ACÇÃO COLECTIVA DOS TRABALHADORES

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ACÇÃO COLECTIVA DOS TRABALHADORES"

Transcrição

1 1

2 ACÇÃO COLECTIVA DOS TRABALHADORES A acção dos Sindicatos começa e desenvolve-se nos locais de trabalho, onde a acção colectiva dos trabalhadores é determinante para reivindicar, negociar, defender e garantir a efectividade dos direitos e a negociação de melhores condições de prestação do trabalho. É através da capacidade de acção e do poder dos trabalhadores nos locais de trabalho que se criam ou não condições para potenciar a acção e negociação ao nível micro (empresas), ao nível meso (sectores e regiões) e ao nível macro (nacional, europeu e global). A interdependência entre a organização e a acção sindical defensiva e ofensiva, coloca permanentemente às organizações sindicais a questão de identificar as necessidades, os problemas, os anseios e as expectativas dos trabalhadores ao nível individual e colectivo, ao mesmo tempo que se criam condições para o alargamento da unidade entre os trabalhadores e emergem condições para o aparecimento de trabalhadores disponíveis para serem eleitos como delegados e dirigentes sindicais, ou nas condições actuais apenas activistas sindicais semi ou totalmente invisíveis perante o patrão da empresa. Os dados recolhidos das últimas duas décadas indicam-nos que a acção colectiva dos trabalhadores das ITVC coordenada pelas organizações sindicais revela uma tendência decrescente, nomeadamente quando essa acção colectiva se manifesta na forma de greve e tem como objectivo interesses comuns como a negociação de novos direitos e salários mais justos. Na última década a participação e adesão dos trabalhadores às várias greves, de carácter sectorial ou nacional, convocadas pela organização sindical, tiveram reduzidas adesões se considerarmos o universo dos trabalhadores dos sectores. Se considerarmos que os dirigentes e delegados sindicais destes sectores dedicam a maior parte da sua actividade numa ligação perene aos trabalhadores no interior e no exterior das empresas, aumentam as nossas interrogações sobre as causas do decréscimo da acção colectiva. Analisando a estrutura do tecido empresarial e o volume de trabalhadores nas ITVC, quadros nºs 1, 2 e 3, verifica-se que entre 1998 e 2009 perderam 39 dos trabalhadores e 21 das empresas. O peso das empresas com menos de dez trabalhadores apresentam uma tendência crescente, passa de 53 em 1998, para 57 em 2009; o peso das empresas com dez a quarenta e nove trabalhadores não sofre grandes alterações, tendência decrescente de 35 em 1998, para 34 em 2009; as empresas de cinquenta a quinhentos trabalhadores, têm uma tendência decrescente, de 11,6 em 1998, para 8,6 em As empresas com mais de quinhentos trabalhadores passaram de 44 empresas em 1998, para 13 empresas em

3 A perda significativa do emprego deve ser analisada na dimensão quantitativa mas também na dimensão qualitativa. A maioria dos trabalhadores que foram para o desemprego tinham contratos de trabalho sem termo, trabalhavam uma parte nas médias e grandes empresas com elevada taxa de sindicalização, com organização sindical eleita e com cultura de acção na negociação colectiva. O ciclo de vida destes trabalhadores era mais simples. Após o período escolar, passavam por uma fase de aprendizagem, seguindo-se o exercício de uma profissão com contrato de trabalho sem termo, até ao momento da reforma. Em resultado das mutações, as empresas são essencialmente micro e PME s, uma parte do emprego dos trabalhadores é precário e a organização sindical nestas empresas é muito difícil. Em 2009 os contratos a termo certo atingiram 18 dos trabalhadores do vestuário; 13, no calçado e 8 na têxtil, numa tendência de crescimento; entre 2000 e 2009 os contratos a termo certo nas ITVC cresceram 31. Actualmente o ciclo de vida dos trabalhadores é mais instável e complexo. Após o período escolar e uma fase de aprendizagem, ingressam numa empresa com contrato de trabalho de natureza precária; passando algum tempo são despedidos, passam por processos de formação, novo emprego precário, novo despedimento Quadro Nº 1 Trabalhadores e empresas nas ITVC entre 1998 e 2009 Ano Trabalhadores Perdas Líquidas

4 Quadro Nº 2 por número de trabalhadores nas ITVC ( ) Ano Nº <10 Trab. de 10 a 49 Trab. com 50 e mais Trab. Total de Quadro Nº 3 por número de trabalhadores nas ITVC em Ano Nº empresas Empres as <10 Trab. de 10 a 49 Trab. de 50 a 500 Trab. com > 500 Trab. Total de ,6 44 0, ,6 13 0, Outras causas podem contribuir para o decréscimo da acção colectiva. A rede sectorial de dirigentes e delegados sindicais sofreu uma forte redução e tornouse menos densa; os trabalhadores alteraram as suas representações sociais evoluindo dos valores colectivos para uma atitude mais individualista; cresce o número de trabalhadores que vê nos Sindicatos apenas um instrumento de defesa dos seus direitos e a que só recorre quando tem uma necessidade premente, pelo que não estabelece com os Sindicatos um vínculo de filiação permanente em resultado de uma consciência de classe em si. O contexto em que os Sindicatos desenvolvem a sua actividade, levam ao aparecimento de entidades e instituições que concorrem com os Sindicatos na prestação de serviços com vista à resolução de alguns conflitos laborais na forma judicial e formal não judicial. Por exemplo: em situações de insolvência de empresas surgem advogados a concorrer com os Sindicatos, na representação dos interesses dos trabalhadores; a Inspecção de Trabalho disponibiliza hoje informações gratuitas aos trabalhadores; existem Câmaras Municipais que prestam serviços de apoios aos trabalhadores desempregados nas áreas da inclusão e formação profissional assim como os Gabinetes de Inserção Profissional (GIP), apoiados pelo IEFP a funcionar nas Juntas de Freguesia e noutras organizações não sindicais. 4

5 Parece-me ainda que devemos incluir na reflexão sobre as causas que contribuem para a redução da acção colectiva dos trabalhadores as representações de crise permanente nas ITVC veiculadas pelos órgãos de comunicação social de massas, quando perante um caso singular de um patrão que geriu mal a empresa e a leva ao encerramento, ou uma multinacional que deslocaliza a produção para um outro país com o único objectivo de aumentar os seus lucros à custa de uma maior exploração dos trabalhadores, as noticias tendem a generalizar e a falar da crise para todo o sector. A criação deste cenário de crise permanente, influencia negativamente a disponibilidade dos trabalhadores para agirem e lutarem por melhores condições de trabalho, uma vez que incorporaram a falsa ideia de crise e nesse contexto o seu principal objectivo é defender o seu emprego. Aos Sindicatos coloca-se uma árdua tarefa com vista a superar este conjunto de obstáculos à acção colectiva e sem a qual não é possível manter, efectivar e renovar os direitos do trabalho numa perspectiva de progresso. Os Sindicatos nas ITVC têm, apesar das dificuldades elencadas, um capital de prestígio acumulado junto do universo de trabalhadores relevante. Em situações de conflito assumido com o patrão como por exemplo, encerramentos selvagens, não pagamento dos salários, despedimentos ilegais, castigos abusivos e violadores dos direitos dos trabalhadores e o dos deveres do patrão, os trabalhadores na sua maioria não sindicalizados procuram os Sindicatos para a resolução do conflito e muitas vezes manifestam a sua disponibilidade para a acção colectiva na defesa dos seus direitos. Está ao nosso alcance transformar esta visão instrumental numa filiação estável e organizada dos trabalhadores nos Sindicatos. PARCERIA SOCIAL E SEUS ACTORES No contexto de uma sociedade moderna, sem qualquer dúvida, uma sociedade de conflitualidades, onde os diferentes interesses entre os estratos sociais se chocam de forma clara ou subtil, o diálogo e a negociação são fundamentais com vista a encontrar compromissos sociais que contribuam para assegurar os direitos essenciais conquistados pelos trabalhadores e novos direitos, com vista a construir novos modelos de sociedades mais justas. A negociação bilateral nos sectores, empresas e regiões deve constituir o centro do processo de negociação, sendo a concertação tripartida e o diálogo social etapas complementares. Em Portugal é necessário clarificar o conceito de parceria social, pois este na sua génese não é sinónimo de conciliação de interesses entre trabalhadores e o patronato ou de paz social como alguns veiculam. Uma parceria implica: em primeiro lugar, o reconhecimento social dos diferentes interesses dos trabalhadores e dos patrões; em segundo lugar, uma aceitação e de facto de encorajamento da representação colectiva desses interesses; em terceiro lugar, a aspiração que a sua acomodação organizada possa trazer uma base efectiva para a regulação do trabalho. 5

6 Os actores de uma parceria social sectorial nas ITVC são os trabalhadores e as suas organizações; os patrões e as suas organizações e o Estado. Estes actores das relações laborais interagem entre si, detêm poderes e mobilizam diferentes tipos de recursos com vista a alcançar os seus objectivos. Ao agirem num espaço das relações laborais concreto, dão o seu contributo para a sua manutenção ou mudança, em ambientes de maior ou menor conflitualidade. Nas ITVC, por exemplo a aplicação das 40 horas, o fim do trabalho ao sábado e o respeito pelas pausas no trabalho repetitivo, em 1996, exigiu uma luta dos trabalhadores do sector têxtil e vestuário, com greves e outras formas de acção colectiva como: concentrações, manifestações, marchas, que durou quinze meses na têxtil e quase quarenta meses no vestuário. Este conflito envolveu os nossos Sindicatos, as organizações patronais e o Governo cuja Ministra do Trabalho foi demitida no decorrer do conflito e da negociação. Durante o período do conflito a parceria manteve-se e quando não havia condições para reuniões formais, estas assumiam a informalidade, até se voltar à negociação formal. A acção colectiva dos trabalhadores e trabalhadoras foi decisiva para o êxito da negociação e a consagração dos direitos em conflito. Num outro sentido, por exemplo, a realização dum estudo a um CCT sobre a discriminação de género, uma campanha de informação e prevenção dos riscos e doenças profissionais, a aprovação de um memorando sobre a exigência de dimensões sociais e ambientais no comércio internacional, a exigência de políticas industriais na UE, a gestão de um Centro de Formação Profissional, envolvendo de forma tripartida os parceiros sociais sectoriais, são concerteza parcerias com menor conflitualidade e áreas de maior convergência, mas mesmo aí, os diferentes interesses assumidos pelos actores sociais manifestam-se. NEGOCIAÇÃO COLECTIVA Considero a negociação colectiva como um direito fundamental dos trabalhadores no quadro dos princípios da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Analisando a sua finalidade à luz das normas e directivas da OIT é inquestionável que o seu objectivo geral estabeleça normas mais favoráveis que a Lei Geral. A Convenção Nº 98º da OIT de 1949 estabelece como princípio orientador a autonomia das partes, ou seja, trabalhadores e patrões devem ter a liberdade para negociarem por si mesmo as condições de trabalho e as relações de emprego. O Estado pode intervir na regulação, mas deve privilegiar a promoção desse direito e não travar o seu exercício. Posteriormente a OIT aprovou novas Recomendações e Convenções no sentido de esclarecer que a negociação colectiva é uma actividade dos Sindicatos, contrariando os acordos entre patrões e grupos de trabalhadores, por exemplo, não sindicalizados, e a utilização das comissões de trabalhadores na tentativa de enfraquecer o poder negocial dos Sindicatos. A negociação colectiva assumiu centralidade na regulação das relações laborais, sendo hoje reconhecida como fonte de direito nas relações colectivas de trabalho ao nível nacional e internacional, constituindo uma das dimensões que estruturam o mercado do trabalho. Não devemos deixar de ter sempre 6

7 presente que o direito dos Sindicatos à contratação colectiva, direito que permite criar normas legais em substituição do Estado, através da negociação com o patronato é uma aquisição que resultou da luta dos trabalhadores e suas organizações durante décadas e que hoje o modelo neoliberal considera ser um problema e não parte da solução quando se aborda a competitividade das empresas e dos sectores. Estamos a agir num contexto de grande pressão para a desregulação e cujo objectivo principal é a desregulação das diferentes dimensões das relações do emprego e das condições de trabalho, negociadas em períodos de maior equilíbrio nas relações de poder entre os parceiros sociais sectoriais. As lógicas políticas emanadas pelos centros e instituições do poder económico, financeiro e político, a exemplo do memorando da Troika para Portugal, estrategicamente mantêm desregulado ao nível global a circulação dos fluxos financeiros, dos serviços e dos produtos manufacturados, defendem a concepção neoliberal de que as mudanças das normas devem subordinar-se ao reforço da competitividade das empresas. Esta concepção produz retrocessos sociais profundos no modelo social europeu, e nas condições de vida e trabalho dos trabalhadores e outros estratos da população portuguesa cuja harmonização social vai no sentido do retrocesso e não do progresso. Nós temos uma concepção, distinta da dominante. Defendemos a regulação das diferentes dimensões do mercado global por forma a que a competitividade seja ancorada na regulação dos fluxos financeiros, na inovação e qualidade dos produtos e serviços e não através da concorrência pelas normas laborais, ambientais, fiscais e monetárias. Nesse sentido a negociação colectiva deve concomitantemente responder às necessidades específicas que se colocam às empresas e à actualização e incorporação de novos conteúdos das normas dos CCT s numa perspectiva de harmonização no progresso. Avaliando as Convenções Colectivas negociadas nas ITVC entre 1996 e 2010, verificamos no período de dez anos, entre 1996 e 2005, um fraco e irregular índice na negociação anual, em todos os sectores. Nos últimos cinco anos, 2006 a 2010, verificamos um regular índice na negociação anual em todos os sectores, atingindo o valor máximo. Tendo em consideração a aprovação do Código do Trabalho em 2003, surge a interrogação se este condicionou de alguma forma os comportamentos dos parceiros sociais sectoriais nos processos de negociação colectiva. Sou de opinião que a nova figura de caducidade dos CCT s plasmada no Código do Trabalho, sendo uma ameaça séria aos direitos dos trabalhadores regulados nos CCT s, influenciou a organização sindical sectorial e os trabalhadores no sentido da renovação das normas dos CCT s através da negociação ancoradas no binómio: garantia e renovação dos direitos fundamentais dos trabalhadores e criação de condições que permitissem uma adaptabilidade regulada, e uma maior mobilidade funcional. 7

8 Num contexto em que a correlação de forças entre os parceiros sociais sectoriais é bastante assimétrica e desfavorável aos trabalhadores e suas organizações, quando impera o modelo neoliberal que pretende impor um individualismo exacerbado e perpetuar um arquétipo de concorrência pelo custo, ancorado no aumento da intensidade da exploração, veja-se o conteúdo do memorando da Troika para Portugal, negociar CCT s em que foi possível preservar direitos fundamentais e negociar novas normas que alargam a regulação a novas dimensões das relações de emprego e das condições de trabalho, exigindo na sua aplicação a decisão colectiva e maioritária dos trabalhadores envolvidos, é por nós considerado relevante e um caminho a prosseguir no futuro. A RENOVAÇÃO DAS DIMENSÕES DAS RELAÇÕES DE EMPREGO NAS ITVC ENTRE 1996/2010 Neste contexto de mudança as dimensões das relações de emprego nas ITVC também se renovaram e alteraram. As dimensões, duração semanal e organização do tempo de trabalho sofreram alterações significativas entre 1996 e O Período Normal de Trabalho (PNT) foi reduzido de 44 e 43 horas para 40 horas; a semana de trabalho passou de 6 para 5 dias dando às trabalhadoras e trabalhadores têxteis o sábado como dia de descanso; a organização do tempo de trabalho, diário e semanal, foi flexibilizado de forma inovadora, envolvendo colectivamente os trabalhadores na sua decisão por maioria e atribuiu uma compensação em retribuição ou em tempo de trabalho; foram criados turnos especiais para permitir às empresas manter a actividade na quase totalidade dos dias do ano. Na dimensão, qualificações, a partir de 2006 em alguns CCT s foram negociadas novas grelhas de categorias profissionais, organizadas hierarquicamente, com funções alargadas; foram construídas novas categorias profissionais nas áreas a montante e a jusante da produção numa lógica de uma maior incorporação na cadeia de valor dos produtos e serviços; foram construídos perfis profissionais polivalentes para as diferentes áreas da produção, com mobilidade funcional cujo acesso é regulado através da frequência de acções de formação profissional certificadas ou através de competências adquiridas; negociado o direito individual dos trabalhadores à formação, estando as empresas obrigadas a atribuir 35 horas do Período Normal de Trabalho (PNT) anual. Na dimensão natureza do emprego, a negociação colectiva sectorial incorporou normas sobre a contratação de trabalhadores a termo certo, até ao máximo de 15 nas empresas com mais de 20 trabalhadores e a 4 trabalhadores em empresas até 20 trabalhadores, ao mesmo tempo que vedava às empresas a possibilidade de utilizarem o regime de trabalho temporário. Os trabalhadores contratados a termo certo nestas condições, têm preferência em futuras contratações. Regulamos ainda o trabalho de menores em todos os sectores e o trabalho no domicílio no sector do calçado, contribuindo para a redução do fenómeno do trabalho informal e clandestino, alvo da nossa permanente denúncia e exigência de erradicação. 8

9 Ao nível da dimensão, retribuição global de trabalho, o trabalho suplementar com um volume anual superior à Lei Geral é pago com uma percentagem suplementar à retribuição base e dá direito a um descanso compensatório; uma retribuição mais elevada em situações de polivalência funcional; a retribuição das diferentes tipologias do trabalho por turnos e laboração continua, com valores superiores aos mínimos legais. Na avaliação da variação do poder de compra dos trabalhadores no período 1996 a 2010, tendo por base as retribuições anuais adquiridas através da negociação colectiva sectorial, ou na ausência da negociação colectiva anual as recomendações de retribuições mínimas das organizações patronais sectoriais às empresas utilizamos o indicador variação anual do poder de compra. Calculado com base no salário real, obtém-se retirando ao salário médio anual o efeito da inflação verificada. Dessa avaliação ao período em análise, a variação do poder de compra dos trabalhadores é positiva, com valores diferenciados nos diferentes sectores das ITVC, sem no entanto se ter alterado o padrão das baixas retribuições praticadas nestes sectores. As normas que regulam as condições de trabalho passaram a incorporar, a partir de 2006, novos conteúdos, nomeadamente: as normas que plasmam os deveres e garantias dos trabalhadores; os deveres dos empregadores; os direitos básicos do exercício da actividade sindical; os direitos e deveres das partes na prevenção dos riscos e promoção da saúde no trabalho; a prevenção e controlo da alcoolemia; e a constituição de forma bipartida e paritária da Comissão de Saúde e Segurança no Trabalho (SST) a instalar nas empresas. Na dimensão normativa dos Contratos Colectivos de Trabalho foram negociadas um conjunto de normas que regulam de forma inovadora a arbitragem voluntária, seleccionam quais as normas que ficam sujeitas à arbitragem e quais as normas que ficam excluídas do âmbito da arbitragem, só podendo ser alteradas por acordo das partes, pelo que se manterão em vigor até serem substituídas por acordo das partes outorgantes. Avaliando o vasto conjunto de alterações e renovações dos conteúdos dos CCT s nas ITVC, consideramos que a negociação colectiva sectorial permitiu criar novas configurações sociais na regulação das relações laborais, mantendo os parceiros sociais as suas acções interdependentes numa lógica adversativa, emergindo pontualmente lógicas de convergência induzidas pelo contexto global que envolvem as ITVC e a sua característica essencialmente exportadora. 9

10 CONFORMIDADE OU DESCONFORMIDADE ENTRE AS NORMAS E AS PRÁTICAS PATRONAIS NAS EMPRESAS DAS ITVC Todos os diferentes estudos de investigação sobre o fenómeno da desconformidade entre as normas legais e as práticas patronais nas empresas, partindo de diferentes abordagens, convergem e consideram que em Portugal são elevados os níveis de desconformidade. Sabemos que num contexto de fortes contradições entre as normas legais e as práticas patronais nas empresas, a sua superação pode alcançar-se por dois caminhos: através da acção colectiva dos trabalhadores para alterar as práticas do patronato nas empresas no sentido da aplicação das normas; ou alterando as normas legais, quando estas se tornam obsoletas perante as práticas patronais consolidadas e aceites pelos trabalhadores. Na situação concreta das empresas das ITVC a tendência das práticas patronais nas empresas vai no sentido do retrocesso social, pelo que os Sindicatos têm uma acção pró-activa, identificando as desconformidades e agindo sobre as práticas, levando à sua conformidade com as normas. Esta actividade sindical faz parte do quotidiano da nossa organização. Periodicamente realizamos estudos sobre a conformidade na aplicação das normas negociadas nos CCT s utilizando a técnica do inquérito por questionário, nas principais regiões das ITVC, bem como, estudamos a dispersão salarial entre os valores negociados e as práticas nas empresas. Os resultados apurados têm sentidos diferentes. No que respeita às normas legais foram apuradas as mais importantes áreas de desconformidade, a exemplo das normas da formação profissional, trabalho suplementar, férias, SST. Sobre a dispersão salarial os dados recolhidos indicam-nos que as retribuições base pagas pelas empresas são superiores às retribuições base negociadas nos CCT s, existindo uma almofada salarial como factor de diferenciação entre os salários negociados através dos CCT s e os salários efectivos resultantes das práticas patronais nas empresas. Esta diferenciação salarial atinge todos os grupos profissionais das grelhas salariais, mas com mais intensidade os quadros intermédios e superiores das empresas. Ainda sobre a questão das desconformidades entre normas e práticas patronais realizamos recentemente um conjunto de entrevistas aos parceiros sociais sectoriais, os quais, portadores de interesses de fracções de classe diferenciadas, transmitiram opiniões com pontos de contacto sobre o fenómeno. Todos reconheceram existirem situações de desconformidade, embora as causas que as motivam sejam distintas: a diminuição e ausência de organização sindical na maioria das empresas; uma cultura patronal de violação das normas; até 2005 a existência de CCT s com conteúdos diferentes negociados pela estrutura da CGTP/IN e da UGT tornava menos clara a sua aplicação; falta de informação nos trabalhadores sobre os seus direitos e deveres; nas micro e PME s a desconformidade é maior; na maioria das empresas não filiadas nas organizações patronais o nível de aplicação das normas é menor. A maioria dos entrevistados salientou que a tendência é para 10

11 a redução das desconformidades, em particular a partir da renovação das normas em Este conhecimento rigoroso da realidade das relações de emprego e das condições de trabalho, permite aos Sindicatos: dirigir correctamente a sua acção sindical nas empresas; orientar a sua informação específica aos trabalhadores sobre os direitos contratuais e o seu exercício; a intervenção junto dos órgãos de comunicação social; a exigência de fiscalização à ACT e à Inspecção de Trabalho; o apoio nas reuniões de diálogo social sectorial; a fundamentação das propostas de revisão salarial no sentido de uma maior aproximação entre os salários efectivos praticados nas empresas e os salários negociados pelos CCT s. Este caminho para a superação das desconformidades não é fácil e exige uma elevada disponibilidade de meios humanos e financeiros à organização sindical, tendo em consideração a actual estrutura empresarial onde predominam as micro e PME s. Mas é o único caminho que do nosso ponto de vista permite dar solidez à aplicação das normas e aos trabalhadores usufruírem na totalidade dos resultados da negociação colectiva sectorial. Com este tipo de acção sindical damos um positivo impulso aos direitos dos trabalhadores, aumentando os obstáculos ao modelo de retrocesso social hoje em voga. Quando os trabalhadores usufruem dos seus direitos, também aumenta a sua disponibilidade para a acção colectiva nos momentos em que o patronato ou o Governo coloca esses direitos em causa. 11

REVISÃO DO CÓDIGO DO TRABALHO CONDIÇÕES DA UGT PARA UM ACORDO (19/06/08)

REVISÃO DO CÓDIGO DO TRABALHO CONDIÇÕES DA UGT PARA UM ACORDO (19/06/08) REVISÃO DO CÓDIGO DO TRABALHO CONDIÇÕES DA UGT PARA UM ACORDO (19/06/08) 1. Não aceitação da introdução de novos motivos para despedimento individual com justa causa (despedimento por inadaptação funcional).

Leia mais

Negociação Colectiva em 2013

Negociação Colectiva em 2013 Negociação Colectiva em 2013 VARIAÇÃO SALARIAL 4 3 2 1 0-1 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013-2 -3 IPC Variação Nominal Variação Real Fontes: BTE/DGERT 1 Negociação Colectiva em 2013

Leia mais

Conferência de Imprensa

Conferência de Imprensa FESETE FEDERAÇÃO DOS SINDICATOS DOS TRABALHADORES TÊXTEIS, LANIFÍCIOS, VESTUÁRIO, CALÇADO E PELES DE PORTUGAL Conferência de Imprensa ATP numa posição de fora da Lei apela às empresas filiadas para violarem

Leia mais

TRANSPORTES & NEGÓCIOS SEMINÁRIO DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO BOAS PRÁTICAS LABORAIS

TRANSPORTES & NEGÓCIOS SEMINÁRIO DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO BOAS PRÁTICAS LABORAIS TRANSPORTES & NEGÓCIOS SEMINÁRIO DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO 05-2011 BOAS PRÁTICAS LABORAIS MEMORANDO DE ENTENDIMENTO PRINCIPAIS MEDIDAS LABORAIS 2 Memorando de Entendimento Principais Medidas Laborais O

Leia mais

MEMORANDO DE ENTENDIMENTO SOBRE AS CONDICIONANTES DA POLÍTICA ECONÓMICA (mercado de trabalho e educação)

MEMORANDO DE ENTENDIMENTO SOBRE AS CONDICIONANTES DA POLÍTICA ECONÓMICA (mercado de trabalho e educação) MEMORANDO DE ENTENDIMENTO SOBRE AS CONDICIONANTES DA POLÍTICA ECONÓMICA (mercado de trabalho e educação) I Mercado de trabalho Objetivos: Rever o sistema de prestações de desemprego com o objetivo de reduzir

Leia mais

RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL

RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL 1. Uma Situação Preocupante O nosso País tem tido um crescimento económico inferior à média da União Europeia desde 2002. Seis anos continuados de crise económica fizeram

Leia mais

CONVITE PARA A AUDIÇÃO PÚBLICA, POR INICIATIVA DO GRUPO PARLAMENTAR DO PCP, A REALIZAR NO DIA 15 DE MAIO DE 2017 SEGUNDA-FEIRA

CONVITE PARA A AUDIÇÃO PÚBLICA, POR INICIATIVA DO GRUPO PARLAMENTAR DO PCP, A REALIZAR NO DIA 15 DE MAIO DE 2017 SEGUNDA-FEIRA Página 1 de 6 CONVITE PARA A AUDIÇÃO PÚBLICA, POR INICIATIVA DO GRUPO PARLAMENTAR DO PCP, A REALIZAR NO DIA 15 DE MAIO DE 2017 SEGUNDA-FEIRA «HORÁRIOS DE TRABALHO: COMBATE À DESREGULAÇÃO, 35 HORAS, RESPEITAR

Leia mais

PARECER DA UGT SOBRE A PROPOSTA DE LEI Nº 230/XII SÉTIMA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO TRABALHO (NEGOCIAÇÃO COLECTIVA)

PARECER DA UGT SOBRE A PROPOSTA DE LEI Nº 230/XII SÉTIMA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO TRABALHO (NEGOCIAÇÃO COLECTIVA) PARECER DA UGT SOBRE A PROPOSTA DE LEI Nº 230/XII SÉTIMA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO TRABALHO (NEGOCIAÇÃO COLECTIVA) I. APRECIAÇÃO NA GENERALIDADE A UGT sempre afirmou que as alterações em matéria de legislação

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 36/XII. Exposição de Motivos

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 36/XII. Exposição de Motivos Proposta de Lei n.º 36/XII Exposição de Motivos O Estado Português, através da assinatura do Memorando de Políticas Económicas e Financeiras, assumiu perante a União Europeia, o Fundo Monetário Internacional

Leia mais

EVOLUÇÃO DAS PROPOSTAS APRESENTADAS PELAS CONFEDERAÇÕES SINDICAIS E PATRONAIS ACORDO BILATERAL VISANDO A DINAMIZAÇÃO DA CONTRATAÇÃO COLECTIVA

EVOLUÇÃO DAS PROPOSTAS APRESENTADAS PELAS CONFEDERAÇÕES SINDICAIS E PATRONAIS ACORDO BILATERAL VISANDO A DINAMIZAÇÃO DA CONTRATAÇÃO COLECTIVA EVOLUÇÃO DAS PROPOSTAS APRESENTADAS PELAS CONFEDERAÇÕES SINDICAIS E PATRONAIS ACORDO BILATERAL VISANDO A DINAMIZAÇÃO DA CONTRATAÇÃO COLECTIVA UGT (12/11/04) Confederações Patronais (29/11/04) UGT (28/12/04)

Leia mais

CONVENÇÕES PUBLICADAS AO NÍVEL DOS TRIMESTRES HOMÓLOGOS

CONVENÇÕES PUBLICADAS AO NÍVEL DOS TRIMESTRES HOMÓLOGOS RELATÓRIO DA NEGOCIAÇÃO COLECTIVA 4.º TRIMESTRE DE 29 CONVENÇÕES PUBLICADAS AO NÍVEL DOS TRIMESTRES HOMÓLOGOS Os resultados da negociação colectiva de trabalho, publicada no último trimestre de 29, podem

Leia mais

25 de Junho 2012 Direito do Trabalho

25 de Junho 2012 Direito do Trabalho TERCEIRA REVISÃO DO CÓDIGO DE TRABALHO A revisão ora em análise, publicada hoje, surge no âmbito do Memorando de Entendimento sobre as Condicionalidades de Política Económica de Maio de 2011 (doravante

Leia mais

ACORDO DE POLÍTICA DE RENDIMENTOS PARA 1992

ACORDO DE POLÍTICA DE RENDIMENTOS PARA 1992 CONSELHO PERMANENTE DE CONCERTAÇÃO SOCIAL ACORDO DE POLÍTICA DE RENDIMENTOS PARA 1992 LISBOA Em 15 de Fevereiro de 1992, culminando um processo gradual de concertação o Conselho Coordenador do Conselho

Leia mais

Balanço da Contratação Colectiva de Trabalho 1.º Trimestre de 2006

Balanço da Contratação Colectiva de Trabalho 1.º Trimestre de 2006 Balanço da Comissão Executiva 11 de Maio de 2006 1. RESULTADOS DO TRIMESTRE. APRECIAÇÃO NA GENERALIDADE 1.1 Convenções publicadas Nos primeiros três meses do ano foram publicadas 47 convenções colectivas

Leia mais

Laranjeiro dos Santos & Associados Sociedade de Advogados RL

Laranjeiro dos Santos & Associados Sociedade de Advogados RL Nota Informativa 1/2012: Alterações relevantes em matéria Processamento Salarial e Encargos Sociais I. Comissão Permanente de Concertação Social Alterações à tipologia contratual: Alargamento da duração

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 117/XI/1.ª ALTERA O CÓDIGO DO TRABALHO, NO SENTIDO DA HUMANIZAÇÃO DOS HORÁRIOS DE TRABALHO

PROJECTO DE LEI N.º 117/XI/1.ª ALTERA O CÓDIGO DO TRABALHO, NO SENTIDO DA HUMANIZAÇÃO DOS HORÁRIOS DE TRABALHO Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 117/XI/1.ª ALTERA O CÓDIGO DO TRABALHO, NO SENTIDO DA HUMANIZAÇÃO DOS HORÁRIOS DE TRABALHO Exposição de motivos Adaptabilidade e flexibilidade foram palavras-chave

Leia mais

Movimento da Contratação Colectiva

Movimento da Contratação Colectiva Movimento da Contratação Colectiva 1 Com o novo código do trabalho agravaram-se os bloqueios do patronato à negociação colectiva. Diminuiu do número de IRCT s publicados e o número de trabalhadores abrangidos.

Leia mais

CÓDIGO DO TRABALHO. CAPÍTULO I - Fontes do direito do trabalho CAPÍTULO II - Aplicação do direito do trabalho. CAPÍTULO I - Disposições gerais

CÓDIGO DO TRABALHO. CAPÍTULO I - Fontes do direito do trabalho CAPÍTULO II - Aplicação do direito do trabalho. CAPÍTULO I - Disposições gerais CÓDIGO DO TRABALHO Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro LIVRO I - Parte geral TÍTULO I - Fontes e aplicação do direito do trabalho CAPÍTULO I - Fontes do direito do trabalho CAPÍTULO II - Aplicação do direito

Leia mais

COMPROMISSO TRIPARTIDO PARA O CRESCIMENTO, A COMPETITIVIDADE E O EMPREGO

COMPROMISSO TRIPARTIDO PARA O CRESCIMENTO, A COMPETITIVIDADE E O EMPREGO COMPROMISSO TRIPARTIDO PARA O CRESCIMENTO, A COMPETITIVIDADE E O EMPREGO COMPARAÇÃO COM O COM A O QUE DIZ O COM A DESPEDIMENTOS - Nova forma de despedimento por não serem atingidos objectivos previamente

Leia mais

Regulamento do Programa Valorização Profissional

Regulamento do Programa Valorização Profissional Regulamento do Programa Valorização Profissional 1 - Objectivos: a) Qualificar activos que se encontram em períodos temporários de inactividade por baixa de actividade sazonal comprovada, através de Planos

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 120/XII/2.ª. Exposição de Motivos

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 120/XII/2.ª. Exposição de Motivos PL 636/2012 2012.12.27 Exposição de Motivos O Programa do XIX Governo Constitucional prevê um conjunto de novas políticas dirigidas ao crescimento, à competitividade e ao emprego. Assenta o mesmo Programa

Leia mais

CHECK AGAINST DELIVERY

CHECK AGAINST DELIVERY Intervenção do Delegado Empregador Português na 107ª Sessão da Conferência Internacional do Trabalho Em primeiro lugar, Senhor Presidente, endereço-lhe em nome da Delegação Empregadora Portuguesa sinceras

Leia mais

SEMINÁRIO PREVENÇÃO DE RISCOS PROFISSIONAIS: PRESERVAR O PASSADO, PROTEGER O FUTURO A PREVENÇÃO DE RISCOS PROFISSIONAIS 27 ABRIL 2011

SEMINÁRIO PREVENÇÃO DE RISCOS PROFISSIONAIS: PRESERVAR O PASSADO, PROTEGER O FUTURO A PREVENÇÃO DE RISCOS PROFISSIONAIS 27 ABRIL 2011 SEMINÁRIO PREVENÇÃO DE RISCOS PROFISSIONAIS: PRESERVAR O PASSADO, PROTEGER O FUTURO A PREVENÇÃO DE RISCOS PROFISSIONAIS 27 ABRIL 2011 Começo por agradecer Centro Nacional de Protecção Contra os Riscos

Leia mais

* FILIADO, EM PORTUGAL, NA CGTP-IN E FEPCES E, INTERNACIONALMENTE, NA UNI GLOBAL E UNI - EUROPA *

* FILIADO, EM PORTUGAL, NA CGTP-IN E FEPCES E, INTERNACIONALMENTE, NA UNI GLOBAL E UNI - EUROPA * Intervenção de Rui Tomé, responsável do Sector da Vigilância Privada do Apresentação publica do OBSERVATÓRIO SEGURANÇA PRIVADA - OSP --------------------------------------------- Srs. jornalistas e restantes

Leia mais

As condições de trabalho entre o Estado e o mercado. -Riscos e Desafios -

As condições de trabalho entre o Estado e o mercado. -Riscos e Desafios - As condições de trabalho entre o Estado e o mercado -Riscos e Desafios - Marcelino Pena Costa Vice - Presidente CCP ICSLM Congress 25/ Novembro/ 2016, Covilhã Apresentação da CCP A Confederação do Comércio

Leia mais

ACORDO ENTRE AS CONFEDERAÇÕES COM ASSENTO NA COMISSÃO PERMANENTE DE CONCERTAÇÃO SOCIAL, VISANDO A FORMAÇÃO PROFISSIONAL

ACORDO ENTRE AS CONFEDERAÇÕES COM ASSENTO NA COMISSÃO PERMANENTE DE CONCERTAÇÃO SOCIAL, VISANDO A FORMAÇÃO PROFISSIONAL ACORDO ENTRE AS CONFEDERAÇÕES COM ASSENTO NA COMISSÃO PERMANENTE DE CONCERTAÇÃO SOCIAL, VISANDO A FORMAÇÃO PROFISSIONAL A formação profissional constitui um instrumento fundamental para combater o défice

Leia mais

PROPOSTA DE ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2011 CÓDIGO DOS REGIMES CONTRIBUTIVOS DO SISTEMA PREVIDENCIAL DE SEGURANÇA SOCIAL

PROPOSTA DE ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2011 CÓDIGO DOS REGIMES CONTRIBUTIVOS DO SISTEMA PREVIDENCIAL DE SEGURANÇA SOCIAL Nº 2-2010 PROPOSTA DE ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2011 CÓDIGO DOS REGIMES CONTRIBUTIVOS DO SISTEMA PREVIDENCIAL DE SEGURANÇA SOCIAL 1. INTRODUÇÃO Foi apresentada na última sexta-feira, dia 15 de Outubro,

Leia mais

Relatório da Negociação Colectiva do 1.º Trimestre de º TRIMESTRE: A NEGOCIAÇÃO COLECTIVA ESTABILIZA EM BAIXA

Relatório da Negociação Colectiva do 1.º Trimestre de º TRIMESTRE: A NEGOCIAÇÃO COLECTIVA ESTABILIZA EM BAIXA 1.º TRIMESTRE: A NEGOCIAÇÃO COLECTIVA ESTABILIZA EM BAIXA Os resultados negociais são agora consequência directa da situação económica e social e um reflexo imediato das doses de austeridade aplicadas

Leia mais

PARECER DA UGT SOBRE A PROPOSTA DE LEI 120/XII/2ª QUE ALTERA O VALOR DA COMPENSAÇÃO DEVIDA EM CASO DE CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

PARECER DA UGT SOBRE A PROPOSTA DE LEI 120/XII/2ª QUE ALTERA O VALOR DA COMPENSAÇÃO DEVIDA EM CASO DE CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO PARECER DA UGT SOBRE A PROPOSTA DE LEI 120/XII/2ª QUE ALTERA O VALOR DA COMPENSAÇÃO DEVIDA EM CASO DE CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO A proposta de lei agora apresentada pretende, segundo o Governo, proceder

Leia mais

TÍTULO DA APRESENTAÇÃO Centro Local do Baixo Vouga. Missão e competências. Autoridade para as Condições de Trabalho TÍTULO DA APRESENTAÇÃO

TÍTULO DA APRESENTAÇÃO Centro Local do Baixo Vouga. Missão e competências. Autoridade para as Condições de Trabalho TÍTULO DA APRESENTAÇÃO CLBV Centro Local do Baixo Vouga EPA Jornadas Técnicas de SST Missão e competências Luís Simões Director 5 de Maio de 2010 (ACT) Foi criada em 1 de Outubro de 2007, é um serviço integrado na administração

Leia mais

Estudo de caso 1: Portugal

Estudo de caso 1: Portugal A Crise e o Emprego na Europa Estudo de caso 1: Portugal INTERVENÇÃO DA UGT NA REUNIÃO COM O FMI Washington, 15 de Fevereiro 2013 O crescimento económico e a redução do desemprego são os grandes desafios

Leia mais

RESOLUÇÃO UGT REIVINDICA DIMENSÃO SOCIAL NO PROGRAMA DE GOVERNO

RESOLUÇÃO UGT REIVINDICA DIMENSÃO SOCIAL NO PROGRAMA DE GOVERNO RESOLUÇÃO UGT REIVINDICA DIMENSÃO SOCIAL NO PROGRAMA DE GOVERNO As eleições legislativas, ao darem maioria absoluta ao Partido Socialista, criaram condições de estabilidade e governabilidade. O Governo

Leia mais

ÍNDICE-SUMÁRIO CÓDIGO DO TRABALHO

ÍNDICE-SUMÁRIO CÓDIGO DO TRABALHO CÓDIGO DO TRABALHO LIVRO I PARTE GERAL 7 TÍTULO I Fontes e aplicação do direito do trabalho 7 CAPÍTULO I Fontes do direito do trabalho 7 CAPÍTULO II Aplicação do direito do trabalho 8 TÍTULO II Contrato

Leia mais

PROPOSTA DE REVISÃO DO

PROPOSTA DE REVISÃO DO FESETE PROPOSTA DE REVISÃO DO CONTRATO COLECTIVO DE TRABALHO para a indústria de Malhas, Vestuário, Têxtil Algodoeira e fibras, Grossistas Têxteis, Tapeçaria, Lanifícios, Têxteis-lar, Rendas, Bordados

Leia mais

RELATÓRIO SOBRE A ACTIVIDADE SINDICAL NO ESTABELECIMENTO DA REGULAMENTAÇÃO COLECTIVA DE TRABALHO

RELATÓRIO SOBRE A ACTIVIDADE SINDICAL NO ESTABELECIMENTO DA REGULAMENTAÇÃO COLECTIVA DE TRABALHO 1.º Trimestre de 2007 RELATÓRIO SOBRE A ACTIVIDADE SINDICAL NO ESTABELECIMENTO DA REGULAMENTAÇÃO COLECTIVA DE TRABALHO Existe um fenómeno recorrente na negociação colectiva de trabalho que é o atraso no

Leia mais

O IMPACTO DAS MEDIDAS DA TROIKA E PROGRAMA DO GOVERNO SOBRE O MERCADO LABORAL

O IMPACTO DAS MEDIDAS DA TROIKA E PROGRAMA DO GOVERNO SOBRE O MERCADO LABORAL O IMPACTO DAS MEDIDAS DA TROIKA E PROGRAMA DO GOVERNO SOBRE O MERCADO LABORAL 1 - Legislação de protecção do emprego 1.1 Redução da indemnização por despedimento (despedimento colectivo, extinção do posto

Leia mais

I MAIO NOTAS PARA A INTERVENÇÃO

I MAIO NOTAS PARA A INTERVENÇÃO I MAIO 2011 - NOTAS PARA A INTERVENÇÃO Caras e caros Companheiros e Amigos Aqui, somos muitos, muitos mil para dizer ao País que os trabalhadores estão mobilizados na defesa de um PAÍS PROGRESSO ECONÓMICO

Leia mais

POSIÇÃO DA UGT SOBRE O PROCESSO NEGOCIAL COM A UE, BCE E FMI

POSIÇÃO DA UGT SOBRE O PROCESSO NEGOCIAL COM A UE, BCE E FMI POSIÇÃO DA UGT SOBRE O PROCESSO NEGOCIAL COM A UE, BCE E FMI 1. A UGT sempre defendeu que não deveríamos recorrer ao pedido de ajuda externa, face aos condicionamentos políticos, económicos e sociais a

Leia mais

Circular 2012 / 05 01/08/2012

Circular 2012 / 05 01/08/2012 Circular 2012 / 05 01/08/2012 Estimado Cliente, Na sequência das alterações ao Código do Trabalho, entretanto publicadas, e que hoje entram em vigor, as quais resultaram do Compromisso para o Crescimento,

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 234/XIII/1.ª PELO INCREMENTO DA CONTRATAÇÃO COLETIVA

PROJETO DE LEI N.º 234/XIII/1.ª PELO INCREMENTO DA CONTRATAÇÃO COLETIVA Grupo Parlamentar PROJETO DE LEI N.º 234/XIII/1.ª PELO INCREMENTO DA CONTRATAÇÃO COLETIVA Exposição de motivos O esvaziamento da contratação coletiva é um ataque à democracia. Sem negociação coletiva,

Leia mais

GESTMAV Consultoria de Gestão, Lda.

GESTMAV Consultoria de Gestão, Lda. CONTABILIDADE FISCALIDADE APOIO À GESTÃO RECURSOS HUMANOS PROJECTOS EMPRESARIAIS ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO TRABALHO CONTACTOS: Praça Machado dos Santos, nº 113 1º Sala 1 4440 511 Valongo Tel: (+351) 224224060

Leia mais

Fundamentação Económica da Proposta Sindical

Fundamentação Económica da Proposta Sindical Fundamentação Económica da Proposta Sindical TÊXTEIS, LANIFÍCIOS, TÊXTEIS-LAR; TAPEÇARIA, RENDAS, BORDADOS, PASSAMANARIAS CCT 2008 GABINETE DE ESTUDOS DA FESETE Enquadramento macroeconómico De acordo com

Leia mais

PARECER DA UGT SOBRE O FUNDO E AS COMPENSAÇÕES POR DESPEDIMENTO

PARECER DA UGT SOBRE O FUNDO E AS COMPENSAÇÕES POR DESPEDIMENTO PARECER DA UGT SOBRE O FUNDO E AS COMPENSAÇÕES POR DESPEDIMENTO I. ANTECEDENTES 1. O Acordo Tripartido para a Competitividade e Emprego O Acordo Tripartido para a Competitividade e Emprego de 22 de Março

Leia mais

Conferências Fundação INATEL / Fundação Mário Soares NOVAS RESPOSTAS A NOVOS DESAFIOS. Conferência / Debate NOVAS RESPOSTAS DO SINDICALISMO

Conferências Fundação INATEL / Fundação Mário Soares NOVAS RESPOSTAS A NOVOS DESAFIOS. Conferência / Debate NOVAS RESPOSTAS DO SINDICALISMO Conferências Fundação INATEL / Fundação Mário Soares NOVAS RESPOSTAS A NOVOS DESAFIOS Conferência / Debate NOVAS RESPOSTAS DO SINDICALISMO Caro Presidente do INATEL Caro Secretário Geral da CGTP Caras

Leia mais

RESOLUÇÃO POLÍTICA SINDICAL PARA O QUADRIÉNIO

RESOLUÇÃO POLÍTICA SINDICAL PARA O QUADRIÉNIO RESOLUÇÃO POLÍTICA SINDICAL PARA O QUADRIÉNIO 2017-2021 0 RESOLUÇÃO POLITICA SINDICAL PARA O QUADRIÉNIO 2017-2021 O 13º Congresso dos trabalhadores dos sectores dos Têxteis, Vestuário, Calçado, Lanifícios,

Leia mais

PROPOSTA DE LEI N.º 9/XIII REDUZ O HORÁRIO DE TRABALHO PARA AS 35 HORAS SEMANAIS

PROPOSTA DE LEI N.º 9/XIII REDUZ O HORÁRIO DE TRABALHO PARA AS 35 HORAS SEMANAIS PROPOSTA DE LEI N.º 9/XIII REDUZ O HORÁRIO DE TRABALHO PARA AS 35 HORAS SEMANAIS A progressiva redução do horário de trabalho, sem redução dos salários e de outros direitos legais e contratuais adquiridos,

Leia mais

O Direito do Trabalho e as Organizações de Economia Social. Pedro Furtado Martins

O Direito do Trabalho e as Organizações de Economia Social. Pedro Furtado Martins O Direito do Trabalho e as Organizações de Economia Social Pedro Furtado Martins 1 PLANO DE EXPOSIÇÃO I. Introdução: objecto da exposição II. Uniformidade versus pluralismo no Direito do Trabalho português

Leia mais

BOLETIM DO STAD PARA OS TRABALHADORES DO SECTOR DA VIGILÂNCIA PRIVADA. Com. nº 103/2018 Lisboa, 1.Agosto Boletim nº. 2/2018

BOLETIM DO STAD PARA OS TRABALHADORES DO SECTOR DA VIGILÂNCIA PRIVADA. Com. nº 103/2018 Lisboa, 1.Agosto Boletim nº. 2/2018 O VIGILANTE! BOLETIM DO STAD Sindicato dos Trabalhadores Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas - Filiado na CGTP-IN e FEPCES, em Portugal, e, internacionalmente,

Leia mais

NOVAS REGRAS DO TRABALHO. Funchal, 27 de Setembro de 2012

NOVAS REGRAS DO TRABALHO. Funchal, 27 de Setembro de 2012 NOVAS REGRAS DO TRABALHO Funchal, 27 de Setembro de 2012 Lei 23/2012, de 15 de Junho (altera Código do Trabalho) (início vigência 1 de Agosto de 2012) OBRIGAÇÕES ADMINISTRATIVAS Cátia Henriques Fernandes

Leia mais

Situações de crise empresarial motivos de mercado

Situações de crise empresarial motivos de mercado Situações de crise empresarial motivos de mercado REQUISITOS: 1. por motivos de mercado, a actividade da empresa ficou gravemente afectada 2. medidas de redução PNT ou suspensão da prestação trabalho mostram-se

Leia mais

INFORMAÇÃO SOBRE AS NOVAS REGRAS PARA A ATRIBUIÇÃO DO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO

INFORMAÇÃO SOBRE AS NOVAS REGRAS PARA A ATRIBUIÇÃO DO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO INFORMAÇÃO SOBRE AS NOVAS REGRAS PARA A ATRIBUIÇÃO DO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO O Governo publicou, a 15 de Março, dois diplomas em matéria de protecção no desemprego: Decreto-Lei nº 64/2012, de 15 de Março

Leia mais

AS ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TRABALHO

AS ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TRABALHO AS ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TRABALHO 2012, Outubro, 29 LEI Nº 23/2012, 25 DE JUNHO 2 ORGANIZAÇÃO DOS TEMPOS DE TRABALHO 3 1 BANCO DE HORAS 4 Lei nº 23/2012, 25 Junho Artigo 208º-A A partir de 1 de Agosto

Leia mais

COMPROMISSO TRIPARTIDO PARA UM ACORDO DE CONCERTAÇÃO DE MÉDIO PRAZO

COMPROMISSO TRIPARTIDO PARA UM ACORDO DE CONCERTAÇÃO DE MÉDIO PRAZO COMPROMISSO TRIPARTIDO PARA UM ACORDO DE CONCERTAÇÃO DE MÉDIO PRAZO Partindo de uma análise partilhada da realidade económica e social do país da qual faz sentido destacar, sem prejuízo de outros elementos,

Leia mais

MOÇÃO DE ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA

MOÇÃO DE ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA MOÇÃO DE ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA CONSTRUIR O FUTURO COM OS TRABALHADORES MOÇÃO DE ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA Esta Moção define a estratégia e linhas orientadoras para o próximo mandato, tendo em linha de conta

Leia mais

NOVA LEGISLAÇÃO LABORAL JÁ EM 2011

NOVA LEGISLAÇÃO LABORAL JÁ EM 2011 NOVA LEGISLAÇÃO LABORAL JÁ EM 2011 No âmbito do programa de apoio económico e financeiro a Portugal, as medidas acordadas com a "troika" exigem o cumprimento de um conjunto de diversificado de acções e

Leia mais

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TRABALHO. Junho de 2012

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TRABALHO. Junho de 2012 PRINCIPAIS ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TRABALHO Junho de 2012 CONTRATO DE TRABALHO A TERMO DE MUITO CURTA DURAÇÃO CONTRATO DE TRABALHO A TERMO DE MUITO CURTA DURAÇÃO Prazo inicial de 15 dias 70 dias, no mesmo

Leia mais

SOMOS TODOS TRABALHADORES!

SOMOS TODOS TRABALHADORES! NEM TEMPORÁRIOS, NEM PRECÁRIOS, Olha ali a ~ renovacao do teu contrato... SOMOS TODOS TRABALHADORES! SOMOS TODOS NECESSÁRIOS! 1 A questão da precariedade é muito maior do que apenas os vínculos dos trabalhadores

Leia mais

ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TRABALHO 4 de Setembro de 2012

ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TRABALHO 4 de Setembro de 2012 ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TRABALHO 4 de Setembro de 2012 1. INTRODUÇÃO Foi publicada no Diário da República em 25 de Junho de 2012 a Lei n.º 23/2012, de 25 de Junho, que procede à terceira alteração ao Código

Leia mais

Documento de Recomendações

Documento de Recomendações COMISSÃO EUROPEIA Direcção Geral do Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão Rubrica Orçamental 04 03 03 02 Medidas de Informação e Formação para Organizações dos Trabalhadores Reforço da Igualdade de Género

Leia mais

VALORIZAR O TRABALHO E OS TRABALHADORES DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL

VALORIZAR O TRABALHO E OS TRABALHADORES DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL CARTA REIVINDICATIVA 2018 VALORIZAR O TRABALHO E OS TRABALHADORES DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL A actual relação de forças existente na Assembleia da República, constituída na sequência dos resultados eleitorais

Leia mais

Alterações ao Código do Trabalho

Alterações ao Código do Trabalho 1 Alterações ao Código do Trabalho Medidas Impostas pela Troika Consultoria Financeira Consultor Sénior: José António Adrego j.adrego@amrconsult.com Data: 23 de Novembro de 2011 2 Alterações ao Código

Leia mais

FUNDAMENTAÇÃO ECONÓMICA DO CONTRATO COLECTIVO DE TRABALHO PARA 2014

FUNDAMENTAÇÃO ECONÓMICA DO CONTRATO COLECTIVO DE TRABALHO PARA 2014 FUNDAMENTAÇÃO ECONÓMICA DO CONTRATO COLECTIVO DE TRABALHO PARA 2014 Celebrado entre a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal-ATP e a FESETE- Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios,

Leia mais

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TRABALHO

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TRABALHO ALCANENA, 27 JUNHO 2012 PRINCIPAIS ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TERESA CARDOSO FORMAÇÃO INICIAL INSPECTORES DO 1 A Proposta de Lei 46/XII, que procede à terceira revisão do Código do Trabalho, aprovado pela

Leia mais

Fundamentação Económica da Proposta Sindical

Fundamentação Económica da Proposta Sindical Fundamentação Económica da Proposta Sindical CALÇADO CCT 2008 GABINETE DE ESTUDOS DA FESETE Enquadramento macroeconómico De acordo com a informação do Banco de Portugal 1 e com a estimativa rápida das

Leia mais

Acção de Protesto e Luta

Acção de Protesto e Luta Acção de Protesto e Luta Dia 28 de Fevereiro 15h00 Junto à Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão Concentração sede da ATP Isabel Tavares Coordenadora da Direcção Nacional da FESETE 1 Camaradas, Ao

Leia mais

ÍNDICE. Págs. NOTA PRÉVIA... 5 ABREVIATURAS 9

ÍNDICE. Págs. NOTA PRÉVIA... 5 ABREVIATURAS 9 ÍNDICE NOTA PRÉVIA.............. 5 ABREVIATURAS 9.' 1.0 Direito do Trabalho: o quê, porquê e para quê?................... 11 2. Noção, objecto e características gerais do Direito do Trabalho....... 21

Leia mais

AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TRABALHO. (introduzidas pela Lei nº 23/2012, de 25 de Junho)

AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TRABALHO. (introduzidas pela Lei nº 23/2012, de 25 de Junho) AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TRABALHO (introduzidas pela Lei nº 23/2012, de 25 de Junho) INTRODUÇÃO Face à relevância prática das alterações introduzidas ao Direito do Trabalho pela Lei nº 23/2012,

Leia mais

tal como constam da Declaração de Filadélfia de 1944, constituem ideias com os quais nos identificamos profundamente.

tal como constam da Declaração de Filadélfia de 1944, constituem ideias com os quais nos identificamos profundamente. 1 Quero começar por destacar a elevada importância que o Governo Regional da Madeira atribui ao protocolo hoje celebrado com a Organização Internacional do Trabalho, através do seu escritório em Lisboa.

Leia mais

Intervenção de Isabel Cristina Vice-coordenadora da FESETE no XIII Congresso da CGTP-IN

Intervenção de Isabel Cristina Vice-coordenadora da FESETE no XIII Congresso da CGTP-IN Intervenção de Isabel Cristina Vice-coordenadora da no XIII Congresso da CGTP-IN Em nome da, saúdo todos os presentes neste XIII congresso da CGTP/IN e através de vós todos os trabalhadores que aqui representam.

Leia mais

O REACH em Ambiente Empresarial. Carlos Almeida Santos Vila Nova de Famalicão, 17 de Junho de 2008

O REACH em Ambiente Empresarial. Carlos Almeida Santos Vila Nova de Famalicão, 17 de Junho de 2008 O REACH em Ambiente Empresarial Carlos Almeida Santos Vila Nova de Famalicão, 17 de Junho de 2008 O Conceito Legislação Europeia sobre o uso interno de produtos químicos Regulamento (CE) nº n 1907/2006,

Leia mais

RELAÇÕES SOCIAIS DE TRABALHO E SINDICALISMO OPERÁRIO EM SETÚBAL

RELAÇÕES SOCIAIS DE TRABALHO E SINDICALISMO OPERÁRIO EM SETÚBAL Maria Teresa Serôdio Rosa RELAÇÕES SOCIAIS DE TRABALHO E SINDICALISMO OPERÁRIO EM SETÚBAL Edições Afrontamento ÍNDICE Lista e índice de Quadros 7 Prefacio 9 Introdução.

Leia mais

FLEXIBILIDADE LABORAL E AFINS. Síntese

FLEXIBILIDADE LABORAL E AFINS. Síntese FLEXIBILIDADE LABORAL E AFINS Síntese No ponto 1 apresentamos o conceito flexibilidade, em termos empresariais genéricos e na sua vertente laboral. No ponto 2 enunciamos os factores justificativos da flexibilização

Leia mais

ÍNDICE SISTEMÁTICO DIPLOMA PREAMBULAR

ÍNDICE SISTEMÁTICO DIPLOMA PREAMBULAR ÍNDICE SISTEMÁTICO DIPLOMA PREAMBULAR Artigo 1.º (Aprovação do Código do Trabalho).................................. 29 Artigo 2.º (Transposição de directivas comunitárias)..............................

Leia mais

I (Comunicações) CONSELHO

I (Comunicações) CONSELHO I (Comunicações) CONSELHO Resolução do Conselho e dos Representantes dos Governos dos Estados-Membros, reunidos no Conselho, sobre o reconhecimento do valor da aprendizagem não formal e informal no domínio

Leia mais

Eleições 2015: Olhares Cruzados

Eleições 2015: Olhares Cruzados Eleições 2015: Olhares Cruzados Negociação colectiva de trabalho Eduarda Ribeiro Setembro 2015 1.Situação actual O Programa de Ajustamento a que esteve sujeito o país provocou uma forte "desvalorização

Leia mais

Gostaria de manifestar todo o nosso reconhecimento aos Senhores Ministro da Economia e do Emprego e Secretário

Gostaria de manifestar todo o nosso reconhecimento aos Senhores Ministro da Economia e do Emprego e Secretário SESSÃO DE LANÇAMENTO DO MOVIMENTO PARA O EMPREGO FCG (SALA DIRECÇÕES) - 23.05.2013, 15H30 Senhor Ministro da Economia e do Emprego Senhor Secretário de Estado do Emprego Senhores Deputados Senhor Presidente

Leia mais

PARECER DA UGT SOBRE O LIVRO VERDE «MODERNIZAR O DIREITO DO TRABALHO PARA ENFRENTAR OS DESAFIOS DO SÉCULO XXI»

PARECER DA UGT SOBRE O LIVRO VERDE «MODERNIZAR O DIREITO DO TRABALHO PARA ENFRENTAR OS DESAFIOS DO SÉCULO XXI» PARECER DA UGT SOBRE O LIVRO VERDE «MODERNIZAR O DIREITO DO TRABALHO PARA ENFRENTAR OS DESAFIOS DO SÉCULO XXI» O documento apresentado pela Comissão Europeia com a designação de Livro Verde «Modernizar

Leia mais

SALÁRIOS - EMPREGO - CONTRATAÇÃO COLECTIVA - HORÁRIOS - SERVIÇOS PÚBLICOS

SALÁRIOS - EMPREGO - CONTRATAÇÃO COLECTIVA - HORÁRIOS - SERVIÇOS PÚBLICOS NOTA À IMPRENSA 1º DE MAIO VALORIZAR O TRABALHO E OS TRABALHADORES SALÁRIOS - EMPREGO - CONTRATAÇÃO COLECTIVA - HORÁRIOS - SERVIÇOS PÚBLICOS Passados 131 anos da repressão de Chicago, nos Estados Unidos

Leia mais

AS POLÍTICAS DE RESPOSTA À CONJUTURA

AS POLÍTICAS DE RESPOSTA À CONJUTURA AS POLÍTICAS DE RESPOSTA À CONJUTURA Aumentar a liquidez / crédito Política monetária Normalização sistema financeiro Expandir a procura Apoiar o emprego Investimento público Investimento privado Políticas

Leia mais

25/27 de jun A) O indicador de vida melhor índice para medir qualidade de vida e bem

25/27 de jun A) O indicador de vida melhor índice para medir qualidade de vida e bem Informação sobre reunião de Roma, do Parlamento italiano e a OCDE. Tema geral da Conferência: Reformas para o Crescimento 25/27 de jun. 2015. A deslocação insere-se no âmbito da actividade da OCDE em colaboração

Leia mais

FUNDO DE COMPENSAÇÃO DO TRABALHO

FUNDO DE COMPENSAÇÃO DO TRABALHO Conferência de imprensa 24.09.2011 FUNDO DE COMPENSAÇÃO DO TRABALHO De acordo com as teorias neoliberais em voga, para combater a segmentação do mercado de trabalho, promover a criação de emprego e aumentar

Leia mais

NOTAS DA UGT SOBRE A 2º VERSÃO DO DOCUMENTO DO GOVERNO PROPOSTAS DE REFORMA PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL

NOTAS DA UGT SOBRE A 2º VERSÃO DO DOCUMENTO DO GOVERNO PROPOSTAS DE REFORMA PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL NOTAS DA UGT SOBRE A 2º VERSÃO DO DOCUMENTO DO GOVERNO PROPOSTAS DE REFORMA PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL 1. Introdução O documento Propostas de Reforma para a Formação Profissional foi elaborado pelo Governo

Leia mais

Resolução do Conselho de Ministros n.º 77/2015, de 10 de Setembro

Resolução do Conselho de Ministros n.º 77/2015, de 10 de Setembro Comissão Executiva da Especialização em Engenharia de Segurança ORDEM DO 16 de Dezembro, 2015 ESTRATÉGIA NACIONAL DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO 2015-2020 - Por um trabalho seguro, saudável e produtivo

Leia mais

O novo Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas e riscos psicossociais emergentes

O novo Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas e riscos psicossociais emergentes O novo Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas e riscos psicossociais emergentes Conceição Baptista Instituto Nacional de Administração, I.P. Conceicao.baptista@ina.pt Reforma da Administração

Leia mais

RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL 30/9/10 ORÇAMENTO 2011 MEDIDAS CONTRA OS TRABALHADORES, OS PENSIONISTAS E O EMPREGO

RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL 30/9/10 ORÇAMENTO 2011 MEDIDAS CONTRA OS TRABALHADORES, OS PENSIONISTAS E O EMPREGO RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL 30/9/10 ORÇAMENTO 2011 MEDIDAS CONTRA OS TRABALHADORES, OS PENSIONISTAS E O EMPREGO O Governo acaba de anunciar as principais medidas para o Orçamento de 2011, que se

Leia mais

Carta Reivindicativa

Carta Reivindicativa 1 Carta Reivindicativa Sucessivas gerações de trabalhadores lutaram e conquistaram ao longo do tempo direitos laborais, individuais e colectivos, fundamentais para a melhoria das condições de vida e trabalho

Leia mais

Requalificação. Informação de Apoio à Actividade Sindical

Requalificação. Informação de Apoio à Actividade Sindical Requalificação Informação de Apoio à Actividade Sindical Novembro de-2014 A REQUALIFICAÇÃO E A ACTUAÇÃO DO SINDICATO 3 Prioridades de actuação do Sindicato 3 Legislação relevante 3 PROCEDIMENTOS DE COLOCAÇÃO

Leia mais

Ações Reunião realizada nos dias 13 a 16 de outubro de 2014

Ações Reunião realizada nos dias 13 a 16 de outubro de 2014 R E L A Ç Õ E S I N T E R N A C I O N A I S Órgão Organização Internacional do Trabalho (OIT) Representação Eventual 18ª Reunião Regional Americana da OIT Representante Lidiane Duarte Nogueira Advogada

Leia mais

PROGRAMA OPERACIONAL REGIONAL DO CENTRO Versão de trabalho Fevereiro Parecer da CGTP-IN

PROGRAMA OPERACIONAL REGIONAL DO CENTRO Versão de trabalho Fevereiro Parecer da CGTP-IN PROGRAMA OPERACIONAL REGIONAL DO CENTRO 2014 2020 Versão de trabalho Fevereiro 2014 Parecer da CGTP-IN I. INTRODUÇÃO O Programa Operacional Regional do Centro para o período 2014-2020 (CRER 2014-2020)

Leia mais

Lei 23/2012, de 25 de Junho, que procede à terceira alteração ao Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro.

Lei 23/2012, de 25 de Junho, que procede à terceira alteração ao Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro. Lei 23/2012, de 25 de Junho, que procede à terceira alteração ao Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro. A Lei 23/2012, de 25 de Junho, procede à terceira alteração ao Código

Leia mais

15 de Dezembro de 2010.

15 de Dezembro de 2010. AVISO 1. A Direcção Geral do Orçamento (DGO) e o Instituto de Informática (II) do MFAP estão a proceder à adaptação do SRH (Sistema de Recursos Humanos) para o processamento de vencimentos a partir de

Leia mais

Camaradas, Camaradas,

Camaradas, Camaradas, Valter Lóios D.N INTEJOVEM Em nome da INTERJOVEM organização da juventude trabalhadora da CGTP-IN saúdo todos os dirigentes e activistas pelo trabalho realizado nos sindicatos, onde destaco o determinante

Leia mais

NOVO REGIME JÚRIDICO DO SECTOR PÚBLICO EMPRESARIAL REGIME LABORAL DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS PÚBLICAS

NOVO REGIME JÚRIDICO DO SECTOR PÚBLICO EMPRESARIAL REGIME LABORAL DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS PÚBLICAS NOVO REGIME JÚRIDICO DO SECTOR PÚBLICO EMPRESARIAL REGIME LABORAL DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS PÚBLICAS O novo regime do sector público empresarial constante do Decreto-Lei 133/2013, de 3 de Outubro,

Leia mais

PARECER DA UGT SOBRE O PROJECTO DE DECRETO-LEI QUE VISA APROVAR O NOVO REGIME JURIDICO DO SECTOR PUBLICO EMPRESARIAL

PARECER DA UGT SOBRE O PROJECTO DE DECRETO-LEI QUE VISA APROVAR O NOVO REGIME JURIDICO DO SECTOR PUBLICO EMPRESARIAL PARECER DA UGT SOBRE O PROJECTO DE DECRETO-LEI QUE VISA APROVAR O NOVO REGIME JURIDICO DO SECTOR PUBLICO EMPRESARIAL 1. Na generalidade O Sector Empresarial do Estado (SEE), (também denominado Sector Público

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS

ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS 1 de 8 Direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores Mecanismos reguladores dos direitos dos trabalhadores: O Código do Trabalho OBJECTIVO: Assumir direitos e deveres liberais enquanto cidadão activo.

Leia mais

CONTRATAÇÃO COLECTIVA

CONTRATAÇÃO COLECTIVA CONTRATAÇÃO COLECTIVA TABELAS PRÁTICAS de ENQUADRAMENTO LEGAL Sofia Mendes Pereira Março de 2013 1 Autoria: Sofia Mendes Pereira Edição e Comercialização: Justic Unipessoal Lda. Versão para Ebook: Justic

Leia mais

Impacto das alterações ao Código do Trabalho na vida das Organizações

Impacto das alterações ao Código do Trabalho na vida das Organizações Impacto das alterações ao Código do Trabalho na vida das Organizações ÍNDICE 01 Acórdão n.º 602/2013, de 20 de Setembro, do Tribunal Constitucional Consequências 02 Lei n.º 69/2013, de 30 de Agosto Compensações

Leia mais

Seminário de Lançamento da Campanha de Prevenção de Riscos Profissionais em Máquinas e Equipamentos de Trabalho

Seminário de Lançamento da Campanha de Prevenção de Riscos Profissionais em Máquinas e Equipamentos de Trabalho Seminário de Lançamento da Campanha de Prevenção de Riscos Profissionais em Máquinas e Equipamentos de Trabalho Painel Assinatura de protocolo e intervenção dos parceiros sociais" Lisboa, 23 de janeiro

Leia mais

O ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012 A POLÍTICA DA DESPESA EM DEBATE

O ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012 A POLÍTICA DA DESPESA EM DEBATE O ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012 A POLÍTICA DA DESPESA EM DEBATE O ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012 A POLÍTICA DA DESPESA EM DEBATE O enquadramento Europeu, os mecanismos de apoio existentes e as medidas do

Leia mais

EVOLUÇÃO DO PIB E DO DESEMPREGO

EVOLUÇÃO DO PIB E DO DESEMPREGO EVOLUÇÃO DO PIB E DO DESEMPREGO 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0-1,0-2,0-3,0 Taxa de crescim ento do PIB Taxa Desem prego 2000.1 2 3 4 2001.1 2 3 4 2002.1 2 3 4 2003.1 2 3 4 2004.1 2 3 4 2005.1 2 Fonte:

Leia mais