Balanço Fitossanitário

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1 Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro Direção de Serviços de Desenvolvimento Agroalimentar, Rural e Licenciamento Divisão de Apoio à Agricultura e Pescas ESTAÇÃO DE AVISOS DE CASTELO BRANCO Balanço Fitossanitário 214 Ana Maria Manteigas Castelo Branco

2 Indice INTRODUÇÃO Rede de Postos Meteorológicos Registos meteorológicos Cálculo das horas de frio Estações Meteorológicas Automáticas registos de temperatura e precipitação Rede de Postos de Observação Fenológica Rede de Postos de Observação Biológica VINHA Pragas Traça da uva (Lobesia botrana) Cicadelídeos ou cigarrinha verde (Empoasc a vitis) Doenças Escoriose (Phomopsis viticola) Oídio (Erysiphe necator) Míldio (Plasmopara viticola) Esca POMÓIDEAS Macieiras e Pereiras Pragas Aranhiço vermelho (Panonychus ulmi) Bichado (Cydia pomonella) Afídeos (Aphis pomi e Dysaphis plantagineae) Mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata) Cochonilha de São José (Quadraspidiotus perniciosus) Doenças Pedrado (Venturia inaequalis e Venturia pirina) Fogo bacteriano (Erwinia amylovora) OLIVAL Pragas Traça da oliveira ( Prays oleae) Mosca da azeitona (Bactrocera oleae) Euzofera (Euzophera pingüis) Traça verde (Palpita unionalis(vitrealis)= Margaronia unionalis) Doenças... 65

3 6.2.1 Gafa (Colletotrichum acutatum) Olho de pavão (Spilocaea oleagina) PRUNÓIDEAS Cerejeiras e Pessegueiros Pessegueiros Pragas Mosca da Fruta ou Mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata) Anarsia (Anarsia lineatella) Afídeo verde (Mysus persicae) Doenças Lepra (Taphrina deformans) Oídio (Sphaerotheca pannosa) Cerejeiras Pragas Mosca da cereja (Rhagoletis cerasi) Mosca drosófila da asa manchada (Drosophila suzukii) Doenças Moniliose CITRINOS Pragas Afídeos (Toxoptera aurantii) Lagarta mineira dos rebentos dos citrinos (Phyllocnistis citrella) Cochonilhas Mosca do Mediterrâneo ou mosca da fruta (Ceratitis capitata) Doenças Míldio (Phytophthora spp.) Resumo das Circulares de Avisos emitidas em Informação divulgada nas circulares... 99

4 INTRODUÇÃO A Estação de Avisos Agrícolas de Castelo Branco (EACB) enquadra-se na Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro e está afeta à Direção de Serviços de Desenvolvimento Agroalimentar, Rural e Licenciamento Divisão de Apoio à Agricultura e Pescas, com os serviços localizados na sede da DRAP Centro em Castelo Branco, integrando a rede do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas (SNAA) da Direção Geral de Agricultura e Veterinária do Ministério da Agricultura e do Mar. Atualmente a Estação de Avisos de Castelo Branco emite Informações e Avisos para as seguintes culturas: pomóideas (macieiras, pereiras), prunóideas (cerejeiras, pessegueiros), vinha, olival, citrinos, (pontualmente castanheiros) considerando-se cobertos todos os concelhos da área de ação da EACB. A EACB tem como objetivo a nível do distrito de Castelo Branco, a cobertura dos inimigos das principais culturas, procurando ajudar o agricultor na tomada de decisão relativamente à necessidade de intervenção fitossanitária, contribuindo para o uso sustentável dos produtos fitofarmacêuticos e para a proteção do meio ambiente, visando o equilíbrio do ecossistema agrário. O acompanhamento fitossanitário das culturas é feito pelos técnicos da EACB, com observações de campo semanais, recolha de amostras para análise em laboratório e avaliação simultânea dos dados meteorológicos, fenológicos e biológicos, para que a informação recolhida, depois de tratada, seja divulgada em tempo útil. A EACB tem uma rede meteorológica de apoio constituída por 16 Estações Meteorológicas Automáticas (EMA), distribuídas no distrito de Castelo Branco. Junto das EMAs funcionam postos fenológicos e biológicos cujo objetivo é acompanhar as diferentes fases de desenvolvimento vegetativo das culturas e a evolução dos seus principais inimigos. É da análise destes dados que os técnicos estabelecem níveis e graus de risco, o que se traduz na prática pela emissão de um Aviso na forma de circular enviada ao agricultor. Dele consta a cultura a proteger, o inimigo a combater e as substâncias ativas homologadas para o efeito. 1

5 A divulgação das circulares é feita via postal, via correio eletrónico, por mensagem via SMS, quando necessário, e via INTERNET na página da DRAP Centro e do SNAA. Em 214 a Estação de Avisos de Castelo Branco teve 171 assinantes e enviou 19 circulares. A EACB também divulgou nas circulares informação fitossanitária sobre organismos de quarentena no âmbito da proteção fitossanitária, informando sobre o atual quadro legislativo que estabelece uma utilização sustentável dos produtos fitofarmacêuticos com a implementação dos princípios gerais da proteção integrada, cuja finalidade é a obtenção de uma produção de qualidade, integrada na sustentabilidade do ecossistema agrário. CARACTERIZAÇÃO DA ESTAÇÃO DE AVISOS DE CASTELO BRANCO Recursos humanos A equipa técnica da Estação de Avisos de Castelo Branco foi constituída em 214 pelos seguintes elementos: Ana Maria Lança da Silva Cunha Mendes Manteigas Eng.ª Agrónoma António Ricardo Monteiro Assistente Técnico Postos de Observação Biológica A EACB é caracterizada por uma rede de postos meteorológicos, uma rede de postos de observação fenológica e uma rede de postos de observação biológica. O acompanhamento fenológico das culturas, a biomonitorização de inimigos e estimativa de risco, implementação de metodologias de previsão e tratamento de dados meteorológicos, foi efetuada nos locais onde estão instalados os Postos de Observação Biológica. 2

6 1 - Rede de Postos Meteorológicos A Estação de Avisos de Castelo Branco tem uma rede meteorológica constituída por 16 Estações Meteorológicas Automáticas (EMA) distribuídas pela área de intervenção da Estação de Avisos no distrito de Castelo Branco e localizadas de acordo com as especificações e características climáticas previamente definidas. Elementos que compõem uma EMA: Sistema de aquisição armazenamento e transmissão de dados (GSM) modelo A733 add WAVE; Painel solar Mastro de 2m em inox; Sensor combinado de temperatura e humidade relativa Sensor de folha molhada Sensor de precipitação Sensor combinado de velocidade e direção do vento Sensor de radiação solar Sensor de temperatura do solo Fig. 1 Estação Meteorológica Automática instalada no local Fadagosa, concelho do Fundão, modelo ADCON-A733 GSM equipado com sensores de Temperatura, Humidade Relativa, Precipitação, Folha Molhada, Direção e Velocidade do Vento e Radiação Solar. (Foto: R. Monteiro) 3

7 A recolha de dados é feita diariamente de forma automática, sendo a transmissão efetuada através de modem GSM. O servidor da base de dados meteorológicos está na rede interna da DRAP Centro e pode ser acedido a qualquer momento pelos técnicos das Estações de Avisos, pelo Núcleo Informático da Delegação de Coimbra e pelo Serviço Nacional de Avisos Agrícolas (SNAA) da Direção Geral de Agricultura e Veterinária (DGAV). Segue-se o Quadro nº 1 com a localização das 16 Estações Meteorológicas Automáticas (EMA) afetas à Estação de Avisos de Castelo Branco e localizadas no Distrito de Castelo Branco. Quadro 1 - Localização das Estações Meteorológicas Automáticas (EMA) EMA FREGUESIA CONCELHO Alcains Alcains Castelo Branco Alcongosta Alcongosta Fundão Belmonte Colmeal da Torre Belmonte Brejo Pero Viseu Fundão Capinha Capinha Fundão Cernache Cabeçudo Sertã Chão do Galego Montes da Senhora Proença-a-Nova Fadagosa Castelo Novo Fundão Ferro Ferro Covilhã Lamaçais Teixoso Covilhã Malpica Malpica do Tejo Castelo Branco Oleiros Estreito Oleiros Pedrogão Pedrógão de São Pedro Penamacor Penamacor Benquerença Penamacor Ródão Perais Vila Velha Ródão Várzea Idanha-a-Nova Idanha-a-Nova 4

8 Mapa com a localização das Estações Meteorológicas Automáticas Fig. 2 Localização das Estações Meteorológicas Automáticas afetas à EACB Registos meteorológicos Cálculo das horas de frio Os registos meteorológicos fornecidos pelas estações automáticas (EMA) permitem calcular diferentes modelos com base nos somatórios de temperaturas acumuladas para diversas pragas e executar os modelos para diversas doenças como pedrado das pomóideas e míldio da vinha, tal como o cálculo das horas de frio, para os diferentes locais da região. Os registos de temperatura do solo são importantes para a validação do modelo para a mosca da cereja. Os dados meteorológicos de temperatura, folha molhada e precipitação também são aplicados ao modelo Maryblit para previsão da doença causada pela bactéria Erwinia amylovora, cálculos efetuados nos locais onde se encontram os pomares de pomóideas da região. 5

9 Cálculo das horas de frio O frio tem um papel importante na quebra da dormência em várias espécies de fruteiras. Considera-se quebra de dormência, quando as necessidades em horas de frio para cada cultura são cumpridas, traduzindo-se o resultado numa melhor floração. As necessidades de frio para um bom abrolhamento romper a dormência dos gomos e a planta florescer uniformemente, diverge segundo as espécies fruteiras e as variedades, e medem-se pelo nº de horas de frio abaixo de 7ºC acumuladas a partir de 1 de Novembro. A EACB calculou e divulgou os valores acumulados de horas de frio de 1 de Novembro de 213 até 28 de Fevereiro de 214, segundo os registos obtidos nas estações automáticas da nossa rede meteorológica, aplicando para o cálculo das horas de frio a fórmula de Crossa-Raynaud: Y= [(7- tmin) / (Tmax- tmin)] x 24 {Y= nº de horas de frio diárias, T= Temp.máxima diária, t = Temp. mínima diária} Quadro 2 Horas de frio acumuladas abaixo dos 7 o C de a

10 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Estações Meteorológicas Automáticas registos de temperatura e precipitação As estações meteorológicas automáticas estão praticamente todas instaladas em parcelas onde são acompanhados os postos de observação fenológica e os postos de observação biológica, ou localizadas muito perto da área da sua influência. Os gráficos que se seguem apresentam os registos meteorológicos dos locais onde estão instalados os postos fenológicos e biológicos das culturas, que servem de referência na região, onde os técnicos da EACB fazem o acompanhamento fitossanitário, e que abrange a zona do Pinhal Interior Sul, Campo Albicastrense e Cova da Beira. Registos de temperatura e precipitação T (ºC) Alcains P (mm) Precipitação Temp.Max Temp.Med Temp.min Fig. 3 Temperaturas médias mensais e precipitação total de Alcains em 214. T (ºC) Belmonte P (mm) Precipitação Temp.Max Temp.Med Temp.min Fig. 4 Temperaturas médias mensais e precipitação total de Belmonte em 214 7

11 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez T (ºC) Cernache do Bonjardim P (mm) Precipitação Temp.Max Temp.Med Temp.min Fig. 5 - Temperaturas médias mensais e precipitação total de Cernache do Bonjardim em 214. T (ºC) Chão do Galego- 214 P (mm) Precipitação Temp.Max Temp.Med Temp.min Fig. 6 Temperaturas médias mensais e precipitação total de Chão do Galego em

12 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez T (ºC) Fadagosa P (mm) Precipitação Temp.Max Temp.Med Temp.min Fig. 7 Temperaturas médias mensais e precipitação total de Fadagosa (Castelo Novo) em 214. T (ºC) Lamaçais P (mm) Precipitação Temp.Max Temp.Med Temp.min Fig. 8 Temperaturas médias mensais e precipitação total de Lamaçais (Teixoso) em

13 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez T (ºC) Pedrogão- 214 P (mm) Precipitação Temp.Max Temp.Med Temp.min Fig.9 Temperaturas médias mensais e precipitação total de Pedrogão em 214. T (ºC) Várzea- 214 P (mm) Precipitação Temp.Max Temp.Med Temp.min Fig.1 Temperaturas médias mensais e precipitação total de Várzea (Ladoeiro) em

14 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Vila Velha Rodão T (ºC) P (mm) Precipitação Temp.Max Temp.Med Temp.min Fig.11 Temperaturas médias mensais e precipitação total de Vila Velha de Rodão em 214. Em termos climáticos, o ano agrícola de na região teve grandes oscilações de temperatura média do ar e de precipitação, nomeadamente no período correspondente à primavera, em que se registaram valores de temperatura média do ar inferiores ao normal e precipitação inferior à média, em particular no mês de março. O verão caracterizou-se por temperaturas inferiores ao normal e humidade superior. O quadro seguinte indica os valores acumulados de precipitação mensal, ocorrida no corrente ano agrícola. Quadro 3 - Dados da precipitação mensal registados na rede de EMAs da EACB relativamente ao ano agrícola 213/214 Set. 213 Out. 213 Nov. 213 Dez. 213 Jan. 214 Fev. 214 Mar. 214 Abr. 214 Mai. 214 Jun. 214 Jul. 214 Ago. 214 Total (mm) Alcains ,4 146,8 159,8 53, , ,8 957 Alcongosta 157,6 251,6 2,8 172, ,2 122,4 49,8 31,8 18,6 147,4 Belmonte 124, ,2 127,8 198,4 27,2 48,4 89,2 38,6 22,6 11,8,8 1119,6 Brejo (Fundão) 125,8 129,2 12, , ,2 89,8 23,2 21, ,8 Capinha 123,4 186, ,4 174,2 179, ,8 42,4 17,6 8,4 13,6 Cernache do Bonjardim 17,8 192, ,2 274, ,2 87, ,2 12,6 3,8 1457,8 11

15 P(mm) Chão do Galego 158, ,2 224,6 271,2 265,6 98,4 15,6 37, ,6,4 1368,8 Fadagosa (Castelo Novo) ,8 2,8 15, , , , ,4 Ferro 139,2 153, , ,4 64,6 83 3,2 22, ,4 Lamaçais (Aldeia do Souto) 127,2 225,4 1,2 15,8 177, ,8 76, ,4 18,2 Malpica do Tejo 141,2 123,8 5,2 1,8 14, , ,4 13,2 1,4 739 Oleiros 125,6 182,4 15,6 25,4 255, ,4 86,6 43,8 26,2 11,2 1,4 1386,8 Pedrogão de S. Pedro , , ,6 41,8 14,8 13,6 916 Penamacor , ,8 153,6 27,4 61,2 32,6 33,4 17,2,2 96 Vila Velha de Rodão , ,2 134,2 214, ,2 34,8 19,2 26,6,2 937,4 Várzea (Ladoeiro) 136, ,6 141, ,6 34, ,8 898,2 Precipitação mensal ocorrida no ano agrícola 213/ Set.213 Out.213 Nov.213 Dez.213 Jan.214 Fev.214 Mar.214 Abr.214 Mai.214 Jun.214 Jul.214 Ago.214 O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) caracterizou 214 como um ano atípico em termos climáticos. A precipitação ocorreu com valores mais elevados nos meses de janeiro e fevereiro e também no período de verão foi registada mais precipitação nos meses de julho e setembro, enquanto o mês de março se caracterizou por valores baixos de precipitação. Em termos de evolução de temperatura o mês de janeiro registou valores superiores ao normal e o mês de agosto foi mais fresco, com valores registados abaixo da média, apesar das temperaturas em geral não terem tido um comportamento constante ao longo do ano. 12

16 2 Rede de Postos de Observação Fenológica A observação dos estados fenológicos foi efetuada em plantas representativas do estado de desenvolvimento médio da cultura, nos nossos postos de observação fenológica (POFs). A periodicidade semanal das observações, está de acordo com as diferentes escalas de orientação para cada cultura (Bagiollini, Lausanne, Fleckinger, Colbrant, etc.). Os registos reportam-se ao estado precoce, dominante e tardio, no entanto, nos quadros que apresentamos, apenas estão registadas as datas do estado fenológico dominante da cultura. Em 214, o estado fenológico das fruteiras no início do ciclo atrasou-se cerca de uma semana em relação ao ano anterior, mas com o decorrer do tempo o ciclo vegetativo adiantou-se e em termos de evolução fenológica comportou-se como um ano considerado normal. Quadro 4 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE MACIEIRAS / 214 Estado Fenológico Macieiras Belmonte A B C C3 D E E2 F2 G H I J 3/3 1/3 1/3 1/3 17/3 24/3 24/3 31/3 7/4 14/4 29/4 14/5 Cernache Bonjardim 13/2 25/2 4/3 11/3 17/3 26/3 2/4 1/4 16/4 23/4 29/4 9/5 Lamaçais Lardosa 26/2 3/3 1/3 17/3 24/3 31/3 14/4 21/4 29/4 12/5 17/5 2/5 2/2 26/2 3/3 9/3 12/3 17/3 24/3 31/3 7/4 14/4 21/4 29/4 Fotos: DPC / DRABL e DPC / DRARO Fonte: DGPC SNAA; Métodos de Previsão e Evolução dos Inimigos das Culturas POMÓIDEAS A Botão de inverno/b Botão inchado/c- C 3 Inchamento aparente/d Aparecimento dos botões florais/e- E 2 Sépalas deixam ver as pétalas/f Primeira Flor/F 2 Plena floração/g Queda das pétalas/h Queda da última pétala/i -- Vingamento J Engrossamento do fruto (Segundo: Fleckinger, INRA) Quadro 5 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE PEREIRAS / 214 Estado Fenológico Pereiras A B C3 D E E3 F2 G H I J Belmonte 17/2 23/2 2/3 7/3 1/3 15/3 19/3 24/3 31/3 7/4 14/4 Cernache Bonjardim 2/2 13/3 22/3 27/3 3/4 9/4 12/4 24/4 2/5 8/5 15/5 Lamaçais 17/2 23/2 2/3 2/3 1/3 1/3 17/3 14/3 31/3 7/4 14/4 Fotos: DPC / DRABL e DPC / DRARO /Fonte: DGPC SNAA; Métodos de Previsão e Evolução dos Inimigos das Culturas POMÓIDEAS: A Botão de inverno/b Botão inchado C- C 3 Inchamento aparente/d -D 3 Aparecimento dos botões florais/e- E 2 Sépalas deixam ver as pétalas/f Primeira flor/f 2 Plena floração/g Queda das pétalas/h Queda da última pétala/i Vingamento/ J- Engrossamento do fruto (Segundo: Fleckinger, INRA) 13

17 Quadro 6 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE PESSEGUEIROS / 214 Estado Fenológico Pessegueiro Belmonte A B C D E F G H I J 1/2 17/2 23/2 2/3 6/3 1/3 17/3 24/3 3/4 7/4 Cernache Bonjardim 2/2 6/2 11/2 25/2 4/3 11/3 28/3 8/4 22/4 15/5 Castelo Novo Lamaçais 3/2 1/2 17/2 23/2 23/2 2/3 1/3 17/3 31/3 7/4 3/2 1/2 23/2 2/3 6/3 1/3 17/3 24/3 31/3 7/4 Estados fenológicos (Fotos) Originais AZAFRA / (Escala segundo Baggiolini, Lausanne) A Botão de inverno/b Botão inchado/c Cálice à vista/d Corola à vista/e Estames à vista /F Flor aberta/g Queda das pétalas/h Fruto vingado/i Jovem fruto/j Fruto em crescimento Quadro 7- ESTADOS FENOLÓGICOS DE CEREJEIRAS / 214 Estado Fenológico Cerejeiras A B C D E F G H I J Catraia Cimeira 2/2 4/3 11/3 17/3 26/3 2/4 1/4 16/4 23/4 29/4 Chão do Galego 13/2 2/2 4/3 12/3 19/3 26/3 2/4 8/4 14/4 23/4 Montes da Senhora 4/3 12/3 19/3 26/3 2/4 11/4 16/4 23/4 29/4 6/5 Castelo Novo 9/2 16/2 23/2 2/3 1/3 17/3 24/3 31/3 7/4 14/4 Alcongosta 19/2 26/2 2-/3 1/3 12/3 17/3 24/3 31/3 7/4 2/4 Lamaçais 9/2 16/2 2/3 1/3 12/3 17/3 24/3 31/3 7/4 14/4 Estados fenológicos (fotos) Azafra / (A Botão de inverno/b Botão inchado/c Botões visíveis/d Botões separados/ E Estames à vista/f Flor aberta/g Queda das pétalas/h Vingamento/I Cálice tombado/j Jovem fruto) Quadro 8 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE AMENDOEIRAS / 214 Estado Fenológico Amendoeira A B C D I D3 E F I G C1 H I J Lamaçais 3/2 1/2 17/2 2/2 23/2 2/3 1/3 14/4 17/4 26/3 31/3 7/4 Catraia 7/2 14/2 2/2 28/2 6/3 13/3 2/3 3/4 1/4 17/4 22/4 2/5 Estados fenológicos (fotos) - AZAFRA A Botão de inverno/b Botão inchado/c Cálice à vista/d1 Botão aberto, ver as folhas/d3 Flores c/ sépalas abertas ver as pétalas/e Começam a ver os estames/f Flor aberta/g Queda das pétalas/c1 Início do desenvolvimento das folhas/ H - Ovário em desenvolvimento desprendimento das sépalas/i - Frutos com 5% de desenvolvimento/j - Frutos atingem o tamanho definitivo. 14

18 Quadro 9 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE CITRINOS / 214 Estado Fenológicos Citrinos B C C1 D E F G H I J Cernache Bonjardim 4/3 17/3 26/3 23/4 7/5 14/5 2/5 28/5 3/6 11/6 Sobreira Formosa 8/3 13/3 27/3 1/4 24/4 8/5 22/5 5/6 12/6 13/9 Vila Velha de Ródão 11/3 17/3 26/3 2/4 1/4 16/4 29/4 6/5 14/5 27/5 Estados fenológicos (original de DPC / DRAALG) B Abrolhamento/C - Crescimento dos gomos mistos/c1 - Crescimento dos gomos foliares/d- Aparecimento da corola/ E- Estames visíveis/f- Primeira flor/g- Plena floração/h -Queda das pétalas /I Vingamento /J- Frutos em crescimento Quadro 1 - ESTADOS FENOLÓGICOS DA VIDEIRA / 214 Estado Fenológico Vinha A B C D E F G H I J K L M Cernache Bonjardim 2/2 12/3 19/3 2/4 1/4 16/4 29/4 6/5 27/5 18/6 25/6 17 3/7 Sarzedas 4/3 26/3 2/4 1/4 16/4 23/4 6/5 14/5 21/5 3/6 25/6 16/7 3/7 Sobreira Formosa 2/2 12/3 19/3 2/4 17/4 24/4 15/5 22/5 3/6 11/6 18/6 25/6 22/7 Castelo Novo 27/3 9/4 17/4 24/4 2/5 8/5 15/5 22/5 29/5 26/6 3/7 1/7 3/9 Lamaçais 14/4 2/4 29/4 7/4 21/4 29/4 5/5 19/5 26/5 23/6 3/6 14/7 2/9 Belmonte - 9/3 17/3 24/3 31/3 7/4 21/4 5/5 12/5 26/5 23/6 7/7 14/7 2/9 Estados fenológicos originais - DGPC A Gomo de inverno/b Gomo de algodão/c Ponta verde /E 2a 3 Folhas livres/f Cachos visíveis/g Cachos separados/ H Flores separadas/i Floração/J Alimpa/K Bago de ervilha/l Cacho fechado/m Pintor 15

19 Quadro 11 - ESTADOS FENOLÓGICOS DA OLIVEIRA / 214 Estado Fenológico Olival A B C D E F I F II G H I J Sarzedas 25/2 17/3 8/4 29/4 6/5 21/5 29/5 9/6 16/6 3/9 26/1 Sobreira Formosa 2/2 11/3 17/3 15/4 29/4 6/5 13/5 21/5 29/5 23/9 2/11 Perais 2/2 11/3 26/3 22/4 29/4 14/5 21/5 29/5 3/6 7/1 15/11 Castelo Novo 27/3 3/4 17/4 24/4 28/5 5/6 12/6 19/6 26/6 28/1 1/11 Fundão 27/3 3/4 17/4 24/4 28/5 5/6 12/6 19/6 26/6 28/1 1/11 Estados fenológicos originais DGPC A Gomo de Inverno/B Início vegetativo/c Aparecimento dos botões florais/d Formação da corola/e Visualização dos estames/f I Inicio da floração/fii Plena floração/g Frutos formados (queda pétalas)/h Lenhificação do caroço/i Início da maturação/j Maturação do fruto 3 Rede de Postos de Observação Biológica A escolha da parcela para instalação do posto de observação fenológico (POF) e posto de observação biológico (POB) teve em conta a representatividade do ponto de vista agronómico da zona onde estão inseridos, e pela existência no local, ou de estar instalada nas proximidades, uma Estação Meteorológica Automática (EMA) que permita fornecer em tempo útil os dados climáticos, fundamentais para acompanhar os inimigos das culturas e determinar a oportunidade de tratamento. A Estação de Avisos de Castelo Branco em 214 fez o acompanhamento de 4 POF e de 173 POB, em 15 locais dispersos por 8 dos 11 concelhos do distrito de Castelo Branco. Pretende-se com esta dispersão ter uma cobertura alargada duma região, que é tão vasta quanto heterogénea, abrangendo assim as zonas do Pinhal Interior Sul, Campina, Campo Albicastrense e Cova da Beira. Segue-se o Quadro com a identificação em 214, dos postos de observação fenológica (POF) e postos de observação biológica (POB). 16

20 Quadro 12 Identificação dos Postos de Observação Fenológica (POF) e Postos de Observação Biológica (POB) 214 POB CONCELHO LOCAL POF PRAGAS DOENÇAS Pomóideas (Macieiras / Pereiras) Afídeos Ácaros Bichado Cochonilha S. José Mosca da fruta Psilas Pedrado Oídio Sertã Cernache do Bonjardim Prunóideas (Pessegueiros) Anársia Mosca da fruta Afídeos Lepra Moniliose Cancro Oídio Vinha Traça da uva Cicadelídeos Míldio Oídio Citrinos Afídeos Mosca da fruta Mosca branca Lagarta mineira Míldio Proença a Nova Citrinos Afídeos Mosca da fruta Lagarta mineira Míldio Sobreira Formosa Olival Traça da oliveira Euzophera pinguis Palpita vitrealis Mosca da azeitona Olho de Pavão Gafa Vinha Traça da uva Cicadídeos Míldio Oídio Montes da Senhora Prunóideas (Cerejeiras) Afídeos Mosca da cereja Carocho negro Drosofila Moniliose Cancro Crivado Chão do Galego Prunóideas (Cerejeiras) Afídeos Mosca da cereja Carocho negro Drosófila Moniliose Cancro Crivado Catraia Cimeira Prunóideas (Cerejeiras) (Amendoeiras) Afídeos Carocho negro Mosca da cereja Carocho negro Drosófila Moniliose Cancro Crivado 17

21 Vila Velha de Rodão Perdigão Olival Euzophera pinguis Palpita vitrealis Traça da oliveira Mosca da Azeitona Olho Pavão Gafa Citrinos Mosca da Fruta Míldio Perais Olival Traça da oliveira Mosca da azeitona Olho de Pavão Gafa Sarzedas Olival Vinha Traça da oliveira Mosca da azeitona Traça da uva Cicadelideos Olho de Pavão Gafa Míldio Oídio Castelo Branco Lardosa Pomóideas (Macieiras) Ácaros Afídeos Bichado Cochonilha S. José Psilas Pedrado Oídio Vinha Traça da uva Cicadídeos Míldio Oídio Vinha Traça da uva Cicadelideos Míldio Oídio Olival Euzophera pinguis Palpita vitrealis Mosca da azeitona Traça da oliveira Olho de Pavão Gafa Fundão Castelo Novo Pomóideas (Macieiras) Ácaros Afídeos Bichado Cochonilha S. José Pedrado Oídio Prunóideas (Cerejeiras) Afídeos Mosca da cereja Carocho negro Moniliose Cancro Prunóideas (Pessegueiros Nectarinas) Afídeos Anársia Mosca da fruta Lepra Moniliose Cancro Oídio Alcongosta Prunóideas (Cerejeiras) Afídeos Mosca da cereja Carocho negro Moniliose Cancro Vinha Traça da uva Cicadelídeos Míldio Oídio Fundão Olival Mosca da azeitona Traça da oliveira Olho de Pavão Gafa 18

22 Penamacor Pedrogão Olival Pomóideas Macieiras / Pereiras Mosca da azeitona Traça da oliveira Ácaros Afídeos Bichado Cochonilha S. José Psilas Olho de Pavão Gafa Pedrado Oídio Covilhã Teixoso Prunóideas (Pessegueiros Nectarinas) Prunóideas (Cerejeiras) Afídeos Anársia Mosca da fruta Afídeos Mosca da cereja Carocho negro Lepra Moniliose Cancro Oídio Moniliose Cancro Vinha Traça da uva Cicadelídeos Míldio Oídio Belmonte Colmeal da Torre Prunóideas (Pessegueiros/ Nectarinas) Pomóideas Macieiras / Pereiras Afídeos Anársia Mosca da fruta Ácaros Afídeos Bichado Cocho. S. José Psilas Lepra Moniliose Cancro Oídio Pedrado Oídio Vinha Traça da uva Cicadídeos Míldio Oídio Estação de Avisos Agrícolas de Castelo Branco Acompanhamento Fitossanitário das Culturas - POBs Os Postos de Observação Biológica (POBs) têm por objetivo a recolha de dados sobre: o o o o Captura de insetos em armadilhas (sexuais, alimentares, etc.) Eclosão de pragas Aparecimento de focos primários das doenças (míldio, pedrado, etc.) e dos primeiros sintomas Evolução dos estados de desenvolvimento das culturas postos fenológicos 19

23 A escolha da parcela para instalação do posto de observação fenológico (POF) e posto de observação biológico (POB) teve em conta a representatividade do ponto de vista agronómico da zona onde está inserido e pela existência no local ou de estar instalada nas proximidades uma Estação Meteorológica Automática (EMA) que permita fornecer em tempo útil os dados climáticos, fundamentais para acompanhar os inimigos das culturas e determinar a oportunidade de tratamento. Consideramos importante existir uma dispersão dos postos de observação na região em termos da localização, tal como a sua relação de proximidade com as EMAs. Assim, apresentase o mapa seguinte, assinalando as freguesias onde se encontram instalados os principais postos de observação, que permitem uma recolha mais abrangente de informação em relação às culturas acompanhadas pela EACB. Mapa de freguesias do distrito de Castelo Branco com a localização dos principais postos de observação biológicos, fenológicos e meteorológicos da EACB As observações biológicas e fenológicas são efetuadas pelo técnico da estação de avisos nos POBs e os resultados devidamente anotados e analisados. 2

24 4 VINHA Em 214 a monitorização de pragas e doenças foi acompanhada em 32 POB. O acompanhamento do estado fenológico da vinha registou-se em 8 POF. Para controlar os inimigos da vinha foram emitidos 15 aconselhamentos, sendo o oídio a doença com mais recomendações, não se justificando este ano aconselhamentos para se efetuar tratamento fitossanitário para combater as pragas nesta cultura. Segue-se o gráfico com a dispersão mensal dos avisos emitidos em 214, para pragas e doenças, relativamente à cultura da vinha. 4 Circulares emitidas para a cultura da Vinha em 214 Vinha Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Doenças lenho Oídio Míldio Escoriose Esca Med.Culturais Fig. 12 Representação gráfica dos tratamentos emitidos mensalmente para a vinha. Vinha Med.Culturais; 4 Doenças lenho ; 1 Esca; 1 Oídio; 5 Escoriose; 1 Míldio; 3 Fig. 13 Representação gráfica do total de tratamentos emitidos por inimigo para a vinha. 21

25 4.1 Pragas Traça da uva (Lobesia botrana) Monitorização da praga: Colocação de armadilhas sexuais tipo delta com feromona sexual Observação visual (ninhos, ovos e perfurações) Metodologia: Estimativa do risco e níveis económicos de ataque a adotar para a praga traça da uva Lobesia botrana Quadro 13 NEA estabelecido para a traça da uva Época de observação 1ª geração (antes da floração) 2ª geração (1-2 semanas após o início do voo) 3ª geracão (1-2 semanas após o início do voo) Estimativa do risco Método de Órgãos a observar amostragem Observação 2 cachos (ao visual acaso)x5 cepas Observação 2 cachos (ao visual acaso)x5 cepas Observação 2 cachos (ao visual acaso)x5 cepas Nível Económico de Ataque (NEA) 2 ninhos/1 cachos 1 a 1% cachos com posturas 1 a 1% cachos com posturas 22

26 Capturas Dinâmica populacional da Traça da uva Traça da uva (Lobesia botrana) Cast. Novo Lamaçais Belmonte Cernache Sarzedas Sobreira 2 1 Fig. 14 Monitorização semanal da Traça da uva nos POBs de Castelo Novo, Lamaçais, Belmonte Cernache do Bonjardim, Sarzedas e Sobreira Formosa. Aconselhamento: Relativamente à traça da uva, foi seguida a dinâmica populacional da traça praga mas, tal como se tem registado nos últimos anos, o voo não foi intenso e não houve necessidade de se aconselhar uma intervenção para o seu controlo. Apesar do voo ser mais intenso no posto de Cernache de Bonjardim, o nível economico de ataque (1-1%) ao nível de cachos perfurados, nunca foi atingido, tal como se verificou nos outros POBs instalados na zona do Pinhal Sul, Campo Albicastrense e Cova da Beira. No entanto, podemos considerar que se registaram duas gerações, a primeira geração em finais de junho início de julho e a segunda geração em finais de agosto - início de setembro. Os adultos só encontram disponibilidade de cachos na vinha para efetuarem posturas normalmente a partir da segunda quinzena de Abril (botões florais separados). 23

27 25-Abr 2-Mai 9-Mai 16-Mai 23-Mai 3-Mai 6-Jun 13-Jun 2-Jun 27-Jun 4-Jul 11-Jul 18-Jul 25-Jul 1-Ago 8-Ago 15-Ago 22-Ago 29-Ago 5-Set 12-Set 19-Set 26-Set 3-Out O voo dos adultos é crepuscular, permanecendo inativos durante dia, escondidos nas folhas ou nos cachos. A primeira geração de lagartas provoca estragos no período prefloração/alimpa (Maio), a segunda geração no período bago de ervilha/pintor (meados de Junho a meados de Julho) e a terceira geração no período de maturação (Agosto-Setembro) no entanto os estragos não foram significativos ao ponto de se justificar uma referência para efetuar tratamento nas circulares de avisos emitidas este ano Cicadelídeos ou cigarrinha verde (Empoasc a vitis) Monitorização da praga: Colocação de armadilhas cromotrópicas amarelas Evolução de ninfas Dinâmica populacional da cigarrinha verde Cicadelídeos Cast. Novo Qtª de Lamaçais Qtª da Torre Qtª do Ribeiro Sarzedas Sobreira 5 25 Fig.15 Monitorização semanal dos Cicadídeos nos POB de Castelo Novo, Lamaçais, Belmonte, Cernache do Bonjardim, Sarzedas, Sobreira Formosa. 24

28 Aconselhamento: As armadilhas foram colocadas ao nível da folhagem e as contagens foram semanais. As placas cromotropicas foram renovadas quinzenalmente e observadas à lupa. No acompanhamento que foi feito nos POBs da região, as observações realizadas nunca atingiram o nível económico de ataque (5 ninfas/ 1 folhas), não se justificando a emissão do aviso para tratamento desta praga. A dinâmica populacional da praga cigarrinha verde, registada este ano, foi em termos de capturas inferior ao ano anterior, os sintomas não foram visíveis nas videiras e a praga não tem demonstrado grande nocividade nem grandes ataques na cultura nesta região. Este ano continuámos com a malha alargada de observações com a colocação de mais placas cromotropicas em diferentes locais, tendo por objectivo a prospeção na região, de outra espécie de cicadelídeo, o Scaphoideus titanus, responsável pela transmissão do virus da flavescência dourada nas vinhas. As placas analisadas apresentaram resultados negativos em relação à espécie de cicadelídeo Scaphoideus titanus, até ao momento ainda não foi detetada no distrito de Castelo Branco. 4.2 Doenças Escoriose (Phomopsis viticola) A Estação de Avisos de Castelo Branco recolheu informação regional sobre a doença durante o repouso vegetativo e ao longo de todo o ciclo vegetativo da videira assinalando a existência ou não de sintomas da doença. Monitorização da doença: Inverno - deteção da doença : observação de sintomas nas varas, presença de varas esbranquiçadas com picnídeos) Primavera/Verão - acompanhamento da doença: registo semanal da intensidade de ataque em parcelas sensíveis desde o abrolhamento até ao atempamento das varas avaliação final da intensidade de ataque (incidência e severidade) 25

29 A estratégia seguida pela EACB tem como objectivo a protecção preventiva nos períodos de maior sensibilidade da planta à doença. Assim, a emissão das circulares de avisos teve em atenção o seguinte: Aconselhamento: medidas profiláticas (podas, desinfecções, queima de material infectado e selecção de garfos para enxertia) períodos de maior sensibilidade: estados fenológicos D ( saída das folhas) e E (folhas separadas) chamada de atenção aos viticultores para a realização dos tratamentos à medida que se atingiam os estados fenológicos sensíveis (D/E) nas respetivas vinhas. Em 214 a EACB emitiu a circular nº 1 / 214 de 31 de janeiro, com a recomendação de serem aplicadas medidas profiláticas para prevenção das doenças do lenho, tendo por objetivo a redução do inoculo destas doenças, nomeadamente da escoriose. Na circular nº 4 / 214 de 2 de março, foi indicada qual a estratégia para proteger a vinha da doença escoriose. Aconselhou-se o viticultor a ter em atenção os períodos de maior risco da doença e qual o tipo de luta química a adotar. Para tal alertámos os viticultores para avaliarem as suas parcelas e terem em atenção o estado fenológico mais sensível à doença, para depois optarem por uma das duas estratégias de tratamentos apresentadas que melhor se enquadrasse nas respetivas vinhas, ou seja, efetuar um único tratamento quando a vinha apresentar 3 a 4% dos gomos no estado fenológico D (saída das folhas), ou efetuar dois tratamentos, o primeiro quando 3 a 4% dos gomos tiver atingido o estado fenológico D (saída das folhas) e o segundo quando a vinha apresentar 4% dos gomos no estado fenológico E (folhas separadas) Também foi divulgada com a circular, o quadro com as substâncias ativas homologadas para combater a escoriose Oídio (Erysiphe necator) A Estação de Avisos de Castelo Branco recolheu informação regional sobre a doença ao longo de todo o ciclo vegetativo da videira, observando a existência ou não de ataques no início do 26

30 ciclo originados por micélio hibernante nas escamas dos gomos e a presença ou não de cleistotecas nas folhas. Monitorização da doença: Inverno deteção da doença com observação de sintomas nas varas (presença de varas enegrecidas). Primavera/Verão avaliação semanal da intensidade de ataque em parcelas de referência. Previsão do risco: A estratégia seguida pela EACB foi a proteção preventiva baseada nos períodos de maior sensibilidade da planta e nas condições favoráveis à doença. Períodos de maior sensibilidade da planta : cachos visíveis, botões florais separados a fecho dos cachos Condições favoráveis à doença (HR>25% e entre 1ºC<T<3ºC, neblinas Nevoeiros seguidos de períodos de sol Após a floração os tratamentos devem ser dirigidos ao cacho Posicionamento dos fungicidas atualmente disponíveis, de acordo com a eficácia determinada pelos diferentes modos de ação O oídio é a doença mais importante e frequente nas vinhas da região devido às condições climáticas existentes serem muito favoráveis ao seu desenvolvimento, o que obriga os viticultores locais a seguir sempre uma estratégia de tratamentos nos períodos de maior risco, para que a doença possa ser controlada. Aconselhamento: Em 214 a EACB emitiu a circular nº 7/214 no dia 28 de abril porque algumas vinhas localizadas a sul da serra da Gardunha já se encontravam nos estados fenológicos cachos visíveis (F) e cachos separados (G), estados fenológicos muito sensíveis ao oídio. Assim, foi aconselhado a realização de tratamento nesta fase, dando preferência ao enxofre em pó. Nesta circular também foi divulgado o quadro com os fungicidas homologados para combater o oídio na vinha. Na circular nº 9/214 de 19 de maio, as condições climáticas decorriam favoráveis ao desenvolvimento da doença, registando-se temperatura amena e humidade relativa alta, aconselhando-se tratamento nesta altura porque algumas vinhas já se encontravam no estado fenológico floração, período considerado de elevado risco para as infeções de oídio. Também foi divulgada a lista atualizada com as substâncias ativas homologadas para controlar o oídio. 27

31 Na circular nº1/214 de 5 de junho, encontrando-se as vinhas no estado fenológico dominante fim da floração / alimpa aconselhou-se a renovação do tratamento. Algumas vinhas já se encontravam no estado fenológico bago de chumbo, estado sensível a esta doença, como tal deviam também estar protegidas. Na circular nº11/214 de 2 de junho encontrando-se as vinhas a sul da serra da Gardunha no estado fenológico bago de ervilha (K) fase sensível ao oídio, foi aconselhado manter a vinha protegida até ao fecho do cacho, respeitando-se o período de persistência de ação dos fungicidas utilizados. Nesta circular também se referiram as medidas culturais nesta altura as intervenções em verde como a desponta e a correta orientação da vegetação, com o objetivo de melhorar a insolação, arejamento e penetração da calda. Na circular nº 12/214 de 3 de julho, recomendou-se manter a vinha protegida até ao pintor considerando que as condições climáticas verificadas eram favoráveis ao desenvolvimento desta doença Míldio (Plasmopara viticola) Monitorização da doença: Primavera/Verão Detecção das primeiras manchas Avaliação semanal da intensidade de ataque em parcelas de referência Estados fenológicos particularmente sensíveis ao míldio (planta com 7-8 folhas, pré-floração e alimpa) Previsão do risco: Previsão das primeiras infecções aplicando-se a regra dos três 1 Periodo de incubação e saída das primeiras manchas Previsão das infecções secundárias O acompanhamento desta doença foi efectuado através de observações fenológicas, biológicas e de parâmetros climáticos, com periodicidade semanal, com o objectivo de avaliarmos os períodos de risco da doença, nomeadamente as condições de contaminação das infecções primárias. 28

32 As EMAs estão também preparadas com modelos de previsão, nomeadamente o modelo do míldio regra dos 1, cujos registos apresentamos, relativamente aos principais postos biologicos que são acompanhados. Segue-se o registo dos dados meteorológicos nos diferentes POB da EACB em que foi realizada a monitorização do míldio, aplicando o modelo instalado nas EMAs. Registos de previsão do míldio Cernache do Bonjardim Fig.16 Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Cernache do Bonjardim Registos de previsão do míldio Chão do Galego Fig.17 Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Chão do Galego (Sobreira Formosa) 29

33 Registos de previsão do míldio Alcains Fig.18 Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Sarzedas /Alcains Registos de previsão do míldio Castelo Novo Fig.19 Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Fadagosa (Castelo Novo) 3

34 Registos de previsão do míldio Lamaçais Fig.2 Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Lamaçais Registos de previsão do míldio Belmonte Fig. 21 Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola) no POB da Qtª da Torre (Belmonte) 31

35 Registos de previsão do míldio Oleiros Fig. 22 Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Oleiros Aconselhamento: No distrito de Castelo Branco, o míldio em geral não causa estragos importantes nas vinhas, em parte devido às caracteristicas climáticas registadas nesta região. Assim, a pressão da doença em geral é reduzida e por isso não é necessário, realizar tratamentos para além do estado fenológico grão de ervilha. Analisando os registos obtidos do modelo regra dos 1 das EMA que estão afetas aos POBs que a EACB acompanha, observa-se que só estiveram reunidas condições para o desenvolvimento desta doença em meados de maio e finais de junho. Na circular nº 8/214 de 8 de maio foi aconselhado não ser necessário tratar contra o míldio. Na circular nº 9/214 de 19 de maio continuávamos sem observar manchas de míldio nos nossos POBs. No entanto como estava previsto um período de instabilidade climática com risco de precipitação, aconselhou-se um tratamento anti-míldio. Também foi divuldado o quadro com com os fungicidas homologados para combater o míldio. Na circular nº 11/214 de 2 de junho foi recomendado um tratamento com um fungicida sistémico ou penetrante com ação curativa nas vinhas com manchas. 32

36 Na circular nº 12/214 de 3 de julho aconselhou-se a renovação do tratamento nas vinhas que nesta altura ainda não tinham atingido o fecho do cacho. Este ano a doença só se manifestou com mais intensidade na parte final do ciclo da cultura, principalmente nas vinhas localizadas na zona do Pinhal Interior Sul Esca Considerando que esta é uma das doenças do lenho que mais se tem disseminado na região e não existindo outra forma de luta a não ser as medidas culturais a implementar na altura da poda de inverno, como se referiu na circular nº 1/214 de 31 de janeiro. Na circular nº 14/214 de 11 de agosto aconselhou-se marcar as cepas afetadas, pois nesta altura são mais visíveis os sintomas característicos da doença. Na circular nº 19/214 de 17 de dezembro alertou-se para a implementação das medidas de luta a aplicar às plantas doentes na altura da poda de inverno. 5 POMÓIDEAS Macieiras e Pereiras O acompanhamento do estado fenológico dos pomares registou-se em 8 POFs. A monitorização de pragas e doenças foi acompanhada em 35 POBs. Para as Pomóideas foram emitidos 4 aconselhamentos sendo o maior número de tratamentos dirigido nas doenças para o pedrado com 8, e nas pragas para o bichado com 8 recomendações. Segue-se o gráfico com a dispersão mensal dos avisos emitidos para as pomóideas em

37 Tratamentos Pomóideas Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez M.profil. Cancro Pedrado Oídio Aranhiço Afídeos Bichado Coch.S.J Psila Mosca Fruta Formas Hib. D. Conser Fig. 23 Representação gráfica dos tratamentos emitidos mensalmente para as pomóideas. Pomóideas Formas Hib. ; 2 Mosca Fruta; 1 Psila; 2 D. Conser; 2 M.profil.; 1 Cancro; 2 Coch.S.J; 4 Pedrado; 8 Bichado; 8 Oídio; 3 Aranhiço; 4 Afídeos; 3 Fig. 24 Total de tratamentos emitidos por inimigo para as Pomóideas. 34

38 Nº de eclosões semanais 5.1 Pragas Aranhiço vermelho (Panonychus ulmi) Metodologia seguida: Estudo da eclosão das larvas provenientes dos ovos de Inverno (método das tabuinhas) Avaliação da taxa de ocupação das formas móveis em folhas na Primavera e Verão Método: Segmentos ocupados com ovos de Inverno em tábuas com vaselina e efetuar a contagem das larvas eclodidas semanalmente Amostra: 2 tábuas cada com um ramo de 2 anos com cerca de 2 cm. Para o estudo da eclosão das larvas foi utilizado o método das tabuinhas o qual consiste em recolher ramos de 2 anos com aproximadamente 2 cm e são observados à lupa binocular para contabilizar os ovos de Inverno neles existentes. Os ramos são presos em tábuas com vaselina sendo estas depois colocadas, voltadas para baixo, numa árvore do pomar. Foram colocadas 2 tábuas por cada posto biológico. As contagens das eclosões das larvas foram efetuadas uma vez por semana. Para este estudo recolhemos semanalmente amostras de 1 folhas no pomar, as quais são observadas individualmente à lupa binocular para determinação da percentagem de ocupação. Considera-se folha ocupada quando apresenta pelo menos uma forma móvel. Dinâmica populacional do aranhiço vermelho Eclosão de (Panonychus ulmi -Aranhiço vermelho) em tábuas de eclosão Qtªdo Ribeiro Lardosa Qtª Lamaçais Qtª Torre Catraia Fig. 25 Monitorização da eclosão das larvas de (Panonychus ulmi Aranhiço vermelho) provenientes de ovos de Inverno nos POBs de Cernache do Bonjardim, Catraia, Lamaçais, Belmonte e Lardosa. 35

39 Aconselhamento: Na circular nº 2/214 de 2 de fevereiro foi aconselhado efetuar um tratamento com óleo de verão às formas hibernantes desta praga. Na circular nº 6/214 emitida no dia 15 de abril, aconselhou-se efetuar a estimativa do risco e avaliar o nível económico de ataque em cada pomar e só realizar tratamento com acaricida específico de ação larvicida se a percentagem de folhas ocupadas com formas móveis justificar. Na circular nº 11/214 de 2 de junho, recomendou se efetuar a estimativa de risco nos pomares e realizar tratamento se fosse atingido o NEA (5-75% de folhas ocupadas com formas móveis) pois nesta altura a expansão da praga apresentava-se localizada e dependente do histórico de cada pomar. Em 214 o aranhiço vermelho teve níveis baixos de ocupação, em alguns pomares não foi necessário tratar contra esta praga Bichado (Cydia pomonella) A metodologia utilizada pela EACB para monitorizar esta praga e avaliar a estimativa de risco foi a seguinte: Avaliação do somatório das temperaturas acumuladas Determinação da curva de voo utilizando armadilha sexual tipo delta com difusor de feromona Métodos de previsão Métodos de previsão de Bichado: Os métodos de previsão de bichado servem para estudar a dinâmica das populações. Os métodos de previsão baseiam-se em temperaturas crepusculares, curvas de voo (utilização de armadilhas sexuais com feromonas), observação de posturas em folhas e frutos e deteção de penetrações, utilização de cintas de cartão canelado, insectário com caixas de eclosão, bem como, a soma das temperaturas de desenvolvimento. Considerando o somatório das temperaturas médias diárias acima de 1 o C (zero de desenvolvimento) nos diversos POB que são acompanhados, obtivemos os seguintes registos: 36

40 Nº de capturas semanais Quadro 14 Fases de desenvolvimento e somatório de temperaturas de Bichado em 214 Fases de Desenvolvimento Σ Temperatura > 1ºC Cernache do Bonjardim Lardosa Lamaçais Belmonte Início do voo 9º C 22 abril 2 abril 27 abril 5 maio Início das posturas 13ºC 4 maio 29 abril 1 maio 13 maio Início das penetrações 2ºC 23 maio 11 maio 26 maio 1 junho Pico do voo da 1ª geração Primeiras larvas a saírem dos frutos Início da 2ª geração 34ºC 17 junho 3 junho 16 junho 2 junho 47º C 29 junho 17 junho 28 junho 3 junho 7º C 15 julho 3 julho 11 julho 15 julho Pico do voo da 2ª geração 78º C 23 julho 7 julho 17 julho 21 julho O zero de desenvolvimento do embrião situa-se a 1º C e necessita, para se completar, um total de 9 o C acumulado. A data de tratamento é calculada de modo a que quando as larvas eclodirem, os frutos já devem estar cobertos com um inseticida homologado para o efeito. Seguem-se os gráficos representativos da monitorização do bichado nos diferentes postos de observação biológica localizados a sul e norte da serra da Gardunha. Monitorização do bichado em pomares de macieiras Cydia pomonella em Macieiras Cernache Lardosa Lamaçais Fig. 26 Gráfico da curva de voo de bichado em macieira, a sul da Serra da Gardunha (Cernache de Bonjardim Qtª do Ribeiro e Lardosa Qtª da Arrancada) e a norte da serra da Gardunha (Cova da Beira (Qtª de Lamaçais) e Belmonte Qtª da Torre). 37

41 Nº de capturas semanais Monitorização do bichado em pomares de pereiras Cydia pomonella em Pereiras Cernache Lamaçais Belmonte 1 5 Fig.27 Gráfico da curva de voo de bichado em pereiras nos postos biológicos, a sul da Serra da Gardunha (Cernache de Bonjardim Qtª do Ribeiro) e a norte da serra da Gardunha na Cova da Beira (Teixoso Qtª de Lamaçais), (Belmonte Qtª da Torre). Aconselhamento: As recomendações emitidas nas circulares tiveram por base o NEA e a indicação do modo de ação dos produtos a utilizar, ovicida ou larvicida, conforme as gerações da praga e em função da dinâmica populacional do bichado. Com base no modelo dos graus acumulados (somatório> 1ºC) e com base nas nossas observações realizadas nos POBs a sul da serra da Gardunha foi emitida a circular 7/214 de 28 de abril, aconselhando o tratamento ovicida para a 1ª geração de bichado. Nesta circular também foi divulgada a lista de substâncias ativas homologadas para o bichado da fruta. O tratamento larvicida contra a 1ª geração de bichado foi emitido uma semana depois na circular nº 8/214 de 8 de maio pois verificaram-se as primeiras penetrações nos frutos. Na circular nº 9/214 de 19 de maio, na medida em que o voo se mantinha elevado em diversos POBs, aconselhou-se a avaliação de intensidade do ataque e se atingido o nível económico a renovação do tratamento. O voo da segunda geração teve início na segunda quinzena de junho nos pomares localizados a sul da serra da Gardunha. O tratamento ovicida à 2ª geração foi recomendado na circular nº 11/214 de 2 de junho precisamente para os pomares localizados a sul da serra da Gardunha. Nos pomares localizados a norte da serra da Gardunha, que engloba a região da Cova da Beira, o tratamento com produtos de ação ovicida, deveria aguardar a emissão de novo aviso. 38

42 Assim, na circular nº 12/214 de 3 de julho com o início do voo da 2ª geração do bichado nos POBs localizados a norte da serra da Gardunha, aconselhou-se o tratamento com ovicidas para os pomares da Cova da Beira ou se a estratégia for aplicar larvicidas só tratar a partir de 14 de julho. Na circular nº 13/214 de 15 de julho as orientações foram dadas no sentido da renovação do tratamento e da aplicação da estratégia com larvicidas. Na circular nº 14/214 de 11 de agosto foi aconselhada a renovação do tratamento na medida em que continuava intenso o voo desta geração do bichado da fruta, numa altura em que os estragos causados pela praga poderão ser mais importantes Afídeos (Aphis pomi e Dysaphis plantagineae) Metodologia: Observação visual de 1 órgãos (rebentos, inflorescências, infrutescências) em 5 árvores para seguir a evolução das populações a partir do estado fenológico C e registar a percentagem (%) de órgãos infestados. O nível económico de ataque (NEA) em relação ao afídeo verde é de 1 a 15% de raminhos terminais atacados. Aconselhamento: A primeira indicação para tratamento das formas hibernantes do afídeo verde (Aphis pomi) afídeo cinzento (Dysaphis plantaginea) e pulgão-lanígero (Eriosoma lanigerum) foi emitido a a 2 de fevereiro na circular nº2/214, posicionando o tratamento o mais perto possível da rebentação (inchamento do gomo) com óleo de verão a 4% em alto volume e alta pressão, de forma a molhar bem as árvores. Este ano foi aconselhado um tratamento na circular nº 7/214 de 28 de abril dirigido aos primeiros focos registados de piolho verde, avaliando o agricultor o NEA no pomar de modo a tomar a decisão da intervenção fitossanitária. Na circular nº 1/214 de 5 de junho foi aconselhado tratamento para o Aphis pomi também com uma chamada de atenção para o agricultor fazer a avaliação da estimativa de risco no seu pomar e tratar em função do nível económico de ataque (15% de rebentos infestados). Tal como registado no ano anterior, também este ano a intensidade de ataque dos afídeos não foi significativa nos pomares de macieiras da região. 39

43 Capturas Mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata) Metodologia: Para determinação da curva de voo foram instaladas garrafas mosqueiras com atrativo trimedlure e hidrolisado de proteína. Comparámos a eficácia de captura de adultos utilizando a garrafa mosqueira com hidrolisado de proteína e trimedlure, com a armadilha delta com fundo de cola mais trimedlure e verificámos que a garrafa mosqueira voltou a mostrar que tem poder atrativo superior a esta armadilha delta, que apesar de ser mais prática de manusear, não é tão eficaz a capturar estes insetos Cernache Belmonte Ceratitis capitata / Macieiras Fig.28 Monitorização da Ceratitis capitata em macieiras no POB de Cernache de Bonjardim e Belmonte. Aconselhamento: Na circular nº 15/214 de 3 de setembro, foi aconselhado realizar tratamento contra esta praga, na medida em que a monitorização da praga nos nossos POBs indicava uma dinâmica populacional alta. O tratamento foi dirigido principalmente às variedades mais tardias, e aconselhou-se efetuar a estimativa do risco e sempre que o NEA fosse atingido era importante manter as variedades protegidas até à colheita. Acrescentou-se uma nota importante na recomendação, chamando a atenção do agricultor para ter sempre cuidado com o intervalo de segurança do produto fitofarmacêutico a utilizar, principalmente nas variedades que já estavam perto da colheita. Nas variedades tardias, a intensidade do ataque da mosca da fruta, foi superior ao registado nos últimos dois anos nos pomares de pomóideas da região, explicado em parte pelas condições climáticas favoráveis ao seu desenvolvimento da praga, tal como as temperaturas amenas registadas no verão e existência de mais humidade. 4

44 5.1.5 Cochonilha de São José (Quadraspidiotus perniciosus) Metodologia: A metodologia seguida pela EACB foi determinar o somatório da temperatura com base nas temperaturas médias diárias superiores ao zero de desensolvimento da praga que é 7,3º C desde o dia 1 de janeiro do ano em curso. Antes do início das eclosões colocam-se as armadilhas de interceção para ninfas que são cintas ou fitas adesivas de cor branca, sendo adesivas de ambos os lados para permitirem boa fixação aos ramos e permitir a captura das ninfas. As armadilhas são colocadas em abril e são renovadas semanalmente, com observação e contagem à lupa binocular para detetar as primeiras ninfas móveis e determinar o início, pico e fim das eclosões. As armadilhas sexuais para capturar os machos foram colocadas quando atingimos os 17 ºC acumulados de >7,3ºC para determinar o início de voo dos machos da geração hibernante estando representado no quadro seguinte os dados obtidos nos diferentes POBs. Quadro 15 - Somatório de temperaturas acumuladas para adultos e ninfas da 1ª e 2ª geração da cochonilha de S. José, registadas nos diferentes POBs em 214 Fase de atividade Somatório de temperaturas (>7,3 o C desde 1 de janeiro) Belmonte Cernache do Bonjardim Lardosa Lamaçais Início do voo dos machos da geração hibernante Emergência das ninfas da 1ª geração Fim da 1ª geração Emergência das ninfas da 2ª geração 2 o C dia 11 de abril 6 de abril 19 de março 1 de abril o C dia 23 de maio 15 de maio 6 de maio 18 de maio 77 o C dia 18 de junho 14 de junho 31 de maio 15 de junho o C dia 28 de julho 26 de julho 9 de julho 23 de julho 41

45 Aconselhamento: Na circular nº 3/214 de 13 de março foi emitido um aviso para tratamento às formas hibernantes da cochonilha de S. José, principalmente nos pomares localizados a sul da serra da Gardunha, com a recomendação para o tratamento ser feito o mais próximo possível da rebentação, isto é ao estado fenológico B-C, inchamento do gomo-cálice visível. Em 214 a eclosão das larvas antecipou-se em comparação com o ano anterior em cerca de duas a três semanas conforme a localização dos POBs. Recomendou-se tratamento contra esta praga a 19 de maio na circular nº 9/214 pelo facto de se ter iniciado a eclosão das larvas desta cochonilha. Na circular nº 1/214 de 5 de junho, aconselhou-se a renovação do tratamento nos pomares onde é frequente os estragos causados por esta praga, pois registava-se um aumento do número de adultos, principalmente no POB de Cernache de Bonjardim. Na circular nº 13/214 de 15 de julho recomendou-se um tratamento à 2ª geração da praga pois registámos a saída das primeiras ninfas desta geração nos pomares localizados a sul da serra da Gardunha e previa-se para o final do mês a emergência nos pomares localizados a norte da serra da Gardunha. 5.2 Doenças Pedrado (Venturia inaequalis e Venturia pirina) O método de previsão seguido pela EACB foi o indicado pelo SNAA. Para se determinar os riscos de infeção da doença fizeram-se observações em laboratório, ao microscópio, sobre o estado de maturação das peritecas. Para a previsão da oportunidade do primeiro tratamento é fundamental que se verifiquem as seguintes condições: estado fenológico C3/D, ascósporos maduros e previsão de chuva. Quando estas condições se verificam simultaneamente a EACB avisa o agricultor para aplicar um produto de contacto, antes da ocorrência das primeiras chuvas, impedindo assim que os esporos germinem. Caso não se tenha efetuado este tratamento preventivo no início da ocorrência das chuvas, antes de se completarem as 48 horas, deverá ser realizado um 42

46 1-Mar 8-Mar 15-Mar 22-Mar 29-Mar 5-Abr 12-Abr 19-Abr 26-Abr 3-Mai 1-Mai 17-Mai 24-Mai 31-Mai 7-Jun 14-Jun 21-Jun 28-Jun Temperatura (ºC) Precipitação (mm) 1-Mar 8-Mar 15-Mar 22-Mar 29-Mar 5-Abr 12-Abr 19-Abr 26-Abr 3-Mai 1-Mai 17-Mai 24-Mai 31-Mai 7-Jun 14-Jun 21-Jun 28-Jun Temperatura (ºC) Precipitação (mm) tratamento curativo. Se nenhum dos tratamentos anteriores for possível, aconselha-se um tratamento antes do aparecimento das manchas, mas o mais próximo possível dessa data. Quando o inoculo é grande, este deve ser destruído no outono inverno com a aplicação de ureia e enterramento ou destruição das folhas. Na estratégia de aconselhamento seguida para a emissão de circulares de avisos, tivemos sempre presente a previsão meteorológica do tempo para o período em causa. Evolução das condições meteorológicas / Cernache Bonjardim Precipitação (mm) T Med ºC Fig.29 Evolução das condições para a infeção de pedrado no pomar de macieiras em Cernache de Bonjardim. Evolução das condições meteorológicas - Belmonte Precipitação (mm) T Med ºC Fig.3 Evolução das condições para a infeção de pedrado no pomar de macieiras em Belmonte. 43

47 1-Mar 8-Mar 15-Mar 22-Mar 29-Mar 5-Abr 12-Abr 19-Abr 26-Abr 3-Mai 1-Mai 17-Mai 24-Mai 31-Mai 7-Jun 14-Jun 21-Jun 28-Jun Temperatura (ºC) Precipitação (mm) Evolução das condições meteorológicas - Castelo Branco Precipitação (mm) T Med ºC Fig.31 Evolução das condições para a infeção de pedrado no pomar de macieiras na Lardosa. Aconselhamento: Na circular nº 4/214 de 2 de março foi emitido aviso para as variedades de macieiras que se encontravam no estado fenológico abrolhamento botão verde (C 3 - D) e pereiras no estado fenológico (D-E) botão verde botão branco, considerando também as previsões do IPMA para a ocorrência de precipitação, aconselhou-se um tratamento com fungicida de ação preventiva. Na circular nº 5/214 de 3 de abril considerámos importante manter o pomar protegido renovando o tratamento, devido à instabilidade do tempo e às previsões de precipitação, estando as condições climáticas muito favoráveis a infeções primárias de pedrado. Na circular nº 6/214 emitida no dia 15 de abril aconselhou-se um tratamento nos pomares que não estavam protegidos, considerando as previsões de um período de aguaceiros e trovoadas. Na circular nº 8/214 de 8 de maio, aconselhou-se um tratamento com o objetivo de proteger os frutos do ataque de pedrado. Nesta altura podia ser utilizado um produto fitofarmacêutico para combater em simultâneo o oídio. A previsão feita pelo IPMA de ocorrência de precipitação numa altura em que estas condições ainda podiam causar infeções de pedrado levou a um novo aconselhamento na circular nº 9/214 de 19 de maio para renovação do tratamento contra esta doença. 44

48 No início de junho eram visíveis em alguns pomares da região, manchas de pedrado nas folhas e nos frutos. Assim, a circular nº 1/214 de 5 de junho aconselhou a renovação do tratamento, considerando também a previsão de um período de instabilidade climática. Alertou-se na circular nº 11/214 de 2 de junho para as infeções secundárias de pedrado e a necessidade de manter o pomar protegido contra estas infeções. Nos pomares que apresentavam manchas resultado das infeções secundárias, na circular nº 12/214 de 3 de julho, aconselhou-se a renovação do tratamento com um fungicida de contacto. A 2 de novembro foi enviada na circular nº 18/214 informações sobre a aplicação de ureia, tratamento fundamental que visa a redução de inóculo para o ano seguinte Fogo bacteriano (Erwinia amylovora) A bactéria Erwinia amylovora, responsável pelo fogo bacteriano, é uma bactéria de quarentena incluída no anexo II A2 do Decreto-lei 154/25 e afeta essencialmente as fruteiras da família Rosaceae, em particular macieiras, pereiras e marmeleiros. Dado tratar-se de uma doença de quarentena com grande impacto na economia agrícola, foi também realizada pelos inspetores oficiais, uma prospeção apertada nos diferentes concelhos do distrito de Castelo Branco. Com base no modelo de previsão Maryblyt, desenvolvido por Stneiner em 199, a Estação de Avisos de Castelo Branco acompanhou o desenvolvimento do fogo bacteriano face às condições meteorológicas locais. O modelo baseia-se no somatório de temperaturas desde o abrolhamento da cultura, para prever eventuais sintomas nos rebentos e cancros bacterianos. No presente ano, os técnicos da EACB não registaram focos de Erwinia amylovora nos pomares acompanhados no distrito de Castelo Branco, tal como foi confirmado pelo programa de prospeção aplicado nos diferentes concelhos em que as observações visuais realizadas nos diferentes hospedeiros e a colheita de amostras para análise, obtiveram todas resultado negativo à bactéria Erwinia amylovora. A Estação de Avisos de Castelo Branco em 214 aplicou o modelo de previsão Maryblite em diversos POBs da região onde se encontram instalados os principais pomares de pomóideas, apresentando-se seguidamente os registos obtidos. 45

49 Aplicação do modelo de previsão MARYBLYT versão 7 na determinação do risco de infeção de fogo bacteriano O fogo bacteriano é uma doença provocada pela bactéria Erwinia amylovora, afeta plantas da família das rosáceas causando graves prejuízos nas Pomóideas, particularmente em pomares de macieiras, pereiras e marmeleiros. Considerando que no ano anterior se registaram dois focos positivos na região centro com uma expressão considerável, este ano resolvemos acompanhar no campo com mais intensidade alargando o nº de observações nos pomares localizados no distrito de Castelo Branco. Considerando que os modelos de previsão são de extrema utilidade, permitindo estabelecer uma ligação entre os fatores meteorológicos e o risco de infeção torna-se fundamental utilizar mais esta ferramenta auxiliar na previsão do aparecimento do risco de infeção do fogo bacteriano para posterior aconselhamento aos fruticultores. O modelo de previsão Maryblyt desenvolvido por Steiner possibilita prever o risco de infeção e o aparecimento de sintomas na floração, rebentos e cancros. Com a colaboração da Estação de Avisos do Dão que já aplica este modelo na sua região, aplicámos também este ano para as nossas condições o modelo Maryblyt de modo a contribuir, se possível, para a validação do modelo Maryblyt versão 7 para a região centro Assim, conjugando nos inputs a temperatura máxima, mínima, precipitação/horas de folha molhada e o estado fenológico da cultura, surge no output o grau de risco que é determinado com o número de condições observadas. Seguidamente apresentam-se os gráficos com os registos obtidos da aplicação do modelo e as respetivas conclusões para os diferentes postos de observação em 214. Aplicação do modelo de previsão MARYBLYT Belmonte (Quinta da Torre) Em Belmonte, segundo o output do modelo, estiveram reunidas apenas duas condições de risco sendo identificada pela cor vermelha e laranja e que assinala um grau de risco elevado para os dias 7 e 8 de maio e um risco médio para os dias 13 e 14 de maio, pois nesta altura 46

50 ainda podem existir florações secundárias. No entanto, observações no campo não confirmaram o aparecimento de sintomas e o risco também acabou por diminuir porque a falta de humidade condicionou a infeção. 47

51 Aplicação do modelo de previsão MARYBLYT Cernache do Bonjardim (Quinta do Ribeiro) Em Cernache de Bonjardim as condições meteorológicas não foram favoráveis ao desenvolvimento da doença tendo-se verificado risco baixo e médio no mês de abril registando-se o EIP (Epiphytic inoculum potencial) com valores muito baixos (<1), não apresentando este local risco de infeção ao longo do período de floração, apenas no final do mês de abril, nos dias 24, 25 e 26, existiram condições de infeção de alto risco mas sem correspondência nas observações de campo. Durante o mês de maio, surgiram mais 6 situações pontuais de médio a alto risco que acabaram por não ter condições para evoluir. 48

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53 5

54 Aplicação do modelo de previsão MARYBLYT Castelo Novo/Lardosa Segundo o output em Castelo Novo verificou-se um risco baixo e médio pois praticamente não se registou EIP, a temperatura média foi baixa (<15,6 o C) no período de fenologia crítico (floração) e não se criaram condições favoráveis ao desenvolvimento da doença. Apenas surgiu no início do mês de maio, nos dias 5 e 6, um período de risco que não teve condições para se desenvolver. Analisando o output na Quinta da Arrancada verificou-se um risco elevado no dia 26 de abril e outro no dia 14 de maio, períodos que estiveram associados a ocorrência de precipitação. No entanto, as observações de campo realizadas no pomar, indicaram que não se criaram condições favoráveis ao desenvolvimento da doença. 51

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56 Considerações: Sabe-se que esta bactéria Erwinia amylovora sobrevive por longos períodos de tempo nos tecidos das plantas sem que ocorra a manifestação de sintomas. Este facto pode justificar a não observação de sintomas durante períodos alargados e a sua manifestação expressiva quando se conjugam os seguintes fatores: - presença de flores abertas com estigmas e pétalas intactas, - ocorrência de folha molhada ou precipitação, - temperatura média diária de 15,6ºC, - acumulação de 11º hora> 18.3ºC a partir das primeiras flores abertas. Aplicação do modelo de previsão MARYBLYT versão 7 na determinação do risco de infeção de fogo bacteriano: Considerando os dados obtidos e analisando a aplicação do modelo de previsão MARYBLYT versão 7 na determinação do risco de infeção de fogo bacteriano, o output nos locais que foram acompanhados por serem representativos da região, leva-nos a concluir que a bactéria este ano não teve condições para se manifestar na região. Assim, não foi necessário divulgar um alerta fitossanitário para esta doença em 214 nas circulares de avisos emitidas pela Estação de Avisos de Castelo Branco. 6 OLIVAL O acompanhamento do estado fenológico do olival registou-se em 7 POFs. A monitorização de pragas e doenças foi acompanhada em 34 POBs. Em 214 para o olival foram emitidos 14 aconselhamentos, sendo o maior número de recomendações dirigido para as pragas mosca da azeitona, nomeadamente com 4 tratamentos (um para a azeitona de conserva e três para a azeitona para azeite) e nas doenças para olho de pavão e gafa e respetivamente cada com 3 e 2 recomendações. 53

57 Tratamentos Apresentamos seguidamente os gráfico com a dispersão mensal dos avisos e o nº de tratamentos aconselhados por finalidade nas circulares para a cultura do olival em 214. OLIVAL Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Med.Profil. Tuberculose Olho Pavão Traça Mosca Azeitona Gafa Fig. 32 Representação gráfica dos avisos emitidos mensalmente para o olival. OLIVAL Med.Profil.; 1 Gafa; 2 Tuberculose; 1 Mosca Azeitona; 4 Olho Pavão; 3 Traça; 2 Fig. 33 Representação gráfica dos avisos totais emitidos por inimigo para o olival. 54

58 6.1 Pragas Traça da oliveira ( Prays oleae) A EACB acompanha nos diferentes POBs da região o ciclo biológico da traça da oliveira, utilizando a metodologia abaixo indicada. Quadro 16 Metodologia de avaliação da Prays oleae. Métodos de Registos a efectuar Geração amostragem Antófaga Armadilha sexual Observação visual de 1 cachos florais Nº de adultos capturados/dia/armadilha (>15 adultos/dia) Nº de cachos florais atacados* (5% a 11%) de inflorescências atacadas) Carpófaga Armadilha sexual Observação visual de 1 frutos Nº de adultos capturados/dia/armadilha (>25 adultos/dia) Nº de frutos atacados** (2%a4%) Filófaga Observação visual de 1 gomos Nºde gomos terminais atacados*** (1% de ápices) 55

59 Época e periodicidade de realização das observações. Observações: Geração antófaga: Abril a Maio, desde o estado fenológico D/E até plena floração observações semanais. Geração carpófaga: Maio a Julho, desde o estado fenológico H/I observações semanais. Geração filófaga: Fevereiro e Março observações semanais. Métodos de amostragem: *Considera-se cacho floral atacado, quando apresenta pelo menos um ovo viável e/ou uma lagarta viva. ** Considera -se fruto atacado quando apresenta pelo menos um ovo viável e/ou uma lagarta viva e/ou uma perfuração com uma lagarta viva. ***Considera-se gomo atacado, quando apresenta pelo menos uma lagarta viva. Registos a efetuar: Armadilha sexual Número de adultos capturados dia/armadilhageração Observação visual de 1 cachos florais Número de cachos florais atacados* Armadilha sexual Número de adultos capturados dia/armadilha Observação visual de 8 frutos Número de frutos atacados**eração Observação visual de 1 gomos Número de gomos atacados*** Fig. 34 Monitorização da traça da oliveira nos diferentes POBs 56

60 7-Abr 14-Abr 21-Abr 28-Abr 5-Mai 12-Mai 19-Mai 26-Mai 2-Jun 9-Jun 16-Jun 23-Jun 3-Jun 7-Jul 14-Jul 21-Jul 28-Jul Capturas 7-Abr 14-Abr 21-Abr 28-Abr 5-Mai 12-Mai 19-Mai 26-Mai 2-Jun 9-Jun 16-Jun 23-Jun 3-Jun 7-Jul 14-Jul 21-Jul 28-Jul Capturas Dinâmica populacional da traça da oliveira Traça da oliveira(prays oleae) Castelo Novo Sobreira Perais Sarzedas Fig. 35 Monitorização da traça em armadilha delta nos POBs referenciados Traça da oliveira(prays oleae) Lamaçais Perdigão Cernache Fig.36 Monitorização da traça em armadilha delta nos POBs referenciados Aconselhamento: A intensidade de voo da traça na geração antófaga foi muito baixa nos postos de observação biológica. Também as inflorescências analisadas apresentaram um nº baixo de ovos e larvas nos botões florais não atingindo o nível económico de ataque (NEA). 57

61 Considerando que os olivais apresentavam em geral uma boa floração, aconselhou-se na circular de avisos nº 9 /214 de 19 de maio, não tratar a geração antófaga. Na geração carpófaga, a observação de ovos e larvas em amostras de frutos vingados registaram níveis de infestação significativos e o aumento de capturas verificada em alguns POBs atingiu o NEA o que levou a EACB a emitir a circular nº 11/214 de 2 de junho, aconselhando o tratamento desta geração carpófaga, principalmente nos olivais com fraco vingamento e que normalmente registam prejuízos causados por esta praga. Este tratamento também irá contribuir para diminuir a queda da azeitona em setembro, provocada pela saída da lagarta do interior dos frutos Mosca da azeitona (Bactrocera oleae) A EACB acompanha nos diferentes POBs da região o ciclo biológico da mosca da azeitona, utilizando a metodologia de amostragem indicada no seguinte quadro: Quadro 17 Metodologia de avaliação da Bactrocera oleae. Métodos de amostragem Armadilhas alimentares Armadilhas cromotrópicas + feromona Observação visual de 1 frutos Azeitona de conserva Azeitona para azeite Registos a efetuar Nºde adultos capturados/dia/armadilha (+5 adultos fêmea/dia/armadilha) Nºadultos capturados/dia/armadilha (+3 adultos fêmea/dia/armadilha) Nº de frutos picados (1% de formas vivas) Nº de frutos picados (8% a 12% de formas vivas) 58

62 Frutos Atacados 3-Ago 9-Ago 15-Ago 21-Ago 27-Ago 2-Set 8-Set 14-Set 2-Set 26-Set 2-Out 8-Out 14-Out 2-Out 26-Out Frutos Atacados Nos diferentes POB são colhidas semanalmente amostras constituídas por 1 frutos para observação laboratorial, cujos resultados são uma indicação da evolução do ataque da mosca da azeitona nesses olivais. Seguidamente apresentam-se os resultados obtidos das observações realizadas às amostras de azeitonas analisadas e colhidas semanalmente, nos diferentes postos de observação biológica. Evolução da Mosca da Azeitona (Castelo Novo) Ovos Larvas Pupas Orifícios saída Picadas Fig. 37 Evolução do ataque da mosca da azeitona (Bactrocera oleae) no POB de Castelo Novo Evolução da Mosca da Azeitona (Sarzedas) Ovos Larvas Pupas Orifícios saída Picadas Fig. 38 Evolução do ataque da mosca da azeitona (Bactrocera oleae) no POB de Sarzedas 59

63 Frutos Atacados Frutos Atacados Evolução da Mosca da Azeitona (Sobreira) Ovos Larvas Pupas Orifícios saída Picadas Fig.39 Evolução do ataque da mosca da azeitona (Bactrocera oleae) no POB de Sobreira Formosa Evolução da Mosca da Azeitona (Perais) Ovos Larvas Pupas Orifícios saída Picadas Fig.4 Evolução do ataque da mosca da azeitona (Bactrocera oleae) no POB de Perais Registou-se só no final do mês de outubro, uma ligeira subida de picadas e orifícios de saída nas amostras analisadas, resultado também de um aumento populacional que se observava nesta altura, consequência das condições ambientais mais favoráveis ao desenvolvimento da praga. Seguem-se os gráficos das curvas de voo da Bactrocera oleae nos diferentes POB da região, em que a captura dos adultos foi realizada de duas maneiras: 6

64 - Garrafas mosqueiras tipo McPhail, mais hidrolisado de proteína - Placas cromotrópicas mais feromona. Dinâmica populacional da Bactrocera oleae Mosca da Azeitona Sarzedas Sobreira Perais Castelo Novo Perdigão Lamaçais Fig.41 Monitorização da mosca da azeitona (Bactrocera oleae) em garrafas mosqueiras, nos POBs de Sarzedas, Sobreira Formosa, Perais e Castelo Novo. Mosca da Azeitona Sarzedas Sobreira Perais Castelo Novo Perdigão Lamaçais Fig.42 Monitorização da mosca da azeitona (Bactrocera oleae) em placas cromotrópicas, nos POBs de Sarzedas, Sobreira Formosa, Perais e Castelo Novo. 61

65 Aconselhamento: Este foi um ano de grande intensidade de ataque da mosca da azeitona resultado das condições climáticas registadas, muito favoráveis ao desenvolvimento da praga. Na circular nº 14/214 de 11 de agosto, a EACB chamou a atenção para ser efetuado imediatamente um tratamento nos olivais cuja produção se destinava a conserva, pois o nível económico de ataque para azeitonas de mesa tinha sido atingido nos nossos POBs. As recomendações que foram emitidas tiveram por base o nível económico de ataque, quando este foi atingido nas nossas observações de campo e laboratoriais. Assim, foi indicado um tratamento na circular nº 15/214 no dia 3 de setembro para os olivais cuja azeitona se destinava a azeite. Na circular nº 16/214 de 17 de setembro foi emitido novo aviso considerando as condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da praga e o aumento registado nas armadilhas da intensidade do voo da mosca. A renovação para tratar foi emitida na circular nº 17/214 de 2 de outubro considerando que o ataque superava o NEA Euzofera (Euzophera pingüis) Monitorização da praga: Os períodos do risco são avaliados com a instalação de armadilhas sexuais para a captura de adultos. Verificada a existência de voo e determinado o pico das capturas, a observação visual do tronco e a procura de actividade das jovens larvas, serão dados complementares importantes para a tomada de decisão de tratamento. Época de observação a partir de Março Metodo de amostragem colocar armadilha sexual e observação visual semanal Orgãos a observar avaliar as capturas da armadilha e fazer a observação visual dos troncos NEA tratar ao pico de voo. 62

66 13-Abr 27-Abr 11-Mai 25-Mai 8-Jun 22-Jun 6-Jul 2-Jul 3-Ago 17-Ago 31-Ago 14-Set 28-Set 12-Out 26-Out Nº de adultos capturados Dinâmica populacional da Euzophera pingüis 3 Euzophera pinguis Vila Velha de Rodão Fig. 43 Monitorização da Euzophera pingüis no POB de Vila Velha de Rodão. As armadilhas sexuais para capturar adultos, foram colocadas no início do mês de abril nos postos de observação biológica de Vila Velha de Rodão. Em face das capturas registadas não verificamos uma correspondência em estragos na cultura o que nos permite concluir que existe um equilíbrio da praga face aos seus inimigos naturais. O pico populacional em Maio acabou por coincidir novamente com o estado fenológico F (floração) tal como se tem registado nos ultimos anos. A dinâmica populacional da praga em termos de adultos capturados tem vindo a diminuir nos ultimos anos, comparativamente com anos anteriores na mesma região. Aconselhamento: O NEA não foi atingido pelo que não se recomendou tratamento contra este inimigo. O voo dos adultos de Euzophera pingüis é muito influenciado pela temperatura, ocorrendo geralmente na primavera, do início de março até finais de junho. A temperatura ideal para as emergências dos adultos está situada entre 2 e 25ºC. Relativamente às precipitações, vários dias seguidos de chuva afetam negativamente o voo dos adultos, principalmente se esta vier acompanhada de vento. A duração da feromona no campo é de seis semanas, pelo que serão necessárias duas cápsulas para cobrir o voo da primavera. 63

67 13-Abr 27-Abr 11-Mai 25-Mai 8-Jun 22-Jun 6-Jul 2-Jul 3-Ago 17-Ago 31-Ago 14-Set 28-Set 12-Out 26-Out Nº de adultos capturados A terceira cápsula de feromona poder-se-á colocar no final do mês de julho, dado que o voo outonal tem início geralmente em agosto e termina em outubro. Os baixos níveis de capturas de adultos e a baixa incidência de estragos nas árvores permitiram dispensar este ano qualquer intervenção fitossanitária Traça verde (Palpita unionalis(vitrealis)= Margaronia unionalis) Monitorização: Os períodos de risco podem ser avaliados utilizando-se armadilhas tipo funil ou delta com a feromona sexual do insecto As capturas permitem esclarecer a presença da praga no olival e traçar a curva de voo. A intensidade do ataque é determinada por observação do ataque nos rebentos. Época de observação início da Primavera Método de amostragem observação visual Orgãos a observar 5 rebentos x 2 árvores NEA - >5% de rebentos atacados (árvores jovens) Dinâmica populacional da traça verde Palpita unionalis Vila Velha de Rodão Fig. 44 Monitorização da Palpita unionalis no POB de Vila Velha de Rodão 64

68 As capturas foram muito baixas apesar de se observarem alguns estragos causados pela praga na rebentação nova. Só se forem árvores novas em fase de formação é que o ataque desta praga poderá causar grandes prejuízos na cultura. A captura de adultos da praga foi baixa como tem sido habitual apesar de serem visíveis alguns estragos em alguns olivais novos, principalmente com variedades como Arbequina e Carrasquenha. Os primeiros adultos foram capturados no fim do mês de maio e a curva de voo apresentou dois picos populacionais, um em julho e outro em meados de setembro, sendo neste período que se observou o maior número de estragos visíveis no olival acompanhado. Aconselhamento: O NEA não foi atingido nos nossos postos de observação biológica, pelo que não se recomendou tratamento contra este inimigo. 6.2 Doenças Gafa (Colletotrichum acutatum) A estratégia seguida pela Estação de Avisos tem sido a protecção preventiva baseada no historial da região quanto à incidência da doença e na monitorização das condições favoráveis à doença como: HR>92%, neblinas ou nevoeiros, folhas molhadas durante um elevado nº de horas, temperatura entre 1 o C e 3 o C (óptimo entre 2 o C e 25 o C). Nos POBs foi efectuada a observação visual e a colheita semanal de amostras constituídas por 1 frutos ao acaso na parcela, para observação laboratorial e determinação da % de frutos atacados. O período de maior risco corresponde ao momento em que os frutos se encontram em fase de maturação, quando ocorrem as primeiras chuvas. Este período pode prolongar-se até novembro -dezembro, desde que a temperatura média seja superior a 1ºC.. Out. Nov. Dez. 65

69 1-Set 7-Set 13-Set 19-Set 25-Set 1-Out 7-Out 13-Out 19-Out 25-Out 31-Out 6-Nov 12-Nov 18-Nov 24-Nov 3-Nov 1-Set 7-Set 13-Set 19-Set 25-Set 1-Out 7-Out 13-Out 19-Out 25-Out 31-Out 6-Nov 12-Nov 18-Nov 24-Nov 3-Nov As circulares de aviso a aconselhar a realização de tratamentos foram emitidas na fase de frutos jovens e a partir da fase de maturação, quando houve a conjugação de condições ambientais favoráveis (humidade relativa elevada, folha molhada e temperatura média superior a 1ºC). Registos Termopluviométricos Castelo Branco T M (ºC) HR (%) HR(%) Temp.Media Fig.45 Gráfico com o registo mensal de temperatura média e humidade relativa do POB localizado em Castelo Branco Registos Termopluviométricos Proença-a-Nova T M (ºC) HR (%) HR(%) Temp.Media Fig.46 Gráfico com o registo mensal de temperatura média e humidade relativa do POB localizado em Proença a Nova 66

70 1-Set 7-Set 13-Set 19-Set 25-Set 1-Out 7-Out 13-Out 19-Out 25-Out 31-Out 6-Nov 12-Nov 18-Nov 24-Nov 3-Nov 1-Set 7-Set 13-Set 19-Set 25-Set 1-Out 7-Out 13-Out 19-Out 25-Out 31-Out 6-Nov 12-Nov 18-Nov 24-Nov 3-Nov Registos Termopluviométricos Penamacor T M (ºC) HR (%) HR(%) Temp.Media Fig.47 Gráfico com o registo mensal de temperatura média e precipitação do POB localizado em Penamacor Registos Termopluviométricos Vila Velha Rodão T M (ºC) HR (%) HR(%) Temp.Media Fig.48 Gráfico com o registo mensal de temperatura média e precipitação do POB localizado em Vila Velha de Rodão 67

71 Aconselhamento: O período de maior risco corresponde ao momento em que os frutos se encontram na fase de maturação e simultaneamente ocorrem as primeiras chuvas. Assim, as observações para a gafa decorrem geralmente nos meses de setembro, outubro e novembro. A EACB recomendou a realização de dois tratamentos preventivos a partir da fase de maturação dos frutos, quando houve conjugação de condições ambientais favoráveis, nomeadamente, humidade relativa elevada, temperatura adequada e precipitação prevista pelos serviços de meteorologia. Os tramentos foram aconselhados na circular nº 16 / 214 de 17 de setembro após o início das primeiras chuvas outonais e na circular nº 17 / 214 de 2 de outubro para manter os olivais protegidos a partir desta altura, dada a instabilidade do tempo verificada e das previsões de precipitação para o final do mês. Na circular nº 19 de 15 de dezembro considerando o ataque intenso registado em alguns olivais, houve uma chamada de atenção para serem aplicadas algumas medidas com o objetivo de diminuir o inóculo desta doença Olho de pavão (Spilocaea oleagina) Monitorização da doença: deteção de manchas nas folhas e avaliação semanal da intensidade de ataque. Consideram-se condições favoráveis: humidade relativa (Hr) próxima dos 1%; neblinas e nevoeiros; folhas molhadas durante elevado número de horas; temperatura entre 1 25 º C (ótimo entre 18 e 21º C). 68

72 Entre os factores de nocividade do olho de pavão, destacam-se os de natureza climática, como a humidade relativa superior a 98% e a chuva, sendo os ataques favorecidos por temperaturas situadas entre 15 o C e 2 o C. A estimativa do risco teve lugar no início da Primavera, antes das primeiras chuvas desta estação e depois de cessarem os frios de Inverno e no fim do Verão por volta de Outubro, antes das primeiras chuvas. Nos POBs, além da observação visual, é efectuada nos períodos suscetiveis. Para a emissão do aviso devem ser considerados os seguintes fatores de nocividade que condicionam a atividade deste fungo na cultura oliveira: - historial do olival e da região quanto à frequência e gravidade da doença; - suscetibilidade varietal; - excesso de vigor (adubação azotada); - condução e podas das árvores (copas fechadas, deficiente arejamento); - compassos apertados; - solos ácidos e mal drenados; - olivais de regadio; - condições meteorológicas favoráveis; - estado sanitário geral do olival. Recomendou-se na emissão de circulares de aviso a realização de tratamentos fitossanitários, logo que o ITI atingiu as seguintes condições: na Primavera: ITI> 1% aconselhou-se tratamentos preventivos para proteger a nova rebentação; no Outono: ITI> 1% aconselhou-se tratamentos preventivos. Aconselhamento: A estratégia da EACB teve como base a proteção preventiva acompanhando a evolução das condições meteorológicas, na medida em que estão diretamente relacionadas com o desenvolvimento da doença. Foi emitida a circular nº 3 / 214 no dia 13 de março, aconselhando um tratamento preventivo ao olho de pavão, principalmente dirigido aos olivais com cultivares sensíveis como a Cordovil, Redondil e Picual. Na circular nº 16 / 214 de 17 de setembro e na circular nº 17/214 de 2 de outubro foi aconselhado a realização de tratamentos para evitar as desfoliaçãoes intensas que, mais tarde, o olho de pavão costuma provocar. 69

73 Tratamentos 7 PRUNÓIDEAS Cerejeiras e Pessegueiros O acompanhamento do estado fenológico dos pomares registou-se em 13 POFs. A monitorização de pragas e doenças foi acompanhada em 65 POBs. No total, para as prunóideas, foram emitidos 27 aconselhamentos para tratamento de pragas e doenças. O cultura com mais recomendações foi a cerejeira com 6 aconselhamentos para a moniliose seguindo-se o pessegueiro com 5 tratamentos para a lepra. As pragas, com mais recomendações, foi a mosca da cereja, mosca da fruta e anarsia, respetivamente para cerejeiras e pessegueiros, cada com 2 aconselhamentos. Emissão mensal dos avisos emitidos para Prunóideas PRUNÓIDEAS Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Trat.Out Trat.Inv. Crivado Lepra Oídio Moniliose Afídeo negro Afídeo verde Anarsia Cancro Mosca Cereja Mosca Mediterrâneo Total de avisos emitidos por finalidade para Prunóideas PRUNÓIDEAS Mosca Cereja; 2 Cancro; 1 Mosca Mediterrâneo; 2 Trat.Out; 1 Trat.Inv.; 1 Crivado; 3 Anarsia; 2 Afídeo verde; 1 Afídeo negro; 1 Moniliose; 6 Lepra; 5 Oídio; 2 7

74 Capturas 7.1 Pessegueiros Pragas Mosca da Fruta ou Mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata) Monitorização da praga: A dinâmica populacional da praga foi seguida, acompanhando-se a evolução do voo dos adultos, com as armadilhas alimentares modelo McPhail, utilizando hidrolisado de proteína e trimedlure. Dinâmica populacional da mosca do Mediterrâneo 1 9 Ceratitis capitata / Pessegueiros Qtª do Ribeiro Qtª Fadagosa Qtª Lamaçais Qtª da Torre Fig.49 Monitorização da Ceratitis capitata em pessegueiros nos POBs de Cernache de Bonjardim (Qt.ª do Ribeiro), Soalheira (Qtª da Fadagosa), Teixoso (Qtª Lamaçais) e Belmonte (Qtª da Torre). Aconselhamento: A dinâmica populacional da praga foi baixa no início do seu ciclo biológico, no período das variedades precoces de pessegueiros, havendo um aumento populacional nas variedades tardias de nectarinas, pessegos e pavias. 71

75 Capturas Os tratamentos indicados tiveram por base o NEA, o objectivo era proteger as variedades tardias onde é frequente o ataque de mosca da fruta, para evitar prejuízos na comercialização. Para o controlo da praga nesta cultura apenas foi emitida a circular nº 13/214 no dia 15 de julho, aconselhando um tratamento contra a mosca da fruta nos pomares de pessegueiros e nectarinas com variedades tardias onde é frequente o ataque da praga, respeitando sempre o intervalo de segurança do produto fitofarmacêutico a utilizar, ou seja respeitar o nº de dias que deve decorrer desde a aplicação do produto até à colheita. Nos pomares com variedades tardias houve necessidade de renovar o tratamento, como referenciado na circular nº 14/214 de 11 de agosto Anarsia (Anarsia lineatella) Metodologia: Evolução do voo de adultos nas armadilhas sexuais e observação visual de sintomas com periodicidade semanal. Dinâmica populacional da Anarsia Anarsia lineatella / Pessegueiro Qtª do Ribeiro Fig.5 Monitorização da Anarsia lineatella em pessegueiros no POB de Cernache de Bonjardim (Qtª do Ribeiro), Soalheira (Qtª da Fadagosa), Teixoso (Qtª de Lamaçais), Belmonte (Qtª da Torre). 72

76 Aconselhamento: No ano de 214 a praga esteve presente em alguns pomares, observando-se alguns sintomas, mas sem causar estragos significativos. Na circular nº 12/214 de 3 de julho, apesar das capturas estarem baixas nos nossos POBs, foi indicado um tratamento nos pomares onde é frequente o ataque desta praga, se o NEA (nível económico de ataque) fosse atingido no pomar, chamando a atenção do agricultor para observar primeiro a sua parcela e decidir em função do nível económico de ataque registado e avaliar a necessidade de realizar ou não um tratamento contra esta praga. Esta é uma praga importante que afeta as prunóideas, tendo já causado em anos anteriores, prejuízos significativos nos pomares de pessegueiros na região da Beira Interior Sul, designadamente na Cova da Beira e sul da Serra da Gardunha. Na circular nº 13/214 de 15 de julho, devido a um aumento significativo de capturas de adultos da praga nos nossos POBs, aconselhou-se a renovação do tratamento nos pomares com variedades tardias, pois é nestas variedades que é frequente a praga causar estragos Afídeo verde (Mysus persicae) Metodologia: Observação visual em 1 raminhos e avaliar a percentagem da taxa de ocupação. Aconselhamento: A circular nº 6/214 de 15 de abril informou os agricultores que já tínhamos detetado as primeiras colónias de afídeo verde em alguns POBs. Assim, aconselhou-se cada agricultor fazer a avaliação da estimativa de risco no pomar e só realizar tratamento se atingido o NEA de 3 a 7% de raminhos infestados. Pelo facto de não se terem observado novas infestações da praga não foi recomendado novo tratamento. 73

77 7.1.2 Doenças Lepra (Taphrina deformans) Monitorização da doença: A observação incide sobre os gomos terminais e folhas de ramos do ano. A avaliação da intensidade de ataque é semanal a partir de finais de Fevereiro. Previsão do risco: Avaliar se as condições meteorológicas são favoráveis à doença (períodos de frio e tempo húmido) e ter em conta o período de maior sensibilidade da planta (início do desenvolvimento do botão floral e aparecimento da ponta verde da primeira folha). Aconselhamento: A oportunidade do tratamento preventivo é muito importante para o sucesso da proteção da cultura contra esta doença. Considerando que esta doença é frequente nos pomares de pessegueiros na nossa região, foi indicado na circular nº 2/214 de 2 de fevereiro o primeiro tratamento na cultura ao estado fenológico B (intumescimento dos gomos) com fungicidas à base de cobre. Na medida em que as variedades mais precoces de pessegueiros já se encontravam em atividade vegetativa, foi emitida a circular nº 3/214 de 13 de março a recomendação para ser realizado um tratamento ao estado fenológico C-D (aparecimento do cálice corola à vista) utilizando fungicidas orgânicos. A circular nº 4/ 214 de 2 de março, aconselhava-se a continuidade da proteção do pomar contra esta doença, pois as condições climáticas e fenológicas eram favoráveis à instalação da doença. Novo aconselhamento foi emitido na circular nº 5 / 214 de 3 de abril, nesta altura para proteger as novas folhas. Registavam-se focos de lepra em alguns pomares com variedades mais sensíveis, por isso, na circular nº 6/214 de 15 de abril, aconselhou-se manter o pomar protegido contra esta doença. Na circular nº 18/214 de 2 de novembro, aconselhou-se a realização dos tratamentos de outono com cobres durante o período de queda das folhas, como estratégia de luta preventiva contra a lepra. 74

78 Oídio (Sphaerotheca pannosa) Monitorização da doença: A valiação semanal da intensidade de ataque e a observação visual da sintomatologia nos rebentos. Previsão do risco: períodos de maior sensibilidade da planta (estado fenológico à queda das pétalas e jovens frutos) e condições meteorológicas favoráveis à doença (necessário humidade na folha mas é pouco exigente em temperatura). Aconselhamento: A EACB indicou na circular nº 7/214 de 28 de abril, um tratamento dirigido às variedades mais sensíveis, para a protecção dos frutos nos pomares de pessegueiros e nectarinas com variedades mais sensíveis. As condições meteorológicas foram mais favoráveis que o ano anterior ao desenvolvimento desta fungo, verificando-se um aumento de inóculo e a observação de sintomas nos frutos, pelo que foi necessário emitir na circular nº 11/214 de 2 de junho um tratamento nas variedades de pessegueiros e nectarinas sensíveis à doença Pragas 7.2 Cerejeiras Mosca da cereja (Rhagoletis cerasi) Metodologia: Evolução do voo dos adultos foi acompanhado utilizando garrafas mosqueiras com hidrolisado de proteína e placas cromotropicas com plaquetas de amónio. Seguem-se os gráficos com os resultados obtidos da monitorização da mosca da cereja em

79 Capturas Garrafas Mosqueiras Nº de capturas em placas cromotropicas Dinâmica populacional da mosca da cereja (Rhagoletis cerasi) Rhagoletis cerasi / Cerejeiras M. da Senhora Catraia Chão Galego 4 2 Fig.51 Monitorização da mosca da cereja em placas cromotrópicas nos POBs da região Dinâmica populacional da mosca da cereja (Rhagoletis cerasi) Rhagoletis cerasi / Cerejeiras M. da Senhora Catraia Chão Galego Fadagosa Lamaçais Fig. 52 Monitorização da mosca da cereja em garrafas mosqueiras em POBs da região. 76

80 Considerações: O controlo desta praga está muito condicionado pelas épocas em que se regista o aparecimento dos primeiros adultos. Após surgirem as primeiras capturas, os tratamentos devem ser feitos ao fim de uma semana, tendo em atenção o escalonamento da maturação. Este ano, continuou a ser testado na EACB, o método de deteção dos primeiros adultos com base nas temperaturas de solo acumuladas. Para tal, utilizamos os registos do termómetro de solo da EMA do Chão do Galego e com base nas temperaturas de solo acumuladas aplicamos o modelo, segundo o qual, a emergência de adultos está dependente das temperaturas primaveris e poderá ser prevista através do somatório de temperatura de solo. O modelo de temperaturas de solo indica a necessidade de existir para o início do voo da mosca da cereja, o somatório de 43 graus-dia acima de 5ºC ou o somatório de 37 graus-dia acima de 7ºC, acumulados a partir de 1 de janeiro do termómetro de solo instalado a 5 cm de profundidade. Os dados obtidos em 214 na EMA de Chão do Galego, considerando a temperatura base de 37ºC acima de 7ºC, indicaram o dia 24 de abril para o início do voo. Considerando o somatório de 43 graus-dia acima de 5ºC de temperatura registada no solo a data prevista para o início do voo seria o dia 8 de abril. Em 214, o valor calculado pelos acumulados de 37 graus-dia acima de 7ºC da temperatura media de solo, é mais compatível com a realidade encontrada nos pomares da região de Proença-a-Nova, na medida em que nas armadilhas instaladas o aparecimento dos primeiros adultos de mosca da cereja registaram-se em 214 no início de maio, dados que se compatibilizam com as previsões do modelo base de 37ºC acumulados acima de 7ºC da temperatura de solo. Considerando a potencialidade da fileira da cereja nesta região, em particular na Cova da Beira e a sul da serra da Gardunha, devido em parte à existência de condições edafoclimáticas excelentes para a sua produção, nomeadamente pela qualidade de solos de origem granitica, equilibrados e bem drenados, e a existência de um nº de horas de frio adequado para uma boa quebra de dormência das cerejeiras, tal como a antecipação da produção em cerca de 15 dias, principalmente a sul da Serra da Gardunha, em relação a outros locais de produção, são uma aposta forte no futuro pela importância fulcral de entrada precoce nos mercados. 77

81 Seguem-se os quadros com os registos acumulados de temperatura de solo Quadro 18 Registos Acumulados (> 5 o C) de Temperatura de Solo (EMA de Chão do Galego) 214 Chão do Galego Temperatura média do solo ( o C) Excedente> 5 o C Excedente Acumulado> 5 o C desde , ,1 5,1 384, ,4 5,4 389, ,5 5,5 395, ,3 5,3 4, , 47, ,4 7,4 415, ,2 8,2 423, ,9 8,9 432, ,7 9,7 441, ,5 1,5 452, ,6 1,6 463, ,7 1,7 473, ,9 1,9 484, , 495, ,5 11,5 57, ,4 11,4 518, ,8 11,8 53,3 78

82 ,4 12,4 542, , 553, ,1 9,1 562, ,6 9,6 572, , 581, ,4 9,4 59, ,4 8,4 599, ,5 8,5 67, ,6 9,6 617, ,7 9,7 627, ,6 1,6 637, ,1 11,1 648, ,2 12,2 66,9 214 Quadro 19 Registos Acumulados (> 7 o C) de Temperatura de Solo (EMA de Chão do Galego) Chão do Galego Temperatura média do solo ( o C) Excedente> 7 o C Excedente Acumulado> 7 o C desde , ,1 3,1 23, ,4 3,4 26, ,5 3,5 21, ,3 3,3 213, , 218, ,4 5,4 223,9 79

83 ,2 6,2 23, ,9 6,9 237, ,7 7,7 244, ,5 8,5 253, ,6 8,6 261, ,7 8,7 27, ,9 8,9 279, , 288, ,5 9,5 297, ,4 9,4 37, ,8 9,8 317, ,4 1,4 327, , 336, ,1 7,1 343, ,6 7,6 351, , 358, ,4 7,4 365, ,4 6,4 372, ,5 6,5 378, ,6 7,6 386, ,7 7,7 393, ,6 8,6 42, ,1 9,1 411, ,2 1,2 421,7 8

84 Seguem-se os resultados do ensaio com base no modelo preconizado por UC IPM - fenologia de modelos biológicos através de cálculo de graus dia, utilizado por AliNiazee, MT 1979 para Rhagoletis indifferens (Díptera:Tephritidae). (Poder. Ent. 111: Albany, Oregon). Quadro 2 - Cálculo de graus dia de mosca da cereja (Rhagoletis cerasi) para os postos biológicos a Sul da Serra da Gardunha ( Fadagosa e Chão do Galego) e para os postos a Norte da Serra da Gardunha (Fundão e Lamaçais). Estádios de desenvolvimen to Emergência do primeiro adulto Primavera: Model o Σ GD ( o C) Fadagosa Σ GD ( o C) Fundão Σ GD ( o C) Lamaçais Σ GD ( o C) Chão do Galego Σ GD ( o C) 462 o C 26 Abril Maio Maio Abril Início de postura de ovos: 541 o C 3 Maio Maio Maio Maio Ovos viáveis: 594 o C 7 Maio Maio Maio Maio % de postura de ovos: 631 o C 9 Maio Maio Maio Maio O pico de postura de ovos: 685 o C 12 Maio Maio Maio Maio Pupação: 795 o C 21 Maio Maio Maio Maio Segue-se o gráfico referente aos graus dia necessários para cada fase de desenvolvimento, registado nos diferentes pomares de cerejeiras da região, aplicando o modelo UC IPM. Registo dos graus dia acumulados/fase de desenvolvimento da mosca da cereja nos POBs referenciados a norte e a sul da Serra da Gardunha. 81

85 Aconselhamento: O controlo desta praga está muito condicionado pelas épocas em que se regista o aparecimento dos primeiros adultos. Após surgirem as primeiras capturas os tratamentos devem ser feitos até uma semana com organofosforados, tendo em atenção o escalonamento da maturação. A emergência de adultos está dependente das temperaturas primaveris e pode ser prevista através de um modelo de soma de temperatura. A EACB emitou a circular nº 8/214 no dia 8 de maio indicando um tratamento para a mosca da cereja, depois de registadas as primeiras capturas de adultos nas armadilhas colocadas nos POBs da região. Aconselhou-se o tratamento principalmente para as variedades de meia estação e tardias, onde é frequente o ataque da praga. Registou-se no início de junho uma subida do número de capturas da mosca da cereja nos nossos POBs o que nos levou a aconselhar na circular nº 1 /214 de 5 de junho um tratamento para proteger as variedades de maturação mais tardia Mosca drosófila da asa manchada (Drosophila suzukii) Esta mosca, também conhecida por mosca do vinagre, pertence à lista A2 da Organização Europeia de Proteção de Plantas (OEPP) e é a única espécie de drosófila capaz de causar danos em frutos sãos tais como morangos, mirtilos, amoras, framboesas, cerejas, ameixas, pêssegos e damascos. Atualmente faz parte do plano anual de prospeção de organismos prejudiciais às plantas. Assim, no âmbito da prospeção monitorizámos em cerejeiras esta praga com recurso a armadilhas que construímos utilizando garrafas de plástico. Foram colocadas 2 armadilhas por campo contendo um isco preparado pelo técnico da EACB, segundo pesquisa bibliográfica. 82

86 Este ano utilizámos as armadilhas com iscos diferentes, uma com vinagre de sidra, diluído em água, e outra com a diluição de fermento padeiro. Os insetos foram recolhidos semanalmente para posterior identificação. A mosca é de tamanho pequeno (2-3 mm), de cor amarelada acastanhada e com olhos vermelhos. Os machos de Drosophila suzukii são facilmente identificáveis por apresentarem uma mancha negra nas asas. No entanto, se detetados e para confirmação da praga, os exemplares encontrados seriam enviados para a DGAV, o que este ano nos nossos POBs de observação não se verificou. As observações realizadas tanto no campo como no laboratório, não detetaram nem sintomas da praga no campo, nem indivíduos desta espécie de drosófila nas amostras recolhidas e observadas em laboratório. Fig. 52 Monitorização da Drosophila suzukii em armadilha com isco Doenças Moniliose A evolução desta doença foi acompanhada com observação visual, tendo em conta a fenologia da cultura e as condições climáticas mais susceptíveis. Aconselhamento: A EACB emitiu a circular nº 2/214 de 2 de fevereiro para tratamento ao estado fenológico gomo inchado (B) com produtos à base de cobre. Na circular nº 3/214 de 13 de março aconselhou-se um tratamento com fungicidas orgânicos ao estado fenológico (C) botões visíveis. Na circular nº 4/214 de 2 de março, as variedades mais precoces já se encontravam no estado fenológico F (floração), fase sensível à doença, recomendamos por isso manter a cultura protegida. 83

87 Tratamentos A renovação do tratamento, face às condições favoráveis ao desenvolvimento do fungo, foi aconselhado na circular nº 6/214 de 15 de abril, também pelo facto das variedades se encontrarem no estado fenológico G-H (queda da pétala-vingamento) fase esta de grande sensibilidade à moniliose. A fim de evitar a instalação de moniliose nos frutos, considerando que existiam condições favoráveis e fendilhamento dos frutos em algumas variedades, na circular nº 1/214 de 5 de junho, aconselhou-se a realização de tratamento com fungicida homologado, tendo em atenção o intervalo de segurança do produto a utilizar nesta altura, e também a aplicação de sais de cálcio para reduzir o fendilhamento fisiológico da cereja. 8 CITRINOS O acompanhamento do estado fenológico dos pomares foi registado em 3 POF. A monitorização de pragas e doenças foi acompanhada em 11 POBs. Para esta cultura foram emitidos 8 aconselhamentos para pragas e doenças. A doença com mais recomendações para tratar foi o míldio com 3 avisos. A praga com mais recomendações para tratar foram os afídeos com 2 avisos e a mosca do Mediterrâneo também com 2 aconselhamentos. Segue-se o gráfico com a dispersão mensal dos avisos emitidos para os citrinos, em CITRINOS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Míldio Afídeos Cochonilhas Mosca Mediterrâneo 84

88 CITRINOS Mosca Mediterrâneo ; 2 Míldio; 3 Cochonilhas; 1 Afídeos; 2 Fig. 5 Representação gráfica dos avisos emitidos por finalidade para a cultura dos citrinos. 8.1 Pragas Afídeos (Toxoptera aurantii) Monitorização: Observação visual de 1 rebentos para determinar a percentagem de rebentos infestados (NEA = 25% a 3%). A recolha de indivíduos alados deverá ser efectuada através da armadilha de Moericke. No entanto, também este ano por ser mais pratico, continuámos a utilizar as placas cromotropicas amarelas e efectuámos a colheita de raminhos para serem observados em laboratório. Nas observações também tivemos o cuidado de aplicar os procedimentos laboratoriais adequados para pesquisar o afídeo negro dos citrinos e pesquisar a presença ou não de Toxoptera citricidus pela sua importância devido ao facto de ser o principal transmissor do virus da tristeza (CTV). A periodicidade das observações foi semanal e decorreu de Abril a Novembro. Aconselhamento: O aviso emitido pela EACB na circular nº 9/214 de 19 de maio, alertou para o aparecimento de focos de afídeos na nova rebentação, manifestando-se os focos ainda numa fase inicial 85

89 aconselhou-se nesta altura o seu combate efetuando o tratamento apenas direcionado para as plantas infestadas. Chamou-se a atenção para o facto de algumas espécies de afídeos serem importantes vetores de viroses, nomeadamente o afídeo negro dos citinos Toxoptera citricidus, praga de quarentena, responsável pela transmissão do virus da tristeza dos citrinos. É importante tratar os focos de infestação logo que são observados, para evitar danos elevados nos jovens rebentos e prejuízos maiores nesta cultura. Foram referidos os NEA (5-1% de rebentos ocupados pelo afídeo verde e 25 a 3% de rebentos ocupados pelo afídeo negro). Como nota, fez-se uma chamada de atenção para serem evitados os tratamentos durante o período de floração, não só para proteção das abelhas mas também de outros insetos polinizadores. Na circular nº 13 /214 de 15 de julho, alertámos para o aparecimento de reinfestações da praga e a necessidade de se realizar um tratamento dirigido exclusivamente aos novos focos de infestação Lagarta mineira dos rebentos dos citrinos (Phyllocnistis citrella) Monitorização: Observação de 2 rebentos para determinar a percentagem de folhas e de rebentos infestados. A observação incide sobre os jovens rebentos que apresentem as folhas do terço superior com comprimento inferior a 3 cm. A periodicidade das observações é semanal de Março a Outubro. A temperatura mínima para o desenvolvimento desta praga é de 12,1 ºC e necessita de 26 graus-dia para completar o seu ciclo de vida, acumulados desde o dia 1 de janeiro. Em 214, a praga surgiu nos diferentes postos de observação biológica, adiantada cerca de duas semanas em comparação com o ano anterior. 86

90 Assim, no POB de Vila Velha de Rodão a praga surgiu no dia 9 de maio, na Sobreira Formosa no dia 11 de maio e em Cernache do Bonjardim no dia 3 de junho, tal como se indica no quadro seguinte. Quadro 21 Graus dia acumulados da lagarta mineira dos rebentos dos citrinos POB Aparecimento da praga em 214 Graus Dia ( o DC) Acumulados Alcains 1 / maio 27 o DC Belmonte 6 / junho 26,6 o DC Castelo Novo 1 / maio 27,6 o DC Cernache Bonjardim 3 / junho 26,5 o DC Covilhã 2 / junho 26,3 o DC Sobreira Formosa 11 / maio 214,1 o DC Vila Velha Rodão 9 / maio 21,6 o DC A EACB acompanhou o desenvolvimento da praga mas não emitiu aviso para combatê-la, porque os ataques da lagarta mineira na nova rebentação foram de fraca intensidade e a praga não causou prejuízos significativos nos jovens rebentos de modo a justificar um tratamento contra esta lagarta mineira dos rebentos dos citrinos porque também o nível económico de ataque não foi atingido nos nossos POBs. Este organismo que já foi de quarentena e passou depois para qualidade, tem surgido nos ultimos anos com níveis baixos, sempre inferiores ao nível económico de ataque, mostrando que os organismos auxiliares têm conseguido manter o equilibrio da praga Cochonilhas Monitorização: Acompanhamento da dinâmica populacional da praga por observação visual de ramos e folhas. Aconselhamento: A EACB acompanhou nos POBs o início das eclosões e a evolução das jovens ninfas das diferentes cochonilhas. 87

91 5-Jun 12-Jun 19-Jun 26-Jun 3-Jul 1-Jul 17-Jul 24-Jul 31-Jul 7-Ago 14-Ago 21-Ago 28-Ago 4-Set 11-Set 18-Set 25-Set 2-Out 9-Out 16-Out 23-Out 3-Out Capturas Na circular nº 13/214 de 15 de julho, foi emitido aconselhamento para ser realizado um tratamento para o controlo da praga, apenas em caso de observação de infestação nas árvores Mosca do Mediterrâneo ou mosca da fruta (Ceratitis capitata) Monitorização: - Determinar os níveis populacionais através da colocação de armadilhas garrafas mosqueiras tipo McPhaile com hidrolisado e trimedlure. - Observação semanal em laboratório das fêmeas capturadas para avaliar a evolução de fêmeas fecundadas. - Determinar o nº de picadas nos frutos. Segue-se o gráfico com o registo das capturas da mosca do Mediterrâneo nos diversos POBs. Dinâmica populacional da Ceratitis capitata Citrinos - Mosca do Medirrâneo / VVRodão Cernache Bonjardim Sobreira Formosa Fig.53 Monitorização da mosca da fruta (Ceratitis capitata) em garrafas mosqueiras nos POBs de Cernache do Bonjardim, Sobreira Formosa e Vila Velha de Rodão. 88

92 Aconselhamento: Na circular nº 16/214 de 17 de setembro, a indicação do tratamento teve por base o estado fenológico da cultura nesta altura pois era favorável ao ataque da praga (mudança de cor do fruto) e foi considerado o NEA (2 adultos armadilha/semana nas variedades precoces e de meia-estação e 1 adulto/armadilha/dia nas variedades tardias e a observação visual, antes da mudança de cor dos frutos, de 5 frutos x 3 árvores. O tratamento deve ser ponderado se for registado 2-3 frutos atacados pela mosca da fruta. Nesta circular também se fez uma chamada de atenção para promover algumas medidas culturais importantes a ter em conta tais como: a utilização de armadilhas de captura em massa antes do aparecimento das primeiras picadas, vigiar e tratar os hospedeiros alternativos/árvores isoladas, retirar toda a fruta caída no chão ou enterrar a 5 cm de profundidade os frutos caídos. Na circular nº 17/214 de 2 de outubro, aconselhou-se a renovação do tratamento considerando o aumento de adultos capturados nas armadilhas nos nossos POBs de acompanhamento da cultura, para proteger as variedades tardias. 8.2 Doenças Míldio (Phytophthora spp.) Previsão do risco: Os períodos críticos registam-se em meados de novembro, princípios de janeiro e início de março. As condições favoráveis para o desenvolvimento do fungo são: - solos argilosos e húmidos - chuvas persistentes, - temperaturas da ordem dos 18-2 o C 89

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