Sandra Maria Costa Viola. O trabalho de luto e a experiência analítica: transitoriedade e contingência. Dissertação de Mestrado

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1 Sandra Maria Costa Viola O trabalho de luto e a experiência analítica: transitoriedade e contingência Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica do Departamento de Psicologia e Ciências Humanas da PUC-Rio. Orientador: Marcus André Vieira Rio de Janeiro Março de 2008

2 Sandra Maria Costa Viola O trabalho de luto e a experiência analítica: transitoriedade e contingência Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica do Departamento de Psicologia do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC-Rio. Aprovada pela Comissão Examinadora abaixo assinada. Profº. Marcus André Vieira Orientador Departamento de Psicologia - PUC-Rio Profª. Ana Maria Rudge Departamento de Psicologia - PUC-Rio Profª. Ana Lúcia Lutterbach Holck Sem Vínculo Prof. Paulo Fernando Carneiro de Andrade Coordenador Setorial de Pós-Graduação e Pesquisa do Centro de Teologia e Ciências Humanas PUC-Rio Rio de Janeiro, 24 de março de 2008.

3 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho sem autorização da universidade, da autora e do orientador. Sandra Maria Costa Viola Graduou-se em Serviço Social na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em Dedica-se aos aspectos teóricos clínicos da psicanálise segundo o ensino de Lacan, cujo fundamento é a teoria freudiana. É membro da Seção Rio de Janeiro da Escola Brasileira de Psicanálise. Ficha Catalográfica Viola, Sandra Maria Costa O trabalho de luto e a experiência analítica: transitoriedade e contingência / Sandra Maria Costa Viola ; orientador: Marcus André Vieira f. : il. ; 30 cm Dissertação (Mestrado em Psicologia) Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Inclui bibliografia 1. Psicologia Teses. 2. Luto. 3. Melancolia. 4. Angústia. 5. Falo. 6. Experiência analítica. 7. Objeto. 8. Transitoriedade. 9. Contingência. I. Vieira, Marcus André. II. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Departamento de Psicologia. III. Título. CDD: 150

4 Dedico esta dissertação a todos os que fazem de sua análise um trabalho de luto. Ao meu pai, que me ensinou que o saber não ocupa lugar, e a minha mãe, por seu gosto pelas palavras. (in memoriam). Com saudades, ao meu irmão Renato, que me levou ao trabalho (in memoriam).

5 Agradecimentos Muito especialmente, agradeço ao meu orientador, Marcus André Vieira, por seu zelo, por sua paciência e por sua transmissão. A Professora Ana Maria Rudge, pelas primeiras lições e pelo convite aceito para participar da banca. A Ana Lúcia Lutterbach Holck, pelo interesse pelo tema e por aceitar participar da banca. A Pontifícia Universidade Católica pela graduação e mestrado. Aos professores do Programa de Pós Graduação em Psicologia Clínica com quem tive oportunidade de enriquecer meu saber. A EBP, Escola Brasileira de Psicanálise, onde faço meu caminho. As parceiras do cartel: A angústia, Ana Lúcia, Elza, Márcia e Sarita, pela generosa contribuição no estudo sobre o objeto a. A Vera Avelar Ribeiro por seu desvelo na revisão. A Bruna Brito pelo auxílio na formatação desta dissertação. A todos que me acompanharam e me incentivaram a prosseguir. Meu agradecimento muito comovido às amigas, Márcia Aparecida Zucchi e Maria Clara Queiroz Corrêa, pela escuta generosa, pela interlocução incansável e pelas palavras que me faltavam. A Jésus Santiago, por me ouvir. Aos meus queridos, Fernando, Cássio e Thais, pela fratria. Ao Emmanuel, por nossos filhos. Aos meus filhos, Raquel e Breno, a minha nora Natália e ao meu neto Yuri, do coração, pelo amor.

6 Resumo Viola, Sandra Maria Costa; Vieira, Marcus André. Trabalho de luto e experiência analítica: transitoriedade e contingência. Rio de Janeiro, p. Dissertação de Mestrado - Departamento de Psicologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Trata-se, nesta dissertação, de abordar o trabalho do luto - conseqüente à angústia pela perda do amor ou do ideal - como uma via possível do encaminhamento de uma análise para o seu término. Esse trabalho implica em disponibilizar o sujeito à transitoriedade do objeto e à contingência do falo. Buscaremos destacar como se processa essa tarefa e sobre qual objeto ela recai. Veremos como a solução melancólica estampa a dificuldade do sujeito frente a esse objeto. Para alcançar nosso ponto de chegada, contaremos com a perspectiva freudiana sobre o objeto e nos valeremos das contribuições de Lacan, sobretudo no que diz respeito às suas formulações sobre o tema. Palavras-chave Luto; melancolia; angústia; falo; objeto; experiência analítica; transitoriedade; contingência.

7 Abstract Viola, Sandra Maria Costa; Vieira, Marcus André. The work of mourning and the analytical experience: Transitoriness and Contingency. Rio de Janeiro, p. MSc. Dissertation - Departamento de Psicologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. This dissertation approaches the work of mourning which follows one s anguish of losing love or ideal as a possible via to prepare the end of an analysis. Such work implies making the subject available to the transitoriness of the object and to the contingency of the phallus. We will attempt to highlight how this task is processed and which object it happens to involve. We will study how the melancholy solution carries this subject s difficulty in the face of this object. In order to reach our goals, we will adopt the Freudian perspective about the object, and Lacan s contributions, mainly the ones related to his formulations on the theme. Key-words Mourning; anxiety; melancholia; phallus; object; analytical experience; transitoriness; contingency.

8 Sumário 1. Introdução As bases freudianas A melancolia, primeiras formulações O Rascunho G Luto e melancolia Sobre o narcisismo O ego e o id Dor A teoria lacaniana da perda O objeto imaginário O falo simbólico O falo como - phi (- φ) Angústia de castração A angústia O grafo do desejo O Seminário Separação O esquema ótico no Seminário Angústia O objeto na cena e fora de cena Sobre a teoria lacaniana do luto e da melancolia Hiroshima, meu amor Transitoriedade e contingência Análise e luto O exemplo de Sócrates Sobre a transitoriedade (finitude x 59

9 contingência) Com os termos de Lacan Novo amor Conclusão Referências bibliográficas 68

10 Lista de figuras Figura 1 Esquema ótico 31 Figura 2 Objeto a no esquema ótico 43