22/01/2017. Revisão da aula Anterior. Metadados de Preservação
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- Giovana Peralta Cerveira
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1 Revisão da aula Anterior Metadados de Preservação 1
2 Linguagens de Marcação João da Silva Av. Hélio Ribeiro, 123 Marília <h1>joão da Silva</h1> Av. Hélio Ribeiro, 123 Marília <nome>joão da Silva</nome> <endereco>av. Hélio Ribeiro, 123</endereco> <cidade>marília</cidade> Iniciativas para preservação digital 2
3 Histórico Em 1990, o Consultative Comitee for Space Data Systems (CCSDS) iniciou um esforço conjunto com a International Organization for Standardization (ISO) a fim de desenvolver um conjunto de normas capazes de regular o armazenamento a longo-prazo de informação digital produzida no âmbito de missões espaciais. Nasceu o modelo de referência OAIS (Open Archival Information System), um modelo conceitual que visa identificar os componentes funcionais que deverão fazer parte de um sistema de informação dedicado à preservação digital Histórico O modelo descreve as interfaces internas e externas do sistema e os objetos de informação que são manipulados no seu interior. O modelo foi aprovado como uma norma internacional em 2003 ISO Standard 14721:2003. Uma das contribuições mais notáveis desta iniciativa foi a definição de uma terminologia própria que facilita a comunicação entre os diversos intervenientes envolvidos na preservação de objetos digitais. 3
4 o ambiente no qual o OAIS está definido é composto por três elementos: o produtor, que é a pessoa que encaminha a informação a ser preservada; o gestor, que define a política do modelo OAIS. o consumidor, que é a pessoa que interage com os serviços do OAIS para encontrar e adquirir uma informação preservada interesse. 4
5 Esquema conceitual que disciplina e orienta um sistema para a preservação e manutenção do acesso à informação digital por longo prazo. O objetivo do modelo é ampliar a consciência e a compreensão dos conceitos relevantes para a preservação de objetos digitais, especialmente entre instituições não arquivísticas; definir terminologias e conceitos para descrever e comparar modelos de dados e arquiteturas de arquivos; ampliar o consenso sobre os elementos e os processos relacionados à preservação e acesso à informação digital; criar um esquema para orientar a identificação e o desenvolvimento de padrões. Fonte: FERREIRA, M. (2006, p. 28). Produtor - entidade externa ao repositório que se responsabiliza pela submissão de material. O material submetido a arquivo é aqui representado pelo Pacote de Informação de Submissão (PIS) 5
6 Durante o processo de submissão ou incorporação, designado neste contexto por Ingestão, o repositório é responsável por garantir a integridade da informação recebida. A Informação Descritiva irá suportar a descoberta e localização do material depositado. Essa informação descritiva (ou metainformação) é armazenada e gerida pelo componente Gestão de Dados. 6
7 O material a ser preservado (Pacote de Informação de Arquivo - PIA) será conservado no Repositório de Dados. Planejamento de Preservação - encarrega-se da definição de políticas de preservação. É responsável pela monitoramento do ambiente externo ao repositório e por desencadear eventos de preservação sempre que necessário. Por exemplo: é de responsabilidade deste componente definir as estratégias de preservação a ser utilizada no interior do repositório, monitorar as tendências comportamentais da comunidade de interesse ou identificar formatos que se encontram na iminência de se tornarem obsoletos. 7
8 O componente Acesso estabelece a ponte entre o repositório e a sua comunidade de interesse, i.e. o conjunto de potenciais Consumidores do material custodiado. Este componente é responsável por facilitar a descoberta e localização dos objetos digitais, bem como preparar os mesmos para entrega ao consumidor. Os pacotes que são entregues ao consumidor assumem a forma de Pacotes de Informação de Disseminação (PID). Pacotes de Informação de Disseminação poderem ser diferentes dos Pacotes de Informação de Arquivo. A informação que é entregue ao consumidor poderá ser apenas um subconjunto da informação arquivada ou até uma versão transformada da mesma. 8
9 Por último, o componente Administração é responsável pelas operações diárias de manutenção e sobretudo pela parametrização e monitorização dos processos desencadeados no interior do repositório. Este componente interage com todos os restantes de modo a assegurar o correto funcionamento do mesmo Fonte: Thomaz e Soares (2004, p. 12). A Recepção é responsável pelo recebimento e tratamento dos PSIs dos produtores (ou de componentes internos sob controle da Administração do Sistema) e pelo envio do PAI para o armazenamento e das informações descritivas (metadados) para o Gerenciamento de dados, de acordo com a formatação e os padrões de documentação definidos. 9
10 O Armazenamento é responsável pelo armazenamento, manutenção e recuperação de PAIs, utilizando critérios pré-estabelecidos e fornecendo esses pacotes para a entidade de Acesso quando solicitado. O Gerenciamento de Dados é responsável pelo armazenamento, manutenção e recuperação da informação descritiva e dos dados administrativos utilizados para gerenciá-la. A Administração do Sistema é responsável pelo funcionamento global do sistema de arquivo. Suas principais funções são: solicitar e negociar acordos de submissão com Produtores; auditar as submissões para garantir que estão dentro dos padrões do arquivo; gerenciar a configuração do hardware e software do sistema; monitorar e melhorar as operações de arquivo e desenvolver inventário sobre e migração/atualização do conteúdo do arquivo; criar e manter padrões de arquivo e políticas, fornecendo suporte ao cliente. 10
11 O Planejamento de Preservação é responsável pelo monitoramento do ambiente OAIS, fornecendo recomendações que garantem o acesso à informação armazenada a longo prazo, mesmo com a obsolescência do ambiente computacional original. Suas funções incluem: avaliação dos conteúdos do arquivo; recomendação periódica de estratégias de migração; desenvolvimento de recomendações para padrões e políticas do arquivo; monitoramento das mudanças no ambiente tecnológico e nas demandas; desenvolvimento de planos detalhados de migração, protótipos de software e planos de teste para atingir as metas de migração da entidade Administração do Sistema. O Acesso é responsável pelo atendimento das necessidades dos consumidores, através de serviços de: recebimento das solicitações; aplicação de controles para limitar o acesso, principalmente à informação protegida; coordenação da execução de solicitações, para que sejam bem sucedidas; geração de respostas tais como PDI 11
12 Cunha (2007, p. 7) destaca que o OAIS, por ser um modelo referencial, não constitui uma implementação, mas sim uma relação de condições de elementos a serem considerados em um projeto de preservação, seja ele digital ou analógico. XML Electronic Normalization of Archives XENA Histórico O Arquivo Nacional da Austrália, desenvolvedor do XENA, trabalha com o armazenamento de documentos digitais que remontam à década de Inicialmente, as mídias digitais eram gerenciadas da mesma maneira que os suportes tradicionais. Percebeu-se, no início da década de 1990, que mesmo estando devidamente catalogadas, havia grande dificuldade em recuperar o conteúdo das fitas computacionais devido à obsolescência de hardware e software; Preocupado com essa questão, a instituição promoveu uma série de discussões a respeito do gerenciamento de documentos eletrônicos na década de (NATIONAL ARCHIVES OF AUSTRALIA, 2004) No ano de 2002, a instituição consolidou um modelo de preservação que utilizaria XML como base para a normalização de formatos digitais proprietários, sendo em 2005 o lançamento da primeira versão da ferramenta XENA, que vem sendo aprimorada no decorrer do tempo. 12
13 XML Electronic Normalization of Archives XENA A ferramenta XENA permite a migração de documentos arquivísticos eletrônicos de formatos proprietários para o formato aberto XML, possibilitando o controle dos recursos tecnológicos empregados no processamento de apresentação do conteúdo informacional. XENA permite a conversão de imagens, documentos textuais e sonoros que foram compostos em formatos do Microsoft Office, Musicas (MP3, WAV, etc.), imagens (JPG, PNG, TIFF, etc.). A ferramenta XENA apresenta também a possibilidade de conversão binária. Neste caso específico, a cadeia binária será representada em XML, mas necessitará da ferramenta que produziu o registro para que possa ser lido. A conversão binária em XML é útil para a retenção completa dos dados existentes no formato de arquivo original, que poderão se perder no processo de normalização e para resguardar uma cópia em XML de formatos que poderão ser normalizados futuramente. XML Electronic Normalization of Archives XENA 13
14 XML Electronic Normalization of Archives XENA 1 2 XML Electronic Normalization of Archives XENA 14
15 XML Electronic Normalization of Archives XENA Pasta: documentos/xena output Extensão do arquivo:.xena XML Electronic Normalization of Archives XENA Abre e apresenta um arquivo com extensão.xena Converte um arquivo com extensão.xena para o arquivo no formato original 15
16 XML Electronic Normalization of Archives XENA XML Electronic Normalization of Archives XENA 16
17 Software Independent Archival of Relational Database - SIARD O formato SIARD foi desenvolvido pela Swiss Federal Archives (SFA) e pode ser utilizado na conversão de bases de dados relacionais tais como Oracle, SQL Server e MS Access para a linguagem XML. Esse formato embasa-se ainda na linguagem de banco de dados SQL de O SIARD apresenta também uma ferramenta de conversão que está em conformidade com o modelo OAIS, permitindo a geração de pacotes de submissão (SIP), arquivamento (AIP) e disseminação (DIP). Software Independent Archival of Relational Database - SIARD A composição de um arquivo SIARD ocorre no formato zip, em que há um arquivo XML Schema de metadados e um diretório de arquivos que abrigam os conteúdos declarados no registro de metadados. O arquivo de metadados registra, portanto, a estrutura do banco de dados, que inclui: Schema Level Metadata - Esquema da base de dados, com informações globais sobre a base; Table Level Metadata - Metadados de tabela, registra a estrutura de uma determinada tabela; Column Level Metadata - Metadados de tabela, registra a estrutura dos campos de uma tabela; Primary Key Metadata Metadados da chave primária, registra o campo da chave primária; Foreign Key Metadata Metadados da chave estrangeira, registra o campo da chave estrangeira; Trigger Level Metadata Metadados de ações, registra as ações que são executadas no banco de dados; User Level Metadata Metadados de Usuários, registra informações sobre os usuários do banco de dados; e Etc. (SWISS FEDERAL ARCHIVES,
18 Software Independent Archival of Relational Database - SIARD O arquivo de metadados produzido pelo SIARD traz ampla descrição da base de dados, dos procedimentos nela declarados e também nos dados sobre cada um dos sistemas. Cada elemento recebe campos em que são declarados subelementos que possibilitam a identificação e descrição dos recursos, de modo que seja possível restabelecer, sempre que necessário, os procedimentos para a recuperação da informação orgânica permanente registrada na base. Esse formato foi adotado recentemente pelo projeto Planets, que promove a preservação digital das bases de dados de instituições europeias. (SWISS FEDERAL ARCHIVES, 2008). DBML: Database Markup Language A linguagem de modelagem de dados DBML permite a representação do conteúdo e estrutura existente em uma base de dados. Seguindo o formato SIARD, a linguagem de marcação DBML permite a divisão dos elementos existentes em um banco de dados em estrutura e conteúdo (FREITAS, RAMALHO, 2009; RAMALHO et. al, 2007). A estrutura registra informações a respeito dos seguintes elementos: Tables traz o nome da tabela; Columns traz informações de cada um dos campos (field) existentes na tabela tais como tamanho, nome e tipo de dados armazenados; Keys traz informações a respeito das chaves existentes na tabela podendo ser primária ou estrangeira. O conteúdo, por sua vez registrará os dados concernentes aos elementos declarados na estrutura 18
19 ... DBML: Database Markup Language Products n Supply n Suppliers Referências 19
20 Referências B. F. Lavoie, "The Open Archival Information System Reference Model: Introductory Guide," Digital Preservation Coalition, Dublin, USA, Technology Watch Report Watch Series Report 04-01, Consultative Committee for Space Data Systems, Reference Model for an Open Archival Information System (OAIS) - Blue Book. Washington: National Aeronautics and Space Administration, CUNHA, J. A.; LIMA, M. G. Preservação digital: o estado da arte. In: Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação ENANCIB, 2007, Salvador. UFBA, FERREIRA, Miguel. Introdução à preservação digital: conceitos, estratégias e actuais consensos. Guimarães, Portugal: Escola de Engenharia da Universidade do Minho, p. FREITAS, R. A. P.; RAMALHO, J. C. Relational databases digital preservation. In: Inforum: Simpósio De Informática, Lisboa, 2009 atas... Lisboa : Universidade de Lisboa, 2009 M. d. L. Saramago, "Metadados para preservação digital e aplicação do modelo OAIS," presented at VIII Congresso da BAD, Estoril, Portugal, RAMALHO et. al. Relational database preservation through XML modelling. In: INTERNATIONAL WORKSHOP ON MARKUP OF OVERLAPPING STRUCTURES (EXTREME MARKUP 2007), Montréal, Canadá, 2007 Extreme markup languages 2007 : proceedings. [S.l. s.n., 2007] THOMAZ, K. P.; SOARES, A. J. A preservação digital e o modelo de referência Open Archival Information system (OAIS). DataGramaZero: Revista de Ciência da informação, Rio de Janeiro, v. 5, n. 1,
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