade fiscal, nas seguintes hipóteses: Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/ Fascículo 38 MT38-09
12 a) entrega, remessa, transporte, recebimento, estocagem ou depósito de mercadorias ou bens, desacompanhados de documentação fiscal; b) não exibição ao Fisco dos elementos necessários à comprovação do preço, incluídos os casos de perda ou extravio de livros ou documentos fiscais; c) declaração, nos documentos fiscais, de valores notoriamente inferiores ao preço corrente da mercadoria ou do serviço. (RICMS-MT/2014, art. 87 e 2º) Base de cálculo - Conversão de moeda estrangeira 6) Como deve ser definido o valor de operação ou prestação expresso em moeda estrangeira? O valor da operação ou da prestação deve ser calculado em moeda nacional, procedendo-se, na data em que ocorrer o fato gerador do imposto a conversão do valor expresso em moeda estrangeira, mediante aplicação da taxa cambial do dia. (RICMS-MT/2014, art. 79, I) MT Manual de Procedimentos - Set/ Fascículo 38 - Boletim IOB
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