RETRATO DO SETOR DE SERVIÇOS NÃO FINANCEIROS NO BRASIL NO PERÍODO 2008 A 2012, SEGUNDO A PAS/IBGE
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- Catarina Barros Lopes
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1 RETRATO DO SETOR DE SERVIÇOS NÃO FINANCEIROS NO BRASIL NO PERÍODO 28 A 212, SEGUNDO A PAS/IBGE Ulisses Pereira Ribeiro 1 RESUMO Este trabalho teve como objetivo apresentar um breve retrato do setor de serviços da economia brasileira no período de 28 a 212 com base nos dados do IBGE referentes à Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 28 e PAS 212. Revelou-se que o número de empresas formais existentes no setor de serviços da economia brasileira cresceu expressivamente. Além desse indicador, o emprego registrado pelas empresas também teve comportamento importante, crescendo quase % durante o período. Estes dois aspectos talvez tenham relação com os incentivos governamentais à formalização de empresas e empregos ocorridos durante o período. Este paper tem como objetivo apresentar um breve resumo do retrato do setor de serviços da economia brasileira no período de 28 a 212. A base de dados utilizada para a consecução do trabalho foi a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) dos anos 28 e 212, publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Vale informar que a PAS 212 é a publicação mais recente da pesquisa. Com base na comparação dos dados das duas pesquisas, o número de empresas formais existente no setor de serviços da economia brasileira totalizou empresas, um total 31,4% maior que o número existente em 28 (Tabela 1). O emprego registrado por essas empresas 29,9%, passando de, aproximadamente, 9,2 milhões de postos de trabalho, em 28, para mais de 11,9 milhões de postos. Talvez esses números tenham relação com os incentivos governamentais à formalização de empresas e empregos ocorridos durante o período. Mesmo não sendo possível comparar valores nominais, vale destacar que no intervalo de quatro anos estudado, o total de receitas líquidas geradas pelo setor em Professor da disciplina análise econômica. Doutorando em Desenvolvimento Regional e Urbano, mestre em Geografia, graduado em Ciências Econômicas.
2 alcançou um total de R$ 1,1 trilhões, enquanto em 28 tinha sido R$ 68 bilhões. O Valor Adicionado Bruto passou de RS 376, bilhões para R$ 67, bilhões e os salários pagos passou de R$ 128, bilhões para R$ 227, bilhões. Tabela 1 - Brasil - Comparativo do número de empresas, pessoal ocupado, salários, retiradas e outras remunerações, Valor Adicionado Bruto e Receitas Líquidas da PAS 212 e PAS 28. PESQUISA Nº de empresas Pessoal ocupado 2 Salários 1 VAB 1 Rec. Líquidas 1 Nº (%) Nº (%) PAS R$ 128, R$ 376, R$ 68, 31,4% 29,9% PAS R$ 227, R$ 67, R$ 1., Nota1: Valores nominais em R$ bilhões. Nota2: Pessoal ocupado em mil pessoas. Fonte: IBGE, PAS, 28 e 212. A análise por segmento do setor de serviços constatou que os serviços profissionais, administrativos e complementares, atividades imobiliárias e outros serviços passaram a ter maior participação no cômputo total do setor. Enquanto que segmentos com maior peso relativo nesse indicador como os serviços prestados diretamente às famílias e transportes, serviços auxiliares de transporte e correio perderam participação relativa (tabela 2 e gráfico 1). Tabela 2 - Brasil - Participação dos segmentos de serviços no número de empresas prestadoras dos serviços não financeiros Evolução Segmentos de serviços (%) (%) (%) Serviços prestados às famílias 33,3 31,8-4, Serviços profissionais, administrativos e complementares 28,3 31,3,6 Transportes, serviços auxiliares de transportes e correio 14,6 13,7-6,2 Manutenção e reparação 9,8 9,1-7,1 Serviços de informação e comunicação 8,4 7,8-7,1 Outros serviços 3 3,2 6,7 Atividades imobiliárias 2,6 3,1 19,2 A análise por segmento do setor de serviços constatou que os serviços profissionais, administrativos e complementares, atividades imobiliárias, serviços prestados
3 diretamente às famílias e transportes, serviços auxiliares de transporte e correio permaneceram sendo os principais segmentos no que se refere a ocupação de mão de obra (gráfico 2). Gráfico 1 - Brasil - Participação dos segmentos de serviços no número de empresas prestadoras dos serviços não financeiros ,3 31,8 31,3 28, ,6 13,7 9,8 9,1 8,4 7,8 3 3,2 2,6 3,1 Gráfico 2 - Brasil - Participação dos segmentos de serviços na ocupação de pessoal pelas empresas prestadoras dos serviços não financeiros ,2 21, 39, 41 22,1 2,9 3,8 3,4 7,9 7,8 4,3 3,9 1,2 1,
4 No que se refere à geração de receita líquida, os principais setores foram em ordem decrescente transportes, serviços auxiliares de transporte e correio, serviços profissionais, administrativos e complementares e serviços de informação e comunicação (gráfico 3). Esses três setores também foram os mais importantes na geração de valor adicionado bruto, conforme demonstrado no gráfico 4. Gráfico 3 - Brasil - Participação dos segmentos de serviços na geração de receita operacional líquida pelas empresas prestadoras dos serviços não financeiros ,3 8, ,2 26,8 27,8 1,6 1,6 29,9,6 4,8,2 1,9 2,6 Nota: Inclui subvenções, dotações orçamentárias recebidas de governos, transferências de recursos e transferências financeiras para empresas públicas. Gráfico 4 - Brasil - Participação dos segmentos de serviços na geração de valor adicionado bruto pelas empresas prestadoras dos serviços não financeiros
5 3 2 31,6 33,6 24,6 24,2,1 21, 1 8,2 9,8 1,8 1,7 6,1,8 2,6 3, Nota: Valor Adicionado Bruto = Valor Bruto da Produção - Consumo Intermediário. CONCLUSÕES Este trabalho teve como objetivo apresentar um breve retrato do setor de serviços da economia brasileira no período de 28 a 212 com base nos dados da, PAS 28 e PAS 212. Revelou-se que o número de empresas formais existentes no setor de serviços da economia brasileira cresceu expressivamente. Além desse indicador, o emprego registrado pelas empresas também teve comportamento importante, crescendo quase % durante o período. Estes dois aspectos talvez tenham relação com os incentivos governamentais à formalização de empresas e empregos ocorridos durante o período. REFERÊNCIAS IBGE. Pesquisa anual de serviços. 28. Disponível em < Acesso em 2/8/21. IBGE. Pesquisa anual de serviços Disponível em < Acesso em 2/8/21.
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