DIREITO TRIBUTÁRIO II

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1 Coleção CONPEDI/UNICURITIBA Vol. 19 Organizadores Prof. Dr. Orides Mezzaroba Prof. Dr. Raymundo Juliano Rego Feitosa Prof. Dr. Vladmir Oliveira da Silveira Profª. Drª. Viviane Coêlho de Séllos-Knoerr Coordenadores Prof. Dr. José Querino Tavares Neto Prof. Dr. Raymundo Juliano Rego Feitosa DIREITO TRIBUTÁRIO II 2014 Curitiba

2 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE Nossos Contatos São Paulo Rua José Bonifácio, n. 209, cj. 603, Centro, São Paulo SP CEP: Acesse: www. editoraclassica.com.br Redes Sociais Facebook: Twittter: EDITORA CLÁSSICA Conselho Editorial Allessandra Neves Ferreira Alexandre Walmott Borges Daniel Ferreira Elizabeth Accioly Everton Gonçalves Fernando Knoerr Francisco Cardozo de Oliveira Francisval Mendes Ilton Garcia da Costa Ivan Motta Ivo Dantas Jonathan Barros Vita José Edmilson Lima Juliana Cristina Busnardo de Araujo Lafayete Pozzoli Leonardo Rabelo Lívia Gaigher Bósio Campello Lucimeiry Galvão D597 Direito tributário II Coleção Conpedi/Unicuritiba. Organizadores : Orides Mezzaroba / Raymundo Juliano Rego Feitosa / Vladmir Oliveira da Silveira / Viviane Coêlho Séllos-Knoerr. Coordenadores : José Querino Tavares Neto / Raymundo Juliano Rego Feitosa. Título independente - Curitiba - PR. : vol.19-1ª ed. Clássica Editora, p. : ISBN Cidadania fiscal dignidade humana. 2. Política tributária. I. Título. CDD Luiz Eduardo Gunther Luisa Moura Mara Darcanchy Massako Shirai Mateus Eduardo Nunes Bertoncini Nilson Araújo de Souza Norma Padilha Paulo Ricardo Opuszka Roberto Genofre Salim Reis Valesca Raizer Borges Moschen Vanessa Caporlingua Viviane Coelho de Séllos-Knoerr Vladmir Silveira Wagner Ginotti Wagner Menezes Willians Franklin Lira dos Santos Equipe Editorial Editora Responsável: Verônica Gottgtroy Capa: Editora Clássica

3 XXII ENCONTRO NACIONAL DO CONPEDI/ UNICURITIBA Centro Universitário Curitiba / Curitiba PR MEMBROS DA DIRETORIA Vladmir Oliveira da Silveira Presidente Cesar Augusto de Castro Fiuza Vice-Presidente Aires José Rover Secretário Executivo Gina Vidal Marcílio Pompeu Secretário-Adjunto Conselho Fiscal Valesca Borges Raizer Moschen Maria Luiza Pereira de Alencar Mayer Feitosa João Marcelo Assafim Antonio Carlos Diniz Murta (suplente) Felipe Chiarello de Souza Pinto (suplente) Representante Discente Ilton Norberto Robl Filho (titular) Pablo Malheiros da Cunha Frota (suplente) Colaboradores Elisangela Pruencio Graduanda em Administração - Faculdade Decisão Maria Eduarda Basilio de Araujo Oliveira Graduada em Administração - UFSC Rafaela Goulart de Andrade Graduanda em Ciências da Computação UFSC Diagramador Marcus Souza Rodrigues

4 Sumário APRESENTAÇÃO... ACESSO À INFORMAÇÃO E CIDADANIA FISCAL (Debora Bezerra de Menezes Serpa Maia)... INTRODUÇÃO... CIDADANIA FISCAL NA DEMOCRACIA SEMIDIRETA... O ACESSO À INFORMAÇÃO E A CIDADANIA FISCAL NA ERA DIGITAL... CONCLUSÃO... REFERÊNCIAS... CIDADANIA FISCAL E DESENVOLVIMENTO: A ERRADICAÇÃO DA POBREZA COMO OBJETIVO DA REPÚBLICA (Rodrigo Lucas Carneiro Santos e Ana Paula Basso)... INTRODUÇÃO... CIDADANIA COMO FUNDAMENTO DA REPÚBLICA... DEVER FUNDAMENTAL DE PAGAR IMPOSTOS E CIDADANIA... CONEXÕES ENTRE CIDADANIA E JUSTIÇA FISCAL NA ERRADICAÇÃO DA POBREZA... CONSIDERAÇÕES FINAIS... REFERÊNCIAS... A TRIBUTAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE CONCRETIZAÇÃO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA EM FACE DO DESENVOLVIMENTO (Terezinha de Oliveira Domingos e Leandro Reinaldo da Cunha)... INTRODUÇÃO... A QUESTÃO TRIBUTÁRIA EM FACE DO DESENVOLVIMENTO HUMANO... A POLÍTICA TRIBUTÁRIA COMO INSTRUMENTO DE CONCRETIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO... O TRIBUTO COMO UM DEVER E COMO UM DIREITO... DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E TRIBUTAÇÃO... CONCLUSÃO... REFERÊNCIAS... O FUTURO DO ESTADO SOB A ÓTICA DA SOLIDARIEDADE SOCIAL TRIBUTÁRIA (Joacir Sevegnani e Marcos Leite Garcia)... INTRODUÇÃO... NOÇÃO DE ESTADO E OS SEUS FINS

5 CONSIDERAÇÕES SOBRE A TRIBUTAÇÃO... CONTRIBUTO DA SOLIDARIEDADE SOCIAL TRIBUTÁRIA PARA O FUTURO DO ESTADO... CONSIDERAÇÕES FINAIS... REFERÊNCIAS... GLOBALIZAÇÃO, DIREITO TRIBUTÁRIO E DESENVOLVIMENTO: TENSÕES ENTRE DIREITO E POLÍTICA NO PERCURSO DO ACORDO PARA TROCA DE INFORMAÇÕES TRIBUTÁRIAS ENTRE BRASIL E ESTADOS UNIDOS (Frederico Silva Bastos)... INTRODUÇÃO... A ORIGEM DOS ACORDOS PARA TROCA DE INFORMAÇÕES EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA E A ESCOLHA DO MODELO BRASILEIRO... O DEBATE POLÍTICO E AS QUESTÕES JURÍDICAS ENVOLVENDO O ACORDO PARA TROCA DE INFORMAÇÕES TRIBUTÁRIAS ENTRE BRASIL E ESTADOS UNIDOS... CONCLUSÃO... REFERÊNCIAS... GLOBALIZAÇÃO, NEOLIBERALISMO E A NOVA ORDEM TRIBUTÁRIA (Willame Parente Mazza)... INTRODUÇÃO... O CONTEXTO DA SOBERANIA NO MUNDO GLOBALIZADO... UM BREVE ESBOÇO SOBRE A GLOBALIZAÇÃO... AS TRANSFORMAÇÕES TRIBUTÁRIAS NO ÂMBITO DA GLOBALIZAÇÃO... CONCLUSÃO... REFERÊNCIAS... A IMPORTÂNCIA DE UM PROCESSO HERMENÊUTICO ADEQUADO NA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DOS LIVROS COMO FORMA DE BUSCAR O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (Luiz Gustavo Levate e Paulo Adyr Dias do Amaral)... INTRODUÇÃO... INTERPRETAÇÃO NO DIREITO CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO... INTERPRETAÇÃO HISTÓRICO-EVOLUTIVA: SOCIEDADE MODERNA PROBLEMAS ANTIGOS... A CONSIDERAÇÃO DO ELEMENTO TELEOLÓGICO A QUESTÃO DOS VALORES... CONJUGAÇÃO DO MÉTODO HISTÓRICO-EVOLUTIVO COM A INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA... A EDUCAÇÃO E OS PILARES DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL... POR QUE MOTIVO A ESPERANÇA DE LIBERDADE REPOUSA SOBRE O PODER JUDICIÁRIO?... JURISPRUDÊNCIA... CONCLUSÃO

6 REFERÊNCIAS... A INCONSTITUCIONALIDADE DA INTERPRETAÇÃO TAXATIVA DA LISTA DE DOENÇAS GRAVES PARA ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA (Marcelo Luiz Hille e Paul Jürgen Kelter)... INTRODUÇÃO... DIREITO FUNDAMENTAL À SAÚDE E DIGNIDADE HUMANA... ISONOMIA E CAPACIDADE CONTRIBUTIVA... RESERVA DO POSSÍVEL EM RELAÇÃO À SAÚDE... A ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA... POLÍTICAS PÚBLICAS... CONCLUSÃO... REFERÊNCIAS... A INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA EM MATÉRIA DE ISENÇÃO TRIBUTÁRIA RELACIONADA À PRESERVAÇÃO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. UMA TENTATIVA DE DESCONSTRUÇÃO DO ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL PREDOMINANTE À LUZ DAS LIÇÕES DE ALEXY E DWORKIN (Thiago Antonio Nascimento Diniz)... INTRODUÇÃO... LEI 7.713/1998 NORMA DE ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA E O CASO SOB EXAME... DO POSICIONAMENTO JURISPRUDENCIAL (STJ E STF) PREVALÊNCIA DE INTERPRETAÇÃO LITERAL PARA NORMA DE ISENÇÃO TRIBUTÁRIA... EXAME DA DECISÃ À LUZ DAS TEORIAS DE ALEXY E DWORKIN... CONCLUSÃO... BIBLIOGRAFIA... A OMISSÃO INCONSTITUCIONAL DO CONGRESSO NACIONAL NA REGULAMENTAÇÃO DO FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS E O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (Armando Zanin Neto e José Luiz Crivelli Filho)... INTRODUÇÃO... A AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO... BREVE ESCORÇO HISTÓRICO DO FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS... CONSIDERAÇÕES FINAIS... REFERÊNCIAS... FEDERALISMO FISCAL: DISTRIBUIÇÃO DE RECEITAS E A ISENÇÃO DE TRIBUTOS QUE COMPÕEM A RECEITA DE OUTROS ENTES POLÍTICOS (Renan Moreira de Norões Brito e Dra. Maria Lírida Calou de Araújo e Mendonça)... INTRODUÇÃO

7 FEDERALISMO FISCAL... A CONSTITUIÇÃO FEDERAL E AS MANIFESTAÇÕES DO FEDERALISMO FISCAL... A CONGRUÊNCIA DOS DISPOSITIVOS QUE REGULAM O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL... CONCLUSÃO... REFERÊNCIAS... A DESONERAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES E O REMICEX: POSSIBILIDADE DE EVASÃO TRIBUTÁRIA DE ICMS E INVASÃO DE COMPETÊNCIA (Fernanda Mara de Oliveira Macedo Carneiro Pacobahyba e Tânia Luíza Calou de Araújo e Mendonça)... INTRODUÇÃO... A POLÍTICA DE COMÉRCIO EXTERIOR E A NECESSÁRIA DESONERAÇÃO TRIBUTÁRIA DAS EXPORTAÇÕES... A ATUAÇÃO FEDERAL NA DESONERAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES: O REGIME DE ENTREGA DE EMBALAGENS NO MERCADO INTERNO EM RAZÃO DA COMERCIALIZAÇÃO A EMPRESA SEDIADA NO EXTERIOR (REMICEX)... A INAPLICABILIDADE DO REMICEX AO ICMS: INDUÇÃO À EVASÃO E INVASÃO DE COMPETÊNCIA DO ENTE FEDERAL... CONSIDERAÇÕES FINAIS... REFERÊNCIAS

8 Caríssimo(a) Associado(a), Apresento o livro do Grupo de Trabalho Direito Tributário II, do XXII Encontro Nacional do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Direito (CONPEDI), realizado no Centro Universitário Curitiba (UNICURUTIBA/PR), entre os dias 29 de maio e 1º de junho de O evento propôs uma análise da atual Constituição brasileira e ocorreu num ambiente de balanço dos programas, dada a iminência da trienal CAPES-MEC. Passados quase 25 anos da promulgação da Carta Magna de 1988, a chamada Constituição Cidadã necessita uma reavaliação. Desde seus objetivos e desafios até novos mecanismos e concepções do direito, nossa Constituição demanda reflexões. Se o acesso à Justiça foi conquistado por parcela tradicionalmente excluída da cidadania, esses e outros brasileiros exigem hoje o ponto final do processo. Para tanto, basta observar as recorrentes emendas e consequentes novos parcelamentos das dívidas dos entes federativos, bem como o julgamento da chamada ADIN do calote dos precatórios. Cito apenas um dentre inúmeros casos que expõem os limites da Constituição de Sem dúvida, muitos debates e mesas realizados no XXII Encontro Nacional já antecipavam demandas que semanas mais tarde levariam milhões às ruas. Com relação ao CONPEDI, consolidamos a marca de mais de artigos submetidos, tanto nos encontros como em nossos congressos. Nesse sentido é evidente o aumento da produção na área, comprovável inclusive por outros indicadores. Vale salientar que apenas no âmbito desse encontro serão publicados 36 livros, num total de 784 artigos. Definimos a mudança dos Anais do CONPEDI para os atuais livros dos GTs o que tem contribuído não apenas para o propósito de aumentar a pontuação dos programas, mas de reforçar as especificidades de nossa área, conforme amplamente debatido nos eventos. Por outro lado, com o crescimento do número de artigos, surgem novos desafios a enfrentar, como o de (1) estudar novos modelos de apresentação dos trabalhos e o de (2) aumentar o número de avaliadores, comprometidos e pontuais. Nesse passo, quero agradecer a todos os 186 avaliadores que participaram deste processo e que, com competência, permitiramnos entregar no prazo a avaliação aos associados. Também gostaria de parabenizar os autores 8

9 selecionados para apresentar seus trabalhos nos 36 GTs, pois a cada evento a escolha tem sido mais difícil. Nosso PUBLICA DIREITO é uma ferramenta importante que vem sendo aperfeiçoada em pleno funcionamento, haja vista os raros momentos de que dispomos, ao longo do ano, para seu desenvolvimento. Não obstante, já está em fase de testes uma nova versão, melhorada, e que possibilitará sua utilização por nossos associados institucionais, tanto para revistas quanto para eventos. O INDEXA é outra solução que será muito útil no futuro, na medida em que nosso comitê de área na CAPES/MEC já sinaliza a relevância do impacto nos critérios da trienal de 2016, assim como do Qualis 2013/2015. Sendo assim, seus benefícios para os programas serão sentidos já nesta avaliação, uma vez que implicará maior pontuação aos programas que inserirem seus dados. Futuramente, o INDEXA permitirá estudos próprios e comparativos entre os programas, garantindo maior transparência e previsibilidade em resumo, uma melhor fotografia da área do Direito. Destarte, tenho certeza de que será compensador o amplo esforço no preenchimento dos dados dos últimos três anos principalmente dos grandes programas, mesmo porque as falhas já foram catalogadas e sua correção será fundamental na elaboração da segunda versão, disponível em Com relação ao segundo balanço, após inúmeras viagens e visitas a dezenas de programas neste triênio, estou convicto de que o expressivo resultado alcançado trará importantes conquistas. Dentre elas pode-se citar o aumento de programas com nota 04 e 05, além da grande possibilidade dos primeiros programas com nota 07. Em que pese as dificuldades, não é possível imaginar outro cenário que não o da valorização dos programas do Direito. Nesse sentido, importa registrar a grande liderança do professor Martônio, que soube conduzir a área com grande competência, diálogo, presença e honestidade. Com tal conjunto de elementos, já podemos comparar nossos números e critérios aos das demais áreas, o que será fundamental para a avaliação dos programas 06 e 07. 9

10 Com relação ao IPEA, cumpre ainda ressaltar que participamos, em Brasília, da III Conferência do Desenvolvimento (CODE), na qual o CONPEDI promoveu uma Mesa sobre o estado da arte do Direito e Desenvolvimento, além da apresentação de artigos de pesquisadores do Direito, criteriosamente selecionados. Sendo assim, em São Paulo lançaremos um novo livro com o resultado deste projeto, além de prosseguir o diálogo com o IPEA para futuras parcerias e editais para a área do Direito. Não poderia concluir sem destacar o grande esforço da professora Viviane Coêlho de Séllos Knoerr e da equipe de organização do programa de Mestrado em Direito do UNICURITIBA, que por mais de um ano planejaram e executaram um grandioso encontro. Não foram poucos os desafios enfrentados e vencidos para a realização de um evento que agregou tantas pessoas em um cenário de tão elevado padrão de qualidade e sofisticada logística e isso tudo sempre com enorme simpatia e procurando avançar ainda mais. Curitiba, inverno de Vladmir Oliveira da Silveira Presidente do CONPEDI 10

11 Apresentação O presente livro é coletânea de artigos apresentados perante o Grupo de Trabalho de Direito Tributário, no XXII Encontro Nacional do CONPEDI, e que versaram sobre cidadania, dignidade da pessoa humana e desenvolvimento. O livro encontra-se dividido em três partes: Cidadania Fiscal, Dignidade da Pessoa Humana e Políticas Tributárias e Desenvolvimento. Na primeira parte do Livro, três trabalhos focam a questão da cidadania fiscal, examinando-a sob múltiplos e distintos aspectos. A coletânea tem início com o trabalho de Débora Bezerra de Menezes Serpa Maia (mestranda em Direito pela Universidade Federal do Ceará), onde a autora aborda a importância do acesso à informação para a efetivação da cidadania fiscal, com ênfase nos mecanismos de controle proporcionados pela evolução tecnológica da Era Digital. Na perspectiva da cidadania fiscal, Rodrigo Lucas Carneiro Santos (acadêmico de Direito no Centro Universitário de João Pessoa -UNIPÊ) e sua orientadora Ana Paula Basso (doutora pela Universidade de Castilla-La Mancha) examinam a erradicação da pobreza como objetivo da República. Segundo os autores, a Constituição brasileira de 1988 ao consagrar o princípio da dignidade da pessoa humana e a cidadania como fundamentos da República, fez com que ambos permeassem todo o ordenamento jurídico, e aí também a disciplina dos tributos. A solidariedade social, no contexto da tributação, como uma possibilidade concreta de contribuição para o fortalecimento do Estado no presente e no futuro é analisada por Joacir Sevegnani (doutorando em Ciência Jurídica pela Universidade do Vale de Itajaí- UNIVALI) e Marcos Leite Garcia (doutor em Direito pela Universidade Complutense de Madri). Esses autores estudam o futuro do Estado sob a perspectiva da solidariedade social tributária, procurando-se demonstrar a relevância da tributação para a concretização do bem comum. 11

12 A segunda parte do Livro é dedicada à dignidade da pessoa humana, com três importantes trabalhos sobre o tema. A tributação como instrumento de concretização da dignidade da pessoa humana em face do desenvolvimento é o fio condutor do trabalho elaborado por Terezinha de Oliveira Domingos (doutora em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e por Leandro Reinaldo da Cunha (doutorando pela mesma Universidade). Segundo os autores, o estudo busca refletir sobre a tributação de tal maneira que haja concretização multidimensional dos Direitos Humanos, com vista à satisfatividade da dignidade da pessoa humana. A dignidade da pessoa humana é também apreciada por Thiago Antônio Nascimento Diniz (mestrando das Faculdades Integradas do Brasil Unibrasil), no artigo A interpretação extensiva em matéria de isenção tributária relacionada à preservação da dignidade da pessoa humana. Uma tentativa de desconstrução do entendimento jurisprudencial predominante, à luz das lições de Alexy e Dworkin. O trabalho analisa, diante de um caso submetido à apreciação do Superior Tribunal de Justiça, a possibilidade de interpretação extensiva à regra de isenção fiscal a aposentados e pensionistas a portadores de patologias incapacitantes além daquelas previstas no inciso XIV do artigo 6.º da Lei 7.713, de 22 de dezembro de 1998, em que pese a determinação expressa do Artigo 111 do Código Tributário Nacional, que prevê a interpretação literal para normas concessivas de benefícios fiscais. A problemática da interpretação das normas que concedem isenção tributária ressurge no artigo de autoria de Marcelo Luiz Hille e de Paul Jürgen Kelter, ambos mestrandos no Centro Universitário de Maringá, sob o título A inconstitucionalidade da interpretação taxativa da lista de doenças graves para isenção do Imposto de Renda. Tendo por objetivo identificar princípios relacionados à dignidade humana e destacar a relevância da promoção de políticas públicas no que tange à saúde, os autores concluem que o aparente choque entre o interesse público na arrecadação de impostos e a proteção constitucional à dignidade humana pelo Estado Democrático de Direito, como analisado no presente estudo, demonstra uma provável solução por meio de política pública para alteração legislativa compreendendo uma 12

13 interpretação extensiva da referida lista de doenças, ou ainda, pela obrigatória atualização daquela, para inclusão de forma constante de novas patologias graves e incuráveis. O enlace entre as políticas tributárias e o desenvolvimento é abordado na terceira parte do Livro, com seis trabalhos. De início, Frederico Silva Bastos (mestrando em Direito pela Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas) discorre sobre Globalização, Direito Tributário e Desenvolvimento: tensões entre direito e política no percurso do acordo para troca de informações tributárias entre Brasil e Estados Unidos. Segundo o autor, que analisou as discussões travadas no âmbito do Congresso Nacional durante a tramitação do mencionado acordo, seu estudo permite compreender algumas tensões, intenções, argumentos e, identificar falhas no processo de aprovação do acordo e de harmonização com o sistema jurídico brasileiro que permearam a discussão legislativa desse instrumento. Globalização, Neoliberalismo e a Nova Ordem Tributária é o trabalho apresentado por Willame Parente Mazza (doutorando em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos). O trabalho pretende mostrar os impactos do novo modelo de globalização, construído a partir de uma concepção neoliberal, sobre a nova ordem tributária. Luiz Gustavo Levate (doutorando pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e Paulo Adyr Dias do Amaral (pós-doutor em Direito pela Universidade Nacional de La Matanza) apresentam o artigo A importância de um processo hermenêutico adequado na imunidade tributária dos livros como forma de buscar o desenvolvimento sustentável. Os autores insistem que a imunidade tributária de livros não pode ser restritiva ao ponto de abranger apenas aqueles impressos. A interface entre o Direito Tributário e o Desenvolvimento Sustentável em seus pilares econômico, social e ambiental vai revelar a necessidade de uma imunidade ampla dos livros em suas diversas modalidades. O Fundo de Participação dos Estados é o foco do trabalho de autoria de Armando Zanin Neto (doutorando em Direito Tributário pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e de José Luiz Crivelli Filho (mestrando em Direito na Universidade de São Paulo), intitulado A 13

14 omissão inconstitucional do Congresso Nacional na regulamentação do Fundo de Participação dos Estados e o Supremo Tribunal Federal. O artigo tem por objetivo analisar a omissão inconstitucional do Congresso Nacional no tocante à regulamentação do referido Fundo mesmo após o vencimento do prazo fixado pelo STF em decisão judicial anteriormente proferida em sede de ADI. Federalismo fiscal: distribuição de receitas e a isenção de tributos que compõe a receita de outros entes políticos é o título do artigo que tem por objetivo verificar se o federalismo fiscal brasileiro é harmônico. Os autores, Renan Moreira de Norões Brito (mestrando na Universidade de Fortaleza) e Maria Lírida Calou de Araújo e Mendonça (pósdoutora em Direito pela Universidade de Santa Catarina) discorrem sobre as incongruências na repartição de receitas tributárias. Finalmente, a coletânea de artigos é encerrada com o trabalho A desoneração das exportações e o Remicex: possibilidade de evasão tributária de ICMS e invasão de competência. Nesse estudo, Fernanda Mara de Oliveira Macedo Carneiro Pacobahyba (mestre em Direito pela Universidade de Fortaleza) e Tânia Luíza Calou de Araújo e Mendonça (graduada em Direito pela mesma Universidade) cuidam do Regime de Entrega de Embalagens no Mercado Interno em Razão da Comercialização a Empresa sediada no Exterior (Remicex), instituído pela União. Esse regime implica a isenção das contribuições para o PIS/PASEP e da COFINS, quando da operação de remessa de embalagens a serem utilizadas no acondicionamento de mercadorias a serem exportadas. As autoras observam que a redação da Instrução Normativa SRF nº 773/2007 peca pela falta de rigor no emprego de termos técnicos, extrapolando a competência federal, que podem induzir o contribuinte ao não recolhimento do ICMS devido. Os trabalhos aqui apresentados, lastreados nas pesquisas realizadas em diversos programas de Pós-Graduação, realçam a importância de se pensar o Direito Tributário como importante instrumento de realização do desenvolvimento e da justiça social, indissoluvelmente ligado à noção de cidadania, com especial apreço à dignidade da pessoa humana. 14

15 Coordenadores do Grupo de Trabalho Professor Doutor José Querino Tavares Neto UFG / UNAERP Professor Doutor Raymundo Juliano Rego Feitosa UFRN 15

16 ACESSO À INFORMAÇÃO E CIDADANIA FISCAL ACCESS TO INFORMATION AND FISCAL CITIZENSHIP Debora Bezerra de Menezes Serpa Maia 1 RESUMO Aborda a importância do acesso à informação para a efetivação da cidadania fiscal, com ênfase nos mecanismos de controle proporcionados pela evolução tecnológica da Era Digital. Identifica os fundamentos da tributação e analisa de que forma o acesso à informação tem implementado a educação fiscal, trazendo, consequentemente, soluções que possam vir a ser implementadas pelo poder público, a fim de se promover não só a conscientização da função dos tributos, mas também a criação de uma cultura de participação democrática, de fiscalização e controle dos recursos advindos da tributação. Estuda algumas das políticas públicas de promoção da Cidadania Fiscal já existentes no Brasil, analisando ainda a recémaprovada Lei /12. Palavras-chave: Informação, Cidadania, Impostos. ABSTRACT Discusses the importance of the access to information for an effective fiscal citizenship, emphasising on control mechanisms provided by the technological evolution in the Digital Age. Identifies the fundamentals of taxation and examines how the access to information has implemented fiscal education, bringing, therefore, solutions that may be implemented by the government in order to promote not only awareness of the role of taxes, but also the creation of a culture of democratic participation, fiscalization and control of the proceeds from taxation. Studies some of the public policies to promote Fiscal Citizenship in Brazil, analyzing even the newly adopted Law /12. Keywords: Information, Citizenship, Taxes. 1 Mestranda em Direito pela Universidade Federal do Ceará. Graduada pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará. Pós-graduanda em Direito e Processo Tributário pela Universidade de Fortaleza. 16

17 1 INTRODUÇÃO Os tributos, há muitos séculos, constituem uma das principais fontes arrecadatórias dos Estados. Essas receitas, por serem oriundas do patrimônio dos cidadãos, sempre geraram certa insatisfação, provocando, em muitos, resistência e indagações acerca da real necessidade do pagamento de impostos e contribuições. Ocorre que, apesar desses questionamentos, que em várias ocasiões na história da humanidade foram estopins para revoluções, a participação da população no controle da destinação dessas arrecadações não tem sido, em muitos países, uma constante. Em verdade, os cidadãos, por falta de consciência política ou até mesmo por encontrarem dificuldades em exercer esse controle social, acabam por não averiguar como se realiza a aplicação das receitas provenientes de tributos, o que dá margem para que os recursos sejam mal aplicados ou ainda desviados da finalidade social. Ademais o desconhecimento da total carga tributária, a exemplo do que ocorre no Brasil, por parte da maior parcela da população, constitui imenso óbice à mobilização da sociedade. Mostra-se, pois, cada vez mais necessária a criação de uma cultura de exercício da cidadania fiscal, através da qual se estimularia, concomitantemente ao processo de conscientização do dever de pagamento dos tributos e de sua importante função social, o exercício da fiscalização da aplicação dos recursos tributários. A relevância da pesquisa demonstra-se pelas seguintes razões: Em primeiro lugar, o tema demonstra ser de suma importância uma vez que, a ideia de cidadania fiscal ainda é incipiente em nosso país. Apesar de ser de conhecimento geral a alta carga tributária brasileira, principalmente quando comparada com a aparente não aplicação desses recursos em prol da sociedade, ainda são poucas as efetivas formas de participação da sociedade no controle da destinação desse dinheiro e na gerência do orçamento público. Ademais, apesar de ser a resistência ao pagamento de tributos celeuma que há séculos existe, a revolução da informática e o crescente acesso à informação acabaram por trazer à tona outros aspectos dessa questão, como, por exemplo, a possibilidade de criar mecanismos de controle da efetiva destinação dos impostos e dos gastos públicos. A importância da temática do acesso à informação como forma de efetivar direitos e deveres do contribuinte é ainda mais sobressaltada com a aprovação da lei /12, a qual garantirá maior transparência no que concerne ao pagamento de impostos sobre o consumo, 17

18 haja vista a obrigatoriedade de discriminação da porcentagem de carga tributária que compõe o preço do produto ou serviço. Essa inovação legislativa permitirá um maior conhecimento por parte da população acerca do pagamento de tributos e, com certeza, terá reflexos sociais e jurídicos que precisarão ser estudados. A educação fiscal pautada no estudo da fundamentação e da função social dos tributos permite aos cidadãos a tomada de consciência acerca do dever de pagar de tributos, bem como da necessidade de fiscalizar esses recursos através de mecanismos de controle social. É essencial que a sociedade entenda a necessidade dos tributos, mas deve-se ter sempre em mente sua real função, para evitar desvios. Ademais, a revolução tecnológica e o acesso à informação não apenas facilitam o exercício do controle social como permitem que diversas políticas públicas, antes difíceis de serem colocadas em prática, sejam desenvolvidas em prol da cidadania fiscal. A fiscalização se torna muito mais fácil se orçamentos e gastos públicos são disponibilizados em sítios da Rede Mundial de Computadores. É o exemplo da Lei de Acesso à Informação. Além disso, projetos como os da nota fiscal solidária e da nota eletrônica promovem a cidadania fiscal na medida em que estimulam a requisição do documento fiscal por parte dos consumidores e inibem a sonegação de impostos. É imprescindível que as políticas públicas sejam acompanhadas da criação de normas que facilitem o controle social. Afinal, não basta que os cidadãos estejam conscientes de seus direitos e deveres, é necessário ainda que o Estado possibilite o exercício da fiscalização, a qual pode ser exercida através de mecanismos como o orçamento participativo e o controle da aplicação de leis, como a lei de Acesso à Informação e a lei de Responsabilidade Fiscal. A metodologia implementada neste trabalho foi, primordialmente, a pesquisa bibliográfica, tendo em vista o caráter iminentemente teórico, consistindo, principalmente na leitura e no exame das obras referenciadas, documentos, tais como legislações nacionais, em especial a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, bem como repertórios de jurisprudência de algum modo relacionados com a temática da cidadania fiscal. Como objetivo, busca-se identificar os fundamentos da tributação e a importância do acesso à informação para a concretização da cidadania fiscal, trazendo, consequentemente, soluções que possam vir a ser implementadas pelo poder público, a fim de se promover não só 18

19 a conscientização da função dos tributos, mas também a criação de uma cultura de fiscalização e controle dos recursos advindos da tributação. 2 CIDADANIA FISCAL NA DEMOCRACIA SEMIDIRETA A democracia surgida nas cidades-estados gregas aproximava-se ao máximo da ideia de exercício do poder diretamente pelo povo, o que, no entanto, tem se tornado de visualização cada vez mais difícil, haja vista a complexidade e extensão dos Estados atuais. Dessarte, a Constituição Federal de 1988, refletindo os anseios da redemocratização, trouxe juntamente com os tradicionais institutos de democracia representativa, alguns instrumentos de participação direta, motivo pelo qual se denomina essa democracia de semidireta 2. Ocorre que a adoção da democracia semidireta no Brasil vem encontrando dificuldades para se consolidar haja vista a própria falta de conscientização da maior parte dos cidadãos, razão por que a utilização desses institutos só será efetiva quando se identificar um adequado nível de politização da sociedade (MENDES, 2007). Nesse momento é que o acesso à informação torna-se essencial para a tentativa de se alcançar uma democracia mais participativa, em que as decisões governamentais se coadunem com a vontade popular, através da aproximação entre população e governo, da diminuição de fronteiras e barreiras, além da facilitação de proliferação de dados e conhecimentos. Dessa forma, será possível alcançar o verdadeiro exercício da cidadania. A cidadania consta no elenco de fundamentos da República Federativa do Brasil, como é possível observar no art. 1º do texto da Constituição Federal de 1988, a qual, não por acaso, é conhecida como Constituição-cidadã. Deve a cidadania ser entendida como o exercício dos direitos políticos, dentre eles o de participar das decisões do Estado por meio do voto, da propositura da ação popular, e de poder usufruir do rol de direitos e garantias previstos na Lei Maior, além do cumprimento de deveres. A cidadania fiscal, por sua vez, demonstra sua importância como forma de participação popular na democracia, estimulando o controle social. Essa ideia de cidadania só será consolidada com a reivindicação ao Poder Público de direitos e garantias presentes na nossa Constituição, com o cumprimento de deveres e com a participação ativa da tomada de 2 Saliente-se, ainda, que, na democracia semidireta, os mecanismos de participação não devem ser limitados apenas aos previstos no texto constitucional. 19

20 decisões. Dessa forma é que se terá uma Constituição que configure mais do que, nos dizeres de Lassale, uma mera folha de papel (GOMES, 2010). O conceito de cidadania fiscal, no entanto, deve ser visto em uma dupla vertente, a qual engloba tanto o conhecimento da fundamentação e da função dos tributos quanto a informação sobre a importância do controle da aplicação dos recursos públicos. É o entendimento de Cruz e Amorim (2010, p. 17): O exercício da cidadania ativa percorre todos os momentos de funcionamento da vida pública. O cidadão deve pagar seus impostos, consciente de que está contribuindo para o bem da coletividade, mas seu dever não termina aí. O cidadão consciente participa de forma ativa das decisões de natureza pública e deve lutar para que se amplie seu poder de participação e de decisão, só assim teremos uma democracia substantiva. Tem-se, pois, que a função precípua dos tributos é a sua aplicação no financiamento das despesas públicas. Faz-se necessária a abordagem, no entanto, do fundamento da exação tributária. Afinal, o binômio despesas-receitas está intimamente relacionado à ideia da figura estatal como proporcionadora do bem comum. É justamente com o escopo de obter meios para atender as necessidades e os desígnios do povo, além de proporcionar a manutenção de seu aparato, que o Estado Fiscal se apropria de recursos produzidos pelos administrados (receitas derivadas). No magistério de Torres (2006, p. 3): Os fins e os objetivos políticos e econômicos do Estado só podem ser financiados pelos ingressos na receita pública. A arrecadação dos tributos (...) constituem o principal item da receita. Smith (1910) já apresentava a divisão de receitas em originárias e derivadas, salientando que estas últimas se faziam necessárias em razão da insuficiência daquelas, sendo necessário, pois, que o povo cedesse parte de sua própria receita para custear as despesas estatais. A ação estatal de tributar (do latim tribuere, distribuir, repartir) refere-se ao ônus distribuído entre os contribuintes (AMARO, 2006). Relata-se que a denominação tributo surgiu em referência aos presentes que os antigos ofereciam aos seus Deuses, como forma de prestar-lhes homenagem. Durante a antiguidade, os tributos estavam intimamente relacionados aos conflitos, sendo aqueles exigidos dos povos vencidos como forma de submissão e de sustento aos exércitos vencedores, ocasião em que passaram os tributos a ter caráter compulsório. 20

21 No Estado Democrático de Direito no qual se vive atualmente, a tributação deixou de ser uma relação de poder e passou a constituir uma relação jurídica regulada pelos ditames legais, em que foi dada legitimidade às contribuições dos cidadãos para a manutenção da máquina estatal. Esse é o magistério de Amaro (2006, pág. 16): Tributo, como prestação pecuniária ou em bens, arrecadada pelo Estado ou pelo monarca, com vistas a atender aos gastos públicos e às despesas da coroa, é uma noção que se perde no tempo e que abrangeu desde os pagamentos, em dinheiro ou bens, exigidos pelos vencedores aos povos vencidos (à semelhança das modernas indenizações de guerra) até a cobrança junto aos próprios súditos, ora sob o disfarce de donativos, ajudas, contribuições para o soberano, ora como um dever ou obrigação. No Estado de Direito, a dívida de tributo estruturou-se como uma relação jurídica, em que a imposição é estritamente regrada pela lei, vale dizer, o tributo é uma prestação que deve ser exigida nos termos previamente definidos pela lei, contribuindo dessa forma os indivíduos para o custeio das despesas coletivas (que, atualmente, são não apenas as do próprio Estado, mas também as de entidades de fins públicos). Ocorre que, para entendermos a relação tributária atual, livre dos aspectos de relação de poder, é mister estarmos cônscios de que a fundamentação da exação está presente no ideal de Estado Democrático de Direito, o qual tem como pressuposto essencial a expressão da Vontade Geral, através da participação dos cidadãos-contribuintes no poder decisório. É esse Estado Democrático de Direito e a consequente presença popular que legitimam que todos suportem o encargo da responsabilidade para o fornecimento dos recursos necessários à concretização das decisões (JUCÁ, 2007). Muito esclarecedor se torna o ensinamento de Machado (2006, p. 53), ao afirmar que a relação tributária é relação jurídica, e não simples relação de poder, o que deve ser rechaçado mormente na concepção de Estado que vigora atualmente. Gutmann (2005, p. 32/33), no entanto, afirma que seria necessária ainda a análise da justiça dos fins, não sendo suficiente a justiça dos meios. Antes de mais nada, a qualidade de um imposto não se esgota na sua justiça. Para que um imposto seja plenamente satisfatório é preciso ainda que seu rendimento seja bom, que ele tenha, eventualmente, um impacto positivo sobre o comportamento dos agentes econômicos, que sua incidência seja limitada, que ele seja fácil de cobrar, que ele não suscite a revolta popular (...). Avaliar a justiça do imposto, não é avaliar a justiça de uma regra de direito ordinário. Está fora de questão, por exemplo, legitimar filosoficamente um imposto simplesmente por constatar que o processo democrático foi respeitado. A justiça procedimental não tem espaço em matéria de filosofia do tributo, porque o espírito está como que imantado pela justiça substancial. Esta justiça substancial, em si mesma, é apreendida através de um duplo prisma: o dos fins (os objetivos perseguidos pela exação), o dos meios (as modalidades que 21

22 definem a divisão e os lançamentos). O prisma e frágil, sem dúvida: por exemplo, o imposto limita a liberdade (é o sacrifício) para aumentar a liberdade (é uma aposta filosófica). Os meios do imposto sustentam, portanto, uma relação complexa com seus fins. A complexidade, no entanto, não impede de distinguir. A justiça dos fins é a grande ausente da maior parte dos debates sobre o imposto. Entretanto, a justiça dos meios não garante a justiça dos fins. Dessarte, buscar o fundamento do tributo nos remete à expressão da Vontade Geral, que, no Estado Democrático de Direito, justifica a exação tributária pela decisão da sociedade, que consentiu em suportar a carga tributária em busca de um fim também justo, in casu, o bem comum. O tributo, então, foi instituído para atender aos desígnios do Estado, fornecendolhe os meios para que esses objetivos fossem alcançados (TAVOLARO, 2010). Assim, desde o princípio da tributação, a atividade de tributação era vista como algo a ser evitado a todo custo, por configurar verdadeira lesão à atividade individual (VIEIRA, 2010). A cidadania fiscal, no entanto, só será efetiva quando se entender a tributação como uma das principais formas de arrecadação de recursos para o Estado, motivo pelo qual esta atividade se mostra imprescindível para a manutenção da máquina estatal e para fomentar o alcance dos objetivos previstos no texto constitucional. Segundo Vieira (2010, p. 144/145): Ao se correlacionar os tributos com a função social do Estado, concretiza-se a função social do tributo, o qual passa a ser entendido não mais como uma mera obrigação do cidadão, mas como preço da cidadania. Por isso, a obrigação de pagar tributos e controlar sua aplicação corresponde a um dever fundamental do cidadão. É uma responsabilidade comunitária dos membros da sociedade. Em outras palavras, a cidadania fiscal impõe o direito/dever de solidariedade recíproca do cidadão para com a manutenção do Estado, sendo o cumprimento do dever de cada um a exigência dos direitos de todos os membros da sociedade. O exercício da cidadania fiscal, pois, em que a tributação seja acompanhada de um controle da destinação dos recursos públicos, pode proporcionar uma sociedade próspera, com cidadãos em situação de vida digna. 3 O ACESSO À INFORMAÇÃO E A CIDADANIA FISCAL NA ERA DIGITAL A denominada Revolução da Informática, surgida a partir da proliferação da Internet e da evolução dos computadores, tem gerado impactos na sociedade em velocidade e proporções nunca antes presenciadas. Greco (2000, p. 16) ressaltou em sua obra a importância da Internet e a revolução que sua invenção trouxe para a sociedade, afirmando que se trata de 22

23 uma revolução mais do que de natureza técnica, revolução ligada ao próprio padrão da civilização ocidental, que está se alterando em sua concepção básica. Essa Revolução, por exemplo, possibilitou uma maior facilidade de acesso às informações, as quais, dentre outros efeitos, trouxerem à tona a discussão da cidadania fiscal, através do desenvolvimento do interesse, por parte da população, sobre as contas públicas e, em especial, sobre a destinação da arrecadação tributária. Sabe-se que o verdadeiro exercício da cidadania fiscal apenas se concretiza com o acesso pela população a informações sobre as formas de arrecadação de receitas, sua destinação e sobre os gastos públicos de forma geral. Para Cruz e Amorim (2010), haja vista a complexidade da sociedade atual, as informações e os conhecimentos disseminados pelos meios de comunicação têm cada vez mais peso, o que demonstra o papel fundamental das novas tecnologias da informação atualmente para o exercício da cidadania fiscal. O mundo digitalizado proporciona, através da Internet e de outros meios de comunicação, que se efetivem meios de controle social antes inimagináveis, como, por exemplo, os portais de transparência, os quais apresentam dados acerca dos gastos públicos acessíveis a qualquer cidadão. Destarte, o acesso à informação inibe desvios dos recursos arrecadados por parte de governantes corruptos, ensejando gestões mais responsáveis. Os sítios eletrônicos que abordem temas de cidadania fiscal possuem ainda a função educativa, permitindo o intercâmbio de informações entre programas de educação fiscal de diversos países. Segundo Rivillas e Vilardebó (2010), os portais na Internet (...) cumprem uma dupla função. Por um lado, sensibilizam sobre a importância da educação fiscal (...). Em segundo lugar, os portais constituem ferramentas de apoio para os docentes. Além do multicitado projeto de lei, outros mecanismos demonstram a importância do acesso à informação para a efetivação da cidadania fiscal. Dentre as principais inovações legislativas sobre o tema, destacam-se as leis de Responsabilidade Fiscal e de Acesso à Informação. A lei de Responsabilidade Fiscal 3, além de estabelecer as diretrizes e regras de finanças públicas a serem seguidas por todos os entes federativos, consagrou o princípio da 3 Lei Complementar nº 101/00 23

24 transparência como pressuposto da gestão fiscal responsável. A transparência consiste no dever, a ser observado pela Administração Pública, de divulgar e prestar de contas de forma clara, objetiva e atualizada, a fim de que o cidadão possa se apropriar das informações, discutir e exigir o que entender de direito (SALES, 2012, p. 06). Posteriormente, em mais uma tentativa de implementar uma gestão fiscal transparente, foi promulgada a lei nº /11, com o escopo de regulamentar o acesso à informação e a transparência na atividade administrativa. Segundo Sales (2012, p. 06): A partir da obrigatoriedade de divulgação dos dados públicos em meios eletrônicos, os 26 (vinte e seis) estados da federação e o Distrito Federal criaram sites para a disponibilização de todas as informações referentes à atividade financeira dos respectivos entes. São os chamados Portais da Transparência. Essas normas, através da imposição de divulgação na Internet dos dados referentes às receitas e gastos públicos, permitem e estimulam o exercício do controle social por parte da sociedade, criando, assim, uma cultura de cidadania fiscal, não se limitando a participação popular no Estado democrático às tradicionais formas previstas constitucionalmente nem ao exercício do voto. Outro aspecto importante no que concerne à promoção da cidadania fiscal, e que vem sendo facilitado pela facilidade de acesso à informação, é a realização de programas pelas Administrações Fazendárias, os quais visam à estimulação da educação fiscal. No Brasil, um dos principais programas de promoção da cidadania e da educação fiscal é o Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF), o qual vem sendo implementado pela Administração Fazendária brasileira desde o início desta década. Na América Latina de forma geral, e em especial em países como Argentina, Uruguai e Peru, as Administrações Tributárias vêm tentando promover, como afirmam Rívillas e Vilardebó (2010), medidas que promovam uma maior consciência cívico-tributária, reservando recursos humanos e materiais para essas atividades. São exemplos de programas de sucesso os espaços criados para crianças em museus argentinos e uruguaios. Deve-se destacar ainda o apoio de diversos organismos internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), aos programas latino-americanos de educação fiscal, o que, juntamente com a cooperação e o intercâmbio de informações entre os próprios países participantes, promoveu o fortalecimento da cidadania fiscal na América Latina. 24

25 Nota-se, pois, que a Administração Fazendária já está caminhando, através de seus projetos, para o desenvolvimento da cidadania fiscal, mas ainda há muito a se desenvolver para que esta alcance uma maior parte da população e realmente se efetive. 3.2 Cidadania Fiscal e Tributação Indireta: Breves comentários à Lei /12 No contexto do conhecimento acerca dos tributos, o qual é de suma relevância para a concretização da cidadania fiscal, devemos salientar a problemática dos denominados tributos indiretos, os quais, em regra, representam, segundo a maior parte da doutrina, um repasse econômico aos consumidores, sem, no entanto, haver, pela maior parte da população, o conhecimento do montante de tributo que incide sobre determinado consumo de bem ou serviço. Destarte, esses tributos indiretos desde os primórdios são exemplos claros da ausência de conhecimento dos cidadãos acerca da exata tributação que sofrem. A preferência pela tributação sobre o consumo justificava-se não somente pela evolução do comércio, mas também por seu aspecto indireto, tendo em vista que ensejavam menos revolta por parte dos contribuintes, uma vez que aqueles que compravam as mercadorias muitas vezes não notavam que os pagavam, por estarem embutidos no seu próprio preço. Esses tributos incidem indiretamente sobre a riqueza externada pelos cidadãoscontribuintes ao utilizarem-na. Ademais, o fato de ser uma cobrança que se dá de maneira quase velada torna a tributação sobre a circulação de mercadorias menos danosa para a figura do Estado Fiscal. Saliente-se que, na classificação tradicional, entende-se que tributo indireto seria aquele devido pelo contribuinte de direito, mas suportado pelo contribuinte de fato, sendo o contribuinte de iure o sujeito passivo da relação jurídica tributária, o qual, contudo, repassa o ônus ao contribuinte de facto, muitas vezes através do aumento do preço do produto. Nesse contexto, torna-se cristalino que se incluiriam nessa classificação os tributos sobre o consumo, haja vista que incidem sobre operação cuja base de cálculo consiste no próprio valor da operação, como é o caso do ICMS, verbi gratia. (MACHADO SEGUNDO, 2011). Em outro giro, denominar-se-iam diretos aqueles tributos em que não houvesse a referida repercussão para figura alienígena à relação tributária, havendo assim a confusão do contribuinte de direito com o de fato. 25

26 Haja vista essa forma de tributação praticamente velada, a Constituição Federal de 1988 dispôs no 5º do art. 150, o qual traz que a lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços, a previsão de criação de lei cujo papel seria o de determinar medidas para o esclarecimento dos consumidores acerca dos impostos incidentes sobre o consumo de mercadoria e serviços. O retrocitado artigo, no entanto, até o ano de 2012 não havia sido regulamentado. A Lei /12, surgida a partir do Projeto de Lei 1.472/07, visa justamente à regulamentação do supracitado artigo constitucional, obrigando a discriminação dos impostos incidentes sobre o consumo de mercadorias e serviços, proporcionando, logo, o esclarecimento da população e, consequentemente, incentivando o exercício da cidadania fiscal. A referida lei determina que, na nota fiscal, em documento equivalente, ou ainda por outros meios, como painéis afixados no estabelecimento, deverá constar o valor aproximado dos tributos federais, estaduais e municipais incidentes. A importância da temática do acesso à informação como forma de efetivar direitos e deveres do contribuinte é ainda mais sobressaltada com a aprovação da supracitada lei, uma vez que esta garantirá maior transparência no que concerne ao pagamento de impostos sobre o consumo, haja vista a obrigatoriedade de discriminação da porcentagem de carga tributária que compõe o preço do produto ou serviço. Essa inovação legislativa permitirá um maior conhecimento por parte da população acerca do pagamento de tributos e, com certeza, terá reflexos sociais e jurídicos que precisarão ser estudados. Por esse motivo, faz-se necessária a análise desta vindoura lei e de outras políticas públicas, para garantir sua efetividade. Espera-se que a discriminação dos impostos presentes no preço do produto ou da prestação de serviços enseje uma maior consciência da população acerca da pesada carga tributária nacional, gerando assim não só o conhecimento da parcela de tributos que compõem os produtos, mas até mesmo uma maior participação política quanto à necessidade de reforma do sistema tributário brasileiro. Aspecto importante da lei que já vem gerando discussões antes mesmo de sua entrada em vigor, a qual só se dará em junho de 2013, refere-se ao rol de tributos que serão discriminados. 26

27 Consoante o art. 1º, 5º da Lei /12, devem ser demonstradas as quantias relativas ao pagamento de ICMS, ISS, IPI, IOF, Imposto de Importação, PIS/Pasep e Cofins/Importação, nesses três últimos casos quando se tratar de produtos cujos insumos ou componentes sejam oriundos de operações de comércio exterior e representem percentual superior a 20% (vinte por cento) do preço da venda, assim como a Cide, incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível. Devem ser divulgados ainda os valores das contribuições previdenciárias de empregados e empregadores, sempre que o pagamento do pessoal constituir item de custo direto do serviço ou produto. Essa determinação se dá mesmo tendo a redação do art. 150 da Constituição Federal se restringindo aos impostos. Contudo, deve-se ter em mente que todos os tributos elencados no supracitado artigo são de extrema importância para a composição do preço do produto ou serviço, podendo restar inócua a disposição constitucional se a lei ordinária se referisse apenas aos impostos, e não aos tributos de forma geral. A lei também dispõe que é direito básico do consumidor o acesso a essa informação acerca dos tributos que compõem o preço do produto ou serviço, consoante disposto no inciso III do art. 6º, do Código de Defesa do Consumidor. O descumprimento das obrigações dispostas na multicitada lei sujeitará o infrator às sanções administrativas previstas no art. 56 da Lei 8.078/90. 4 CONCLUSÃO Diversos instrumentos podem ser utilizados para o estímulo à cidadania fiscal, dentre eles o crescente acesso à informação proporcionado pelos meios tecnológicos cada vez mais presentes na sociedade globalizada e informatizada. A maior facilidade de acesso às informações, ocasionada pela revolução tecnológica, já tem produzido, dentre diversos efeitos, uma evolução no pensamento da sociedade, a qual começa a questionar itens não antes pensados. Dentre esses questionamentos, torna-se cada vez mais comum a indagação sobre a necessidade de pagar tributos, o que é ainda mais aflorado em países como o Brasil, em que a carga tributária parece ser demasiadamente pesada para a precariedade do serviço público. 27

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