INFORMATIVO JURÍDICO
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- Amália Gentil Gesser
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1 1 ROSENTHAL E SARFATIS METTA ADVOGADOS INFORMATIVO JURÍDICO NÚMERO 61, ANO VI JANEIRO DE 2014 I DEFINIÇÃO SOBRE A ALÍQUOTA REDUZIDA DO ICMS SOBRE BENS DE CAPITAL EM SÃO PAULO Após muitos anos, o Fisco finalmente estabeleceu uma regra clara para a aplicação da alíquota de 12% em São Paulo. II SP PASSA A EXIGIR GARANTIA PARA INSCRIÇÃO ESTADUAL As empresas inadimplentes perante o Fisco Estadual serão obrigadas a obter garantias a fim de manter sua inscrição estadual. III RFB DIVULGA PARÂMETROS PARA FISCALIZAÇÃO DIFERENCIADA Alto potencial econômico-tributário de contribuinte será determinante para fiscalização diferenciada. IV SOBREAVISO - TST RATIFICA DECISÃO SOBRE USO DE CELULAR POR EMPREGADO
2 2 Decisão obriga comprovação para ex empregado pleitear indenizações. 1 DEFINIÇÃO SOBRE A ALÍQUOTA REDUZIDA DO ICMS SOBRE BENS DE CAPITAL EM SÃO PAULO A legislação paulista traz uma série de exceções à aplicação da alíquota padrão do ICMS, de 18%. Dentre elas, está a alíquota de 12% sobre bens de capital, mais especificamente, máquinas, aparelhos e equipamentos industriais, implementos e tratores agrícolas e produtos da indústria de processamento eletrônico de dados. Desde 1991, com a edição da Lei 7.018, várias resoluções normativas dispondo sobre alterações na aplicação da alíquota reduzida foram veiculadas, ora alterando quais produtos seriam efetivamente alcançados, ora condicionando a sua aplicação à destinação de cada produto. A falta de entendimento era tamanha que até mesmo o Tribunal de Impostos e Taxas do Estado TIT modificava constantemente o seu entendimento sobre a matéria, de maneira contraditória. Por vezes, o TIT decidiu pela necessidade de destinação específica dos produtos, para logo em seguida alterar o entendimento, dispensando tal requisito. Finalmente, com a publicação da Decisão Normativa CAT nº 3/2013, o Fisco Estadual definiu que a alíquota de 12% do ICMS deve ser aplicada à todos os bens que estejam relacionados em um dos Anexos da
3 3 Resolução SF nº 4/1998, independentemente de qualquer condicionante ou limitação. Contudo, é necessária a atenção de quem possui discussão sobre o tema pendente de decisão no TIT, visto que este posicionamento ainda não foi abarcado por aquele Tribunal. Aguarda-se que a sua Câmara Superior reconheça a procedência desta recente posição fiscal. 1I SP PASSA A EXIGIR GARANTIA PARA INSCRIÇÃO ESTADUAL A Portaria CAT 122 determina que as empresas inadimplentes com o Fisco, ou que exerçam atividade consideradas de risco, sejam obrigadas a apresentar garantia para obtenção, alteração ou renovação de inscrição estadual. Vale lembrar da importância da inscrição estadual para as empresas, sem a qual ficam impossibilitadas de emitir nota fiscal, ou mesmo de obter financiamentos bancários, ou seja, ficam impedidas de exercerem suas atividades. Tal garantia também será exigida em razão de antecedente fiscal desabonador, débito fiscal constituído (declarado e não pago, objeto de parcelamento inadimplido ou originado de lançamento de ofício), mesmo que em nome de pessoas físicas ou empresas interessadas, coligadas, controladas ou
4 4 seus sócios. A exceção é para débitos já garantidos em execuções fiscais, ou que estejam sendo pagos regularmente por meio de parcelamentos ou ainda aqueles cujo valor total seja inferior a 5 mil UFESPs (cerca de R$ 97 mil). A garantia poderá ser prestada de três formas: depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro. A justificativa da Fazenda Paulista é cercar os contribuintes devedores. O descaramento fazendário é vergonhoso. Há décadas que os Tribunais, inclusive o STF, rejeitam tais formas de forçar os contribuintes ao pagamento de débitos. São as chamadas sanções políticas, tais como reter mercadorias, fechar estabelecimentos e impedir a emissão de notas fiscais. Para cobrar débitos tributários existe a Execução Fiscal, não podendo o Fisco impedir quem quer que seja de atuar em sua atividade comercial. Diante dessa coação inconstitucional, as empresas que estiverem sob risco devem buscar antecipadamente do Poder Judiciário. III RECEITA DIVULGA PARÂMETROS PARA FISCALIZAÇÃO DIFERENCIADA A Receita Federal do Brasil, por meio da Portaria nº 1.793/2013, divulgou novos parâmetros a serem utilizados para indicar quais contribuintes pessoas jurídicas serão fiscalizados de forma diferenciada em Os parâmetros levam em consideração diversos fatores, como o faturamento acima de R$ 135 milhões, débitos federais acima de R$ 14 milhões
5 5 (ou R$ 8 milhões de débitos com o INSS) e massa salarial anual acima de R$ 24 milhões. Vale lembrar que a fiscalização diferenciada e especial consiste, em resumo, no monitoramento muito detalhado do contribuinte, na análise do seu comportamento econômico-tributário, e prioridade de autuação em caso de qualquer suspeita. IV SOBREAVISO - TST RATIFICA DECISÃO SOBRE USO DE CELULAR POR EMPREGADO Recentes alterações na CLT deixaram margem à dúvida sobre o controle de jornada de trabalho de empregados que recebam celular corporativo. Isso implicaria na incidência de horas de sobreaviso caso o aparelho fosse utilizado, mesmo fora da empresa e do horário de expediente. Recentemente, o Tribunal Superior do Trabalho julgou importante precedente favorável às empresas, ao afastar a incidência de tal sobreaviso. No caso, um consultor de negócios utilizava celular corporativo para prestação dos seus serviços. No processo, ficou provado que o consultor não tinha a obrigação de permanecer em casa à disposição da empresa, pois o celular serviria justamente para localizá-lo caso fosse necessário. Igualmente, não foi provada obrigação do consultor de atender o telefone fora do expediente.
6 6 Assim, é de se concluir que o simples fato de o empregado possuir aparelho corporativo não configura controle de jornada por parte da empresa. Outros fatores de controle sobre o empregado são necessários para a incidência de sobreaviso, e sobre isso recomendação atenção às empresas.
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