O SINTOMA NO INÍCIO DO TRATAMENTO PSICANALÍTICO

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1 O SINTOMA NO INÍCIO DO TRATAMENTO PSICANALÍTICO Aluno: Adriana de la Peña Faria Orientador: Marcus André Vieira Relatório redigido pelo aluno e revisado pelo orientador refletindo a participação discente na pesquisa, que envolveu ainda a realização e edição de transcrições das reuniões, organização do corpus e da bibliografia e participação nas discussões de caso clínico do Digaí Maré. 1. Introdução A pesquisa teve como objetivo articular as configurações de início do tratamento analítico, a partir do que Sigmund Freud descreveu em termos de Neurose de Transferência, com as referências de Jacques Lacan à entrada em análise. A expressão Sintoma Analítico, de Lacan, concentrou nossa formulação única sobre o início de uma análise que integre o corpo conceitual freudiano com seus desenvolvimentos lacaniano. Como resultado da pesquisa, foi possível, a partir desta formulação teórica, produzir orientações para um trabalho clínico específico, nas condições heterodoxas de atendimento psicanalítico em uma favela nas quais as delimitações do que é um início de análise torna-se premente. Procuramos articular um grande número de referências bibliográficas, tendo como principal foco de nossa atenção o início do trabalho psicanalítico. Fizemos uma opção por uma pesquisa teórica, não clínica. A relação com o campo prático de atendimentos mantevese apenas em nossos objetivos específicos e retrata o esforço de uma pesquisa voltada para a junção delicada entre uma prática terapêutica, a psicanalítica, e uma situação social extremamente complexa, a da favela da Maré, no Rio de Janeiro. Esta pesquisa se insere no contexto de um percurso construído ao longo de mais de cinco anos de trabalho realizado pelo nosso orientador Marcus André Vieira em parceria com o projeto Digaí-Maré, sobre a possibilidade da psicanálise em situações de vulnerabilidade social, especialmente em áreas de favela no Rio de Janeiro. 1.1.O projeto Digaí -Maré O Digaí- Maré é uma associação composta por um grupo de vinte e cinco profissionais e desenvolve um trabalho clínico psicanalítico, gratuito e por tempo determinado no Bairro de Nova Holanda, no Complexo da Maré, na cidade do Rio de Janeiro. O trabalho é realizado em parceria com: o Programa de Criança Petrobrás; a Redes de Desenvolvimento da Maré; a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, através do Departamento de Psicologia e a seção Rio de Janeiro da Escola Brasileira de Psicanálise. O Digaí-Maré surgiu em Janeiro de 2005 a partir da demanda da Redes Maré, por atendimentos psicológicos a seu público alvo e o interesse de profissionais norteados pela psicanálise em trabalhar com esse público. Além de receber os encaminhamentos promovidos pelos assistentes sociais da Redes de Desenvolvimento Maré, o Digaí-Maré também recebe moradores da comunidade que procuram ajuda psicológica espontaneamente ou encaminhados por outros serviços de atendimento social da cidade do Rio de Janeiro. Apesar do dispositivo psicanalítico tradicional se dar através do atendimento individual, a psicanálise tem buscado alternativas para responder de maneira eficiente aos novos tempos e às novas queixas. O reconhecimento de um modo de vida marcado pela coletividade e por uma certa relativização da noção de privacidade inspirou o Digaí-Maré a propor um trabalho em grupo. A aposta fundamental é que o trabalho desenvolvido pela equipe do Digaí-Maré seja capaz de encontrar através do trabalho realizado nos pequenos grupos com a presença de

2 um clínico orientado pela psicanálise saídas singulares para impasses e sofrimentos que pareciam não ter solução. A experiência tem dado mostra de que a escolha de trabalho em grupo foi acertada. O que poderia ser um empecilho ao tratamento, graças a uma eventual dificuldade em manifestar o próprio sofrimento no ambiente grupal, tem se mostrado, na verdade uma valiosa ferramenta. O reconhecimento de que a vida traz dificuldade a todos e a aposta de que é possível promover profundas transformações através da própria fala tende a contagiar o grupo, tão logo os primeiros movimentos nesse sentido são notados. O trabalho em coletivo tem se mostrado adequado à tarefa de responder com agilidade às situações que demandam efeitos rápidos, sem que o essencial da prática psicanalítica se perca. Assim, a principal ferramenta do projeto Digaí-Maré é o atendimento em grupo, são formados grupos de crianças, adolescentes e adultos, a homogeneidade de cada grupo é assegurada pelo interesse comum dos integrantes em partilhar seus sentimentos e elaborações acerca de seus sofrimentos. Além disso, há casos em que os atendimentos individuais são priorizados, quando a equipe assim achar necessário. O projeto conta com o suporte de reuniões semanais com os membros da equipe do Digaí Maré, para discussões dos casos clínicos e estudos teóricos. Além dessas reuniões são realizados grupos de supervisão com quatro psicanalistas da Escola Brasileira de Psicanálise. A supervisão garante essa interseção entre a teoria e a clínica e orienta os trabalhos de atendimento da equipe do Digaí-Mare nas situações específicas dos casos clínicos que estão sendo atendidos. 1-2 O trabalho do Digaí-Maré pretende permitir a cada um que procura ajuda a defrontarse com seu sofrimento de modo a produzir novas escolhas e abrir um campo novo de possibilidades até então inalcançáveis. Desse modo, a experiência teórico-clínica da psicanálise tem sido manejada pelo Digaí-Maré como uma ferramenta capaz de romper com círculos viciosos de sofrimento e violência. O Digaí-Maré visa, portanto, o estabelecimento de um modelo de intervenção eficaz e sensível ao objetivo de causar efeitos, além de acolher e contribuir para a formação de universitários em um ambiente de engajamento social. 2. Objetivos A pesquisa teve como principal objetivo desenvolver uma formulação conceitual com relação ao início do tratamento analítico que interage as indicações freudianas a esse respeito e os conceitos desenvolvidos por Jacques Lacan a partir delas. A partir dos resultados obtidos na pesquisa foi possível elaborar uma orientação clínica para o trabalho do Digaí Maré sobre o início do tratamento psicanalítico, promovendo para tanto, debates junto ao corpo clínico dessa instituição quanto à pertinência deste instrumento com relação ao início do tratamento, considerando um trabalho orientado pela psicanálise. 3. Metodologia Em um primeiro momento, a equipe de pesquisa (composta de pesquisadores, mestrandos, doutorandos e bolsistas de iniciação cinetífica), se dedicou à examinar as referências de Freud a Lacan sobre a entrada em análise, através de um percurso bibliográfico rigoroso que se estabeleceu da seguinte forma: buscamos delimitar o conceito de Neurose de Transferência na obra freudiana, a partir de textos como A dinâmica da transferência (1912), Recordar, repetir e elaborar (1914A), e Observações sobre o amor transferencial 1 A bolsista do IC participou desses encontros lendo e apresentando textos que foram discutidos nas reuniões. 2 A bolsista participou também das reuniões clínicas do projeto desde o início da vigência de sua bolsa, iniciando seu trabalho de atendimento no Complexo de Favelas da Maré no mês de junho de

3 (1915[1914B]. Passando para a leitura de Lacan, na busca pelo estudo do Sintoma e do Sintoma Analítico, percorremos os textos A significação do falo (1958), Conferência em Genebra sobre o Sintoma (1998), além da leitura dos livros 4 ( ), 7 ( ), 11 (1964), 12 ( ) e 20 ( ) do seu Seminário. Seguimos com os comentadores selecionados na seguinte ordem: Jacques Alain Miller, Eric Laurent, Alexandré Koyré, Jean Claude Milner e Alain Badiou. Em um segundo momento, trabalhamos com base no nosso corpus de escritos produzidos pela pesquisa que definiram as coordenadas do início do tratamento psicanalítico com base nos textos acima citados, visando articular a teoria com a prática. Neste sentido, realizamos alguns encontros com a equipe do Digaí-Maré em que foram discutidas nossas formulações teóricas sobre a questão da entrada em análise, ao mesmo tempo em que eram apresentados casos clínicos atendidos pelo projeto Digaí-Maré que serviam de contraponto e debate ao material teórico elaborado pela pesquisa. No final da pesquisa, organizamos uma Jornada de trabalho: A aposta da psicanálise na cidade, onde apresentamos os resultados do nosso percurso juntamente com a equipe do Digaí-Maré, além de receber alguns psicanalistas convidados que puderam contribuir com o debate. O material produzido nessa Jornada foi transcrito e está sendo publicado de maneira impressa como anais do evento. 4. Percurso teórico 4.1. Freud e a Neurose de transferência Nossa pesquisa teve início em Agosto de No primeiro ano do trabalho nos dedicamos mais ao estudo dos textos de Freud sobre a entrada em análise a partir das referências bibliográficas acima indicadas. Freud criou a expressão Neurose de transferência para especificar a relação entre analista e paciente. Em seu texto Dinâmica da Transferência de 1912, Freud sustenta que o paciente investe sua energia de duas maneiras: uma uma parte na realidade consciente, e uma outra parte é recalcada, fazendo com que o sujeito não se satisfaça completamente e sempre exista um ponto de vazio. No andamento de uma análise, diz Freud, parte dos investimentos libidinais do paciente estará endereçado ao analista, de modo que o analista seja incluído pelo paciente num lugar em seu inconsciente. Deste modo, o analista se encontra no mesmo lugar do recalcado. É a partir deste lugar, do recalcado, que o analista, inserido nas séries psíquicas do paciente, pode intervir O lugar do analista na dinâmica da transferência Freud afirma em seu texto Dinâmica da Transferência (1912) que todo indivíduo possui uma forma específica de conduzir sua vida amorosa, são padrões de investimento libidinal que se encontram prontos por antecipação. Ou seja, as experiências de relação com o outro, pautadas pelo amor, são sempre clichês estereotípicos estabelecidos na infância que se repetem durante toda a vida. Assim, Se a necessidade que alguém tem de amar não é inteiramente satisfeita pela realidade, ele está fadado a aproximar-se de cada nova pessoa que encontra com ideias libidinais antecipadas (p.112). Dessa maneira, a relação com o analista não poderia ser diferente. Em Recordar, Repetir e Elaborar de 1914, Freud nos ensina que quanto maior a resistência, mais a repetição substituirá o recordar. Assim, no decorrer de uma análise quando se pede que o paciente mediante a associação livre possa dizer tudo que lhe vem à mente, com frequência, o que acontece é ele não ter nada a dizer. Freud nos demosntra que existem dois modos do material inconsciente emergir na cena analítica: pelo recordar e pela atuação. O que mais nos interessa nesse ponto é que a repetição parece apontar para algo que faz

4 oposição a um saber, mas ao mesmo tempo revela que o inconsciente insiste em se manifestar, e quando a palavra assim resiste, ele o faz sob a forma de atuação. O inconsciente não representa apenas as inscrições psíquicas recalcadas Tudo que é reclacado deve permanecer inconsciente, mas logo de início, declaramos que o recalcado não recobre todo o o inconsciente. O inconsciente abrange o raio mais vasto; o recalcado é uma parte do inconsciente (Freud p 171). Nessa dinâmica da transferência que Freud nos apresenta, entendemos que esse além do recalcado é a própria exigência de satisfação da libido que sempre se repete. Ambos revelam o funcionamento inerente à estrutura psiquica de cada sujeito. O primeiro diz respeito a sua história, suas vivências, seus vínculos afetivo, o segundo aponta para o sujeito em torno do mesmo movimento de busca da satisfação libidinal que nunca se encontra inteiramente satisfeita. Ao colocar o analista como o único objeto que passa a atrair a libido do neurórico na neurose de transferência, Freud nos aponta para esse lugar que o analista ocupa na relação de transferência e que lhe permite operar sobre o sintoma. Caberá portanto ao analista, esvaziar cada vez mais o investimento libidinal ligado ao estereótipos infantis para ocupar o lugar do trauma propriamente dito, ponto cego em torno do qual gravita a constituição subjetiva de cada sujeito Do Analista como Outro ao Sintoma Analítico. A partir do ano de 2011, começamos a articular as referências de Jacques Lacan à entrada em análise. Iniciamos nosso trabalho em torno da expressão Sintoma Analítico, passando pelos conceitos de Sujeito Suposto Saber e Objeto a. Para Lacan aquele que chega ao consultório do analista espera alguma cura, pois acredita que este possua de alguma forma o saber que lhe possibilitará um fim ao seu sofrimento. Assim, a primeira demanda em análise é o pedido do sujeito de deciframento do seu sintoma e ao mesmo tempo é o que coloca a ignorância como porta de entrada do tratamento analítico. Em seu texto A Psicanálise e seu Ensino (1957), Lacan afirma que é somente do lugar do Outro que o analista pode receber a investidura da transferência que o habilita a desempenhar seu papel legítimo no inconsciente do sujeito, e a tomar a palavra em intervenções adequadas (...). (Lacan,1957, pg. 456). Esse posicionamento do analista como Outro, necessário à transferência, Lacan o define como lugar daquele que detém o tesouro dos significantes (Lacan, 1966, p 820). É somente desse lugar, do analista suposto pelo sujeito como aquele que sabe sobre seu sintoma, que é possível a investidura da transferência. Lacan, no entanto, não situa o posicionamento do analista como lugar do saber absoluto. Ao contrário disso, Lacan esclarece que a ignorância não é somente do Sujeito, mas também do próprio analista que deve assumir uma posição de ignorantia docta (Lacan1954,p.361).É preciso que o analista, não ofereça uma resposta, uma significação ao sintoma, mas sim, um vazio. A resposta do analista como vazio possibilita que outras significações possam aparecer, não conduzindo o sujeito a um saber formulado, mas possibilitando que este saber possa ser construído em análise. Se deve haver um saber por parte do analista é este: saber onde deve incidir sua ação. Somente assim o sintoma poderia ceder. No cap. X do seminário 2, ele afirma: Uma fala é matriz da parte não reconhecida do sujeito, e eis aí o nível próprio do sintoma analítico nível descentrado com relação à experiência individual, visto ser aquele texto histórico que a integra. Fica, a partir de então, patente que o sintoma só cederá com a intervenção que incida neste nível descentrado. (Lacan, 1955, pg. 61). É somente a partir do lugar do Outro e da fala do Sujeito, de seu trabalho de associação livre que o analista pode intervir adequadamente, isto é no nível descentrado do

5 sujeito, pontuando suas equivocações e permitindo se deparar com o que até então não era reconhecido por ele. Pois, falando sem saber o Sujeito erra, e é justamente o erro que faz irromper o valor da verdade. Lacan afirma no Seminário 1 que a verdade surge da equivocação. (Lacan, 1954). Mas para fazer dos equívocos a verdade do Sujeito é necessário alguma operação por parte do analista, para que a palavra que traz a verdade se manifeste, por exemplo, nos sintomas. É preciso passar da palavra como reconhecimento aos outros níveis da palavra, nas entrelinhas que não corresponde a nenhuma realidade externa ou fantasmática, mas que se apresenta entre as duas. Assim, a operação levada adiante pelo analista através da douta ignorância, permitindo que sejam sustentadas as ressonâncias da palavra até seu limite inefável, coloca a trabalho a fração libidinal da relação do sujeito com seu objeto. O sintoma passado ao plano da palavra, reconectado com essa relação existencial do sujeito diante do objeto do seu desejo, pode tornar-se palavra plena e falar ao analista através do sintoma analítico Do Sujeito Suposto Saber ao objeto a Dando continuidade ao nosso percurso voltamos a abordar a questão do que é necessário para que uma relação transferencial se estabeleça. Destacamos que apesar de Lacan afirmar que a transferência está lá, na entrada em análise, graças àquele que é designado como o psicanalisante, não se trata de tomar a sua pessoa como importante para a abertura do trabalho analítico e sim o que se apresenta a partir da associação livre junto com a sustentação da transferência por parte do analista. Para a melhor compreensão deste postulado, trazemos um algoritmo proposto por Lacan na Proposição (1967) que nos permite ler um terceiro elemento no jogo entre o amor e o saber,conjugados no fenômeno transferencial, que seria o sujeito-suposto-saber(sss). A partir deste algoritmo, propomos então que, o significante particular da transferência, remetendo a um significante qualquer do analista, produz um efeito de significação ao qual se remete o saber inconsciente, um saber que não se sabe e que engendra a própria significação. O importante é a relação do psicanalista com o saber do sujeito suposto, já que do saber suposto, ele nada sabe. Podemos extrair do texto de Lacan que um sujeito não supõe nada, ele é suposto pelo próprio significante que o representa para outro significante. E, desta lógica própria ao modo de operar na clínica psicanalítica, encontramos o saber não como constituído em algum lugar prévio, mas a se constituir na própria operação analítica. A partir desse estudo, começamos a pensar na função do objeto a na entrada em análise e o porquê da teoria que apresentamos até aqui não ser suficiente para explicar o funcionamento da clínica psicanalítica. Para isso, iniciamos trazendo o sujeito localizado por Lacan como um vazio (rien), uma hiância entre dois significantes. Lacan diferencia este vazio de outro, em francês néan, traduzido em português por oco e que ele reserva ao analista didata sustentado pelo modelo da IPA, o que corresponde ao excesso de saber e conduz a um discurso imotivado e inconsistente, nada operacional e que não promove a fala. Outro vazio também é marcado por Lacan neste texto, que não é oco (néant) nem hiância (rien), que seria o zero e representa uma marca que já estava lá, mas que só produz uma novidade ao ser escrita. O zero, como símbolo numeral, ocupa o lugar de ausência de unidades, é a marca de um vazio, possibilitando o cálculo aritmético, sendo assim um vazio operacional. Este vazio é onde Lacan vê as indicações do desejo do analista. Mas o que permite que o desejo do analista, opere em uma análise, possibilitando seu desfecho, é que ele funcione como uma cifra, x. O que Lacan nos adianta é que o que está em x é a fórmula da castração, que possibilita localizar aonde não tem como Ser. Esta solução Parece ter parentesco com a solução de Cantor que ao tornar numeral o infinito, pôde pensar um infinito não como potencial, promessa de solução no futuro, mas como infinito atual, possibilitando que eu possa operacionar a minha castração me tornando

6 analista. Mas o objeto poderia ser o que dá conta do fim e do começo da análise. Isso que no desejo do analista é marca e não hiância, e que responde à função da causa, e que não transforma o desejo do analista numa nova forma do ser A aposta de Pascal em Lacan. A partir do segundo semestre até o momento atual da pesquisa, temos privilegiado o estudo da dimensão da aposta como porta de entrada, de abertura para a experiência da análise. Trata-se de uma aposta no inconsciente, através de uma certa escuta que abre para a possibilidade de aparição de uma fala descentrada com relação ao eu. Assim, trata-se de apostar que esse sintoma ou queixa inicial que apresenta-se no início de um tratamento pode se mostrar signo de outra coisa, ou seja, pode ser uma forma do desejo se apresentar e constituir num sintoma analítico. No seminário 16 De um Outro ao outro, Lacan falou longamente da aposta de Pascal, o que nos fornece ferramentas conceituais para definir a aposta lacaniana como um ato que cria algo novo. Neste seminário, Lacan anuncia que o motivo do uso que fará da aposta de Pascal é a pergunta se Eu existe, afirmando ser isso o que está em jogo na aposta. A prática do jogo - certo número de lances que têm lugar dentro de certas regras (Lacan 1969, pág.115) - é usada em diversos momentos do ensino de Lacan para descrever as relações do sujeito com o significante. E é justamente em relação a esse jogo simbólico, onde as regras do Outro, tesouro dos significantes, permitem certo número de lances, que a aposta adquire sua importância, justamente por aparecer como ruptura a essas regras. É nessa ruptura com as regras que se encontra o interesse da psicanálise pela aposta. Eis, então, a estrutura da aposta de Pascal tal como a define Lacan: Por um lado, há uma vida a cujo gozo se renuncia para fazer dela a aposta, exatamente da mesma forma que Pascal assinala, no estudo da regra da partição, que, quando o cacife entra em jogo, está perdido. É esse o princípio da aposta.(...) (Lacan 1969, pág.115) Vemos na citação anterior que o que se aposta é a vida, tendo renunciado a seu gozo. Pascal argumenta que é preciso apostar, que a aposta não é voluntária. Isto porque, segundo Lacan, a decisão de ter que tomar uma decisão já está colocado na estrutura do jogo. Este ponto faz ressoar a escolha forçada entre a bolsa ou a vida, trabalhada por Lacan no seminário 11. A escolha entre a bolsa ou a vida é trazida como exemplo da operação de alienação. Se escolho a bolsa, perco as duas. Se escolho a vida, tenho a vida sem a bolsa, isto é, uma vida decepada. (Lacan, 1964, pág. 201). Assim, é preciso entrar no jogo. E para entrar no jogo é preciso apostar aquilo que, no entanto, já está perdido. A aposta, lida como uma pergunta sobre a existência de Eu, é a atualização, ou a posta em ato, da escolha forçada da constituição do sujeito Sobre a Questão da Graça Localizando a aposta como um momento inaugural que daria início a uma análise, começamos a pensar a questão da graça em São Paulo. Como na aposta de Pascal o que está em jogo na questão da graça nos escritos de São Paulo é da ordem de um encontro com um real inominável. São Paulo utiliza a sua própria experiência para falar desse encontro a partir do qual ele se torna apostolo de Cristo. Este acontecimento provoca algo da ordem de uma ruptura com a lei anterior e o nascimento do sujeito cristão. É justamente essa dimensão de ruptura que se dá a partir de uma convocação do Outro que nos interessa nesse momento da pesquisa. A partir do momento em que Paulo se encontra com a graça, tornando-se apóstolo ele é entranhado por uma potência infinita que têm como efeito uma sublevação da vida. Esse acontecimento da graça abre Paulo aos diretos vitais do infinito na medida em que ele reatualiza a própria

7 ressurreição de Cristo. Para São Paulo, é pelo fato de ter ocorrido a ressurreição de Cristo que se é possível a surreição de um novo sujeito (cristão). Há então, da mesma forma que na ressurreição de Cristo, o nascimento de um novo sujeito: a ressurreição passa a contar como acontecimento fundador zero e é a partir dela que o novo sujeito pode se contar como 1. Para entender a essência dessa ruptura, é preciso opor -como Paulo o faz- a ordem dada pela lei a uma outra coisa que toma lugar após o encontro com a graça e que é puro excesso sobre a lei. O ponto diferencial dessa perspectiva de Paulo, é de que ele não busca nenhum tipo de garantia ou confirmação do fato de ter sido convocado. Esse acontecimento para Paulo é sem provas, e é exatamente nisso que reside sua força. Não é se apoiando na realidade desse chamado que ele justifica a sua virada em apóstolo, mas é sobretudo pelo fato de ele declarar esse acontecimento em nome próprio e colocá-lo na posição de acontecimento fundador. A palavra de ruptura é o que realmente sustenta a verdade do acontecimento e não qualquer prova da aparição ou visão que ele possa ter tido. Conforme afirma Badiou em seu texto sobre São Paulo, Toda a aposta é que um discurso que configure o real como puro acontecimento possa ter consistência, (Badiou, pg 70). Poderíamos pensar que a aposta no caso da graça não seria nesse encontro em si, mas na nomeação ou não desse encontro como um acontecimento. É a aposta sem provas de um encontro ou convocação como sendo o acontecimento fundador que abre para uma dimensão da graça como superabundância. Assim, podemos nos perguntar se o que ocorre numa análise é também da ordem de uma convocação pelo real permitindo o advento do sujeito do inconsciente. Mas essa aposta só teria valor de um ato a partir do trabalho do sujeito (e do analista) em instaurá-lo no lugar de acontecimento inaugural Considerações Finais Entendemos que esse trabalho da pesquisa nos permitiu esboçar um pequeno caminho teórico sobre o início do tratamento analítico. A partir de Lacan esquematizamos didaticamente três tempos que marcam a entrada em análise: a aposta no nível descentrado do eu, a instauração do sujeito suposto saber e inclusão do analista nas séries psíquicas do paciente. Optamos por separar esses acontecimentos apenas como uma maneira didática, sabendo que na prática nem sempre se apresentam nessa configuração tão clara e nem mesmo em sequências tão bem definidas. Esta é apenas uma forma que encontramos de orientar uma prática baseada na teoria psicanalítica. Podemos pensar que a psicanálise através da associação livre, produz as condições de emergência do sujeito do inconsciente. Mas para que esse sujeito possa emergir é preciso sustentar o sintoma, queixa inicial de uma análise, como um querer dizer. É necessário apostar que algo como um sujeito encontre-se em operação no inconsciente. Assim podemos pensar na aposta como um acontecimento inaugural de uma análise que permite ao sujeito romper com o eixo de suas identificações imaginárias, abrindo a possibilidade de uma fala descentrada em relação ao eu. No entanto, para que esse trabalho aconteça é preciso que outro elemento entre no jogo, o qual chamamos de instauração do sujeito suposto saber. É por esse viés que o analista é colocado no lugar de quem sabe. Mas, a situação analítica traz contudo, uma falsidade, que é a ilusão do analisando de que este saber, o saber do inconsciente, de alguma forma está constituído no analista. Dessa maneira pensamos nesse segundo tempo como uma forma de localização do vazio de saber que possibilita o surgimento de um outro texto. O analista ao se oferecer como destinatário da fala do sujeito, põe em funcionamento o seu discurso do inconsciente. Mas ainda estamos no plano da equivocação como a realidade psíquica de Freud e a fantasia de Lacan. Para situar o terceiro tempo de uma entrada em analise é preciso que a

8 função do analista seja exercida para que a fala do sujeito produza algo para além da palavra e o analista seja então incluído nas séries psíquicas do paciente, transformando essa queixa inicial em Sintoma Analítico. 5. Material da Pesquisa O nosso percurso teórico acima traçado é decorrente das nossas discussões em grupo e dos textos elaborados pelos membros da pesquisa no decorrer do nosso trabalho, a seguir relacionados: Comentário sobre Neurose de Transferência e Sintoma Analítico - retomando o trabalho de Anna Luiza Almeida e Silva Introdução - textos Ana Luisa Portocarrero Dias Carneiro e Adriana de la Peña Faria O lugar do analista na dinâmica da transferência Adriana de la Peña Faria O valor de palavra do sintoma analítico Isabel Collier do Rêgo Barros Analista como Outro e Sintoma Analítico Natasha Berditchevsky O sintoma analítico como nó de signos Paula Issberner Legey. Uma suposição de sujeito no início da transferência Andréa Vilanova Prolegomeros ao objeto a na Proposição de 9 de outubro de 1967 OU: Por que o objeto é necessário a Lacan? Elisa Warlang Três Tempos da entrada em análise:a aposta como ato Paula Issberner Legey. Considerações sobre a aposta de Pascal no Seminário 16 de Lacan Isabel Collier do Rêgo Barros Sobre a Questão da Graça Luiza Ferreira 6.Encontros da pesquisa O sintoma no início do tratamento psicanalítico com o Digaí- Maré Esse material de pesquisa serviu de base teórica e deu início ao nosso trabalho realizado em parceira com o projeto Digaí-Maré. Nosso objetivo era promover um debate de casos clínicos onde fosse possível verificar os resultados da pesquisa sob forma de orientações de atendimento. Estes encontros surgiram com a proposta de um estudo teórico em articulação com a experiência clínica. A partir de relatos de casos clínicos discutimos os impasses e soluções que se apresentaram no percurso da pesquisa como também no atendimento psicanalítico realizado pela equipe do Digaí-Maré. 3 Para ampliar nosso campo de discussão, tivemos a oportunidade de receber alguns psicanalistas convidados: Sergio Laia, Ludmilla Feres Faria, Fernanda Otoni de Barros, Membros da Escola Brasileira de Psicanálise de Belo Horizonte, MG; e Marcelo Veras, Membro da Escola Brasileira de Psicanálise de Salvador, BA. Embora não façam parte diretamente do projeto Digaí- Maré e da pesquisa, puderam contribuir com um olhar de fora e enriquecer nosso debate. 3 A bolsista do IC teve a função de organizar e coordenar esses encontros.

9 6.1. Programa do Primeiro Encontro Data: Sexta Feira,13 de janeiro de 2012 de 9:30 às 12:30. Local: PUC Rio, Rua Marques de São Vicente, 225 (Gávea) 9h - Abertura Marcus André Vieira (PUC-Rio) e Andréa Reis (Digaí) 9h30 - Mesa 1 O sintoma análitico: considerações iniciais O Um do eu: Natasha Berditchevsky Otero de Freitas (PUC-Rio) A equivocação e a realidade psíquica Adriana de la Peña Faria (PUC-Rio) Hiância e texto: o inconsciente freudiano Daniele Menezes da Silva (PUC-Rio) Questões preliminares à entrada em análise: alguns resultados de pesquisa Paula Issberner Legey (PUC- Rio) 10h30 Recesso 11h - Comentários, idéias e problemas Juliana Prado (Digaí), Denise Luz (Digaí), Rodrigo Lyra (Digaí) e Vânia Gomes (Digaí) 12h - Encerramento Flávia Corpas (PUC-Rio) e Rodrigo Lyra de Carvalho ( Digaí) 6.2. Programa do Segundo Encontro Data: sexta-feira, 29 de junho de 13:30h às 17:30h. Local: sede da EBP-Rio, Rua Capistrano de Abreu, 14 (Humaitá). 13:30h - Abertura Marcus André Vieira (PUC-Rio) 14:00 - Discussão Teórica Três tempos da entrada em análise: a aposta como ato Texto de Paula Legey Comentários: Flavia Corpas (PUC Rio) Aposta no sujeito do inconsciente: comentários sobre o fragmento clínico Da agitação ao grupo Texto e Comentários: Natasha Berditchevsky Otero de Freitas (PUC-Rio) Considerações sobre a aposta de Pascal no seminário 16 de Lacan Texto de Isabel Collier do Rêgo Barros Comentários: Vanya Dodeles (PUC Rio) Sobre a questão da graça Texto e Comentários: Luisa Beatriz Pacheco Ferreira (PUC Rio) 15:30h Recesso 16:00 h -Apresentação de dois casos clínicos Teresa de Cicco (Digaí) Sandra Landim (Digaí) 17:00h - Considerações finais Ludmilla Feres Faria (EBP-MG) 6.3. Jornada: A aposta da psicanálise na cidade Programa Data: sexta feira, 07 de dezembro de 2012 de 13:30 às 18:00 Local: Sede da EBP-Rio, Rua Capistrano de Abreu, 14, Humaitá. 13h30 Abertura Marcus André Vieira (PUC-Rio) e Andréa Reis (Digaí-Maré) 14h Lugar e função da aposta nos dispositivos não tradicionais de psicanálise A cada oferta, uma aposta Fernanda Otoni de Barros (EBP-MG) A saúde mental e os paradoxos da identificação Marcelo Veras (EBP-BA) Coordenação Andrea Reis (Digaí-Maré) 15h O sintoma no início do tratamento Neurose de transferência e sintoma analítico Paula Legey (PUC-Rio) A aposta como tempo inaugural da análise Isabel do Rêgo Barros (PUC-Rio) Comentários sobre sintoma analítico e aposta Rodrigo Lyra Carvalho (Digaí-Maré) Coordenação Flávia Corpas (PUC-Rio) 16h Recesso 16h30 Mesa clínica Excessos no corpo Vânia Gomes (Digaí-Maré) Um lugar que conta na transferência Bruna Guaraná e Sabrina Rodrigues (Digaí-Maré) Comentários Natasha Berditchevsky (PUC-Rio) Coordenação Ana Lucia Lutterbach (EBP-Rio) 17h30 Encerramento Marcus André Vieira (PUC-Rio) e Ana Lucia Lutterbach (EBP-Rio)

10 7. Conclusões A pesquisa concluiu seu percurso com a Jornada: A aposta da psicanálise na cidade, onde foi possível recolher os frutos desse extenso trabalho realizado ao longo desses anos. A possibilidade de articular estudos teóricos com a experiência clínica se mostrou um método rico no nosso campo de investigação da pesquisa. No decorrer dos nossos estudos nos deparamos com especificidades de uma teoria e de uma clínica que apostam, sobretudo, na realidade psíquica e na fantasia do sujeito como matriz de seus sintomas. Trabalhar um sintoma como uma maneira de destacar o que é singular no tratamento é um dos motivos que fundamenta a escolha da psicanálise. Dessa forma o sintoma passa a ocupar um lugar fundamental na dinâmica psíquica. Para marcar essa maneira de sustentar a concepção do sintoma como forma de expressão própria de cada sujeito Freud criou a expressão Neurose de Transferência, relida por Lacan como Sintoma Analítico. (...) é apenas quando o complexo sintomático, que inclui o paciente em sua doença, se instala, ou seja, quando não se fala apenas do que se padece, mas igualmente de si, é que podemos considerar um trabalho analítico iniciado. (M.A. Vieira, em Projeto de Pesquisa O Sintoma no Início do Tratamento Psicanalítico). Referências 1- FREUD, S. (1912). A dinâmica da Transferência. Em: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, Vol XII. 2- FREUD, S. (1914 A). Recordar, Repetir e Elaborar. Em: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, Vol XII. 3 - FREUD, S. (1915 [1914 B]). Observações sobre o amor transferencial. Em: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, Vol XII. 4 - FREUD, S. (1921) Psicologia das Massas e Análise do Eu. Em: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XVIII. 5 - LACAN, J. ( ). O seminário, livro 4: A relação de objeto. Rio de Janeiro: JZE, LACAN, J. (1958). A Significação do Falo. Em: Escritos. Rio de Janeiro: JZE, LACAN, J. (1964a) Posição do inconsciente. Em: Escritos. Rio de Janeiro: JZE, LACAN, J. ( ). O seminário, livro 7: A ética da Psicanálise. Rio de Janeiro: JZE, LACAN, J. (1964). O seminário, livro 11: Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro: JZE, VIEIRA, M. A. Restos: uma introdução lacaniana ao objeto da psicanálise. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2008.

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