Revisão dos Planos de Gestão de Região Hidrográfica (PGRH 2.º ciclo)

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1 CONTRIBUTO Revisão dos Planos de Gestão de Região Hidrográfica (PGRH 2.º ciclo)! Consulta pública realizada de Junho 2015 a 29 de Fevereiro 2016 Documentos disponibilizados Versão provisória dos PGRH s das 8 RH s (Parte 1 a 7) Em Os documentos dos Planos de Gestão de Região Hidrográfica para , em consulta, são marcados pela complexidade e excessiva documentação, o que os torna de difícil consulta. Parte dos documentos disponibilizados estão incompletos (tabelas não preenchidas ou subcapítulos a desenvolver), com incoerências e dados pouco atuais, outros foram disponibilizados já na fase final do período de consulta (a análise económica, a 25 de Novembro e os cenários prospetivos, a 29 de Janeiro) e são ausentes da Avaliação Ambiental Estratégica, conjunto de fatores que condicionam a apreciação efetiva das propostas. Assim, nesta fase, a Federação Nacional de Regantes de Portugal (FENAREG) remete-se a contributo generalista, destinando o caráter mais detalhado para a versão revista e atualizada das propostas de Planos de Gestão de Região Hidrográfica (PGRH s), em breve facultadas através dos Conselhos de Região Hidrográfica (CRH s). Sucintamente e assinalando as expetativas dos regantes quanto ao planeamento dos recursos hídricos para os próximos anos, entendemos que os PGRH s podem ser bastante positivos e devem constituir fortes instrumentos para a gestão dos recursos hídricos nacionais, para além da obrigação comunitária e do cumprir calendário. Simplificação, objetividade e aplicabilidade prática dos Planos no terreno são as criticas que identificamos. Os Planos, na abordagem ao setor da agricultura, realizam um diagnóstico deficiente e penalizador, quer em termos económicos como ambientais e resultam na proposta de restrição do regadio e agravamento de taxas para a agricultura, com o fundamento de uma agricultura gastadora e poluidora, cenário fortemente contrário à atual realidade do setor. Neste aspeto, não podemos deixar de referir que grande parte dos resultados positivos da implementação do 1º ciclo do PGRH, nomeadamente as melhorias que se verificaram na qualidade das massas de água, se deve ao esforço e investimento do setor da agricultura na modernização dos sistemas de rega em menos de quatro décadas reduziu para metade o volume de água utilizado por hectare e, simultaneamente aumentou 30% a produtividade da água e a adopção das boas práticas ambientais que têm vindo a ser conduzidas pelo setor agrícola, devem ter reflexo no diagnóstico realizado no âmbito destes Planos. As condicionalidades impostas pelo Ministério da Agricultura na atribuição dos apoios, a melhor formação e consciencialização dos agricultores e as condicionantes económicas obrigam a um uso mais racional dos recursos e dos fatores de produção, e conduziram a uma agricultura mais sustentável. Os custos da água já são agravados pelo binómio água-energia, inerentes ao actual uso na agricultura, não sendo razoável o efeito penalizador dos custos através do agravamento dos coeficientes de eficiência e de escassez, previstos na fiscalidade verde. A abordagem aos assuntos afasta-se de alguns pontos específicos de significativa relevância, nomeadamente de disponibilidades, necessidades e adaptação às alterações climáticas, dando especial destaque para o regime económico e financeiro dos recursos Contributo FENAREG consulta pública PGRH s Fevereiro /3!

2 hídricos, não se esgotando no tema da recuperação de custos de serviço e da politica de preços, contrabalançado com a fraca referência sobre o não funcionamento do FPRH, o que desvirtua o principio do pagamento de taxas, como a Taxa de Recursos Hídricos (TRH). Os Planos, apesar de concluírem que é total o grau de adaptação da legislação portuguesa à Diretiva-Quadro Água (DQA), que o setor agrícola foi severamente afetado pela crise, com redução significativa de VAB em todas as regiões, que a TRH tem um nível de recuperação de custos, incluindo os serviços e o investimento, acima de 205% a nível nacional, apesar de constatar níveis de recuperação de custos do setor agrícola acima dos 100%, na maioria das regiões, propõem aumentar a TRH, inserir uma componente de poluição difusa e incrementar taxas, tais como a taxa de beneficiação. Entendemos que não deve ser utilizada a DQA como desculpa para injustificadamente endurecer o regime económico e financeiro da água em Portugal. A agricultura é uma atividade bastante penalizada. A sua importância económica representa 1% do VAB e 2% do emprego, como os próprios Planos identificam. É exigível a elaboração de estudo que analise custos e impactos e que tenha em conta as externalidades do setor e a penalização do consumo de energia conduzido pelo aumento de eficiência no uso da água no período de 1990 a 2014, os consumos energéticos por hectare regado em Portugal aumentaram 134%, enquanto que o consumo de água reduziu 25%. A própria DQA prevê que sejam tidas em conta as consequências sociais, ambientais e económicas da aplicação do princípio da recuperação dos custos, bem como as caraterísticas geográficas e climatéricas das regiões hidrográficas. A este nível, os Planos recomendam para os aproveitamentos hidroagrícolas, reativar a taxa de beneficiação - situação incompreensível quando a totalidade dos fundamentos que conduziram à sua suspensão continuam perfeitamente atuais. Estas infraestruturas foram desenvolvidas pelo Estado como instrumentos de apoio à modernização do País, à criação de emprego regional e ao desenvolvimento económico e social do País. Isto é identificado nos planos. Sendo esse investimento recuperado através de benefícios indiretos e induzidos e só eventualmente através de tarifas a cobrar aos utilizadores, situação que apenas se concretizou nas primeiras obras de regadio, Magos e Alvega, há mais de 60 anos. Todas estas razões continuam portanto perfeitamente actuais, pelo que o financiamento a fundo perdido sempre foi e continua a ser, opção de política, assumida ao longo de todo o percurso temporal dessas infraestruturas pelos vários Governos do País.Para a agricultura, os PGRH s propõem ainda introduzir na TRH uma componente dirigida à poluição difusa ou a criação de um instrumento alternativo... Incompreensível, numa altura em que, destacamos, se está a investir e efetuar um esforço de mudança, de melhoria. No diagnóstico realizado, os Planos confirmam a TRH como um imposto. A Agência Portuguesa do Ambiente (APA), através desta taxa, tem uma recuperação anual de custos de 205%, que cobre na totalidade os custos de funcionamento da APA e liberta ainda fundos 2 vezes superiores a estes custos, que não foram aplicados, através do FPRH (cerca de 15M!/ano), para o fim a que se destinam, a proteção e conservação dos recursos hídricos. A TRH serve exclusivamente para autosustentar a Administração, obtendo recursos financeiros de setores em crise, como é o caso da agricultura. A TRH é aumentada este ano, 2016, pela Reforma da Fiscalidade Verde, sem qualquer fundamento de base e não tem nestes Planos qualquer análise desse impacto. Em concreto para a agricultura, a TRH aumenta 7% nas componentes base e, para os agricultores dos Aproveitamentos Hidroagrícolas terá ainda mais o agravamento de 10 pp em 2016 e de mais 5 pp em 2017, através do agravamento do coeficiente de eficiência. De referir que estas alterações à TRH foram realizadas fora do âmbito dos PGRH s, sem o estudo económico que a DQA impõe e durante o período de não funcionamento dos CRH s. Sobre estes Conselhos, há ainda a destacar que estes também não acompanharam a elaboração dos Planos de 2.º Ciclo, contrariamente ao que a DQA estabelece. Ao nível do regadio, há que dar resposta ao Regulamento Europeu do FEADER (UE) n.º 1305/2013, que impõe um conjunto de condicionantes no apoio aos investimentos em regadio que resultam da DQA - Diretiva Quadro da Água, nomeadamente dos PGRH e que devem ser ultrapassadas na 2.ª geração dos planos, que não consta nos documentos em consulta. Como solução, é importante clarificar e estabelecer que o titulo de utilização dos recursos hídricos cobre todas estas situações, sendo a forma de ultrapassar o requisito Contributo FENAREG consulta pública PGRH s Fevereiro /3!

3 quantitativo das águas superficiais e, no âmbito dos novos PGRH s Planos de Gestão de Região Hidrográfica, em consulta, situação que deve ficar clara na ficha de massa de água. Há que virar página nestes Planos e repensá-los como instrumentos de planeamento dos recursos hídricos para os próximos anos. Defendemos que estes PGRH s projetem, concretamente para o nosso setor, medidas que tenham em conta um futuro sustentável da nossa agricultura, enquanto atividade estratégica para o País e que depende da água. Água com qualidade e em quantidade e a importância de ter rios regulados nas bacias hidrográficas do mediterrâneo, são fatores centrais para a adaptação às alterações climáticas e estratégicos para o País e que devem, na nossa perspetiva, ser a base dos instrumentos de gestão dos recursos hídricos como são os PGRH s e que estes devem estruturalmente ser fortes o suficiente para fazer incorporar a realidade dos países mediterrâneos na revisão da DQA, a acontecer em De salientar, através do PGRH a particularidade das regiões hidrográficas localizadas mais a sul e no interior, influenciadas pelo mediterrâneo e interioridade. Com efeito, muitas dessas linhas de água simplesmente não têm agua e estão sujeitas a regimes torrenciais, a uma sazonalidade anual e plurianual. Parece-nos exagerado, irreal, que o objetivo seja que todas as massas de água atinjam o estado de bom, quando em muitas são linhas de água que apenas dispõem de água esporadicamente, em curtos períodos do ano e só em alguns anos. Nestes casos é de todo impossível medir, monitorizar e avaliar. Uma Lei da Água da União Europeia deve saber distinguir as particularidades edafo-climáticas das regiões, sendo os casos extremos, o mediterrâneo e o norte da Europa, não sendo aplicáveis as mesmas regras indiscriminadamente. Este assunto está relacionado com as indicações possíveis de obrigatoriedade de caudais ecológicos em algumas linhas de água, que, simplesmente porque existe uma albufeira, se subentende que estas estruturas podem libertar caudais indiscriminadamente, subvertendo a sua funcionalidade. Neste aspeto deve haver muito cuidado na análise de cada uma das situações, devendo ser elaborados estudos, que fundamentem tecnicamente a necessidade, ou não, desses caudais. Remetemos assim este nosso sucinto contributo sobre a proposta de Planos, que contrasta com o vasto número de documentos submetidos para consulta e reforçamos, através do documento Anexo 1 os pontos para os quais a FENAREG tem vindo a alertar no âmbito do planeamento dos recursos hídricos, em especifico dos PGRH s de 2.º Ciclo 1.ª fase de consulta e também do PNA, designadamente através da participação no CNA e que, apesar da nossa participação assídua nas fases de consulta, é de lamentar que os sucessivos documentos em consulta não expressarem qualquer retorno da nossa participação. No documento Anexo 2 detalhamos os pontos relativos à análise económica. 29 de Fevereiro de 2016 Contributo FENAREG consulta pública PGRH s Fevereiro /3!

4 ANEXO 1 do contributo FENAREG, no âmbito da consulta dos PGRH s 2.º Ciclo, de 29 de Fevereiro CONTRIBUTO Plano Nacional da Água (PNA)! Consulta pública realizada de 21 de Julho a 21 de Agosto. Documentos disponibilizados Plano Nacional da Água Anexo I Relatório 2 - Análise dos Principais Problemas, Diagnóstico, Objetivos e Medidas Anexo II Relatório 1 - Caracterização Geral dos Recursos Hídricos e suas Utilizações - Enquadramento Legal dos Planos e Balanço do 1º ciclo Em COMENTÁRIOS GERAIS O documento Plano Nacional do Água (PNA) em consulta é, na sua estrutura, abrangente, generalista e descritivo do ponto de situação do planeamento dos recursos hídricos nacionais. A abordagem aos assuntos é, ao longo de todo o documento, marcada por contínuo sentido critico. No entanto este afasta-se de alguns pontos específicos de significativa relevância, como por exemplo, no que toca ao regime económico e financeiro (REF) dos recursos hídricos, não se esgotando no tema da recuperação de custos de serviço e da politica de preços, contrabalançado com a total omissão sobre o não funcionamento do FPRH (e outros fundos) que desvirtua o principio do pagamento de taxas, como a TRH. Incentivar a participação pública é um dos objectivos definidos como estratégicos neste PNA. A esse nível é de lamentar que os documentos em consulta não expressarem qualquer retorno da nossa participação na consulta realizada no âmbito do Conselho Nacional da Água (CNA). Nesse sentido, o presente contributo reforça os pontos para os quais a FENAREG tem vindo a alertar no âmbito do planeamento dos recursos hídricos, em especifico do PNA e também dos PGRH, designadamente através da participação no CNA. Em síntese, sobre o regadio, ao nível do planeamento estratégico dos recursos hídricos consideramos necessário suprir a lacuna referente à inexistência de um Plano Nacional de Regadio e de melhor articular a Autoridade Nacional do Regadio e o sector. Reafirmamos também a preocupação dos agricultores com a questão do estado quantitativo das massas de água superficiais, que pode limitar o desenvolvimento do nosso regadio. Relativamente aos níveis de eficiência propostos para a actividade agrícola, nomeadamente em locais onde a escassez não é grave, chamar a atenção de que os aumentos de eficiência no uso de água estão muitas vezes associados a aumentos nos consumos de energia, questão que deve ser abordada no PNA. COMENTÁRIOS ESPECIFICOS AUSÊNCIA DE UM PLANO NACIONAL DO REGADIO Os documentos em consulta referem que Quanto ao uso da água na agricultura, ao contrário do que aconteceu no passado, não existe neste momento qualquer Plano Nacional de Anexo 1 ao Contributo FENAREG consulta pública PGRH s, de 29 de Fevereiro de 2016 Anexo 1 Página 1/6!

5 Regadios que vincule o Estado português nesta matéria. O último plano com estas características terá sido o Plano de 2004 (na forma tentada) de que se conhecem e puderam ser consultados alguns estudos preparatórios. No entanto, existe um conjunto de projectos de extensão do regadio que deve ser considerado. A proposta de PNA considera ainda que "A gestão da água implica uma articulação com as políticas sectoriais". Nesse sentido, precisamente, a FENAREG tem alertado para a importância de Portugal ter um Plano Nacional do Regadio (PNR), criando a base de planeamento para a sustentabilidade, competitividade e eficiência que propomos atingir no nosso regadio. Esta falta foi também notada e identificada na apresentação no CNA, no desenvolvimento do PNA e dos PGRH s. A inexistência de um Plano impõe graves restrições, não só a nível nacional mas também internacional, no caso das bacias hidrográficas transnacionais. Como sabemos, o desafio a que a agricultura tem que responder, tornar-se-á ainda mais complexo: o crescimento populacional previsto pressupõe que a agricultura produza mais 50% em 2030 e mais 70% em Desafio que só se pode conseguir em regadio devido ao seu efeito multiplicador: 1 hectare de regadio produz 5 a 6 vezes mais do que 1 hectare de sequeiro. Ou em alternativa, para responder a este aumento de necessidade de alimentos, teríamos de ter mais território, em detrimento de áreas de floresta e/ou áreas naturais. Claro que a intensificação conduzirá a aumento de pressões no recursos, nomeadamente nos hídricos. Para além da produção de alimentos, é inegável a importância estratégica do regadio face ao cenário previsto de alterações climáticas, sendo factor de adaptação da agricultura e de mitigação dos efeitos das alterações climáticas. Por estas e outras razões, Portugal necessita traçar uma estratégia nacional para o seu regadio, deixando de parte medidas avulsas que em nada credibilizam o País e que não são solução mas apenas remedeiam o sector. Devemos e necessitamos concretizar, o mais rapidamente possível, o nosso Plano Nacional do Regadio, de definir a estratégia de actuação e de criar uma base de planeamento para a sustentabilidade, competitividade e eficiência do sector. Não podemos continuar a correr o risco de, nomeadamente nas bacias internacionais, condicionantes hidrológicas influenciarem ainda mais o desenvolvimento e a sustentabilidade do nosso regadio, por falta da definição de um PNR. É necessário que este PNR seja coordenado com os restantes instrumentos de planeamento, como o caso do PNA e PGRH s, com coordenação efectiva entre Organismos dos Ministérios - DGADR e APA - e com a devida participação das organizações representativas dos utilizadores do sector e do Conselho Nacional do Regadio. Não podemos considerar a Estratégia para o Regadio Público , que determina apenas uma actuação para o horizonte temporal 2020, e através de documento que não foi sujeito a consulta ou sequer ainda apresentado, mas que não irá além de uma listagem de investimentos do Estado em infra-estruturas de rega colectivas, a realizar até 2020 recorrendo ao apoio do PDR. Portugal necessita estabelecer uma verdadeira estratégia de actuação para o regadio, não só público, nem apenas para o horizonte 2020, mas para além dessa data, com um verdadeiro instrumento de politica para o sector. Não podemos continuar a investir em infra-estruturas avulsas, investimentos que acabam por depender dos políticos e não das politicas. Necessitamos verdadeiramente analisar e planear o nosso regadio: definir objectivos e quais os meios para os atingir, onde, quando e quanto é necessário investir e que sirva de base para os outros instrumentos de planeamento nos temas que lhe estão directamente ligados, como a água, a energia, as alterações climáticas, a desertificação, os fenómenos atmosféricos extremos, etc. Anexo 1 ao Contributo FENAREG consulta pública PGRH s, de 29 de Fevereiro de 2016 Anexo 1 Página 2/6!

6 CONDICIONANTES DO PNA E PGRH AOS INVESTIMENTOS EM REGADIO A proposta refere seria dado um passo importante no alinhamento dos objectivos definidos na DQA com os objectivos de outras políticas sectoriais. Concretamente isso acontece com a Politica Agrícola - a PAC - e consequentemente com o Programa de Desenvolvimento Rural nacional o PDR2020. No entanto, importa clarificar essas imposições, com risco de implicações negativas na execução dos fundos comunitários. O Regulamento FEADER (UE) n.º 1305/2013 impõe um conjunto de condicionantes aos investimentos em regadio que resultam da DQA - Directiva Quadro da Água, nomeadamente dos PGRH e que devem ser ultrapassadas na 2.ª geração dos planos, que a proposta de PNA nada refere, e que a seguir se indicam: Classificação quantitativa das massas de água (superficiais) Os PGRH actuais não contemplaram a classificação do estado das massas superficiais em termos quantitativos apenas qualitativos. Pela DQA e Lei da Água, essa classificação do estado quantitativo apenas se aplica às águas subterrâneas. Este facto de não classificação do estado das massas superficiais condiciona os investimentos em regadio no âmbito do PDR2020 Programa de Desenvolvimento Rural para ) e que devem ser ultrapassadas, nomeadamente, no desenvolvimento da 2.ª geração dos planos. O Regulamento (UE) n. 1305: Se o investimento (em regadio já existente ou novas áreas) afectar massas de água subterrâneas ou superficiais cujo estado foi identificado como inferior a bom no PGRH respectivo, por motivos ligados à quantidade de água (...) O investimento terá de assegurar uma redução efectiva do consumo de água de pelo menos 50 % da poupança de água potencial No actual texto do PDR2020 lê-se (pag. 121): A aferição de problemas de natureza quantitativa, subjacentes ao estado ecológico no caso de massas de água superficiais, ocorrerá no âmbito do processo de licenciamento, bem como para as águas subterrâneas Na ausência de classificação do estado das massas de água será efectuada uma análise específica pelas Autoridades Competentes, sem prejuízo de, até obtenção da mesma, poderem ser impostos os requisitos aos investimentos em massas de água classificadas como inferior a bom em termos de quantidade, previstos no Artigo 46 do 1305/2013 Ampliação de regadios e novas áreas Deve haver uma articulação entre as várias políticas, como refere o documento em consulta. Concretamente e nesse sentido, para o horizonte temporal em causa, deve ser realizado o exercício de avaliação no PNA, e nos PGRH de 2.ª geração, quanto ao potencial de ampliação dos regadios existentes e da integração de novas áreas e. Por exemplo, novas áreas são permitidas por derrogativa do Regulamento (UE) n.º 1305 em caso de massa de água com estado quantitativo inferior a bom, se e só se: o reservatório existente estiver aprovado pelas autoridades competentes antes de 31 de Outubro de 2013, estiver assinalado no PGRH em causa, esteja monitorizado de acordo com a DGQ, tenha definido um limite de captações total e um nível mínimo de fluxo. Eficiência e redução de uso de água O Regulamento (UE) n.º 1305 estabelece um limite mínimo do aumento de eficiência de uso da água entre 5 e 25% e casos específicos de redução efectiva do uso de água de pelo menos 50% do potencial de economia de água possibilitada pelo próprio investimento. No âmbito do PNA, deve ser recomendado ao nível dos PGRH de 2.º ciclo, que seja realizado o exercício de análise da sua racionalidade e de aplicabilidade ao caso nacional podendo ser matérias que venham a limitar os apoios ao investimento no regadio, por ser de difícil aplicação prática. Anexo 1 ao Contributo FENAREG consulta pública PGRH s, de 29 de Fevereiro de 2016 Anexo 1 Página 3/6!

7 REVISÃO DOS COEFICIENTES DE ESCASSEZ No âmbito da TRH - Taxa de Recursos Hídricos, Portugal aplica coeficientes de escassez teóricos e fixos por conjuntos de bacias hidrográficas, não tendo em conta o estado hidrológico real da bacia, ou da sub-bacia, penalizando assim os utilizadores. Sobre isto, o PNA em consulta nada refere apesar de ter sido identificado nas fases de consulta anteriores dos PGRH s de 2.º ciclo e PNA. No entanto, o enquadramento legal é bastante claro: os coeficientes de escassez poderão vir a ser aplicados ao nível da sub-bacia, quando a delimitação destas estiver feita, conforme está previsto acontecer no âmbito dos PGRH de 1.º ciclo e fixado na legislação (Lei 82-D/2014 de 31 de Dezembro A Reforma da Fiscalidade Ambiental, art.º 17): Quando estiver feita a delimitação de sub-bacias hidrográficas, nomeadamente no quadro dos planos de gestão de bacia hidrográfica, pode determinar-se a aplicação de coeficientes de escassez diferenciados a cada uma delas, devendo esses coeficientes variar entre 1 e 1,5, nos termos a fixar em portaria a aprovar pelo membro do Governo responsável pela área do ambiente A aplicação à sub-bacia manteve-se no âmbito das alterações introduzidas pela reforma da fiscalidade ambiental (verde) e condicionada à delimitação das sub-. Foi ainda introduzido o agravamento da penalização do coeficiente da TRH até 50% (antes até 20%) sem qualquer base racional. Quanto à revisão anual do coeficiente, de acordo com a situação hidrológica não foi atendida na versão final da reforma, apesar de constar da proposta da Comissão da Reforma e dos contributos de vários sectores, continuando assim a aplicar-se à TRH um coeficiente de escassez de forma cega, arbitrária e totalmente desfasada da realidade hidrológica. ÁGUA E ENERGIA Na última década o sector aumentou a produtividade económica da água em mais de 30%. Os sistemas de regadio têm registado uma evolução notória em termos de reabilitação e modernização, com a quebra nas últimas décadas para cerca de 50% dos consumos unitários por hectare regado, respondendo actualmente a elevados padrões de utilização de água e que exigiu o recurso a fontes de energia, aumentando exponencialmente o consumo de energia no uso da água, chegando a representar 75% dos seu custo. O grau combinado de consumo de água e de energia deve estar na base do planeamento da modernização dos nossos sistemas de transporte e distribuição de água para rega. Qualquer transformação hidráulica relacionada com o aumento do uso eficiente da água deve ter em conta o nível do consumo energético, para garantia da sustentabilidade da exploração. As principais questões que devem ser colocadas, quer no âmbito dos PGRH s, quer do PNA e outros instrumentos de Planeamento, devem ser: - A que nível de eficiência de uso da água pretendemos chegar? - Com que consumo de energia? Num Ministério que junta Água e Energia, esta matéria deve estar simplificada, ainda mais que Portugal não é deficitário em água mas sim é deficitário em energia, área em que existe potencial de melhoria de eficiência. Qualquer medida do PNA ou dos PGRH de aumento da eficiência do uso da água deve ser acompanhada de uma análise económica que contrabalance essas propostas com o consumo de energia. ANÁLISE ECONÓMICA Análise económica dos usos agrícolas da água e Recuperação de custos dos serviços da água à agricultura, são matérias que devem ser analisadas com ponderação, Anexo 1 ao Contributo FENAREG consulta pública PGRH s, de 29 de Fevereiro de 2016 Anexo 1 Página 4/6!

8 nomeadamente no que concerne aos custos energéticos. Deve também, segundo o art. 9 da DQA, ter em conta custos sociais e ambientais, para além de económicos. Por outro lado, devem também ser tomado em conta os Serviços Ambientais da Agricultura, em que até agora não se encontrou forma de os remunerar, como por exemplo, a reutilização de água residual tratada (tema que deve ser potenciado através dos PGRH e PNA), a adaptação às alterações climáticas, o controlo de cheias, a mitigação de secas, etc. ESTRUTURAS DE PARTICIPAÇÃO DOS UTILIZADORES No PNA em consulta refere a importância da participação dos utilizadores, nomeadamente através dos Conselhos de Região Hidrográfica. No entanto, é de lamentar que na prática estes apenas funcionam durante os períodos de desenvolvimento dos PGRH, por imposição da Comissão Europeia, tendo estado inoperacionais nos últimos 4 a 5 anos. No entanto, o PNA em consulta nada refere sobre outras estruturas de participação dos utilizadores, como as Associações de Utilizadores do Domínio Público Hídrico (DL 348/2007), figura jurídica também ela criada à luz da nova Lei da Água e das orientações da DQA Directiva-Quadro da Água, assente no principio da participação e delegação de competências nos utilizadores, em todos estes anos, apesar das intenções apresentadas, não houve por parte do Ministério do Ambiente reconhecimento de uma única associação deste tipo. Também ao nível dos Empreendimentos de Fins Múltiplos, não foi criada uma única Associação de Utilizadores, apesar da sua importância na participação vinculativa dos utilizadores na gestão destes empreendimentos hidráulicos, nomeadamente nos empreendimentos de Alqueva e do Mondego, este último até sujeito a recomendação da Assembleia da República. TÍTULOS DE UTILIZAÇÃO EM CONFLITO No âmbito da emissão de Títulos de Utilização existem situações que devem ser acauteladas e o PNA deve, no sentido critico, mostrar a existência desses casos. Existem situações de conflito de uso, como é o caso do está a acontecer na albufeira do Roxo, que devido à emissão de titulo para captação de uso urbano num Aproveitamento Hidroagrícola, sem consulta prévia à já concessionária do titulo para rega, foi gerado um conflito que se arrasta nos tribunais, com prejuízos avultados para os utilizadores da Obra de Rega do Roxo. Infelizmente esta situação não é caso único. INSTRUMENTOS ECONÓMICO-FINANCEIROS DOS RECURSOS HIDRICOS Tema transversal ao planeamento dos recursos hídricos é o seu regime económico e financeiro. O pagamento da TRH, que pressupõe um serviço, deixa de ser uma taxa e passa a ser um imposto. Esta é uma questão de princípio, que tem sido exaustivamente reclamada pela FENAREG junto da Administração. O PNA, à semelhança da abordagem que faz a outros temas, deve fazer análise do pagamento da TRH, nomeadamente através do FPRH Fundo de Protecção dos Recursos Hídricos. Acontece que a gestão deste Fundo, no que respeita ao sector agrícola não é efectiva, transparente, nem acessível ao potencial universo de beneficiários. O FPRH resulta da contribuição dos utilizadores através do pagamento da TRH, que se iniciou em 2008 mas o seu acesso está condicionado desde que entrou em vigor, a 1 de Janeiro de Os utilizadores têm o direito a aceder ao FPRH e exige-se a contrapartida do pagamento das taxas, através da afectação de verbas do Fundo a projectos e investimentos que promovam a utilização racional e a protecção dos recursos hídricos. Várias foram as intenções Anexo 1 ao Contributo FENAREG consulta pública PGRH s, de 29 de Fevereiro de 2016 Anexo 1 Página 5/6!

9 apresentadas pelos nossos Associados, com projectos que chegaram a ser aprovados e que estão a ser implementados, mas até à data não houve lugar a qualquer pagamento. Outro instrumento económico-financeiro de grande importância, são os contratos-programa, mas que também não têm tido aplicação prática nas organizações do sector. Estes contratos consistiriam num apoio financeiro a prestar pela Administração Central pela delegação de competências em investimentos e acções para melhorar a sustentabilidade da gestão da água, através de acordos com diversos tipos de entidades. O PNA, à semelhança da abordagem realizada no documento para os restantes assuntos, deve referenciar o ponto de situação dos investimentos realizados no âmbito do regime económico e financeiro dos recursos hídricos, avaliar os instrumentos económicos deste, o retorno da TRH e do funcionamento do FPRH. BACIA INTERNACIONAIS, CONVENÇÃO DE ALBUFEIRAS E CAUDAIS ECOLOGICOS O tema das bacias internacionais é aflorado nos documentos em consulta. No entanto, é necessário sublinhar que existem situações de ameaça aos acordos da Convenção de Albufeira. Nesse sentido referimos o caso do Aproveitamento Hidroagrícola da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira. Para o efeito referimos o relatório de acompanhamento da seca de 2012, realizado pelo Ministério da Agricultura, que se encontra disponível em do qual se transcreve o seguinte texto: Foi abordada a necessidade de acompanhar a evolução da disponibilização de caudais por parte de Espanha no rio Tejo, de modo a ser possível a utilização de água doce na Lezíria de Vila Franca. Caso se mantenha o regime de exceção atual estabelecido na Convenção de Albufeira não será possível a captação no Conchoso por intrusão da cunha salina, sendo necessário fazer recurso de água doce a partir do rio Sorraia estabelecendo nesse rio um açude provisório e proceder, eventualmente, a descargas a partir da barragem do Maranhão, tal como em Esta situação pôs em risco um numero significativo de culturas, num investimento de 36 milhões de euros, devido à seca e ao não cumprimento nacional ou internacional, do acordo sobre os caudais do Tejo. De lembrar que, contrariamente ao caudal instantâneo diário fixado para o Rio Guadiana, no Tejo os volumes definidos são semanais. ZONAS VULNERÁVEIS Sobre zonas vulneráveis, a proposta de PNA refere revisão da classificação das zonas vulneráveis e do respetivo Programa de Ação. Entendemos que o PNA, como estratégico, deve ser mais critico e evidenciar, nomeadamente que a origem dos nitratos é mais alargada e, nesse sentido, para procurar resposta para resolver o problema. Nomeadamente, a rede de monitorização, nestas zonas, deve ser adequada à identificação especifica desta contaminação e concretamente à realização de análises que identifiquem o nitrato agrícola, para que, na abordagem à problemática da directiva nitratos seja atingido o objectivo pretendido - a protecção das águas contra a poluição causada por nitratos de origem agrícola. 21 de Agosto de 2015 Anexo 1 ao Contributo FENAREG consulta pública PGRH s, de 29 de Fevereiro de 2016 Anexo 1 Página 6/6!

10 ANEXO 2 do contributo FENAREG, no âmbito da consulta dos PGRH s 2.º Ciclo, de 29 de Fevereiro Nota: para auxiliar no contributo, a título de exemplo referem-se passagens do relatório da RH6, sendo estendível às restantes regiões hidrográficas, uma vez que o documento base serviu para todas as regiões, com as devidas adaptações. Parte 3 - Análise Económica das Utilizações da Água - A qualidade da Informação Neste capítulo gostaríamos de começar por realçar a falta ou escassez de dados, as incoerências e as discrepâncias apresentadas. A APA reconhece que existem poucos dados, apenas de alguns anos e eventualmente pouco fiáveis. É exemplo o seguinte paragrafo: Confirma-se que a APA, como entidade cobradora da TRH não controla ou contabiliza adequadamente o que cobra e o que gasta. A tal não será alheio o seguinte: Mas, neste capítulo não só os dados da APA não são fiáveis e muito menos comparáveis, uma vez que colocam em análise diferentes anos de cobranças e despesas, como os dados recolhidos junto de outras entidades parecem não ser devidamente tratados, uma vez que carecem de uma filtragem e análise critica. Veja-se este exemplo da RH6 Anexo 2 do Contributo FENAREG consulta pública PGRH s, de 29 de Fevereiro de 2016 Anexo 2 Página 1/6

11 Em contraste com esta informação da RH6: Nas restantes RH verifica-se a mesma necessidade de verificação. Quando mais adiante se apresentam quadros com números, dos quais se querem deduzir resultados e conclusões, nunca sabemos efetivamente quais serão os considerados e os verdadeiros. Em termos de área regada e consumo de água, este capitulo não acompanha minimamente a evolução e a rapidez de implementação do empreendimento de fins múltiplos de Alqueva. Aliás, neste e nos restantes capítulos, encontrando-se ainda os elementos a disponibilizar. Os dados das Associações de Regantes e Beneficiários, poderão ter sido obtidos junto da DGADR ou por consulta da informação dos relatórios disponíveis nos websites de cada uma das entidades. Tal não impedia que tivessem ocorrido reuniões de trabalho com as Associações, que fazem os relatórios, para aferição e análise cuidada dos dados tendo em vista a melhoria deste capítulo, o que não aconteceu, em nenhuma das regiões hidrográficas. Estas dúvidas fundamentadas relativamente à fiabilidade dos dados leva-nos a que não tenhamos a mínima confiança em afirmações como estas (exemplo RH6):! A intensidade de utilização da água no setor é idêntica à do Continente por unidade de superfície regada (108%) mas bastante superior por exploração (588% do valores do Continente);! O VAB por metro cúbico de água utilizada é, contudo, inferior à média do Continente (0,25"/m3 face a 0,36"/m3 ), o que evidencia uma menor produtividade no uso da água como já referido atrás. A análise e tratamento de dados deste capítulo acaba, em parte, por ser uma amálgama de números, que procura tirar conclusões, quanto a nós precipitadas e mal fundamentadas. Anexo 2 do Contributo FENAREG consulta pública PGRH s, de 29 de Fevereiro de 2016 Anexo 2 Página 2/6

12 Diagnóstico de Setor Agrícola Com base em elementos de 2009, confirma-se que, tal como outros setores de atividade, o setor agrícola sofreu uma profunda recessão, que se traduziu na redução de 6,5% de mão-de-obra ativa e uma redução apreciável de 28,5% do VAB. Estes números parecem-nos que se agravaram nos últimos anos, resultante da redução dos preços das matérias primas e do aumento de encargos diretos e indiretos, como é o caso da TRH. Apesar do populismo da comunicação social, os números demonstram que o setor agrícola passou e está a passar uma forte crise. Nível de Recuperação de Custos Tal como antevíamos no inicio da implantação da primeira geração dos PGBH, o modo e a formula de implementação da TRH levaria a que esta taxa viesse a ser efetivamente um imposto e não uma taxa, uma vez que do seu pagamento não resultariam serviços ou contrapartidas concretas. Veja-se a seguinte informação retira da RH6: Considerando os Custos e as Receitas anteriormente apresentados, verifica-se que, globalmente, a APA, na RH6, conseguiu, através do regime de preços da água consubstanciado na TRH, uma recuperação dos Custos de Funcionamento que ronda os 179% (Quadro 3.9). Isto é, a TRH cobrada cobriu integralmente os custos de administração dos recursos hídricos nestas bacias (licenciamento, fiscalização, etc.) e libertou ainda fundos quase 2 vezes superiores a estes custos passíveis de financiarem investimentos de proteção e conservação dos recursos hídricos da região. Um Nível de Recuperação dos Custos Financeiros de 172% indica contudo que as despesas de investimento nestas bacias não absorveram praticamente nenhum deste excedente, tendo a RH6 sido contribuinte líquida em relação às restantes regiões hidrográficas do Continente. (O bolt e sublinhado são nossos) Anexo 2 do Contributo FENAREG consulta pública PGRH s, de 29 de Fevereiro de 2016 Anexo 2 Página 3/6

13 Com efeito, na escala nacional, obteve-se um nível de recuperação de custos de 205%, relativo aos custos de funcionamento e de 171%, incluindo também os investimentos (dados de 2012, que devem ter aumentado nos últimos anos). Sempre defendemos que a implementação da TRH deveria ser transparente e gradual, tendo em conta as implicações económicas e sociais, procurando dar resposta a um conjunto de necessidades. Neste caso, demonstrou-se que a necessidade básica seria a autosustentação de um setor da administração pública que não está minimamente preparado para levar a efeito as reformas no setor da água que todos ansiamos. Os meios empregues e a ânsia de obter receita da TRH foi muito superior ao empenho na realização de soluções para colocar em prática as medidas necessárias para atingir os objectivos finais dos PGRH. Veja-se o caso do FPRH, que nunca funcionou e quando o fez foi de forma menos transparente. Está a criar uma reserva financeira à custa de setores económicos em crise, como é o caso da agricultura. Deste documento, apesar das reticencias dos números, destacamos a constatação de que a maioria das Associações de Regantes e Beneficiários efetua uma efetiva recuperação de custos, ao qual não são estranhas as práticas intrínsecas de cobrança das taxas relativas aos serviços de distribuição de água, que implicam a conservação e a manutenção das estruturas. Assinala-se na RH6 a seguinte afirmação que vai de encontro ao afirmado: O mesmo texto se encontra nas restantes RH. É pois num contexto de crise no setor agrícola, de cumprimento por parte das Associações de Regantes e Beneficiários e de superavit das cobranças da TRH, que é proposto neste segundo ciclo de PGRH s um agravamento da TRH e a implementação de novas taxas, como é a sugestão da introdução de uma componente na TRH para a poluição difusa e da taxa de beneficiação. Sobre esta última, refira-se que se sugere a sua necessidade para permitir vir a financiar a DGADR (comparando uma Direção Geral com uma entidade reguladora, a ERSE, o que não é comparável), a qual não teria qualquer receita para recuperação dos seus custos associados ao setor água. Tal não corresponde à verdade. Com efeito a DGADR tem receitas, provenientes do setor água, tais como as resultantes das indemnizações por exclusão de áreas beneficiadas, as receitas provenientes da energia produzida nas centrais hidroelétricas dos aproveitamentos hidroagrícolas, e outras taxas, que, por questões contabilísticas não entram na receita das DGADR, sendo uma receita Anexo 2 do Contributo FENAREG consulta pública PGRH s, de 29 de Fevereiro de 2016 Anexo 2 Página 4/6

14 direta do Estado. Com efeito estas centrais hidroelétricas foram construídas e fazem parte do setor agrícola, sendo a justificação da sua construção, aquando da aprovação dos respetivos projetos de financiamento, o reforço da capacidade financeira e administrativa das entidades gestoras dessas obras, cabendo uma parte à entidade de tutela, neste caso, a DGADR. Note-se que mesmo aplicando a taxa de beneficiação, tal não seria uma receita da DGADR, mas, tal como as receitas das centrais hidroelétricas, iria diretamente para a Direção Geral do Tesouro. Sobre a recuperação de custos é afirmado: Não contendo detalhes metodológicos, a Diretiva avança, contudo, com a proposta de um Indicador do que seria uma política de preços adequada, capaz de medir o grau de implementação do princípio do poluidor-pagador e utilizador-pagador: o Nível de Recuperação de Custos dos Serviços Hídricos (NRC!"#$%#&'(%')"%#*&+)$+#%",&')$-.&+/#&0#)&"0%+#(%'(&1)2$,+#&#0&)%*%345,(%+#6/#1%,+/#0$'*$)4",%/#'&+)&#78# (,(3%# *&# 13$'&$0&')%9# :# ;2&# '<%# *&=&# +&"# (%'>2'*,*%# (%0# $# %?",5$)%",&*$*&# *&# $3($'-$"# ;2$,+;2&"# 0&)$+#&+1&(@>,($+#1$"$#%#!'*,($*%"#AB@=&3#*&#C&(21&"$-<%#*&#D2+)%+E#*%+#F&"=,-%+#G@*",(%+9## A própria Diretiva prevê que sejam tidas em conta as consequências sociais, ambientais e económicas da aplicação do princípio da recuperação dos custos, bem como as características geográficas e climatéricas das regiões hidrográficas. (pag 9 e 10 exemplo da RH6, reprodutível nas restantes RH) Apesar desta aparente consciência, em contradição, na prática a APA abre a porta e orienta os próximos PGRH para aumento (atualizações de índices, ) da TRH, à aplicação da taxa de beneficiação, da taxa da poluição difusa (agricultura) ou outras que permitam maximizar receitas para a autogestão do setor Estado ligado à água. A FENAREG não pode deixar de manifestar o seu desacordo com esta posição. Outras considerações Na pag 12 é referido o seguinte: 3. Setor Agrícola e Pecuário: responsáveis quase exclusivos pela poluição difusa e com um contributo muito relevante para as pressões hidromorfológicas (infraestruturas) no caso da Agricultura; Trata-se de uma análise simplista, muitas vezes injusta e incorreta. Com efeito há outras origens, tais como esgotos não tratados, fossas particulares não ligadas a redes, Etars desativadas, indústrias que lançam efluentes nas linhas de água, drenagem de estradas, drenagem de áreas urbanas, os quais, para além da poluição localizada também provocam poluição difusa, sendo sempre a agricultura que assume essa responsabilidade, pois por defeito, considera-se que a origem da poluição difusa é a Anexo 2 do Contributo FENAREG consulta pública PGRH s, de 29 de Fevereiro de 2016 Anexo 2 Página 5/6

15 agricultura, sempre em que a agricultura ocupe mais de 50% da superfície, ou seja, na grande maioria dos concelhos a nível nacional. É referido como aspeto positivo da implementação da TRH: Com efeito, passados 8 anos de cobrança de TRH ( ), a incidência da TRH não é universal, quer em cada região hidrográfica, quer a nível nacional, quer a nível comunitário. É paga apenas por alguns, havendo discrepâncias e injustiças dentro de cada setor, entre setores e entre territórios. Em algumas regiões do País, porque é mais difícil identificar os utilizadores ou porque não medem ou porque não se sabe não se cobra. Em certas regiões de Portugal nem existe TRH. Na esmagadora maioria dos Países da UE ou não se cobra TRH ou o seu valor é significativamente inferior ao praticado em Portugal, sobretudo no setor agrícola. No setor agrícola, estas desigualdades de tratamento provocam distorções económicas com vantagens e desvantagens económicas e competitivas entre regiões e setores, que poderiam ser evitadas com bom senso. Anexo 2 do Contributo FENAREG consulta pública PGRH s, de 29 de Fevereiro de 2016 Anexo 2 Página 6/6

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