EVOLUÇÃO DO EMPREGO E IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO PESADA NA ECONOMIA
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- Victor Gabriel Clementino Aldeia
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1 EVOLUÇÃO DO EMPREGO E IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO PESADA NA ECONOMIA Base dados: Outubro 2016 (RAIS/CAGED), 3º Trimestre 2016 (PNAD Contínua) Atualizados em: 25/11/2016
2 Emprego na Construção Out/14 a Out/16 Construção: quedas significativas desde 2014 (em mil postos de trabalho) out/14 out/15 out/16 Variação Out/15 e Out/16 Variação Out/14 e Out/16 PESADA (infraestrutura e montagem) CIVIL (edificações e Instalações) 1, % -30% 2,068 1,864 1,602-14% -23% TOTAL DA CONSTRUÇÃO 3,130 2,751 2,341-15% -25% Emprego Total - BRASIL 49,648 48,673 47,269-3% -5% Fonte: RAIS/CAGED-MTE. Elaboração LCA. Total de empregos Brasil abrange ambos os setores privados e público. A comparação mais precisa seria relativizar exclusivamente com emprego privado. Porém, por incompatibilidade entre as séries RAIS/CAGED e informações CNAE/CBO, esse ajuste, até o presente momento, não é possível. 2
3 Evolução do Emprego Formal na Construção Pesada Mil trabalhadores % % 1% 998-6% % % 8% % % % out-16 Fonte: RAIS/CAGED-MTE. Elaboração: LCA Nº de postos de trabalho em dezembro de cada ano (milhares) 3
4 Evolução do Emprego Formal na Construção Pesada Forte queda da atividade econômica afeta o setor de Construção O Brasil sofreu, nos últimos 24 meses (entre out/2014 e out/2016), redução de 2,38 milhões de postos de trabalho. Destes, 788 mil postos (33,1%) foram perdidos na construção em geral (pesada + edificações e instalações). Somente na construção pesada perderam-se 322,7 mil postos nos últimos 24 meses, ou seja, 13,6% do total das perdas do país. 4
5 Qual a dimensão disto? O setor da construção pesada representava 2,1% do total de empregos do país¹ e respondeu por 13,6% da redução de postos de trabalho nos últimos 2 anos. 2,1% vs. 13,6%!!! ¹ Em outubro de Participação caiu para 1,6% em outubro de
6 Milhares Informalidade no setor Houve aumento do emprego informal na construção A taxa de informalidade subiu de 25,8% para 34,2% entre set/2014 e set/2016 por queda do emprego formal e por aumento do informal* Trabalhadores Informais ,8% set-14 dez-14 mar-15 jun-15 set-15 dez-15 mar-16 jun-16 set-16 Edificações Infraestrutura Fonte: PNAD Contínua, RAIS/CAGED, IBGE. Elaboração LCA. Dados PNAD podem apresentar divergências em relação aos dados RAIS/CAGED. * Valores de emprego informal não consideram trabalhadores de Serviços da Construção Civil e trabalhadores por Conta Própria. 6
7 Emprego informal na Construção 2014 a 2016 Aumento das taxas de informalidade no setor (em mil postos de trabalho) set/14 set/15 set/16 PESADA (infraestrutura e montagem) Tx. Informalidade set/14 Tx. Informalidade set/ % 14% CIVIL (edificações e Instalações) 1,321 1,627 1,560 39% 49% TOTAL DA CONSTRUÇÃO 1,453 1,743 1,682 26% 34% Emprego Total - BRASIL 10,008 9,606 9,203 17% 16% Fonte: PNAD Contínua, RAIS/CAGED, IBGE. Elaboração LCA. * Não considera trabalhadores por conta própria. 7
8 PIB construção civil (Bilhões R$ 2015) Construção Civil representa 6,1% do PIB e respondeu por 10,7% da queda do PIB Brasil em 2015: 6,1% vs. 10,7%!!! Variação PIB Construção Civil - R$ Bilhões de Var. % 4,9% R$12 7,0% R$18 13,1% R$35 8,2% R$25 3,2% 4,5% R$10 R$15-0,9% -4,3% -7,6% R$(3) R$(27) R$(7) º Sem 2016 Fonte: IBGE. Elaboração: LCA 8
9 Multiplicadores: impactos sobre a cadeia produtiva Políticas públicas na Construção Pesada impactam diversos setores Ofertantes de Insumos Construção Pesada Demandantes de Produtos Exemplos: Produtos de minerais não-metálicos; Tintas; Cimento; Serviços. Exemplos: Indústria, Comércio, Transporte 9
10 Multiplicadores dos investimentos na Construção Pesada R$ 1 milhão investido na produção do setor de Construção Pesada R$ 1,6 milhão de valor adicionado 56 ocupações R$ 538 mil em salários Incremento marginal no PIB gerado por efeitos diretos, indiretos e renda Aumento no total de pessoas ocupadas, ao longo de um ano Acréscimo de massa salarial Elaboração: LCA com base nos dados das Contas Nacionais e PAIC IBGE (2009) 10
11 Aumentos na produção do setor de Construção Pesada possuem reflexos praticamente em todos os outros setores econômicos do País R$ 173 mil R$ 105 mil Serviços imobiliário s e aluguel R$ 92 mil Intermed. financeira e seguros Transporte, armazenage m e correio R$ 68 mil Comércio Construção Pesada R$ 1 Milhão Produtos de minerais não-etálicos R$ 60 mil R$ 1 milhão Demais 49 setores Refino de petróleo e coque R$ 19 mil Alimento s e Bebidas Serviços prestados às empresas R$ 57 mil R$ 26 mil Elaboração: LCA com base nos dados das Contas Nacionais e PAIC IBGE (2009) 11
12 Investimentos no setor de Construção Os investimentos dos governos estaduais e federal diminuíram significativamente em Redução na ordem de R$ 60 bilhões e -7,6% do PIB Construção. Queda de 30%¹ nos desembolsos do BNDES devem gerar impactos negativos adicionais. Investimentos no setor de Construção como percentual do PIB 6,0% 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% 0,0% jul-07 jul-08 jul-09 jul-10 jul-11 jul-12 jul-13 jul-14 jul-15 jul-16 Fonte: Tesouro Nacional e Secretaria da Fazenda *: MS sem dados para o 6ºbim 2015 e Dados reais Ago/16. ¹: Desembolsos em infraestrutura (dados reais para set/16): 43,56 bi em 2014 vs 37,69 bi em Desembolsos totais: 207,4 bi em 2014 vs 146,5 bi em
13 Investimentos no setor de Construção A perda de investimentos de R$ 60 bilhões gera um impacto na economia de: PRODUÇÃO (R$) VALOR ADICIONADO (PIB) (R$) OCUPAÇÃO (unidades, por 1 ano) IMPOSTOS (R$) - R$ 235,0 bilhões - R$ 94,0 bilhões - 2,3 milhões - R$ 13,0 bilhões Equivalente ao PIB de Brasília Equivalente ao PIB de Belo Horizonte Equivalente à população de Belo Horizonte Equivalente ao PIB de Mogi das Cruzes Nota: em valores de Elaboração: LCA com base nos dados das Contas Nacionais e PAIC IBGE (2009) Perdas significativas de produção, emprego e renda, por representar um setor com tamanho significativo na economia e apresentar efeitos encadeados relevantes para toda a economia. 13
14 Construção Pesada: efeitos de longo prazo na economia Retração de grandes obras interrompe atividade econômica em diversos níveis, com forte impacto na evolução econômica ao longo do tempo Custo de Logística no Brasil: 15,4% do PIB Redução para nível do Canadá (9%) implicaria redução de R$ 279 bi nos custos¹ Elaboração: LCA, com base em Haddad et al., Impactos Socieconômicos de Grandes Investimentos em Transportes no Estado do Pará (2011); ¹ Estudos internacionais compilados pela Boston Logistics Group (2012) 14
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