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1 SUPERVISÃO: ALTERIZAÇÃO DA ESCUTA 1 Lucy Linhares da Fontoura 2 Há alguns anos, quando eu fazia parte do corpo docente do Departamento de Filosofia e Psicologia da UNIJUÍ e do grupo de supervisores da Clínica de Psicologia, me foi oportunizado trabalhar com um grupo de estagiárias extensionistas da Clínica. Essas estagiárias realizavam uma extensão voluntária do estágio de clínica e entre elas começaram a surgir alguns questionamentos, que foram escutados pela Coordenação, a qual sugeriu que eu pudesse destinar um momento para escutá-las. Dessa escuta nasceu um trabalho muito rico, que se estendeu durante algum tempo. Já na abertura daquele espaço, nos primeiros encontros, quando ainda não se sabia exatamente em que iria consistir aquele trabalho, surgiu um enunciado que produziu forte efeito sobre todas nós participantes. Aliás, o trabalho foi perpassado por um caráter de verdade que atribuo à função de testemunho que ele teve para as participantes, testemunho de um percurso e de uma formação, no sentido que a psicanálise dá a este termo. O enunciado a que me refiro dizia mais ou menos assim: o curso inteiro de psicologia, as variadas disciplinas, os seminários teórico-clínicos tudo teve relevância, mas, se não houvesse nada disso, apenas a experiência de supervisão teria sido essencial para a formação. Participar desta Jornada hoje é, para mim, a oportunidade de dar conseqüência à verdade que ali se expressava. Foi um momento particularmente marcante, porque o que ali se enunciava refletia que então se operara o que em psicanálise se chama transmissão: a apropriação de um saber via transferência (de trabalho), produzindo como efeito um posicionamento na escuta, posicionamento que é sobretudo ético. Esse efeito na formação de psicólogos, em uma graduação acadêmica sustentada preponderantemente pela psicanálise, me parecia indicar que o dispositivo da supervisão permitia um certo percurso de 1 Trabalho apresentado na Jornada da Clínica de Psicologia da UNIJUÍ, A escuta clínica e suas produções, 27 de outubro de Psicanalista, membro da Associação Psicanalítica de Porto Alegre (APPOA) e do Espaço Psicanalítico de Ijuí. Psicóloga, CRP 07/1960. Especialista em psicologia clínica.

2 2 formação àqueles que assim se dispusessem. O uso da palavra permitir toma aqui toda conseqüência, pois trata-se de uma experiência singular, que requer a implicação do sujeito, isto é, a adesão de seu desejo. Da mesma forma que requer uma determinada posição de escuta e intervenção do supervisor. A palavra supervisão em si mesma não especifica aquilo de que se trata aqui e que me dedicarei a abordar. Esclareço, então, que meu objeto é a supervisão clínica psicanalítica, que se caracteriza, conforme Alfredo Jerusalinsky, por uma função simbólico-enunciativa, isto é, que se diferencia de avaliação e de orientação. Pretendo que essa diferença vá sendo demarcada no decorrer da exposição. Para abordá-la em sua especificidade, penso ser necessário um percurso pelo conceito psicanalítico fundamental de transferência. Acabo de vir de uma experiência de retorno aos conceitos fundamentais, através do estudo que fizemos este ano na APPOA, e que culminou numa jornada clínica dedicada ao tema. Essa experiência revelou a pertinência e a riqueza de um retorno que é recriação, no caso desses conceitos. A psicanálise é sempre uma experiência singular seja no percurso de uma análise, seja no trabalho sobre os conceitos, em interlocução. Parafraseando o editorial da Revista da APPOA, Onde fala um analista: experiência singular não se confunde com o exercício privado da psicanálise. A transferência é um conceito cunhado pela psicanálise. Refere-se, é verdade, a fenômenos presentes nas relações humanas em geral, sejam elas profissionais, hierárquicas ou amorosas, e na relação analítica em particular. Suas manifestações são conhecidas e reconhecidas facilmente. Ninguém estranha ou objeta sua existência. Consiste genericamente na ligação afetiva que se estabelece entre o paciente e seu médico, o aluno e seu professor, o funcionário e seu chefe e assim por diante. A originalidade da psicanálise, com Freud, foi tomar este fenômeno tão corriqueiro, extrair dele a lógica que lhe correspondia, instaurá-lo como conceito e como operador essencial da análise. Nos chamados Artigos sobre a técnica psicanalítica, seis artigos escritos entre 1911 e 1915, apresentados no volume 12 das Obras Completas, Freud situa as referências fundantes de sua nova

3 3 perspectiva terapêutica. Mesmo com o avanço da construção conceitual psicanalítica de lá para cá, ainda hoje vale a pena deter-se nesses textos, em que encontramos elementos de muita fineza clínica, que nos iluminam certamente. Não se trata aqui de reconstituir os diversos desdobramentos da transferência como conceito, embora este caminho deva ser necessariamente percorrido pelos praticantes. Vou tomar apenas as referências que me permitirão sustentar o ponto que busco relacionar à questão da supervisão. Pela transferência o paciente atualiza com o terapeuta seu jeito de ser, seu modo de amar, em suas expressões positivas e negativas, em suas possibilidades e limites. Para além do fato de lembrar, rememorar os episódios vários de sua vida (amorosa, no sentido amplo, isto é, erótica), o paciente, inadvertidamente, revive com o terapeuta o jeito que o caracteriza, o que chamamos seu sintoma, sua neurose, seu estilo. E o faz de modo inteiramente desavisado, isto é, não percebe em absoluto essa reedição e se conduz como se fosse a primeira vez. Para compreender esse fenômeno, é necessário uma determinada concepção de inconsciente. Referindo as elaborações de Jacques Lacan, no seminário dedicado aos quatro conceitos fundamentais da psicanálise (inconsciente, repetição, transferência e pulsão), Contardo Calligaris (1989) aponta que o inconsciente não é um depósito de memória, mas uma estrutura que conforma o lugar a partir do qual o sujeito pode se situar, se exercer como sujeito, falar, desejar. Nessa perspectiva é que podemos situar a repetição transferencial e o próprio conceito de repetição em psicanálise. Se o inconsciente é uma matriz que situa o sujeito, a repetição é propriamente o modo de ser do sujeito. Desse ponto de vista, a transferência, como define Lacan, é a colocação em ato do inconsciente. Então não há repetido, embora se trate de repetição: sempre vou colocar em ato este inconsciente, que não é um depósito escondido no fundo de minha memória, mas é o que me faz sujeito. Se assumimos este suposto, da transferência como a colocação em ato do inconsciente, podemos interpretar nessa perspectiva a afirmação freudiana de que a neurose do sujeito se desdobra na transferência. Freud chamou este fenômeno

4 4 de neurose de transferência, postulando que a análise lida com esta neurose, isto é, com a neurose que se organiza na transferência, e resolvendo a neurose de transferência, resolver-se-ia, eventualmente, a neurose do sujeito. Aqui entramos no ponto mais sensível: por essa perspectiva, já se vê a autenticidade da experiência transferencial. Gosto muito da apresentação que Calligaris faz da questão:...todos os analistas desde Freud, embora confrontados ao fenômeno da transferência no cotidiano de sua clínica, sempre continuaram a achar extremamente abalante o encontro, na situação terapêutica, com algo que, de certa forma, todos reconheceram como um amor autêntico. (Ibidem) Na história da construção dos conceitos psicanalíticos é bem instrutivo aferir como os analistas se defenderam desse encontro, distinguindo transferência e contratransferência, postulando a interpretação da transferência, etc. Num belo texto dedicado à análise do discurso médico, Jean Clavreul toma o episódio da fuga de Breuer frente à manifestação do amor transferencial de sua paciente Anna O, dizendo: Breuer não se tornou psicanalista, pois a psicanálise comporta necessariamente a tomada em consideração e a análise de um fato, a paixão que não pode deixar de nascer do paciente por seu analista, paixão à qual este não pode pretender ficar indiferente, se bem que não partilhe dela... Uma observação: paixão vem do grego pathos, que também se traduz como doença / paixão: sentimento exacerbado. Creio que aí se apresenta de modo simples a inclusão necessária daquele que escuta no quadro da transferência, inclusão para a qual a psicanálise tem uma abordagem e indicações específicas. Esta inclusão daquele que escuta constitui o que chamamos, então, propriamente de laço transferencial, que abole a separação defensiva dos dois pólos, aludindo a uma nova conformação que aí se situa. Maria Ângela Brasil enuncia com muita propriedade um viés dessa operação que se põe em marcha a partir do momento em que alguém vem buscar tratamento:...quando recebemos um novo paciente, também temos a ilusão de que já sabemos do que se trata, pois ainda não estamos na transferência; é no

5 5 decorrer do trabalho que vamos perdendo esse olhar de fora que nos defende e passamos a não saber e a poder, aí, sim, escutar. Essa formulação me parece tão preciosa porque mostra a inclusão necessária à operação analítica e seus efeitos: perder a posição de exterioridade (que nos defende) também é perder a certeza de que já sabemos. É um passo necessário a nos deixarmos tomar na transferência e daí podermos escutar o outro em sua alteridade. Será a partir desse lugar que falaremos do caso em supervisão. A particularidade da supervisão clínica psicanalítica é, do lado do terapeuta que fala do caso, que seu relato não é mera descrição objetiva dos fatos narrados por seu paciente, nem suposta passagem de informações para alguém que saberia mais. Alfredo Jerusalinsky (2005) faz uma analogia a meu ver muito eloqüente entre o processo onírico e o processo transferencial, na perspectiva da supervisão. Ele diz: Um supervisor precisa escutar a narrativa do analista sobre o dito do paciente como uma elaboração secundária do discurso onírico da transferência. Ou seja, tomar a transferência como discurso é reconhecer a implicação de quem escuta no escutado; tomar o discurso da transferência como onírico implica em reconhecer nele os efeitos do trabalho do inconsciente, como num sonho, num ato falho, num sintoma, numa piada. Continua Jerusalinsky: O que o analista fala numa supervisão deve ser tratado como uma elaboração secundária da transferência que ele recebe, em que ele fica tomado como num sonho. (Comunicação pessoal) Penso que aí se refere o efeito do inconsciente em operação; algo se passa de tal forma que não se pode alegar objetividade, embora também não se trate de uma experiência intersubjetiva ( entre dois ). No par da fala e da escuta há o inconsciente em operação e a escuta da supervisão deve ser coerente com essa perspectiva. Segue Jerusalinsky: O que se escuta numa supervisão é a resistência que o analista faz à transferência que o paciente lhe dedica. (...) O analista resiste à transferência que o paciente lhe causa ele também transfere e coloca o relato em supervisão, sem sabê-lo, a serviço dessa resistência. A elaboração de que se

6 6 trata na narrativa que o analista faz do caso na supervisão é secundária precisamente porque ela, na sua reconstrução, evita inconscientemente revelar as implicações transferenciais às quais o analista resiste. É por isto que os lapsos do analista durante a supervisão são reveladores daquilo que o analista não escuta do que seu paciente diz. (Comunicação pessoal) A função da supervisão, então, é destravar a escuta e nortear a direção do tratamento. Aqui fica evidente a responsabilidade do supervisor, com suas intervenções, possibilitar a escuta e não produzir mais resistência. O caráter formativo da supervisão clínica psicanalítica é certamente singular. Aqui formação se distingue de informação. Este é um diferencial epistemológico da psicanálise, do método que lhe é próprio e da concepção de verdade com a qual opera. Veja-se a seguir: O supervisor pode informar (e deve ser capaz de conhecer as informações técnicas ), mas sua tarefa é formar e a formação em psicanálise deriva de uma posição de escuta. A supervisão trabalha na transmissão do método que é próprio da psicanálise: de que a verdade surge pela interpretação. Os analistas não trabalham com verdades estatísticas, nem com verdades fáticas, nem com verdades intuitivas, tampouco com verdades derivadas da lógica positiva. Trabalhar com a verdade que emerge da interpretação quer dizer que é a experiência da interpretação o que faz efeito de verdade para os pacientes, quando a interpretação, a intervenção do analista produz uma torção no percurso de sua vida. (Jerusalinsky, 2005) Para finalizar, gostaria de retomar o fio da transferência e fazer um novo enlace, uma volta a mais. No seminário dedicado aos conceitos fundamentais da psicanálise, Jacques Lacan situa precisamente a transferência analítica como um percurso no qual a responsabilidade do analista está engajada em fazer algo diferente com aquele amor autêntico inicial. Segundo Calligaris (1989): A diferença consiste em permitir ao sujeito que ama e que vem com uma demanda de amor ter acesso ao seu desejo, o que é algo muito diferente do amor. A questão da transferência analítica é o que fazer com este amor para devolver o sujeito ao seu lugar desejante.

7 7 Lacan chamou a isto desejo do analista ; trata-se de uma posição ética que implica a análise do analista. Somente sua análise poderá garantir que ele não responda especularmente àquela demanda de amor e permita, assim, a alteridade ao sujeito que ali está. Referências BRASIL, Maria Ângela. Entrevista. In CORREIO DA APPOA. Supervisão: formação e transmissão. n. 142, dezembro CALLIGARIS, Contardo. Estória de um engano (1989) In CLAVREUL, Jean. A ordem médica. São Paulo: Brasiliense, FREUD, Sigmund. Trabajos sobre técnica psicoanalítica. In Sigmund Freud Obras completas. Buenos Aires: Amorrortu, v. 12. JERUSALINSKY, Alfredo. Comunicação pessoal. Entrevista. In CORREIO da APPOA. Supervisão: formação e transmissão. n. 142, dezembro REVISTA DA APPOA. Onde fala um analista. Porto Alegre: APPOA, ano 12, n. 29, dezembro 2005.

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