LEVANTANDO REGISTROSPAROQUIAS E DESCOBRINDO PERFIS: A FORMAÇÃO DA FAMÍLIAS ESCRAVAS NA VILA DE BELMONTE EM MEADOS DOS OITOCENTOS 1 JAMILLY LAUREANO

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1 LEVANTANDO REGISTROSPAROQUIAS E DESCOBRINDO PERFIS: A FORMAÇÃO DA FAMÍLIAS ESCRAVAS NA VILA DE BELMONTE EM MEADOS DOS OITOCENTOS 1 JAMILLY LAUREANO Graduanda do Curso de Licenciatura em História pela Universidade do Estado da Bahia. ( jamillylaureano@gmail.com) Com o surgimento da Escola dosannales tornou-se possível trabalhos sobre as populações. Dentro da historiografia, as pesquisas voltadas para a escravidão tiveram um aumento nas últimas décadas.o objetivo traçado para este trabalho visa aborda primeiramente alguns elementos da formação e consolidação da Vila de Belmonte, para que o recorte sobre a formação da família escrava seja desenvolvido, embora este seja um tema instigante,é ainda carente de investigações. O Recôncavo Baiano é muito estudado em algumas regiões, entretanto muitos são os silenciamentos que perpassam a historiografia brasileira sobre o Sul da Bahia. Francisco Eduardo Torres Cancela (2012) em sua tese proporciona uma discussão muito significativa sobre os primeiros planos administrativos da Antiga Capitania de Porto Seguro.Nesta perspectiva a abordagem pensada para o desenvolvimento deste trabalho foidirecionada para compreender como se deu o processo de povoação e construção da Antiga Vila de Belmonte, analisando o sistema imposto na região e o que motivou seu povoamento a Vila Nova de Belmonte foi criada como uma estratégia para conservar a utilidade de mais de cem índios Meniãs que habitavam aquelas paragens desde o século anterior (CANCELA, 2012, p.184).foi uma árdua trajetória de negociações entre os índios Miniãs e os portugueses na tentativa de consolidação do Aldeamento. Não é o objetivo deste trabalho, estudar a trajetória dos índios Miniãs, mas, utilizamos esse contexto para analisar como se deu a formação da antiga vila de Belmonte vislumbrando destacar os laços familiar de escravos de ascendência africana. 1 Orientado pela Doutora Joceneide Cunha dos Santos, atualmente professora da Universidade do Estado da Bahia- Campus XVIII. ( joceneidecunha@gmail.com)

2 A segunda metade do século XVIII e início do XIX é marcada pelas reformas do reinado de D. José I que pretendia fortalecer a economia colonial regional, cuja estrutura comercial era direcionada a atender as necessidades da Capitania, neste sentido a ocupação territorial era necessário para o desenvolvimento da economia local, despertando ainda mais o interesse da Coroa portuguesa. Essa região, desde os primórdios da colonização, impressionou os portugueses por possuir inúmeras riquezas naturais. Os relatos coloniais desse território sempre destacaram as possibilidades de se construir ali uma forte economia integrada ao comércio colonial, enfatizando aspectos que, de alguma forma, tentavam estimular o processo de conquista e colonização da colônia americana (CANCELA, 2012, p.32). A vila de Belmonte foi criada em 1765está localizada na margem direita do rio Grande (atual Jequitinhonha) e foi um alvo importante deste projeto de ocupação, Cancela (2012) destaca que as vilas criadas mediante este período possibilitou o planejamento de uma economia agrícola, surtindo na criação de novos meios de produção, como a plantação de milho, arroz, feijão encontrando assim umsolo propicio para fertilização e uma pratica nova para a região ainda inexplorada pelos europeus. As vilas foram criadas em pontos estratégicos, Belmonte por estar próximo ao rio Jequitinhonha e fazer ligação com as Minas Gerais, que tinha ataques corriqueiros em busca da extração do ouro.neste sentido não é equivocado acentuar que a formação desta vila tinha como objetivo frear os ataques, além de manter a ocupação territorial sobre o poder português. No que se refere ao uso de documentos enquanto fonte de pesquisa, não há dúvidas que os documentos eclesiásticos estão sendo valorizados cada vez mais pelos historiadores, não para estudar somente a vida das classes dominantes, mas direcionar o olhar para os excluídos da história. Peter Burke (1992) trabalha questões importantes que retratam o momento em que os historiadores começavam a pensar a conceituada história vista de baixo,

3 [...] a importância da história vista de baixo é mais profunda do que apenas propiciar aos historiadores uma oportunidade para mostra que eles poder ser imaginativos e inovadores [...] Edward Thompson, Carlo Ginzburg, Emmanuel Le Roy Ladurie e outros, partindo de pontos diferentes e tendo em vista objetivos históricos diferentes, foram todos capazes de demonstra como a imaginação pode interagir com a erudição, para ampliar nossa visão do passado. (BURKE, 1992, p.59) Foi através dos estudos destes pesquisadores que se deu o diálogo com as novas fontes, metodologias e novas formas de se escrever, valorizando as minorias enquanto participantes do contexto histórico. Toda esta organização dos dados quantificados e analisados foi um importante passo da pesquisa, que visando preencher a lacuna existente na historiografia regional da Bahia e especificamente, no município de Belmonte-BA. As fontes que utilizaremos para traçar um perfil desta população são as fontes eclesiásticas, de batismo, documentações disponibilizadas no site dos Mórmons 2 onde realizamos a leitura e catalogação dos dados obtidos, levantando problemáticas da sociedade oitocentista da antiga vila de Belmonte e empregando o contexto da nova história 3, chamando atenção para história problema, segundo Jacques Le Goff (2003): O documento não é inócuo. É antes de mais nada o resultado de uma montagem, consciente ou inconsciente, da história, da época, da sociedade que o produziram, mas também das épocas sucessivas durante as quais continuou a viver, talvez esquecido, durante as quais continuo a ser manipulado, ainda que pelo silencio. O documento é coisa que fica, que dura, e o testemunho, o ensinamento. (LE GOFF, 2003, p. 548). Dentro desta perspectiva, percebemos que o uso dos documentos eclesiásticos não tem como única finalidade o registro de dados, pois nas mãos do historiador e com um olhar problematizado,buscamos questionar as fontes para adquirir as possíveis respostas, sendo assim, a apropriação deste documento como fonte nos possibilitou ao longo desta pesquisa traçar um perfil da família escrava belmontense,utilizando da nova história de Peter Burke (1992). 2 Ver em: 3 BURKE, Peter. A escrita da História: Novas perspectivas. São Paulo: EDITORA UNESP, 1992.P.12.

4 Este trabalho pretende debruçar-se sobre os laços familiares no século XIX em Belmonte-BA, os dados foram extraídos dos registros de batismo de Nossa Senhora do Carmo, do período de , momento marcado por várias mudanças que abalaram as relações sociais da época, o desejo pelo fim da escravatura já rondava a sociedade neste momento, as lutas abolicionistas vinham se fortalecendo. Neste cenário de disputas, os principais envolvidos eram a Igreja o Estado, os escravos e os senhores de escravos, ambos lutando por seus respectivos interesses. Os estudos de Mattoso (1992) contribuíram de forma significativa para extrairmos informações relevantes do contexto escravista, em sua obra Bahia no século XIX: Uma província no império, são levantadas problematizações sobre os diferentes tipos de família existentes na Bahia na época colônia e no século XIX. Katia Mattoso (1992) apresenta a conjuntura familiar vista na perspectiva de 1992, onde ela faz uso da segunda geração da Escola dos Annales, que possibilitou uma revisão historiográfica, dando abertura ao uso de documentações seriadas, reconhecendo o uso de novas fontes como objetos de pesquisa.essas mudanças influenciaram também a historiografia brasileira. Mattoso (1992) aponta a lacuna existente na historiografia brasileira em estudos voltados para pluralidade familiar, visto que a classificação dos grupos domésticos não estava padronizada em um modelo unicamente patriarcal, onde o homem era o centro da família excluindo a participação de mulheres e crianças. Isabel Reis (2007), que discute a relação familiar no tempo da escravidão problematizando ao longo de suas pesquisas o significado dos laços familiares, Reis (2007) conseguiu através de fontes como processos crimes, testamentos, inventários post mortem, publicações, fichas de casamento, contar a história de personagens realizando uma biografia coletiva da sociedade baiana escravista. Através do levantamento e catalogação destes dados,a respectiva autorarealizou o cruzamento dos dados para conseguir traçar o enredo destes personagens. Compreender os significados dos laços familiares no contexto social oitocentista tem vários questionamentos, ao longo de suas pesquisas a autora levanta os tipos de famílias existentes, como as famílias formadas com base no casamento católico, o casamento

5 consensual 4, a família nuclear 5, parcial e poligâmico. Dentro desta perspectiva cabe perceber os tipos de associações que não fossem apenas do tipo de família simples, tanto Reis (2007) como Mattoso (1992) destacam que a relação familiar ia além dos laços sanguíneos. Fazer parte de uma família significava uma grande diferença, onde muitas vezes se garantia o amparo no momento de necessidade. Em 15 de setembro de 1869, foi instituída a Lei nº 1.695, que proibiu as vendas de escravizados debaixo de pregão e em exposição pública, trazendo em seu artigo 2º a proibição da desagregação da família escrava pelo comércio em separado de seus membros. Embora muitas arbitrariedades tenham acontecido, mesmo com a implementação da Lei, esta foi uma importante conquista para se manter os laços familiares, as discussões promovidas a partir lei deram abertura para o fortalecimento das lutas abolicionistas e foi em 1870 que as ideias de abolição começaram de fato a ocupar os espaços brasileiros, sendo criadas várias associações emancipadoras. Esses acontecimentos despertaram o sentimento de esperança para os escravizados. Isabel Reis (2007) trabalha como essas leis de fato chegaram, tanto para os escravizados como para seus senhores. A lei de 1871, conhecida como Lei do Ventre Livre ou (Lei Rio Branco), tinha como base declarar livre os filhos de mães escravas nascidos a partir desta data pois, além de reeditar a proibição da desagregação da família escrava pelo comércio em separado de seus membros e declarar livres os filhos da mulher cativa nascidos a partir daquela data, determinou providências sobre a criação e tratamento a serem dispensados às crianças nascidas das mulheres cativas; deu liberdade aos cativos pertencentes à nação, aos cativos dados em usufruto à coroa, aos cativos das heranças vagas e aos cativos abandonados por seus senhores. (MATTOSO, 1992, 143) 4 (...)estruturas extensas de família, parentesco simbólico, rituais de corte amoroso, práticas de nomeação dos filhos, entre outros. REIS, Isabel Cristina Ferreira dos: A família negra no tempo da escravidão: Bahia, Campinas, SP: [s. n.], 2007.p (...)biológica, base de toda associação familiar. No Brasil, essa família era legítima (ou seja, abençoada pela Igreja). Mattoso,Katia M. de Queirós. Bahia Século XIX: Uma província no império /tradução Yedda de Macedo Soares.-ed.Nova Fronteira S.A/Rio de Janeiro1992, p.143.

6 Essa foi uma importante conquista na luta pela emancipação, a principal preocupação agora era a organização fiscalizadora, com o objetivo de assegurar que a lei fosse cumprida, porém devemos levar em conta os mecanismos que acompanharam este processo de evolução social. Dentro desta prerrogativa, é importante frisar que apoiar a lei de 1871 não significava ser favorável à pura e simples abolição da escravidão, onde boa parte da população que tinha a economia voltada para o trabalho escravo tinha muito a perder com a abolição. É interessante frisar que outras vantagens devido à implementação da lei foram atribuídas aos escravos, tendo agora a oportunidade de acumular pecúlio através de doações, legados, heranças e o que obtivesse com o consentimento do seu senhor através do seu trabalho e economias, contribuindo de forma significativa na compra de sua própria alforria ou até mesmo conquistar a alforria de familiares. Reis (2007) não atribui apenas conquistas favoráveis com a Lei do Ventre Livre, entendendo que o nascido depois da aplicação da lei só se veria livre definitivamente em 1892 ao atingir a idade de 21 anos, os filhos das mulheres cativas nascidos a partir de 1871, estes ficariam sob a responsabilidade dos senhores de suas mães, que estavam obrigados a mantê-los até atingirem 8 anos de idade, quando o proprietário de sua mãe teria que decidir se entregaria a criança ao Estado, recebendo uma indenização no valor de 600$000rs, ou se a manteria até os 21 anos. (REIS, 2007, p. 259) A historiografia brasileira não fornece muitos dados sobre os núcleos familiares que existiam na época colonial e no século XIX, porém, compreender como o cumprimento destas leis chegou à vila de Belmonte servirá para entender como as famílias foram se moldando a partir de então, onde pretendemos identificar o significado dos laços familiares vivenciado entre na Antiga Vila de Belmonte, ainda dentro do sistema escravocrata,onde a ideia de liberdade estava cada vez mais presente.

7 Através da leitura e análise dos dados extraídos, foi possível encontrar15 famílias de escravizados. Todavia, todos eram filhos naturais, ou seja, apenas as mães apareciam oficialmente, entretanto, o fato das crianças serem batizadas como filhos naturais não significaria porém, atribuir que não se tinha uma família constituída por pai e mãe, observando que nem toda população tinha acesso à Igreja e que a cerimônia de casamento acarretava custos altos, onde nem sempre se tinha o interesse ou até mesmo condições financeiras do senhor ou dos padrinhos em arcar com tais gastos. O direito aos laços matrimoniais para os cativos foi um marco de importante conquista para o fortalecimento das relações familiares, assim como postula Joceneide Cunha (2004), não era característica de todos os senhores permitirem a união matrimonial dos seus escravos, pois isso dificultaria no caso de vendas de uma das partes. Outra complicação desta união está no fato da distância dos engenhos para com os bispados e por ter um custo alto esta oficialização na matriz, o que dificultava as uniões matrimoniais entre a população escravista.é valido destacar que os estudos de Santos(2004) embora tragam conceitos gerais sobre a escravidão, sua linha de análise está voltada não só para as famílias legítimas, como também às famílias naturais. Estes dados também nos proporcionarão ferramentas para entender como se dava a organização familiar dentro deste contexto oitocentista na Antiga vila de Porto Seguro,onde percebemos o caso de um senhor que em anos diferentes batizou duas de suas escravas ainda crianças.o senhor Manoel Antônio da S. Amorim aparece nos documentos levando dois de seus escravos para ser batizados, a Marciana foi batizada no dia 20/06/1866 filha de natural de Henriqueta, e posteriormente a Silvaria batizada no dia 05/10/1868 filha natural de Rivirina. Um outro fator que observamos, está ligado a idade dos batizados,onde encontramos 15 escravizados, e dos 15 registros, 4 tratavam-se de crianças com idade de até 2 meses, o que nos leva a perceber que as datas de batismo eram marcadas não muito depois do nascimento da criança, inserindo-a rapidamente ao modelo da vida cristã, como o caso de João, batizado com 28 dias em 03/04/1870, filho natural de Bebiana, ambos escravos de Belchior Martires Pereira e Benedito. Nos demais casos analisados não constam o

8 status da criança batizada, porém não é equivoco especular que os demais também tratavam-se de menores, Santos (2004) trabalha a importância que o documento de batismo representava na sociedade oitocentista observando que: O sacramento do batismal marca a entrada no mundo cristã e o registro de batismo era o documento que oficializava a existência das pessoas, por este motivo era necessário que o ritual acontecesse enquanto a criança estivesse nova. Todavia, o registro de batismo ia além de um documento eclesiástico, ele também era um documento social, pois trazia várias informações sobre o indivíduo, a sua família e os padrinhos. (SANTOS, 2004, p.110) Com base nesta explicação, posta por Santos (2004), buscamos compreender a importância documental para os moradores da antiga Comarca de Porto Seguro. Nessa medida, buscamos extrair os seguintes dados: data do batismo, nome dos batizados, sexo, nação, idade, cor, mãe, status da mãe, nação da mãe, status da criança, pai, local de batismo, madrinha, padrinho, proprietário do batizado, proprietário dos padrinhos, nome do vigário e a freguesia, deixando espaço para possíveis observações que podem aparecer ao longo da documentação. Compreender esta relação familiar é fundamental pra entender como se davam os jogos de poder e resistência no contexto social, nos diferentes grupos que compunham a sociedade da vila de Belmonte. Neste jogo de articulações, o que foi possível perceber através da análise documental está ligado à escolha dos padrinhos, onde fica evidente que em nenhum dos casos a escolha dos padrinhos dos escravos se tratava de outro escravo e sim de pessoas de bens.em um dos casos percebemos a presença do Manoel Antônio da S. Amorim em mais de um momento,aparecendo tanto no papel de padrinho, onde ele foi padrinho da escrava Maria cativa de Antônio Joaquim de Santa Anna, e em outro momento o próprio Manoel Antônio da S. Amorim, em mais dois momentos enquanto senhor das escravas Rovirina e Henriqueta, ambos os casos ocorreram em datas diferentes.

9 Neste contexto da escravidãofica evidente que o parentesco simbólico se trava de uma aliança necessária à família, não estava ligada simplesmente em laços sanguíneos, Reis(2007) discute em alguns momentos de sua tese a relação de compadrio em uma perspectiva de solidariedade e articulação de resistência entre os libertos, que necessitavam desta aliança para proteger e se articular dentro da sociedade, e os escravizados que lutavam para comprar sua própria alforria ou ajudar na libertação de parentes. Entender como se deu as articulações para se conquistar a tão sonhada liberdade é importante para se compreender como as alianças de compadrio foram travadas, para suprir o interesse tanto dos cativos, como dos libertos e dos próprios senhores de escravos.as leituras sobre o cotidiano escravista contribuem de forma significativa para percebermos que as articulações eram essenciais para sobrevivência destes sujeitos que compunham a sociedade tanto na condição de cativos como os libertos. No Brasil, o compadrio foi um ritual bastante praticado tanto por livres como por escravos e trata-se de uma herança da cultura ibérica. Através do ritual do batismo, a família era ampliada pelos laços espirituais. (SANTOS, 2004, p.109) Nesta relação de solidariedade entre os escravizados e os libertos que se articulavam para se proteger e fortalecer, é valido compreender os interesses envoltos neste ritual dos senhores de escravos que marcava um selo de tutela sobre o senhor e seu escravizado. As Constituições primeiras do Arcebispado da Bahia 6, ajudam a compreender como as leis baseadas nos preceitos da Igreja Católica tinham forte influência na formação dos laços familiares entre os cativos, acentuando que pelas Constituições Primeiras os 6 Constituições primeiras do Arcebispado da Bahia feitas, e ordenadas pelo Illustrissimo, e Reverendissimo Senhor D. Sebastião Monteiro da Vide : propostas, e aceitas em o Synodo Diocesano, que o dito Senhor celebrou em 12 de junho do ano de 1707.

10 senhores de escravos tinham por obrigação o ensino da doutrina cristã, e o batismo tinha grande peso dentro das regulamentações. Foi possível perceber durante a análise dos registros de batismo ( ), a existência de medidas para burlar a lei no momento do batismo, percebemos que dos 15 casos registrados, 6 ao invés de ter a madrinha como manda a regulamentação foram batizados, ora sob a proteção de Nossa Senhora, ora sob o patrocínio de Nossa Senhora do Carmo, ações que não eram permitidas dentro das Constituições Primeiras do Arcebispado, onde quem deve arcar com os gastos do batismo são os padrinhos em questão. Não é equívoco pontuar que a escolha dos padrinhos por parte do senhor se dava na escolha de padrinhos que tivessem condições, para arcar com tais gastos. Em suma, a relação de compadrio ainda não se tem estudos que focalizem o tema de forma mais objetiva, sistemática, e sim referências parciais em obras que tratam de temas mais amplos. Nesta perspectiva, a captação de informações contidas principalmente nas obras de Mattoso (1992), Cunha (2004) e Reis (2007),nos serviu para pensar como a relação de compadrio era posta em diferentes regiões.acentuando alguns aspectos da experiência familiar dos indivíduos, cabe observar que a pesquisa ainda está em andamento. Referências Mattoso,Katia M. de Queirós. Bahia Século XIX: Uma província no império -ed. Nova Fronteira S.A/Rio de Janeiro1992. REIS, Isabel Cristina Ferreira dos: A família negra no tempo da escravidão: Bahia, Campinas, SP: [s. n.], SANTOS, Joceneide Cunha dos. Entre farinhas procissões e famílias: a vida de homens e mulheres escravos em Largato, Província de Sergipe ( )/Salvador- BA Schwartz, Stuart. Segredos Internos: engenhos e escravos na sociedade colonial. São Paulo: Companhia das Letras,

11 BURKE, Peter. A escrita da História: Novas perspectivas. São Paulo: EDITORA UNESP, LE GOFF, Jacques. DocZumento/monumento, In,Historia e memória. Tradução de Irene Ferreira, Bernardo Leitão, Suzana Ferreira Borges. 5. ed. Campinas, SP: UNICAMP, CANCELA, Francisco Eduardo Torres. De projetos a processo colonial: índios, colonos e autoridades régias na colonização reformista da antiga Capitania de Porto Seguro ( ) / - Salvador f.:il. Orientadora: Profª Maria Hilda BaqueiroParaís. Genioso

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